Revista Condomínios - edição 53

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JUNHO DE 2015 Publicação mensal da EDITORA CONDOMÍNIOS DIRETOR RESPONSÁVEL Alessandro Rios - MTB 31.649 DIRETORA ADMINISTRATIVA Kelly Rios ASSISTENTE ADMINISTRATIVA Bianca Marchione DEPARTAMENTO COMERCIAL Fabiano Rios DEPARTAMENTO DE ARTE Juliana Siqueira ASSESSORIA JURÍDICA Dr. Daniel Figueira de Barros PUBLICIDADE 19 3445.5125 revistacondominiosnet@gmail.com TIRAGEM 8.000 exemplares PERIODICIDADE Mensal CIRCULAÇÃO Condomínios de Limeira e região PONTO DE VENDA Revista Condomínios Rua Tenente Belizário, 763 | Centro Limeira - SP | Fone: 19 3445.5125 Os anúncios e informes publicitários são espaços adquiridos pelos anunciantes e seu conteúdo é de inteira responsabilidade de cada um deles, cabendo à Revista Condomínios apenas reproduzi-los nos espaços comercializados. A opinião dos colaboradores não reflete necessariamente a opinião da revista. Matérias assinadas são de responsabilidade de seus autores.

Editorial Não foi à toa que escolhemos Bruna Marquezine para estampar a capa desta edição. A cada novo trabalho na televisão (e olha que já são dez!), ela conquista novos fãs, esbanjando beleza, simpatia e muito talento. Na reportagem sobre sua nova novela - “I Love Paraisópolis”, a atriz revela um pouco mais sobre sua personalidade e como se preparou para interpretar Marizete. Não deixe de ler! Quem se liga em TV, também vai gostar da descontraída entrevista com o jornalista Chico Pinheiro. O apresentador do “Bom Dia Brasil” explica, entre outras coisas, como conseguiu imprimir seu jeito bem-humorado no jornalismo sério da Rede Globo. A revista deste mês traz ainda reportagens sobre Saúde, Bem-Estar, Comportamento, Tecnologia, Moda e alguns temas curiosos. Você sabia, por exemplo, que equipamentos de realidade virtual estão ajudando pacientes a perder o medo de viajar de avião? Ou então que algumas frutas exóticas, como o pequi e o sapoti, colaboram com a prevenção de doenças? Pois bem, essas são apenas algumas razões para você seguir adiante e continuar lendo mais uma edição muito especial da Revista Condomínios. Tenha uma ótima leitura e até a próxima!

FSC Alessandro Rios

alessandro@revistacondominios.com

Leia a Revista Condomínios pela internet: www.editoracondominios.com.br

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Kelly Rios

kelly@revistacondominios.com


ÍNDICE

34 MODA Botas com cano acima do joelho chegam com tudo nesta estação

44 COMPORTAMENTO Livros de colorir viram mania entre jovens e adultos

COLABORADORES 18 Andréa C. Bombonati Lopes 22 Enrico Ferrari Ceneviz 23 Dr. Manoel Francisco de Oliveira Filho

66 EMPREGO

28 Valter Garcia Júnior

Brasileiros estão trocando os EUA por outros países para aprender inglês

30 Dra. Eliane Dibbern 50 Fabiana Massaro 62 Dr. Mauro Merci

86 CAPA Bruna Marquezine revela como se preparou para “I Love Paraisópolis”

65 Dra. Stella M. F. Pranzetti Vieira 70 Patrícia Milaré Lonardoni 71 Dr. Luiz Antonio César Assunção 74 Elaine Medeiros C. de Oliveira e

98 BEM-ESTAR Frutas exóticas enriquecem a alimentação e ajudam a prevenir doenças

Audrey Liss Giorgetti 106 Émerson Camargo 107 Lucas Brum

104 NEGÓCIOS A história de sucesso do médico que abandonou a profissão para ser empresário

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BRUNA MARQUEZINE Atriz da Rede Globo Foto: Jorge Rodrigues Jorge/CZN 11


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DECORAÇÃO Texto: Folhapress | Fotos: Divulgação

A cor Marsala foi eleita a tonalidade do ano pela Pantone; aprenda a usá-la na decoração da sua casa, sem exageros Bancada e detalhe no armário ficam entre o vermelho e o marrom em projeto de Ana Yoshida

A cor da moda

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Marsala é, originalmente, um tipo de vinho fortificado produzido nos arredores da cidade que lhe dá nome, na região da Sicília, na Itália. Para Leatrice Eiseman, diretora-executiva do Pantone Color Institute, ‘sua base marrom-avermelhada emana sofisticação natural.’ Por ser uma cor escura, no entanto, exige cautela na aplicação. Como tinta na parede da sala e em áreas grandes, o efeito pode ser pesado. ‘O resultado pode ficar cansativo e os usuários do local enjoarem facilmente’, diz a arquiteta Paula Magnani. Ela diz preferir o tom em peças decorativas. Para a arquiteta Erika Fukunishi, do escritório EFTM Arquitetura, cores marcantes devem ser trabalhadas de forma pontual, em detalhes. Ela

recomenda, por exemplo, em papéis de parede ou em têxteis (almofadas, tapetes e colchas), que podem ser trocados com mais facilidade caso o cliente deseje ‘renovar o ambiente ou atualizar com a cor do ano seguinte’. Na parede, a dica é usar a marsala em áreas menores e de transição, como hall de elevador e lavabo. ‘Para o quarto não é relaxante, e na sala de jantar e na cozinha pode aumentar o apetite das pessoas’, diz a designer de interiores Betina Barcellos do estúdio In House. No quarto de adultos, a marsala pode transmitir ‘maturidade’. No de crianças, no entanto, pode deixar o ambiente sério demais. Outra opção é usá-la em ‘blocos’ construtivos, como uma viga ou um pilar.

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Artigo

Desproteger-se Andréa C. Bombonati Lopes | Psicóloga e Psicanalista | Rua Frederico Ozanan, 94 | Limeira SP | Fone: 98132-7989 Para todos nós que buscamos nos proteger...

No último artigo, falava sobre a importância dos cobertores-pessoa, e de como eles podem contribuir com nossa necessidade de segurança. Neste, vou propor o giro inverso, da necessidade de nos desprotegermos. Parece um pouco incômoda a sugestão, não? Pois é! O ato de nos desprotegermos responde a uma antilógica da dimensão do humano (possivelmente, de todo ser vivo, os biólogos me corrigirão!). Todos sentimos a necessidade premente de nos protegermos, de evitarmos as situações que nos assustam, nos amedrontam, nos retiram de nossa zona de segurança. Nosso “lugar de

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conforto” organiza-se em torno de princípios e crenças que construímos com muito trabalho e, por vezes, às custas de muitas vivências, nem sempre tão agradáveis. Por isso, nosso lugar de conforto nos é tão precioso; ele nos mantém protegidos de situações de embaraço, de desestabilização, de sofrimento. Ele também nos mantém, especialmente, protegidos do outro; do olhar do outro, dos julgamentos e considerações do outro a nosso respeito. E também do confronto com o outro. Como se a bruxa da Branca de Neve nunca ousasse olhar-se no espelho mágico e fazer a fatídica pergunta, com receio de não suportar a resposta. Recusar-se à resposta

do espelho é tentar proteger-se de uma verdade que continuará gritando surdamente nas esquinas de nossos movimentos. É a profissão que se cogita mudar, mas que não se arma movimento para tanto; o emprego que se deseja abandonar, mas que resvala pelos benefícios que ele oferta; o casamento que se arfa em manter, não obstante ele já tenha terminado para ambos; a relação que se abomina, mas que se tolera na anulação de si. É preciso, muitas vezes, por uma questão de sobrevivência, desproteger-se. Desproteger-se de si mesmo. Despir-se. Deixar as armas. Sair sem o celular. Sem carteira, nem casaco. Colocar-se diante do espelho e fazer a pergunta. Olhar

nos olhos do outro e ouvir. Porque quando nos desprotegemos, nos disponibilizamos para a nossa verdade, para confrontar os nossos medos e os nossos anseios, sem armaduras, sem escudos de proteção, e é então que podemos nos aproximar mais de nós mesmos. E daí, é que nos fortalecemos. E podemos compreender que, independentemente do quanto eu procure esquivar-me do outro, proteger-me dele, não é possível proteger-me de mim mesmo porque os fantasmas me assombrarão nas horas silenciosas. Porque a vida não nos oferece segurança nem garantia e porque nenhum lugar é seguro; tampouco aquele dentro de nós mesmos.


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ARTIGO

Dicas para tornar assembleias atrativas, calmas e produtivas Enrico Ferrari Ceneviz Diretor geral do Grupo Mercúrio Bacharel em Administração de Empresas e Ciências Contábeis Especialização em Administração de Condomínio, Qualidade e Produtividade Corretor de Imóveis CRA-SP 130083 (conselho Regional de Administração) CRC-SP1SP231763/0-3 (Conselho Regional de Contabilidade) CRECI 83940(Conselho Regional de Corretores de Imóveis) www.grupomercurio.com.br

Envie suas dúvidas Acesse nossa página na internet: www.grupomercurio.com.br Na Divisão Administração de Condomínios, envie sua pergunta pelo campo “Contato”. As dúvidas mais frequentes serão selecionadas e publicadas nas próximas edições.

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Apesar de fundamentais na gestão de um condomínio, as assembleias até hoje são mal vistas. Quando não são tediosas, indo até tarde da noite, terminam em discussão e até mesmo agressões entre vizinhos. Os maiores problemas são a falta de objetividade e o tempo de duração dessas reuniões. Percebemos que as pessoas conversam entre si, discutem, falam todas ao mesmo tempo e até abordam coisas que nada têm a ver com o que está sendo tratado. Com isso, as assembleias se alongam, os participantes se cansam e vão se retirando pouco a pouco, com o firme propósito de não participarem da próxima. Confira algumas dicas para melhorar o rendimento das assembleias: 1) Elaborar uma pauta curta: É melhor realizar mais assem-

bleias durante o ano com, no máximo, três itens, do que uma anual com nove ou dez. Elas serão mais rápidas, não cansarão, e propiciarão maior objetividade e melhores resultados. 2) Não incluir assuntos gerais (sempre que possível): Pedidos, sugestões ou queixas podem ser feitas pessoalmente, por e-mail ou telefonema. Não é preciso esperar a assembleia para reclamar do hall do andar que está sujo, do vaso cuja planta está morrendo, do porteiro noturno que dorme etc. 3) Locar uma sala fora do condomínio para realização da assembleia: Em geral, as reuniões são realizadas no salão de festas. Estes espaços, além de terem eco, o que causa incômodo especialmente a moradores próximos, geram um clima informal demais, incentivando

mais a conversa do que a discussão e decisão de assuntos importantes. Existem muitas salas com preço razoável para locação, com cadeiras, mesa, equipamento de projeção e que tornam a reunião mais profissional. 4) Definir o tempo: Preferencialmente, incluir nas convocações o tempo para exposição do assunto e para os debates. Cinco minutos por pessoa é suficiente. É lógico que não será respeitado, mas ajudará o presidente da assembleia a colocar os assuntos logo em votação. 5) Escolher presidente/condômino que seja objetivo: Ele precisará controlar o andamento dos trabalhos de forma a não deixar que as discussões fiquem intermináveis. E que, após debates, coloque logo o assunto em votação.


SAÚDE BUCAL

Implantes dentários: solução rápida e segura Dental implants: fast and safe solution

Dr. Manoel Francisco de Oliveira Filho | Cirurgião Dentista graduado pela USP e especialista em Prótese Dental | Consultório: 19 3451.8769 (Limeira-SP)

- Implante - Próteses Fixas - Próteses Móveis - Porcelana Pura - Aparelhos para apneia e ronco - Clareamento dental - Cirurgias - Tratamento de ATM

Nesta edição, vou falar de uma situação que incomoda muitas pessoas. Quem perde um ou mais dentes acaba enfrentando uma série de transtornos. Além do aspecto estético, a funcionalidade da mastigação também fica comprometida. Felizmente, hoje, com um bom planejamento cirúrgico e protético, é possível realizarmos a colocação de implantes logo depois da perda ou extração dos dentes, seja na arcada inferior ou superior da boca. Assim que o paciente fica sem os dentes, iniciamos a confecção das próteses imediatas provisórias, ou, até mesmo, das definitivas. O tratamento é rápido. Em uma manhã, realizamos os procedimentos cirúrgicos. A confecção da prótese, ou tratamento protético, leva em torno de dois dias. Isso significa que, com os métodos disponíveis hoje, a reabilitação é muito rápida. O indi-

víduo que perde os dentes tem a possibilidade de recuperá-los imediatamente, restabelecendo as funções estética e mastigatória. Em apenas três dias, o paciente terá uma nova dentição e poderá levar uma vida normal. FOREIGNERS ARE WELCOME The dentist understands English.

English language call: (19) 3451.8769. With Dr. Manoel.

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Limeira Av. Antonio Ometto, 1.025 Vila Cláudia Fone: 19 3704.5055

por Delaine Chaves Marson

HIIT - High Intensity Interval Training (Treinamento Intervalado de Alta Intensidade)

Esse método de treinamento, agora tão discutido nas academias, não é uma novidade para nós educadores físicos. Porém, somente agora está se popularizando devido ao pouco tempo que as pessoas possuem para dedicar-se à prática de atividades físicas e também por mostrar-se bastante eficiente na busca por respostas mais rápidas e satisfatórias. Estudos publicados por pesquisadores na área de treinamento apontam que a intensidade de um exercício é fundamental para que os resultados sejam eficientes tanto para hipertrofia muscular como para emagrecimento. E mais: esses estudos revelam que treinamentos de longa duração e baixa intensidade, apesar de melhorarem o condicionamento físico de pessoas destreinadas, não contribuem de forma significativa para o emagrecimento. Para esses pesquisadores, a intensidade de um treino é muito mais relevante que o seu volume. Pra ficar melhor explicado, volume é a quantidade de estímulos em uma sessão de treinamento. Esses estímulos podem ser os tipos de exercícios, quantidade de séries e repetições, cargas, tempo e tipo de descanso (ativo ou passivo). No caso do HIIT, o que vale é a alta intensidade desses estímulos em um curto espaço de tempo. Sendo assim, para obter resultados positivos em ganho de força, massa muscular e emagrecimento é necessário controlar o volume do treino. Esse método de treinamento promete queimar mais calorias nas 12 horas após o treino, mesmo em repouso. Isso porque, segundo pesquisadores, esse tipo de treinamento queima mais calorias em repouso porque favorece o aumento de proteínas musculares responsáveis pelo transporte de ácidos graxos na mitocôndria das células musculares em 50%. Os ácidos graxos constituem uma importante fonte de energia para o músculo esquelético e, durante o exercício intenso, sua mobilização é aumentada para suprir as necessidades da musculatura ativa. Afirmam ainda que quanto maior o número dessas proteínas no músculo, maior a quantidade de gorduras utilizadas para produção de energia durante e após o treino. A boa noticia é que podemos economizar tempo e ainda conseguirmos resultados muito mais eficientes e garantidos. Mas somente um profissional habilitado poderá avaliar o grau de condicionamento físico de cada pessoa e saber se ela está apta a realizar um treinamento de alta intensidade. Pessoas destreinadas precisam de um trabalho preparatório com aumentos gradativos de condicionamento até chegarem a esse nível de intensidade de treino. 24

Cristiane Diniz Quintal Aluna Bio Ritmo

“Eu adoro fazer academia. Todo mundo precisa dedicar um tempo para o corpo e a mente.”


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PALADAR Texto: Folhapress | Fotos: Tadeu Brunelli/UOL/Folhapress

Aprenda a fazer um delicioso hambúrguer com o chef Gabriel Prieto, do Holy Burguer

INGREDIENTES 160 g de carne moída na seguinte proporção: 40% (64 g) de acém, 30% (48 g) de costela e 30% (48 g) de peito Óleo 1 fatia de queijo prato 1 pão de hambúrguer

Que fome...

Sal e pimenta-do-reino a gosto

Manteiga para passar no pão

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MODO DE PREPARO

Passo 1 O segredo de um bom hambúrguer está no equilíbrio entre as carnes. Caso não tenha moedor, vá a um açougue de confiança e peça as carnes desejadas. Peça para moer as carnes separadamente na primeira vez e, na segunda moagem, juntas. Para montar o hambúrguer, manipule a carne fria ou gelada, mas sem congelar; isso ajudará a dar liga.

Passo 2 Se não tiver um aro, monte na mão mesmo: faça um bolinho e aperte bem, até ficar homogêneo. O formato arredondado pode ser obtido manualmente. Use a palma da mão para amassar e arredondar com os dedos

Passo 4 Cubra o hambúrguer com a fatia de queijo de cerca de 2 mm de espessura. Para ajudar a derretê-lo mais rapidamente, coloque um pouco de água e cubra com um abafador ou tampa.

Passo 3 Aqueça a frigideira com óleo e salgue a carne apenas no momento de grelhar. Deixe até atingir o ponto desejado, vire e salgue o outro lado. Moa a pimenta-do-reino só após o hambúrguer alcançar o ponto desejado.

Passo 5 Retire o hambúrguer e deixe descansar por dois minutos. Enquanto isso, corte o pão no meio, passe manteiga e aqueça as duas metades. Depois, é só montar e saborear!

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Artigo

Executivo explica como se prevenir de fraudes em datas sazonais Valter Garcia Junior | Administrador de Empresas Especializado em e-commerce | www.cakeweb.com.br | Fone: (19) 98117.2187

O calendário varejista no Brasil reúne seis grandes momentos que concentram a maior parte das vendas durante o ano. Essas datas necessitam um cuidado especial por conta das tentativas de fraude durante o período. Os cuidados, de acordo com Omar Jarouche, gerente de Inteligência Estatística da ClearSale, devem passar não apenas pela preocupação com a quantidade de tentativas de fraude, mas também com a velocidade em que os pedidos são examinados. A fim de evitar o aumento de fraudes durante datas sazonais, o executivo lista algumas dicas para os lojistas: Cuidado com altas taxas de cancelamento - Em uma data sa-

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zonal é aguardado um aumento de vendas. Além de estar preocupado com o índice de fraudes, é importante também uma atenção maior à taxa de cancelamentos e reprovações. O resultado de uma loja com poucas fraudes e altas taxas de cancelamento é de grandes prejuízos, pois está perdendo vendas. A mesma coisa serve para o contrário: se há altas taxas de fraude e poucos cancelamentos, o lojista terá prejuízo. A fraude está cada vez mais sofisticada. Não imagine um fraudador como uma pessoa que faz este tipo de coisa por hobby, ou prazer. Atualmente, a atividade pode ser considerada uma profissão ilegal. Por isso, espere por tentativas criativas de realizar a

fraude, que pode ser feita em várias lojas diferentes ao mesmo tempo. Use uma ferramenta de prevenção à fraude. Saiba qual decisão tomar: buscar um parceiro para o fornecimento, ou tentar fazer a gestão internamente. Seja qual for a decisão, tenha em mente uma solução que possua uma inteligência artificial, que seja altamente precisa e qualificada. Quanto mais difícil for separar automaticamente o bom do mau cliente, maior será a demora e mais cancelamentos de compras existirão, o que também pode acatar em prejuízos ao varejista.

Fonte: e-commerce news


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Dermatologia

Tratamentos de pele no inverno Dra. Eliane Dibbern

O outono chegou, com seu ar mais fresco, sol menos ardido, mas não menos perigoso! O que fazer na pele, como cuidar? Agora é a hora de trocar os produtos para a pele, usar medicações mais potentes, programar tratamentos um pouco mais invasivos. Em relação ao protetor, mantemos a mesma orientação: usar sempre e com intervalos de 2-3 hs. Pois apesar da temperatura amena, o índice de radiação continua elevado. O que pode ser feito é trocar a apresentação, se a pele ressecar, procurar usar as versões mais hidratantes. À noite, podemos iniciar os ácidos mais potentes, como o ácido retinóico. Associado a ele, poderão vir os clareadores, antioxidantes (vitamina C), tensores. Nos procedimentos, é hora dos peelings, lasers. Os peelings podem ser superficiais,

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médios ou profundos. Os superfíciais servem apenas para dar um brilho cuidado leve. Os médios descamam um pouco mais, suavizam as rugas finas, clareiam manchas leves. Os mais profundos melhoram cicatrizes e rugas (mas só devem ser feitos se o paciente não se expuser ao sol, por pelo menos 60 dias). Nos tratamentos com laser, podemos fazer a luz pulsada e o Co2 fracionado. A luz pulsada é indicada para manchas (tipo sardas), estímulo de colágeno, tratamento de pequenos vasos na face. O Co2 fracionado já é usado para rugas, cicatrizes, retirada de verrugas na face (tipo verruga seborreica), rejuvenescimento. Em todos os tratamentos, é ideal um bom exame da pele, e uma boa conversa para saber o que incomoda e onde podemos chegar!


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SAÚDE Texto: Paula Laboissière/Agência Brasil | Foto: Divulgação

Estudo alerta: 25% da população tem pressão alta Dados da pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) divulgados hoje (12) indicam que 24,8% da população brasileira adulta têm pressão alta. Os números mostram que as mulheres são maioria nesse cenário. Elas respondem por 26,8% dos casos, enquanto os homens são 22,5% dos registros. A pesquisa mostra que a quantidade de hipertensos aumenta com o avanço da idade e com a diminuição da escolaridade. Entre as capitais, Palmas apresenta o menor número de hipertensos no país, 15,2%. Porto Alegre responde pela maior taxa, com 29,2% das pessoas adul-

tas com hipertensão. O estudo revela ainda que a população brasileira apresenta baixa percepção sobre o consumo de sal em excesso, já que 47,9% dos entrevistados consideram o seu consumo adequado. Apenas 2,3% admitem ter consumo muito alto. Para 13,2%, o consumo é alto. O ministro da Saúde, Arthur Chioro, reforçou a recomendação para que o brasileiro evite o consumo de alimentos processados, priorize o consumo de alimentos in natura e fique atento no preparo das refeições. “É fundamental que se tire o saleiro da mesa, seja ela de casa ou do restaurante”, acrescentou o ministro.

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MODA Texto: Laís Oliveira/Folhapress | Foto: Bruno Poletti/Folhapress

Sabrina Sato usando bota acima do joelho: nova tendência

As botas acima do joelho estão em alta neste inverno; com saltão ou mais baixas, elas combinam com todos os estilos e são sexies

Botas de inverno

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As botas acima do joelho, conhecidas pelo nome em inglês “over the knee”, reinam nas vitrines neste inverno. “Sexies e cheias de impacto, elas voltaram com força, dando autoconfiança e feminilidade às mulheres”, afirma a consultora de estilo Larissa Lanzo. Ela conta que o calçado foi criado no século 15, quando era usada por homens na prática de equitação ou trabalhos que exigiam proteção para as pernas, como pesca e pecuária _daí a necessidade de cobrir os joelhos. A tendência, repaginada, ganha ares modernos, com aplicações, fivelas e diferentes tipos de recorte. “Elas podem ter pingente de couro, recorte, dobra no cano para fora, ser amarrada ou com zíper”, lista Ronaldo Santos, estilista professor da escola ProModa. E toda mulher pode usar, garantem os especialistas. “Para as de estatura mais

baixa, é recomendável a versão com saltos altos, para ampliar o visual. Altas podem usar as de saltos mais baixos. Um cuidado especial deve ser tomado por mulheres que têm as coxas grossas, pois, como as botas terminam nessa região do corpo, elas tendem a parecer mais avantajadas. Uma solução é usá-las com meia-calça ou com a barra do vestido bem próxima ao fim da bota, não mostrando muito essa região”, sugere Larissa. Combinar é fácil. “O principal jeito de usar é deixá-las aparecer! Quando usadas, elas são as protagonistas dos visuais”, lembra Larissa

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CARROS Texto: Eduardo Sodré/Folhapress | Fotos: Divulgação

Honda HR-V Novo modelo encara 1.032 quilômetros de estrada; confira como ele se saiu

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Em Brasília, 10h40. É a hora de colocar o Honda HR-V na estrada, rumo à São Paulo. Nuvens carregadas e tempo abafado antecipam o que virá pela frente. A versão escolhida é a EXL, topo da linha. Chama a atenção pelo que oferece, e também pelo que faz falta. Os bancos de couro estão lá, acompanhados de um eficiente GPS com tela sensível ao toque. Há também ar-condicionado digital, freio de mão elétrico e controles de estabilidade. Mas faltam itens simples como retrovisor interno fotocrômico (que reduz o ofuscamento) e sensor de luminosidade. Um carro que custa R$ 88,7 mil poderia se dar ao luxo de oferecer mais. Após ajustar banco e volante, é hora de ligar o motor 1.8 (140 cv), acionar o câmbio CVT e pegar a estrada. A ideia é seguir sem parar até Catalão (GO), mas o trânsito bom - apesar da chuva - motiva a andar mais. Silencioso e estável como um hatch médio, o utilitário compacto começa a mostrar que está mais perto do Civic que do Fit. Bancos e painel lembram que seu irmão de plataforma é o modelo menor, mas o comportamento remete ao sedã. Após 430 km, é preciso reabastecer. As duas últimas barras digitais do marcador de


combustível ainda estão acesas, mas o computador de bordo indica autonomia de 60 quilômetros. O número começa a cair rapidamente, embora o ritmo de viagem seja mantido. Fica a lição: não se pode confiar demais no que diz o mostrador. O pequeno posto em Uberlândia (MG) surge como um oásis na BR-050. A viagem continua com mais 20 litros de gasolina, que se mistura com o restolho de etanol que havia no tanque. “É o novo Honda? Show de bola!”, diz o frentista em um outro posto, próximo à divisa de Minas Gerais com São Paulo. A sujeira não é suficiente para esconder as linhas do HRV. As rodas aro 17 e os relevos da carroceria rendem elogios. Um senhor passa e comenta: “Honda é Honda”. São comentários como esse que fazem a montadora apostar no sucesso imediato do carro. RETA FINAL - Após trechos de chuva e outros de muita poeira, os 300 km finais são de calmaria. O bom asfalto das rodovias Anhanguera e Bandeirantes permite usar o controlador de velocidade. O carro é examinado na última parada. As partes plásticas aparentam boa qualidade tanto aos olhos quanto ao toque. A empresa japonesa também acertou ao fazer o console central elevado, mas há um porém: as entradas HDMI e USB, além da toma-

Console alto cobre entradas USB e HDMI

da que permite recarregar celulares, foram colocadas no “andar de baixo”, o que dificulta o acesso. Os consumos na estrada ficaram em 11,3 km/l com etanol e 15,1 km/l com gasolina (a 110 km/h). A viagem mostrou que, embora custe mais (a partir de R$ 69,9 mil), o HR-V está acima de rivais de mesmo porte, como o Ford EcoSport. O que mais se aproxima do Honda é o Chevrolet Tracker, mas seu preço parte de R$ 85,9 mil. O segmento dos utilitários compactos está recebendo outras três novidades: o Jeep Renegade, o Peugeot 2008 e o Renault Duster renovado. A Honda chegou primeiro e com um produto forte. A briga será boa.

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SAÚDE Texto: Gabriel Alves/Folhapress | Foto: Apu Gomes/Folhapress

Medo de avião

Equipamento robótico e realidade virtual ajudam paciente a tratar fobia em terra firme; 12 sessões custam R$ 7.000 “Meu corpo tremia, eu transpirava. A boca ficou seca e eu sentia meus batimentos se acelerarem. Achei que fosse morrer de infarto.” É assim que a psicóloga Mayla Pace descreve sua segunda viagem de avião, quando apresentou os sintomas da fobia de voar pela primeira vez. Era a segunda viagem de avião dela, nove anos atrás, 11 anos após a primeira. “Eu percebia que adiava, que oferecia alternativas... Dizia ‘vamos de carro’. Hoje sei que estava fugindo do problema.” Ela é uma das primeiras pessoas que estão usando um novo tipo de tratamento para tentar

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curar essa fobia. Basicamente, o paciente é imerso em realidade virtual. com o auxílio de um óculos especial. Mexendo a cabeça, é possível ver todo um novo ambiente ao redor. No caso, claro, tudo começa em frente ao aeroporto. Para “andar” no mundo virtual, são usados joysticks nas duas mãos. Com os fones de ouvido escuta-se o “mundo” ao redor como se realmente estivesse naquela cena. Também por essa via o terapeuta se comunica com o paciente. Esse tipo de abordagem para tratar fobias tem bases na


terapia comportamental cognitiva, em que o paciente é dessensibilizado, ou seja, vai se aproximando de seu medo e o perdendo aos poucos. Segundo o psicólogo Cristiano Nabuco, especialista em terapias cognitivas e um dos idealizadores do projeto, essa é uma iniciativa totalmente nacional, única no Brasil e no mundo. O realismo do sistema é ampliado por causa da poltrona (igual a de um avião) afixada sobre uma plataforma robótica que gera os tremores e movimentos sentidos durante o funcionamento, decolagem e pouso da aeronave. Inclusive turbulências. Durante o passeio virtual, todas além do terapeuta poder acompanhar e orientar o paciente, também são monitorados os batimentos cardíacos para poder saber em que etapa se sente mais

Mayla Pace está tratando sua fobia com o auxílio da realidade virtual

estresse. Existe um “botão de pânico”, para dar ao paciente a chance de parar a sessão. “Em 12 sessões a pessoa perde praticamente todo o medo”, diz a psicóloga Fátima Vasques, também idealizadora do programa. As 12 sessões custam R$ 7.000. A ideia é expandir a possibilidade para outras fobias, como medo de altura, de dirigir ou mesmo de aranhas. A decisão por começar com o medo de avião, segundo Nabuco, é lógica. “É mais difícil o paciente pagar a passagem de avião para um terapeuta acompanhá-lo em uma viagem de São Paulo ao Rio do que para sentar ao seu lado em um automóvel.”

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COMPORTAMENTO Texto: Mateus Luiz de Souza/Folhapress | Arte: Folhapress

Lá e cá

Com lei da guarda compartilhada, filhos se dividem entre os cuidados do pai e da mãe Duas semanas em uma casa e duas em outra. É assim, em duas residências diferentes, que os irmãos Maria Eduarda, 9, e Rafael Rodrigues, 6, moram. Isso ocorre porque seus pais se separaram em 2008 e, no ano passado, passaram a dividir a guarda das crianças, ou seja, a responsabilidade sobre elas. No final de 2014, uma lei regulamentou a guarda compartilhada. Além tomar em conjunto as decisões sobre os filhos, pai e mãe devem tentar estar igualmente presentes na rotina deles. Às vezes isso inclui

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fazer com que as crianças morem parte do tempo com o pai e outra, com a mãe. ‘Não é ruim, pois ficamos perto dos dois’, diz Rafael. ‘Só que precisamos levar sempre uma mala com roupas’, explica Maria Eduarda. Atualmente, existem 20 milhões de crianças e jovens de até 17 anos com pais divorciados, segundo a Apase (Associação de Pais e Mães Separados). Quando um casal não está mais junto, é preciso definir quem terá a guarda dos filhos. Antes, o comum era que só um tivesse essa responsabilidade. Com a guarda compartilhada, isso deve mudar - e crianças terem duas casas pode se tornar cada vez mais comum. De acordo com a Apase, 6,5% dos casais têm hoje guarda compartilhada. Se, por um lado, há a vantagem de não deixar de conviver com os dois pais, por outro, o vaivém pode gerar desencontros. ‘Uma vez, não lembravam onde eu dormiria. Fiquei para lá e para cá’, conta Isabella Hermógenes, 8. O advogado Sidval Oliveira é contra a lei. ‘Muitos pais separados vivem em conflito. Não adianta impor um acordo, as brigas continuarão’. Para a advogada Luciana Buffara, o importante é que pai e mãe tenham a mesma responsabilidade na vida dos filhos. Lucia Kaufmann, 6, vive há três anos sob guarda compartilhada e vê apenas um problema em ter duas residências. ‘Minha mãe mora em casa, é só entrar. Meu pai mora em prédio, demora mais’, diz.

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COMPORTAMENTO Texto: Gabriel Alves e Gabriela Malta/Folhapress | Fotos: Fabio Braga/Folhapress

Brincadeira de adulto

Livros para colorir viram moda entre gente grande; mais fácil do que desenhar, atividade é relaxante, dizem especialistas e consumidores

Há pouco mais de uma semana, capturadas pelo tédio, a biomédica Fernanda Antunes, 26, e a psicóloga Elaine Lucas, 28, resolveram ir à livraria. Saíram de lá com um livro que não continha muitas palavras, mas muitas imagens para colorir. Desde então, elas estabeleceram uma competição para ver quem conseguia terminar de colorir primeiro. Por enquanto, Elaine está na frente. Esses livros para adultos colorirem encontraram um espaço inusitado nas prateleiras das livrarias e viraram moda entre pessoas de diversas idades, que

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publicam as suas “obras” em redes sociais como o Instagram. “Eu comprei o livro porque gostava de pintar quando era pequena, e fazer coisas que lembram a infância trazem uma sensação de leveza”, conta Fernanda, que agora diz ter o que fazer “em um domingo entediante”. Além disso, diz ela, ter o livro era um ótimo pretexto para comprar uma caixa com muitos lápis de cor. O mecanismo “antiestresse”, segundo a psicóloga Maria Olímpia Saikali, não tem nada a ver com a regressão à infância, porém. Ela explica que o pro-


Fernanda Antunes e Elaine Lucas: amigas aderiram à nova mania

cesso de se envolver em alguma atividade prazerosa leva à produção de endorfinas e, consequentemente, à redução do estresse. Para Elisa Kozasa, pesquisadora do Instituto do Cérebro do Hospital Israelita Albert Einstein, uma pessoa ocupada em terminar a pintura do livro não se concentra nas preocupações incômodas do dia a dia. “Você está no controle daquela atividade que está fazendo, escolhe as cores que são agradáveis para você, e seu cérebro fica focado nisso”, afirma ela. O livro que Elaine e Fernanda colorem é baseado na fauna e flora da Escócia e se chama “Jardim Secreto”. Criado pela ilustradora daquele país Johanna Basford e publicado no Brasil pela Sextante, a obra, de 96 páginas, já vendeu mais de 1,5 milhão de cópias no mundo e de 100 mil por aqui. No mesmo nicho, outros livros para colorir trazem de mandalas (“Mandalas Mágicas”, da Vergara & Riba), mitologia (“Fantasia Celta”, da editora Alaúde) e, bom, até sexo em grupo (“Suruba para

Colorir”, da Bebel Books). A maioria dos livros custa por volta de R$ 30. Os desenhos já vêm impressos nas páginas e cabe à pessoa preenchê-los com as cores que desejar. Mas a surpresa pode não ser positiva para todos. Dependendo da personalidade da pessoa, dizem os especialistas, se ela enxerga o livro mais como desafio do que como lazer, pode haver mais frustração do que relaxamento. Outra angústia pode ser começar a se sentir pressionado pela beleza das pinturas das outras pessoas - especialmente quando elas ficam se exibindo na internet.

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PALADAR Texto: Juliana Ventura/Folhapress | Fotos: Divulgação

Vai um cafezinho? Muito apreciado pelos brasileiros, grão pode sim ser consumido como bebida e tem propriedades antioxidantes Tomar café de manhã ou uma xícara depois das refeições é um hábito bem brasileiro. A boa notícia é que não há problemas nisso. Pelo contrário, o consumo moderado do grão, em bebida com como ingrediente de preparações, traz benefícios à saúde. “O café é rico em vitamina B (em especial a vitamina B3), lipídios e possui quantidades pequenas de sais minerais, como zinco, magnésio e potássio. Por conter propriedades antioxidantes, ele pode inibir inflamações, proteger o sistema respiratório, diminuir dores de cabeça e até o risco de doenças cardiovasculares. Outro benefício é o auxílio à quebra de gordura. A bebida é capaz de melhorar o desempenho em exercícios, colaborando, inclusive, para o processo de emagrecimento”, expli-

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ca Andrea Galdino Figueiredo, nutricionista da Beneficência Portuguesa de São Paulo. De acordo com a nutricionista Ariane Cervantes, o principal composto do café, a cafeína, estimula a atividade cerebral, aumentando a atenção e concentração. “Além disso, melhora a oxigenação do sangue e combate radicais livres”, afirma. O composto é usado em alguns analgésicos, inclusive. “É muito comum encontrar essa substância nas formulações de medicamentos para dor de cabeça. Isso porque a cafeína possui características analgésicas e tem um efeito estimulante no sistema nervoso central e no músculo cardíaco, relaxando a musculatura”, diz Andrea.


No entanto, apesar dos benefícios, o consumo do café não é completamente liberado. Pessoas com problemas estomacais, por exemplo, devem evitar. “ O café é contra-indicado para pessoas com gastrite, úlceras e refluxo, indivíduos com hipertensão, diarreia e taquicardia, além de grávidas e lactantes”, afirma Ariane. Segundo ela, o consumo excessivo pode causar ansiedade, insônia e nervosismo. Para Andrea, o ideal é não ingerir mais de três xícaras por dia. “É preciso ter cuidado para não exagerar na dose. O café não é um remédio, apenas possui alguns benefícios para a saúde”, aponta. Ela também atenta para o fato de que não é bom tomar café em jejum. Na hora de comprar, o ideal é escolher grãos moídos na hora e de coloração mais clara. Se não for possível, dê preferência a produtos com selo de pureza e qualidade da Abic (Associação Brasileira da Indústria de Café). Para preparar, Andrea dá a dica: “O ideal é usar um coador de papel. Ao entrar em contato com a água quente, os grãos soltam resquícios gordurosos que podem causar prejuízos ao colesterol sanguíneo. Os coadores de papel filtram melhor que as versões de pano”, diz.

Shakeratto de chocolate Ingredientes 60 ml de café espresso 180 g de sorvete de creme 30 ml calda de chocolate 60 ml de chantilly Modo de preparo Coloque no liquidificador o sorvete e o café. Bata. Despeje a mistura na taça, até dois dedos abaixo da borda. Decore com chantilly e a calda de chocolate. Crédito da receita: Octavio Café

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Designer de Interiores

Eletrodomésticos de última geração Fabiana Massaro | Contatos: 19 9-7406.6806 | 9-9706.8232 | Limeira SP

Funcionalidade, tecnologia, inovação e design talvez sejam as principais qualidades procuradas pelos consumidores na hora de escolher os eletrodomésticos de sua casa. No Brasil, temos muitas marcas que primam pela pesquisa de novas soluções que agregam valor aos aparelhos, mas, no exterior, a extensa variedade de opções dessas pequenas maravilhas impressiona até quem possui os melhores nacionais, pois o cliente pode escolher seu aparelho com medidas e acabamentos especiais, tornando o projeto muito mais ex-

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clusivo e sofisticado. Esses aparelhos ilustram o cenário de tal forma que encantam as pessoas como, por exemplo, as coifas que, cada vez mais, são fabricadas em tamanhos e formatos inusitados (algumas peças ganharam inclusive uma roupagem externa em vidro trabalhado), lava-louças com cara de forno, cooktops em tamanhos especiais e com funcionando por indução (são de cerâmica e só aquecem em contato com metais, evitando problemas de queimaduras), enfim, tudo muito moderno e charmoso. Outra novidade são as

gavetas refrigeradas com iluminação por LED, controle de temperatura para armazenar frutas, verduras e legumes. As empresas de móveis planejados estão incorporando mais essa novidade. Enfim, são muitas opções para diferenciar sua casa, aliando tecnologia e design. Vale a pena pesquisar.


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PUBLIEDITORIAL

“Nosso Chopp” é inaugurado em Limeira Foi inaugurado em Limeira, no dia 12 de maio, o Nosso Chopp - local onde o público pode apreciar o saboroso chopp Brahma e outras delícias, como lanches e porções. O estabelecimento possui ambiente agradável e está localizado na Avenida Santa Barbára, 1.739. “Nosso objetivo é oferecer uma opção diferenciada aos nossos clientes”, afirmam os proprietários Gustavo e Wilson Massaro. O Nosso Chopp atende de terça a domingo, das 15h às 24h.

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Daiane Oliveira Massaro, Wilson Massaro, Enzo Massaro, Fabiana Massaro Martins e Gustavo Martins Massaro


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5º Happy Fashion Hortelã Simone, Brunella, Cristiane, Rogério, Priscila e Stefania

Lívia Peruzza

Ana Carolina

A Boutique Hortelã de Limeira, em parceria com a Ri Happy Brinquedos, realizou, no dia 7 de maio, o 5º desfile beneficente em prol da ALICC (Associação Limeirense de Combate ao Câncer) - o “Happy Fashion Hortelã”. O evento ocorreu no Shopping Nações, em Limeira, e contou com a presença VIP da atriz mirim Lívia Peruzza. Confira os flashes feitos pelo Studio Michele Stahl.

Ana Cláudia

Beatriz

Miguel

Isadora e Fernando

Gabriel

Francisco

Fernando e Júlia

Fernanda

Emilly

Bruna e a afilhada Beatriz

Breno

Isabelle

Isabela

Heloisa

Giovana

Gabriela

Gabriela

Anne Liz

Isadora

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No dia 11 de maio, foi entregue à ALICC as doações arrecadadas durante o 5º Ri Happy Fashion Hortelã. Sophia, Ana Carolina e Isadora

Livia

Laura

Lucas

Breno Guimarães, Marilene Bagnato, Simone Videira e Rogério Pavinatto

Julia

Kelli e a filha Alice

Lorena

Loyane

Júlia

Rodrigo

Liz

Ana Beatriz

Manuela

Livia

Livia

Marina

Maria Eduarda

Matheus

Luiza

Maria Fernanda

Luiza

Victor

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BEM-ESTAR Texto: Bárbara Souza/Agora | Ilustrações: Folhapress

Bactérias do bem Conheça o quefir, composto que ajuda a promover o equilíbrio do organismo

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Quem tem problemas intestinais, quer reforçar as defesas do organismo ou aumentar a fonte de cálcio nas refeições pode recorrer a um aliado simples, barato e saboroso, usado há gerações em alguns países, mas ainda não muito conhecido no Brasil: o quefir. Com aparência de grãos de tamanhos variados, sua preparação envolve mistura ao leite ou à água por no mínimo dez horas e no máximo 40, em temperatura ambiente, para ser consumido.


Segundo o nutrólogo André Veinert, o quefir é um composto de micro-organismos vivos bactérias que, além de equilibrar a presença de outros micro-organismos que vivem no intestino, ajudam nosso corpo a absorver nutrientes, como o cálcio presente no leite. “Com o intestino funcionando bem, há uma melhora geral no organismo - na pele, circulação sanguínea, aspecto de cabelo e unhas, por exemplo”, acrescenta. Além disso, segundo a nutróloga Dinah Ribeiro de Paula, o quefir combate desequilíbrios emocionais e de origem nervosa, problemas renais e da bexiga. Também atribui-se a ele a prevenção de males mais graves, como tumores e entupimento de artérias, que causam danos ao coração. “E um iogurte poderoso e muito benéfico a nossa saúde”, diz a médica. Depois de fermentado, o quefir pode ser mis-

turado a vários tipos de receitas - de vitamina com leite a saladas, bolos e tortas. E também pode ser tomado puro. Outra vantagem de misturá-lo aos alimentos, segundo os médicos, é que o quefir tem capacidade de reduzir a lactose (açúcar do leite), que causa alergias a quem é intolerante. É importante lembrar que o quefir originado na água não pode ser misturado ao do leite, e vice-versa, para que as propriedades do composto sejam mantidas. Apesar de alguns países tentarem a comercialização, no Brasil o quefir só é obtido por meio de doação. Isso porque os grãos se multiplicam durante o processo de fermentação em água ou leite.

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Direito

STF reconhece validade de cláusula de renúncia de direitos trabalhistas em plano de dispensa incentivada MAURO MERCI | mmerci@mauromerci.adv.br | MAURO MERCI Sociedade de Advogados (Piracicaba-SP)

O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) - (RE) 590415 - decidiu que, nos casos de Planos de Dispensa Incentivada – os chamados PDIs –, é válida a cláusula que dá quitação ampla e irrestrita de todas as parcelas decorrentes do contrato de emprego, desde que este item conste de Acordo Coletivo de Trabalho e dos demais instrumentos assinados pelo empregado. Trata-se de ação trabalhista em que foi julgada improcedente em pri-

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meiro e segundo graus o pleito de uma ex-empregada do Banco do Estado de Santa Catarina (Besc) que, depois de ter aderido ao PDI, ajuizou reclamação requerendo verbas trabalhistas e questionando a validade da cláusula em questão. O Tribunal Superior do Trabalho (TST), contudo, deu provimento ao recurso da trabalhadora, considerando os diretos trabalhistas como irrenunciáveis, mesmo por negociação coletiva. O Banco do Brasil (sucessor

do Besc), inconformado, interpôs recurso ao STF, que julgou como válida a cláusula do acordo, tendo como argumento que a decisão do TST teria violado a Constituição Federal, levando ao desaparecimento dos acordos coletivos trabalhistas, por gerar insegurança, bem como o desinteresse na sua utilização, por falta de eficácia. (Fonte: site oficial do Supremo Tribunal Federal – www.stf. jus.br)


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ARTIGO

Escolhas Dizem que a vida é feita delas, mas nem sempre. Podemos escolher pessoas e situações e às vezes acertamos, outras erramos redondamente, e outras acontecem nas nossas vidas sem que tenhamos tido quaisquer chances de escolha. Sempre me pergunto o que determina que cada um de nós nasça em uma casa, pertença aquela família, naquele lugar do mundo e porque alguns têm tanta “sorte” e outros, não. Também me pergunto por que a vida é tão sofrida para algumas pessoas e fico indignada ao ver tantas catástrofes assolando o mundo, destruindo vidas e separando para sempre crianças de suas famílias de uma forma

Stella M. F. Pranzetti Vieira | Médica Pediatra brutal e sem tréguas. Alguns de parte, a atitude irresponsáeventos naturais, como terre- vel do homem destruindo o motos absurdos ou tsunamis planeta em que vive e o qual arrasadores, e outros produ- deveria cuidar, preservando-o zidos pelos próprios homens, para as gerações futuras que como guerras sem sentido, serão seus descendentes. De deixando para trás milhares repente, o mundo estarrecido de crianças órfãs sem família recebe a notícia de mais uma e sem destino, atônitas frente tragédia devastando cidades a tanta destruição. Estes últi- e até países inteiros, levando mos orquestrados por homens dor e desolação a milhares de ambiciosos que pautam suas pessoas que, da noite para o vidas em busca do poder ab- dia, perdem tudo e não tivesoluto que jamais alcançarão, ram, em nenhum momento, a usando meios absolutamente chance de escolher. Portanto, desprezíveis para atingir seus aproveitemos muito o fato objetivos, deixando no meio de podermos fazer algumas do caminho um rastro de des- escolhas, como amigos, protruição e morte sem prece- fissão, (nem sempre temos dentes. essa oportunidade), nosso Evento natural grave tam- companheiro de toda a vida, bém tem como causa, em gran- e por aí afora. Muitas vezes,

nos enganamos e fazemos opções erradas, mas pelo menos tivemos a chance de arriscar. Sabemos que a vida pode nos surpreender e mostrar novos caminhos que não víamos, talvez por sermos mais jovens e imaturos. O tempo muda a nossa forma de encarar a vida e nos leva a repensar em algumas escolhas. Precisamos acreditar que sempre haverá novas oportunidades e aquela luzinha no fim do túnel sempre estará acesa para quem cultivar a esperança e não perder a fé. Mesmo quando tudo parecer perdido, onde houver vida, haverá a chance de escolher um novo recomeço. Que Deus nos ilumine e nos mostre sempre o caminho. Amém.

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EMPREGO Texto: Filipe Oliveira/Folhapress | Foto: Samuel Costa/Folhapress

Mudança de plano

Com dólar em alta, brasileiros trocam Estados Unidos por outros países para estudar inglês A valorização do dólar deste início de ano tem levado interessados em estudar no exterior a deixar Nova York e Boston de lado por destinos que caibam melhor no bolso. Na agência CI Intercâmbios, 39% das viagens para estudo de idiomas vendidas entre janeiro e março de 2014 eram para os Esta-

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dos Unidos. Nos primeiros três meses deste ano, o país foi a preferência de apenas 25% deles. Por outro lado, o vizinho Canadá viu sua participação nas escolhas dos alunos saltar de 17% para 39% do total das viagens no período. Os estudantes também passaram a olhar mais


para a Irlanda (de 3% para 6% no período) e para cidades na Oceania (3% para 5%). A tendência é confirmada por Márcia Mattos, gerente de cursos de idioma da agência STB. A procura dos alunos por cursos nos EUA e no Reino Unido crescia a taxas de 30% ao ano até que, nos primeiros meses de 2015, passou para 10%. Já Irlanda e Canadá dobraram suas vendas. Segundo Marcelo Albuquerque, diretor da Belta (a associação das agências de intercâmbio), profissionais decididos a estudar fora não desistem da viagem só por conta do real menos valorizado, mas fazem as contas para viabilizar seu plano. “Como o intercâmbio proporciona uma vivência internacional, algo reconhecido pelas empresas e pelos head-hunters, os profissionais entendem que é um investimento em educação necessário.” Para conseguir viajar, o cliente busca alternativas, como destinos mais baratos, países que permitem ao estudante também trabalhem e estadias mais curtas.

A relações públicas Vitória Batan, 24, está disposta a passar boa parte do seu tempo na cidade de Cork, atrás de um balcão de pub, a partir do segundo semestre deste ano. O bico vai ajudá-la a bancar uma permanência mais longa, garantindo uma experiência profissional internacional em seu currículo. “Tenho inglês intermediário, mas chegando lá posso descobrir que ele é mais básico. Então talvez consiga apenas subempregos no começo. Mas quero entrar na minha área fora do país.”

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Nutrição

Tamanho não é documento Dra. Patrícia Milaré Lonardoni | Nutricionista | Tel: 19 3443.3236 (Limeira SP) | patricia.milare@itelefonica.com.br Do continente africano, teff é uma novidade prómúsculos. Grão de formato parecido com o do trigo, porém menor e com sabor que lembra a noz, esse pequeno é notável pelos seus benefícios: rico em cálcio, ferro, fósforo e magnésio, muita proteína e carboidratos de digestão lenta, consumi-lo é garantia de recuperação rápida após um treino físico ou forte desgaste mental. O que nos auxilia no ganho de massa muscular muitas vezes pode nos auxiliar no equilíbrio hormonal, o que é excelente para a regulação de hormônios ligados à libido, que estimulam a sensação de prazer. Também carrega oito aminoácidos essen-

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ciais para nosso organismo, e maior quantidade de lisina – quem ganha com isso é nossa imunidade, nossos ossos e nosso metabolismo. O amido resistente presente nele controla os níveis de glicose no sangue, sendo indicado para o controle do peso, já que contém alto poder de saciedade – perfeito para o controle do apetite. Geralmente comercializado na forma de farinha, o teff é rico em fibras e antioxidantes e não contém glúten - o que o torna excelente no preparo de bolos, pães e biscoitos sem glúten. Experimente substituir sua farinha branca pela farinha de teff no preparo de tortas, panquecas, bolos e outros

pratos que fazem parte de seu hábito alimentar. Você não se arrependerá!! Quer uma dica de receita com farinha de teff? Panqueca com farinha de teff O que vai precisar: - 2/3 da xícara (de chá) de farinha de arroz; - 1 xíc. (de chá) de farinha de teff; - 1/2 xíc. (de chá) de açúcar demerara ou mascavo orgânico; - 1 colher de (chá) de goma xantana; - 1 ovo caipira – de preferêcia, orgânico; - 1 xíc. (de chá) de leite de amêndoas; - 1 colher (de sobremesa) de manteiga ghee derretida;

- 1 pitada de sal do Himalaia ou sal marinho; Modo de preparo: Misture o açúcar, a farinha, o fermento e o sal. Depois o ovo, o leite e a manteiga derretida. Aqueça uma frigideira (se for necessário, unte com óleo de coco ou manteiga ghee - muito pouco mesmo). Com a ajuda de uma concha, adicione a quantidade da mistura para cobrir a frigideira, de modo a formar um círculo. Vire conforme necessário. Depois recheie com o que mais gostar de ingredientes saudáveis: abacate amassado com cacau e mel, banana amassada com canela, ovo mexido com tomate orgânico e orégano e outros que sua imaginação mandar.


Artigo

PRECATÓRIOS ESTADUAIS- STF Dr. Luiz Antonio César Assunção OAB/SP 40.967 | Dra. Carolina Varga Assunção OAB/SP 230.512 | lacassuncao@gmail.com

Decisão do S.T.F. deve beneficiar empresas devedoras do ICMS. O julgamento da E.C. 62 tornou mais fácil a compensação de precatórios, também pode facilitar os negócios de compra e venda de títulos, diz o Advogado Luiz Assunção. Os Municípios e Estado teriam cerca de R$ 15 bilhões em dívidas, cada um. Para receber ao menos parte do valor, os credores acabam vendendo os títulos. As empresas, por sua vez, compram os títulos a valores baixos

para tentar fazer compensação de dívidas tributárias. “Diante da inadimplência do Estado, criou-se esse ciclo em que o credor. O Supremo entendeu que as dívidas devem ser liquidadas até dezembro de 2020. “Não sei se a alíquota chega a dobrar, explica Carolina Varga Assunção. Mas será preciso equalizar “Isso melhoraria o cenário de recebimento.” Positiva ou não, a decisão do STF coloca um termo final para que os advogados recebam suas verbas”, diz Carolina.

Outro fator positivo é que os estados e municípios não poderão mais barrar a compensação tributária de precatórios vencidos. Agora, a expectativa é que o trâmite fique mais fácil. “O STF definiu essa possibilidade [de compensação]. É compulsório. “A regulamentação deverá sair rapidamente”, O advogado Luiz Assunção, adverte: o precatório é muito bom se bem utilizado e só será quitado na via judicial, através do encontro de contas. Assim,

diz: todo cuidado é pouco nessa operação. A cada dia, se observa a entrada de diversos “espertalhões” nesse mercado em ascensão. O alerta serve para quem quer vender, como para aqueles que buscam comprar. O conselho do advogado é procurar administradores de créditos com renome, e que trabalhem, especificamente, com esse tipo operação, sempre acompanhado de um advogado confiável, de preferência especializado em precatórios

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Direito

Desaposentação Elaine Medeiros C. de Oliveira e Audrey Liss Giorgetti | GM Advocacia | Fone: 2114.3776

A Desaposentação é um dos temas mais discutidos atualmente no âmbito previdenciário. Mas em que consiste? Trata-se de uma ação previdenciária destinada a todos os aposentados que, após a concessão de seu benefício, continuaram trabalhando e, consequentemente, contribuindo com o INSS, seja como empregado ou como autônomo. Importante dizer que não se trata de uma Revisão de Aposentadoria, mas da Renúncia de sua Aposentadoria, seguida da concessão de outra, mais vantajosa, aproveitando-se todas as contribuições vertidas ao longo da vida contributiva, isto é, pagas antes e depois da aposentadoria. Para saber se é mais vantajosa ou não, e se é possível fazer o pedido judicial da Desaposentação, é muito importante, e também necessário, realizar um cálculo prévio de cada caso em particular, para saber se re-

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almente existirá proveito econômico na nova aposentadoria. O INSS ainda não reconhece a Desaposentação, portanto é necessário ingressar com pedido judicial para obtermos tal direito. E então, após a ordem judicial, o INSS no mesmo ato, cancela a aposentadoria até então recebida e, de imediato, implanta a nova, caso seja mais vantajosa, de modo que o aposentado não fique um só dia sem receber seu benefício. Logo, concluímos que judicialmente já é possível obter o direito à desaposentação, uma vez que o STJ – Superior Tribunal de Justiça - vem decidindo em favor desta causa. No entanto, é necessário salientar que esta matéria será julgada pelo Supremo Tribunal Federal, e o resultado do julgamento atingirá a todos aqueles que ingressaram com ação na Justiça, e que estão pendentes de julgamento.


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SAÚDE Texto: Bárbara Souza/Agora | Ilustração: Folhapress

Pisada errada Conheça as consequências e a melhor maneira de evitar um problema bastante comum na população

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A forma como o calçado se desgasta pode indicar se a pessoa está pisando corretamente. Sapatos gastos mais para dentro ou para fora indicam problemas que podem ser corrigidos com facilidade, apenas com o uso de sapatilhas, mas algumas situações podem exigir até cirurgia. ‘Quando existe uma deformidade no pé, ele assume uma posição errada, que chamamos de viciosa, e a pessoa transfere o peso de forma inadequada, podendo provocar dores e lesões articulares’, explica o ortopedista Wilson Dratcu. Há três tipos de pisadas: a neutra, a pronada e a supinada. A pisada neutra é a equilibrada. Na pisada pronada, a pessoa pisa mais para dentro e, por isso, a parte de dentro da sola do calçado gasta mais rapidamente. O contrário ocorre na pisada supinada: a pessoa pisa mais para fora e a parte externa da sola gasta primeiro. Dessa forma, quando a distribuição do peso corporal é desequilibrada, a sobrecarga pode causar danos. “A pisada em posição supinada ou pronada pode sobrecarregar os tornozelos, os joelhos e os quadris, e promover desgaste prematuro dessas articulações. Além disso, indivídu-

os com vício de pisada têm maior risco de desenvolverem dores nas costas, em especial na região lombar”, afirma o ortopedista Alberto Gotfryd. Segundo os médicos, a posição dos pés nem sempre precisa ser corrigida. Mas é necessária uma avaliação com um especialista. “Além do exame físico [realizado pelo médico no consultório], existem ferramentas diagnósticas auxiliares, como a que mede a pressão que o pé exerce no solo, em diferentes pontos de apoio”, diz Gotfryd. Nos casos em que houver alguma deformidade que provoque alterações funcionais, como dores e

dificuldades para caminhar, pode ser necessário fazer uma cirurgia corretiva.

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CRIANÇAS - O exame periódico das crianças em crescimento ajuda a detectar problemas numa fase precoce e, portanto, mais fácil para o tratamento. “O pé assume sua forma definitiva em torno dos 6 anos, quando dizemos que está estruturado”, afirma o ortopedista Wilson Dratcu. “A grande maioria das crianças que têm deformidades antes dessa idade costuma ter correção espontânea com o crescimento”, diz.

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TELEVISÃO Texto: Luana Borges/TV Press | Fotos: Isabel Almeida/CZN

“Suave na nave” Chico Pinheiro injeta descontração no jornalismo sério da Globo

Nada parece estressar Chico Pinheiro. Nem mesmo a rotina agitada de apresentar um telejornal diário como o “Bom Dia Brasil”. Simpático e dono de uma fala mansa, o jornalista se perde no tempo ao fazer o que mais gosta: contar histórias. E é com a mesma descontração e leveza que exibe na televisão que ele conduz sua vida e carreira. “Esse é meu jeito, eu não sou apresentador, âncora, essas coisas importantes. Sou um repórter que apresenta um jornal”, simplifica, sem falsa modéstia. Justamente por falar de notícias pouco – ou nada – “palatáveis” na maioria dos casos, Chico achou por bem adotar uma postura mais animada à frente do jornalístico. “O dia inteiro tem acidente, violência, falta de água, falta de luz, preço que sobe... Se você acorda para trabalhar, liga a televisão e vê um cara falando baixo e sério, se apavora e volta para a cama. O que eu posso fazer é acordar as pessoas e dizer, nas entrelinhas ou na postura, que há esperança”, justifica. Chico Pinheiro é gaúcho, mas foi morar em Belo Horizonte, Minas Gerais, ainda bebê. Foi lá que iniciou a carreira em jornais como “Diário de Minas” e “Jornal do Brasil” até ingressar na Globo Minas. Depois, teve passagens pela Band e Record e retornou à Globo para ancorar o “Bom Dia São Paulo”. “Voltei em 1996, no dia 1º de janeiro. Completamos 19 anos”, recorda. Antes de se mudar para o Rio de Janeiro e apresentar o “Bom Dia Brasil”, ele ainda ficou à frente do “SPTV” por 13 anos. Para entrar no ar às 7:30 h, como é sua rotina diária? Chego na Globo às 5, 5:30 h. Dependendo do que estiver acontecendo no dia, se tiver alguma coisa mais séria para preparar para o jornal, chego mais cedo. Além disso, vou para o estúdio às 6 h gravar as chamadas. Gravo a chamada geral, que vai para o Brasil inteiro, gravo as chamadas para Recife, Salvador, Belo Horizonte e Brasília com coisas específicas que interessam ao público desses lugares. E fico esperando até 6:30 h, 6:40 h para entrar ao vivo no “Bom Dia São Paulo”. Por volta de 10:30 h, temos a reunião de pauta. Quando acaba, vou para o computador porque tem um monte de e-mail que chegou, telefonema que tenho de retornar, coisas que preciso marcar e sugestões de pauta para passar para o pessoal do jornal avaliar. Quando tem gravação do “Sarau”, da GloboNews, é à tarde. Tenho de preparar isso e fazer uma pequena pesquisa sobre o entrevistado. Mas, normalmente, saio por volta de 13 h. E uma vez por mês tem o plantão no “Jornal Nacional”. A gente não trabalha em uma instituição financeira ou na repartição pública, em que começa às 8 h, sai meio-dia, volta às 14 h e sai às 18 h. Trabalhamos o dia inteiro. O que as pessoas fazem nas horas de folga é ler e assistir ao jornal na televisão. Isso é o que eu faço durante o dia. 78

Consegue se desligar dessa rotina em algum momento? Não tem muito isso porque o jornalismo dá a você o privilégio de trabalhar observando a vida. Quando estou no meu carro, normalmente escuto noticiário. De vez em quando, uma música. Em casa, muitas vezes vejo GloboNews e agora, com smartphone, fico vendo o que está acontecendo. A gente fica ligado o tempo todo, isso é natural como andar. Repórter não desliga porque tudo é matéria de informação. Você está sempre olhando ao redor e as informações estão batendo. Se tem algo que sai do padrão, que seja relevante, imediatamente prende você. E a curiosidade leva à notícia. Você tem um jeito descontraído de apresentar o “Bom Dia Brasil”, apesar da formalidade com que a Globo trata seu jornalismo. De onde vem seu bom humor? Para mim, humor depende de ponto de vista e escolha. E de fé. Quem tem fé e tem esperança não tem porque não manter o bom humor. Diante da estupidez do terrorismo, da covardia contra a liberdade, contra os pobres, diante dessas injustiças todas que a gente vê no mundo, só há uma possibilidade, que, para mim, é a fé e a esperança. Isso faz você começar a ver as coisas dentro de uma perspectiva diferente. Eu procuro estar de bom humor o dia inteiro. Os jornalistas que trabalham em televisão acabam ganhando “status” de celebridade por parte do público. Como encara essa situação? Na televisão, aparecem desde Tarcísio Meira até a mais nova revelação da teledramaturgia. De vez em quando, Paul McCartney, Madonna, Justin Bieber... A gente também aparece ali e as pessoas acham, inconscientemente, que pertencemos a esse mundo das estrelas. Mas não pertencemos. Eu ando na rua, ando de metrô, vou ao supermercado. Eu não sou daquele povo, eu sou repórter. Definitivamente, a gente não é celebridade. Ai daquele que se julga celebridade.


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GAMES Texto: Anderson Leonardo/Folhapress | Infográfico: Folhapress

Vozes da discórdia Estúdios chamam famosos para dublar games e viram alvo de críticas e até abaixo-assinado

“Eu vou equalizar sua cara.” Parece o verso de uma música da cantora Pitty, mas, na verdade, é uma frase de efeito da personagem dublada por ela no novo game “Mortal Kombat X”. O título foi o primeiro da série adaptado completamente para o português. Entretanto, teve sua dublagem criticada por muitos jogadores, principalmente por causa da participação da roqueira. Em redes sociais, as críticas de internautas se concentravam na “falta de emoção” nas falas de Pitty, assim como na opção da Warner por uma personalidade sem experiência no trabalho. Uma petição no site da Avaaz, assinada por mais de 13 mil pessoas, solicita uma atualização do jogo com a redublagem de Cassie Cage, a personagem da cantora no jogo - é a primeira vez que o papel aparece na série. “É muito fácil achar que tenho toda a responsabilidade pelo resultado”, disse ela durante o evento de lançamento do título. “Eles sabiam que eu não tinha experiência.” O ator Sergio Moreno, que já dublou Pierce Brosnan no cinema, conta que

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o processo nos videogames é mais complexo do que nos filmes. Enquanto nas películas os dubladores vêem e ouvem a interpretação original, nos games não há referências: eles recebem apenas o roteiro original e as traduções e têm de criar em cima disso. Ele afirma que chamar famosos para participar dos jogos faz parte de uma estratégia comercial. “É uma jogada de marketing arriscada que chama atenção, afinal todo mundo está falando do jogo, mas de maneira negativa.”

A Warner, distribuidora de “Mortal Kombat X”, havia feito a mesma coisa no jogo de tiro “Battlefield Hardline”, lançado duas semanas antes. O vocalista da banda Ultraje a Rigor, Roger Moreira, deu voz ao policial de Miami que é protagonista da obra. As críticas foram parecidas. À reportagem, por e-mail, o cantor afirmou acreditar ter feito o trabalho “muito bem” e atribuiu parte da recepção negativa a ideologias políticas. “Havia gente me malhando antes de a dublagem sair. Criticavam por inveja ou porque eram de esquerda”, disse o músico, notório crítico dos governos do PT. Procurada pela reportagem, a Warner não quis se pronunciar sobre a repercussão de ambos os lançamentos. O mercado de dublagem de games tem crescido no Brasil. Grandes estúdios e distribuidoras, incluindo Warner, Ubisoft e Microsoft, destinam parte do orçamento para tornar os títulos mais acessíveis para o público e trazer uma experiência que vá além de textos traduzidos e legendas. Desde 2012, por exemplo, todos os games da famosa franquia de futebol “Fifa”, da Electronic Arts, têm sido completamente adaptados para o português, com narração e comentários dos globais Tiago Leifert e Caio Ribeiro. O título de aventura “The Last of Us” chegou ao Brasil, em 2013, todo em português, assim como o de ação “Sunset Overdrive”, de 2014.

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TURISMO Texto: Débora Yuri/Folhapress | Fotos: Divulgação

Pacote imersão Roteiros vendem ‘turismo de experiência’, com atividades da cultura local; custo vai de R$ 50 a R$ 90 mil

>> No roteiro Experiência Vermelha, o viajante dirige os últimos modelos de Ferrari durante oito dias na Itália. A rota começa em Roma e termina no centro cultural da Toscana (Florença), passando pelas regiões do Lazio e da Úmbria. Os mimos são muitos: hospedagem em hotéis de luxo, refeições em restaurantes estrelados, tratamento em spa e diretor de tour conduzindo um Alpha Romeo como apoio para cada motorista do grupo. A experiência custa US$ 30.320 (R$ 92.476), com base em duas pessoas por Ferrari. Inclui oito dias de aluguel de Ferrari, sete noites de hospedagem em hotéis 5 estrelas em Roma, Florença, Siena e província de Grosseto.

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Agências de viagem estão investindo mais no chamado “turismo de experiência”, que tenta se opor à oferta simples de serviços genéricos. A ideia é dar ao cliente a sensação de se misturar à cultura e à população do local. Daí saem roteiros como hospedagem em uma favela do Rio por R$ 50 ou um pacote que inclui passeio em que o turista dirige uma Ferrari por estradas na Itália US$ 30,3 mil (R$ 92,3 mil), sem passagem área. “Toda viagem é ‘de experiência’, mas algumas delas nos emocionam de maneira mais específica”, diz Luiz Godoi Trigo, professor de lazer e turismo da EACH/USP (Escola de Artes, Ciências e Humanidades


da USP). “Não importa se ela é cara ou barata, mas, sim, se tem um significado marcante para você.” Cultura, religião e esporte costumam ser catalisadores desse segmento. Ultimamente, além do beatlemaníaco que vai a Liverpool e do fiel peregrinando até Santiago de Compostela, as opções estão se diversificando e criando um mercado lucrativo. Agência especializada em turismo de experiência, a Auroraeco viu a venda de seus pacotes crescer 20% de 2013 para 2014. Segundo Guilherme Padilha, presidente da companhia, uma das intenções do público é ter contato direto com ambiente e comunidade locais. “Uma excursão à ‘Europa Clássica’ com 40 pessoas dificilmente será uma viagem pessoal”, afirma. Viagens desse tipo registraram aumento de procura de 40% na Adventure Club, no mesmo período. Programas “incomuns” são os mais solicitados - observação de ursos polares no norte do Canadá, de gorilas em Ruanda, expedições ao Nepal e ao monte Elbrus, vulcão russo, destinos de escaladores. No STB, o crescimento foi de 35%, sobretudo para roteiros como “aventura na selva da Tailândia”, “gastronomia no Peru” e “caminhada na Islândia”. Isso fez a empresa mudar seu marketing: hoje, os programas são divididos por temas, e não por destinos. “O ponto de partida não é ‘para onde eu quero ir?’. É ‘o que eu gosto de fazer?’”, diz o gerente Bernardo Ramos.

>> Hospedagem em estilo medieval, próxima ao Monte Fuji

>> Caminhar com Incas no Peru

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CAPA Texto: Caroline Borges/TV Press | Foto: Jorge Rodrigues Jorge/CZN

Luz própria Bruna Marquezine vive o melhor momento da carreira em “I Love Paraisópolis” Bruna Marquezine tem plena consciência da trajetória ascendente que construiu dentro da Globo. Aos 19 anos, a intérprete da protagonista Marizete, de “I Love Paraisópolis”, contabiliza sua décima novela na emissora. Pela primeira vez no posto principal de um folhetim, a atriz, que estreou na tevê aos 7 anos, no infantil “Gente Inocente’’, começou a viver papéis mais condizentes com sua idade e com maior carga dramatúrgica ao longo dos últimos anos, como sensual Lurdinha, de “Salve Jorge”, e a mimada Luiza, de “Em Família”. “Tenho muito orgulho de tudo que conquistei até hoje. Sei que estou em um momento único da minha carreira. Mas ainda quero alcançar muito mais’’, projeta ela, que encara com tranquilidade o papel de mocinha do atual horário das sete. “Tento não me preocupar com isso. Críticas sempre vão vir e serão bem-vindas. Mas sei que não posso agradar a todo mundo”, completa. Na trama de Alcides Nogueira e Mário Teixeira, Bruna vive uma jovem humilde e batalhadora. Nascida e criada em Paraisópolis, comunidade carente paulistana, a personagem conhece o renomado arquiteto Benjamin, papel de Maurício Destri. No entanto, Marizete também é alvo de desejo do ex-namorado Grego, de Caio Castro, que nutre um amor doentio por ela. “É uma menina com informações de um universo muito diferente do meu. Não teve uma infância fácil e sempre trabalhou muito. Benjamin é uma paixão avassaladora na vida dela”, explica. Nascida em Duque de Caxias, município da baixada fluminense do Rio de Janeiro, Bruna frequentou diversas aulas de prosódia para neutralizar o forte sotaque carioca. Durante as sessões, procurou diminuir alguns cacoetes de sua forma de falar. “Não faço aquele ‘s’ puxado de carioca. A ideia era só dar uma suavizada mesmo. Como temos muitos atores de São Paulo no elenco, o sotaque carioca acabaria sobressaindo muito no vídeo”, ressalta. Além disso, a atriz se baseou essencialmente no texto na hora de compor as características e referências de Marizete. Para isso, Bruna participou durante três meses de leituras e “workshops’’ com parte de seu núcleo na novela. “Ficamos trancados em uma sala quase o dia inteiro e a semana toda. A ideia era compreender bem o personagem e o universo em que estava inserido. Não tinha referências de 86

como era uma menina de uma comunidade de São Paulo. É algo bem específico”, lembra. Os holofotes estão presentes na vida de Bruna desde muito cedo. Aos 8 anos, a atriz ganhou repercussão nacional ao interpretar a chorosa Salete, de “Mulheres Apaixonadas”, em 2003. De lá para cá, viu seu nome se fortalecer e ganhar cada vez mais espaço nas produções da emissora, como ‘’Aquele Beijo”, “Salve Jorge” e “Em Família”. Apesar da extensa relação com a imprensa, ela confessa que ainda não aprendeu a lidar com o assédio em torno de sua vida. “Seria muito pretensioso da minha parte falar que já sei administrar isso. Mas estou me acostumando”, explica a atriz, que aprendeu a conviver com as críticas sobre seu trabalho. “Durante ‘Em Família’, passei por um momento conturbado. A novela foi um grande momento profissional, mas realmente passamos por alguns percalços durante o processo. Mas foi algo necessário. É bom para amadurecer”, completa.


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BEM-ESTAR Texto: Gabriela Malta | Ilustrações: Folhapress

Opiniões divididas Especialistas divergem sobre a maneira ideal de perder peso de forma saudável; alguns dizem que a melhor forma é comer direito Não adianta cometer excessos na dieta pensando que vai ser possível compensá-los na academia. Esse é o apelo publicado por médicos e especialistas no periódico “British Journal os Sports Medicine”, Para eles, quem quer emagrecer deve se preocupar muito mais com a quantidade de calorias ingeridas do que com a qualidade de calorias gastas. Isso fica evidente, por exemplo, quando pensamos nas mais de mil kcal calorias ingeridas em uma modesta ida ao cinema, com o consumo de um balde de pipoca e um copo de refrigerante. Para gastar tal energia, seriam necessárias mais de duas horas de caminhada em velocidade moderada, a uma velocidade entre 5 km/h e 6 km/h,

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para uma pessoa que pesa 80 kg. Se a pessoa estiver correndo, precisará de cerca de uma hora e meia de atividade. “Minha maior preocupação é que a mensagem que está sendo transmitida ao público sugere que você pode comer o quanto quiser, desde que se exercite”, afirmou à BBC o cardiologista britânico Aseem Malhotra, um dos autores do artigo. Segundo ele, muitos pacientes são injustamente levados a acreditar que não conseguem perder peso porque não se mexem o suficiente. Seria muito melhor, afirma, que elas simplesmente parassem de ingerir alimentos calóricos e especialmente bebidas açucaradas, como refrigerantes ou sucos de caixinha. Nabil Ghorayeb, diretor da Sociedade Brasileira de


CORRENDO ATRÁS Veja quanto tempo é preciso caminhar para gastar as calorias ingeridas

Cardiologia, concorda com o artigo, em partes. “Se você tem uma alimentação desregrada, aí não tem muito o que fazer, mas mesmo quem tem uma dieta controlada e não pratica exercícios perde os benefícios que eles trazem.” Os pesquisadores que escreveram o artigo não questionam que, embora os exercícios físicos “não promovam perda de peso”, eles têm outros benefícios muito importantes para a saúde. “O sedentarismo é um fator de risco para doenças cardiovasculares”, lembra Nabil Ghorayeb. A prática de atividade física aumenta a produção de moléculas que evitam a deposição de gordura nas artérias. Além disso, a atividade física ajuda no controle da

pressão arterial e aumenta os níveis de colesterol “bom”, o HDL - embora os exercícios tenham pouca influência sobre os níveis de colesterol “ruim”, o LDL, ligado ao consumo de gordura saturada. Vários especialistas, no Brasil e no exterior, relativizam as conclusões do artigo de Malhotra, porém. Susan Jebb, professora da Universidade Oxford, apontou vários estudos que comparam grupos de pacientes que só mudaram de hábitos alimentares com aqueles que fizeram isso e também passaram a fazer exercícios. Segundo ela, quem combina as duas iniciativas perde mais peso tanto no curto prazo, nos primeiros seis meses, quanto no longo prazo.

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MODA Texto: Julia Couto/Folhapress | Fotos: Divulgação

Charme da estação Golas altas são boa escolha para a estação; se o dia estiver ameno, combine a peça com shorts e saias

A blogueira Lia Camargo gosta de mesclar gola alta com saias

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A grande variação de temperaturas dificulta a vida das mulheres durante o outono. Isso porque um dia que começa quente pode terminar com baixas temperaturas. Para conseguir passar por essas mudanças de clima sem grandes traumas, as blusas de gola alta são uma boa opção. “Elas agradam quem está em busca de estilo. Como ainda não está tão frio, vale fazer um contraponto com saias e shorts, ou optar por um vestido sem meia”, diz a consultora de imagem Daniela Valença. A blogueira Lia Camargo (justlia.com.br), 28 anos, concorda. “Eu gosto da gola alta porque ela deixa a região do pescoço quen-


tinha e, para mim, que tenho cabelo longo, permite brincar um pouco com coque e rabo de cavalo sem medo de passar frio”, explica ela. A designer de moda Fabiana Sobral conta que algumas pessoas se sentem incomodadas com as golas muito justas. “Quem não está acostumado deve escolher uma gola mais larga, que não

incomoda tanto. Fique atenta ao tecido também, pois alguns podem pinicar.” Na hora de combinar, o ideal é que o pescoço não fique sobrecarregado com acessórios. “Nem todo colar fica bom com a gola alta. No caso de uma gola mais justa, opte pelos colares longos. Se ela for mais no estilo ‘rolê’, por si só já chama a atenção. Aí, é melhor escolher outro tipo de acessório, como um brinco ou uma pulseira”, diz Daniela. Além das malhas de tricô, opções mais curtas, as chamadas “cropped”, e sem mangas também ganham mais espaço. “Para quem gosta do estilo, é possível usar gola alta o ano todo”, diz Fabiana.

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SAÚDE Texto: Bárbara Souza/Agora | Ilustração: Folhapress

Falta de válvula de escape para emoções pode causar doenças; saiba quando pedir ajuda

Pare para respirar! Pessoas muito tensas, ansiosas, centralizadoras e que não conseguem extravasar seus sentimentos e sensações durante períodos de estresse. Esse é o perfil típico de pessoas que somatizam ou de que desenvolvem a doença psicossomática. Em ambos os casos, a pessoa reflete os seus conflitos psíquicos em

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problemas no corpo. É como se transformasse uma dor psicológica em uma dor física. Na somatização, a pessoa sente sintomas variados, como tremores, dores e até manchas na pele, sem que o especialista constate causa específica. “A essência desse transtorno são os sintomas físicos, sem uma


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SINTOMAS - Nenhuma dor ou sintoma persistente pode ser ignorado. O primeiro passo é procurar um médico para se certificar se realmente não há nenhum problema orgânico. “O próximo passo é pedir para fazer uma avaliação psiquiátrica”, afirma a psicóloga Eleonora Jabur Nowak. “Se tem motivo emocional, recomenda-se psicoterapia. O objetivo é que a pessoa aprenda a lidar melhor com certas questões”, afirma.

base médica constatável, e a persistência nas queixas, apesar de nada ser achado e de reasseguramentos pelos médicos de que elas não têm fundamento clínico”, explica o psiquiatra Leonard F. Verea. Já a doença psicossomática se traduz em enfermidades constatadas pelo médico e por meio de exames, como gastrite, infecções na garganta, alergias na pele. “Trata-se de uma forma de descarga para a tensão ou conflito interno”, explica a psicanalista Elizandra Souza. Segundo os especialistas, essas disfunções ocorrem por dificuldade para lidar com certas situações do dia a dia. “Todas as pessoas acabam provocando mudanças no corpo ao enfrentar determinadas situações emocionais, principalmente as que produzem estresse e ansiedade”, afirma Verea. Segundo ele, o que muda é a intensidade e a frequência com que isso acontece - de eventos ocasionais a transtornos repetitivos, que acabam se tornando crônicos. “Dada vez que uma pessoa não consegue suportar no plano psíquico uma situação, acaba produzindo ou agravando sintomas e doenças que se manifestam no corpo”, diz. O organismo pode até chegar a perder suas defesas para doenças sérias, como câncer.

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TECNOLOGIA Texto: Yuri Gonzaga/Folhapress | Ilustração: Folhapress

Música na rede

Serviços por assinatura superam downloads e se tornam principal forma de distribuição

O consumo de música por download pode estar com os dias contados, e a substituição desse modelo pelo de assinatura está acontecendo mais rapidamente no Brasil, mostram dados recém-divulgados pelo setor fonográfico. O streaming passou a representar a maior parte (51%) do faturamento de música digital no país, deixando em segundo plano o proveniente de downloads (de serviços como o iTunes), que passou a representar 30,1% do total, e o de telefonia móvel (ringtones) com os restantes 19%. O crescimento do modelo, que permite ao assinante acessar e ouvir um catálogo de milhões de faixas, sem deixar que manipule os arquivos, foi de 53,6% por aqui e de 39% no resto do mundo. “Temos um crescimento que é até difícil de ser analisado porque é exponencial”, diz o diretor de negócios do Napster na América Latina, Roger Machado. “O uso crescente de smartphones cria condições mais do que favoráveis para que o setor continue crescendo significativamente”, afirmou Paulo Rosa, presidente da ABPD (Associação Brasileira dos Produtores de Discos). Outra novidade que traz o anúncio feito na recentemente pela IFPI (Federação Internacional da Indústria Fonográfica) é que o faturamento digital se igualou ao proveniente de CDs, DVDs musicais e vinis pela primeira vez. No Brasil, segundo a ABPD, os formatos eletrônicos estão quase lá: são 37,5% do total, ante 40,6% dos físicos. “Em um futuro não distante, os discos virarão memorabilia, e há de se considerar a quase presente inexistência 94

de vendas [por download] de música digital”, diz Dauton Janota, diretor do serviço de música por assinatura Pleimo. “Uma evidência disso é que a Apple comprou a Beats Music”, diz, sobre a aquisição da empresa de streaming, no começo do ano passado, pela companhia pioneira do do download como negócio. Também no início de 2014 o serviço Spotify, líder mundial, foi lançado por aqui, anos depois de Deezer e Rdio, seus maiores rivais, e alguns meses antes do Google Play Music All Access.Apesar da grande concorrência no segmento, o adversário das empresas é o desconhecimento, segundo Machado, do Napster. “Esta-

mos longe de brigar pelo cliente. O que vivemos é quase uma cruzada de evangelização para explicar o que é o streaming.” O método, conhecido como “download progressivo”, permite ouvir a faixa sem esperar o fim da transferência, e remunera artistas conforme o número de execuções. Foi adotado pelo Napster para o renascimento da marca, conhecida no começo dos anos 2000 por brigas judiciais com artistas, como num famoso caso contra o Metallica. À época, o software usava o sistema P2P (de máquina a máquina) para compartilhamento de arquivos, principalmente de música, e permitia troca de conteúdo pirateado.


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EMPREGO Texto: Fernanda Perrin/Folhapress | Foto: Theo Marques/Folhapress

Patrícia Checco: recontratada um ano depois de pedir demissão

Eu voltei!

Voltar para a empresa tem vantagens, mas exige adaptar expectativas

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A recontratação de ex-funcionários pode ser benéfica para ambos os lados. Ganha o profissional, porque tem seu valor reconhecido, e a empresa, ao empregar alguém já familiarizado com a cultura e estrutura locais. Alguns cuidados, contudo, são necessários. Situações como mudanças na companhia durante o desligamento ou relacionamento com os ex-colegas podem ser problemas, dependendo da postura com que a pessoa volta. “[O profissional] não deve se deixar enganar que vai voltar para o mesmo capítulo em que parou. Ele vai ter o desafio de fazer uma releitura do ambiente”, diz Karina Freitas, da empresa de recrutamento Stato. “Eu tinha muita ansiedade em voltar para a empresa”, diz Patrícia Checco, 43, que se perguntava se os colegas a veriam como derrotada. Ela estava há nove anos no grupo O Boticário quando decidiu aceitar a proposta feita por uma rede de farmácias paranaense. A experiência não deu certo e Checco ficou desempregada. Depois de um ano afastada, o grupo O Boticário a convi-


dou para voltar. “Quando ficamos muito tempo em uma empresa, nós ficamos mimados. É bom sair e ver outra realidade. Você volta para a empresa com uma outra visão, valoriza mais”, avalia. Valorização do profissional e confiança da empresa são elementos fundamentais para uma recontratação. Por isso, o momento do desligamento é o mais delicado. É importante mostrar que a decisão de sair está tomada, dizem especialistas, e jamais usar a proposta externa como uma forma de pedir um aumento ou uma promoção. “Não barganhe sua saída. Tentar valorizar seu passe [faz com que] você se queime para empresa”, aconselha Freitas, da Stato. Quem pede demissão, diz a especialista, deve

ser transparente ao explicar os motivos da saída e mostrar-se determinado na decisão. Uma vez fora, é importante cultivar contatos. Almoçar com ex-colegas é um meio de manter a porta aberta para sondar a situação da empresa e saber se um retorno é viável, diz Irene Azevedo, da consultoria LHH. Segundo ele, o profissional que retorna pode ter a sensação de ser mais cobrado mas, da parte das empresas, as expectativas são as mesmas que as nutridas por um novo funcionário. “Ele deve se sentir muito bem porque sair e ser convidado a voltar é muito bom. Ganha a organização em tempo de assimilação e o funcionário, que se sente prestigiado”, afirma Azevedo.

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BEM-ESTAR Texto: Alan Santiago/Folhapress | Infográfico: Folhapress

Enriqueça sua dieta

Frutas exóticas melhoram a saúde e ajudam a prevenir doenças; porém, muitas delas não são conhecidas pela maioria da população

Desconhecidas de muitos brasileiros, frutas exóticas de várias partes do mundo podem compor uma alimentação saborosa e ainda contribuir para melhorar a saúde. Elas são fonte de vitaminas, fibras e antioxidante, que ajuda a prevenir câncer. Esse é o caso de rambutão, pitaia e pequi. A primeira delas provoca ação antioxidante no organismo por ser rica em vitamina C, que, além de regular o sistema imunológico, ajuda a combater os radicais livres elementos responsáveis por danos celulares que desencadeiam aquela doença. Já na pitaia, a função antioxidante vem do betacaroteno, que no corpo se converte em vitamina A (benéfico a olhos e pele), e da presença de vi-

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tamina E. ‘Suas sementes possuem ácidos graxos essenciais, como ômega-6 e ômega-3, importantes na prevenção e tratamento de doenças crônicas, como obesidade e controle do colesterol’, acrescenta a nutricionista Alessandra Stivaletti, do Instituto Sorbello. Originário do cerrado brasileiro, de polpa macia mas com caroço cheio de espinhos, o pequi ataca os radicais livres com 20 vezes mais vitamina A que a cenoura, além das vitaminas C e E. “A polpa possui uma grande quantidade de lipídios insaturados, que auxiliam na saúde do coração”, afirma a nutricionista Ana Paula Gines Geraldo, da Faculdade de Saúde Pública da USP.


Pressão Esse tipo de fruta ainda pode revelar outras propriedades benéficas. A cherimoia, parente da graviola, tem alto índice de potássio, o que ajuda a regular a pressão arterial. Já o kino, fruta vinda da África, mostra nas fibras sua capacidade de combater a obesidade e controlar o colesterol. Fortemente presente no Nordeste, o sapoti contribui para melhorar metabolismo e funções orgânicas do corpo. Algumas dessas frutas também podem incrementar pratos que estão todos os dias na mesa do brasileiro. O pequi, por exemplo, pode ser ralado dentro da panela do feijão durante a preparação. Outro que pode ter utilidade parecida é o rambutão. “Diversas culinárias misturam essa fruta com pratos salgados, como frango”, afirma o professor de produção vegetal Antônio Baldo, da Unesp de Jaboticabal.

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lança programa de fidelidade em Limeira A Todeschini Limeira realizou o lançamento do programa de fidelidade “Experience - Lá Vou Eu 2015”, que premiará profissionais de arquitetura e decoração com viagens para Peru, Holanda ou Tailândia. Durante o evento, os proprietários da Todeschini Limeira, Alan e Conceição Salheb, ofereceram aos convidados deliciosos pratos, todos eles inspirados nos destinos turísticos que fazem parte da nova campanha. O regulamento do programa de fidelidade pode ser conferido pelo site: www.todeschiniexperience.com.br. Alan e Conceição Salheb - Todeschini Limeira

Alan durante apresentação do programa Experience

Cristiane Nilsen, Ana Cristina Ferreira Machado, Santo Machado, Francisco Borges Filho e Edson Nilsen

Luciana Tozati e Isabela Kerpe

Caio Pellegrino e Murilo Pellegrino 100

Equipe Todeschini Limeira

Fernando Bertini, Gabriel Buerschaper, Filipe Buerschaper e Marina Degan

Letícia Dellevedove, Vania Firmino, Juliana Roque, Elizandra Biajoni e Mary Serafim

Henrique Rodrigues e Paulo Angelo

Cassiana Fagoti

André Ferri, Reginaldo Biscaro e Stanlei Neves

Leonel Lorizola, Laura Alice, Sandra Lazzerini e João Marcelo Garcia

Mariah Gordinho e Gustavo Malaman


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PALADAR Texto: Mariana Sewaybricker/Folhapress | Fotos: Divulgação

Gelatina serve de base para receitas saborosas e pode trazer benefícios à saúde

Sabor de diversão Doce de pouco destaque sozinho, a gelatina funciona como base para inúmeras delícias. Além disso, se associada aos alimentos certos, ela pode, sim, ser aliada da saúde. “Atualmente, a gelatina industrializada vem acrescida de vitaminas, como C, E e A, o que pode ser um atrativo, principalmente para os pais”, diz Roseli Ueno, professora de nutrição do Centro de Atendimento ao Adolescente da Univer-

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sidade Federal de São Paulo. Outro benefício ligado ao consumo da gelatina está no combate ao excesso de peso. De acordo com Roseli Ueno, o alimento funciona como substituto de doces em dietas hipocalóricas, ou seja, quando há a redução de calorias ingeridas. “Ao optar por versões isentas de açúcar, a gelatina pode ser sobremesa de uma dieta leve, onde a pessoa precisa co-


mer alimentos de fácil digestão, como é o caso de um pós-operatório e problemas de estômago”, explica a nutricionista. Para a nutricionista Giovana De Lucca, uma alternativa mais saudável ao produto industrializado é a gelatina de origem vegetal, que é extraída de algas, como o ágar-ágar, que é facilmente encontrada em lojas de produtos naturais. “Ela é incolor e sem sabor e, por isso, pode ser misturada a sucos de frutas naturais, entre outras”, sugere. As algas são fonte de fibras solúveis que, no estômago, formam um gel, dando saciedade para o consumidor. Apesar de ser uma delícia e, aparentemente, inofensiva à saúde, as nutricionistas alertam que, como todo produto industrializado, a gelatina comprada no supermercado não é um alimento nutricionalmente completo, por isso, deve ser sempre associado a outros alimentos saudáveis, como frutas, e consumida com moderação.

RECEITA: “GELATINA MOSAICO” Ingredientes 1 caixa de gelatina em pó sabor limão 1 caixa de gelatina em pó sabor abacaxi 1 caixa de gelatina em pó sabor morango 1 caixa de gelatina em pó sabor uva 1/2 envelope de gelatina em pó s/sabor (6 g) 1 lata de leite condensado 1 medida (da lata) de leite Modo de preparo Em recipientes refratários retangulares ou quadrados, prepare as gelatinas coloridas separadamente, diluindo cada uma delas em meia xícara de chá de água fervente e meia xícara de chá de água fria. Deixe esfriar e leve à geladeira, até que fiquem bem consistentes. Retire da geladeira e corte em cubos. Depois, junte cinco colheres de sopa de água fria à gelatina sem sabor e leve ao fogo em banho-maria até dissolver. Em um liquidificador, bata o leite condensado com o leite e a gelatina sem sabor dissolvida até ficar homogêneo. Despeje os cubos reservados de gelatina em taças e, sobre eles, a mistura de leite condensado. Leve à geladeira até ficar consistente. Crédito da receita: Sheila Oliveira para a Cozinha Nestlé (www.nestle.com.br)

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NEGÓCIOS Texto: Filipe Oliveira/Folhapress | Foto: Adriano Vizoni/Folhapress

História de sucesso

Conheça a trajetória inusitada do médico que abandonou as cirurgias para empreender e criar uma franquia de yakisoba

Desde seus tempos de estudante de medicina na USP, Kiko Hwang, 49, vivia dividido. Parte do tempo era dedicado às aulas da faculdade, parte a cursos de gastronomia que fazia por diversão. Quando estava terminando sua segunda residência, em 2002, abriu um restaurante fast-food de comida japonesa no Stand Center (centro de compras na avenida Paulista, fechado pela polícia em 2007 devido a venda de produtos importados ilegalmente). O negócio lhe exigia pouca dedicação e dava tanto dinheiro quanto a medicina, conta.

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Conforme a carreira de oncologista, especializado em câncer de mama, avançava, Hwang aprendia sobre temas ligados à administração. Estudou controladoria e planejamento tributário. Não é que ele não gostasse de seu trabalho. A vida era boa: Hwang teve seu consultório próprio, dava aulas e fazia operações toda semana. Mas havia pouco espaço para crescer e enfrentar novos desafios, diz. Mas ele ainda se sentia despreparado para mudar de vida. A decisão foi tomada após ele receber apoio da mulher, que é arquiteta, conta. Hwang tirou dois anos sabá-


ticos com ela e os dois filhos Oncologista Kiko em Miami para estudar gasHwang, fundador da tronomia. O argumento dela Yakisoba Factory foi simples: “Se podemos, por que não?”, diz. De volta ao Brasil, ele abriu em 2008 um restaurante de comida natural dentro de um flat, seguindo o estilo de comida que era a moda, mas que, segundo ele, ainda precisava ser feita de forma mais gostosa. Dois anos depois, quando a empresa começou a dar lucro, abriu em 2010 seu negócio principal, o Yakisoba Factory é um restaurante que trabalha apenas com variações do prato, desde a receita clássica até versões inusitadas como frango caramelizados ou leite de coco com curry. A inspiração para o negócio está presente no nome da empresa, a rede norte-americana CheeseCake factory. Depois de ter estagiado em seus res-

taurantes nos Estados Unidos, Hwang trouxe para o Brasil a cozinha de alta produtividade em pequenos espaços adotada pela empresa: “O segredo está no modo como a cozinha está preparada. Tudo fica a mão do cozinheiro, ele não precisa andar dois passos para fazer um prato. Se, como acontece em muitos lugares, ele der 20 passos por receita, vai acabar andando quilômetros ao longo do dia sem qualquer necessidade.” No sistema de franquias desde 2012, a Yakisoba Factory fatura R$ 10 milhões por ano, possui 23 unidades em operação e outras 11 sendo implantadas. A meta é fechar o ano com 50. Hwang diz que cuida pessoalmente da seleção de novas receitas da empresa. De vez em quando tem saudades de fazer cirurgias, que era o que mais gostava. “Mas rápido passa”.

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Segurança

Treinamento de vigilante – academia de formação Émerson Camargo - Pós-graduado com especialização em Segurança Pública e Privada MBA em gestão estratégica de negócios MBA em gestão de pessoas | Fone 7802-5064 – ID 55*139*7222 A nova portaria da Polícia Federal modificou a grade curricular e o conteúdo das disciplinas do curso de formação, extensão e reciclagem de vigilantes. Agora, com maior ênfase no trato com minorias, combatendo os preconceitos e discriminações por motivos de cor, raça e opções sexuais. A quantidade de horas foi aumentada de 160 para 200 horas no curso de formação e de 30 para 50 horas/aulas no curso de reciclagem profissional que, obrigatoriamente, deve ser feito a cada dois anos. Com isso, visa dar maior integração ao aluno vigilante com o ambiente escolar especializado. Algumas disciplinas entraram com o intuito de ampliar conhecimento do aluno vigilante a fim de instrui-lo a entender e respeitar a diversida-

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de de orientação sexual, respeito aos direitos das mulheres, das crianças, adolescentes e também dos idosos e deficientes físicos, combatendo assim as práticas discriminatórias no exercício da profissão. Essa nova portaria procura dar entrosamento do vigilante com as guardas municipais, polícias militares e civis, respeitando as responsabilidades e atribuições constitucionais de cada corporação, com o objetivo único de complementar as atividades de segurança pública nos termos da legislação específica, aumentando assim as forças de segurança. Mais informações sobre curso de formação, especialização e reciclagem de vigilantes: www.academiamontecastelo.com. br ou pelo telefone (19) 3444-2466.


Artigo

Chegou a hora da E3 Maior feira de videogames do mundo prova que a indústria não tem medo de inovar Lucas Brum | Editor de imagens R7 da Rede Record e TV Cultura Junho é o mês da Electronic Entertainment Expo, ou E3. Os galpões do LA Convention Cneter, em Los Angeles, se enchem com stands das maiores produtoras de jogos do planeta e disputam a atenção de críticos e jornalistas que viajam de todos os continentes para testarem os novos softwares e plataformas de companhias tradicionais como Sony, Nintendo e Microsoft. Com todas as marcas já estabelecidas com suas plataformas, uma vendendo mais que a outra, mas todas querendo gastar muita lenha pra queimar, há ainda espaço para os jogos do bom e velho PC e também para o setor de mobile. Dispositivos móveis coo tablets e celulares mostram-se cada vez mais ágeis e competitivos, roubando uma expressiva fatia de novos consumidores que deixam de testar jogos eletrônicos convencionais para partirem para um produto de menor valor agregado, mais casual e rápido de se entreter.

As crianças estão deixando de aprender a jogar games da Nintendo em seus portáteis para debutarem nos tablets e smartphones de seus pais. A gigante dona de Mario sabe o risco que corre e, após muita resistência, promete cinco jogos para celulares até o fim do ano. No entanto, se engana quem espera os clássicos da empresa em seus iPhones. A Nintendo alega que produzirá apenas jogos exclusivos e que sirvam de ponte para os jogadores chegarem às suas plataformas, real receita da companhia. Sem Legend of Zelda para esse ano, a Nintendo vai ter que se sacudir pra apresentar jogos suficientes que superem sua apresentação de 2014. Ela está sozinha em um barco que quase ninguém quer apoiar. Já a Sony nada em popularidade com seu PS4 e o apoio de todas as desenvolvedoras, mas possui grandes dificuldades em entregar seus grandes jogos a tempo. Plataformas mais caras e poderosas ge-

ram mais custos, equipes de desenvolvimento maiores e com isso, adiamentos. Ou seja, nada de Uncharted 4. Os fãs também cobram da empresa jogos novos e não mais ports e recauchutagens de jogos antigos. O Xbox One segue a trilha do PS4, mas menos popular. Sua maior arma para esse ano é um novo Halo. A E3 promete apresentar jogos para todos gostos, mas nenhuma grande surpresa ou reviravolta. Pelo menos variedade não deve faltar.

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SAÚDE Texto: Gabriela Malta/Folhapress | Infográfico: Folhapress

Isso pode? Por que as pesquisas sobre alguns alimentos mudam tanto?

Se você estivesse procurando informações sobre alimentação saudável tempos atrás, provavelmente tentaria limitar, talvez até banir, o consumo de gordura. Ela era associada a obesidade, colesterol e alto risco de infarto. Pesquisas mostraram agora que pessoas que consumiram mais gordura saturada não tinham maior risco de doença cardíaca, AVC ou qualquer outra forma de doença cardiovascular. O ovo também vive na corda bamba. Seu consumo já foi vetado para quem tem colesterol alto. Mas, hoje, pesquisas não apontam relação entre o consumo de um ovo por dia e aumento do risco de problemas cardiovasculares. As explicações para isso são várias. Uma passa por uma dificuldade desse tipo de estudos: isolar variáveis quando se

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trata de compreender a alimentação humana. O controle que os pesquisadores têm sobre a alimentação de voluntários está longe de ser total, e muitas vezes eles dependem de relatos das pessoas sobre o que elas comem, informações que não são completamente precisas. Outros fatores não alimentares ainda influem nos resultados, como atividades físicas ou até questões emocionais. Além disso, pesquisas confiáveis exigem acompanhar grupos grandes de pessoas ao longo de períodos razoáveis de tempo. Mas, como apontam os nutricionistas ouvidos pela Folha, nem sempre pacientes e a mídia têm paciência: quando o assunto é saúde e emagrecimento, respostas milagrosas e modismos fazem sucesso, o que dá com-


bustível a pesquisas com limitações metodológicas ou estatísticas. “É preciso que fique claro que os efeitos da alimentação na saúde não têm percepção imediata, como um remédio que faz a dor de cabeça passar”, diz Lara Natacci, nutricionista da Diet Net. Além disso, o público não especializado tem dificuldade para entender que conclusões científicas abstratas sobre os benefícios de determinado alimento não necessariamente se aplicam a casos específicos individuais. “Temos informações gerais, mas ninguém sabe exatamente como cada um funciona. A biologia nunca é uma ciência exata”, afirma Sophie Deran, nutricionista da USP. Na maior parte das pessoas, por exemplo, o consumo de gorduras reduz o HDL, que é o colesterol

bom. Mas estudos indicam, aponta a pesquisadora da USP, que as gorduras têm o efeito contrário em 20% da população - e não se sabe precisamente o motivo. Por fim, é bom ter em mente que há gente ganhando dinheiro com modismos alimentares, diz Lara. “O marketing da indústria do emagrecimento é mais rápido do que o estudo científico.” A solução para lidar com esse mar de informações contraditórias sobre os benefícios e malefícios dos alimentos? Não ficar paranoico com isso, afirma Sophie. “Quanto mais você pensa em alimentação, mais se estressa. O ato de comer vira uma preocupação. Se você senta para comer estressado, culpado, não vai comer nem digerir do mesmo jeito”, diz a pesquisadora.

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