Revista Controle & Instrumentação nº267

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Instrumentação, Elétrica, Controle de Processos, Automação Industrial, Predial e Metrologia Ano 23 – nº 267 – 2021 – www.controleinstrumentacao.com.br

Metrologia 4.0 caminha na direção da ciência de dados

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Sumário

Talking About

Cover Page 28 Metrologia 4.0 caminha na direção da

Da metrologia da instrumentação à metrologia de decisão

ciência de dados

Segundo a Research and Markets, o mercado de metrologia industrial – avaliado em US$ 10,600 bilhões, em 2019 – deve crescer a uma taxa anual de 5,20%, atingindo US$ 15,117 bilhões, em 2026. A empresa de pesquisa prevê que as indústrias automotiva, aeroespacial e de defesa terão uma participação significativa. A inovação tecnológica deve continuar abrindo oportunidades para esse mercado. A metrologia não é novidade, mas tem ficado aquém de seu potencial. A conjunção de novas tecnologias, com a necessidade de garantias de qualidade e altas demandas, descortina oportunidades imperdíveis à metrologia porque, sem dados confiáveis, a indústria não pode se beneficiar das tão desejadas novas e disruptivas tecnologias. E, se a indústria negligenciar a aplicação dessas tecnologias, vai perder vantagem competitiva. Mais: não vai conseguir preservar os recursos para a produção, nem o meio ambiente. Ou seja, decisões eficientes estão no cerne do bom desempenho industrial e do desenvolvimento sustentável. Então, as equipes de metrologia e calibração precisam estar no chão-de–fábrica, ajudando a controlar fatores que contribuem para o negócio. A metrologia é um setor multidisciplinar, e preciso por natureza. Para esta edição, a C&I foi falar com diferentes times de metrologia, de variados segmentos industriais. E ainda conversou com um centro de excelência na utilização das tão desejadas tecnologias disruptivas, para saber como eles lidam com a metrologia e a calibração, e qual não foi a surpresa ao ouvir que a metrologia está caminhando para ser vista como parte das ciências de dados. E não é apenas no Certi – esse centro de excelência – que a tecnologia está na base da boa metrologia; em todos os laboratórios, a automação da calibração é reconhecida como fundamental, mas apenas um primeiro passo para a adoção de outras tecnologias ao processo metrológico. A edição ainda traz notícias dos diversos setores industriais, notícias que se juntam àquelas que diariamente descortinamos para você, leitor, via redes sociais – acompanhe-nos por elas, também. Boa leitura O editor Colaboraram: assessorias de imprensa

C&I

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www.controleinstrumentacao.com.br ISSN 0101-0794

32 As experiências dos usuários com a Transformação Digital nos processos de Metrologia O que os usuários encontram no mercado, hoje, para garantir seus processos metrológicos – Dados de medição sem unidades são perigosos

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www.editoravalete.com.br facebook.com/controleinstrumentacao

Art 41 Abordagem sobre Metrologia Avançada

43 Seções Permanentes 08 News 16 Boletim PI Brasil 18 Market

20 Energies 48 Cast

Próxima Edição –

Marco Legal do Saneamento gerando demandas tecnológicas

NESTA EDIÇÃO Foto: montagem a partir de fotos Vivace

www.editoravalete.com.br DIRETOR RESPONSÁVEL Waldir Rodrigues Freire DIRETORIA editoravalete@editoravalete.com.br ASSINATURAS comercial@editoravalete.com.br

ENDEREÇO Rua Siria, 90 Pq. São Jorge São Paulo - SP CEP: 03086-040 Tel/Fax: (11) 2292.1838 / 3798.1838

DEPTO. COMERCIAL/ANÚNCIOS publicidade@editoravalete.com.br FINANCEIRO financeiro@editoravalete.com.br REDAÇÃO redacao@editoravalete.com.br

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Os grandes eventos do setor estão todos aqui ao alcance

Steps 2021

novembro 30/11 a 02/12 – Analitica Latin America 2021 /

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O World Hydrogen 2022 Summit & Exhibition, que acontece de 08 a 10 de março do ano que vem, vai reunir formuladores de políticas globais, líderes do setor privado, pesquisadores, associações comerciais, etc., para mostrar o avanço da cadeia global de abastecimento de hidrogênio. Para mais informações: Scott Shelton / +44 20 7978 0088 / Hydrogen@sustainableenergycouncil.com O maior e mais completo evento do setor elétrico e eletrônico, da Geração de Energia à Conectividade, da Cadeia Produtiva do Setor Elétrico à Transformação Digital das Indústrias, a FIEE é um hub para os compradores de todas as indústrias – incluindo os mais diversos setores da Economia, como Energia, Telecomunicações, Mobilidade, Construção, Cidades, entre outras – onde se encontram diversas tecnologias e soluções, para eficiência e produtividade. A FIEE – Feira Internacional da Industria de Elétrica, Eletrônica, Energia, Automação e Conectividade – apresenta uma feira segmentada, focada na evolução de seus setores, com exclusivas rodadas de negócios, conteúdo técnico setorizado, tecnologias aplicadas, e muita oportunidade de novos negócios e conhecimento. O evento é segmentado, onde a FIEE Connectivity é palco para as tendências que transformam as indústrias, e as tornam cada vez mais convergentes, como indústria digital, IOT, digitalização, inteligência artificial, blockchain, enfim, tudo sobre a transformação digital e conectividade. E, a FIEE Energy, segmento dedicado a toda infraestrutura do

setor elétrico, onde o mercado de energia e seus consumidores encontram soluções para as principais fontes de energia, tanto para geração centralizada, geração distribuída, como para cogeração de energia. Um mercado que está em plena transformação, e aqui apresenta a sua ampla variedade de soluções, de geração, transmissão e distribuição ao consumo de energia. De 29 de março a 01 de abril, no SP Expo. Informações: visitante@reedalcantara.com.br https://www.fiee.com.br/pt-br/o-evento.html O Conselho de Administração e a Diretoria Executiva da Associação Brasileira de Metalurgia, Materiais e Mineração – ABM, com o apoio da Comissão Organizadora Master, decidiram adiar a 6ª edição da ABM WEEK para o próximo ano. A semana técnico-científica, que aconteceria de 19 a 21 de outubro de 2021, foi transferida para os dias 7, 8 e 9 de junho de 2022. O local permanece o mesmo: o Pro Magno Centro de Eventos, em São Paulo. Informações e inscrições: https://www.abmbrasil.com.br/por/evento/abmweek-6-edicao Com base no cenário brasileiro e nas projeções de cobertura da vacinação em 2021, o Conselho de Administração do IBP optou por transferir o evento, que seria realizado entre 21 e 24 de setembro deste ano, para o período entre 26 e 29 de setembro de 2022. A decisão foi tomada pensando na segurança de todos os stakeholders envolvidos –expositores, patrocinadores, congressistas, autores, visitantes e colaboradores –, mantendo as proporções do maior evento de óleo e gás da América Latina. O cuidado se faz ainda mais necessário pelo caráter híbrido da conferência, que terá parte da programação online, e outra, física, diretamente do Pier Mauá, zona portuária no Rio de Janeiro. A decisão marca também a volta da conferência a um ano par, pelo qual ficou tão conhecida no calendário de eventos de óleo e gás.

Mais notícias e eventos nas nossas redes sociais

PEOPLE

Roberto Azevêdo, da PepsiCo

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O Conselho Empresarial Brasil-EUA, filiado à Câmara de Comércio dos Estados Unidos, anunciou que, a partir de 1º de janeiro de 2022, Roberto Azevêdo, vice-presidente executivo da PepsiCo, diretor global de assuntos corporativos, e presidente do conselho de administração da Fundação PepsiCo, atuará como o novo presidente do Conselho. Além disso, o Conselho

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anunciou que Carlos Murillo, presidente regional para a América Latina, da Pfizer, atuará como vicepresidente – com efeito imediato. O Conselho Empresarial Brasil-EUA acredita que a PepsiCo e a Pfizer têm sido fundamentais para a recuperação econômica do Brasil, e para a construção de um futuro sustentável e inclusivo. O Conselho Carlos Murillo, da Pfizer

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é uma plataforma fundamental para diálogos estratégicos entre os setores privados e governos de ambos os países, e confia que a nova liderança fornecerá orientação valiosa no fortalecimento da cooperação econômica em nome de seus membros e nações. Azevêdo sucede a Ernesto Torres Cantú, CEO do Citi Latin America, que permanecerá como presidente do Conselho, até o final de 2021 e, após este período, seguirá como membro do Conselho. Torres liderou o Conselho durante um momento importante e crítico nas relações Brasil-EUA, e, sob sua liderança, viu a assinatura do Protocolo ao Acordo de Comércio e Cooperação Econômica Brasil-EUA relacionado a Regras Comerciais e de Transparência, bem como uma transição no governo dos EUA, e as novas prioridades do novo governo. O Conselho Empresarial Brasil-EUA, da Câmara de Comércio dos Estados Unidos, é formado pelas principais empresas multinacionais do mundo, interessadas em fortalecer as relações econômicas bilaterais entre os dois países. Defendendo o livre comércio, mercados livres e a livre iniciativa, o Conselho trabalha em estreita colaboração com seus membros, representando-os na promoção de metas de políticas públicas perante os governos brasileiro e americano. Os membros do Conselho representam uma variedade de setores, incluindo agricultura, serviços bancários e financeiros, bens de consumo, defesa, energia, saúde, manufatura, produtos farmacêuticos e tecnologia, entre outros. O Conselho colabora com seus membros na formulação de agendas transversais e específicas de cada setor, além de apoiar políticas públicas, visando a fortalecer a relação bilateral. A Câmara de Comércio dos Estados Unidos é a maior associação empresarial do mundo, representando os interesses de mais de 3 milhões de empresas de todos os tamanhos, setores e regiões, bem como câmaras estaduais e locais e associações industriais. Seu departamento internacional inclui mais de 70 especialistas regionais e de políticas públicas, e abarca 25 conselhos e iniciativas empresariais específicos de países e regiões do globo. A Câmara também trabalha em estreita colaboração com 117 Câmaras de Comércio americanas no exterior. A Schneider Electric promoveu Michel Arres para assumir o cargo de vice-presidente do canal de TI e Alianças Internacionais, para a divisão de Secure Power. A zona internacional cobre sete regiões, incluindo América do Sul, Oriente Médio e África, Comunidade dos Estados Independentes (CIS), Índia, Leste Asiático, Japão e Pacífico. O executivo tem mais de 28 anos de experiência na área, e ocupou cargos de liderança, gerindo equipes de canais na parte de distribuição, parceiros de aliança, marketing e estratégia. Michel agora é responsável por impulsionar a eficácia e o crescimento dos negócios, ao mesmo tempo que cria relacionamentos estratégicos, e melhora a satisfação do cliente em mercados internacionais.

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Steps

Evandro Pretel assumiu a Vice-Presidência de Suprimentos da Volkswagen Caminhões e Ônibus, substituindo Luiz Alvarez, que foi transferido para a Volkswagen do Brasil. Evandro, que é da Scania Latin America, passará a se reportar a Roberto Cortes, presidente e CEO da montadora. Evandro é engenheiro mecânico pelo Instituto Mauá de Tecnologia, com especializações na Duke University e Stockholm School of Economics, e possui vasta experiência na área de Suprimentos da Scania, tendo desenvolvido sua carreira, tanto no Brasil, como na matriz na Suécia e na África do Sul. Iniciou sua carreira na Scania Latin America, em 1997, em São Bernardo do Campo, como estagiário. Em 1998, atuou como assistente de Compras, e, no período de 2000 a 2007, como comprador. Em 2004 e em 2007, trabalhou em diferentes atividades na Suécia. Em 2007, ainda no Brasil, foi promovido a gerente de Métodos e Desenvolvimento Estratégico de Suprimentos. No período entre 2009 e 2010, trabalhou na Scania South Africa, onde foi Gerente de Compras Automotivo & Gerais e Sistemas Comerciais. Em 2010, retornou ao Brasil, como Gerente de Commodity Powertrain, Forjados e Elementos de Fixação, e, em 2012, passou a ser o responsável por Compras Gerais. Por fim, em 2015, foi expatriado para a matriz da Scania em Södertälje, Suécia, onde atuou, desde então, como vice-presidente de Compras Gerais, sendo responsável pela atividade em nível global na empresa. A Neogrid contratou Eduardo Kazmierczak como Chief Technology Officer (CTO). Com quase 20 anos de experiência no mercado de tecnologia, Software as a Service (SaaS), e fusões e aquisições (M&A), o executivo será responsável por apoiar as estratégias de crescimento e investimentos em pesquisa, e desenvolvimento de produtos e novas tecnologias. Kazmierczak é Empreendedor Global Endeavor, onde acompanha o cenário de empresas em estágio de rápida expansão (scale-ups), compartilhando as melhores práticas e estratégias de aceleração de negócios inovadores, dos mais diversos segmentos. O novo CTO é co-fundador da Accera, empresa adquirida pela Neogrid, em 2018, e da Darvyn, além de ser conselheiro consultivo da Local.e e do Fundo Patrimonial Catarina.

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Steps O alemão Achim Puchert, atual Head de Vendas “Daimler Trucks & Buses Overseas” (DTO), e Head de Vendas Internacionais, Marketing e Serviços ao Cliente da Daimler Trucks Asia, será o novo líder da Mercedes-Benz do Brasil Ltda., responsável por Caminhões e Ônibus na região da América Latina, a partir de 1º de janeiro de 2022. Achim Puchert começou na Daimler Escandinávia, em 2002, com uma primeira missão na diretoria de Vendas para Caminhões e Vans, antes de ingressar no Programa Internacional de Trainees, em 2006. Os próximos passos de sua carreira internacional foram na Daimler Europa Central e Oriental, África e Ásia (DCAA), e na Mercedes-Benz Rússia, país em que atuou na área de Marketing e Vendas para a Mercedes-Benz Trucks, além de liderar o Alliance Office para a cooperação de caminhões com a Kamaz, também na Rússia. A partir de 2015, o executivo passou a chefiar as operações e cooperações internacionais da Mercedes-Benz Caminhões, liderando projetos de industrialização. Também foi responsável pelos centros de CKD (produção de kits de caminhões para remessa a fábricas em todo o mundo), e pela gestão estratégica da rede de caminhões Mercedes-Benz. Em 2019, Puchert foi promovido a Head de Vendas Internacionais, Marketing e Serviços ao Cliente da Daimler Trucks Asia e, um ano depois, também assumiu como Head de Vendas “Daimler Trucks & Buses Overseas” (DTO). Achim substitui Karl Deppen, que fará parte do Conselho de Administração da Daimler Truck AG, a partir de 1º de dezembro de 2021, responsável por Caminhões na China, incluindo a JointVenture Beijing Foton Daimler Automotive com a marca Auman, e pelas regiões Japão e Índia, e suas marcas FUSO e BharatBenz. Com os últimos 27 anos dedicados à ABB,

Marcelo Vilela assume o comando do negócio de Eletrificação da companhia no Brasil. Graduado pela Faculdade de Engenharia São Paulo (Fesp), possui MBA em Administração e Marketing pela Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), e Mestrado em Economia Política, pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Iniciou suas atividades na companhia em 1994, como trainee de Engenharia. Ao longo de sua trajetória profissional, Vilela ocupou várias posições de liderança na organização, com destaque para a coordenação regional de vendas, a gerência de produtos e de unidade de negócios, assim como a gerência de fusões e aquisições, quando liderou a implantação da estrutura fabril e de logística das operações de eletrificação em Sorocaba, no interior de São Paulo. Depois de atuar como diretor de produto e mercado para o segmento de baixa tensão no Brasil, o executivo foi transferido para o Chile, onde comandou o negócio de eletrificação da ABB naquele país, nos últimos dois anos.

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A Schneider Electric anuncia

Marcio Kenji como seu novo gerente de segmento regional de Cloud & Service Providers para América do Sul. O executivo será responsável por gerir as soluções e demandas relacionadas a TI, data centers e edge computing, integrando, assim, as divisões de Power Systems e Secure Power da empresa. Antes de ingressar na Schneider, Kenji trabalhou por quase dez anos na Eaton Corporation, passando por cargos como gerente e diretor de vendas e, por último, gerente de segmento de missão crítica e data center, para a região América Latina. Além disso, por quase quatorze anos, Kenji fez parte da gestão de vendas da Emerson Network Power. Para sua gestão na Schneider, o executivo espera focar no crescimento e automação da TI com o EcoStruxure IT, uma arquitetura de gerenciamento de data center como serviço (DaaS) projetado especificamente para TI híbrida e ambientes hub. Além disso, vai trabalhar soluções que incentivem os países a avançarem numa dinâmica inteligente no mercado, à procura de soluções que incluam a aceleração da digitalização e a eficiência dos recursos naturais. A DB1 Global Software, uma empresa do Grupo DB1, especializada no desenvolvimento de software sob demanda, anunciou

Mateus Hernandes Rodrigues, como novo Head Internacional, cuja missão é reforçar a estratégia de internacionalização da empresa nos Estados Unidos. Mateus ingressou no Grupo DB1 em abril de 2013, como estagiário para uma função que não existia e ele não sabia realizar, a Análise de Pontos de Função. Para o executivo, o fato de toda a sua experiência profissional ter sido adquirida dentro do Grupo DB1, e ter sido treinado de acordo com os pilares da cultura da empresa, foi fundamental para seu desenvolvimento profissional dentro do grupo. O novo Head Internacional recebeu diversas promoções, ao longo dos seus mais de oito anos de experiência dentro da DB1, atuando também na equipe de qualidade, como assistente de projetos, gerente de projetos e gerente de portfólios, antes de ser convidado para assumir o cargo de Head Internacional. Mateus é Engenheiro de Produção e Gestão de Projetos, formado pela Universidade Estadual de Maringá, com MBA em Gestão de Projetos, pela Fundação Getúlio Vargas.

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Valorizar o profissional é um dos pilares do Instituto de Engenharia (IE). Isso ocorre ao longo dos seus quase 105 anos de história. Desse modo, para fomentar a engenharia no Brasil, desde 1963, um profissional é escolhido para ser homenageado. Neste ano de 2021, o reconhecimento será dado para o engenheiro elétrico Wilson Ferreira Júnior. Ele receberá, em novembro, o título de ‘Eminente Engenheiro do Ano’. O agraciado recebe a honraria de seus colegas, profissionais da engenharia, por se destacar em seu meio, e por sua carreira repleta de contribuições para a elevação e para o aprimoramento da área. Em especial, Wilson dedicou sua atuação ao setor energético. Hoje é CEO da Vibra Energia, mas já foi presidente da Eletrobras, diretor de distribuição da Companhia Energética de São Paulo (CESP), presidente da Rio-Grande Energia (RGE), do Conselho de Administração da Bandeirante Energia S.A, e presidente da CPFL Paulista e da CPFL Energia. Além disso, esteve à frente da Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee), do Conselho Curador da Fundação Nacional de Qualidade (FNQI), e da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib). Wilson, ao longo de sua carreira, também participa do Conselho de Administração do Operador Nacional

Steps

dos Sistemas Elétricos (NOS), desde 1998, e presidiu o Conselho de Administração do ONS, representando a categoria produção, entre os anos de 2003-2005, 20162019 e 2020-2021. O homenageado do ano é engenheiro elétrico e bacharel em administração de empresas pela Universidade Mackenzie, e mestre em Energia pela USP, cujo título foi alcançado depois de passar pelo Programa de Pós-Graduação em Energia do Instituto de Energia e Ambiente. A cerimônia de entrega do título acontecerá em 18 de novembro, como parte das comemorações dos 105 anos do Instituto de Engenharia.

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C&I News

Segurança da planta melhora com monitoramento em conformidade com IEC 61511 A Yokogawa Electric Corporation atualizou seu software Exaquantum Safety Function Monitoring (SFM), uma solução Operações e Otimização de Ativos OpreX, que ajuda a identificar se o desempenho operacional real atende às metas de design de segurança. Melhorar a saúde e a segurança é uma das seis áreas de foco de sustentabilidade da Yokogawa. O SFM R3.35 fornece monitoramento e avaliação contínuos de dados de segurança, para destacar desvios ou falhas no desempenho do sistema de seguranO SFM R3.35 permite que os usuários monitorem a eficácia do desempenho dos sistemas ça da planta. instrumentados de segurança, definidos em relação aos seus objetivos de projeto. Já em uso em todo o mundo, monitora automaticamente os dados de segurança opeem setores como petróleo e gás, racional, para determinar rapidamente se os dados opeo SFM coleta todos os dados relacionados à segurança, racionais em tempo real atendem às metas do projeto de para rastrear e analisar as principais métricas de desemsegurança, e para rastrear e analisar as principais métricas penho, incluindo ativações e manutenção de função insde desempenho de segurança. Os testes de prova são retrumentada de segurança (SIF) (teste de prova), camadas gistrados para rastrear quando eles ocorreram, e identifide proteção independentes (IPLs), e iniciando causas e car quando atingem sua data de validade. O SFM auxilia substituições. Esta nova versão, agora, oferece suporte ao os gerentes de fábrica, identificando quaisquer problepadrão 61511 da Comissão Eletrotécnica Internacional mas de segurança em potencial, reduzindo atividades de (IEC), e inclui vários novos recursos, para ajudar os usuámanutenção desnecessárias, e melhorando o design geral rios do SFM a identificar possíveis problemas de seguranda solução de segurança. ça, otimizar as atividades de manutenção, e melhorar o O SFM R3.35 emprega uma matriz de causa e efeito, design geral da solução de segurança. para verificar rapidamente a lógica das ativações SIF e Os sistemas de segurança são projetados para gados elementos finais (válvulas, respiros, atuadores, etc.), rantir que as plantas sejam operadas dentro de limites para ver se eles correspondem ao seu projeto de segurantoleráveis, reduzindo os riscos aos seres humanos, ao ça configurado ou pretendido, conforme requerido pela meio ambiente, aos ativos, e à continuidade da produnorma IEC 61511. ção. Para manter o nível de integridade de segurança Uma função de status de teste de prova foi adicioexigido, as instalações de processamento devem ter um nada ao SFM R3.35, para o monitoramento das datas meio para verificar o desempenho de seus sistemas insde validade dos testes de prova, em SIFs e elementos trumentados de segurança (SIS), durante as operações. finais. Os usuários também podem solicitar crédito de Os procedimentos precisam ser estabelecidos, e as inteste de prova com base na demanda real no SIS duranformações devem ser coletadas, para garantir a qualite a operação, com a funcionalidade de registrar quandade e a consistência dos testes de prova, taxas de dedo os testes de prova foram realizados, e sua data de manda e dados de falha do SIS. O desafio é determinar validade para ajudar a manter a validade do sistema de se os dados operacionais, em tempo real, podem ser segurança. verificados em relação à análise, projeto e suposições, Os dados de configuração de segurança para camadas para destacar desvios ou falhas no desempenho do prode análise de proteção (LOPA) usando PHA-Pro (uma sojeto do sistema de segurança. lução de software de terceiros da Sphera) podem ser usaA Yokogawa reconhece os desafios contínuos que os dos para gerar um arquivo de configuração SFM inicial. proprietários das fábricas enfrentam, ao tentar manter Um modelo de exportação PHA-Pro exporta informações com eficiência a integridade da segurança do processo ao do LOPA em um formato que pode ser importado para longo de todo o ciclo de vida de suas instalações. Como o SFM. um componente de uma solução SIS sustentável, o SFM

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Emerson e AspenTech criam empresa A Emerson e a AspenTech firmaram acordo definitivo, para contribuir com os negócios de software industrial da Emerson – OSI Inc. e o negócio de software de simulação geológica – para a AspenTech, para criar uma empresa diversificada e líder em software industrial de desempenho com maior escala, capacidades e tecnologias (“nova AspenTech”). A Emerson entrou com US$ 6,0 bilhões em dinheiro na nova AspenTech, em troca de uma participação de 55% na nova AspenTech, que oferecerá um portfólio de software industrial altamente diferenciado, com recursos para suportar todo o ciclo de vida de operações complexas, em uma ampla gama de setores verticais da indústria, incluindo design e engenharia, operações, manutenção e otimização de ativos. A transação acelera a estratégia de investimento em software da Emerson, à medida que a empresa continua a construir um portfólio de maior crescimento, mais diversificado e sustentável, criando uma empresa de software industrial com escala imediata e relevância, em um mercado rápido e em evolução. A nova empresa, que manterá o nome AspenTech, permite que a Emerson obtenha sinergias significativas, e acelere sua estratégia de software para impulsionar a criação de valor significativo. A posição de propriedade majoritária em um líder de software industrial puro e altamente valorizado dará à Emerson a plataforma e a flexibilidade para implantar estrategicamente o capital para o crescimento, por meio de investimentos contínuos e fusões e aquisições. A transação continua a longa história da Emerson de entrega de valor aos acionistas. “Vimos uma oportunidade atraente para acelerar nossa estratégia de software, para capitalizar no cenário de software industrial em rápida evolução, e avançar na jornada de portfólio de alto valor da Emerson”, disse Lal Karsanbhai, presidente e diretor executivo da Emerson. “Nossos clientes estão cada vez mais procurando parceiros, para ajudar a obter um desempenho mais forte, à medida que automatizam os fluxos de trabalho, em suas instalações, para otimizar as operações. A nova AspenTech se tornará um motor para aquisição e crescimento orgânico.”

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“Essa transação nos permite avançar nossa posição como líder em software industrial altamente diversificado, pronto para um crescimento significativo, forte desempenho financeiro, e um veículo para conduzir futuras aquisições de software, ao mesmo tempo que fornece valor em dinheiro imediato para os acionistas da AspenTech”, disse Antonio Pietri, Presidente e CEO da AspenTech, que vai liderar a nova AspenTech. “A nova AspenTech se beneficiará de um mercado maior e mais diversificado, que poderemos atender com um portfólio de software abrangente, um canal de vendas global expandido, e um balanço patrimonial ainda mais forte, reforçado pela Emerson. Além disso, esta transação expande nossa capacidade de apoiar as ambições de sustentabilidade global dos clientes.” A nova AspenTech estará sediada em Bedford, Massachusetts, e Antonio Pietri, o atual CEO da AspenTech, será seu CEO. Após o fechamento da transação, o Conselho de Administração da nova AspenTech será de nove diretores, cinco dos quais serão designados pela Emerson. Jill Smith, a atual Presidente do Conselho de Administração da AspenTech, atuará como Presidente do Conselho de Administração da nova AspenTech. A transação foi aprovada por unanimidade pelo Conselho de Administração da Emerson, e pelo voto unânime dos diretores da AspenTech presentes (um diretor estava ausente, mas confirmou total apoio). A transação deve ser concluída no segundo trimestre de 2022, e está sujeita à aprovação dos acionistas da AspenTech, aprovações regulatórias e outras condições habituais de fechamento. Após a conclusão, a nova AspenTech negociará na NASDAQ sob o símbolo AZPN.

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Programa Bentley Education agora é Global A Bentley Systems, Incorporated anunciou a expansão global do programa Bentley Education – oferecendo acesso contínuo a licenças de aprendizagem de mais de 60 aplicativos populares da Bentley, sem nenhum custo, para todos os alunos e educadores qualificados, de escolas de ensino médio a níveis de ensino superior, por meio do portal Bentley Education. Após o anúncio, de 3 de maio de 2021, do lançamento da Bentley Education nos países-piloto da Austrália, Reino Unido, Cingapura, Lituânia e Irlanda, o programa está obtendo uma boa resposta, com mais de 500.000 alunos e educadores, em muitos países; com a expansão global, o programa Bentley Education está acessível a todos os alunos e educadores em escolas de ensino fundamental, médio, faculdades comunitárias, politécnicos, institutos e universidades, em todo o mundo, para empregar aplicativos Bentley em suas salas de aula, laboratórios e em casa. “Com o foco global no avanço da infraestrutura para resiliência e adaptação, haverá uma demanda sem precedentes por indivíduos talentosos, que tenham as habilidades e a capacidade de embarcar preparados para traba-

lhar no próximo nível de projetos e fluxos de trabalho digitais. Ao fornecer a alunos, educadores e universidades, em todo o mundo, software e recursos adequados para se preparar para esta oportunidade, estamos complementando o sistema educacional, para atrair e desenvolver o talento necessário”, disse Vinayak Trivedi, vice-presidente da Bentley Education. Com uma combinação de conteúdo de aprendizagem criado para alunos, o portal Bentley Education fornece acesso a recursos de treinamento abrangentes, e conteúdo de aprendizagem baseado em projeto que é mantido em colaboração com as principais universidades e parceiros da indústria. Ao se registrar no portal Bentley Education para acessar direitos de licença de aprendizagem, alunos e educadores também ganham acesso a recursos de bônus, como insights de profissionais do setor, perspectivas em primeira mão de alunos atuais, e atualizações sobre as tendências mais recentes do setor – tudo em seu próprio ritmo, em um ambiente de aprendizado divertido.

Ball reabre fábrica de latas de alumínio Acompanhando o crescimento global do mercado de latas, a Ball Corporation anunciou o investimento de US$ 65,8 milhões para a reabertura da planta de Benevides, a 35 km de Belém/PA. A unidade terá capacidade produtiva de 1,2 bilhões de latas, por ano, e aumentará a oferta de empregos na região, oferecendo pouco mais de 100 vagas. Com previsão de inauguração para o final do primeiro semestre de 2022, a reabertura da fábrica faz parte dos investimentos da Ball na América do Sul, e tem como objetivo reforçar a presença da empresa na região, e atender às necessidades de diferentes clientes de forma mais eficiente. Esta será a 12ª fábrica da Ball, no Brasil. “A fábrica de Benevides oferecerá vários tamanhos de latas de alumínio, em diferentes linhas de produção e, ao apoiarmos a crescente demanda dos clientes da re-

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gião por latas de bebidas sustentáveis de alumínio, vamos colaborar para alavancar os mercados do Norte e Nordeste do Brasil,” afirma Carlos Pires, Presidente da Ball América do Sul. A lata de alumínio é uma embalagem 100%, infinitamente sustentável, e quando descartada corretamente, retorna às prateleiras em apenas 60 dias, como uma nova lata – um exemplo perfeito de economia circular. Só no Brasil, seu índice de reciclagem chega a 97,4%, e é o terceiro maior produtor de latas de alumínio do mundo, com um volume anual de 32 bilhões de unidades (2020).

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Relatório sobre recuperação pós-pandemia da ONU Em evento online, Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), o Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), e a Organização Panamericana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) apresentaram o relatório “COVID-19 e Desenvolvimento Sustentável: avaliando a crise de olho na recuperação”. Chamado para ação e resposta à pior crise sistêmica vivida no planeta, desde a criação das Nações Unidas. Ele destaca indicadores para medidas de recuperação socioeconômica, proteção social e inclusão digital, como forma de inserir o país em uma rota de desenvolvimento inclusiva e sustentável, rumo ao cumprimento da Agenda 2030. O encontro contou com a participação das representantes das agências envolvidas na produção do relatório: Katyna Argueta (PNUD), Marlova Noleto (UNESCO), Florence Bauer (UNICEF) e Socorro Gross (OPAS/OMS). Também fizeram parte dos painéis de debate os especialistas Cimar Azeredo Pereira (IBGE), Nísia Trindade (Fiocruz), Sérgio Besserman (PUC-Rio), Ricardo Henriques (Instituto Unibanco) e Romualdo Portela (Cenpec). O relatório fez uma radiografia do Brasil, por estado, quanto ao grau de preparo e vulnerabilidade no enfrentamento da Covid19, e sistematizou dados obtidos em diferentes fontes de informações – além do PNUD e do UNICEF, dos ministérios da Saúde, da Educação, dos Direitos Humanos e das Comunicações, do IBGE e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, entre outros. O ano escolhido para a linha de corte temporal foi 2019, trazendo as principais desigualdades que emergiam antes da Pandemia, em crianças e adolescentes, na Educação, nas questões de gênero, nos sistemas públi-

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cos de saúde, e no acesso às tecnologias. O documento aponta que a busca por um pacto federativo efetivo deve ser uma prioridade. O material destaca ainda a necessidade de mecanismos mais eficientes de governança e de cooperação entre os setores público e privado, com o objetivo de garantir oportunidades de recuperação econômica, direito à Educação, Saúde, proteção contra a violência, e proteção social na infância, na adolescência, na vida adulta e para pessoas idosas, além da universalização no acesso à internet, para diminuir o abismo tecnológico entre pessoas e regiões. A ideia central está em buscar acompanhar as esperadas perdas que a Pandemia trará ao desenvolvimento, somado ao já desafiador quadro do desenvolvimento no país e nos estados, e orientar o conjunto de ações de recuperação, não perdendo o foco na Agenda 2030, que tem, como bússola, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. O Relatório destaca três elementos como essenciais, para uma boa resposta à recuperação: equidade; desenvolvimento das capacidades de longo prazo das pessoas, para ajudar a construir resiliência para choques futuros; abordagem multidimensional coerente, uma vez que a crise tem múltiplas dimensões interligadas (saúde, aspectos econômicos e vários aspectos sociais). Segundo o documento, o Brasil precisa criar uma recuperação que “reconstrua melhor”, o que significa, não só recuperar de imediato as economias e os meios de subsistência, mas também salvaguardar a prosperidade a longo prazo. Para isso é necessária uma nova geração de políticas públicas e transformações sociais, que facilitem a transição para uma sociedade menos desigual, mais resiliente e com impactos controlados sobre a natureza. Porque o futuro começa hoje, não amanhã.

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Setores pesquisados pela CNI tiveram queda na confiança O Índice de Confiança do Empresário Industrial – Resultados Setoriais – caiu em todos os 30 setores analisados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), entre 1º e 15 de setembro. Foram ouvidos 2.373 empresários, sendo 948 de pequeno porte, 852 de médio porte e 573 de grande porte. Apesar da queda, todos os setores da indústria ainda seguem com índices de confiança acima da linha divisória de 50 pontos. O indicador varia de 0 a 100, e todos os valores acima de 50 são positivos. No entanto, o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, avalia que a confiança se tornou mais fraca e menos disseminada, em setembro, em relação a agosto. Os setores que registraram as maiores quedas de confiança foram: Produtos de limpeza, perfumaria e higiene pessoal, em que o índice caiu, de 62,5 pontos, para 53,4 pontos; Produtos farmoquímicos e farmacêuticos, que passou, de 63,4 pontos, para 54,9 pontos; e Máquinas, aparelhos e materiais elétricos, que registrava 65,1 pontos, em agosto, e caiu, para 57,2 pontos. Os setores que registraram maiores avanços de confiança foram: Couro e artefatos de couro (+4,6 pontos), Impressão e reprodução de gravações (+2,0 pontos) e Móveis (+1,9 pontos).

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Inaugurada primeira fábrica de leite em pó do Ceará @3T Filmes

Com investimento de mais de R$ 70 milhões, a Betânia Lácteos inaugurou uma nova fábrica em Morada Nova/CE, com cerca de 5 mil m², capacidade de processamento de 200 mil litros de leite, por dia, para produzir leite em pó, leite condensado e demais compostos lácteos. Com a nova estrutura, o complexo industrial de Morada Nova passa a produzir toda a linha de lácteos da Betânia, e amplia a capacidade de processamento da empresa para mais de 1,4 milhão de litros de leite, por dia, o que coloca a Betânia entre as dez maiores indústrias de lácteos do Brasil. “No ano em que completamos 50 anos de existência, inaugurar essa unidade nos enche de orgulho, pela nossa trajetória e pelo compromisso que assumimos, desde o começo da nossa caminhada com o povo nordestino, desde o produtor, que nos vende o seu leite, às milhares de famílias, que consomem nossos produtos diariamente, em todo o Nordeste”, afirma o CEO da Betânia Lácteos, Bruno Girão. “Pretendemos continuar investindo na Região, fomentando a economia, e contribuindo ativamente para o desenvolvimento sustentável da atividade leiteira no semiárido nordestino”, complementa. Totalmente automatizada, a nova fábrica será a única no Ceará a produzir leite em pó. A nova planta garante, ainda, uma solução sustentável para o excedente da produção de leite no semiárido nordestino, assegurando um maior equilíbrio entre a produção e a demanda na supersafra de leite, possibilitando que os produtores de leite parceiros da Betânia cresçam e se desenvolvam, e a empresa siga com seu compromisso de garantir a compra integral de todo o leite produzido. O investimento faz parte dos planos da Betânia de fortalecer sua marca na região Nordeste, onde seu papel de agente transformador torna-se, cada dia, mais importante na vida das pessoas, não apenas ao oferecer produtos de qualidade e com excelente custo-benefício, mas contribuindo ativamente para o desenvolvimento da região, geração de emprego e renda, e movimentando a economia, desde a sua origem.

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thyssenkrupp transforma seu negócio de powertrain O segmento Automotive Technology, da thyssenkrupp, está avançando na transformação de seu negócio de powertrain. A atual unidade de negócios Camshafts, que opera uma de suas plantas em Poços de Caldas/MG, está sendo redefinida, em direção a um forte crescimento na eletrificação da mobilidade. A área é atualmente uma das líderes mundiais como fornecedora de componentes para combustão interna e motores híbridos e elétricos. O portfólio de produtos inclui, principalmente, eixos de comando montados, e sistemas de trem de válvulas para conjuntos de força convencionais, bem como eixos de rotor para motores elétricos. “Iniciamos a transformação do nosso negócio de componentes para powertrain em um estágio muito inicial. Partindo de sistemas tradicionais de eixos de comando para motores de combustão interna, há cerca de 10 anos, começamos a desenvolver e industrializar novos produtos para powertrains elétricos. Agora, estamos continuando nossa transformação com novos produtos, além do motor de combustão interna”, disse Dr. Karsten Kross, CEO da divisão de componentes automotivos da thyssenkrupp. A companhia, por exemplo, já iniciou o desenvolvimento de rotores completos para motores elétricos. Ao mesmo tempo, ainda estão em andamento novos projetos de produtos, na área de gestão térmica de veículos elétricos a bateria. O reposicionamento do negócio com uma expansão significativa do portfólio de produtos também será refletido em um novo nome: a partir de 1º de outubro, a unidade de negócios Camshafts passará a se chamar Dynamic Components. A transformação do negócio segue uma abordagem baseada em duas vertentes. Com base nos pedidos recebidos dos clientes, a empresa continuará a atingir um crescimento lucrativo, com produtos para motores de combustão interna e híbridos, nos próximos anos – ainda que o mercado em geral esteja encolhendo. E vai usar os lucros deste negócio para financiar o desenvolvimento e a industrialização de

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novos produtos, tornando-os gradualmente independentes do motor de combustão interna tradicional. O crescimento ainda mais lucrativo em motores de combustão interna e híbridos resulta do alto potencial de tecnologias da thyssenkrupp, para aumentar cada vez mais a eficiência dos avançados motores de combustão interna, e reduzir as emissões. Além da liderança em tecnologia para componentes de powertrain, as fortes capacidades da unidade de negócios em produção e automação são ainda outro elemento-chave para o sucesso da transformação. Os novos produtos são fabricados em uma base de produção similar aos componentes para motores de combustão interna. Em parte, é possível usar as mesmas máquinas e equipamentos, o que faz com que várias linhas de produção em uma planta já estejam sendo usadas para fabricar diferentes produtos, para diferentes tipos de sistema de acionamento. Nos últimos anos, o segmento Automotive Technology, da thyssenkrupp, reformulou sua gama de produtos e serviços, para atender às tendências tecnológicas de eletrificação para mobilidade, direção autônoma e mobilidade sustentável. Hoje, a empresa é um fornecedor internacional de componentes automotivos, especializado em tecnologias de chassis, powertrain e carroceria. Há um foco claro em produtos e serviços independentes do powertrain em torno do chassi, das linhas de montagem da carroceria, e da produção de peças leves da carroceria. O segmento já gera mais de 80% de suas vendas totais com produtos não relacionados ao motor de combustão interna. No Brasil, a companhia possui plantas automotivas em Poços de Caldas, Ibirité e Santa Luzia/MG; São José dos Pinhais/PR; Campo Limpo Paulista e São Paulo/SP.

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GT se prepara para lançar material sobre tecnologias habilitadoras para Indústria 4.0

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Grupo de Trabalho Indústria 4.0, formado pelas diretorias de PROFIBUS DP/PA, PROFINET, PROFISAFE, IO-Link e AS-Interface e associados da PI Brasil, se reuniu no dia 20 de outubro para debater acerca das soluções (aplicações práticas) de

Indústria 4.0 por meio das tecnologias da PROFIBUS & PROFINET International (PI). Segundo André Petroff, diretor-presidente da PI Brasil, a pauta do encontro consolida um trabalho que vem sendo desenvolvido há quase dois anos.

“Conseguimos produzir um material rico em informações e dados quanto às aplicações e boas práticas da utilização dos protocolos da PI enquanto tecnologias habilitadoras para Indústria 4.0, tais como para a otimização do consumo de recursos e eficácia de processos, e maximização e reaproveitamento de ativos industriais, entre outras. É um conteúdo que valida o investimento do cliente que, ao adotar as tecnologias da PI, estará coberto ao caminhar para a Indústria 4.0”, explica. Durante a reunião, os integrantes do GT fizeram alguns apontamentos e o material passará por ajustes finais, para ser disponibilizado, em breve, ao mercado. “Com os feedbacks apresentados, vamos formatar o conteúdo e preparar um webinar para lançá-lo efetivamente”, completa Petroff.

AS-Interface na pauta da PI Brasil No

dia 21 de setembro, o Grupo de Trabalho AS-I, formado por nove empresas associadas - Dimensional, Festo, ifm electronic, Lapp Group, Nova Smar, Pepperl+Fuchs, Sense, Siemens e Westcon, se reuniu com empresas associadas usuárias da tecnologia para a definição de iniciativas

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dedicadas à promoção da AS-Interface. Entre as novidades do GT está a conclusão do primeiro levantamento estatístico de nós instalados no país. O relatório, com dados referentes a 2019 e 2020, é um marco importante para a história da PI Brasil e o mercado de AS-I. Agora, além de contar com as

informações oferecidas pela PROFIBUS & PROFINET International (PI), a Associação tem à disposição referências sobre o comportamento local. Vinicius Lopardo, diretor de Tecnologia AS-I da Associação e executivo de marketing da ifm, reforça a importância desse trabalho. “O levantamento dos

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dados estatísticos referentes às vendas, tanto em peças quanto em faturamento de produtos AS-I no Brasil, é praticamente inédito, haja visto que são informações difíceis de serem obtidas. Com essa iniciativa, também podemos ajudar fornecedores e parceiros a entender melhor o mercado e a se posicionar melhor também perante os clientes”. Em conjunto com outros grupos de trabalho, a PI Brasil já começou a pesquisar o mercado de tecnologia

IO-Link, com dados referentes a 2020, e, em breve, iniciará o levantamento de PROFIBUS e de PROFINET também.

AS-I Academy Outra conquista do GT é internacional. Segundo Lopardo, a AS-I Academy, iniciativa da AS-I International, que se trata de um treinamento gratuito sobre fundamentos da tecnologia que, até então, estava disponível somente em inglês e alemão, agora conta com uma

versão em português, inclusive com certificação. “A tradução e revisão desse material foram possíveis graças a um esforço conjunto com o Inatel, grande parceiro da PI Brasil, abrindo um horizonte para explicar sobre AS-I tecnicamente, seus pontos e diferenciais, colocando a Associação em um patamar de equalização do conhecimento, que tem como prosposta intrínseca compartilhar essa informação com o mercado de maneira fácil”, completa.

Caso de novo uso com Omlox e Holo-light: Realidade Aumentada em produção Sejam pessoas, ferramentas ou pedidos: Em todas as instalações de produção há muitos objetos que mudam continuamente de lugar. O rastreamento de ativos está se tornando cada vez mais uma tarefa essencial e um critério importante para processos eficientes. O padrão de posicionamento Omlox e a solução de streaming Isar XR da Holo-Light estão agora revolucionando a navegação industrial interna. O primeiro padrão Omlox de localização aberta permite o uso impecável de todas as tecnologias de localização existentes, como UWB, BLE, RFID, 5G ou GPS. Além disso, há uma interface aberta na zona central Omlox, que permite a qualquer fabricante localizar seus dispositivos dentro da infraestrutura aberta. Com a realidade aumentada (RA), os dados de posicionamento podem ser visualizados pelos funcionários em tempo real, por meio de um dispositivo. Um caso de uso, que agora pode ser facilmente implementado por fornecedores independentes pela primeira vez, devido à arquitetura aberta Omlox e streaming XR. Com Omlox e Holo-Light, ferramentas e peças de reposição para uma chamada de serviço, por exemplo, são encontradas facilmente, e os funcionários são guiados com segurança e rapidez pela

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produção. O usuário recebe setas, instruções de navegação, dados de máquina ou posições das ferramentas etc., exibidos em tempo real em seu dispositivo RA. O Omlox transfere todos os dados de localização para um sistema de referência de coordenadas uniforme, que é visível através de um aplicativo RA, como os óculos HoloLens 2 RA ou o aplicativo para smartphone. Uma vantagem decisiva é a configuração baseada em infraestrutura aberta da zona central Omlox. Os dados de posição são calculados em um servidor central e permitem a simples e imediata localização precisa dos dispositivos RA. Na arquitetura Omlox, o gerente da planta mantém o controle sobre todos os dados de posição em sua planta e pode gerenciá-los de forma centralizada. Isto facilita análises adicionais, por exemplo, para otimizar processos e aumenta a segurança de posicionamento dos dados sensíveis. Já existem inúmeros sistemas de posicionamento no ambiente de realidade aumentada, mas todos eles são proprietários, o que impede a sua utilização generalizada. Aqui, a zona central aberta Omlox abre um novo mundo para RA: a infraestrutura existente pode ser usada por qualquer dispositivo. Todos os fabricantes podem identificar

uma infraestrutura ou um dispositivo de localização com base na interface padronizada. Isso torna a navegação interior tão fácil quanto a navegação exterior. O GPS aberto para o exterior é substituído pelo Omlox para o interior. Assim como na área externa dos carros modernos, o RA agora também pode exibir comandos de navegação na área interna, de acordo com a posição. Assim, o Omlox para RA resolve dois problemas centrais: • O posicionamento preciso simples e aberto dos dispositivos internos diretamente após a ligação (zona central Omlox) e; • O fornecimento de conteúdo para os dispositivos RA (onde está o quê), por meio do hub Omlox. Mesmo objetos em movimento, como pessoas, bens ou AGVs, podem ser exibidos no aplicativo RA, por meio do hub API Omlox. Com o aplicativo RA, a Omlox redefine a navegação interior: sem necessidade de anexar códigos QR, sem preparação complexa dos pavilhões e uma precisão significativamente maior do que sistemas comparáveis.

Mais informações sobre Omlox em: Omlox.com ou Holo-Light em: holo-light.com.

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Mudança em pesquisa e inovação beneficia pequenos fornecedores

Selo verde para destinação adequada de resíduos eletrônicos

A consulta pública da ANP – Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – de modernização das regras para aplicação de 1% de receita das operadoras de petróleo e gás em pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) recebeu mais de 115 contribuições, inclusive as da Firjan. As oportunidades, a partir da evolução das regras para projetos vinculados a cláusula de PD&I, foram debatidas na reunião do Conselho Empresarial de Petróleo e Gás da Firjan, em 26/10. @Divulgação “O objetivo principal é atacar a burocracia, sem perder o poder regulatório. Nesse processo de transição energética, a redação das regras não poderia gerar dúvidas sobre a possibilidade de usar esses recursos nos temas ligados a renováveis e a processos de descarbonização”, explicou Alfredo Renault, superintendente de Pesquisa e Desenvolvimento da ANP. A nova regulamentação visa a incentivar a inovação aberta, com a inclusão de startups e outras micro e pequenas empresas como fornecedoras de tecnologia para as grandes companhias petroleiras. “Apostamos na mudança de criar, desenvolver e incentivar mecanismos com a participação dos fornecedores. É o fornecedor que vai transformar a tecnologia em produto que será utilizado”, resumiu Renault. Nesse caminho, a ANP poderá ajudar os pequenos a se certificarem para poderem entrar no mercado. @sinaval Magda Chambriard, vice-presidente do Conselho, aprovou as medidas e questionou: “É preciso ver como isso reverbera em prol da indústria brasileira, em parceria com as universidades, que não podem só atender demanda da Petrobras. A pluralidade de agentes demandantes é altamente benéfica”. Na primeira parte da reunião, foi apresentado um panorama dos mercados de petróleo, gás natural e naval, com destaque para oportunidades já existentes, e aquelas que ainda virão, entre elas, a rodada de licitação de Excedentes de Cessão Onerosa, prevista para dezembro deste ano. “Isso vai permitir a continuidade de operações de campos que já estão em produção no estado do Rio”, acrescentou Magda. Das 16 novas unidades de produção previstas até 2025, 14 devem se destinar ao Rio, o que vai gerar bastante serviço e demanda por mão-de-obra. Outras encomendas envolvem os projetos da Marinha do Brasil.

Com um amplo portfólio de equipamentos, produtos e prestação de serviços industriais, o Grupo Voith é uma empresa de tecnologia, que atua em todo o mundo, e a preocupação da empresa com um assunto tão importante quanto a produção é a sustentabilidade. Tanto, que este foi o motivo da empresa receber o Selo Verde, conferido pela Coopermiti Desde 2012, a companhia conta com uma parceria com a cooperativa de reciclagem de resíduo eletrônico, que recolhe máquinas, fios, equipamentos sem uso ou quebrados e garante o descarte correto dos materiais – que podem ser inseridos novamente na cadeia produtiva. Entre 2019 e 2020, o Grupo Voith no Brasil descartou mais de 10 mil quilos de eletroeletrônicos inservíveis, e esta importante iniciativa, que impede que eletrônicos sejam expostos em aterros sanitários, ou armazenados de maneira incorreta, liberando substâncias tóxicas, e causando impacto ambiental, foi premiada. “Essa iniciativa nos orgulha, pois, mostra que somos uma empresa que produz, alinhada com os conceitos de sustentabilidade. A redução da geração dos resíduos e a destinação adequada faz parte da forma de trabalho necessária, para chegarmos no patamar que queremos. E a parceria com a Coopermiti tem sido fundamental para o destino adequado de nosso resíduo eletrônico. Essas e outras ações fazem parte do compromisso da Voith, de desenvolvermos tecnologias sustentáveis para as gerações futuras. No caso do Grupo Voith, a preocupação com o meio ambiente faz parte da estratégia da empresa e, por isso, minimiza impactos ambientais, e contribui para a proteção do meio ambiente e dos recursos naturais, ao longo de toda a cadeia de valor. Por meio de parcerias, como a cooperativa Coopermiti, ficamos mais próximos do objetivo de criar gerações de produtos cada vez mais eficientes, sem descuidar da responsabilidade ambiental”, afirma Mauro Pires, Gerente de Garantia de Qualidade, Segurança e Meio Ambiente do Grupo Voith. Para outras empresas que buscam implementar uma política de descarte ecológico de eletroeletrônicos, a Coopermiti fornece o laudo de Destruição Segura de Dados, que elimina as chances de que as informações contidas em dispositivos de armazenamento possam ser recuperadas, evitando o acesso indevido ao conteúdo, além de poder agendar a retirada dos materiais, em São Paulo.

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NE 100 foi revisada A Recomendação NAMUR NE 100 foi revisada. Este documento difere da edição 30-09-2010, com as versões em alemão e inglês separadas; e, embora esta NE 100 seja uma versão totalmente revisada, a estrutura do texto e o conteúdo dos Anexos estão de acordo com a versão anterior. O texto foi redigido para fornecer orientação para a série de padrões IEC 61987, desenvolvida com base na versão NE 100 anterior . A troca de dados do produto entre várias disciplinas técnicas e os sistemas de controle de processo associados é facilitada, e só pode ser automatizada quando as informações a serem trocadas e seu uso forem claramente definidos. Esta versão 3.2 da NE 100 dá uma contribuição importante para alcançar este objetivo. Os dispositivos são especificados de acordo com suas propriedades. Essas propriedades são compiladas em listas de propriedades (LOPs), cada uma das quais descreve um tipo específico de dispositivo. A designação inequívoca e padronizada internacionalmente de propriedades facilita seu uso no contexto da Indústria 4.0; também oferece suporte à troca de dados, sob o conceito NOA (Namur Open Architecture). Os LOPs da NE 100 permitem que usuários e fabricantes de dispositivos de controle de processo (dispositivos nas áreas de engenharia elétrica, tecnologia de automação e tecnologia de instrumentação e controle), não apenas troquem dados dentro de suas próprias empresas e com outras empresas, mas também possam apoiar o planejamento e processos de manutenção, ajudando a evitar decisões erradas e, assim, aumentando a disponibilidade de instalações e equipamentos. A qualidade excepcionalmente alta da documentação da planta, gerada com o uso da tecnolo-

gia LOP, aumenta ainda mais os níveis de disponibilidade. Os LOPs têm como objetivo descrever os dispositivos de controle de processo e o ambiente em que serão instalados na planta. Eles foram preparados em colaboração entre fabricantes e usuários de dispositivos de controle de processo, e estão em conformidade com as normas internacionais que regem esse campo, como IEC 61360, ISO 13584 e IEC 61987-10. Os 110 LOPs na versão 3.2 cobrem toda a gama de tecnologia de medição de processo (para medições de pressão, vazão, densidade, nível e temperatura). Os atuadores também são totalmente cobertos. Para dispositivos de ajuste de sinal, existem 37 LOPs diferentes. O espectro de LOPs se estende a motores elétricos e painéis de baixa tensão, também. O trabalho está em andamento para incluir outras áreas, como tecnologia de análise de processos. No fluxo de trabalho especificado em NE 100, os sistemas CAE desempenham um papel fundamental para usuários de equipamentos de controle de processo. Vários fornecedores de sistemas CAE, que são membros do PROLIST, estão promovendo ativamente o uso operacional de LOPs, incorporando a interface NE 100 em seus sistemas, ou irão fazê-lo. As propriedades e listas de propriedades desenvolvidas para a série da norma IEC 61987 foram inseridas em um banco de dados eletrônico do IEC, o Common Data Dictionary (CDD), cujo conteúdo está disponível para download em inglês e alemão. Com base nos resultados das atividades de padronização da IEC, a versão 2010 do NE 100 foi revisada, para que forneça orientação para a série da norma IEC 61987, bem como referências apropriadas.

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Energies

Atlas Renewable Energy recebe Prêmios por ESG

@Divulgação

A Atlas Renewable Energy recebeu, da IJGlobal, os prêmios Acordo de Energia ESG do Ano 2020 (Américas) e Social ESG, devido ao seu compromisso com a diversidade e inclusão, implementando um programa social que visa a eliminar a lacuna de gênero, no setor de energia renovável. O Prêmio ESG Social foi concedido ao programa da Atlas “Somos todos parte da mesma energia”, uma iniciativa social que foi lançada no Brasil, Chile e México, e implementada durante a fase de construção dos projetos de energia solar da empresa, atualmente em desenvolvimento nesses países. O programa visa a capacitar a força de trabalho feminina local, com treinamentos que lhes permitirão optar por empregos mais técnicos na construção dos empreendimentos. Ao mesmo tempo, a Atlas mobilizou suas contratadas para priorizar os trainees em seu processo de contratação. Esta iniciativa se tornou no principal programa social da Atlas, e está alinhada com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU nº 5 – Igualdade de Gênero, nº 8 – Trabalho Decente e Crescimento Econômico, nº 10 – Reduzir Desigualdades e nº12 – Consumo e Produção Responsáveis). Cerca de mil mulheres foram capacitadas, em diferentes áreas, como construção civil, carpintaria, saúde e segurança, montagem de módulos, eletricidade, entre outras – o que permitiu à empresa aumentar a participação feminina na construção, de 2%, para 15%. “Somos Todos Parte da Mesma Energia” deve ser implementado em novos projetos, para que mais mulheres possam se beneficiar destes treinamentos, e encontrar novas oportunidades de carreira. A Usina Solar Jacarandá, no Brasil, foi homenageada com o Prêmio “Solar Deal of the Year” (Américas), pelo sucesso da implementação do programa “Somos todos parte da mesma energia”, durante a construção do projeto. Durante esse período, mais de 214 mulheres foram treinadas em habilidades técnicas; das mulheres capacitadas, 123 foram contratadas para fazer parte da construção de Jacarandá; no total, 159 mulheres foram contratadas, o que representou 17% do total de mão-de-obra contratada, em Jacarandá, no pico das obras. O projeto também teve como foco a contratação de grupos sub-representados, como a população afrodescendente do estado da Bahia, que formou a maior parte da força de trabalho total, 85% de homens afrodescendentes e 83% de mulheres afrodescendentes. @Divulgação “É uma honra ter nosso programa de força de trabalho feminina “Somos Todos Parte da Mesma Energia”, e sua implementação no Projeto Jacaranda Solar, homenageado pela IJGlobal”, disse Maria José Cortes, Chefe de ESG da Atlas Energia Renovável. “Criar e implementar este programa tem sido uma experiência incrível para todos nós da Atlas, nos tem ajudado a abrir uma porta para novas oportunidades para as mulheres das áreas rurais da América Latina e mudar paradigmas. Temos muito orgulho disso, mas sabemos que ainda há muito a fazer em termos de diversidade e inclusão. Esperamos que este programa plante a semente para práticas mais inclusivas, em nossa indústria e nas comunidades onde operamos.”

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Hidrogênio verde com turbinas eólicas @Divulgação

A Lhyfe inaugurou sua primeira unidade de produção em Bouin (Vendée), considerada a primeira do mundo a produzir hidrogênio verde renovável usando a energia eólica em escala industrial. A empresa já confirmou cerca de 60 projetos em toda a Europa. Para apoiar a expansão, a Lhyfe garantiu € 50 milhões em uma rodada de financiamento da Série A e recebeu a SWEN Capital Partners e o Banque des Territoires junto com seus investidores originais. Os recursos serão destinados a apoiar o desenvolvimento da Lhyfe, na França e no exterior, fortalecer suas equipes, financiar P&D, e em novos projetos. A Lhyfe está produzindo agora hidrogênio verde, feito com um eletrolisador, movido diretamente por turbinas eólicas, e em quantidades industriais (até uma tonelada, por dia) – o que representa uma grande conquista técnica. O local atualmente produz 300kg, por dia, mas deve aumentar para uma tonelada, por dia, nos próximos meses. O hidrogênio da Lhyfe abastecerá quatro postos, no oeste da França; cerca de 50 veículos pesados, ônibus e coletores de lixo serão movidos por hidrogênio verde renovável, em Loire-Atlantique, Sarthe e Vendée, primeiro, e depois em outros departamentos franceses, sob o projeto VHyGO. “Um ano após o lançamento da pedra @Divulgação fundamental, estamos extremamente orgulhosos de lançar este site, que é um símbolo, claro, para nós, mas também pelo que representa para a transição energética. Nossos agradecimentos aos nossos cinco parceiros iniciais, que tornaram possível este projeto, de mudar nosso modelo de energia. Agora, que alcançamos este primeiro passo, estamos prontos para avançar mais rápido”, disse Matthieu Guesné , CEO e fundador da Lhyfe.

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EDP desenvolve usina solar de larga escala A EDP, empresa que atua em todos os segmentos do setor elétrico, investirá no desenvolvimento de sua primeira usina fotovoltaica de larga escala, em parceria com a EDP Renováveis. O empreendimento, chamado de Monte Verde Solar, terá capacidade instalada de 209 MWac, e ficará localizado no estado do Rio Grande do Norte, nas cidades de Pedro Avelino, Lajes e Jandaíra. Ambas as empresas, controladas pelo grupo EDP, terão participação igualitária no negócio. O empreendimento já está outorgado e com garantia de conexão ao sistema de transmissão, e possui PPA (power purchase agreement) de 15 anos com a EDP Comercializadora, que por sua vez já alocou esta energia em contratos com a mesma duração. A previsão é de que a usina entre em operação em 2024. Com o investimento neste projeto, avançamos em nossa meta, anunciada no Plano Estratégico 2021-2025, de elevar o tamanho de nosso parque solar, no Brasil, em mais de 25 vezes, em relação a 2020. “É um passo importante em nossa proposta de substituir a geração hídrica por solar, mitigando o efeito do risco hidrológico em nosso portfólio”, afirma João Marques da Cruz, CEO da EDP Brasil.

“Trata-se de um empreendimento que cria valor para a Companhia e seus acionistas, ao mesmo tempo que reforça nosso propósito de liderar a transição energética, agindo hoje para construir um amanhã mais sustentável”, acrescenta.

Investimento em energia solar A geração solar está entre os eixos estratégicos para o crescimento da EDP no Brasil, até 2025, quando a Companhia pretende atingir a marca de 1 GWp em capacidade instalada nessa modalidade. Com o anúncio do projeto Monte Verde Solar, o portfólio da EDP neste segmento chega a cerca de 310 MWp. De acordo com a Absolar, em 2021, o Brasil ultrapas@Divulgação sou a marca de 10,8 gigawatts (GW) de potência instalada na fonte solar fotovoltaica, sendo 3,8 GW em geração centralizada, e pouco mais de 7 GW na geração distribuída. Desde 2012, já foram investidos mais de R$ 56,4 bilhões no segmento, que gerou 325 mil empregos, e arrecadação de R$ 15,1 bilhões em tributos. De lá para cá, a utilização da energia solar evitou a emissão de mais de 12,4 milhões de toneladas de CO2 na atmosfera.

Enel X e Bradesco vão construir nove usinas solares A Enel X e o Bradesco firmaram contrato para o desenvolvimento e construção de nove usinas fotovoltaicas de geração distribuída, nos estados do Rio de Janeiro, Ceará e Goiás. Com capacidade instalada total de 11 MWpm, as plantas serão responsáveis por gerar energia limpa para mais de 300 agências do Bradesco, nos três estados. O acordo foi estabelecido pelo prazo de 10 anos, com possibilidade de prorrogação do prazo contratual. O projeto de geração distribuída da Enel X para o Bradesco reafirma o compromisso sustentável de ambas as empresas, uma vez que vai evitar a emissão anual de cerca de 12 mil toneladas de CO2, o que corresponde à neutralização que seria obtida a partir do plantio de cerca de 86 mil árvores. As plantas estão sendo instaladas nos municípios de Quixeré, no Ceará; Buriti Alegre, em Goiás; e Seropédica e Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro. Ao todo, serão 18.550 painéis solares, distribuídos em uma área total de 246.431 metros quadrados. A previsão é que as usinas iniciem as operações em junho de 2022. “O acordo com o Bradesco demonstra a competitividade deste modelo de negócio. A construção de usinas solares de geração distribuída é um dos focos da Enel X no Brasil, e nos ajuda em nossa missão de auxiliar empresas, de todos os portes e segmentos, a atingirem suas metas de descarbonização, em linha com a relevância e a urgência da agenda ESG”, afirma Francisco Scroffa, Responsável da Enel X no Brasil. “Oferecemos, aos

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nossos clientes, soluções tecnológicas que garantem uma gestão inteligente e sustentável do consumo energético, com foco no controle de custos, previsibilidade e redução de riscos”. A Enel X, por meio da linha de negócios e-Industries, oferece o serviço de geração distribuída para empresas, permitindo que geradores privados realizem a troca da energia produzida com a rede elétrica. Por meio desta e de outras soluções integradas em energia, é possível reduzir a conta de energia de forma significativa, e contribuir para a sustentabilidade do sistema elétrico, ao utilizar uma fonte renovável de energia, auxiliando clientes comerciais e industriais na jornada da transição energética. Após a instalação, a economia é imediata, e os painéis duram por mais de 25 anos. Ao todo, a Enel X possui cerca de 13,2 MWp em sistemas de geração distribuída solar, instalados no Brasil. O Brasil está na lista dos dez países que mais instalaram sistemas de energia solar no mundo, em 2020, e em @Divulgação primeiro lugar na América Latina, com 3,15 gigawatts em novos empreendimentos, no ano passado. Dessas instalações, 80% são consideradas de pequeno porte, com placas solares em telhados para o atendimento da demanda de clientes residenciais e pequenas empresas. Segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), nos próximos dez anos, a mini e a microgeração distribuídas podem ultrapassar 40 gigawatts (GW) no Brasil.

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R$ 16 milhões para ampliação de usina solar A Sun Mobi, enertech especializada no modelo inovador de energia solar via assinatura, acaba de viabilizar um investimento da ordem de R$ 16 milhões no país, para ampliação da usina fotovoltaica instalada na cidade de Porto Feliz, interior de São Paulo. A aposta da companhia é democratizar ainda mais o acesso à tecnologia fotovoltaica para consumidores de 27 municípios do estado paulista, dentro da área de concessão da CPFL Piratininga, incluindo Sorocaba, Santos e Jundiaí, e, ao mesmo tempo, ajudar no alívio das altas na conta de luz, em tempo de crise hídrica e reajustes tarifários. O empreendimento, que atende consumidores residenciais e comerciais no modelo remoto por assinatura, vai saltar, do atual 1 megawatt (MW) de potência instalada, para 5 MW, com início da nova capacidade prevista para janeiro do próximo ano. Cerca de 20% do montante aportado (R$ 3,2 milhões) deve ficar na própria região, e aquecer a economia local com contratações de empresas de limpeza de terreno, de engenharia civil, de segurança e de alimentação, entre outros setores beneficiados. “Além dos benefícios econômicos, a ampliação da usina trará grandes ganhos ambientais para a região. Num horizonte de operação de 30 anos, e com uma geração de 191 mil megawatts/hora, serão evitadas as emissões de 64,8 mil toneladas de CO2, o que equivale a cerca de 410 mil árvores plantadas”, explica Guilherme Susteras, sócio da Sun Mobi. A usina de Porto Feliz, batizada de Wanda Maria Bueno, fornece energia limpa e renovável, para edificações de todos os portes, entre casas, apartamentos, imóveis alugados, comércios e indústrias. “Temos dobrado nossa base de clientes, a cada dois anos, e esperamos chegar a 6 mil consumidores atendidos, nos próximos três anos”, comenta Alexandre Bueno, sócio da Sun Mobi.

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O assinante da Sun Mobi também recebe sem custos um aparelho de monitoramento do consumo de energia elétrica, que avisa, em tempo real, o status de gasto de eletricidade, seja de uma empresa ou de uma residência. @Divulgação O serviço de assinatura de energia solar tem crescido exponencialmente no País, impulsionado pela ausência de necessidade de investimento próprio num sistema próprio de geração de eletricidade, no telhado ou num pequeno terreno, além do baixo custo do serviço, e redução nas despesas com tarifas da conta de luz. “É uma opção para consumidores que se encontram em imóveis alugados, apartamentos, ou ainda que não tenham condições de fazer investimentos num sistema fotovoltaico. Os consumidores têm alívio na conta de luz por dois motivos: primei@Divulgação ro, fazem gestão ativa do seu consumo com os sensores e informações disponibilizadas pela Sun Mobi e, depois, pela não incidência das famigeradas bandeiras tarifárias nas contas de energia dos clientes da empresa. A combinação dos dois fatores pode dar uma economia de 10% ou mais para nossos assinantes”, conclui Bueno. O investimento na ampliação da usina em Porto Feliz será feito pela Comercializadora Get Energy Trading, e por demais investidores privados, e a usina entrará em operação em janeiro de 2022.

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Ducati começa sua era elétrica A Ducati anunciou o início de sua era elétrica: a partir da temporada de 2023, será o único fornecedor oficial de motocicletas para a FIM Enel MotoE World Cup, a classe elétrica do Campeonato Mundial de MotoGP. O acordo, assinado com a Dorna Sports, organizadora e promotora dos mais importantes campeonatos internacionais de corridas de duas rodas, dura até 2026, e, portanto, abrangerá quatro edições do Mundial de MotoE. Este é um passo histórico para a fabricante de motos Borgo Panigale que, seguindo o seu costume de utilizar a competição automóvel como laboratório de tecnologias e soluções que se tornam realidade para todos os motociclistas, entra no mundo das motos elétricas a partir do setor mais esportivo, o da classe elétrica do Campeonato Mundial de MotoGP. O objetivo é desenvolver expertise e tecnologias em um mundo em constante evolução, como o elétrico, por meio de uma experiência familiar à empresa, como a das competições automobilísticas. Esta tem sido uma tradição consolidada para a empresa de Borgo Panigale, a partir da Ducati 851, que inaugurou a tendência Ducati das motos esportivas de estrada, revolucionando o conceito, com seu inovador motor de dois cilindros, refrigerado a água, injeção eletrônica de combustível, e o novo eixo duplo, cabeçotes de quatro válvulas, derivados da moto Ducati 748 IE, que fez sua estreia em corridas de resistência em Le Castellet, em 1986. Desde então, esta transferência interminável de experiência sempre ocorreu, desde o Campeonato Mundial de Superbike, no qual a Ducati participou, desde a primeira edição, em 1988, e do MotoGP, no qual a Ducati é a única fabricante de motocicletas não japonesa a ter vencido um Campeonato Mundial. O cruzamento também é evidente nos produtos mais recentes e prestigiosos da fabricante Borgo Panigale: o motor V4 do Panigale é, na verdade, estritamente derivado de toda a sua filosofia de construção – desde as medidas de furo e curso, até o virabrequim contra-rotativo – do motor que estreou na Desmosedici GP, em 2015. O V4 Granturismo, que equipa a nova Multistrada V4, foi então derivado do motor Panigale. Todo o software de controle do veículo também é derivado diretamente daqueles desenvolvidos no mundo das corridas. Sem falar no campo da aerodinâmica. As soluções tecnológicas desenvolvidas no mundo das corridas, transferidas para os produtos que compõem a gama, permitem à Ducati oferecer, aos seus entusiastas, motos de altíssima performance, e diversão de conduzir. O FIM Enel MotoE World Cup também não será exceção a este respeito, e permitirá à Empresa desenvolver as melhores tecnologias e metodologias de teste, aplicadas a motociclos elétricos desportivos, leves e potentes.

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Ao mesmo tempo, o fato de a Ducati fazer parte do Grupo Volkswagen, que fez da mobilidade elétrica um elemento essencial de sua estratégia “New Auto” para 2030, representa o melhor pré-requisito para um extraordinário intercâmbio de experiências, no campo dos motores elétricos. O anúncio do acordo foi feito na véspera do Grande Prêmio Made in Italy e Emilia-Romagna, da terceira à última etapa do Campeonato Mundial de Moto GP 2021. “Estamos orgulhosos deste acordo porque, como nas primeiras vezes, representa um momento histórico para a nossa empresa. A Ducati está sempre projetada para o futuro, e cada vez que entra em um novo mundo, ela faz isso para criar o produto com o melhor desempenho possível. Este acordo chega na hora certa para a Ducati, que, há anos, estuda a situação dos grupos motopropulsores elétricos, porque nos permitirá fazer experiências em um campo bem conhecido e controlado, como o de Competição de corrida. Trabalharemos para colocar, à disposição de todos os participantes da FIM Enel MotoE World Cup, motos elétricas de alto desempenho, e caracterizadas pela leveza. É justamente no peso, elemento fundamental das motos esportivas, que @Divulgação

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Energies será o maior desafio. A leveza sempre esteve no DNA da Ducati e, graças à tecnologia e química das baterias, que estão evoluindo rapidamente, estamos convencidos de que podemos obter um excelente resultado. Testamos nossas inovações e nossas soluções tecnológicas futurísticas em circuitos em todo o mundo e, em seguida, disponibilizamos produtos interessantes e desejáveis para Ducatisti. Estou convencido de que, mais uma vez, vamos aproveitar as experiências que tivemos no mundo das competições de corrida, para transferi-las e aplicálas também em motos de produção," disse Claudio Domenicali, CEO da Ducati Motor Holding. “Estamos muito orgulhosos de anunciar a Ducati como o novo e único fabricante da FIM Enel MotoE World Cup. Com sua incrível história de corrida, é uma honra receber este compromisso de um dos mais conhecidos fabricantes no paddock e, para enfrentar este novo desafio em conjunto.

Estamos ansiosos para ver o que o futuro nos reserva, e continuar vendo esta tecnologia se desenvolver e crescer, com o paddock de MotoGP e o MotoE a continuarem impulsionando a inovação e a evolução na indústria do motociclismo – ao mesmo tempo que cria um incrível espetáculo na pista,” afirmou Carmelo Ezpeleta, CEO da Dorna Sports. Este primeiro passo da Ducati, no mundo das motocicletas elétricas, também terá influência na evolução da gama de produtos. Agora, os desafios mais importantes neste campo continuam a ser os do tamanho, peso, autonomia das baterias e disponibilidade de redes de carregamento. A experiência da Ducati na FIM Enel MotoE World Cup será um suporte fundamental para P&D de produtos, junto com a evolução fisiológica da tecnologia e da química. O objetivo é estudar como produzir, assim que a tecnologia permitir, um veículo elétrico Ducati esportivo, leve, emocionante e capaz de satisfazer a todos os entusiastas.

“Salvador Solar” é avanço para desenvolvimento sustentável O Programa “Salvador Solar”, lançado pela prefeitura da capital baiana, representa importante avanço para o desenvolvimento sustentável, a partir da geração própria de energia solar na região. A proposta da Minuta de Lei de Incentivo é posicionar Salvador na vanguarda de políticas públicas, acelerando a geração fotovoltaica na cidade. O programa possui meta de aumentar em 50% o uso da tecnologia, até 2024, além de gerar postos de trabalho e novos negócios, no mercado solar. @Divulgação

Para o presidente executivo da Absolar – Associação Brasileira de Energia Fotovoltaica –, Rodrigo Sauaia, durante lançamento da iniciativa soteropolitana, a cidade de Salvador possui um enorme potencial para a tecnologia solar, e o programa pode servir de referência para a elaboração de outras políticas públicas municipais no país. “Salvador ocupa atualmente a 35ª posição, no ranking municipal da geração própria de energia solar, em telhados e pequenos terrenos. São 21,8 megawatts (MW) em potência instalada, distribuídos em 2,4 mil sistemas de geração, atendendo, com uma fonte limpa, renovável, acessível e barata, 2,6 mil consumidores na cidade. Com este novo programa, o município dá um passo adiante para galgar novas posições no ranking, e ampliar o seu protagonismo na energia solar.

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Salvador já recebeu mais de R$ 118,8 milhões de investimentos do setor solar, que trouxeram mais de 654 empregos à região. Isso é apenas o começo, os números devem acelerar ainda mais, a partir de agora”, celebra Sauaia. O Programa “Salvador Solar”, coordenado pela Secretaria Municipal de Sustentabilidade e Resiliência (SECIS), abrange a criação de uma legislação municipal específica, a capacitação de mão-de-obra local, a geração de empregos qualificados, o mapeamento do potencial solar na cidade, em sinergia aos descontos no IPTU implementados, desde 2019, pela iniciativa “IPTU Amarelo”. A medida combina economia e sustentabilidade, reduzindo o IPTU sobre imóveis que gerem energia solar, em residências e condomínios de casas. A Prefeitura de Salvador trabalha na construção de uma Lei de Incentivo ao uso de energia solar na capital baiana, desburocratizando e desonerando o setor, como forma de alavancar o setor na região. Em parceria com o C40, contou com o apoio de especialistas para a elaboração de minuta do Projeto de Lei, que será entregue pelo Prefeito Bruno Reis, ainda este mês, à Câmara Municipal de Salvador, para apreciação e votação. @Divulgação

Também faz parte do Programa, o lançamento de um Mapa Solar. A ferramenta traz um banco de dados público, com mapeamento do potencial solar dos telhados de toda a cidade.

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Enel Green Power inicia operação comercial do parque eólico Cumaru A subsidiária brasileira de energia renovável do Grupo Enel, Enel Green Power Brasil Participações Ltda. (EGPB), iniciou a operação comercial do parque eólico Cumaru, localizado no município de São Miguel do Gostoso, no Estado do Rio Grande do Norte. O Grupo Enel investiu ao todo cerca de R$ 948 milhões, o equivalente a cerca de US$184 milhões na construção do empreendimento, que possui capacidade instalada total de 206 MW. “A atual crise hídrica reforça a importância da diversificação da matriz energética no Brasil e as vantagens das fontes eólica e solar. Iniciamos a construção do projeto Cumaru no segundo semestre do ano passado. A entrada em operação comercial do parque num curto espaço de tempo é uma demonstração da nossa capacidade de entregar projetos relevantes para ampliar sistematicamente a geração verde no país e contribuir para um sistema cada vez mais seguro, em que a complementariedade das fontes beneficia toda a sociedade. Cumaru é o primeiro de cinco projetos atualmente em construção pela Enel no país a produzir energia. Até o @Divulgação início de 2022, teremos colocado em operação ao todo cerca de 1,3 GW de nova capacidade instalada, contribuindo para o nosso crescimento sustentável na região”, ressalta Roberta Bonomi, responsável da Enel Green Power no Brasil. O parque eólico Cumaru é composto por 49 aerogeradores e será capaz de gerar mais de 966 GWh por ano, evitando a emissão de mais de 543 mil de toneladas de CO2 na atmosfera anualmente. A produção de energia do parque será integralmente fornecida ao mercado livre para venda a clientes comerciais, alavancando a presença integrada da Enel no país. Além de Cumaru, que acaba de entrar em operação comercial, a Enel Green Power está concluindo a construção de outros três parques eólicos e um parque solar, todos localizados no Nordeste e que somam cerca de 1,1 GW de capacidade instalada. Durante a construção de Cumaru, primeira obra da

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Enel Green Power iniciada durante a pandemia no Brasil, foram adotados rigorosos protocolos de segurança, em função da pandemia e em linha com as indicações das autoridades sanitárias, com o objetivo de garantir a proteção necessária aos trabalhadores envolvidos na construção bem como às comunidades onde o parque está instalado. A empresa estabeleceu diretrizes rígidas para viagens, que incluíram quarentena preventiva quando os trabalhadores se deslocavam para cidades fora da região do canteiro de obras; maior higienização das instalações, veículos e ambientes nos canteiros de obras; bem como medidas para garantir práticas de trabalho seguras. Nos canteiros, a rotina das equipes e operações foram estruturadas para manter o distanciamento social. A Enel Green Power também realizou campanhas de testes massivas envolvendo todos os funcionários nos canteiros de obras. Além do foco na saúde e segurança de colaboradores e das comunidades locais na região do empreendimento, a Enel Green Power também desenvolveu ações de Sustentabilidade, envolvendo a comunidade local, em linha com a estratégia de Criação de Valor Compartilhado (CSV) do Grupo Enel. Em Cumaru, foram realizadas ações de educação ambiental com crianças e jovens e um projeto de assistência técnica rural para famílias que vivem da agricultura de subsistência. As famílias beneficiadas receberam orientações técnicas para aumentar e diversificar a produção de alimentos, garantindo a segurança alimentar e, eventualmente, a geração de renda. No Brasil, o Grupo Enel, por meio de suas subsidiárias EGPB e Enel Brasil, tem uma capacidade total instalada renovável de cerca de 4 GW, dos quais mais de 1,6 GW são de fonte eólica, cerca de 1,1 GW são de fonte solar e cerca de 1,3 GW de hidro.

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Reflexos da crise hídrica e energética agravam cenário prolongado de alta de preços para micro e pequenas indústrias

A crise hídrica e energética provocada pela falta de chuvas tem agravado o prejuízo financeiro de empresas em todos os segmentos, especialmente entre as micro e pequenas indústrias, cujo repasse das sucessivas altas de preços muitas vezes é inviável. Segundo a pesquisa Indicador de Atividade da Micro e Pequena Indústria, realizada pelo Datafolha, a pedido do Sindicato das Micro e Pequenas Indústrias do Estado de São Paulo (Simpi), os reflexos da seca ameaçam os negócios e o crescimento econômico do país será muito prejudicado, é o que afirma 51% das micro e pequenas indústrias ouvidas. Em relação ao fornecimento de energia para a empresa, 40% dos entrevistados avaliam que haverá muito prejuízo, e uma parcela de 27% acredita que a falta de chuvas irá prejudicar muito os negócios da empresa de maneira geral

Acreditando numa alternativa para minimizar a crise de energia, quando perguntados sobre uma possível volta do horário de verão, a maioria das micro e pequenas indústrias (56%) se posiciona a favor. Outras 36% são contra e para 7%, seria indiferente. De acordo com a pesquisa, subiu de 68% para 74% o índice de empresas com alta significativa na conta de energia em relação ao mês anterior. Quando perguntadas sobre o impacto do aumento da conta de energia nos negócios, o percentual de micro e pequenas indústrias que consideram grande o prejuízo para a empresa subiu de 21% para 33% entre agosto e setembro. Para 33%, os aumentos na conta prejudicam um pouco e para 34% não há prejuízos O Índice de Custos das Micro e Pequenas Indústrias recuou de 66 para 61 pontos entre agosto e setembro, dentro de uma escala que vai de 0 a 200, sendo 200 o resultado ótimo, ou seja, em que nenhuma empresa é impactada por alta significativa em seus custos de produção. O gráfico a seguir demonstra um cenário prolongado de alta de preços, com resultados abaixo de 100 pontos pelo nono mês seguido:

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Sete em cada dez (70%) micro e pequenas indústrias relataram alta significativa de custos, espelhando o cenário de fevereiro último. Há seis anos, não eram registrados números tão elevados, nem por tempo prolongado como agora. Quando consultados sobre as dificuldades enfrentadas nos últimos 15 dias, os principais entraves para as micro e pequenas indústrias são a alta nos preços de matérias primas e insumos (80%), atraso na entrega de matérias primas e insumos (50%), falta de matéria prima e insumos nos fornecedores (48%) e baixa qualidade dos materiais entregues (26%). Os resultados de setembro trazem ainda um cenário pessimista em relação ao futuro e a expectativa de melhora nos negócios recua pelo terceiro mês seguido. No mês de julho, 59% das micro e pequenas indústrias projetavam um cenário de melhora para os negócios, índice que recuou para 54% em agosto e em setembro chegou a 51%. @Divulgação Na avaliação do presidente do Sindicato da Micro e Pequena Indústria no Estado de São Paulo (Simpi), Joseph Couri, a pesquisa aponta para um agravamento da crise, puxado pela contínua alta de preços, que somados, acentuam a curva de elevação no índice de custos das empresas. “Estes fortes aumentos de custos representam um possível repasse de preços e consequente aumento da inflação, além da perda de poder aquisitivo. Isto porque os aumentos salariais não acompanham as sucessivas elevações de custos sofridas pelas empresas. Todos perdem com a inflação, especialmente quem trabalha na produção. A pesquisa aponta ainda queda no otimismo do empresário pelo terceiro mês seguido”, alerta. Para Couri, a pressão sobre os custos tende a se manter, principalmente por conta do aumento da energia elétrica e dos derivados do petróleo, impactando no custo de produção e no aprofundamento da crise de consumo e perda do poder aquisitivo. O Indicador de Atividade da Micro e Pequena Indústria de São Paulo, encomendado pelo Simpi e efetuada pelo Datafolha, é reconhecido como antecipador de tendência. É importante salientar que 42% das MPIs de todo Brasil estão em São Paulo. A coleta de dados ocorreu de 20 a 30 setembro de 2021.

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Rápido, preciso, expansível. Tecnologia de medição integrada ao sistema com módulos Beckhoff EtherCAT. Altamente precisa análise de vibração: 50 kHz

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Sistema modular EtherCAT

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Cover Page @Certi - Daphne Blaese De Amorim

Metrologia 4.0 caminha na direção da ciência de dados

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Fundação CERTI é uma organização de pesquisa, desenvolvimento e serviços tecnológicos especializados, privada, independente, e sem fins lucrativos, dedicada a desenvolver soluções inovadoras para a iniciativa privada, governo e terceiro setor. A Fundação é dividida em Unidades de Negócios, chamadas Centros de Referência em Tecnologias Inovadoras, nas áreas de transformação digital, metrologia e instrumentação, processos produtivos, empreendedorismo inovador, economia verde, energia sustentável, e ainda, incubação de empresas. Em 2020, a CERTI manteve suporte em metrologia e instrumentação às empresas, na consolidação do seu avanço tecnológico, atuando na transformação digital dos processos relativos à melhoria da qualidade de produtos, e conservação da integridade dos ativos de produção – destaque-se sua participação em projetos de P&D de Petróleo & Gás, Aeroespacial & Defesa, entre outros setores da economia. A instituição consolidou uma nova estrutura que, homologada, facilita a visualização de novas oportunidades, e aumenta o potencial de sinergia com as demais áreas da CERTI. A fim de atender os requisitos de uma indústria 4.0, que demanda sistemas de produção eficientes, flexíveis, globais e inovadores, a metrologia deve ser rápida, precisa, confiável, flexível e holística. Nesse escopo, muitos desafios estão presentes, como a redução do tempo de medição, o processamento automático dos dados, a verificação da incerteza de medição, a sua redução, o aumento da integração, da densidade de informação e das técnicas de medição disponíveis. “Na Fundação CERTI, entendemos que a transforma-

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ção digital da produção consiste na aplicação racional de modernas tecnologias, visando a alcançar novos e mais elevados patamares de eficiência e flexibilidade” conta Dr. Miguel Burg Demay, pesquisador e coordenador de projetos. Doutor em Engenharia Mecânica, pela Universidade Federal de Santa Catarina, com ênfase em Metrologia e Instrumentação, atua nas áreas de ciência, análise e confiabilidade de dados, sistemas automatizados de medição e sensores. No contexto industrial, o Labfaber – LaboratórioFábrica de referência para o desenvolvimento, o domínio, a prática e a difusão de tecnologias digitais na manufatura competitiva de produtos tecnologicamente avançados, bem como para a capacitação e a disseminação de soluções em Indústria 4.0 –, representa o que há de mais moderno na indústria, no que diz respeito à transformação digital, com foco em eficiência e flexibilidade. No contexto da metrologia com foco na eficiência da indústria brasileira, a Certi trabalha com uma abordagem intensiva em dados, os quais podem ser gerados por sistemas de medição, ou provenientes de fontes diversas, como a internet. Ainda, promove a utilização de sistemas ciberfísicos, para constituir unidades inteligentes, com capacidades de análise diferenciadas, que podem se estender ao longo de todo o ciclo de vida de um equipamento ou produto. Miguel conta que a utilização dos dados gerados por medição em níveis mais elevados de análise, como diagnósticos, predições e prescrições, promove a projeção da metrologia na direção da ciência de dados. “Conceitos oriundos de áreas, como estatística e inteligência artificial, passam a pertencer ao escopo de análises de dados de medição. Assim, a reflexão sobre a qualidade metrológica dos resultados adquire especial valor, uma vez que es-

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@ Labfaber

tes são utilizados para embasar decisões de elevado impacto e responsabilidade. A metrologia ganha ainda mais importância, pois, é ela que transforma dados de medições em informação confiável, agregando contexto. A informação, por sua vez, pode transformar-se em conhecimento, quando combinada com experiência e entendimento”, pondera Miguel. Na CERTI, a metrologia é abordada por três perspectivas diferentes, que trabalham juntas para o desenvolvimento e implementação da metrologia 4.0 na indústria: serviços tecnológicos, cursos e assessorias, e projetos. “Para a prestação de serviços tecnológicos, possuímos laboratórios com infraestrutura de ponta, para realização de medições e calibrações dimensionais, superficiais e geométricas. Com máquinas de medição por coordenadas, tomógrafo industrial e equipe altamente especializada, prestamos serviços de medição e calibração para peças e produtos de diferentes complexidades.” “Oferecemos também cursos e assessorias para laboratórios e indústrias. Como instituição referência em metrologia, acreditamos na necessidade de difundir e incutir o tema na cultura organizacional de empresas. Oferecemos cursos de formação em metrologia, estatística aplicada, tolerâncias geométricas, qualidade laboratorial, gestão da metrologia, inovação e tecnologia, entre outros”, diz o Dr. Gustavo Daniel Donatelli, diretor do Centro de Metrologia e Instrumentação (CMI). Doutor em Engenharia Mecânica, pela Universidade Federal de Santa Catarina, com ênfase em Metrologia e Instrumentação, desenvolve pesquisas em metrologia dimensional e geométrica, e em métodos estatísticos para garantia da qualidade. A CERTI promove, ainda, um conjunto de ações integradas, visando a apoiar empresas e laboratórios nas mais diversas áreas em que há o envolvimento da Metrologia e a Garantia da Qualidade. Entre os temas mais abordados com laboratórios, pode-se citar a norma ABNT NBR ISO/IEC 17025; sistemas, ambientes e incerteza de medição, gestão de laboratórios, inteligência de mercado, e estratégia de dados. “Com as indústrias, trabalhamos com gestão de sistemas de medição, MSA, CEP, GD&T (Tolerância Dimensional e Geométrica), tecnologia de medição por coordenadas,

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desenvolvimento de instrumentação e sensoriamento para tarefas especiais. Mais recentemente, temos dado apoio à implantação de sistemas ciberfísicos e à transformação digital em indústrias. Sobre este assunto, é importante mencionar que é muito relevante identificar claramente o que é possível e faz sentido desenvolver, pois, nem todas as tecnologias estão maduras o suficiente para operar com confiabilidade. As expectativas das empresas em relação à transformação digital são muitas vezes inflacionadas por mensagens de cunho comercial, mesmo em ambientes que não estão preparados para a mudança”, afirma o Dr. Gustavo. A equipe CERTI/CMI desenvolve ainda projetos de sistemas voltados à automação, instrumentação e gestão da integridade em diversos setores da economia, onde a metrologia está presente desde as primeiras etapas do projeto, com a definição confiável dos requisitos normativos e do cliente, passando pela comprovação experimental da evolução do nível de maturidade tecnológica e comercial do produto (TRL/CRL), até que o produto esteja desenvolvido e comprovadamente atenda a necessidade desejada. Miguel ressalta que todas essas perspectivas convergem para o desenvolvimento de meios e métodos para a inclusão da metrologia na indústria 4.0. Essa é a evolução natural dos sistemas produtivos, e sim, a metrologia possui papel preponderante no assunto. “Entendemos que a qualidade, nesse contexto em ascensão, será pautada em dados dos mais diversos processos produtivos. O uso dos dados será uma atividade tipicamente indutiva, compreendendo análises descritivas, diagnósticas, preditivas e prescritivas. Neste cenário, a informação e a sua partilha serão fatores diferenciadores para as empresas. Muitos afirmam que os dados serão o petróleo de futuros negócios, assim, a sua análise em tempo real e aprendizagem de máquina criarão valor comercial adicional.” “A partir dos dados que diariamente são inseridos nas bases de dados da metrologia (fruto de nossos serviços laboratoriais), pode-se fazer diferentes análises, deixando a simples garantia da qualidade da medição de lado, e partindo para um viés voltado à inteligência de dados, com o alinhamento das informações adquiridas aos objetivos da organização, com foco em sua competitividade”, diz Miguel. Por mais simples que pareça, muitas empresas não fazem uso dos dados disponíveis, e poucas os estruturam

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Cover Page @James Tavares/Secom Certi

de maneira adequada para a extração de informações, como intenções, periodicidade, hábitos de consumo, recorrência de compra, ou mesmo primeiro canal de interação do cliente com a empresa. Esses entendimentos fornecem uma base para ações que direcionem esforços em função de maior valor. Analisando por um outro prisma, no processo de transformação digital, há uma mudança em curso, que impactará na forma habitual de se olhar para as medições. O grande interesse de quem deseja medir algo deixa de ser o mensurando em si, e passa a ser a informação que pode ser obtida a partir do sinal adquirido. A atividade de medição passa a ser então motivada pelo desejo de se conhecer o comportamento de processos e sistemas, e não apenas para verificar o estado de certa variável ou a adequação a normas. Entretanto, é importante que se reflita um pouco sobre a qualidade das decisões baseadas em dados. Sua assertividade depende diretamente da qualidade dos resultados obtidos por algoritmos de processamento de dados. A confiabilidade da saída de tais algoritmos depende da qualidade dos dados adquiridos, e de sua representatividade frente ao fenômeno que se deseja observar. Nesse contexto, o papel de quem lida com metrologia pode mudar de enfoque. É importante tomar consciência de que o papel demandado do profissional de instrumentação e metrologia não se limita a gerar dados; ele irá garantir que os mesmos sejam adquiridos, de forma confiável e adequada, para uma análise de dados conseguinte. Em última instância, ele será um dos responsáveis pela qualidade das decisões tomadas em nível gerencial. Entender como a incerteza de medição se propaga por meio dos algoritmos de processamento, e como minimizar sua influência, trará confiabilidade à tomada de decisão. E é atividade em que profissionais de instrumentação e de metrologia podem ser fundamentais, como parte do processo de análise de dados, trabalhando em equipes multidisciplinares, com especialistas cientistas de dados. A CERTI tem direcionado suas pesquisas para fornecer fundamentos aos profissionais, e ajudar na evolução conjunta das empresas e cadeias produtivas. Cada cliente tem suas necessidades; por isso, a discussão deve ser

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direcionada e exclusiva à realidade de cada organização em seu contexto. Afinal de contas, o mundo virtual estará cada vez mais presente, com seus gêmeos digitais, modelos computacionais e simulações. Porém, os parâmetros de entrada consistem em traduções de variáveis reais, como temperatura, vibração, corrente e pressão, por meio de sensores e sistemas de medição. Caso as medições não forem confiáveis, também não o serão os modelos estatísticos, empíricos ou de inteligência artificial desenvolvidos, bem como os resultados de simulações, avaliações de estado, diagnósticos, predições e prescrições realizadas. Dessa forma, as conclusões tomadas a partir de dados de baixa confiabilidade passam a ter validade questionada, e podem levar a decisões errôneas ou infrutíferas. Assim, a CERTI entende o enorme potencial da Metrologia para a transformação digital de processos produtivos, e está, em diferentes níveis, no processo de implementação desse conceito em serviços e projetos; por exemplo, com o desenvolvimento de sensores e de sistemas de medição para processos produtivos de setores, como óleo e gás, e aeronáutico, bem como gêmeos digitais, para analisar a integridade de equipamentos. Também no LabFaber, os temas Indústria e Metrologia 4.0 vêm sendo trabalhados por meio do Sensoriamento da Produção e Digitalização da informação, sistemas IIoT alimentando dashboards, em tempo real, predições de manutenção e capacidade de simulação com dados prescritos dos sistemas produtivos. É fato que a Metrologia 4.0 torna os processos industriais mais eficientes, e a possibilidade de melhoria no controle de qualidade reduz a necessidade de retrabalho. Além disso, sistemas de medição mais ágeis e de melhor exatidão permitem a realização de um maior número de medições. Mas, talvez o olhar mais correto seja que a necessidade de aumento de eficiência, demandada pela indústria 4.0, exige da metrologia um novo perfil. O conceito de salas climatizadas, com máquinas medindo pequenos lotes, deixa de ser viável nesse novo paradigma industrial. Portanto, novos meios e métodos devem ser desenvolvidos para permitir a evolução do parque fabril para a quarta revolução industrial. Nesse contexto, surge a possibilidade de medições automatizadas, em linhas de produção, bem como análises estatísticas mais profundas, a fim de que o processo de medição não se torne o gargalo do sistema produtivo. Porque Metrologia 4.0 é um tema muito mais amplo. Envolve identificar o que realmente é pertinente medir, como medir, em que ponto do processo produtivo medir, e quais incerteza e velocidade de medição adequadas. Por um lado, sistemas com alto nível de confiabilidade podem custar muito caro, enquanto vários sensores de baixa qualidade podem compensar o erro, a partir de uma tendência no sistema e, ao mesmo tempo, verificar inconsistências pela simples comparação entre pares.

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O balanço entre qualidade e quantidade de dados deve ser criticamente analisado, incluindo a análise entre o que é necessário, e quanto isso custará. Na mesma linha, aspectos como a não consideração dos erros envolvidos no ambiente e no operador, e a estratégia de medição utilizada poderão gerar dados equivocados. Dados esses que, quando misturados com a base principal, trarão resultados errados, e consequentes ajustes desnecessários – possíveis lotes comprometidos, indecisões quanto à produção, atrasos, problemas com o produto, e o pior: problemas com os clientes. “A estratégia de medição é tão importante quanto o parque de equipamentos disponível. E ainda, após a realização das medições, é necessário zelar pela integridade dos dados medidos, e prover apoio ao desenvolvimento de modelos computacionais que considerem a incerteza de medição em suas análises e previsões”, explica M. Sc. André Luiz Meira de Oliveira, arquiteto de soluções. Mestre em Metrologia e Instrumentação, pela Universidade Federal de Santa Catarina, atua no planejamento estratégico de soluções e projetos. “Portanto, não se trata apenas de desenvolver algoritmos a partir de dados existentes. A indústria 4.0 demanda uma metrologia 4.0, capaz de fornecer a confiabilidade necessária, para processos produtivos ágeis e assertivos. É uma ampliação da atuação do metrologista para dentro da linha de produção, não mais restrita a laboratórios. A metrologia 4.0 necessita de um metrologista 4.0 que atue na garantia da qualidade dos dados medidos, e na assertividade de sua análise. As vantagens advindas são muito claras, como a redução de custos, aumento da produtividade, eliminação do operador humano, rapidez, etc.”, relata Miguel. Como exemplo, podem citar-se as calibrações. Calibrações são procedimentos complexos, morosos e detalhados. É óbvia a vantagem que o uso de sistemas automatizados possui, com capacidade de realizar os procedimentos, de forma ágil e padronizada, reduzindo assim custos e a influência do processo no resultado da calibração. E os dados de calibração podem ser diretamente armazenados em nuvem, permitindo a rápida apresentação de resultados e análise dos dados, agregando valor ao cliente. Miguel lembra que “calibrações automáticas se baseiam

em métodos de otimização matemáticos, estatísticos ou por IA, para reduzir a diferença entre o valor medido e o simulado. Também demandam experiência e conhecimento de seu operador, além de modelos altamente eficazes para o processo em questão. Têm ainda a questão do custo envolvido, não apenas com o equipamento, mas com manutenção e treinamento. O produto da calibração para a Indústria 4.0 não será somente a emissão de um certificado, mas sim um input de conhecimento ao sistema produtivo, o qual ancora processos de decisão. Para isso, os laboratórios de calibração devem se adaptar, e as empresas devem assumir que esse conhecimento é essencial para o sucesso de suas produções”. Dentro dos novos padrões de manufatura, alinhada aos conceitos da Indústria 4.0, a garantia da conformidade é necessária e mais exigida, a partir da necessidade de processos de customização em massa, ou seja, produtos com diferentes requisitos sendo gerados em série. Neste caso, a capacidade de controle depende diretamente da flexibilidade de atendimento a estes novos requisitos, além da capacidade dos sistemas de medição. Nesta visão, novas faixas de medição podem ser exigidas, e devem ser garantidas em nossos sistemas, além da rastreabilidade e a análise da propagação de incertezas de medição dentro da fábrica, que se tornam fatores críticos para a qualidade final dos produtos. Uma curva de calibração pode demonstrar maiores incertezas em seus limites de faixa de medição; porém, esses limites de faixa podem ser a demanda de produção daquela personalização. Isso propagaria as incertezas de medição de processos primários, criando resultados imprevisíveis, e comprometendo a qualidade final do produto como um todo. Determinar claramente a estratégia de rastreabilidade, calibrando os instrumentos de forma correta e em intervalos definidos com base em risco e criticidade, demanda inteligência metrológica na fábrica do futuro, relata André. Vale lembrar que a Metrologia 4.0 inclui a integridade dos dados coletados, ainda que “jogados” na nuvem – tema de grande apelo atualmente. É importante que se diga que a integridade dos dados sempre foi questão pertinente. Convencionalmente, a resposta de medidores é anotada por um usuário em planilhas, que, depois, são transcritas para um

@Labfaber Daphne Blaese De Amorim

@Labfaber Daphne Blaese De Amorim

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Cover Page sistema de armazenamento, seja este um sistema de arquivos em papel, em computador ou, em dias atuais, em nuvem. @Labfaber Daphne Blaese De Amorim

Interessante também mencionar que é praticamente impossível garantir a integridade dos dados armazenados onde quer que seja – ninguém está livre de invasões de hackers. Então, como reduzir a exposição ao risco de dados não-íntegros? Primeiramente, garantindo a correta transcrição dos dados ao sistema de armazenamento; depois, mantendo um sistema de banco de dados capaz de organizar e garantir esse armazenamento. Idealmente, tal sistema deve ser redundante, para que se possam recuperar informações, em caso de defeitos em discos rígidos e memórias. E é com base nessa premissa que vemos o surgimento de empresas especializadas em armazenar dados em nuvem, pois, o custo associado à manutenção e segurança de tal sistema não é desprezível. A evolução tecnológica acontece, e as pessoas se adaptam a ela. É um processo acontecendo nesse momento, e todos os agentes envolvidos devem preparar-se. A questão é que ainda não se tem a dimensão exata do que é possível fazer com a tecnologia de hoje, ou mesmo com a que teremos disponível, em anos próximos. O usuário entende a mudança, e se adapta. Obviamente que mudanças na legislação são necessárias, e irão ocorrer com o natural amadurecimento tecnológico da sociedade – nem sempre na velocidade ideal. Então, como trabalhar o gap entre possibilidades tecnológicas e práticas legais? “Existem, nesse escopo, três agentes – a tecnologia, a ética e a legislação – que interagem, se limitam e evoluem. A tecnologia se instala, e altera a sociedade, que passa a demandar mudanças em sua organização. O mercado vai propor mudanças, que serão recebidas e limitadas pela sociedade ou legislação. Mas, esse é um processo moroso e que pode trazer desgastes. Portanto, a melhor forma de lidar com a questão é com a aproximação entre universidades, centros de pesquisa e órgãos governamentais. Propostas de alterações em normas, regulamentações e leis devem ser desenvolvidas em parceria. Esse processo já está ocorrendo, e deve intensificar–se, nos próximos anos. Com uma legislação clara, empresas passam a conhecer as regras do jogo, e podem adaptar-se e evoluir rapidamente para competir por fatias de mercado. Então, a inovação e o empreendedorismo encontram seu espaço”, finaliza Dr. Miguel Burg Demay.

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m um contexto em que a Metrologia assume um papel cada vez mais importante dentro das organizações, a qualidade das medições pode elevar significativamente o valor e a eficiência dos processos e a qualidade de produtos. Newton Bastos, Gerente de Contas da Presys, levou a Controle & Instrumentação para percorrer com ele diversas regiões do Brasil, diversas indústrias de diferentes segmentos, além de prestadores de serviços, para entender como a metrologia apoia o que já existe, e os novos desenvolvimentos. A ideia era entender como os profissionais estão lidando com estas implementações, quais os bônus – e os ônus – nesta jornada metrológica; era mostrar as experiências práticas dos usuários com a Transformação Digital nos processos de metrologia, utilizando recursos à disposição; observar como a Transformação Digital está acontecendo, como a metrologia incorpora as tecnologias para solucionar problemas tradicionais. Entendendo que a Transformação Digital não se relaciona apenas com tecnologia, mas também com Estratégia, Cultura e novas maneiras de pensar, demandando mudanças e quebrando paradigmas.

“De acordo com a ISA – Instrument Society of América –, um instrumento industrial é todo dispositivo utilizado para medir, direta ou indiretamente, ou controlar uma variável. Incluem-se aí os elementos e sensores primários, elementos finais de controle, dispositivos computacionais, elétricos de alarme, chaves e botoeiras. A gente precisa ter em mente que a eficiência dos processos industriais depende da qualidade da instrumentação, da confiabilidade metrológica. Porque a instrumentação, quando utilizada de forma criteriosa e planejada, reduz custos e aumenta produtividade,

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As experiências dos usuários com a Transformação Digital nos processos de Metrologia

contribuindo com a qualidade e a segurança da operação. Cada instrumento utilizado em um processo é de suma importância, e, para garantir a qualidade e competitividade de seus produtos, segurança na operação de seus equipamentos, é preciso adotar serviços de calibração”, diz Rogério O. da Costa, da Fernandez Indústria de Papel, que pauta o trabalho diário unindo padrões, normas e experiência: “Calibração é o conjunto de operações que estabelece, sob condições especificadas, a relação entre os valores indicados por um instrumento de medição, ou sistema de medição, ou valores, representados por uma medida materializada, ou um material de referência, e os valores correspondentes das grandezas estabelecidos por padrões, de acordo com o VIM – Vocabulário Internacional de Termos Fundamentais e Gerais de Metrologia.” Rogério destaca que o mercado está cada vez mais competitivo, em busca de melhoria contínua nos processos industriais, internalizando novas tecnologias. “Com aplicação da automação na produção, e com a chegada de novos instrumentos para controle de processo, sentimos a necessidade de uma melhor performance de nossa equipe, na prontidão de atendimento à produção, de maneira geral. Então, a empresa comprou calibradores de malha LC 505, padrões de pressão PC 507, manômetros padrões, bomba comparativa, configurador Hart FCY-15, e o software de Gestão de Calibração, o Isoplan. Demos início aos tagueamentos dos Instrumentos dos setores, cadastramentos, padrões, definições de criticidade, através do TAC (time de análise crítica), envolvendo a equipe de Instrumentação, PCM, qualidade, engenharia de processo, segurança do trabalho e meio ambiente. E o software Isoplan nos deu total confiabilidade, segurança, conformidade, produtividade, gestão do plano, com alarme de vencimento das calibrações dos instrumentos e padrões. Com

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a gestão do Plano de Calibração, enviamos nossos instrumentos de processo para prestadores de serviços de Calibração pertencentes à RBC (Rede Brasileira de Calibração) / Inmetro. Essa prestação do serviço é acompanhada pela nossa equipe interna de instrumentação – que apresenta, aos prestadores, as estratégicas de calibração de cada instrumento a ser calibrado. Após a calibração, nossa equipe realiza uma análise dos certificados emitidos externamente – análise criteriosa para aprovação ou reprovação dos instrumentos. Hoje, com os equipamentos adquiridos, já realizamos algumas calibrações internamente, com nossa equipe de instrumentação. Através da gestão do Plano de Calibração, temos o maior controle do tempo de vida e performance dos instrumentos de processos”, finaliza Rogério.

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Jorge Sampaio, Marcelo Chagas, Luis Aru – da equipe de calibração da Schering – com a linha Advanced, da Presys “Em virtude da crescente tendência de implementação da indústria 4.0, cada vez mais o setor de metrologia se tor-

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Cover Page na mais dinâmico, em buscas de resultados precisos, e com maior eficiência. Para isso, temos de ter, em mãos, equipamentos modernos, que nos auxiliem e que possam executar várias atividades, com menor intervenção humana. Então, nós da equipe de Calibração da Schering do Brasil Química e Farmacêutica LTDA, estamos sempre buscando novas tecnologias para reduzir tempo e ganhar praticidade em nossos processos. Desde o início deste, com a troca de nossos padrões pela linha Advanced, foi perceptível a redução do tempo na execução de nossas atividades, com a comunicação direta entre os padrões e sistema Isoplan. A redução de tempo das calibrações executados pelos instrumentos e o preenchimento de certificados pelo próprio sistema, através de programação automática, nos dá a liberdade para executar outras tarefas”, conta Jorge Sampaio. Em algumas indústrias, os custos envolvidos nos processos de medição giram em torno de 10% a 15% do custo de produção, e a metrologia se tornou uma parte natural – e vital – do dia-a-dia dessas organizações. E o reconhecimento de que uma gestão metrológica eficaz gera redução do uso de insumos e do desperdício de matérias-primas, além de uma diminuição dos retrabalhos e devoluções, elevando a integridade nas medições, o que gera um aumento efetivo da produtividade.

Nas indústrias de alimentos, incluir a metrologia na totalidade da cadeia produtiva garante que a empresa tenha elevada previsibilidade, de acordo com os dados de medições confiáveis que ela gera. E os usuários entendem como a metrologia deve ser adaptada a esses desafios, mantendo o seu histórico no fornecimento de confiança e segurança: com a previsibilidade de falha, as tomadas de decisões se tornam mais eficazes e assertivas, e os custos com correções são reduzidos.

Um time de Metrologia e Qualidade destacou o foco em medir, com confiabilidade e qualidade, manter a precisão e exatidão dos instrumentos de medição, para assegurar a qualidade da incerteza de medição. Alguns usuários destacaram a importância de garantir que os instrumentos e equipamentos utilizados na medição também sejam calibrados, verificados e, se necessário, substituídos por modelos mais modernos e robustos.

Muitos usuários e gestores estão investindo em metrologia avançada, dentro dos projetos de inovação. Ao direcionar recursos financeiros em metrologia avançada, a empresa enxerga seus processos e descobre gaps, que podem ser origem de falhas, prejuízos, custos e retrabalho. Com a transformação digital nos processos de calibração, infraestrutura de TI, e automatizando processos de calibração, as indústrias estão reinventando sua missão, produtos e serviços.

Nas instituições que formam profissionais, fica cada vez mais claro que a importância de não ser somente eficiente, mas conseguir executar mais calibrações com qualidade, em menos tempo, e com mais assertividade. Alunos e professores focam nas Tecnologias Digitais, que possibilitam a experimentação contínua, protótipos e ideias testadas, implementadas e rapidamente ao alcance dos usuários. E o trabalho em equipe multidisciplinar é

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valorizado desde a formação, sempre envolvendo profissionais de outros departamentos (TI – Qualidade – Engenharia – Manutenção – Produção) para o sucesso da implementação da Metrologia Avançada.

Uma observação feita, principalmente por professores e gestores, é a atitude positiva, com olhar crítico e mais analítico. Durante a formação dos profissionais da área, se aprende que calibração requer Paciência, Confiança e Conhecimento; é preciso entender que a tecnologia tem um papel importante na mudança, mas os profissionais precisam aceitar essas mudanças – e se preparar para lidar com elas.

Ficou claro que, para que haja segurança e assertividade nos processos de calibração, será necessário também que seja comprovada a competência das pessoas e organizações. Então, é importante estimular a formação continuada, para que se entenda a calibração dos diversos instrumentos ao longo do tempo e, então, de acordo com os resultados, evidências e determinações legais, sugerir melhorias e/ou alterações na frequência das calibrações.

Também é necessário demonstrar que as indústrias se comportam de acordo com princípios éticos, no atendimento das necessidades do mercado e da sociedade.

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O que pode indicar a necessidade de atualização da infraestrutura de metrologia, entre outras coisas, desenvolvendo procedimentos validados para manutenção e calibração; uma infraestrutura digital de qualidade, para gerar certificados de calibração digitalmente, e promover uma efetiva harmonização entre quem gera e faz serviços metrológicos internos ou externos, e quem recebe toda esta documentação eletrônica.

Alguns usuários estudam e implementam uma estrutura de informações digitais segura e padronizada, para uso em calibração e metrologia, bem como atualização digital de toda a documentação de calibração, em uma infraestrutura de qualidade. A digitalização deve encaminhar dúvidas relativas à distribuição das calibrações, ao longo dos meses, e a necessidade de quantificar as calibrações, por mês; quando ocorrerão picos de serviços, e quando serão necessários mais bons prestadores de serviços; e ainda, quando haverá possibilidade de enviar os padrões para calibração.

Os Prestadores de Serviços estão atentos às demandas e dúvidas do setor, e estão organizando-se para este processo de transformação digital. Todos são unânimes na importância da utilização e entendimento dos documentos orientativos e normas, como ABNT NBR ISO/IEC 17025:2017, Guia ISO / IEC 98-4: 2012, Incerteza de medição e V.I.M – Vocabulário Internacional de Metrologia, etc. Eles têm em mente que sempre se deve treinar, ter zelo pelos padrões, e comprometimento com a atividade. Todos os envolvidos – tanto prestadores de serviços internos ou externos, e usuários de serviços metrológicos – estão atentos à questão de segurança e validação metrológica de comunicação de dados confiável, segura e eficiente, mesmo em cenários complexos. Todos os usuários enxergam os calibradores como

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Cover Page dispositivos portáteis totalmente conectados, gerando dados, direta e totalmente dentro das normas, e integrados aos softwares, focando no Gerenciamento das Calibrações e na Gestão Metrológica, com realização de Estudo de Frequência de Calibração (Método Schumacher) / Gráfico Tendência, e na Elaboração de Plano de Calibração, Análise Crítica, Calibração em Malha e Audit Trail (Trilhas de Auditoria).

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Todas as equipes entrevistadas foram categóricas, ao afirmar que não existe uma fórmula mágica para definir critério de aceitação. Não existe uma norma específica. A ISO 10.012 menciona “Conhecimento do processo em que o instrumento é utilizado” e limites de Erro Admissível, então, cada organização deve definir seu próprio Critério de Aceitação para os processos. Lembrando de que ele não deve ser estabelecido uma única vez, e utilizado por toda a vida útil do instrumento; rever as definições faz parte do processo de melhoria contínua.

Nas indústrias em geral, as informações sobre incerteza na avaliação de conformidade estão sendo analisadas como critério de aceitação das calibrações. A norma ISO 9001:2015, no item 7.1.5.1 (que aborda as Generalidades), estabelece que “A organização deve monitorar e prover recursos necessários para assegurar resultados válidos e confiáveis, quando monitoramento ou medição for usado para verificar a conformidade de produtos e serviços com requisitos. (...) Quando a rastreabilidade de medição for um requisito, ou for considerada, pela organização, parte essencial da provisão da confiança (7.1.5.2 parte sobre Rastreabilidade da medição).”

A experiência demonstra que as equipes executam as calibrações para garantir a qualidade dos produtos, e não somente atender normas e requisitos. Cada instrumento calibrado tem uma função no processo. Então, vale a pena perguntar: por que calibrar este instrumento? Qual norma atender? Quais os critérios de aceitação para aprovação dos certificados obtidos nas calibrações?

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Destacou-se a necessidade de se entenderem os fundamentos da metrologia, como SI, medidas, erros, incertezas de medição, tratamento de números e resultados, análise de certificados, elaboração de documentos, etc. Ao dominar os conceitos e a prática, se percebe que a calibração pode ser feita de forma individual, ou em um conjunto de indicador mais sensor, mas, quando se calibra em separado, podem ser gerados dois ou mais certificados, com erros e incertezas individuais de cada um.

Então, os usuários estão percebendo que, ao calibrar em malha, unificam o certificado, obtendo um único erro e uma única incerteza.

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O que os usuários encontram no mercado, hoje, para garantir seus processos metrológicos – Dados de medição sem unidades são perigosos

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fabricação moderna é um esforço baseado em dados – eles vêm de toda a planta, e seu volume tem aumentado como uma evolução natural, uma vez que os sistemas atuais permitem uma economia considerável de tempo, e têm conectividade para permitir o monitoramento contínuo e remoto da saúde de todo o processo. Combinando todas as tecnologias disponíveis, seja na manufatura, seja em processos contínuos, as equipes de gerenciamento, agora, dispõem de dados, em tempo real, para tomar decisões mais acertadas. Os fabricantes que optam por uma medição e calibração automatizados descobrem que podem controlar melhor os limites dos instrumentos, melhorando a repetibilidade dos processos e a qualidade da produção. O maior obstáculo, muitas vezes, é o investimento inicial, não apenas em equipamento, mas também em pessoal. É importante ter em mente que a automação da calibração pode significar algo diferente para cada usuário. Por exemplo, a metrologia automatizada pode ser tão básica quanto instalar um acessório numa solução de medição já existente; ou tão complexo quanto uma revisão completa do processo de fabricação. Na indústria farmacêutica, por exemplo, o gerenciamento de risco de qualidade é um requisito regulatório

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obrigatório, e os fabricantes estão atentos às diretrizes para a instrumentação de seus processos, tais como “Validação de Processo: Princípios e Práticas Gerais”, pelo FDA, e o Anexo 15, emitido pela EMA, oferecem informações para ajudar os fabricantes de medicamentos a gerenciar a instrumentação corretamente. A indústria química tem requisitos para testes de prova, de acordo com IEC 61508 e IEC 61511, enquanto a indústria de petróleo e gás, além das normas, deve ater-se aos acordos contratuais, ao mesmo tempo que cumpre as diretrizes das agências governamentais. E muitas indústrias, onde a metrologia automatizada já está avançando, ainda mantêm nichos de métodos tradicionais. Vale lembrar que a metrologia automatizada não reduzirá o erro de inspeção para zero – nenhuma tecnologia pode fazer isso, porque sempre surgirão situações não previstas. Mas, a medição automatizada pode ajudar significativamente os fabricantes a se aproximarem de zero, versus processos manuais – e a chave está nos dados que os sistemas automatizados podem coletar. Redes neurais artificiais também já são métodos de calibração bem estabelecidos, com grandes vantagens na modelagem de bancos de dados grandes e complexos; a inovação é a utilização de técnicas estatísticas, que auxi-

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Cover Page liaram na busca do melhor algoritmo. A calibração ajusta os modelos matemáticos, e otimiza diversas variáveis internas e, isto é fundamental para que nossos produtos possam identificar o comportamento das medições, das operações e proporcionar melhores resultados e aumentar a disponibilidade. As redes neurais artificiais são muito eficientes, para a extração de informações quantitativas de grandes bancos de dados, onde a não linearidade está presente, e ainda as medições são afetadas por variações ambientais e instrumentais. Ao se utilizarem modelos de previsão baseados em redes neurais artificiais, abre-se a possibilidade de lidar com problemas não lineares, e também utilizar o sistema de agrupamentos de padrões para prever, com maior acurácia, as medições: a combinação da inteligência artificial e um banco de dados bem estruturado oferece maior robustez, estabilidade e exatidão. E a excelência no processo de calibração é a base deste benefício. É a calibração com inteligência. O que tem de mais moderno com o potencial de ajudar as empresas da indústria de processos a alcançar transformações disruptivas, tanto em desempenho quanto na geração de valor. Todas essas ideias se juntam, quando, depois do levantamento e categorização dos instrumentos, é preciso definir a frequência de calibração – que vai depender, entre outros, da natureza do que está sendo medido, da gravidade dos impactos do processo, do tipo de instrumento, da possibilidade em se acessar um instrumento sem desligamento completo, das normas... Considerando o custo de cada calibração, os avanços tecnológicos facilitam, tanto a configuração, quanto a execução de um plano de calibração. E contar com bons parceiros é sempre importante.

Um especialista em tecnologia de medição desenvolveu uma solução de automação universal flexível, para o ambiente heterogêneo de teste de resistência do fabri-

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cante mundial de ferramentas elétricas STIHL. A solução permite a implementação rápida de planos de teste de variáveis e de alta qualidade. A interação eficiente entre o software de automação Beckhoff TwinCAT e o LabVIEW desempenha um papel crucial no sucesso da solução.

A Metroval oferece bancada móvel, para calibrações de medidores de vazão diretamente nas instalações do cliente, com diâmetros de 1/2” até 6”, e vazão máxima de 90 m³/h. Essa Bancada é indicada para calibração de medidores mássicos, eletromagnéticos, ultrassônicos, deslocamento positivo, turbinas, hidrômetros, entre outros. E o serviço de calibração de medidores de vazão pode ser realizado em qualquer lugar do Brasil, e possibilita calibrações com diversos líquidos. Os instrumentos são calibrados no local de operação, permitindo uma medição com menor tempo de execução e, consequentemente, a diminuição de custos. A empresa oferece calibração on-shore/off-shore, com capacidade nominal de 2 L a 2000 L, com uma capacidade de medição e calibração de 0,02% (menor incerteza oferecida). A Metroval disponibiliza 3 métodos de calibração de provadores de volume. Seus métodos de calibração estão baseados nas normas internacionais API MPMS e ISO. Os laboratórios da empresa são acreditados pela Cgcre, de acordo com a norma ABNT NBR ISO/IEC 17025, sob os números 0247 e 0582, para serviços de calibração nos próprios endereços, nas instalações dos clientes, ou através de instalações móveis. Esses laboratórios pertencem à Rede Brasileira de Calibração (RBC), desde 2003, e estão capacitados para calibrar medido-

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res de vazão de várias tecnologias de medição, tais como deslocamento positivo, turbinas, mássicos, magnéticos, ultrassônicos, tipo cone, além de medidores de temperatura, pressão e densidade, provadores de volume e medição dimensional, em peças diversas, como placas de orifício e trechos retos de medição.

A Nova Smar investiu no desenvolvimento de um dispositivo para calibração e verificação do transdutor de pressão do posicionador de válvulas. É um dispositivo para calibração e verificação do transdutor de pressão, aqui referido como base do piezo, utilizado na fabricação do posicionador eletropneumático de posicionadores. O FYCAL foi projetado para realizar a calibração da base do piezo em bancada, no ambiente da oficina de instrumentação. É uma ferramenta indispensável para os usuários de posicionadores FY da Smar, que tenham, como política da empresa, programas de manutenção corretiva, preditiva, preventiva ou proativa. O FYCAL é o resultado da extensa experiência dos profissionais da Smar, em suporte e assistência aos seus clientes. Este produto é, sem dúvida, mais uma ferramenta para tornar o usuário autossuficiente na manutenção dos produtos Smar.

A Presys é uma fabricante brasileira, então não são calibrados apenas equipamentos recebidos eventualmente, também é feita a calibração de equipamentos novos, que estão sendo adquiridos. A empresa destaca que é muito importante entender a questão do recebimento dos

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calibradores, inspeção e testes. Todos os instrumentos recebidos, com a devida nota fiscal, são identificados com o nome do cliente, então, ao enviar o calibrador ao laboratório, é necessário mandar junto com o equipamento um papel com a descrição dos pontos de calibração, nome, e-mail, telefone, e eventual dano. Após toda a identificação, são feitos os testes no equipamento, para garantir a confiabilidade no processo de calibração. Os técnicos avaliam o instrumento, verificam se a membrana está danificada, as faixas e escalas, para saber se o equipamento está condizente com a condição do manual. Para fazer os testes e a pré–calibração, os técnicos trabalham em uma bancada com vários padrões, isso levanta a questão da confiabilidade para executar uma boa calibração. De acordo com o Laboratório de sinais, a questão de identificação também vale para o de Pressão. Lembrando de que não é indicado desmontar o calibrador da chapa, que vai na bancada, para enviar ao laboratório, apenas solte os quatro parafusos, e mande a chapa como um todo, no Laboratório de Calibração, os técnicos fazem esse trabalho de separação da chapa com o calibrador, o que garante a qualidade no processo de calibração e no retorno para a empresa. Os equipamentos passam por uma área técnica apropriada, para avaliar se existe a necessidade de manutenção e reparos, após isso, começa a etapa de testes e pré-calibração, onde são feitos os testes de performance, reduzindo o tempo na calibração final, em que será emitido o certificado de calibração. Na calibração final, é utilizado um padrão de altíssima exatidão de baixa pressão, até 1.000 psi, garantindo a confiabilidade. Na Presys, os instrumentos são recebidos e colocados em bancadas com super termômetros, que são utilizados para calibração, por isso, é garantida a questão da homogeneidade axial, radial e estabilidade térmica dos banhos. No caso do banho térmico, quando recebido, é testada a potência das resistências e, depois, é feita uma expedição dos equipamentos, onde vai ser emitida a nota fiscal e os cuidados com a embalagem, para chegar em perfeito estado de funcionamento. Em termos práticos, a calibração é uma ferramenta básica, que busca assegurar a confiabilidade de um instrumento de medição, por meio da comparação do valor medido com um padrão rastreado. Hoje, nos processos e controles industriais, veem-se os avanços tecnológicos com o advento dos microprocessadores, componentes eletrônicos, da tecnologia de redes digitais, o uso da internet, o advento e benefícios propostos pela Indústria 4.0. etc., tudo facilitando as operações, garantindo otimização e performance dos processos, e segurança operacional. Este avanço permite que transmissores de pressão, transmissores de temperatura, densidade, assim como os de outras variáveis, e mesmo posicionadores de válvulas, possam ser projetados para garantir alto desempenho em medições e controle. As tecnologias digitais também trouxeram simplicidade de uso.

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Cover Page Na Vivace, todo o processo produtivo e de calibração segue os mais rigorosos controles para garantir a qualidade, validade das medições, incluindo calibração de equipamentos, monitoramento do ambiente, validação técnica de nossas metodologias, além de ter equipe treinada e capacitada para tais atividades. A Vivace segue e aplica internamente as normas ISO 9001:2015 e ISO/IEC 17025. E trata seus processos de calibrações com critérios rigorosos, investindo continuamente em suas melhorias, porque seus produtos estão inseridos no chamado mercado High End, ou seja, de alta performance, e com características diferenciadas. A Vivace vem, ao longo destes dois últimos anos, desenvolvendo novos processos, metodologias de calibração, assim como uma nova série de Equipamentos de Campo, e encarando a execução de suas operações, não mais de forma linear ou isolada e, com isso, vem passando por uma transformação tecnológica, rumo ao próximo salto de produtividade e performance na indústria de processos. E desenvolveu poderosos algoritmos de software com Inteligência Artificial, aliados ao nosso processo produtivo e de calibração, tudo desenvolvido com o conceito de Automação Inteligente de Processos, aplicando a Inteligência Artificial e Aprendizado de Máquina, para ampliar o poder de nossa tecnologia, e trazer benefícios aos nossos clientes, garantindo altos níveis de qualidade, segurança e performance aos produtos. Desta forma os processos de caracterização e calibração de transmissores de pressão, nível, vazão, densidade, concentração, temperatura e posicionadores permitem o próximo passo, na melhoria de performance da instrumentação com alta confiabilidade, e rumo à excelência operacional: habilidades preditivas e cálculos complexos, que proporcionam melhorias significativas de performance nos processos de ajustes e calibração. A Vivace investiu para que os equipamentos aprendam, a partir de dados, sem a necessidade de programação explícita do usuário, e onde permitem detecção segura, automatizada e autônoma, no tratamento de dados dos sensores, facilitando os processos de ajustes, calibração, tratamento de falhas, etc. Possui instrumentos com algoritmos, para facilitar a manutenção preditiva, antecipando falhas, e criando condições aprendidas quando em operação, para maximizar o tempo de operação, aumentando a disponibilidade até

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a parada programada. E, ao prevenir uma falha com um algoritmo de aprendizado, o instrumento pode continuar a funcionar, sem interrupções desnecessárias, já que aprendeu com excelência durante seu processo de calibração, e mesmo em operação. Algoritmos de aprendizado de máquina e inteligência artificial garantem a excelência da calibração. Sua performance é maximizada com segurança, utilizando de uma análise multivariável contínua, com algoritmos de Aprendizado Supervisionado, exclusivamente para entender intimamente o processo de medição do sensor capacitivo, identificando tendências e padrões nos dados coletados, e garantindo o sucesso das calibrações e, consequentemente, das medições de alta performance. A Vivace também inovou nos posicionadores de válvulas que possuem algoritmos poderosos, que são aplicados em sua calibração, teste de performance de fábrica, em seus métodos de autocalibração, autossintonia, assim como no controle de posição, garantindo alta performance com confiabilidade e vários diagnósticos.

A Yokogawa fornece soluções em instrumentos de campo e também para calibração, ressaltando que a escolha do instrumento depende do segmento industrial, da variável e do produto a ser medido. A empresa tem seu Laboratório de Calibração acreditado pelo Inmetro e trabalha com as variáveis pressão, eletricidade, tempo, frequência e temperatura também na forma de contratos de prestação de serviço Uma falha na calibração pode afetar negativamente o desempenho de todo o negócio, enquanto a calibração muito frequente pode aumentar desnecessariamente os custos então, manter um sistema automatizado de gerenciamento de calibração é crítico e ao mesmo tempo, depende das particularidades de cada setor.

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Abordagem sobre Metrologia Avançada Newton Bastos Gerente de Contas – Presys Instrumentos & Sistemas

Cada vez mais, profissionais do segmento de Metrologia & Calibração estão buscando aperfeiçoar conhecimentos nos assuntos referentes à Calibração em Malha, Definição de Critérios de Aceitação, Executar de forma correta e assertiva as calibrações nas grandezas de pressão e temperatura, realizar de forma correta análise crítica de certificados de calibração, e muitos outros assuntos referentes ao tema, e importantes ao dia-a-dia dos técnicos. O processo de medição é suporte para a ciência, para identificação e solução de problemas, para controle da produção, e para avaliação de produtos e serviços, em todas as áreas. A utilização da metrologia é uma forma de melhorar a qualidade dos processos produtivos, o que deve ser perseguido continuamente por todas as empresas que pretendem participar de um mercado altamente competitivo e globalizado. Aqui, desejamos propagar as experiências práticas dos usuários, discutidas e explicadas em mais de 20 webinars realizados, mais de 40 horas de aulas online, com a participação de mais de 1.000 profissionais, entre técnicos, engenheiros e gestores de Metrologia. Fluxogramas de Engenharia, conhecidos internacionalmente como P&I – Diagrams (Piping and Instrumentation or Process and Instrumentation Diagrams), é uma das formas utilizadas para documentar processos. Na construção de um P&I, é utilizada uma série de normas amplamente adotadas mundialmente. (ISA 5.1) Na prática, alguns profissionais chamam de Calibração em Malha, a ação de gerar sinal na ponta do cabo de um determinado instrumento, e ler este valor na IHM, supervisórios ou no SDCD. Isto não é uma Calibração em malha. Calibrar em malha será a utilização de um banho térmico para gerar calor padronizado no TE, e observar o valor no IHM, sistema de supervisão ou SDCD diretamente, e, com isto, avaliar os erros e incertezas envolvidas, comparando com critério de aceitação. Portanto... Calibrar ponto a ponto será calibrar o TE, utilizando um banho térmico, gerando calor e lendo o resultado. Calibrar o transmissor, utilizando um gerador de sinal ohms e leitor de mA e, por fim, calibrar a entrada do cartão do CLP, utilizando um gerador de mA, e observando o valor no IHM, sistema de supervisão ou SDCD. Geração de 3 certificados de forma individual. As normas e guias relacionadas à Calibração em Malha definem que a calibração pode ser feita de forma individual ou em conjunto indicador + sensor. Quando calibramos em separado o sensor e o indicador, obteremos dois ou mais certificados, com erros e incertezas individuais de cada um. Ao calibrarmos em malha, unificamos o certificado, obtendo um único erro e incerteza, que sempre será melhor que a soma dos erros e incertezas individuais. Malha Calculada é a combinação de incertezas e erros de vários certificados dos TAGs envolvidos em uma malha. Isso, gerando um único documento (CERTIFICADO CA-

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LIBRAÇÃO da malha), com todas as INFOs destacadas. Malha Calibrada é o processo de geração de sinal padronizado no primeiro elemento da malha e a leitura no último elemento da malha. Nesta condição, envolve-se todo o sistema de medição da malha, além dos TAGs interligados, os cabos, as conexões, enfim, tudo o que pode acarretar erros no processo de medição. A norma ISO 9001:2015, no item 7.1.5.1 (que aborda as Generalidades), estabelece que “A organização deve monitorar e prover recursos necessários para assegurar resultados válidos e confiáveis, quando monitoramento ou medição for usado para verificar a conformidade de produtos e serviços com requisitos. ” O item 7.1.5.2 (parte sobre Rastreabilidade da medição), menciona que “Quando a rastreabilidade de medição for um requisito, ou for considerada pela organização parte essencial da provisão da confiança”. A norma NBR ISO 10012 especifica requisitos genéricos, e fornece orientação para a gestão de processos de medição e comprovação metrológica de equipamento de medição, usado para dar suporte e demonstrar conformidade com os requisitos metrológicos. E o documento NIT-Dicla-021, expressão da incerteza de medição por laboratórios de calibração. Capacidade de Medição e Calibração – CMC (NIT-DICLA-021 - item 5.1) apresenta a menor incerteza alcançada pelo laboratório para um dado serviço. Além do conteúdo mínimo que os certificados devem apresentar, o profissional responsável pela Análise Crítica deve confirmar que os Limites de Tolerância de Processo definidos foram atendidos pelo instrumento de medição; É importante que a Organização permita que um Time “Multidisciplinar” realize ações na tratativa de todas estas INFOs, em um cenário de levantamento de Limites de Tolerância. Recomenda-se que, na ausência de outra especificação (imposta por documento normativo ou regulamento), seja utilizado o seguinte critério de aceitação da calibração: ¾ A soma do módulo do erro com a incerteza da medida deve ser menor ou igual ao valor máximo admissível (VMA). Ou seja: Ňerro Ň+ Ňincerteza Ň <= VMA Então, de posse de um certificado de calibração será importante observar: Além de um conteúdo mínimo que os certificados devem apresentar, o profissional responsável pela análise crítica dos certificados deve confirmar que os Critérios de Aceitação definidos foram atendidos pelo instrumento de medição; Existem formas de evidenciar a Análise Crítica dos Certificados dos instrumentos de medição: • “Aprovado” no próprio certificado; • Através de formulário próprio; • No próprio instrumento de medição; • Qualquer forma documentada que deixe isto bem claro; ¾ O importante será MOSTRAR QUE FEZ e depois evidenciar COMO FEZ! . Resultado da calibração com as unidades de medida – as unidades de medida devem estar relacionadas ao sistema in-

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Art ternacional de unidades (SI). Caso o resultado seja declarado em unidade de medida que não pertença ao SI, um fator de conversão ou tabela correspondente deve estar contido no certificado. • Declaração de que os resultados se referem somente aos itens calibrados. • Condições ambientais em que foi executada a calibração. • Declaração da incerteza da medição. Segundo o ISOGUM, a incerteza da medição deve ser declarada pontualmente, porém, é admissível que, para alguns instrumentos de medição seja declarada somente um valor de incerteza da medição o qual, é válido para todos os pontos. • Evidência de rastreabilidade. A rastreabilidade deve ser comprovada até o sistema internacional de unidades. Quando um certificado de calibração possuir o símbolo da Rede Brasileira de Calibração ou qualquer outra rede nacional, a rastreabilidade é comprovada em função da obrigatoriedade e comprovação dos organismos de acreditação. • Nome, função e assinatura ou identificação equivalente da pessoa autorizada para emissão do certificado de calibração. ¾ Observação: Para os laboratórios que possuem serviços acreditados, o responsável é o signatário autorizado pelo CGCRE/INMETRO. Questões metrológicas na indústria e em laboratórios. Metrologia e Incerteza de Medição – Conceitos técnicos, práticas e procedimentos operacionais que compõem a Metrologia que ajudam a aumentar a empregabilidade.

Calibração Operação que estabelece uma relação entre os valores e as incertezas de medição fornecidos por padrões, e as indicações correspondentes com as incertezas associadas. Ainda utiliza esta informação para estabelecer uma relação, visando à obtenção de um resultado de medição a partir de uma indicação.

VIM – Portaria INMETRO 029 de 10/03/1995 • NOTA 1 - Uma calibração pode ser expressa por meio de uma declaração, uma função de calibração, um diagrama de calibração, uma curva de calibração, ou uma tabela de calibração. Em alguns casos, pode consistir de uma correção aditiva ou multiplicativa da indicação, com uma incerteza de medição associada. • NOTA 2 - Convém não confundir a calibração com o ajuste de um sistema de medição, frequentemente denominado de maneira imprópria de “autocalibração”, nem com a verificação da calibração. • NOTA 3 - Frequentemente, apenas a primeira etapa na definição acima é entendida como sendo calibração.

Ajuste • Conjunto de operações efetuadas em um sistema de medição, de modo que ele forneça indicações prescritas correspondentes a determinados valores de uma grandeza a ser medida. • NOTA 1 – Diversos tipos de ajuste de um sistema de medição incluem a regulagem de zero, a regulagem de defasagem (às vezes chamada regulagem de “offset”), e a regulagem de amplitude (às vezes chamada regulagem de ganho).

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• NOTA 2 – O ajuste de um sistema de medição não deve ser confundido com calibração, a qual é um pré-requisito para o ajuste. • NOTA 3 – Após um ajuste de um sistema de medição, tal sistema geralmente deve ser recalibrado.

Itens da 17.025 que devem ser observados por um sistema de gestão metrológica * Itens 6.4.3 / 6.4.4 / 6.4.5 / 6.4.6 • Referente aos procedimentos de manuseio; • Manutenção planejada e também a questão de se enviar os padrões frequentemente e com planejamento para calibração; • Avaliação de conformidade, seria a análise crítica do certificado do padrão no recebimento; Planejar e avaliar o envio para um lab. RBC competente, e com incerteza dentro do requerido pelo padrão (CMC – Capacidade de Medição e Calibração); * Itens 7.6 / 7.6.1 / 7.7 / 7.7.1 Trata-se de Avaliação da Incerteza de medição; Ao avaliar a incerteza de medição todas as contribuições para que sejam inseridas as fontes de erros; Garantia da Validade dos Resultados; * Itens 7.8 / 7.8.2.1 – Conteúdo necessário para o documento de Relato de Resultados, ou seja, o Certificado de Calibração. Os critérios de aceitação, ou erros máximos admissíveis, para instrumentos de medição, devem ser definidos e documentados, para serem utilizados na decisão da necessidade ou não de ajustes em instrumentos de medição e do desempenho do mesmo quando em operação; Os responsáveis pelas definições de critérios de aceitação fazem parte de um “Time de Análise Crítica”, constituído geralmente por pessoas responsáveis por Engenharia / Instrumentação, Operações da Qualidade e Processos; Cada componente deste “Time de Análise Crítica” contribui com informações importantes para a definição também de quais instrumentos são ou não considerados críticos, qual a frequência em que os instrumentos devem ser calibrados, entre outros; O “Time de Análise Crítica” deve utilizar as seguintes informações como base para definição dos valores de erro máximo admissível: • Normas nacionais e/ou internacionais; • Normas e registros desenvolvidos internamente; • Dados de desempenho do processo/instrumentos de medição; • Especificações do fabricante (quando especificado corretamente). • Os relatórios de Qualificação e Validação são ricos em informações importantes. Sempre que possível, os responsáveis por esta área devem ser solicitados; • Todos os critérios de aceitação devem ser documentados e estar prontamente disponíveis para consulta; Com as tecnologias sendo desenvolvidas, a compreensão sobre o “SIMP e a Metrologia 4.0” se tornará cada vez mais clara no dia-a-dia do profissional. Entendimento e utilização nas indústrias são necessários e imperiosos, visando a: • Aumento da produtividade e qualidade de serviços; • Aquisição de um nível tecnológico mais expressivo; • Redução de lead-times; • Brasil não perder mais espaço, em nível global.

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Zero Trust chega à Trend Micro @Divulgação

Zero Trust é um termo frequentemente usado, mas raramente implementado de forma efetiva pelos provedores de cibersegurança. A Trend Micro está mudando isso, com o lançamento de uma solução que disponibiliza a capacidade total de insights de risco, graças à realização de um teste beta, com 3.500 empresas. A solução de avaliação de risco Zero Trust integra agora a plataforma unificada de cibersegurança da Trend Micro. Uma compreensão ampla do risco é a base da priorização eficaz de segurança, e tomada de decisão automática do controle de acesso da tecnologia Zero Trust. Muitos outros fornecedores, que afirmam empregar a Zero Trust, ignoram esse componente vital da própria filosofia de segurança. A Trend Micro oferece, aos clientes, uma visão completa dos riscos para que o time de segurança possa tomar decisões com base em informações seguras, e implementar soluções eficazes, em vez de simplesmente trocar uma peça da infraestrutura por outra. Algumas das desvantagens dos projetos de transformação digital são sistemas de segurança legados, que causam problemas, e uma expansão quase incontrolável da complexidade. Como agravante, o cenário de ameaças está cada vez mais sofisticado, tornando as estratégias de defesa igualmente complexas. Baseado na plataforma abrangente de cibersegurança da Trend Micro, o serviço foi projetado para avaliar continuamente o risco de credenciais, dispositivos e aplicativos em nuvem, usando telemetria nos endpoints, e-mails, nuvem, redes e aplicativos SaaS (Software as a Service). Essa projeção de risco é usada para detectar, bloquear e remediar problemas, automaticamente, antes que alguma conexão seja concluída. Os clientes também se beneficiam da avaliação contínua da postura de segurança e de insights completos, que dispensam aplicativos ou agentes adicionais. @Divulgação “Esta nova solução adiciona mais telemetria e visibilidade das conexões em todo o ambiente de TI, para realmente informar as equipes do SOC. O risco e a segurança de usuários, dispositivos e aplicativos podem ser visualizados facilmente, e as questões priorizadas de forma única aos recursos na plataforma Trend Micro. Esta é a verdadeira teoria da Zero Trust, colocada em forma de produto”, ressalta a vice-presidente de Marketing de Produtos da Trend Micro, Wendy Moore.

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PAC Innovation Radar para IoT Industrial baseadas na nuvem @Divulgação

A Siemens Digital Industries Software foi nomeada a melhor do segmento de plataformas digitais abertas para IoT Industrial, baseada na nuvem da Europa, segundo o relatório de análise de fornecedores da PAC INNOVATION RADAR de 2021. O relatório fornece um gráfico e uma análise escrita da posição de vários fornecedores de plataformas digitais para Internet das Coisas (IoT) industrial baseadas na nuvem. O relatório é produzido com base na avaliação analítica dos critérios definidos pela PAC, uma empresa do Grupo Teknowlogy. Com isso, a Siemens é a melhor pelo terceiro ano consecutivo. A Siemens foi selecionada a melhor com outro fornecedor do total de 11 fornecedores, avaliados em força de mercado e competência com base em um amplo conjunto de critérios. @Divulgação “A Siemens está adotando, por completo, o ambiente na nuvem e o modelo de loja de aplicativos que, na verdade, é uma loja de aplicativos real, e não apenas um catálogo. A escolha da empresa como melhor do setor está baseada em quatro aspectos: sua forte base instalada; integração ao portfólio, incluindo plataforma de desenvolvimento de aplicativos de lowcode (código baixo); o forte ecossistema de parceiros; e a loja,” disse Arnold Vogt, chefe de inovação digital e IoT da PAC. @Divulgação “Nossos clientes querem transformar o poder dos dados, das análises avançadas e da automação integrada em inovação sustentável. Nossas plataformas fornecem soluções prontas para uso em ambientes físicas ou na nuvem, com análises avançadas e IA, integradas, e que permitem desenvolvimento de aplicativos de código baixo. A combinação de IoT industrial para ambiente físico, na nuvem e código baixo, aumenta significativamente a eficiência operacional dos nossos clientes e, por isso, estamos muito bem-posicionados para atender às suas necessidades. Estamos muito satisfeitos com a nomeação da Siemens como melhor no segmento, pelo terceiro ano consecutivo, segundo o relatório de plataformas de IoT industrial baseadas na nuvem do PAC Radar”, afirma Ray Kok, vice-presidente sênior de serviços de aplicativos na nuvem da Siemens Digital Industries Software.

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30% das empresas japonesas preveem ampliar investimentos em startups brasileiras A Pandemia não freou o crescimento do mercado de startups no Brasil. Em setembro de 2019, a plataforma 100 Open Startups somava 8,8 mil startups abertas à open innovation, número que saltou para mais de 18 mil, em 2021. E, de olho nesse crescente mercado, estão as companhias japonesas. Um estudo do Grupo de Inovação da Câmara de Comércio e Indústria Japonesa no Brasil, elaborado em parceria com o escritório de São Paulo da Japan External Trade Organization, apontou que 27,5% delas querem aumentar e promover novos investimentos nas startups e empresas brasileiras inovadoras. @Divulgação Hiroshi Hara, presidente da Jetro no Brasil, organização de fomento de comércio exterior do governo japonês, diz que é crescente, o interesse das companhias do Japão em ampliar os negócios a partir de suas subsidiárias, que conhecem bem o mercado local. E isso fica ainda mais claro, quando a mesma pesquisa da Câmara de Comércio e da Jetro aponta que 55% das multinacionais japonesas no Brasil, que integram o Grupo de Inovação, querem manter o mesmo nível de investimentos de antes da Pandemia. O Brasil, claramente, precisa ajustar alguns pontos, como a carga tributária e o câmbio sempre instável, mas é um mercado muito interessante para as companhias e investidores nipônicos. Os dois países são grandes parceiros comerciais, mas as relações nessa área de inovação são tímidas. O papel com a Jetro é diminuir essa lacuna, aproximando as empresas japonesas das brasileiras. Desde o início da Pandemia, praticamente 73% das empresas japonesas no país ampliaram a coleta de informações relacionadas a startups brasileiras e transformação digital. Para 47,62% delas, o objetivo é fortalecer as vendas por meio de parcerias sinérgicas, além de desenvolver novos clientes. Para outros 30,95%, segundo a pesquisa da Câmara e Jetro, é melhorar a eficiência dos negócios. Para aproximar as startups e executivos de companhias dos dois países, a Jetro se uniu pelo segundo ano consecutivo com a 100 Open Startups na realização da Oiweek Digital Brasil-Japão, e preparou uma seleção de startups japonesas e brasileiras para pitch days, de acordo com interesse e necessidade das companhias nipônicas com operações no Brasil, com temas de bancas de startups brasileiras, por exemplo, agritechs, indústria 4.0, e mobilidade e logística.

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Enfrentando o paradoxo dos custos da nuvem com novos serviços A Hitachi Vantara, especialista em infraestrutura digital, gerenciamento e análise de dados, subsidiária de soluções digitais da Hitachi Ltd., apresenta seus novos serviços Cloud FinOps, com um portfólio projetado para ajudar as organizações a otimizar os investimentos em nuvem. O objetivo é ajudar as organizações a economizar dinheiro, ao implantar seus serviços em nuvem híbrida, multicloud ou distribuída – enquanto ainda mantém a agilidade e escala adequadas para entregar seus resultados de negócios e TI. A nuvem é essencial para quase todas as empresas, em diversos setores, porque acelera a inovação e o crescimento. No entanto, à medida que as empresas que operam em escala implantam mais serviços em nuvem, elas descobrem que o consumo sob demanda não governado, e os custos operacionais e de gerenciamento inesperados, estão fazendo com que os orçamentos excedam rapidamente. E a IDC prevê um aumento do investimento em gerenciamento de custos em nuvem pública, até 2022, conforme as empresas buscam reduzir o desperdício em 50%. Os desafios da automação inadequada, a falta de visibilidade em contas de nuvem, e recursos duplicados e ociosos de um projeto de arquitetura de aplicativo ruim, podem somar milhares – ou até milhões – de dólares, em gastos desperdiçados todos os anos. Os serviços FinOps da Hitachi abordam o paradoxo em nuvem, otimizando os custos e investimentos, fornecendo visibilidade e gerenciamento em todos os ambientes em nuvem do cliente, que, em média, recebe uma economia de 30%, por meio da otimização de custos. @Divulgação “Gerenciar custos e investimentos em nuvem, em vários ambientes, é complexo, e as empresas ficam propensas a gastar a mais em serviços em nuvem, com visibilidade limitada e previsibilidade de utilização. Nossos serviços Cloud FinOps abordam essa complexidade e reduzem o custo total de propriedade por meio do mapeamento de dados de gastos, marcação, e alocação de custos, compartilhados de forma imparcial, e com a recomendação de medidas de redução baseadas em dados”, disse Roger Lvin, presidente da Unidade de Negócios de Soluções Digitais da Hitachi Vantara. O portfólio de serviços da Hitachi Vantara se baseia em décadas de experiência em nuvem. Os serviços são entregues por meio de uma metodologia E3, uma abordagem abrangente de modernização de aplicativos e dados, que permite aos clientes imaginar, avaliar e executar um programa liderado pelo FinOps, para lidar com a complexidade do gerenciamento de ambientes em nuvem.

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Semana de Inovação @Divulgação

R$ 3 bilhões estão parados nos cofres do Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), pela falta de projetos. A informação foi compartilhada pelo vice-presidente da entidade, Wilson Bley, durante solenidade realizada no Palácio Iguaçu, para o lançamento da terceira edição da Semana de Inovação do Paraná. “Temos esse recurso, e também a dificuldade para emprestá-lo aos municípios, especialmente aos pequenos, por não conseguirem exercer bons projetos, ou de fazer uma boa licitação, de fazer um bom termo de referência, por exemplo, ou simplesmente porque eles não têm projetos”, disse Bley. O BRDE é considerado um dos “anjos” – termo usado no ambiente do empreendedorismo, para identificar quem investe em novas ideias –, isto é, pode fazer investimento, e ser usado por quem tem boas propostas na área de inovação, mas não dispõe de capital. Contudo, se não houver uma boa fundamentação, o Banco recua, e o dinheiro não vem. É algo que deve ser discutido efetivamente. O BRDE também tem esse compromisso, de não apenas emprestar dinheiro, mas também de ajudar na criação de políticas públicas. Na prática, isso significa que, embora o estado seja destaque nacional em desenvolvimento tecnológico, ainda há espaço para crescimento, seja no aprimoramento das boas ideias ou lapidando a construção delas. Dessa forma, tornar a inovação mais palpável, inclusive tratando de algumas dores – como é o caso dos projetos faltantes –, é uma das grandes propostas da terceira edição da Semana de Inovação do Paraná. O evento é uma organização do Governo com parcerias, entre elas, com a Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (AssesproPR), entidade que assina o Assespro Innovation Day. “Somos o quarto estado no Brasil, em quantidade de empresas de desenvolvimento de software, porém, o sétimo, em faturamento. A Semana vai nos permitir apresentar, para o Brasil e para o mundo, as inovações e as soluções desenvolvidas aqui no Paraná. O Paraná é um celeiro de boas ideias e de inovação de ponta, quando o tema é tecnologia, o Governo do Paraná se tem mostrado um excelente parceiro e incentivador, o que também atrai fundos e investidores para cá”, apontou Lucas Ribeiro, presidente da Assespro-PR. Marcelo Rangel, superintendente de Inovação, lembrou que o Paraná é o estado mais inovador do Brasil, e que agora é preciso “colocar os produtos na vitrine”. “Começamos um novo ciclo, tratando a inovação sob a ótica do empreendedorismo. Precisamos trabalhar com qualificação, aumentando as oportunidades, os postos de trabalho. Nessa terceira Semana de

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Wellington Perdomo, coordenador estadual de Inovação do SebraePR; Lucas Ribeiro, presidente da Assespro-PR, e CEO do ROIT Bank; e o superintendente de Inovação do Paraná, Marcelo Rangel, no lançamento da 3ª Semana de Inovação do Paraná. Inovação, vamos trabalhar muito esse tema. Vamos produzir Nota Fiscal! O ciclo começa lá na universidade, mas podemos ter a inovação lá entre as pessoas humildes, que produzem algo diferente”, disse. De novo, a aplicabilidade dos projetos inovadores foi pauta. Dando exemplo de como é possível fazer a inovação “caminhar”, o superintendente de Ciência e Tecnologia, Aldo Bona, trouxe comparativos. Segundo ele, em 2019, havia 600 pedidos/registros de patentes, nas sete universidades estaduais, mas nenhuma delas transformadas em negócios. Era um ativo tecnológico, só que sem avanços. À época, o Programa de Apoio à Propriedade Intelectual, com Foco no Mercado (Prime), atingiu seu objetivo, e as cinco ideias premiadas já estão em fase de licenciamento para virar produto. A Semana de Inovação foi virtual e gratuita, e procurou engajar o ecossistema de tecnologia paranaense com dois eventos, o Viasoft Connect e o Assespro Innovation Day, ambos com o objetivo de fomentar a discussão sobre o tema, para contribuir com o desenvolvimento socioeconômico estadual. O Assespro Innovation Day trouxe ícones da área, como o pesquisador e especialista em tecnologia, Tony Ventura, e Dave Tony. Ventura apresentou o que há de mais moderno no mundo, como os óculos que filmam, gravam e permitem atender ligações, e o pagamento no guichê do metrô no Rio de Janeiro, que pode ser feito, já há dois anos, por aproximação do celular que tem um cartão de crédito, ou o cartão do metrô, coisa que o metrô de @Divulgação Nova Iorque está implantando agora. Mosby, convidado internacional, trouxe a experiência do Vale do Silício para ajudar empreendedores a acelerar o acesso ao capital e aos recursos de que seus negócios precisam, para crescer. O Assespro Innovation Day é organizado pela Assespro, e contou com o patrocínio da Fomento Paraná, Celepar e OBr.Global.

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Windows 11 promete uma nova era para o PC Hoje, mais do que nunca, nossos computadores são mais do que processadores de texto e plataformas de aplicativos – eles são a porta que nos leva a tudo e a todos. E o novo Windows 11 busca eliminar de uma vez a complexidade para trabalhar, estudar, jogar e criar novas realidades. A experiência do Windows 11 começou em 5 de outubro, com a atualização que será feita em fases para oferecer a nova versão – como aconteceu com o Windows 10. @Divulgação Para o Diretor de Produtos para Windows e Dispositivos da Microsoft, Panos Panay, “Toda a experiência de usuário do Windows 11 aproxima você de quem ama, capacita você a produzir e inspira você a criar. O Windows 11 proporciona uma sensação de calma e abertura. Oferece um lugar onde você se sente em casa. É seguro e foi concebido para você se concentrar em si mesmo, incluindo o novo menu inicial, a barra de tarefas, os sons, as fontes e os ícones. Nossa equipe pensou em cada pixel e detalhe, para proporcionar uma experiência mais moderna e atraente. À medida que olhamos para o futuro – para o próximo ano e além –, enxergamos o computador desempenhando um papel relevante e duradouro em nossas vidas, seja para trabalhar, criar, conectar, aprender ou jogar.” “Cada um dos nossos parceiros foi fundamental para dar vida ao Windows 11. Nenhum outro ecossistema tem a amplitude e escala do ecossistema Windows, para atender às necessidades das pessoas, sejam criadores, desenvolvedores, alunos e professores, empresas e jogadores – a qualquer faixa de preço, e em qualquer dispositivo. Nossos par-

@Divulgação

ceiros têm PCs Windows 10 elegíveis para a atualização gratuita e, a partir de outubro, oferecerão o Windows 11 em uma ampla variedade de dispositivos, de diferentes formas e tamanhos, com novos lançamentos, nos próximos meses”, disse Adriano Galvão, VicePresidente de Vendas ao Consumidor da Microsoft Brasil. A partir de 5 de outubro, e nos próximos meses, estarão disponíveis no país dispositivos compatíveis com Windows 11 da Acer, Asus, Dell, HP, Lenovo, Multilaser, Positivo e Samsung. Um aplicativo está disponível, para verificar se o PC com Windows 10 é elegível para a atualização gratuita. A Microsoft realizou uma pesquisa com tomadores de decisão da área de segurança de diversos setores nos Estados Unidos, e descobriu que 75% dos executivos, vice-presidentes e CEOs sentem que a mudança para o trabalho híbrido deixou sua organização mais vulnerável a ameaças à segurança. Este último ano mostrou que a segurança deve estar incorporada no hardware, no chip e até a nuvem. Na verdade, 80% dos entrevistados acreditam que o software, por si só, não oferece proteção suficiente contra ameaças emergentes. Por esse motivo, o Windows 11 foi desenvolvido com foco na segurança, para enfrentar os desafios deste novo ambiente de trabalho, e outros que estão por vir. Para as interfaces com os sistemas de processos, continua o de praxe: cada fornecedor deve fazer a verificação, e cuidar da atualização de seus usuários.

SAP ajuda as empresas a se redesenharem para a sustentabilidade A SAP anunciou o Product Footprint Management, solução que permite calcular as pegadas de carbono de seus produtos, e em toda a cadeia de valor. Ele considera todo o ciclo de vida do produto, ajudando as empresas a divulgarem as pegadas ambientais de seus produtos para os reguladores, e permitindo-lhes tornar seus produtos mais sustentáveis. O lançamento faz parte de um novo portfólio de aplicativos de negócios específicos para sustentabilidade, que oferecem transparência e capacidade de medição em toda a cadeia de suprimentos, permitindo que as empresas avancem em direção a emissões mais baixas de carbono, e operações mais sustentáveis. “Os clientes querem, o mundo precisa disso. Não há tempo a perder para as empresas agirem de forma mais responsável e sustentável. As metas de sustentabilidade são cada vez mais tão importantes para o sucesso dos negócios, quanto às metas financeiras. Quando as empresas incorporam dados de emissões em processos de negócios subjacentes, os líderes podem conduzir uma mu-

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dança real, tomando decisões conscientes em toda a cadeia de valor. Isso é o que escala a transição para caminhos de baixa emissão, e a SAP está posicionada de maneira única, para conduzir essa mudança por meio de redes de negócios @Divulgação colaborativas, inteligentes e sustentáveis”, disse Thomas Saueressig, membro do Conselho Executivo da SAP SE, e responsável pela Engenharia de Produto SAP. Ao integrar dados em todas as soluções que governam os processos de produção, com dados mestre de aplicativos de negócios, como SAP S / 4HANA, o SAP Product Footprint Management pode calcular o impacto ambiental de vários cenários de produção. Por exemplo, uma empresa de biscoitos pode escolher sua fonte de chocolate com base no custo da matéria-prima, e também em sua pegada de carbono. A abordagem baseada em dados da SAP permite que as empresas incorporem a sustentabilidade de forma abrangente, e ganhem percepções acionáveis em toda a cadeia

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de valor, para permitir que as empresas façam a transição para processos de negócios de baixo carbono. Adotando uma abordagem diferenciadora, o SAP permite que as empresas identifiquem proativamente o impacto do carbono, no início do ciclo de vida do produto, em vez de reativamente, após a produção dele. Além disso, SAP Product Footprint Management, não apenas equipa as empresas com a visão para reduzir as emissões de carbono em suas cadeias de valor, mas pode permitir a troca de dados com clientes, fornecedores e parceiros de negócios – conduzindo a transparência nas emissões de escopo 1, escopo 2 e escopo 3 de

uma empresa. SAP Product Footprint Management, uma solução nativa da nuvem, construída na SAP Business Technology Platform, foi projetada para medir e relatar as emissões de gases de efeito estufa. As regulamentações governamentais propostas para combater os efeitos nocivos das mudanças climáticas podem custar, às empresas, até US$ 120 bilhões. Uma pesquisa recente da IDC mostrou que a ligação entre as indicações financeiras e ambientais em relatórios financeiros, bem como a redução das emissões de carbono, são os principais tópicos para os tomadores de decisão de TI.

Como a tecnologia IoT pode fazer parte da solução para a crise energética Uma falha na subestação de Furnas causou apagão em cidades do Rio de Janeiro e de Minas Gerais. A responsável está analisando as causas da ocorrência, mas, de acordo com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), o episódio não tem relação com a seca que atinge a Bacia do Paraná, que abrange os estados de Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul, São Paulo e Paraná, e que ameaça o fornecimento de energia no Brasil e na Argentina. @Divulgação Selma Migliori, presidente da ABESE – Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança –, comenta: “O fato é que, de setembro a maio, a vazão de água que chega às hidrelétricas brasileiras registrou o pior índice do histórico, desde 1931, para o Sistema Interligado Nacional (SIN). De modo que, para garantir a continuidade e a segurança do suprimento de energia elétrica no país, foi instituída a Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética, que será responsável por adotar medidas emergenciais, como a definição de diretrizes obrigatórias para estabelecer limites de uso, e outras medidas mitigadoras do baixo volume dos reservatórios. Sequer precisaríamos detalhar essa situação, basta olhar a conta de luz. A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) instituiu a Bandeira de Escassez Hídrica, que repassa os aumentos de custos de geração de energia ao consumidor. A bandeira tarifária representa a cobrança de R$ 14,20 a mais, para cada 100 quilowatt-hora. Entre condições climáticas e falhas no sistema, as soluções da segurança eletrônica poderiam liderar a necessária transformação digital do setor, e integrar os investimentos emergenciais do setor. A Internet das Coisas (IoT), abarcada nas soluções de segurança eletrônica abre caminhos para uma gestão hidroenergética 4.0. A tecnologia é a única saída possível, para que todos os países avancem, na velocidade e na escala necessária, para atender a crescente demanda elétrica dos grandes centros urbanos, mas também no campo, para o agronegócio, indústrias e para a saúde. Nesse sentido, o aprendiza-

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do de máquina dos dispositivos IoT poderiam se aperfeiçoar continuamente, para antever problemas e eventos críticos que colocassem em risco o fornecimento. Os analíticos preditivos são capazes de detectar problemas de maneira inteligente, e antes que afetem o sistema. Deste modo, a dinâmica de operação ganha em proatividade, reduzindo os custos de manutenção, mas, sobretudo, o custo financeiro e social que um apagão causa nos estados brasileiros. Através das imagens, a tecnologia analisa e identifica situações, em tempo real, gerando um banco de dados robusto, que respalda a capacidade preditiva. Assim, o acesso a projeções mais precisas permite estruturar estratégias mais assertivas, para mitigar o interrompimento energético. Além disso, as soluções integradas pela segurança eletrônica agregam uma camada a mais de proteção para os colaboradores – tanto em relação ao monitoramento perimetral contra invasões, quanto à detecção do uso correto dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI). A versatilidade e escalabilidade da tecnologia permitem com que seja integrada em todas as etapas do processo e, mais do que isso, alongam a taxa de retorno sobre investimento exponencialmente, comprovando a eficácia e efetividade deste recurso incontornável para todos os setores da economia, à medida que caminhamos para um ecossistema de cidades inteligentes. Talvez, os desafios para o setor hidroenergético nunca tenham sido importantes – o crescimento populacional, a alta taxa de urbanização dos estados, às mudanças climáticas, são todas variáveis que fazem parte desta equação. Ao nos depararmos com um momento crítico para o fornecimento de energia, vislumbramos também o caráter social e humano deste problema: o impacto no orçamento familiar. A boa notícia é que as tecnologias e soluções que podem salvaguardar o setor já estão disponíveis. Um grande número de aplicativos críticos já foi desenvolvido e testado pela segurança eletrônica, em condições reais de campo, e estão prontos para fazer parte da solução. O que precisamos agora são iniciativas para integrar a inovação aos serviços de bem-estar social. É importante entender que não há futuro, sem a segurança eletrônica”.

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O cartão EL5072 EtherCAT, da Beckhoff, permite a conexão direta de até dois sensores indutivos de deslocamento, incluindo transdutores em projetos LVDT, e meia ponte ou sensores indutivos de posição angular na versão RVDT. Assim, medições precisas de posição e distância, por exemplo, no contexto de controle de processo ou controle de processos de união, podem ser resolvidas de forma compacta, escalonável e econômica. O EL5072 mede apenas 12 mm de largura, para uma instalação com economia de espaço no sistema EtherCAT I/O padrão. A medição de deslocamento é uma das tarefas metrológicas mais importantes, tanto no ambiente de produção industrial, quanto no monitoramento de infraestrutura. Os exemplos incluem a medição e inspeção da geometria da peça, o monitoramento de processos de encaixe por pressão e união, garantia de qualidade em linha, e monitoramento de construção. Com o Cartão EtherCAT EL5072, todas as sondas de medição indutiva, disponíveis no mercado, podem ser integradas à plataforma de controle padrão, e avaliadas sem grande esforço. A fonte de excitação integrada do EL5072 fornece uma ampla gama de frequências e tensões de excitação parametrizáveis. Outras características especiais são a faixa de sinal de medição adaptada automaticamente, impedâncias de entrada selecionáveis para diferentes tipos de sondas, bem como uma entrada digital por canal, para definir e armazenar o valor da posição (incluindo carimbo de hora). O valor medido é determinado com alta precisão, por uma conversão A/D de 24 bits, e saída diretamente como um valor de posição de 32 bits, que pode ser facilmente integrado ao programa de controle. Além disso, o cartão apresenta diagnósticos de curtocircuito e sobrecarga da fonte de excitação, bem como erros de amplitude do sinal de medição por canal.

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C&I_267 - 02 A Yaskawa Motoman do Brasil lançou o robô MPX3600, projetado especialmente para pintura automotiva. O novo robô MPX3600 é ideal para OEM automotivo, mas pode ser utilizado também em outras aplicações para pintura industrial. Com alcance horizontal de 2.893 mm, e vertical de 5.182 mm, o novo robô permite uma ampla gama de aplicações, possuindo sistema de pintura total plug-and-play, com fácil instalação. O diferencial está na estrutura do braço robótico, desenvolvido especificamente para atender a demanda da aplicação de alto nível e complexidade na linha de pintura, permitindo muitas combinações de cores. As mangueiras e os cabos do robô possuem uma montagem interna, especialmente desenvolvida para aumentar o tempo de vida útil, diminuindo as paradas e os problemas de qualidade na linha, garantindo os mais altos níveis de desempenho e confiabilidade. A nova linha de robôs é ainda flexível, possuindo vários layouts e com três tipos de instalação: montagem no piso, em parede, e em trilho linear piso e parede. O robô MPX3600 opera junto com o Controlador DX200. O robô e o software específico para aplicações de pintura ficam sob controle integrado. O DX200 está disponível com Unidade de Segurança Funcional (FSU) programáveis por zona (cubos), com nível de Desempenho de Categoria 3 (PLd), apresentando controle de velocidade com classificação de segurança; eixo flexível com classificação de segurança e limitação de espaço; e parada do monitor, com classificação de segurança. C&I_267 - 03 Os medidores de engrenagens ovais da Metroval são medidores de vazão do tipo deslocamento positivo. Suas principais características são a robustez e a exatidão. Seu princípio de funcionamento proporciona uma medição confiável, dispensando trechos retos na instalação, e o torna imune a vibrações externas. Os medidores da linha OaP atendem aplicações severas (tensões mecânicas na linha, alta pressão, alta temperatura), enquanto os medidores da linha OI são mais compactos e atendem a maioria das aplicações convencionais. Fabricamos equipamentos adequados para serem submetidos a processos de limpeza industrial.

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A STANLEY apresenta uma linha de inversoras de solda, que alia alta tecnologia e segurança. Por serem eletrônicas, facilitam alguns processos. A abertura do arco é mais fácil para o soldador, pois, a máquina monitora a solda e evita que o eletrodo grude à peça. No caso de colar no metal, o produto imediatamente corta a corrente, para que o usuário o perca. Dessa maneira, o especialista pode voltar a soldar novamente com o mesmo eletrodo, sem danificá-lo. Além disso, a ferramenta pode ser ligada direto em uma tomada convencional. A linha STAR possui as funções MMA e TIG. A primeira é ideal para serviços que não exigem acabamento fino, pois formarão um resíduo da fusão de materiais, chamado de escória. Por isso, é indicada a pequenos serralheiros e para trabalhos manuais caseiros. Já a segunda, é a preferida dos profissionais da solda, para realizar suas tarefas do dia-a–dia, por conta da sua versatilidade, proporcionada pelo gás argônio, presente no produto, e que não tem a necessidade da troca a cada serviço. O equipamento é capaz de fazer uma solda menos propensa a distorcer o metal. Além disso, possuem um ajuste de corrente, saída positiva e negativa de engate rápido, e a alça tiracolo ajuda na mobilidade, permitindo o trabalho em locais de difícil acesso. A linha tem placa eletrônica, para maior estabilidade em mudança de voltagens. É leve, compacta e confiável, sendo adequada para eletrodos revestidos e eletrodo de Tungstênio. Por fim, como durabilidade é uma das marcas registradas da STANLEY, reafirmando o compromisso com a vida útil dos produtos, as inversoras da linha oferecem ainda garantia de dois anos, e corpo em um forte aço inoxidável.

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C&I_267 - 05 O VPT11 da Vivace é um transmissor de pressão, com sensor de silício piezoresistivo de alta performance, para montagem direta, projetado para medições de pressão manométrica e absoluta, além de possuir modelos para aplicações de nível flangeado, selo remoto e sanitário. Está disponível com os protocolos de comunicação HART 7 e Profibus PA, sendo uma solução robusta e altamente confiável para as medições de pressão, e garantindo resultados eficientes em seus processos, com segurança e alta disponibilidade. E possui bibliotecas DTM para equipamentos HART e Profibus-PA, que podem ser encontradas no site da empresa. C&I_267 - 06

As mais modernas soluções de soldagem para manufatura aditiva, usadas com sucesso em países mais industrializados, estão desembarcando no Brasil. Conhecida também como impressão 3D em metal, a manufatura aditiva é um processo de criação de um objeto tridimensional, que pode ser aplicado, tanto em peças e componentes, cujo design exige maior complexidade ou na possibilidade de criar uma peça só sem a existência de subcomponentes, quanto na produção de protótipos que necessitam ter leveza em pequena escala. O objeto é construído a partir da deposição de finas camadas de material em pó ou arame, que são fundidas por uma fonte de energia. As tecnologias para impressão 3D em metal que a Fronius trouxe ao mercado brasileiro estão adaptadas para a estrutura da indústria 4.0, e atendem uma demanda latente verificada nas empresas que precisam desenvolver peças com maiores complexidades metalúrgicas, como as do setor automotivo, espacial, eletroeletrônicos, de fundição, e, ainda, as áreas de medicina, saúde e educação, entre muitos outros.

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Cast C&I_267 - 07 Em conformidade com as mais recentes normas internacionais para sistema de medição de vazão, em aplicações de transferência de custódia, o Sistema de Medição de Vazão AuditFlow, da Smar, atende na totalidade as funcionalidades de um Sistema Eletrônico de Medição. Isto é, além de realizar os cálculos de correção da vazão em tempo real, possui características de segurança dos dados, rastreabilidade e auxílio, de forma a atender as recomendações de verificação/ calibração dos instrumentos. O módulo computador de vazão HFC302, do Sistema de Medição de Vazão AuditFlow, é totalmente configurável, e concebido com o que há de mais avançado em hardware e software, para monitorar, corrigir e controlar vazões de líquidos e gases. Ele oferece: alta confiabilidade da informação: rastreabilidade segundo as normas API-21.1 e API-21.2, incluindo alteração em configuração dos transmissores; vários níveis de redundância disponíveis; linearização dos fatores KF/NKF/MF, em função da frequência para medição de líquidos; entrada para analisadores / cromatógrafos via Modbus ou FoundationTM fieldbus; economia e agilidade no comissionamento da instrumentação de campo, através das redes digitais FoundationTM fieldbus; até 30 usuários identificados por username, com 4 níveis de acesso (configurável), e possibilidade de dupla senha; alto nível de segurança das informações: verificação da escrita e leitura do relatório na memória NVRAM e Banco de Dados, além da checagem periódica da memória de programa e configuração; selo eletrônico: a detecção de rompimento de lacre registrada como evento pelo Computador de Vazão; etc. C&I_267 - 09 O PCON Kompressor-Y18, da Presys, é um calibrador de pressão automático, com compressor de ar interno. Disponível nas versões para Montagem em Rack (Rack Mounting) e uso em campo (Field Service). Nenhum software adicional ou computador é necessário para gerar um relatório de um teste de calibração rapidamente, e os dados são protegidos em concordância com os requisitos de segurança da CFR 21 Parte 11. PCON-Y18 é ideal para calibrar seus instrumentos de maneira mais eficiente nas áreas industriais, ele se tornará rapidamente uma ferramenta indispensável no seu trabalho do dia-a-dia, permitindo ganhos reais de produtividade. Possui tela colorida sensível ao toque (touchscreen), de 5,7”. Processador Dual Core de 1 GHz, e memória Flash de 16 GB; Ethernet, Wi-Fi via adaptador USB/Ethernet USB/serial com protocolo SCPI; Webserver Integrado, tecnologia cliente-servidor para buscar tarefas no servidor remoto; porta USB; comunicação Hart / Profibus opcionais; teste automático de pressostatos; Corrente de Entrada: -1 a 24,5 mA, ± 0,01% do fundo de escala; Fonte de Alimentação para Transmissor: 24 Vcc regulada; Teste de Estanqueidade; Compensação da Exatidão de Temperatura, de 0°C a 50°C; pressão e unidades selecionáveis pelo usuário: Pa, hPa, kPa, MPa, bar, mbar, psi, mmHg@0°C,cmHg@0°C, mHg@0°C, inHg@0°C, inH2O@4°C, mmH2O@4°C, cmH2O@4°C, mH2O@4°C, mmH2O@20°C, cmH2O@20°C, mH2O@20°C, kg/m², kg/cm², mtorr, torr, atm, lb/ft²; controle de velocidade: 10s (para aumento de 10% da pressão do fundo de escala, em um volume de 50 ml); e compressor interno para geração de pressão positiva e negativa.

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C&I_267 - 08 Acaba de ser lançado, o livro Aterramento em atmosferas explosivas, de Ricardo Rando, um verdadeiro guia, que detalha práticas e parâmetros de segurança em instalações industriais, para orientar engenheiros e técnicos que trabalham em ambientes com atmosfera potencialmente explosiva. O risco de ocorrência de incêndios e explosões, em qualquer setor da indústria, seja na área de petróleo e gás, agronegócio, fertilizantes e tantos outros, é relativamente comum. Mas, há conhecimento e técnicas disponíveis, para evitar possíveis desastres por meio do aterramento, ou seja, direcionando a corrente elétrica – gerada pelo contato entre poeira, gasolina, gás ou material químico – para a terra. O livro é o primeiro sobre o tema a ser publicado na América Latina e Europa, e preenche uma lacuna de informação sobre protocolos de segurança em atmosferas explosivas, para instalações elétricas, eletrônicas e mecânicas. A obra é um desdobramento da dissertação de mestrado de Rando, defendida, em 2003, na Universidade Federal de Itajubá (Unifei), e de seus trabalhos como consultor. Rando tem uma larga experiência sobre o tema, e trabalha, há mais de 30 anos, como consultor e engenheiro na Petrobras na área de normalização técnica. Um dos protocolos criados por sua equipe – a norma 2222, que trata do aterramento das plataformas marítimas – passou a ser adotada internacionalmente. Ricardo Rando é engenheiro eletricista, com mestrado em Sistemas Elétricos Industriais e Automação pela Universidade Federal de Itajubá (EFEI/ UNIFEI-MG). Trabalhou por mais de 30 anos como engenheiro na Petrobras. Também atuou como consultor e professor em instalação elétrica industrial, aterramento elétrico e sistemas de proteção contra descargas atmosféricas em atmosferas explosivas.

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