Revista Condomínios - edição 47

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DEZEMBRO DE 2014 Publicação mensal da EDITORA CONDOMÍNIOS DIRETOR RESPONSÁVEL Alessandro Rios - MTB 31.649 DIRETORA ADMINISTRATIVA Kelly Rios

Editorial

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Temos muitos motivos para chamar esta edição de dezembro de “Especial de Natal”. A matéria de capa é com uma das mais

belas atrizes em atividade da televisão brasileira. Na novela “Império”, Letícia Birkheuer vem mostrando estar preparada in-

ASSISTENTE ADMINISTRATIVA Bianca Marchione

clusive para papéis ainda mais desafiadores. Será que alguém

DEPARTAMENTO COMERCIAL Fabiano Rios

Para esta edição, preparamos também reportagens com outros

DEPARTAMENTO DE ARTE Juliana Siqueira

Marcelo Faria e Tatu Gabus Mendes. Agora, se você gosta de

ASSESSORIA JURÍDICA Dr. Daniel Figueira de Barros

taque da Casa Cor Rio, o projeto de uma casa cercada pela na-

PUBLICIDADE 19 3445.5125 revistacondominiosnet@gmail.com

ainda duvida de que ela terá uma carreira brilhante pela frente? artistas consagrados, como Ana Paula Arósio, Deborah Secco, Arquitetura e Decoração, não deixe de conferir o principal destureza, os detalhes de uma reforma com tom minimalista e as entrevistas com dois profissionais de renome internacional em Design: Tom Dixon e Lisa Whatmough. A edição deste mês traz

IMPRESSÃO Coan Gráfica

ainda matérias sobre Tecnologia, Automóveis, Música, Turismo,

TIRAGEM 8.000 exemplares

de joias que atualmente é responsável por um dos mais belos

PERIODICIDADE Mensal CIRCULAÇÃO Condomínios de Limeira, Piracicaba, Rio Claro e Americana PONTO DE VENDA Revista Condomínios (Escritório Regional) Rua Tenente Belizário, 763 | Centro Limeira - SP | Fone: 19 3445.5125 Os anúncios e informes publicitários são espaços adquiridos pelos anunciantes e seu conteúdo é de inteira responsabilidade de cada um deles, cabendo à Revista Condomínios apenas reproduzi-los nos espaços comercializados. A opinião dos colaboradores não reflete necessariamente a opinião da revista. Matérias assinadas são de responsabilidade de seus autores.

Séries e a curiosa história de Antonio Bernardo - um designer orquidários do País. Para os aficionados em Moda, a dica é nosso editorial Moda Fashion, que neste mês está repleto de dicas para quem quer arrasar nas festas de final de ano. Imperdível! Como você já deve ter percebido, prezado(a) leitor(a), poderíamos chamar certamente esta edição de “Especial de Natal”, mas, mesmo havendo razões de sobra para isso, não o faremos. O motivo é simples: todas as edições da Revista Condomínios são especiais para nós, pois todas são feitas sempre com imenso carinho e dedicação. E pra você que sempre nos acompanha, desejamos um Feliz Natal e um Ano Novo repleto de saúde, paz e boas notícias. Saiba que, tão especial quanto realizar nosso trabalho, é poder contar com sua companhia todo mês. Por isso, desejamos, profundamente, que essa parceria se perpetue por muito tempo. E que ela continue assim; especial, sempre!

FSC

Leia a Revista Condomínios pela internet: www.revistacondominios.com

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Alessandro Rios

alessandro@revistacondominios.com

Kelly Rios

kelly@revistacondominios.com


ÍNDICE

20 Arquitetura

Depois da reforma, apartamento ganhou decoração discreta e iluminação estratégica

30 Ficção “real”

Novas tecnologias aproximam realidade virtual do consumidor

32 Profissões

Novos cursos tentam suprir demanda de especialistas na produção de games

50 Música

Slash, ex-Guns N’ Roses, realizará turnê pelo Brasil no início do ano

118 Capa

Letícia Birkheuer revela como se preparou para a novela “Império”

128 Paisagismo

A história do designer de joias que mantém um dos orquidários mais belos do País

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COLABORADORES 22 Enrico Ferrari Ceneviz 23 Dr. Manoel Francisco de Oliveira Filho 34 Dr. Mauro Merci 38 Dr. Luiz Ricardo Menezes Bastos 48 Dra. Eliane Dibbern 59 Dra. Stella M. F. Pranzetti Vieira 70 Rosângela Barbeitos 80 Patrícia Milaré Lonardoni 81 Dr. Luis Amaral M. Di Paolo 112 Cássia Reis 114 Fabiana Massaro 123 Émerson Camargo 133 Andréa C. Bombonati Lopes 138 Valter Garcia Junior 139 Lucas Brum

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Capa LETÍCIA BIRKHEUER Atriz da Rede Globo Foto: Jorge Rodrigues Jorge/CZN 13


Tom Dixon Um dos mais respeitados designers de luminárias fala sobre seu processo de criação TEXTO/AE FOTOS Divulgação/AE

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s últimos meses foram de intensa atividade para o designer tunisiano radicado na Inglaterra Tom Dixon. Além de pilotar o lançamento de sua coleção Club - com móveis, luminárias e acessórios decorativos inspirados nos clubes ingleses -, durante as semanas de design de Londres e Paris, encontrou tempo para repetir a dose na América do Sul, onde, em pouco mais de uma semana, passou pela Cidade do México, Bogotá, Lima, Santiago, São Paulo e Rio de Janeiro. E foi lá, na última etapa da viagem - onde participou da inauguração da nova sede carioca da loja Lumini, projetada pelo arquiteto paulistano Marcio Kogan -, que ele falou à reportagem. Em pouco mais de uma semana o senhor percorreu nada menos do que seis cidades latino-americanas.

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O que ficou da experiência? Antes de tudo, a constatação de que esses países não são apenas muito diferentes entre si, mas que a própria ideia que eu tinha deles, antes de conhecer, pouco tinha a ver com a realidade que encontrei por lá. Isso em todos os níveis: das paisagens, passando pelo modo de vida até, claro, o desenho dos móveis e objetos. De qualquer forma foi uma grata surpresa. Eu gosto de observar diferenças. Acho que elas têm tudo a ver com fazer design. Algumas de suas luminárias são hoje best sellers internacionais. O que existe de particular nesse ramo da criação? É verdade. Gosto de desenhar luminárias, talvez por isso elas façam tanto sucesso. Há sempre algo de mágico em se trabalhar com a luz e as possibilidades são praticamente ilimitadas. Por


natureza, sou uma pessoa muito investigativa e os processos de produção industriais, sobretudo os relacionados ao uso do metal, me inspiram bastante. Mas devo admitir que a possibilidade de viabilizar minhas criações, de dominar as técnicas, a ponto de poder produzir por conta própria, continua sendo o aspecto que mais me motiva. O que achou de ter sua nova coleção de móveis e luminárias apresentada em um contexto tão brasileiro, ou melhor, carioca? Gostei muito. A possibilidade de compartilhar diferentes culturas é uma das coisas que considero mais interessantes em relação a meu trabalho. Admiro e acompanho o trabalho de Marcio Kogan há pelo menos uma década e adorei ver minha nova coleção, de certa forma, “traduzida” por sua arquitetura de linhas modernistas, ampla e arejada. Gostei desse olhar tropical sobre meus objetos. Foi muito inspirador.

O designer tunisiano radicado na Inglaterra Tom Dixon, que esteve recentemente na América do Sul.

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Férias com emoção A emoção de esquiar pelas montanhas de Lake Tahoe TEXTO Mônica Nobrega/AE FOTO Shutterstock

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uando me dei conta, o desânimo que havia sentido de manhã bem cedo, movido a dores nos pés e pernas provocadas pelo peso das botas de esqui, tinha virado empolgação. Aquela ali, que deslizava morrinho abaixo com um mínimo de leveza e despreocupação, era eu mesma. E até cantava junto o refrão de Modern Love, que vazava na voz de David Bowie dos alto-falantes de Heavenly. A estação de esqui no Estado de Nevada, na divisa com a Califórnia e na margem sul do belíssimo Lago Tahoe, foi minha segunda tentativa de esquiar - a primeira ocorreu no dia anterior, em Mt. Rose, menorzinha e simpática. Por causa da infinita paciência dos instrutores, fez-se a mágica: caí de amores pela brincadeira de deslizar na montanha. Para quem sofre do mesmo mal de amor, é hora de

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planejar. A temporada de neve nos Estados Unidos e no Canadá começa em novembro e vai até meados de abril. Heavenly foi uma deliciosa surpresa desde que coloquei os pés para dentro da gôndola que leva do centrinho comercial Heavenly Village ao meio da montanha, onde está o restaurante-base. À medida que a cabine ganha altura, o lago fica mais distante e parece crescer. As coníferas passam do verde ao branco. No desembarque, a gôndola entrega o visitante a um ambiente com trilha sonora para agradar à juventude empolgada que compõe a massa de frequentadores de Heavenly: Lily Allen, One Direction, Pharrel Williams. Dali, a moçada já sai esquiando rumo aos teleféricos. Eu, ainda sem esquis, precisei da ajuda do instrutor Roy Ranne para chegar à área da escola de


esqui e snowboard. Não fui a mais desajeitada da turma por muito tempo. “Você quer esquiar hoje? Então você vai esquiar”, incentivou Roy. Depois de duas horas de aulas, convidou o grupo à primeira descida de verdade. Uma pista para iniciantes com altura e extensão suficientes para precisar de uma carona do teleférico Big Easy. Fora o quase tombo na complexa tarefa de saltar da cadeira do teleférico com esquis conectados aos pés, de repente lá estava eu, cantando Bowie. Espalhadas pela montanha de até 3 mil metros de altitude, Heavenly tem 97 pistas, das quais 20% são para iniciantes e outros 35% para os experts. Estes são os mais sortudos: é preciso subir lá no alto (e descer esquiando) para admirar a paisagem mais bonita: a divisão que a montanha impõe ao relevo, deixando o lago a oeste e o deserto a leste. Aos pés da montanha, a novidade prometida para

a temporada 2014/2015 é a inauguração de um hotel-cassino Hard Rock, com 539 quartos e 500 máquinas caça-níqueis. Na Heavenly Village e nos hotéis da cidade, a três quarteirões dali, há uma boa seleção gastronômica. Já o almoço no Tamarack Lodge, lá no alto, é mesmo de fast food: hambúrguer, pizza, macarrão, sopa e um bufê de saladas honesto. Depois de comer, ainda encaramos o tubbing, descida em boia por tobogãs esculpidos na neve (US$ 30 o passe para 1 hora). Nesta temporada, de 21 de novembro a 19 de abril, Heavenly terá novamente DJ circulando pelas pistas. Diariamente, às 15h30 começa a festa Unbuckle no Tamarack, com dançarinas, drinques pela metade do preço e a pista de dança tomada por um público que nem parece que acabou de suar o fleece por horas. O pessoal desamarra (“unbuckle”) as botas e arrasa no rebolado.

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Hora da reforma Arquiteto optou por decoração discreta e iluminação estratégica TEXTO Natália Mazzoni/AE FOTO Divulgação/AE

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omprado por um jovem advogado, este apartamento não tinha o layout desejado pelo morador para exibir as peças de design que coleciona. Os revestimentos, antigos, em sua opinião, também poderiam interferir no destaque que gostaria de dar para móveis especiais, como as poltronas Mole, assinada por Sergio Rodrigues, e Paulistana, de Paulo Mendes da Rocha, a mesa Saarinen e as cadeiras Bertoia do jantar. A solução estava em reformar todo o imóvel. “Pensamos em criar um espaço minimalista, que dialogasse e destacasse os móveis de assinatura”, diz Alexandre Dal Fabbro, arquiteto responsável pelo projeto. Durante as obras fora trocadas as grandes molduras, ornamentos e revestimentos com brilho que antes dominavam o espaço por acabamentos embutidos, discretos e homogêneos. “Nos banheiros, fizemos bancadas de mármore embutidas sem desnível na 20

parede e soltas nas laterais”, comenta o arquiteto. O piso antigo da sala, de madeira cumaru, também entrou na reforma, e passou por um processo de restauração para que fosse aproveitado no novo projeto. “Depois de lixar e passar verniz fosco o piso ficou como novo. Instalamos o mesmo revestimento nos quartos, que antes tinha carpete de madeira.” Na cozinha, o piso de pastilhas, já gasto, recebeu cobertura de resina de poliuretano autonivelante. A iluminação ganhou atenção especial. “Optamos por modelos sem molduras e de linhas simples. A ideia é que elas iluminem pontos estratégicos onde os móveis especiais estão e não que chamem a atenção no ambiente”, explica. Seguindo esse mesmo conceito, o arquiteto optou por portas sem batentes e deixou o ar condicionado discretamente embutido. “O apartamento funciona como uma moldura para a coleção, que está apenas começando.”


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ARTIGO

30 de novembro é Dia do Síndico – comemore! Enrico Ferrari Ceneviz

Diretor geral do Grupo Mercúrio Bacharel em Administração de Empresas e Ciências Contábeis Especialização em Administração de Condomínio, Qualidade e Produtividade www.grupomercurio.com.br

Envie suas dúvidas Acesse nossa página na internet: www.grupomercurio.com.br Na Divisão Administração de Condomínios, envie sua pergunta pelo campo “Contato”. As dúvidas mais frequentes serão selecionadas e publicadas nas próximas edições.

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Nossa homenagem a esse colaborador que tanto trabalha, muitas vezes sem nenhum reconhecimento. Neste dia de comemoração ordinária, prestamos contas com nossos sinceros agradecimentos, fazemos previsões e projeções de um futuro melhor, sem esquecer de falar dos outros assuntos que tanto o qualificam. Parabéns Síndico! As homenagens geralmente são feitas no dia da comemoração, mas quando se trata de uma pessoa que se dedica diariamente a garantir o bem-estar de inúmeras famílias e comunidades, muitas vezes sem qual-

quer remuneração, temos que cumprimentá-lo todos os dias. Solucionar conflitos, providenciar reparos, fazer contato com repartições públicas, conferir contas, controlar empregados e outras tantas obrigações, são tarefas habituais do dia a dia do Síndico, tornando esse trabalho muito complexo e desgastante. O que muitos não entendem é que, além da enorme carga de responsabilidade que a função atribui, na verdade o Síndico ainda “paga para trabalhar”, pois é privado do tempo que poderia estar com a família, perde noites de sono para resolver situações de emergên-

cia, abdica de viagens longas para não ser taxado de ausente. Por essas e muitas outras situações em que o Síndico se depara no dia a dia, sempre com muita disposição e alegria para tratar das questões ou conflitos, como um verdadeiro guerreiro nesta batalha que nunca termina, parabenizamos este grande colaborador pelo seu excelente empenho e luta no exercício da função. Parabéns SÍNDICO pelos 365 dias de dedicação à frente do seu condomínio, e obrigado por nos dar a honra de merecer a sua confiança e poder ajudá-lo nessa tarefa tão importante!


SAÚDE BUCAL

Odontologia minimamente invasiva Minimally invasive dentistry

Dr. Manoel Francisco de Oliveira Filho | Cirurgião Dentista graduado pela USP e especialista em Prótese Dental | Consultório: 19 3451.8769 (Limeira-SP)

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Os procedimentos para restaurar dentes afetados por cáries são extremamente comuns. O que muita gente não sabe, porém, é que esses procedimentos são minimamente invasivos. Só para se ter uma ideia, o instrumento geralmente usado na remoção da cárie possui diâmetro menor que o de uma agulha. Dessa forma, conseguimos remover tranquilamente um tecido cariado sem provocar qualquer dano à estrutura remanescente. Tudo isso é possível graças aos avanços nas áreas de pesquisa e tecnologia relacionadas à Odontologia. Cabe ressaltar ainda que, em muitos casos de remoção de cárie, não é necessária nem mesmo a aplicação de anestesia. Ou seja, conseguimos a restauração do dente de forma rápida, eficiente e sem que o paciente sinta dor. Mais uma vez, é a tecnologia a serviço da Odontologia.

Imagem mostra região do dente afetada pela cárie

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Casa de veraneio Os detalhes de um projeto que tem a natureza como principal atrativo TEXTO Marina Pauliquevis /AE FOTO Divulgação/AE

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uando o arquiteto Samuel Kruchin visitou pela primeira vez o terreno em Ubatuba, no litoral de São Paulo, onde construiria a casa de veraneio de sua família, só conseguiu pensar em uma coisa: “Não precisa de nada, está tudo pronto”. Quase toda a área de 10 mil m² é formada por mata preservada e a construção, de 370 m², fica cercada pelo verde, exatamente como o arquiteto queria. “Minha intenção era que o projeto provocasse a menor intervenção possível, que pousasse no terreno com leveza.” Com desenho linear, a casa está cravada entre as árvores. Na planta de horizontalidade marcante, dois volumes aparecem separados por um vazio de onde se avista a encosta. De um lado, a área social, toda envidraçada, aberta para a paisagem. De outro, os quartos. No meio, um deck de madeira sem cobertura funciona como extensão do estar, com espreguiçadeiras, mesinha e

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guarda-sol. Por dentro, esses dois módulos são unidos por um corredor e, por fora, pela varanda. É para ela que se abrem os quatro quartos, cada um com um grande painel de correr colorido, uma referência - ou homenagem - aos passarinhos que habitam a mata. Não à toa o imóvel é chamado de Casa das Saíras. “Quando você vê um ponto de cor no meio da mata, sabe que vai encontrar um pássaro bonito lá, uma saíra-sete-cores, um tiê-sangue. Era essa ideia de cor que queria passar, de um colorido entremeado na mata”, diz Kruchin. Alcançado o objetivo de “integrar-se, de sentir a pulsação do ambiente”, era preciso resolver outra questão: como proteger a casa do ambiente e bem conviver com ele? Na região com chuvas frequentes e em um terreno com vegetação fechada, o imóvel corria o risco de sofrer com o excesso de

umidade. O piso, de concreto, não toca o solo e só isso já evitaria boa parte do problema. Para completar, de uma ponta a outra, surge no teto um ripado de madeira que esconde um sistema de ventilação: do lado de fora, o trecho central da cobertura tem um desnível que permite a constante entrada e saída de ar. “Não precisamos de ar-condicionado nem de ventilador de teto. Tudo é uma questão de entender os mecanismos da natureza e tirar proveito deles”, afirma o arquiteto. Além desse sistema, a casa tem muitas possibilidades de abertura - toda a área envidraçada pode ficar aberta, bem como as portas de correr dos quartos. Aliás, isso favorece que os dormitórios sejam usados também como espaços de estar, já que se voltam para a varanda comum a todos os dormitórios. Com dez anos de construção, a casa já deu provas de que funciona muito bem: mesmo nos dias mais quentes, se mantém fresca; no frio, é aquecida pela lareira da sala; e, como convém a um imóvel de fim de semana, tem manutenção fácil, desde que garantidos os cuidados com o exuberante jardim. “A vegetação cresce muito e, vez ou outra, caem galhos e até arvores”, diz o arquiteto. Convenhamos, não é um preço alto para quem pode viver cercado pela mata atlântica.


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O que vem por aí Novas tecnologias deixam a realidade virtual mais próxima do consumidor

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TEXTO Diogo Antônio Rodriguez/AE FOTO Divulgação

esde os anos 50, a promessa de que viveríamos em um mundo recheado de realidade virtual é feita. A ficção científica ajudou a alimentar esse sonho (Star Trek é um bom exemplo) e ele parecia perto de se materializar (ou quase isso) nos anos 80 e 90. Limitações tecnológicas - da resolução das telas à capacidade de criar gráficos realistas - engavetaram a realidade virtual, ao menos para as massas. A RV retornou ao universo do institutos de pesquisa. Até que, no começo de 2014, o Facebook comprou por US$ 2 bilhões a empresa Oculus, dedicada a criar dispositivos de realidade virtual. Pequena, a empresa havia conseguido financiar em 2012 o Rift (óculos de imersão voltado aos games) através do Kickstarter, arrecadando quase US$ 2,5 milhões. A Sony também se apressou em anunciar seu dispositivo, o Morpheus,

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que ainda está em fase de testes, assim como a Samsung, que fez uma parceria com a Oculus para desenvolver seu modelo. O Google colocou à disposição um protótipo de óculos de montar de papelão. O assunto voltou definitivamente à tona. Estamos prestes a ver a massificação da realidade virtual? Para o professor e pesquisador Marcelo Zuffo, do Centro Interdisciplinar em Tecnologias Interativas (Citi) da USP, nunca estivemos tão próximos. “A área de realidade virtual continua uma prioridade nas agendas de várias organizações científicas pelo mundo”. Segundo Zuffo, uma delas é a Academia Norte-Americana de Engenharia (National Academy of Engineering), que “dentro dos seus 14 objetivos do milênio destaca o aprimoramento da RV”. Segundo David Krum, pesquisador do Institute for Creative Technologies e do Mixed Reality Lab,


na Universidade do Sul como o Oculus Rift, e a da Califórnia, “existe disseminação de tablets uma boa chance de que e smartphones pode ser esse ciclo seja o que vai decisiva, na opinião de conseguir (tornar a reaKrum. Seu laboratório lidade virtual popular)”. criou um modelo de Para ele, nos anos 90, a óculos compatível com tecnologia ainda não aparelhos móveis que estava pronta. “A tecpode ser confeccionado nologia de LCD era innuma impressora 3D e cipiente. A Sony havia usa lentes de US$ 10. Pelo Spheree, as imagens em 3D podem ser até manipuladas construído um produto Se os óculos são a chamado Glasstron, face mais conhecida da que era de baixo custo e saía por volta de US$ 1.000. RV, estão longe de serem a única possibilidade. A A tecnologia de games ainda estava na infância, então equipe de Zuffo está desenvolvendo a Spheree, uma não conseguíamos as taxas de frames por segundo que esfera translúcida recheada com oito mini projetores precisávamos no HDM (head mounted display, o ócu- que criam imagens em 3D que podem ser vistas de los) sem fazer as pessoas passarem mal.” várias perspectivas e manipuladas através de moOutro problema era o alto custo dos equipamen- vimentos. A novidade foi apresentada esse ano na tos, afirma Zuffo. “Havia uma barreira de acesso Convenção Internacional de Computação Gráfica e pelo preço, o que acabava excluindo vários grupos Técnicas Interativas (Siggraph), em Vancouver, Capotenciais de pesquisa”. Ele conta que na década de nadá. 90 a USP chegou a ter equipamentos parecidos com o Oculus Rift que “custavam US$ 30 mil”. https://www.youtube.com/watch?v=oQBJP-e7k2Y A combinação de dispositivos de baixo custo,

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Novas profissões Cresce a demanda por cursos de Games no Brasil

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TEXTO Murilo Roncolato/AE FOTO Divulgação

o passado, o sonho de muitos jovens brasileiros era ser médico, advogado ou jogador de futebol. Hoje, é estar por trás da criação de games como Call of Duty, FIFA ou Minecraft. A frase é de Artur Delorme, diretor em uma das principais escolas de games, a Saga. No Brasil, cursos livres, de bacharelado ou tecnólogos na área, quadruplicaram nos últimos seis anos, movimento instigado pelo aumento de demanda de alunos e pela indústria no País, que busca ganhar espaço no mercado internacional. O primeiro curso em faculdade na área de games surgiu em 2003, na Universidade Anhembi Morumbi, em São Paulo. Em 2008, existiam 11 cursos, número que saltou para, pelo menos, 44 em 2014. Só do ano passado para cá foram dez novos cursos, de acordo com o sistema de cadastro do Ministério da Educação. A procura por educação em games cresceu moti-

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vada, segundo Delorme, pelo aumento do mercado de jogos digitais, pela maior facilidade em se produzir games hoje - que podem ser distribuídos para plataformas mais acessíveis como redes sociais, celulares e tablets -, e pelo acesso ao conhecimento e à tecnologia necessários para o seu desenvolvimento pela internet. Thiago Appella fez parte da primeira turma do curso de Design de Games da Anhembi Morumbi. Após ter concluído a faculdade, passou pela alemã Wooga, a francesa Ankama, as brasileiras Hoplon e Vostu, além das americanas Blizzard e Electronic Arts, onde hoje é diretor de marketing de games gratuitos. “Nossa turma chegou no final com oito de 40 alunos. É um curso com disciplinas heterogêneas, mas para mim foi ótimo”, lembra. “Trabalhei com gente que fez curso de outras áreas ou nem isso e eles se en-


trosam bem em games, mas não têm uma visão mais ampla do negócio e dos processos.” O Brasil hospeda pequenos escritórios de produtoras conhecidas, como Blizzard e Electronic Arts, mas sem foco em equipes de desenvolvimento. A ausência de oportunidades de trabalho em grandes estúdios por aqui provoca uma fuga de jovens talentos, que se mudam para Canadá, Estados Unidos ou países europeus em busca de trabalho no setor. A francesa Ubisoft, dona de títulos como Assassin’s Creed, Far Cry e Just Dance, é um exemplo de grande estúdio que tentou ter uma base de desenvolvedores no Brasil, em 2008, mas abandonou a ideia dois anos depois, após trombar em altos custos trabalhistas e impostos para importação. “Todas as condições que afugentaram a Ubisoft permanecem iguais”, diz o coordenador do curso pioneiro da Anhembi Morumbi, Delmar Galisi. “Eu não vejo perspectiva de outro estúdio vir para o Brasil, não nessa atual conjuntura.” Para ele, os profissionais que se formam no País devem criar pequenos estúdios independentes - chamados de “indies” - e se dedicar a projetos próprios. O designer André Asai é um deles. Embora tenha se formado em Artes Plásticas, passou a se dedicar

Fifa 2015: riqueza de detalhes impressiona

Segundo dados da empresa de recrutamento Catho, a média salarial de um programador de jogos em São Paulo atualmente é de R$ 2.412 (alta de 16% em relação a 2013), e a de designer de games é de R$ 2.278 (alta de 11%).

a games motivado pelo sucesso de Minecraft, criado por um programador indie que se tornou um fenômeno mundial. O jogo quebrou o paradigma de que o sucesso do desenvolvedor depende da sua passagem por grandes companhias. Hoje, Asai faz games para sua produtora, mas diz que o “sucesso dos pequenos” é uma realidade distante. “Além disso, a concorrência hoje é maior, tem muito mais gente fazendo jogo de qualidade. Então o foco é em fazer algo diferente do usual.”

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Direito

Palm top usado para trabalho pode caracterizar controle de jornada MAURO MERCI | mmerci@mauromerci.adv.br | MAURO MERCI Sociedade de Advogados (Piracicaba-SP)

O art. 62, inciso I da Consolidação das Leis do Trabalho, versa sobre exceções a serem aplicadas nas regras do Capítulo II - Da Duração do Trabalho, Seção II – Da Jornada de Trabalho -, dos funcionários que exercem atividades externas incompatíveis com a fixação de jornada de trabalho. Na prática, o funcionário enquadrado na exegese do artigo encimado, não recebe horas extras pela total falta de controle do horário trabalhado. Contudo, a empresa que tem condições de controlar nas mais diversas

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formas não pode beneficiar-se da regra do artigo 62 da CLT. Recentemente a 2ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região Rio Grande do Sul, manteve sentença, na qual pediu o reconhecimento de horas extras de um ex-promotor de vendas de uma farmácia. Na instrução processual ficou caracterizado que a empregadora tinha conhecimento total de sua rotina de trabalho, através do palm top, o qual registrava seu horário de trabalho, suas visitas e determina seu roteiro a ser percorrido, tudo por

conta de software instalado na máquina que derrubou a tese da empresa, onde alegava autonomia de trabalho, sem qualquer controle. O relator da matéria destacou: “se inexistiu fiscalização de jornada, foi por mera liberalidade do empregador, e não por desconhecimento ou impossibilidade de fazê-la”. Continuou escrevendo no acórdão: “A propósito, é necessário pouco conhecimento em informática para saber que os sistemas (software) de Palm Top utilizados pelos vendedores e demais empre-

gados externos (‘promotores de vendas’, por exemplo) possibilitam o registro automático da data e hora em que foi lançado determinado dado ou movimento. Ilustrativamente, em consulta rápida à internet, constata-se que uma das finalidades desses sistemas de gerenciamento de vendas/visitas é, justamente, possibilitar à empresa a fiscalização dos ‘passos’ do vendedor.’’ Assim, a empresa foi mantida fora da exceção prevista no art. 62, inciso I da CLT, e condenada ao pagamento das horas extras requeridas.


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É hora de mudar Pior seca dos últimos 80 anos leva entidades a discutir construções sustentáveis

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TEXTO Heraldo Vaz/AE IMAGEM Ilustrativa

Conselho Brasileiro de Construção Sustentável (CBCS) lançou publicação com diretrizes para uso racional da água, eficiência energética e seleção de materiais. Foram identificados gargalos e desafios com objetivo de balizar políticas públicas, como, por exemplo, programas com enfoque em sistemas hidráulicos, cuja operação e manutenção inadequadas desperdiçam enorme volume de água. Aspectos da construção sustentável e promoção de políticas públicas é o nome do estudo que aponta “vulnerabilidade hídrica” no Brasil e indica medidas de equilíbrio entre oferta e demanda para que “centros urbanos não se tornem econômica e socialmente inviáveis.” O presidente do conselho deliberativo do CBCS, Carlos Eduardo Garrocho de Almeida, apresentou o trabalho no 7º Simpósio da Construção Sustentável,

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com o tema “Práticas de hoje para a construção do amanhã”, realizado recentemente na Fiesp, em São Paulo. O estudo faz diagnóstico da construção civil. “Nesta primeira etapa, concentrou-se em três áreas: água, que é um cenário importantíssimo, energia e materiais”, disse. “Há recomendações técnicas e propostas de políticas públicas.” Segundo ele, o documento aprofunda o debate sobre inovações tecnológicas e práticas em canteiros de obras, projetos e planejamento. “A construção precisa tratar de inovação de uma forma diferente. Também é fundamental evoluir na capacitação profissional.” A eficiência predial reduz a demanda de água para abastecimento da população, de acordo com o CBCS, que propõe substituir equipamentos e modernizar sistemas hidráulicos para eliminar perdas e desperdício.


A Câmara Americana de Comércio (Amcham) construiu reservatórios para captação de chuvas na sua sede, em São Paulo, além de investir em metais economizadores e sistema de irrigação usando águas pluviais. O resultado, segundo a Amcham, é a economia de 35% no consumo de água - cerca de 1,6 milhão de litros por ano. A obra obteve selo Leed (Leadership in Energy and Environmental Design), certificação sustentável concedida pelo Green Building Council. Para novos edifícios, segundo o CBCS, é preciso garantir que conceitos de eficiência sejam incorporados. “Sem incentivo e conscientização é complicado esperar que as pessoas compreendam a importância de se construir de modo sustentável”, declarou o vice-presidente de Tecnologia e Qualidade do Sindicato da Habitação (Secovi), Carlos Borges, que participou do simpósio. “Empresas podem ser estimuladas a participar de projetos de uso racional da água por meio de incenti-

vos fiscais”, afirma o documento do CBCS. “O poder público agiria como indutor desses programas.” No simpósio, a engenheira Monica Porto, professora titular da Universidade de São Paulo (USP), citou práticas de reúso e instalação de sistemas de medição, com controle de pressão e vazão, para viabilizar a gestão da demanda de água. E sugeriu redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para equipamentos poupadores de água. Em situações emergenciais como a do Estado de São Paulo, uma medida para tentar controlar a escassez de água foi o bônus oferecido pela Sabesp para quem reduz o consumo. “Não é só São Paulo, mas o Brasil inteiro”, disse Monica Porto. “Áreas urbanas são profundamente impactadas pela variabilidade climática.” Ela vê enorme fragilidade no fato de 9,5 milhões de paulistanos dependerem de uma única fonte de abastecimento, referindo-se ao Sistema Cantareira, que vem batendo recordes negativos.

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Artigo

Às segundas e sextas... Dr. Luiz Ricardo Menezes Bastos - Médico Às segundas e sextas-feiras notamos nos consultórios, pronto-atendimentos e demais locais onde se fazem consultas médicas um aumento de solicitações de atestados médicos. Muitos destes agendam as consultas previamente, buscando já antecipadamente coincidir com as segundas e sextas. Às vezes o motivo é justificado, pois trabalham em outras cidades e, então, antes de viajar para a semana fora, ou chegando um pouco antes para o fim de semana, conciliam as consultas com o período de retorno à cidade. Mas muitas vezes as consultas são por motivos fúteis, com a única finalidade de justificar a ausência do trabalho, e estes pacientes nada apresentam que o impeçam de trabalhar. A questão do absenteísmo, ou falta ao trabalho, nem sempre é por motivo de doença do fun-

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cionário. Podem ser enumeradas diversas outras causas: doença de familiares, falta da empregada ou babá que toma conta da criança, greve na creche ou dos professores, necessidade de compromisso oficial inadiável (judicial, por exemplo), perda do transporte, acidente, morte de familiar ou amigos, todos estes plenamente justificáveis junto à empresa, sem necessidade de atestado médico. Dentre outros motivos, podem ser citadas a insatisfação com a função, com o ambiente de trabalho, fins de semana “emendados”, a ressaca, e até mesmo a pura preguiça. Criou-se uma cultura em grande parte das empresas que a única justificativa para a falta é o motivo de saúde. Pessoalmente, acho muito mais cômodo para o departamento de recursos humanos lançar a falta como moti-

vo médico, do que buscar a real causa do afastamento. Algumas empresas nem mesmo dispõem de um profissional que ouça seus funcionários, que busquem o diálogo e que procurem saber a real causa de seus afastamentos. Então, o funcionário levando o atestado, resolve-se o problema. Da empresa e dele. Mas cria-se um problema para o médico, que não é obrigado e nem deve justificar as ausências por outros motivos. Isto cria uma situação de conflito dentro do consultório, com o paciente querendo justificar um ou mais dias de afastamento, e o médico o informando que não há a necessidade disto. E o funcionário alega que a empresa exige, que ele vai perder os dias, e o médico alega que não há doença que justifique o afastamento. É uma situação delicada e que exige a participação de

todos os envolvidos. Aos médicos, que se mantenham respeitadores do código de ética e das recomendações dos Conselhos. Às empresas, que busquem com maior profundidade uma melhor relação com os funcionários. Uma conversa boa pode resolver grande parte do descontentamento e dos atritos. A negociação dos dias perdidos, o banco de horas ou qualquer outra forma de compensação deve ser tentada. Aos funcionários, maior responsabilidade em seus atos. Se realmente o motivo é de saúde, o médico pode ajudá-lo. Se o motivo é social, financeiro, judicial ou outro, não é assunto médico. Ou se resolve com a ajuda da empresa ou por sua própria conta. O que não pode é lotar o pronto-socorro e os consultórios para tentar resolver seu problema, que não é médico.


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Intimidade revelada Nova série da HBO traz à tona casos ocorridos entre quatro paredes TEXTO João Fernando/AE FOTOS Divulgação/AE

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que acontece entre quatro paredes será visto em rede nacional a partir deste mês de dezembro, com a estreia de Motel, na HBO. Produzida pela Bossa Nova Films, a série mostrará seis histórias de diferentes gêneros, como comédia, terror e trama policial ambientadas em suítes temáticas de um estabelecimento de alta rotatividade de hóspedes. Como cada episódio se passa em um quarto com decoração diferente, os ambientes foram reproduzidos em estúdio. “Todos têm quatro paredes e banheira”, conta a produtora executiva Margarida Ribeiro. Apesar das situações remeterem ao sexo, a diretora e criadora Fabrizia Pinto teve a ideia da série em um almoço com amigos. “Eles começaram a contar his-

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tórias de motel e colecionei algumas para o projeto. O argumento tem casos reais e ficcionais”, explica ela, que assina os roteiros em parceria com José Roberto Torero, Marcos Alemão e Reinaldo Moraes. Fabrizia afirma só ter ido uma vez ao motel. “E foi com meu marido. Olha que sem graça (risos). Nunca precisei, pois sempre tive liberdade em casa para fazer tudo”, conta a diretora, filha do cartunista Ziraldo. A reportagem acompanhou a gravação do episódio de suspense Mulheres de Alfredo. Nele, o casal Vera (Chris Couto) e Alfredo (José Rubens Chachá) conhecem Janete (Melina Menghini) em um cruzeiro. A jovem passa a ter um caso secreto com cada um dos dois. Depois de um tempo, ela resolve promover um


ménage à trois às escuras. No escuro do quarto, o casal se reconhece e começa uma briga que termina de forma misteriosa e inesperada. “Ela é inocente, acha que eles não vão se reconhecer O perigo é o que dá tesão nela”, avalia Melina. Mesmo com a grande quantidade de profissionais envolvidos na série, a equipe é reduzida nas cenas de estúdio, em que o elenco fica nu. “Claro que fiz dieta, eu tentei pelo menos. Acho que nunca fiquei pelada em cena”, revela Chris Couto, que circulava pelos corredores apenas de roupão. As sequências mais quentes serão discretas na tela. “Não é pornochanchada nem sexo explícito. Espero ter imprimido um sexo elegante”, aposta Fabrizia Pinto. Além do caso de Alfredo, há histórias tragicômicas como a do episódio Zoraide. A personagem-título,

vivida por Fabiana Gugli, é uma prostituta fantasma cujo espírito ficou preso no quarto de motel após ela ser assassinada nos anos 1970. Quando Otávio (Felipe Rocha) vai ao mesmo lugar com um garota de programa, não tem uma boa performance e Zoraide surge e os dois desenvolvem uma relação tumultuada com elementos que remetem ao passado dela A série tem ainda tramas como Pura Luxúria, em que os policiais Rubem (João Baldasserini) e Patrícia (Mariana Nunes) investigam a morte de um advogado, asfixiado depois de ir ao motel com uma dominatrix. A dupla tenta reconstituir o crime de maneira perigosa. Para o episódio, uma dominatrix de verdade foi escalada. Segundo a produtora executiva, os acessórios da profissional chamaram a atenção. “Ela distribuiu o cartão para todo mundo do set.”

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Mercedes AMG GT S Um carro de rua com respostas de um modelo de corrida TEXTO Tiao Oliveira/AE FOTOS Divulgação/AE

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strela da Mercedes no Salão do Automóvel de São Paulo, o AMG GT S começa a ser vendido na Europa no início de 2015 e chega ao País logo em seguida. Com motor V8 biturbo de 4 litros e 510 cv, o superesportivo terá preço em torno de R$ 1 milhão. Fomos avaliá-lo em avenidas e rodovias da Califórnia e também no Autódromo de Laguna Seca, em Monterey. Trata-se do segundo produto 100% feito pela AMG, que deixou de ser a divisão de preparação da Mercedes para se transformar em uma marca do grupo. Assim como seu precursor, o carro não tem versões “mansas” nem exibe o termo Benz no nome - há ainda a opção GT, de “somente” 462 cv, que deverá custar cerca de R$ 850 mil no Brasil. O GT S é focado em alta performance e se destaca

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pelo primor do conjunto mecânico e a profusão de recursos eletrônicos. Tudo para oferecer em um modelo de rua respostas muito parecidas com as de carros desenvolvidos para as pistas. Com cerca de 90% da estrutura feita de alumínio, o carro tem peças de magnésio e fibra de carbono. A meta é tornar sua carroceria o mais leve possível (são 231 quilos) e, ao mesmo tempo, rígida o suficiente para aguentar o esforço gerado pelo ímpeto do motor V8 gerenciado pelo câmbio automatizado de sete marchas e duas embreagens com opção de trocas manuais atrás do volante. O resultado se traduz em um ótimo equilíbrio, seja em frenagens fortes ou ao contornar curvas fechadas em alta velocidade, como a da sequência de Laguna Seca chamada “saca-rolha”. Mesmo em situações ex-


tremas, o AMG permanece firme na rota e praticamente não oscila. Esse resultado é fruto também da distribuição de peso virtualmente perfeita: 47% no eixo dianteiro e 53% no traseiro. Outra boa solução é o motor com cárter seco, que permitiu reduzir sensivelmente o centro de gravidade do esportivo. Com linhas limpas e harmoniosas, o carro oferece bom espaço para duas pessoas e o teto de vidro cria a sensação de que a cabine é ainda maior. Embora seja raso, o porta-malas é surpreendentemente amplo - são 350 litros de capacidade. Por dentro, o requinte no acabamento do AMG GT S impera. Há poucas peças de plástico aparente e, no carro avaliado, predominavam couro, alumínio e alcântara. Os dois bancos esportivos abraçam os ocupantes e têm ajustes elétricos. No grande console central há quatro botões de cada lado. À esquerda ficam os comandos de funções como os (cinco) modos de condução, partida do motor, sis-

tema de áudio e até do tipo de som que brota das saídas retangulares do escape. Há tela onde são projetados os mapas do navegador GPS e imagens captadas pela câmera traseira, além de amplo porta-objetos, com duas entradas USB. Ali fica o miolo da ignição, mas não é necessário usar a chave para ligar o motor. O oito-cilindros de 4 litros tem compressor duplo montado na parte interna das bancadas do “V”. Graças à sobrealimentação, os 66 mkgf ficam disponíveis a 1.750 rpm, proporcionando ótimas arrancadas e retomadas de velocidade. Ponto também para a tração integral e os pneus, nas medidas 265/35 R19 na dianteira e 295/30 R20 atrás. Tanta aderência, aliada aos freios com discos de carbono-cerâmica (opcionais e presentes no carro avaliado), garantem frenagens muito eficientes. O AMG GT S traz air bags frontais, laterais, do tipo cortina e para os joelhos de motorista e passageiro. Os cintos têm pré-tensionadores e sistema elétrico que ajusta a folga para deixá-los colados ao tórax.

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Dermatologia

Quando a busca por tratamentos estéticos acaba em tragédia Dra. Eliane Dibbern A cada dia, a cobrança por uma aparência jovial e corpos esculturais leva as pessoas a procurarem por tratamentos para a melhora da pele e de contornos corporais, especialmente com a chegada do verão. Promessas de resultados rápidos, a preços baixos, com parcelamentos a perder de vista têm surgido no Brasil nos últimos anos. O problema é que por trás dessas promessas maravilhosas, encontram-se profissionais não qualificados, que acabam fazendo tratamentos médicos, nas áreas de Dermatologia e de Cirurgia Plástica invasiva, sem qualquer qualificação e estudo, em locais sem as mínimas condições de higiene e segurança, levando seus clientes a seque-

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las muitas vezes irreversíveis, deformidades e, tragicamente, à morte. Infelizmente, a história da auxiliar de leilões de Goiânia, não acabou bem. Foi submetida a um aumento de glúteos com um hidrogel, produto de uso médico. Horas após, passou mal: teve falta de ar e foi a óbito no dia 25/10. Um inquérito policial foi instaurado e há suspeita de embolia pulmonar pelo produto; entretanto, o laudo do IML ainda não foi emitido. A pessoa que realizou o procedimento não era médica e havia feito um curso de 15 dias. Essa situação, infelizmente, com uma vítima fatal, vem coroar uma série de acontecimentos que chegam diariamente aos consultórios dos dermatologistas de

todo Brasil: efeitos colaterais na aplicação de toxina botulínica, necrose de pele e infecção após aplicação de preenchedores para rugas, queimaduras após laser ou criolipólise... Para evitar tragédias, como essas, simples cuidados garantem o sucesso de um tratamento: 1- Procedimentos médicos invasivos devem ser realizados por dermatologistas ou cirurgiões plásticos devidamente treinados e hábeis. Para ser especialista, deve-se ter um registro especial RQE. Só quem tem registro no CFM é especialista; 2- Como checar? www.cfm.org. br ou www.sbd.org.br ou www. cirurgiaplastica.org.br; 3- Médicos só podem fazer pro-

cedimentos em clínicas. Hotéis, casa, salões de cabelereiros não são locais adequados, pois, não oferecem condições sanitárias e de segurança necessárias; 4- Procure referências do profissional. Bons profissionais costumam ter boas referências; 5- Não existe milagre: tratamentos muito baratos e parcelamentos a perder de vista são suspeitos. Bons produtos custam caro e bons profissionais estão sempre se atualizando, e isso tem custo! É o custo da qualidade e da segurança de um procedimento bem realizado. Mais que tudo: a saúde é um dom que temos que preservar. Procure sempre um dermatologista ou cirurgião plástico registrado em sua especialidade.


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De volta ao Brasil Slash, ex-integrante do Guns N´ Roses, fará turnê pelo País no ínicio do ano TEXTO Jotabê Medeiros/AE FOTOS Divulgação

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á um incêndio sobre a chuva rala, dizia o poeta. Botando fogo no mundo, vem aí o lendário guitarrista Slash, ex-Guns N’ Roses, a bordo de sua portentosa turnê World on Fire, para abrir o ano no Brasil. Ela passa pelo Rio (Fundição Progresso, no dia 14 de março), Belo Horizonte (Galopeira, dia 15), Brasília (Net Live, dia 17), Curitiba (Master Hall, dia 19), Porto Alegre (Pepsi on Stage, dia 20) e São Paulo (Espaço das Américas, dia 22). Slash excursiona com a banda do vocalista Myles Kennedy, The Conspirators, que inclui o baixista Todd Kerns e o baterista Brent Fitz. Produzido por Elvis Baskette (que já trabalhou com Incubus e Falling in Reverse) no estúdio Barbarossa, em Orlando, o novo álbum dessa parceria (o terceiro solo da carreira de Slash) é um petardo.

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Saul Hudson, o Slash, é um guitarrista cujo nome pode ser sempre encontrado tranquilamente nas listas dos 10 melhores do mundo (a revista Time já o colocou em segundo, atrás apenas de Jimi Hendrix). Desde que largou o Guns N’ Roses, em 1996, nem sempre colocou sua guitarra a serviço do melhor time, mas invariavelmente sua guitarra se destaca. Na letra de world on fire, você diz: “é hora de botar fogo no mundo (...)/ele pode nunca mais ser o mesmo de novo”. Estamos vivendo uma época de muitas manifestações pelo mundo, o movimento occupy, a primavera árabe. É algum tipo de manifesto político? Essa música não é política. É mais pessoal, é sobre ter de fazer uma grande mudança nos relacionamentos para continuar vivendo. Parece po-


lítica, mas todo mundo personaliza o sentido de uma canção como quiser. Nós vimos que coincidia com um momento de mudança louca e imprevisível que está acontecendo no mundo, mas, na origem, não tem esse sentido. Tem essa música 30 years to life, que fala de um “dezembro frio” parece uma referência ao guns n’ roses, que fará 30 anos no ano que vem e que tem como um dos seus hits a canção november rain. (Risos) Não pensei sobre isso, não tem nada a ver. As pessoas pensam que eu penso mais sobre Guns N’ Roses do que eu realmente penso. Eu quase nunca penso. Mas você nunca realmente consideraria tocar com o guns de novo, por exemplo, uma única noite, como num evento beneficente ou na noite do rock’n’roll hall of fame? Não é algo que eu tenha

em mente. Geralmente, as bandas fazem isso por dinheiro, e eu não preciso de dinheiro. Mas certamente, se fosse uma ação beneficente ou algo assim, para apoiar uma causa, penso que não seria o fim do mundo subir ao palco. Contudo, não é algo que esteja ao meu alcance. Isso dependeria de uma ligação coletiva, mais gente está envolvida, não sou só eu. Você hoje é uma lenda do rock. E eis que está iniciando uma nova turnê, toda essa rotina de novo de hotéis e aeroportos. Isso ainda o deixa entusiasmado? Eu amo. Na verdade, nunca parei muito. Saí do Guns, excursionei solo, fiz shows como convidado, depois com o grupo Snakepit, depois com o Velvet Revolver, agora com os Conspirators. Acho que minha motivação sempre foram os shows, mais do que os discos Eu amo fazer os shows, amo estar em movimento.

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Madri, sempre bela Repórteres narram suas aventuras por lugares ainda pouco conhecidos

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TEXTO Thiago Momm e Gabriela Martínez/AE FOTO Shutterstock

xercício de imaginação. Madri é, de repente, uma cidade sem as suas principais atrações turísticas. Gran Vía, Palácio Real, praças Maior, do Oriente, de Santa Ana e da Porta do Sol, museus Reina Sofia, Thyssen e do Prado: mentalize o mapa madrilenho sem nada disso. Seria uma pena, e a cidade perderia um tanto de protagonismo no turismo internacional. Ao mesmo tempo, haveria um ganho: os visitantes explorariam melhor os muitos recheios de Madri escondidos pela sua cobertura turística - uma segunda Madri com atrações suficientes para garantir uma estada perfeita de, no mínimo, uma semana. Felizmente, os ícones madrilenhos continuam no mapa. E para encontrar esses “recheios”, os autores desta reportagem - um brasileiro que acaba de viver um ano na cidade e uma espanhola radicada ali há

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sete anos - passaram um bom tempo garimpando dicas, que podem ser aproveitadas nos dias de verão ou no inverno que está por vir. Vá além do Parque do Retiro, por exemplo, e você vai descobrir o Madri Rio, um modelo de revitalização urbana que merece ser replicado mundo afora, ou o Parque do Capricho, onde ficam os jardins mais fotogênicos da capital espanhola. Esqueça um pouco a santíssima trindade dos museus da cidade e você encontrará centros culturais que aproveitaram os espaços de um quartel general, um matadouro de gado, uma fábrica de cigarros, uma estação elétrica e um palácio de telecomunicações Dê uma chance aos menus além da paella e de ofertas duvidosas (especialmente as da Plaza Mayor) para conhecer uma cidade de gastronomia contemporânea inquieta, obcecada por renovações e pelo


aprimoramento do tão relevante para a ciinfinito universo das dade quanto o parque tapas. É possível ter Madri Rio, inaugurado uma amostra disso em em 2011. A área ladeia um restaurante três-eso Rio Manzanares ao trelas Michelin, na sua longo de mais de 6 unidade alternativa quilômetros no sul ma(mais em conta), em drilenho e é um caso novos lugares promisespetacular de revitalisores ou mesmo nos zação urbana. mercados da cidade. Construído em parAlém de sentar te sobre uma marginal, O Palácio de Cristal é uma das atrações no Parque do Retiro para tomar um café o parque ajardinou o ao acaso, tome tamasfalto e ajudou a intebém um café em lugares cuidadosamente escolhidos, grar bairros. Com a ajuda da vegetação baixa, todo o como um ambiente de culto ao cinema, a livraria com percurso tem vista para o entorno, onde se destacam mais personalidade de Madri ou os melhores endere- ícones como o estádio Vicente Calderón, do Atlético ços do bairro Malasaña. Viver, afinal, é melhor que de Madri, e o Palácio Real. apenas imaginar. Entre as atrações do próprio parque estão cafeterias, campos de futebol, circuitos para bicicleta e Parque do Retiro passeio, gramados para piqueniques e 18 áreas com brinquedos infantis. A lotação é certa nos fins de tarSobra verde na capital espanhola. O Parque do de e de semana, mas sempre há nativos lagarteando. Retiro, embora mereça a fama por seus atrativos, Atente não só para a antiga Ponte de Toledo mas tambeleza e localização central, é só o começo de uma bém para a de Arganzuela, com a aparência de uma longa lista. Em anos recentes, nenhuma novidade foi imensa e metalizada molécula de DNA.

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ARTIGO

Crônica para minha menina Este mês dedico à minha menina que entrou na minha vida em um dia de setembro e fez com que todos os dias ficassem coloridos como se a primavera fosse a única estação do ano. Ela chegou esperneando e brigando, demonstrando a força e a garra com que iria enfrentar o mundo. Eu nessa época nem imaginava quão forte ela seria e quanta alegria traria a mim e à nossa família. Dotada de personalidade forte aliada a uma grande doçura, encantou a todos desde bem pequena, principalmente os avós de sangue e de coração, aos quais dedicou um amor sem limites e uma dor inconsolável quando partiram.

Stella M. F. Pranzetti Vieira | Médica Pediatra da família toda desde sempre, não permite discussões e está sempre pronta para tudo o que precisamos. Fica atenta à saúde de todos, pede exames e avalia resultados, chamando atenção quando necessário. Controla as viagens, nossas e do irmão, sempre preocupada se não avisamos assim que chegamos e se está tudo bem. Quer que trabalhemos menos e que estejamos sempre alegres e sem preocupações, o que é impossível, mas, de maneira geral, é assim que tentamos viver. Cresceu tão depressa e este mês vai se casar, e quando disse a ela que sinto pena, ela me respondeu que quer construir uma família como a nossa e

Minha menina se apaixonou perdidamente pelo irmão assim que o viu e cuidou e cuida dele como se ainda fosse aquele menininho sapeca que se expunha a perigos o tempo todo. O pai é o grande amor da sua vida e o admira tanto que seguiu a sua profissão, respeita suas opiniões e as acata, e hoje é o seu braço direito, o que o deixa muito orgulhoso e feliz. Minha melhor amiga e companheira, confidente e carinhosa; nos falamos várias vezes ao dia e nos amamos mais do que é possível explicar. Desde pequena estudiosa, sempre soube o que queria e chegou lá mais rápido do que sonhávamos. Ela não relaxa nunca e cuida

que, só assim, terá forças para suportar o dia em que formos embora. Eu quero dizer minha menina que não vamos embora nunca porque o amor dura para sempre, sobrevive ao tempo, perdura além da vida, e que a nossa família e o sentimento que nos une serão eternos. Também queremos que saiba que desejamos que seja imensamente feliz e realize todos os seus sonhos. O mais importante é que mais uma vez vamos juntar a família e estaremos nós quatro de mãos dadas pedindo a Deus por você e pela sua vida e, como você bem sabe, sempre que estamos juntos parece noite de Natal.

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Fluence Modelo da Renault chega a 2015 com novidades TEXTO Igor Macário/AE FOTO Divulgação

Com o mesmo visual desde o lançamento, em 2010, o Renault Fluence enfim ganhou a primeira reestilização no Brasil. O sedã traz novidades sutis por dentro e por fora, passando a ostentar frente com LEDs de uso diurno, painel digital e sistema multimídia mais moderno. A tabela não sofreu reajuste. Parte dos R$ 66.890 para a versão básica, Dynamique, e vai até os R$ 82.990 sugeridos para a Privilège. O motor continua sendo o 2.0 16V de 143 cv de potência e 20,3 mkgf de torque. A transmissão é manual de seis marchas, disponível apenas para a versão Dynamique mais barata, ou automática CVT. As poucas mudanças na espaçosa cabine tornaram a vida a bordo ligeiramente mais fácil. O novo sistema de entretenimento é simples de usar, mas a tela sensível ao toque fica distante das mãos do motorista,

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que por vezes precisa deslocar o corpo do banco para alcançar os comandos. Ao menos, os botões para ajustar as funções do som embaixo do monitor são mais fáceis de alcançar - o sistema também pode ser comandado por teclas na barra AVALIAÇÃO de direção. Já a telinha do velocímetro poderia agrupar mais funções, como indicações do GPS e dados sobre o sistema de som. Prós: conforto. Cabine é espaçosa e acabamento agrada. Isolamento acústico também é bom. Contras: desempenho O câmbio CVT é suave, mas “amarra” o 2.0, que custa a embalar quando solicitado.


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Um novo Rá-Tim-Bum? Criador da série infantil de maior sucesso da TV Cultura lança “Que Monstro Te Mordeu”

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TEXTO Cristina Padiglione/AE FOTO Divulgação/TV Cultura

o momento em que se celebram os 20 anos do Castelo Rá-Tim-Bum, série infantil mais bem-sucedida da história da TV Cultura, Cao Hamburger, seu diretor, apresenta sua mais nova cria: a série Que Monstro Te Mordeu, exibido de segunda a sexta, às 11h30 e às 19h30, na mesma TV Cultura. A TV Rá-Tim-Bum, canal pago da Fundação Padre Anchieta, também coloca o título no ar de segunda a sexta, às 13h30 e às 20h30. Antes de mais nada, Castelo e Monstro são produções de enredos muito distintos. O roteiro de Nino, Tio Vitor e cia. era guiado por elementos externos da curiosidade infantil. Já o terreno de Lali, personagem meio humana meio monstro, vivida por Daphne Bozaski, é norteado por conflitos e sentimentos internos. É latente, no entanto, que o DNA de ambos os títulos seja o mesmo.

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“O estúdio, assim como no Castelo, é 360º. O profissional (Paulo Andrejco) que veio de Nova York pra fazer os bonecos disse que nunca tinha visto um cenário como aquele e que isso seria ótimo para a movimentação dos bonecos”, conta Cao. E, se no Castelo os bonecos ficavam presos a um canto - vide a cobra Celeste e o Mal - agora é dada aos monstros total liberdade de locomoção. “De alguma forma, o Castelo nos deu inspiração e experiência para o que fizemos agora”, conclui. Os personagens foram desenhados pelo designer e diretor de criação Jum Nakao. A criação é assinada por Cao e Teodoro Poppovic, com produção de Matias Mariani e, fundamental, dinheiro do Sesi, que injetou R$ 14 milhões nos 50 episódios feitos para a TV e em 50 pílulas de dois a três minutos que serão veiculadas pelo YouTube, com publicação às terças e quintas.


O material feito para a web traz clipes da trilha sonora, que conta com Clarice Falcão, Jorge Mautner e Tim Bernardes, bastidores da série, como oficinas de monstros, receitas culinárias de comidinhas citadas em cena, charadas e musicais. “Um programa educativo precisa ter entretenimento, isso é o mais difícil e acho que a gente conseguiu”, atesta Cao. Mas não confunda “educativo” com conteúdo escolar. “A ideia é falar de sentimentos.” A cada episódio, uma criança do mundo dos humanos desenha um monstro. Pode ser o monstro do medo, do escuro, do ciúme, ou da preguiça. A criação no papel toma forma em animação 3D e a criatura ganha vida no Monstruoso Mundo dos Monstros. É o Doutor Z, monstro que habita seu laboratório nesse universo, quem identifica e cataloga cada criatura, com direito a aprendizado sobre o que cada um acrescenta à alma. A convivência entre monstrinhos e Lali ocorre sem mediações. Não há redes sociais nem internet

nesse mundo, com claro propósito de resgatar a importância de se relacionar com o outro, sem apoio de terceiros. As semelhanças entre os monstros da série e as criaturas do Muppet Show não são coincidência. Paul Andrejco, afinal, também traz os Muppets no currículo. Às gerações mais novas, crescidas no rastro de tantas exibições do Castelo, os novos bonecos remetem ao Mal, outra figura que habitava o Castelo. Produtores, criadores e investidores da nova série celebraram ainda um fator que pode não interessar muito ao telespectador, em especial às crianças, mas isso faz toda a diferença na realização do negócio: nascido na gestão anterior da Fundação Padre Anchieta, quando seu presidente ainda era João Sayad, Que Monstro Te Mordeu poderia ter sido sufocada por seu sucessor, Marcos Mendonça, como é comum ocorrer por divergências entre uma administração e outra. Mas a produção não só foi adiante, como honrou previsões de orçamento e prazo. Sorte nossa.

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Sucesso amoral Tatu Gabus Mendes se surpreende com boa repercussão de Severo, em “Império” TEXTO Luana Borges/TV press FOTO Jorge Rodrigues Jorge/CZN

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discurso tranquilo de Tato Gabus Mendes evidencia a experiência de quem conhece bem os mecanismos da televisão. Mas os quase 30 anos de carreira não impedem que o ator ainda se surpreenda com a profissão. Foi o que aconteceu ao ser escalado para interpretar o “encostado” Severo, de “Império”. Além de ser um personagem polêmico, que explora os filhos para levar uma vida mansa, esta é a primeira vez que Tato integra o elenco de uma novela de Aguinaldo Silva. “Eu me surpreendi com o convite pelo fato de nunca ter trabalhado com ele e por ganhar a oportunidade de fazer um personagem como esse, que, em um primeiro momento, pensei: ‘É difícil’”, assume, aos risos. Nas ruas, Tato também teve outra surpresa. Ao contrário do que esperava, a repercussão do papel tem sido positiva. Volta e meia, o ator é abordado por pessoas que admitem se divertir com as atitudes condenáveis de Severo. “No início, a gente tinha um pouco de medo que houvesse uma rejeição porque essa família é completamente incorreta, de um caráter muito duvidoso. Mas acabamos criando uma empatia com o público”, conta. Filho do renomado autor de novelas Cassiano Gabus Mendes, falecido em 1993, e sobrinho de Luis Gustavo, Tato conviveu desde cedo com o universo da televisão. Por isso, foi natural que optasse pela atuação como carreira. A estreia na tevê aconteceu em 1985, em “Ti-Ti-Ti”, uma trama de autoria de seu pai. Nos anos seguintes, Tato participou de outros folhetins de Cassiano, como “Brega & Chique” e “Que Rei Sou Eu?”, entre outros. E, ao longo dos anos, transitou em núcleos variados em novelas como “Quatro por Quatro”, de Carlos Lombardi, “O Beijo do Vampiro”, de Antônio Calmon, e “O Astro”, de Alcides Nogueira e Geraldo Carneiro. “Meu pai era uma referência incrível, a experiência dele era um tesouro

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para a gente. No início, ele foi ator, depois dirigiu, produziu... Fez tudo”, recorda Tato, que é irmão do também ator Cássio Gabus Mendes. Resumidamente, Severo é um homem que não gosta de trabalhar e é capaz de explorar os próprios filhos para conseguir dinheiro. Diante desse perfil, chegou a temer uma rejeição do personagem por parte do público? No início, a gente tinha um pouco de medo. Mas aconteceu o contrário pelo fato de termos levado para o lado do humor. E o texto também é muito engraçado, apesar de tratar de comportamentos condenáveis. As pessoas brincam muito comigo, ao mesmo tempo que falam: “Essa família não presta, mas está muito engraçado, estou adorando”. Mas como você encontrou essa possibilidade de explorar o humor? Na verdade, como a gente não tinha lido o texto pela sinopse, não sabia que eles seriam tão contundentes na coisa de explorar os filhos, nesse caráter. Sabíamos que era uma família simples, que vinha do interior e que o Severo foi um funcionário público que conseguiu ser demitido. Então, quando lemos o texto é que vimos que o caminho mais indicado seria esse de tentar ir para o lado do humor para amenizar um pouco o que poderia até criar essa rejeição ou chocar as pessoas. Diante de todos os exageros e desvios de caráter de Severo, você acredita que é um personagem possível de existir fora da ficção? Posso falar que já encontrei várias pessoas que me contaram histórias de parentes com ações iguais às dos personagens do meu núcleo. A verdade é que, infelizmente, tem gente assim mesmo. Em 2015, você completa 30 anos de trajetória na tevê. O que o motiva a con-

tinuar na carreira? É a minha casa. A minha história é toda de televisão porque meu pai começou a tevê em São Paulo, na TV Tupi. Desde garoto, eu convivi com isso. O meu universo é esse, adoro fazer televisão, gosto do processo, me encanta. Assim como depois eu adquiri o prazer e o respeito pelo teatro. Comecei a entender o que significa o teatro, nossa grande escola, depois de ter começado a fazer televisão. Então, para mim, televisão é sempre um prazer porque eu convivi com isso desde pequeno. Meu pai também chegou a ser ator no começo da carreira, minha mãe era atriz de rádio e meu tio é um grande ator. Por ter um pai tão competente e reconhecido no meio artístico, em algum momento você se sentiu pressionado a corresponder às expectativas que, por ventura, poderiam cair sobre o filho de Cassiano Gabus Mendes? Sim. Isso foi um pouco duro, mas saí com a cabeça feita quando vim fazer televisão. Eu já sabia que ia enfrentar isso. Achava que, por um lado, era normal, isso acontece mesmo em todas as áreas. Seja advocacia, futebol, medicina. As pessoas ficam esperando. E como eu convivi com isso em casa, vi muita gente na televisão que fez sucesso, depois fracassou e foi esquecido. Ter noção dessa coisa efêmera que é o sucesso me protegeu bastante. Mas não vou dizer que não sofri.


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Geralmente a lavanderia (ou área de serviço) fica esquecida no projeto de decoração. A preocupação consiste apenas em equipá-la. Mas, sendo um ambiente de trabalho pesado, o ideal é que ele proporcione bem-estar para as pessoas que o utilizam e, portanto, deve receber o mesmo cuidado que o restante da casa. Nos apartamentos atuais, ela é praticamente uma extensão da cozinha e fica praticamente exposta. Nestes casos, o cuidado é ainda maior. Minhas dicas: - Utilize cores vibrantes e alegres na decoração. Elas vão proporcionar mais energia para as pessoas que trabalham nestes ambientes; - Libere a circulação, encostando os móveis, máquinas e demais itens nas paredes; - Instale um cabideiro acima da tábua de passar

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roupa, ou próximo a ela; - Nichos e prateleiras são aliados importantes na organização dos produtos de limpeza; - Lembre-se que para utilizar espaço acima da máquina de lavar é necessário saber o tipo abertura da mesma; - Os móveis devem ser resistentes, funcionais e prever local para guardar vassouras, tábua de passar roupa, baldes, aspirador etc.


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Eu sei o que você fez... Na nova série ‘Stalker’, dupla investiga casos de perseguição TEXTO João Fernando/AE FOTO Divulgação

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ai ser difícil esquecer de trancar a porta e fechar bem as cortinas depois de um episódio de Stalker. A série, que estreou em novembro, no Universal, mostra o dia a dia de policiais de Los Angeles responsáveis por investigar crimes ligados à perseguição, uma obsessão na produção audiovisual norte-americana. A trama se concentra na figura da detetive Beth Davis (Maggie Q, estrela da série Nikita e do recente longa Divergente), chefe da Unidade de Avaliação de Ameaças da polícia local, cujo escritório, de tão organizado, lembra mais a sede de uma corporação. A protagonista tem de receber o novo companheiro de trabalho, Jack Larsen (Dylan McDermott, visto em Hostages), transferido da Unidade de Homicídios de Nova York. Com pinta de cafajeste e cantadas bara-

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tas, ele chama a atenção do espectador por ser também o perseguidor. No episódio de estreia, fica evidente o traço do criador e produtor executivo Kevin Williamson, o mesmo do filme Pânico (1996) e roteirista de séries como The Following (2013- 2014) e The Vampire Diaries, no ar pela MTV. Antes dos créditos iniciais, uma mulher se depara com o seu perseguidor, cuja tática é tacar fogo em suas vítimas. A maneira cinematográfica com que ele executa o plano dá o recado do que está por vir ao longo dos episódios, em que acontecimentos em sequência dão ritmo acelerado. Ainda no primeiro episódio, além de resolver o caso do assassino incendiário - que usa capuz e máscara e reforça o clichê das produções de suspense, os agentes têm de lidar com o caso de um estudante uni-


versitário perseguido por um colega de curso e de quarto no campus. Ao longo da trama, a detetive Beth revela que também já passou por uma situação em que foi perseguida. Nos Estados Unidos, onde Stalker estreou no mês passado na TV aberta e alcançou 8 milhões de pessoas, série foi criticada pelo excesso de violência e por ser mais spin off de produções policiais enquanto as longevas CSI, Criminal Minds e NCIS continuam firmes na audiência por lá. Além disso, a atração cita estatísticas, sem identificar a fonte, que dizem que cerca de seis milhões de pessoas são perseguidas nos EUA. Um dos personagens fala ainda que as celebridades são minoria nessa parcela da população. Um dos recursos que tornam a série interessante para o espectador é o posicionamento das câmeras. Mesmo quando a cena não trata de um dos perseguidores em questão, a imagem é mostrada de um ângulo em que se tem a impressão de que há alguém

observando os personagens de longe. Outro fator que prende a atenção é a rapidez com que novas histórias surgem em um único episódio. Em vez de gastar tempo introduzindo os personagens, Stalker parte as ações, cujas situações levam Beth e Jack a revelarem um pouco de suas personalidades. Além de aparatos tecnológicos que ajudam os policiais a encontrar pistas em tempo recorde, os agentes fazem observações sobre técnicas criadas por quem percebe que está sendo observado por alguém, como posicionar os móveis do quarto para vigiar quem está passando pela porta ou pelas janelas. A perseguição física é um dos diferentes tipos mostrados na série, que aborda também voyeurismo e assédio virtual. E nos outros exemplos de mentes doentias que acontecem outros exageros do roteiro, como um ex-presidiário que tira fotos secretas de uma adolescente e faz projeções na parede de casa.

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‘Loft’ do arquiteto Dado Castello Branco

A vez dos lofts Confira um dos principais destaques da 24ª edição da Casa Cor Rio TEXTO Marcelo Lima/AE FOTO Divulgação/AE

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uando surgiu em Nova York, entre as décadas de 1950 e 1970, a ideia de converter galpões industriais desativados em moradias não passava de uma solução de emergência para atender à necessidade de jovens em busca de habitação urbana por valores abordáveis. Com o passar dos anos, porém, a prática se sofisticou. Ganhou o mundo, virou notícia e conquistou muitos - e ilustres - adeptos. Assim, em pouco mais de meio século, potenciais interessados em habitar espaços amplos, bem localizados e a bom preço viram rarear a oferta de locações do gênero. Ao mesmo tempo, lofts espalhados pelas grandes metrópoles do mundo inspiraram lançamentos imobiliários, passaram a figurar nas páginas das revistas de decoração e terminaram, por fim, por traduzir um estilo particular de vida.

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Via de regra, em meio a ambientes conjugados, estruturas e condutores quase sempre aparentes, paredes sem revestimento e, claro, um mínimo de divisórias. Fossem quais fossem as dimensões do imóvel em questão. “Hoje, conceber interiores em continuidade, sem barreiras internas fixas, mesmo visuais, não é mais um problema para os designers. Mas uma oportunidade aberta para que eles exerçam sua criação”, declara a empresária carioca Patrícia Meyer, da 3Plus, empresa organizadora da Casa Cor Rio (em cartaz até 7 de dezembro), no Casa Shopping, na Barra da Tijuca. Um edifício com fachada de vidro, cinco metros de pé-direito e vista para a Pedra da Gávea e para as lagoas do bairro, o que, por si só, já justificaria um tratamento mais contemporâneo dos espaços por par-


Loft’da arquiteta Paula Neder

Loft projetado por Roberta Moura, Paula Faria e Luciana Manbrini

te dos profissionais. Mas que, na prática, contribuiu para um quase predomínio de espaços abertos entre as propostas apresentadas. Isso quer se trate de um estúdio de 40 m² ou de um loft completo, com mais de 100 m². A ideia de abolir completamente divisórias internas dos ambientes assume contornos explícitos nos lofts projetados por Monica Penaguião (nossa capa) e pelo trio Roberta Moura, Paula Faria e Luciana Manbrini: espaços nos quais a área do banho aparece separada do resto da ambientação apenas por uma cortina de tecido. Ganha uma abordagem menos radical nas propostas de Paula Neder, Mario Santos, Caco Borges e da dupla Paloma Yamagata e Bruno Rangel. Mas não está menos presente nos espaços projetados por Luiz

Fernando Grabowsky, Paola Ribeiro ou mesmo de Dado Castello Branco, paulistano que em sua primeira participação na Casa Cor Rio resolveu posicionar uma mesa de pingue-pongue no centro de sua sala de estar. “Me chamou muito a atenção a maneira como os profissionais (ao todo, são 45 escritórios participantes desta edição) conseguiram conferir uma conformação residencial verdadeiramente acolhedora a seus ambientes, mesmo diante de um edifício com pé-direito e esquadrias tão pronunciados quanto esse”, destaca a sócia de Meyer na 3Plus, Patrícia Quentel, que, mais uma vez , viu com bons olhos a opção por uma locação na zona oeste carioca para sediar o evento. “Trata-se da região que mais cresce na cidade. Sem dúvida, nosso maior mercado potencial”, conclui.

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Nutrição

Benefícios do coco Dra. Patrícia Milaré Lonardoni | Nutricionista | Tel: 19 3443.3236 (Limeira SP) patricia.milare@itelefonica.com.br

O coco é um alimento e tanto: nos oferece a fruta, sua água, sua gordura e, através dele, obtemos seu leite, sua farinha e seu açúcar. Riquíssimo em duas gorduras - o ácido láurico e o monolauril -, que têm tudo a ver com um corpo mais esbelto; essas gorduras nos oferecem energia. E funciona, inclusive como termogênico natural, se tomado antes do exercício físico. De rápida digestão, as gorduras do coco não ficam estocadas nas células. Ao contrário, servem de combustível para gerar energia. Aproveite o coco em todos os sentidos: a água-de-coco é um repositor hidroeletrolítico

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natural que nos protege contra cãibras e desidratação pelo seu teor de potássio, albumina e sódio, além de ser um eficiente e refrescante hidratante natural, principalmente nos dias mais quentes. Para cozinhar, o óleo de coco é o mais indicado. Experimente fazer arroz, feijão, e, até mesmo, seu peixe no óleo de coco. E quando quiser passar algo no pão, experimente passar óleo de coco. Fica saudável e saboroso. Raspas de coco e coco desidratado são boas opções para beliscar entre uma refeição e outra. Por conter triglicérides de cadeia média, favorecem a queima de gordura e sua utili-

zação funciona como fonte de energia. E esses mesmos triglicérides também regulam o funcionamento da tireóide, acelerando o metabolismo orgânico, o que facilita o emagrecimento. Quando o assunto é o açúcar do coco, tudo fica mais interessante. Produzido a partir do líquido das flores da palma de coco, sem agrotóxicos ou aditivos químicos, o açúcar de coco é saudável e pode ser consumido por diabéticos, uma vez que tem baixo índice glicêmico, isto é, ele não eleva rapidamente a glicemia e consequentemente a insulina. De sabor doce, semelhante ao açúcar mascavo, com um

leve toque de caramelo, o açúcar de coco é muito comum na culinária asiática. Fonte de vitaminas do complexo B, ferro, zinco, potássio, deve ser usado para tratar anemia, ansiedade e, até mesmo, queda de cabelo. A farinha de coco é rica em fibras e triglicérides de cadeia média e, por ter baixo índice glicêmico, nos mantém saciados por mais tempo. Essa farinha pode ser usada para substituir a farinha de trigo em qualquer receita. Mas fique atento à quantidade: para cada xícara de farinha de trigo, use apenas 1/3 da xícara de farinha de coco. Você não se arrependerá!


Artigo

Células-tronco: uma nova esperança para pessoas cegas Dr. Luis Amaral M. Di Paolo | Ao contrário do que muitos pensam, não é somente da pesquisa científica que dependem os avanços no desenvolvimento do tratamento de várias doenças através das células-tronco. Tornar isso realidade acabou se mostrando muito mais difícil, primeiramente pela rejeição e possível formação de tumores; depois, pelo alto número de células-tronco necessárias para tratar um órgão inteiro. E também pela polêmica que as células-tronco geram e pelas restrições políticas a seu uso impostas por diversos países. Há mais de 30 anos fala-se em usá-las para recuperar corações infartados, fígados diabéticos, cérebros atingidos por AVCs, Mal de Parkinson ou de Alzheimer. Agora, nos EUA e Japão, ocorreram grandes avanços no tratamento de pesso-

- Oftalmologista | Consultório: 19 3451.8575 (Limeira SP)

as cegas. Nos EUA, um transplante com células-tronco embrionárias, capazes de se transformarem em qualquer tipo de tecido do corpo, devolveu a visão a pessoas cegas. O procedimento também melhorou a acuidade visual de pessoas que tinham uma vida limitada por deficiência visual. De 18 pessoas tratadas, 10 apresentaram melhora moderadamente e apenas uma pessoa não obteve melhora. Os pacientes sofriam de dois tipos de lesões na retina: Doença de Stargardt e Degeneração Macular Senil. O grande avanço neste estudo é que, até então, nenhum tratamento tinha sido eficaz. O estudo também abre caminho para a cura de outras doenças incuráveis como Alzheimer, Diabetes e problemas cardiovasculares. No olho, temos células

Visão de um olho com degeneração macular senil

Visão de um olho normal

de muitos orgãos. É o único lugar fora do sistema nervoso onde há neurônios, vasos sanguíneos de todos os tipos e células que se assemelham às de outros órgãos. É o melhor lugar do corpo humano para testar terapias em outros órgãos. www.drluisamaral.com.br

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Ana Paula Arósio Longe da TV, atriz volta à cena em adaptação do clássico Macbeth para o cinema TEXTO Flavia Guerra/AE FOTO Divulgação

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os 39 anos, Ana Paula Arósio já foi a sedutora Hilda Furacão na minissérie homônima de 1998, a angelical Camille de Esperança (2002) e a austera promotora Ana Beatriz do seriado Na Forma da Lei (2010). Desde os 12 anos sob as lentes atentas dos fotógrafos e das câmeras de TV e cinema, é das poucas atrizes capazes de mobilizar tanto o grande público quanto os espectadores fãs de produções mais cult. No entanto, decidiu há quatro anos se afastar dos holofotes e se dedicar à sua vida pessoal. Só mesmo um papel como Clara, ou melhor, Lady Macbeth, a fez deixar sua rotina em Londres, onde vive atualmente. E quem convenceu a atriz a voltar ao set de filmagens foi o diretor Vinícius Coimbra, que, em parceria com Manuela Dias, escreveu o roteiro do longa A Floresta

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que se Move. Adaptação do clássico Macbeth, escrito por William Shakespeare no século 17, o filme traz Ana Paula no papel de uma Lady Macbeth moderna, que, assim como no clássico, manipula seu marido, o nobre Macbeth, ou o executivo Elias (Gabriel Braga Nunes), a assassinar o rei Duncan da Escócia, ou o presidente de um grande banco, Heitor (Nelson Xavier), para conquistar cada vez mais poder. “É uma versão contemporânea do texto original. Aliás, é o texto mais montado de Shakespeare. Gera muito fascínio. É uma obra complexa e, por isso, é difícil explicar por que nos fascina tanto. Mas Shakespeare foi grande estudioso da fragilidade do caráter humano. Concordo com ele. Ao mesmo tempo em que mostra o que tem de mais belo na raça huma-


na, ele revela também o que há de pior”, comenta o diretor Vinícius Coimbra, atual diretor de Malhação. “É um personagem quase irrecusável. Ter o privilégio de fazer este personagem é muito bom”, declarou Ana Paula, em reportagem veiculada pelo Fantástico, na Globo, no último domingo. Firme em sua decisão de só conceder entrevistas sobre o filme durante a campanha de lançamento, marcada para março de 2015, a atriz ainda declarou no vídeo veiculado no programa: “O que me encantou foi que eu achei o roteiro muito bem amarrado. É uma adaptação muito crível dessa história. Fiquei encantada com a Clara justamente por causa disso”. “A Ana é muito forte. Tem um olhar forte, uma voz forte. É o tipo de pessoa que parece selvagem”, analisa Coimbra sobre sua protagonista. “Ela é, além de tudo, muito talentosa. É preciso ser uma boa atriz para segurar este papel”, acrescentou o diretor, que também já assinou a direção de novelas como Lado a

Lado, Cama de Gato e O Profeta, além da minissérie JK. Quem ajudou Coimbra a trazer Ana Paula para o projeto foi a produtora Elisa Tolomelli, que, à frente da EH! Filmes, havia produzido o último filme da atriz, Como Esquecer (2010), de Malu de Martino. “Quando Vinícius contou sobre o roteiro, antes de qualquer coisa, pensei na Lady Macbeth e no nome da Ana para o papel”, conta Elisa, que assina produção de A Floresta que se Move em parceria com a Globo Filmes. Vale lembrar que Elisa também havia produzido A Hora e a Vez de Augusto Matraga, longa anterior de Coimbra, melhor filme do júri oficial e popular do Festival do Rio 2011. “Trazer o Macbeth para os tempos atuais foi uma ótima ideia, pois o texto fala de temas que estão sempre em voga, como o poder”, analisa Elisa, que atualmente trabalha nos preparativos dos 30% que ainda restam para serem filmados de A Floresta que Se Move.

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Dulce Mendoza Repórter narra sua viagem a um dos destinos turísticos mais famosos da Argentina TEXTO Mônica Nobrega/AE FOTO Divulgação

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eda era dissimulado, praticamente um traidor. Ao contato inicial, revelava um aroma suave de fruta, um pouco ameixa, um pouco morango. Então, na boca é que mostrava seu lado desequilibrado, ácido. Do tipo que conquista no primeiro momento, mas, quando vai embora, deixa um gosto, se não amargo, ao menos dispensável. Ieda era o meu vinho. O primeiro que “fiz” na vida, em grupo com duas colegas, misturando variedades produzidas pela Norton, uma das maiores vinícolas da Argentina. E, se daquela experiência veio a certeza de que ainda vai ser preciso estudar e beber muito para ser capaz de fazer um corte (ou mistura) aceitável, por outro lado, a brincadeira de ser enóloga por algumas horas foi a mais instigante da temporada mendocina.

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O radar dos viajantes brasileiros começa a apontar com mais insistência para a província no centro-oeste da Argentina, que merecidamente virou sinônimo de vinho, mas tem também estação de esqui, Las Leñas. O total de turistas do Brasil que desembarcaram no aeroporto local quase dobrou entre 2010 e 2013: foi de 45 mil para 80,4 mil. Mendoza também aposta no Brasil. “Os brasileiros já foram e voltaram a Buenos Aires, agora procuram outras opções”, avalia o diretor de Promoção do Ministério do Turismo de Mendoza, Roberto Riedel. Faz sentido, mas, em todo caso, é bom não comparar. Enquanto a capital da Argentina convida à agitação metropolitana, Mendoza é talhada para o turismo rural. A capital, com o mesmo nome da província, é uma cidade tranquila e arborizada, de 120 mil habi-


tantes, com vista para a Cordilheira dos Andes. No perímetro de oito por oito quarteirões ao redor da Praça Independência estão a hotelaria convencional e uma respeitável variedade gastronômica, impulsionada por alguns dos chefs mais aclamados do país, como Nadia Haron, do restaurante Nadia O.F. (nadiaof.com), Lucas Bustos, do Cordillera (cordilleramendoza.com), e Pablo del Río, do Siete Cocinas (sietecocinas.com.ar). Há supermercados onde se pode comprar vinhos básicos a preços módicos, lojas de souvenirs, algum artesanato e é isso. O que importa está nas regiões vitivinícolas, na zona rural. É o tipo de destino em que faz todo o sentido se hospedar em hotéis no campo. E, assim, ter a chance de sorver a beleza e o silêncio das paisagens logo pela manhã cedo ou no fim da tarde. Ao que interessa. Afinal, beber é o que interessa na província responsável por 85% da produção argentina, onde estão cerca de mil vinícolas, das quais

em torno de 120 são abertas aos turistas. As três principais regiões vitivinícolas, que você conhecerá ao longo desta reportagem, estão a até 1h30 de carro - mas não dirigindo, por favor - da capital. É nelas, no embalo etílico das degustações, que se descobre o vinho mendocino e as uvas malbec que estão no DNA da produção local. Não vai dar para lembrar de tudo depois, porque a cabeça sempre estará um pouco nas nuvens. Mas as experiências são ótimas. Como o desafio de preparar um vinho de corte a partir de três varietais (no caso, um malbec, um merlot e um cabernet sauvignon) proposto pela Norton. Era uma competição, e o sabor equilibrado do vinho adversário, o Dona Chic, ganhou a preferência de Alvaro Agüero, responsável pelas visitas. De tão acostumado a ciceronear turistas do Brasil, Agüero até fala um pouco de português. A Norton, afinal, é uma das vinícolas mais procuradas por brasileiros em Mendoza.

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Arquiteta Alessandra Buzolin mostra closet do Inspirare Residencial

Um closet para chamar de seu Espaço que se tornou o queridinho das mulheres é um dos principais diferenciais do Inspirare Residencial de Limeira

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Faça uma visita ao apartamento decorado e conheça todos os diferenciais do Inspirare Residencial. Endereço: rua Fernão Dias, 80, Centro (Próximo à Igreja São Sebastião). Informações adicionais também podem ser obtidas pelo telefone (19) 3033.9793 ou site: www.inspirareresidencial.com.br.

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closet vem ganhando grande importância nos projetos arquitetônicos. Sinônimo de organização, o closet permite guardar roupas, sapatos e acessórios em um espaço reservado, garantindo, assim, mais conforto na hora de escolher cada peça. Existe ainda outro aspecto importante. “Antes, o closet era apenas um espaço para guardar roupas, mas hoje todos sabem que esse espaço valoriza o imóvel, além de ajudar a manter a organização de roupas e sapatos. Todas as pessoas querem morar em um imóvel que tenha esse espaço. O closet se tornou um dos principais desejos dos clientes na hora de encomendar um projeto”, afirma a arquitetura Alessandra Buzolin. Foi pensando nisso, que a Construtora Manara, de Limeira, lançou o Inspirare Residencial. São apartamentos espaçosos (96m2 e 120m2), em endereço privilegiado e closets bastante amplos. O empreendimento contempla ainda uma completa estrutura de lazer e esportes.


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“O Hipnotizador” Em nova série da HBO, personagens falam em seus idiomas de origem TEXTO João Fernando/AE FOTOS Divulgação/AE

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magine um lugar onde pessoas falem idiomas diferentes e, como mágica, todas se entendem, como se estivessem conversando na mesma língua. Nesse universo sem tecla SAP nem tradutor do Google é que se passa O Hipnotizador, nova série latina da HBO, prevista para estrear em 2015 em todo o continente, cujas gravações terminaram na semana passada. “Funciona bem, tenho entendido perfeitamente. Não é como no cinema norte-americano, em que eles falam inglês com sotaque alemão quando interpretam alemães”, compara Leonardo Sbaraglia (foto ao lado), ator portenho que interpreta o protagonista e atualmente pode ser visto no longa Relatos Selvagens. Criada a partir do quadrinho homônimo dos argentinos Pablo De Santis e Juan Sáenz Valiente, a

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produção é brasileira e foi rodada na capital do Uruguai com profissionais e atores locais, hermanos e tupiniquins. Dividida em oito episódios, a série conta a história de Arenas, um hipnotizador condenado a ficar eternamente acordado, que adormece as pessoas e as ajuda a resgatar memórias antigas para resolver problemas atuais em uma misteriosa zona de fronteira que não tem nome nem idioma oficial. A miscelânea de português e espanhol causou diferentes impressões no elenco. “É mais inteligente e elegante do que falar com o sotaque do outro. É quase uma coisa utópica futurista. Acho a coisa mais normal do mundo. Quando você vai a Nova York, escuta todo tipo de idioma”, opina Bianca Comparato, que encarna Anita, funcionária do hotel onde Arenas mora. “Eu não acho normal. Em lugares como Nova


York você tem de fazer um esforço para entender. Estou torcendo para que isso seja um golaço, pois é um estímulo à integração da região”, rebate Chico Diaz, nascido no México, que dá vida ao antagonista Darek. “Essa mistura acontece o tempo todo”, minimiza o uruguaio César Troncoso, que já participou de filmes brasileiros e da novela Flor do Caribe, no ano passado. Para aumentar a diversidade de acentos, a portuguesa Maria de Medeiros faz uma participação, com uma das pessoas que recorrem aos serviços do hipnotizador para resolver a questão de um quadro falso. “Na série, estou com um sotaque brasileiro. Se fosse com o meu sotaque português, sei, por experiência, que não me entenderiam. Dizem que no cinema norte-americano tem o ‘mid-atlantic English’. Eu faço o ‘mid-atlantic’ português”, disse à reportagem. Quando a atração for ao ar, terá legendas em por-

tuguês para os diálogos em castelhano no Brasil e vice-versa nos países latinos onde será exibida. “Já tivemos uma experiência no episódio de Destino São Paulo sobre os bolivianos”, relembra Maria Angela de Jesus, diretora de produções originais da HBO Brasil. Ainda na pré-produção, houve dúvida sobre a cidade onde O Hipnotizador seria rodada. Montevidéu foi escolhida pela arquitetura conservada, já que a estética de série é de um período entreguerras. “Eu tinha vontade de fazer essa aproximação. O Brasil é muito isolado e tinha essa preocupação de sair do isolamento”, explica o cineasta José Eduardo Belmonte, que divide a direção com Alex Gabassi. O diretor confessa não ter fluência no idioma do país vizinho. “Prefiro fazer um pensamento complexo em português do que um reduzido em espanhol na hora de falar com os atores.”

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Peças únicas Lisa Whatmough faz do patchwork sua assinatura TEXTO Marcelo Lima/AE FOTOS Divulgação/AE

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ofás com desenho de época revestidos com tecidos em combinações explosivas. Mesinhas pintadas com tintas que proporcionam toque aveludado e brilho fluorescente. Excêntricas luminárias com corpos de animais e descansos para livros no formato de anjinhos renascentistas. Difícil classificar, à primeira vista, o trabalho desenvolvido pela britânica Lisa Whatmough na Squint, loja de artigos para casa que ela fundou no Reino Unido, hoje presente em três continentes. Apenas em Londres são dois endereços próprios, além de duas lojas de departamentos. Dona de um olhar muito britânico - e motivada

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por uma assumida paixão pelos produtos têxteis -, Lisa realiza em suas criações uma rara fusão de moda e artes decorativas, de colorido intenso e expessão acentuada, que acabou por se constituir em sua marca registrada. Uma quase assinatura visual que, com base na técnica do patchwork, mistura épocas e heranças sociais e artísticas para criar móveis e objetos que são, antes de tudo, contemporâneos: apesar de claramente parte integrante de uma mesma família, cada uma de suas criações é única. Sofás e poltronas, por exemplo, podem ser projetados em larguras e profundidades específicas, contar


ou não com almofadas de assento ou até mesmo dispor de braços e pernas que podem ser desenroscados. Tudo para facilitar sua entrega e instalação. Uma vez catalogadas, as peças podem ser reproduzidas com os mesmos tecidos e combinações de cores, mas, ainda assim, o costurado à mão, típico do trabalho de patchwork, determina que dois produtos podem até se assemelhar, mas não serão jamais idênticos. Produzidos inteiramente à mão, os produtos Squint contam com alto nível de acabamento e são confeccionados por todo o Reino Unido, em diversas oficinas independentes. Todas porém, empenhadas em manter o mesmo padrão de design e qualidade.

A design Lisa Whatmough, que mantém a Casa Loja Squint, em Londres.

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Moda

Fashion POR TATTY MEDEIROS

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de Páginas da muita mo

Tatty Medeiros tatty@tattymedeiros.com face Tatty Medeiros www.tattymedeiros.com

Brilho, alegria, salto alto, super maquiagem e esperança: são os itens indispensáveis para encerrar este ano de 2014 e aproveitar as festas em comemoração ao novo ano que se inicia.

Moda para festejar! A moda caminhou nessa temporada da maneira mais democrática possível, vários estilos e personalidades se encontraram e repaginaram tendências já vistas e transformaram as novas em um verdadeiro paraíso de cores e texturas. E, para as festas de final de ano, não podia ser diferente. A época merece toda a atenção com a produção: aposte nos brilhos, bordados, metalizados e rendas. Glamour e elegância são os quesitos básicos para não errar. Agora, quando o assunto é réveillon, invista no branco - um clássico que, neste verão, vem com força total. Brinde, ame e que comece a contagem regressiva para 2015!!!

Créditos: imagem divulgação Patricia Bonaldi, Samuel Cirnanski, Forum e Patricia Mota

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Férias de

VERÃO Estampas florais, geométricas e tropicais, modelagens democráticas, cores vivas e muitos detalhes, como bordados e mix de tecidos. Já as influências passeiam do étnico ao botânico. Um verão que aumenta nossa vontade de fazer as malas... A PLANETA ÁGUA trabalha com moda fitness e praia e, é claro, te espera com os melhores looks para as férias de verão!!!

Fones: 19 3443.4828/3443.4829 Rua Barão de Campinas, 964 | Centro Créditos: imagem Salinas para a Planeta Água

Limeira SP

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‘A espera do Noe

‘A espera do Noel...

Modelo: Larissa Israel (The Agency One) Beleza: Bruno Mazzer Foto: Nelson Shiraga Estilo e Produção: Tatty Medeiros Looks: Pepper Sapatos: Dazzê

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el...

...e que ele traga muitos sapatos

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EU QUERO JÁ!

Dourado, vermelho, branco e muito estilo... O vestido longo se tornou um clássico do closet feminino, e deixa qualquer mulher elegante e clássica. Para adequá-lo a muitas produções, acerte nos acessórios: o salto te leva para a noite de Natal, e a rasteira para um passeio nos dias ensolarados de verão. Já o dourado do bordado dá um up no look e pode ser o queridinho para a tão esperada virada do ano. Agora, para não errar, vá de branco pular as sete ondinhas... Inspire-se e prepare-se, porque as festas te esperam!!!

Moça Brasilis (Centro) Rua Santa Cruz, 880 | Centro Limeira - SP Tel: (19) 3444-1870 Moça Brasilis (Shopping Nações) Rod. Dep. Laércio Corte (SP-147), 4500 Jd. Res. Alto da Graminha - Limeira -SP Tel: (19) 3449-4870 Moça Brasilis (Shopping Pátio) Rua Carlos Gomes,1321 - Centro Limeira - SP Tel: (19) 3034-8824

www.mocabrasilis.com.br

Moça Brasilis (Cordeirópolis) Rua Sete de Setembro,408- Centro Cordeirópolis -SP Tel: (19) 3546-5673 Sol Lua by Moça Brasilis Rua Sete de Setembro,303b - Centro Cordeirópolis -SP Tel: (19) 3546-6080

Modelo: Lilian Miranda (The Agency One) Beleza: Bruno Mazzer Foto: www.demetriorazzo.com Estilo e Produção: Tatty Medeiros Looks: Moça Brasilis

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Dias de sol, energia de sobra e cores vibrantes... Sim, o VERÃO chegou! E, com ele, uma coleção incrível de moda fitness na SANTOS FITNESS. Movimente-se e curta essa estação, com saúde!

Santos Imagens: Oxyfit para Santos Fitness

Loja 2 Rua Dr. Trajano, 805 Centro - Limeira - SP Tel: (19) 3451-0337

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Queridinhas da estação Rua Conselheiro Saraiva, 810 Centro – Limeira SP 19 3713.8004 email: vinylla.limeira@gmail.com

Cores e conforto para as férias de verão, e isso encontramos nas sapatilhas. As queridinhas de toda estação ganham detalhes femininos e delicados, arrematados por estilo e bom gosto. Esta aí uma peça que não pode faltar na mala, portanto INSPIRE-SE!

facebook: /vinylla.calcados instagram: @vinylla_limeira

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Home Care POR KEILA SILVA - Fisioterapeuta

A tradução do termo home care (inglês) significa “cuidado (care) em casa (home)”. Atualmente, na estética, home care é sinônimo da utilização de cosméticos ou dermocosméticos em casa para complementar o tratamento realizado com profissionais da área. Alguns tratamentos, para que tenham um resultado satisfatório, exigem que seja dada continuidade além da seção com o profissional. Com produtos adequados para cada tipo de tratamento, o cliente pode “fazer a sua parte” para potencializar o seu resultado. Com boas indicações, as reclamações comuns de que alguns tratamentos estéticos não dão resultado vão acabar, pois quando o tratamento em home care está em harmonia com o tratamento profissional, os resultados são muito melhores. Para obter resultados clínicos realmente eficazes, é essencial que se utilize um “kit” de cuidados diários. Como exemplo para face: um sabonete de uso diário, um tônico, um hidratante e filtro solar adequados ao seu biótipo cutâneo, e que não contraponham o programa de tratamento realizado pelo profissional em cabine estética. Para o corpo, use o produto com princípios ativos específicos para cada caso. Para gordura localizada, por exemplo, cafeína. Para flacidez, temos o ácido hialurônico e, para celulite, a centella asiática. Mas estes são apenas alguns dos ativos existentes no mercado, pois é grande a variedade. Procure um profissional da estética e peça algumas dicas.

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Equipe de Colaboradores

Moda

Fashion

Érica Ferreira comanda a The Agency One, especializada na preparação, formação e agenciamento de modelos. Com 23 anos de atuação, a agência conta com modelos para campanhas e desfiles, recepcionistas para eventos, fotógrafos, produtores de moda e beleza. Rua Duque de Caxias, 1.137 | Centro | Limeira SP | 19 3702-3941 | 3033-4883.

Demétrio Razzo - fotógrafo profissional há mais de 10 anos. Tem aliado suas técnicas diferenciadas com um olhar atento e sensível às necessidades de seus clientes. Atendendo diversos segmentos de mercado, seus trabalhos são diretamente enriquecidos com anos de experiência em tratamento de imagens e na área gráfica. Sempre em busca de desafios e de boas parcerias, suas fotos certamente atrairão os olhares certos para o seu produto. Seu estúdio fica em Limeira. 9 8114.2985 | 3701.3801 | demetriorazzo.com

Wilson Arado comanda o Camarim. É cabeleireiro e maquiador há 12 anos e especialista em noivas e loiros. Wilson Cursou academias internacionais, como Vidal Sasson e Kamua em Hollywood. É o principal responsável pelas transformações feitas no Camarim onde é sócio-proprietário. Rua Paraíba, 747 | Vila Cláudia | Limeira Fone: 19 3792.2022

Edu de Paula - atento, inquieto, ousado, mais de 30 anos de experiência em todas as áreas da fotografia industrial, comercial e artística. edudepaula.com.br – Experiência Profissional stilloitaliano.com.br - Clássico Espontâneo olharboudoir.com.br - Sensual Sofisticado

Bruno Mazzer - cabeleireiro, maquiador e hairstylist de moda, atuante no segmento há 7 anos. Atualmente, atende no Studio Bergamo, localizado em Limeira. Rua Dr. José Botelho Veloso, 47 - Vila São João. Fones: 19 3702.5122 | 9 8330.3993

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Decoração de verão Cássia Reis |

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Para uma decoração interior que reflete a beleza do exterior: o verão. Inspire-se em cores como o branco, creme, bege, cru, azul, rosa, amarelo, verde e vermelho para animar a casa. Substitua as pesadas cortinas por modelos mais leves e transparentes, ou as esqueça por completo durante a estação. Altere as disposições dos móveis, abra portas e janelas, para aproveitar ainda mais as vistas. Verão é sinônimo de andar descalço, então aproveite para lavar os tapetes. Abuse das frutas da época para criar centros de mesas apelativos ao paladar e aos olhos. Uma taça azul com limões, ou

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um prato branco com pêssegos, é um destaque em qualquer cozinha ou sala de jantar. No verão, a tendência é passar mais tempo ao ar livre. Então prepare a varanda, a área de lazer e os jardins para tardes ensolaradas e longas noites. Não se esqueça também de trazer o exterior para o interior, usando regadores em ferro ou latão, jarros e garrafas para colocar arranjos florais. Se tiver a sorte de ter uma piscina em casa, tire partido deste espaço único e o decore com móveis de exterior convidativos e confortáveis, velas e tochas para criar um ambiente de praia e convide os amigos

para um delicioso churrasco. Rejuvenesça o seu estofado com almofadas e motivos florais ou riscas coloridas. Não há melhor estação para pintar as paredes do que o verão. Com portas e janelas abertas vai secar e arejar num instante. Então, inspire-se em tonalidades claras para criar uma luminosidade instantânea. Renove os porta-retratos substituindo as imagens por fotos tiradas no verão passado, exiba postais de lugares visitados ou então do destino de seus sonhos. Use e abuse de tudo que lhe faça lembrar-se do verão... Uma taça de sorvete, pés descalços, flores, pôr-do-sol....


LIFE CIRCO ROCK

A Academia Life Circo, localizada em Limeira promoveu, de 12 a 15 de novembro, o Show Life Circo Rock - ocasião em que seus alunos colocaram em prática os conhecimentos circenses adquiridos durante as aulas. O público se encantou com as apresentações e deu gargalhadas com a dupla de palhaços. Sob o comando do empresário Henrique Testa, a Life Circo é especializada no ensino de atividades circenses. Informações: (19) 3702.6007.

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Equipe Show Life Circo Roc

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Pedras iluminadas Fabiana Massaro | Fone: 19 9-7406.6806

A decoração nos permite usar várias formas para valorizar um determinado local, seja pela arte ou pela tecnologia. Quando esses dois itens estão alinhados, o resultado fica bem mais interessante. É o caso do grafismi, técnica inédita de gravação a laser em superfícies como madeira, painéis de TS e que permite a impressão de desenhos, imagens e texturas diretamente no móvel, dando charme e exclusividade ao ambiente. O resultado traz a valorização da textura, da sensação relacionada ao tato e à personalização. Existe também o grafismi que utiliza a impressão no vidro através de tintas com

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nanotecnologia, à base d’ água, livre de chumbo e outros produtos químicos, oferece alta definição de imagem e inclusão da cor nas mais variadas matizes e composições. Composta por opções de estampas e uma infinidade de variações de cores exclusivamente criadas por renomados designers de superfícies, as coleções são compostas por elementos naturais, que vão desde inspiração em pedras, grãos, redes e flores, a referências em elementos urbanos, modernos e fluidos. Enfim, essa técnica é inovadora e tem tido uma aceitação notável de pessoas que priorizam projetos mais

exclusivos. Pode ser encontrado em casas especializadas em alta decoração. Vale a pena pesquisar.


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Forças ocultas “Constantine” sai dos gibis para ganhar série na TV paga TEXTO João Fernando/AE FOTOS Divulgação/AE

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elenco da série Constantine, cujo personagem-título é um caçador de demônios, tem lidado com forças sobrenaturais na ficção e na realidade. “Estávamos gravando de madrugada, em um cemitério. Ficamos andando. Aí, ouvi um assovio e fiquei pensando de onde vinha. Perguntei ao coveiro e ele disse que era de um homem que tinha morrido e que sempre assoviava aquela hora. Eu disse, claro”, diverte-se Angélica Celaya, uma das protagonistas da atração inspirada nos quadrinhos Hellblazer, que estreou em 7 de novembro, às 22h30, no canal Space. Ao lado de John Constantine, vivido por Matt Ryan (foto ao lado), ela dá vida a Zed, uma das personagens cujos dons vão além dos humanos comuns. Na trama, ela é uma artista plástica que tem visões sobre o protagonista. “Ela fica no apartamento desenhando e pintando, pirando porque tudo o que ela tem na mente é John Constantine. Ela pode sentir o

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que vai acontecer. E, por alguma razão, sempre o vê”, explica a atriz. Zed fica ainda mais afetada ao se deparar com o Constantine. “Ela o encontra e vê que as visões são reais. Ela nem acredita que pode tocá-lo. Fica animada, porém, ao mesmo tempo, assustada ao pensar por que precisa encontrá-lo, por que ele aparece na vida dela”, detalha a atriz. O personagem passa os episódios procurando pistas de espíritos do mal que atacam e possuem corpos de mortais. Angélica conta que mudou a relação com produções que abordam o sobrenatural após integrar o elenco da série. “Você vê filmes de terror e volta para casa. Aí, acorda com sede às 3 da madrugada e fica com medo de buscar um copo d’água porque acha que vai aparecer alguém que vai te matar ou um boneco assassino vai andar no corredor. Depois que você aprende como se gravam essas cenas e histórias,


pensa: ‘Agora, eu posso buscar minha água no meio da noite. Sei o que estará me esperando no corredor”, conta “Já fiz parte do público que fica com medo. Hoje, já sei me defender. A série virou uma terapia para mim para acabar com meus medos do sobrenatural.” A quantidade de efeitos, aliás, é uma das marcas da série, repleta de computação gráfica por conta dos anjos e demônios. Constantine, obra da DC Comics, que já foi transformada em filme estrelado por Keanu Reeves, exibido em 2005, segue uma tendência da TV norte-americana em rodar séries derivadas de estrelas dos quadrinhos. Atualmente, estão no ar Gotham, sobre o comissário Gordon, aliado de Batman, além de The Flash e Arrow, todas exibidas no Brasil pela Warner. Além da parte tecnológica, Constantine teve investimento em profissionais conhecidos por outras produções para TV. A própria Angélica deu expediente na segunda versão de Dallas. Na atração, estão ainda Harold Perrineau (Lost) e Charles Halford (True Detective). O produtor executivo é Daniel Cerone, o mesmo de Dexter e The Mentalist, e o

diretor é Neil Mareshall, de Game of Thrones. Reviravoltas em sequência marcam a trama da versão televisiva de Constantine. “Cada episódio tem um vilão diferente. Nunca sei o que vou gravar na semana que vem. Agora, estou no 11.º. Na semana que vem, começa o novo e ainda não sei o que vai acontecer. Eles (roteiristas) não dão dicas. Quando descobrimos o que vai acontecer, é como um presente de Natal”, exagera Angélica, que conversou com a reportagem por telefone na semana passada. Com experiência em produções norte-americanas e latinas, por causa de seu pai mexicano, a atriz, de 32 anos, tem fixação pela novela O Clone (2001), de Gloria Perez. “Eu era adolescente quando vi essa novela do começo ao fim. Corria da escola para casa para assistir”, confessa ela, fã da protagonista vivida por Giovanna Antonelli. “Eu me vesti como ela no Halloween. Queria ser a Jade, eu a amo! Por favor, diga a ela que sempre quis ser parecida com ela, aquele cabelo comprido, o jeito que ela mexia os quadris”, derrete-se Angélica.

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Risco calculado Depois de quatro anos longe da TV, Letícia Birkheuer vive jornalista em “Império” TEXTO Luana Borges/TV Press FOTOS Jorge Rodrigues Jorge/CZN

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etícia Birkheuer gosta de se arriscar. Com qua- para a personagem. “Sempre convivi muito nesse se uma década de carreira, a atriz se sente mais meio, então muitas coisas eu já sabia como funciosegura do que nunca em experimentar novas navam”, avisa. possibilidades em cena. E encara “Império”, onde inParceira de cena de Paulo Betti, que interpreta o terpreta a jornalista Érika, como uma espécie de reco- blogueiro Téo, Letícia não teve a oportunidade de fameço. Afinal, fazia quatro anos que ela não atuava na zer a preparação ao lado do ator. Mas os dois costutelevisão. Nesse período, se tornou mãe e estreou nos mam estudar o texto juntos antes da gravação e a atriz palcos em 2013, experiência que lhe trouxe mais ma- aproveita para pegar o máximo de dicas com ele. turidade na carreira. Mas o intervalo também causou “Paulo me ajuda, me dá uns toques. É uma pessoa um “frio na barriga” quando Letícia soube que vol- que quer que fique bom, que está preocupada e isso taria ao ar. Principalmente, pelo fato de ser em uma é muito legal. Além do que, nos divertimos, damos trama das 21 horas. “Estava muito querendo voltar a risada...”, revela. É da “dobradinha” com o ator, alitrabalhar e essa novela foi uma prova de fogo para ás, que Letícia mais escuta comentários das pessoas, mim. Me dediquei bastante e estou feliz que as coisas tanto nas ruas como nas redes sociais. Inteirar-se da estão dando certo. Mas é opinião do público é um óbvio que fiquei nervosa”, cuidado que a atriz tem. assume ela, que foi convi- Letícia era modelo e não pensava “Acho importante ter dada diretamente pelo au- em trabalhar na televisão até esse ‘feedback’. Por mais tor Aguinaldo Silva. que tenha um crítico de que foi chamada para o elenco Para dar conta do retevê ou outro que fale cado, Letícia contratou a de “Belíssima”, em 2006. uma coisa, o que vale “coach” Andrea Cavalpara gente é o que o púcanti por conta própria. blico acha, assim como Com ela, a atriz estuda o texto e define as possibili- os diretores e o autor”, pondera. dades que pode explorar na pele de seu papel. “AnTrabalhar como atriz nunca foi um desejo de Letídrea me ajuda a descobrir as relações com os outros cia. Modelo internacional bem-sucedida, ela morava personagens e me dá ideias. Não que eu vá usar tudo há 10 anos em Nova Iorque quando recebeu o convite o que ela diz porque, na hora, quem decide é a dire- de Silvio de Abreu e Denise Saraceni para integrar o ção da novela. Mas é bom ter uma pessoa para propor elenco de “Belíssima”, em 2006. O produtor de elencoisas”, ressalta. co estava à procura de uma modelo que tivesse alguAlém disso, Letícia dedicou boa parte do seu tem- ma noção de interpretação e insistiu para que Letícia po no laboratório que fez acompanhando o trabalho de fizesse um teste. Depois de aprovada, ela viu sua vida publicações especializadas em celebridades. Durante dar um giro de 180 graus. “Abandonei tudo e voltei a imersão, a atriz absorveu referências para compor para o Brasil. Mas eu pensei que seria uma experisua jornalista e ainda conheceu curiosidades do meio. ência. Se não gostasse, voltaria para Nova Iorque, já “Foi engraçado descobrir que o que dá mais clique é que tinha uma carreira como modelo consolidada lá subcelebridade. Por exemplo, uma mulher que não é fora”, recorda. Mas, depois da estreia na tevê como tão conhecida, mas foi para a praia e deixou o biquíni atriz, Letícia foi contratada por mais dois anos pela cair. E geralmente a pessoa faz de propósito, para apa- Globo e acabou fazendo outros trabalhos, como “Pé recer”, diz, às gargalhadas. Como Letícia trabalhou na Jaca” e “Desejo Proibido”. “Gostei de trabalhar por muito tempo como modelo, se acostumou a lidar como atriz e resolvi investir, começar a estudar e me com a imprensa. Experiência que também aproveitou dedicar, já que tive essa oportunidade”, destaca.

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Tempo de NOVIDADE Desde que estreou na tevê, Letícia Birkheuer passou a nutrir uma vontade de fazer teatro. Mas a primeira oportunidade só surgiu em 2013, quando integrou o elenco da peça “Até O Sol Nascer”, de Lucianno Maza. “Eu tinha muito medo, mas foi uma experiência bacana”, confessa. Agora, Letícia pretende fazer teatro novamente. Mas, dessa vez, gostaria de se aventurar no gênero da comédia. Principalmente depois que pôde mostrar uma faceta mais humorada em “Império”. “Algumas pessoas que me conhecem muito bem dizem que sou engraçada, mas o público não sabia disso. Acho que, com a novela, as pessoas estão começando a ver esse meu lado”, avalia.

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Bio Ritmo traz para Limeira aparelho revolucionário em treinamento funcional

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Bio Ritmo, maior rede de academia fitness da América Latina, trouxe para a cidade de Limeira o revolucionário Synrgy360. A novidade, que é atração na academia, oferece um treinamento sem limites, com diversas configurações de acordo com o perfil de cada cliente. A incrível estrutura traz uma solução única e combina inúmeros exercícios dinâmicos para qualquer tipo de corpo, seguindo o sistema all-in-one, tornando-se um circuito integrado de treinamento. Pode ser utilizado para treinamento individual ou em grupos acima de 10 pessoas. Integra nove áreas de exercícios em quatro espaços de treino, áreas de TRX, espaço para boxe, corda naval, treinamento de reação, treinamento de suspensão, treino de força, treinamento funcional, suporte monkey bar e muitas outras aplicações. Os treinos individuais, ou em grupo, tornam-se mais produtivos, dando aos clientes da Bio Ritmo maneiras infinitas de se exercitar e conseguir resultados nunca vistos antes. O inovador Synrgy360 é obrigatório nos dias de hoje para atender aos clientes mais exigentes e que desejam ser bem atendidos com serviços diferenciados.

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Segurança

Vigilante – O maior patrimônio da empresa de segurança Émerson Camargo - Pós-graduado com especialização em Segurança Pública e Privada MBA em gestão estratégica de negócios MBA em gestão de pessoas | Fone 7802-5064 – ID 55*139*7222 Os vigilantes são o maior patrimônio das empresas especializadas em segurança privada. Apesar da crescente tecnologia da segurança eletrônica e de sistemas inteligentes que se aprimoram a cada dia, o fator humano segue imprescindível para a prestação de serviços de qualidade das empresas especializadas em segurança privada, lembrando que as atividades de segurança privada “são reguladas, autorizadas e fiscalizadas pelo Departamento de Polícia Federal – DPF e que são complementares às atividades de segurança pú-

blica nos termos da legislação específica”. Dessa forma o vigilante é o profissional de segurança formado, preparado e disciplinado por empresas especializadas em cursos de formação, extensão e reciclagem de vigilantes, sendo certo que somente essas empresas estão autorizadas a ministrarem esses treinamentos e lhes concederem o credenciamento como vigilante perante a Polícia Federal. Ser vigilante é ter o direito de receber uniforme, devidamente autorizado, as expensas do empregador, ter porte de arma quando em efe-

tivo exercício de sua profissão, utilizar materiais e equipamentos em perfeito funcionamento, incluindo coletes balísticos, armamento e munições, utilizar sistemas de comunicação em perfeito estado de funcionamento, além de treinamento regular em conformidade com a legislação específica e seguro de vida em grupo feito pelo empregador e ainda prisão especial decorrente do serviço. Por essas e tantas outras razões que o vigilante é sem dúvida o “maior patrimônio da empresa de segurança”. Pense nisso!

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Com outros olhos No ar em “Malhação”, Marcelo Faria ressalta fase mais madura na carreira TEXTO Caroline Borges/TV Press FOTO Jorge Rodrigues Jorge/CZN

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arcelo Faria define sua atual experiência em “Malhação” como surpreendente. Pela primeira vez integrando o elenco do folhetim infantojuvenil, o intérprete do vilão Lobão afirma que chegou a carregar um olhar preconceituoso quanto ao projeto no passado. Conhecida como a faixa de teste e lançamento de novos rostos da Globo, para Marcelo, o espaço era destinado apenas aos profissionais em início de carreira. No entanto, o convite do diretor geral Luiz Henrique Rios alterou sua opinião definitivamente. “Quem olha de fora tem um preconceito. É normal. Mas me surpreendi muito com o elenco e o profissionalismo deles. Na verdade, nem me sinto veterano em relação a eles”, valoriza. Na tevê desde 1984, quando participou da minissérie “A Máfia do Brasil”, o ator mira na trama adolescente a oportunidade ideal de renovar seu público na televisão. “Crianças de

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10 anos me chamam de Lobão. Nem sabem meu nome de verdade. Como estou sempre nos palcos, é legal ter essa conexão com eles”, afirma. Habituado aos tipos gente boa e galã, Marcelo coleciona poucas passagens pela tevê no posto de vilão, como na novela “O Fim do Mundo” e na série “Amazônia, de Galvez a Chico Mendes’’. Não foi à toa que logo se encantou com a ideia de dar vida ao obscuro líder da fictícia Academia Khan e principal rival do ético Gael, papel de Eriberto Leão. Com princípios completamente diferentes do mestre de Duca, interpretado por Arthur Aguiar, ele se aproxima do pupilo Cobra, de Felipe Simas, para acirrar a disputa entre as academias de lutas rivais. “Ele é o cara que incentiva a violência e não o esporte. Mas fazer o vilão tem um gosto a mais para o ator. No entanto, a popularidade não é tão boa assim. Comercialmente falando, o mocinho é mais legal”, explica ele, que estava de folga das novelas desde “Amor Eterno Amor”, de 2012. “O ator precisa de um descanso para o público esquecer aquela imagem. Emendei muitos trabalhos, mas hoje o banco de atores da emissora está mais diverso”, completa. Assim que soube que daria vida ao professor de muay thai, Marcelo frequentou aulas do esporte e recorreu ao consultor da novela Flavio Almendra para conhecer mais sobre o universo da luta. Apesar de ter feito defesa pessoal no passado, o ator não tinha intimidade com o estilo. “Adorei muay thai. Me apaixonei. Estou treinando três vezes por semana”, ressalta ele, que também incorporou no texto alguns bordões específicos de Flávio, como “pânico e

terror” e “está no inferno, abraça o capeta”. “São frases que ouvi o Flávio falando durante as aulas. Pensei em um papel bem duro e um cara marrento. Criei um andar meio duro”, completa. Aos 42 anos, os papéis perfilados pela beleza e com rótulo de galã sempre fizeram parte da trajetória de Marcelo. Ainda assim, o ator acredita estar livre dos estigmas da televisão. Inclusive, o tempo e a experiência na produção teatral foram os principais aliados na diversidade de projetos em sua carreira. “A ideia do galã existe para determinado personagem. Mas cabe ao próprio ator diferenciar um trabalho do outro. Essa ideia do galã passa. Meu pai foi galã por um tempão e isso passou”, aponta ele, referindo-se ao ator Reginaldo Faria.


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Pura paixão A história do designer de joias que mantém um dos mais belos orquidários do país TEXTO Marcelo Lima/AE FOTOS Divulgação/AE

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m 1997, o designer de joias carioca Antonio Bernardo “adotou” uma estufa que reúne talvez o mais significativo conjunto de orquídeas de todo o Brasil: o orquidário do Jardim Botânico, da cidade do Rio. Desde então, em parceria com a OrquidaRio - uma das maiores associações do gênero na América Latina - ele realiza duas exposições anuais no local, uma em maio e outra em setembro, épocas em que as flores costumam estar no auge. Isso sem deixar nunca de se ocupar, pessoalmente, de sua coleção particular em Itaipava, na região serrana do Rio. “E pensar que uma convivência tão íntima como esta surgiu de forma tão inesperada”, relatou à reportagem. Como começou a se interessar por orquídeas? Quando uma amiga me deu uma de presente no nascimento

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de minha primeira filha, há 30 anos. Ao final da floração, não sabia o que fazer com a planta, pois não podia imaginar jogá-la fora. Liguei para ela, que me convenceu a cuidar da orquídea, mesmo morando em apartamento. Ela me preveniu que nos primeiros dois meses não aconteceria literalmente nada, porque as orquídeas hibernam logo depois de florir. Passada essa fase, eu veria as raízes surgindo e a planta começando a se desenvolver. Por fim, após um ano, uma nova floração finalmente surgiria e eu não iria jamais me esquecer daquele momento. Dito e feito. Como se relaciona com elas no seu dia a dia? No Jardim Botânico já realizei mais de 30 exposições, visitadas por cerca de 220 mil pessoas. E sempre, de uma forma ou de


outra, me envolvo na organização. Gosto de escolher o tema e acompanhar as montagens. Estou sempre aprendendo algo novo em torno do assunto. Além disso, mantenho uma estufa na minha casa na serra, em Itaipava, e busco sempre ampliar minha coleção de orquídeas, cuidando pessoalmente do cultivo delas, sempre que disponho de tempo. Sua convivência com o universo das plantas, de forma direta ou indireta, de alguma forma influenciou seu trabalho como designer? A dedicação às orquídeas me ensinou a cultivar paciência. Não diria que sou uma pessoa paciente, mas que tenho aspectos pacientes, que aprendi a exercitar ao longo dos anos. Sou capaz de montar uma peça com 800 soldas, o que requer paciência, calma e controle. E sei que devo muito disso ao cultivo das plantas.

Antonio Bernardo: paixão por orquídeas

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Foco no futuro Alice Wegmann, que vive Daniele em “Boogie Oogie”, relembra sua trajetória TEXTO Anna Bittencourt/TV Press FOTOS Isabel Almeida/CZN

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m um primeiro momento, a pouca idade e as feições delicadas de Alice Wegmann podem confundir. Mas a atriz, que interpreta a divertida Daniele de “Boogie Oogie”, não tem nada de imatura ou frágil. Muito pelo contrário. Ela mostra uma firmeza no olhar que constrasta com o sorriso doce e evidencia que tem plena convicção de seus passos. Aos 19 anos, Alice encara sua quinta novela, após sucessos como “Malhação”, “A Vida da Gente” e a primeira fase de “Em Família” como a vilã Shirley. “Sou bastante autocrítica, mas tento não me exigir muito. Sou nova, ainda estou aprendendo. Não posso me comparar com grandes atores. Mas, claro, me cobro muito”, diz, com seriedade. Depois de uma passagem na temporada de 2010 de “Malhação”, Alice fez teste e acabou conseguindo um papel em “A Vida da Gente”, exibida pela Globo no ano seguinte. “Fiz ginástica olímpica por oito anos. Isso me ajudou muito a interpretar uma tenista”, relembra a época em que deu vida à sofrida Sofia no folhetim de Lícia Manzo e Marcos Bernstein. O bom desempenho na novela das seis rendeu a ela a oportunidade de voltar para “Malhação”. Mas, dessa vez, como protagonista. “A Lia, com certeza, foi a personagem que me abriu mais portas”, relembra. A temporada de 2012 da trama infantojuvenil 132

foi uma das mais bem-sucedidas de sua história recente. Para interpretar uma jovem cheia de angústias e sentimentos até então desconhecidos para Alice, a preparação foi especial. “Fazíamos um exercício que várias pessoas ficavam me segurando, me prendendo, para eu descobrir a raiva que ela sentia”, relembra. Mais uma vez, o sucesso de uma novela puxou Alice para o seu trabalho seguinte. Logo no fim da temporada de “Malhação”, a atriz soube que ia ganhar um papel na segunda fase de “Em Família”, novela de Manoel Carlos exibida no ano passado. “Apesar de terem sido só oito capítulos, era uma novela das oito. E uma personagem com muita repercussão”, relembra, citando que também precisou de uma preparação especial para ter a acidez da vilã Shirley, interpretada depois por Viviane Pasmanter. Em meio às gravações, Alice já foi convidada para “Boogie Oogie”. “Nem acreditava que as oportunidades estavam chegando. Foi tudo em uma velocidade que eu não esperava”, admite. Apesar de ser uma novela que remonta os anos 1970, Alice considera que Daniele, sua personagem em “Boogie Oogie”, é a que mais se aproxima de sua realidade. “Ela é tranquila, solar, companheira. Foi fácil encontrar esse lugar”, comemora. Segundo ela, nem a distância das épocas foi um fator

que dificultou seu entendimento sobre a novela. “Ouço música dos anos 1970 e acho que a moda é muito parecida com a de hoje. Por exemplo, eu sempre amei usar calça boca de sino”, enumera. Mas, para se preparar, além do “workshop” feito pelos atores, ela procurou ler livros e ver filmes da época. Nascida no Rio de Janeiro, Alice, que acabou de completar 19 anos, sempre teve de conciliar a carreira de atriz com os estudos. Quando terminou o Ensino Médio, ela ainda estava em “Malhação”. Por entender que é possível levar o trabalho e o estudo paralelamente, não quis ficar parada. Por isso, cursa Comunicação Social na PUC, do Rio de Janeiro. “Queria fazer cinema. Mas primeiro vou me formar em Publicidade. É importante ter um plano B”, justifica. Além disso, a atriz ainda tenta equilibrar a peça “Um Conto de Verão”. “Fiquei um ano e meio em cartaz. E agora a peça vai viajar. Se rolar de ir, vou adorar. Mas minhas prioridades são a novela e a faculdade”, define.


Artigo

A moeda mais cara Andréa C. Bombonati Lopes | Psicóloga e Psicanalista | Rua Frederico Ozanan, 94 | Limeira SP | Fone: 8132-7989 A moeda mais cara de nossos tempos modernos é o tempo. O tempo que podemos disponibilizar ao outro e a nós mesmos. Estar com o outro e poder ouvi-lo, escutá-lo sem qualquer outro interesse envolvido. Olhar-lhe nos olhos, sem espiar fugidiamente o relógio. Distanciar-se de si mesmo para aproximar-se do que o outro traz. Esquecer-se por um tempo das próprias obrigações, das próprias dores, para entregar-se apenas à presença do outro. Ultimamente, os apelos do mundo nos raptam para a pressa, a correria, os prazos, os horários, os compromissos estabelecidos. A agenda

cotidiana, que nos invoca as performances no trabalho, na obrigação implantada no cartão-de-ponto-de-estar-sempre-em-movimento-contínuo, de atualizar-se, de aperfeiçoar-se, de fazer sempre o melhor. O cliente. O produto. O mercado. As metas. Também o mundo de relação, com seus laços de parentesco, de familiares mais ou menos próximos, que também nos solicitam. A visita. As curtidas. Por que não curtiu aquele post? Por que não comentou? Por que não foi lá? Só uma passadinha. Um café. Aquela conversa. O convite que faz meses que aguarda. Um almoço só, o que

é que custa, já que não é sempre que eles estão por aqui?! A presença. Desenhamos um movimento pendular nesse ir e vir entre nós e o outro. Dispender, presentear o outro com nosso tempo; dispender-se e presentear-se com o próprio tempo que seria disponibilizado ao outro. Dilema que não se resolverá nunca no navegar dos dias. E só mesmo no navegar dos dias, no agarrando-se cada esquina aflitiva da vida com ambas as mãos é que se cultivam as condições internas de poder escolher em qual conta corrente creditar o tempo, sem juros. Mas na dimensão do humano com correção permanente.

O tempo – Mário Quintana A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa. Quando se vê, já são seis horas! Quando de vê, já é sexta-feira! Quando se vê, já é natal... Quando se vê, já terminou o ano... (...) Quando se vê passaram 50 anos! (...) tarde demais para ser reprovado... Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio. (...) iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...

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Motor Show E-TRON Uma das atrações da Audi no Salão do Automóvel foi o A3 Sportback e-tron é a versão híbrida do hatch alemão. Não há informações sobre as vendas no País do “plug-in (sistema no qual as baterias podem ser recarregadas na tomada), que estará disponível para avaliação. O momento não é dos melhores para o mercado de motos de baixa cilindrada, cujas vendas no País estão em queda, na comparação com 2013. Ainda assim, a Honda manteve seu cronograma de novidades e, depois da CG 150 Titan com freios combinados, anunciou a nova geração da Bros. O modelo ganhou motor de 160 cm3, além de mudanças no visual e chassi. Preço: a partir de R$ 9.350.

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Enquanto a Chevrolet mostrou a primeira reestilização do Cruze no Salão do Automóvel, a versão “antiga” é vendida com generosos descontos. A versão LT do sedã, com câmbio automático e bancos de couro, está sendo oferecida a R$ 69.990, ante os R$ 78.700 da tabela. É possível dar sinal de R$ 45.200 e parcelar o saldo em 36 vezes de R$ 699.


CITROËN A próxima novidade da Citroën no mercado nacional será a primeira reestilização do hatch C3, prevista para 2015. Antes da mudança, o modelo ganhou atualizações para se manter competitivo. A principal é uma versão automática “de entrada”, mais barata. Batizada de Auto Tendance, tem preço sugerido de R$ 51.290.

O Fiat Uno Vivace 1.0, único remanescente da linha com a carroceria antiga, acaba de ganhar a série especial Itália, que tem preço sugerido de R$ 34.430. A versão traz ar-condicionado, direção hidráulica e vidros dianteiros e travas elétricos na de série. O exterior se diferencia pelos faróis com máscara negra, lanternas fumê e maçanetas e retrovisores na cor do veículo. Serão vendidas apenas mil unidades da série Itália. O Vivace de entrada custa R$ 28.930.

FERRARI A LaFerrari XX será apresentada no Finali Mondiali, tradicional evento de fim de ano da marca que será realizado este mês dezembro em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos. Limitado a 30 unidades, o modelo tem preço de 2,5 milhões de dólares, que equivalem a, aproximadamente, R$ 8,1 milhões.

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Deborah Secco Atriz abre seu coração e diz como encara a vida e constrói seus personagens TEXTO Luiz Carlos Merten/AE FOTOS Divulgação

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oão Pedro Zappa é quem divide a cena com Deborah Secco em Boa Sorte. No longa - sucinto - de Carolina Jabor (apenas 90 minutos), ele faz João, que é internado pela família. Conhece Judite, e sua vida muda para sempre. Aos 26 anos, Zappa até parece ter menos. Tem um monte de amigos que também são artistas, músicos, principalmente. Os não artistas é que querem os detalhes - como é fazer uma cena de sexo com Deborah Secco? Pois ele faz, em Boa Sorte, e é uma bela cena. Intensa, mas triste. O próprio filme carrega um pouco dessa tristeza, mas que ninguém se assuste com isso. A ideia do mito erótico acompanha Deborah Secco, e não é de agora. Ela entrou no jogo. Jura que, no começo, entrou inocente, sem saber. Permaneceu, movida pela necessidade. Com franqueza, abre o jogo - “Trabalho desde os 8 anos de idade. Sustento muita

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gente.” Tudo o que fez na fase adulta - posar nua, fotos eróticas - foi pensando na família. “Comprei um apartamento para cada um deles.” Era sua meta. E, então, atingido o objetivo, ela anunciou que acabara. Ia cuidar da carreira que queria. Papéis de verdade. Bruna Surfistinha e Judite flertam com a morte. Por que essas personagens mexem tanto com Deborah Secco? “Se soubesse, talvez não me sentisse tão atraída. Acho que todos carregamos essa dualidade, mas a personagem, afinal, não sou eu. Ela pode até permanecer comigo, mexer comigo. Mas isso porque meu desafio é sempre entender essas mulheres.” Pode-se falar num mistério que é próprio de Deborah Secco - seus olhos. No passado, Kim Carnes ficou famosa cantando Bette Davis Eyes, uma música que tentava justamente decifrar o enigma do olhar daquela que era considerada a grande malvada das telas. Há


um mistério similar em Deborah Secco, e não pense que aquele olhar é natural. É uma coisa que ela estuda, aprofunda. “Quando decidi fazer Bruna Surfistinha, fiquei uma semana num puteiro da Augusta, convivendo com as garotas da casa. Eu as acompanhava antes e depois de atenderem os clientes. O que me impressionava era a mudança de olhar. Era como se, durante o atendimento, elas perdessem a alma. Foi o que tentei expressar em Bruna Surfistinha. Deu um trabalho louco, mas sem isso eu não teria entrado na personagem.” E a Judite? “A personagem é soropositiva e eu fui me consultar com um especialista. Um cara que só atende pacientes doentes de aids. Queria entender aquele olhar que me intrigava em pacientes terminais. Ele me falou numa viagem além do desespero. Depois de toda angústia, de toda revolta, a paz adquirida. Hoje, com o coquetel, a situação mudou um pouco, mas antes a aids era uma decretação de morte, e breve. O olhar do condenado, de quem acei-

ta, de quem não luta mais.” De novo Deborah Secco é impressionante. Na trama do filme de Carolina Jabor, João, amoroso de Judite, quer morrer com ela, e por ela. Sabendo disso, Judite cria uma situação - sacrifica-se para que ele tenha uma chance. Boa sorte, João. Deborah minimiza a própria beleza, e não é para fazer gênero. “Não vou negar que, produzida, causo certo impacto, mas se eu coloco um jeans simples, faço um rabo de cavalo, passo despercebida em qualquer lugar.” Vai ao shopping, ao supermercado. “Tem gente que até encara, mas fica em dúvida. Será...?” Ela perdeu 11 quilos para fazer Boa Sorte - ainda está delgada, mas não naquela magreza. Avalia - “Já apareci nua antes, e nunca foi um incômodo, mas o caso da Judite foi especial. Ela é muito mais que um corpo. Já disse e repito. É minha personagem mais apaixonante. Se tivesse de escolher uma para passar a noite, seria ela. E olhem que ali estou na minha pior forma física.”

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Artigo

Lojas virtuais que não vendem Valter Garcia Junior

| Administrador de Empresas Especializado em e-commerce | www.cakeweb.com.br | Fone: (19) 98117.2187

Em meu trabalho como consultor tenho encontrado clientes decepcionados com o e-commerce, pois suas lojas simplesmente não vendem. Uma loja virtual deve ser pró-ativa, despertar o interesse do usuário pelo produto e permitir uma compra rápida e fácil. Porém, quase sempre encontramos lojas que fazem justamente o oposto. Sabe-se que o consumidor on-line é esclarecido, sabe o que quer, é exigente e extremamente impaciente. Ao visitar uma loja virtual, ele deseja tomar decisões rapidamente e clicar no botão comprar. Mesmo assim, é comum nos depararmos com lojas virtuais que dificultam as ações do consumidor. Também são comuns os problemas de usabilidade, tais como: formulários extensos, navegação confusa, imagens de baixa resolução, texto excessivamente voltado para as características técnicas do produto e não para as necessidades do usuário. Isso desestimula o interesse do visitante e ele acaba procurando executar sua compra em um concorrente. Uma loja

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eficaz na transformação de visitantes em compradores é um dos principais fundamentos do e-commerce. É preciso ficar atento às funcionalidades, navegação e velocidade da ferramenta usada. Além de tudo isso, ações de marketing são imprescindíveis: bom trabalho nas redes sociais, disparos de e-mail marketing segmentado, campanhas de links patrocinados no Google, um excelente atendimento e ótimo pós-venda. Colocando tudo isso em prática as vendas irão aumentar e depois é só medir os resultados para tomar novas decisões e colher os frutos de uma loja virtual bem administrada. Sucesso!


ARTIGO

WICKED Tradicional musical da Broadway continua em alta Lucas Brum | Editor de imagens R7 da Rede Record e TV Cultura Há pouco mais de um mês retornei à cidade de Nova York decidido a aproveitar eventos e atrações que ficaram para trás da última vez. A peça Wicked era um dos principais objetivos. Passado um pouco o frisson dos primeiros anos da apresentação, foi mais fácil conseguir um bom assento e aproveitar esse musical que está em cartaz na Broadway há mais de catorze anos. Situado no universo do Mágico de Oz, Wicked conta a história da Bruxa do Oeste, Elphaba, e acontecimentos da trama que antecedem a chegada de Dorothy. É a ficção dentro dela mesma, expandindo um universo rico em fantasia, mesmo que suprimindo os detalhes sórdidos e hostis da obra escrita para um espetáculo de dois atos com elegância. Enquanto Glenda é a bruxa branca, loira e

bela, o roteiro faz questão de enquadrá-la como a coadjuvante comediante. A graça não está no modelo engessado de beleza que a própria Broadway ajudou a construir, mas na bruxa de pele verde, fruto de uma traição, renegada pela família e alvo de chacota de todos. Por trás das humilhações e da busca por uma identidade, Elphaba se descobre uma bruxa poderosa (talvez a única de verdade em Oz) e o Mágico pretende usá-la a seu favor. Com a história de duas bruxas que funciona como alegoria de princesa e gata borralheira, a produção de Wicked é eficaz em encenar uma trama de leitura profunda, que não apenas ataca o preconceito racial, mas flerta com regimes totalitários, questões paternalistas e a busca pela sua própria identidade, como o

desenvolvimento de todo herói. Recheada de canções fortes e solos emblemáticos, a trilha sonora é memorável e faz frente a grandes musicais como O Rei Leão ou O Fantasma da Ópera. É sóbria, sofisticada e um pouco triste, fazendo de Wicked um grande show.

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Viagem segura Conheça algumas dicas importantes para não transformar suas férias em um pesadelo TEXTO Adriana Morei/AE IMAGEM Ilustrativa

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asta sair do Brasil para relaxar. O celular pode ficar no bolso, a bolsa pode ficar mais solta e a atenção pode sair dos pertences para se concentrar nas atrações turísticas. Quer dizer, poder, não pode. Mas temos a falsa impressão que estamos livres dos males cotidianos assim que desembarcamos em outros países. Não é bem assim. Furtos e roubos (como os que viraram notícia em Orlando recentemente) não são o único tipo de problema que transforma as tão sonhadas férias em pesadelo. Na realidade, do planejamento à volta para casa, há uma série de variáveis que podem dar errado - e não se trata de pessimismo, de atrair o azar (toc, toc na madeira) ou de excesso de zelo. Prevenir é melhor que remediar, já diria o ditado favorito das vovós, e tomar alguns cuidados simples faz a diferença.

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ANTES DA COMPRA É preciso ficar atento já na compra do pacote, hotel ou aéreo. Você viu uma promoção irresistível na internet e fechou o negócio por impulso, com medo de a oferta acabar. Algo arriscado, de acordo com a assessora técnica do Procon, Leila Cordeiro. Segundo ela, é importante ler atentamente as regras das promoções e pesquisar antes sobre a empresa em questão, tanto nas redes sociais como no site do órgão de defesa do consumidor (procon.sp.gov.br) - o Reclame Aqui (reclameaqui.com br) é outro bom termômetro da idoneidade da companhia. “Verifique se a empresa tem reclamações, se elas foram ou não resolvidas”, indica. “Hoje os meios sociais são um canal a mais para o consumidor. As empresas também estão de olho nisso.” Como atualmente muitas das reservas são


feitas pela internet, Leila aconselha a testar os canais de comunicação antes de concluir a compra. “Veja se há um endereço físico, pergunte algo por e-mail ou telefone.” Guardar todo o material publicitário também é importante caso o pacote oferecido não corresponda ao encontrado pelo cliente. “Se a promessa não for cumprida, o consumidor está resguardado com a documentação.” Mas a regra é válida só para empresas brasileiras, que precisam cumprir o Código de Defesa do Consumidor. Quem reserva um hotel no exterior sem a intermediação de uma agência está sujeito às regras do país em questão. Já as companhias aéreas que operam no Brasil, mesmo estrangeiras, devem seguir as normas brasileiras, ainda que o problema ocorra fora do território nacional. É PROIBIDO COCHILAR Se antes da viagem a empolgação pode atrapalhar seu julgamento, durante, o excesso de boa-fé e o cansaço trabalham juntos em prol das decisões erradas. “Li no Lonely Planet Marrocos que era conveniente levar uma corrente

com cadeado para amarrar a mala no trem”, conta a professora universitária Maria Lucia Cardoso de Almeida, de 59 anos, que visitou o país em 2008. “Ri bastante, imaginando que fosse coisa de paranóico.” Mas bastou ela adormecer para a mochila ser roubada. “Me disseram se tratar de um golpe clássico e percebi que a tal corrente teria sido uma boa ideia.” Maria Lucia tinha um seguro-viagem, que foi acionado e ajudou a minimizar a dor de cabeça da perda da bagagem. Munir-se de informações - de guias, agentes, amigos e locais - é fundamental para não cair em ciladas. Muitas vezes, contudo, seu feeling vai dizer para não seguir nenhum desses conselhos. Certa vez, um amigo e eu saíamos do Forte Vermelho, em Nova Délhi, quando um senhor nos abordou, oferecendo um tour a pé por Old Délhi, ali pertinho. Aceitar esse tipo de oferta não é recomendado, mas negociamos o preço e topamos. Passamos uma hora ouvindo histórias e percorrendo ruas estreitas onde os indianos compram flores, tecidos, doces e bugigangas. Ao final, ele se despediu com um sorriso e agradeceu a confiança. “Os golpistas atrapalham quem quer trabalhar.”

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Bastidores POR Diego Palmieri/AE

DE VOLTA Depois de uma passagem de quase dois anos pela Record, Rafael Cortez retorna ao time de preto do “CQC” (Band). Em 2015, ele estará incumbido de fazer matérias especiais para o humorístico. “Minha volta está atrelada a uma grande reformulação do programa, onde terei novos desafios e caminhos”, afirmou após a assinatura do novo contrato com a emissora. LONGE DOS HOLOFOTES Não estranhe caso você sinta falta de Giulia Gam nos próximos capítulos da novela “Boogie Oogie” (Globo). Corre

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nos bastidores a notícia de que a atriz foi suspensa, depois de desentendimentos com o diretor da trama, Ricardo Waddington. Para todos os efeitos, sua personagem, Carlota, retornará na reta final do folhetim. COM A BOLA TODA “Tapas & Beijos” ainda não chegou ao fim, mas Vladimir Brichta já está de olho em novos projetos. Ele foi escalado para ser o protagonista de uma nova série com direção de Guel Arraes. Débora Falabella, Lázaro Ramos e Gustavo Falcão são outros que devem se juntar ao elenco.

DANÇA DAS CADEIRAS A parceria de mais de dez anos de Gugu com o diretor Homero Sales deverá ser quebrada em breve. A ideia da Record é que Vildomar Batista assuma o posto de diretor do apresentador. Mas, para ocupar o cargo do “Programa do Gugu”, ainda sem data divulgada para estreia, ele terá de deixar o comando do “Hoje em Dia”. PRODUÇÃO A MIL Já estão acontecendo os testes de figurino e realizadas as fotos de divulgação


da novela bíblica “Os Dez Mandamentos”, da Record. A atriz Gabriela Durlo já passou por esta etapa. Na trama, ela interpretará Eliseba, esposa de Arão (Petrônio Gontijo) e cunhada de Moisés (Guilherme Winter).

os nomes de Michel Melamed e Irandhir Santos. Também estão no elenco Cauã Reymond, Antonio Fagundes, Eliane Giardini e Juliana Paes.

SEM ALARDE Ainda mantida sob sigilo, uma das novas séries da Globo para 2015 é de terror. O projeto estaria sob o comando de Claudia Jouvin, roteirista de “A Grande Família”, e Dennilson Ramalho, estudioso do gênero. Não há mais informações sobre a atração, que deve ser lançada no segundo semestre como parte das comemorações dos 50 anos da emissora. SEM ALARDE 2 Outro projeto que corre discretamente é a minissérie “Dois Irmãos”, adaptação do livro homônimo de Milton Hatoum. Foram fechados recentemente

FORA DE CASA Depois de muita especulação sobre seu futuro na TV, Zeca Camargo não dá sinais de que sairá do “Vídeo Show”(Globo). O jornalista está com um guia de viagem nas mãos para uma nova volta ao mundo Só que, desta vez, o objetivo é visitar países em que as novelas fazem muito sucesso. Se tudo correr como o planejado, ele deve ancorar o programa dessas regiões. CRONOGRAMA DE FESTAS

TIME REFORÇADO Conhecido por seu trabalho na série “O Infiltrado”, do History Channel, o jornalista Fred Melo Paiva é o mais novo contratado da TV Gazeta. Ele passa a fazer parte do time de apresentadores da casa, onde vai apresentar um programa na faixa das 23h30, horário reservado à programação jovem do canal. O projeto será lançado em 2015.

Se Silvio Santos não alterar, os especiais de fim de ano do SBT seguem nesta ordem: dia 23 de dezembro a emissora coloca no ar um especial de Natal com Sergio Mallandro; e dia 24 é a vez de Danilo Gentili, do “The Noite”, desejar boas festas. Na semana seguinte, no dia 30, Ratinho faz um especial; e dia 31, Gentili novamente entra em cena, agora para anunciar o novo ano.

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