Revista Condomínios Ed 63

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ABRIL DE 2016 Publicação mensal da EDITORA CONDOMÍNIOS DIRETOR RESPONSÁVEL Alessandro Rios - MTB 31.649 DIRETORA ADMINISTRATIVA Kelly Rios ASSISTENTE ADMINISTRATIVA Bianca Marchione DEPARTAMENTO COMERCIAL Fabiano Rios DEPARTAMENTO DE ARTE Juliana Siqueira ASSESSORIA JURÍDICA Dr. Daniel Figueira de Barros PUBLICIDADE 19 3445.5125 revistacondominiosnet@gmail.com TIRAGEM 6.500 exemplares PERIODICIDADE Mensal CIRCULAÇÃO Condomínios cadastrados de Limeira PONTO DE VENDA Revista Condomínios Rua Tenente Belizário, 763 | Centro Limeira - SP | Fone: 19 3445.5125 Os anúncios e informes publicitários são espaços adquiridos pelos anunciantes e seu conteúdo é de inteira responsabilidade de cada um deles, cabendo à Revista Condomínios apenas reproduzi-los nos espaços comercializados. A opinião dos colaboradores não reflete necessariamente a opinião da revista. Matérias assinadas são de responsabilidade de seus autores.

Editorial É com muita alegria que apresentamos a você a edição de abril da Revista Condomínios. Um dos nossos destaques é a matéria com a atriz Carol Castro, que vem emprestando toda sua beleza e seu talento à história de “Velho Chico” - a nova novela da Globo. Na reportagem, você vai saber como ela se preparou para um dos papéis mais importantes de sua carreira. Vale a pena conferir! Outro destaque é o alerta de médicos e especialistas para o aumento do consumo de medicamentos sem receita médica no Brasil. É importante que você saiba que até mesmo medicamentos considerados “simples” podem causar diversas reações, como alergias e sangramentos. Fique atento! A edição deste mês traz ainda o esforço dos cientistas para encontrar a vacina contra a zika, um passeio pelas belas paisagens do sul do México, a cerimônia de posse da nova diretoria da ACIL, os benefícios do gengibre, a presença de Guilherme Guido em Limeira para o lançamento da segunda edição do campeonato que leva o nome dele, dicas importantes para uma aposentadoria sem traumas e muito mais. Tenha uma excelente leitura e até a próxima!

Alessandro Rios

revistacondominiosnet@gmail.com

Leia a Revista Condomínios pela internet: www.editoracondominios.com.br

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Kelly Rios

revistacondominiosnet@gmail.com


ÍNDICE

20 TECNOLOGIA Smartphones são lançados com menos novidades e antigos problemas

26 ESPORTES Guilherme Guido lança 2ª edição de campeonato de natação em Limeira

22 Enrico Ferrari Ceneviz 23 Dr. Manoel Francisco de Oliveira Filho 28 Andréa C. Bombonati Lopes

48 EMPREGO

32 Érica Bigon

Aprenda a se preparar para a fase pós-carreira

42 Natália Lopes 44 Dra. Patrícia Milaré Lonardoni 45 Dra. Stella M. F. Pranzetti Vieira

54 TURISMO Um passeio pelas belas paisagens do sul do México

56 Alessandro Rios 60 Dr. Luiz Antonio César Assunção 64 Dra. Eliane Dibbern

62 SAÚDE

76 Fabiana Massaro

Especialistas alertam para riscos de ingestão de remédios sem receita

85 Émerson Camargo 88 Valter Garcia Júnior 89 Lucas Brum

70 NEGÓCIOS

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COLABORADORES

Novo presidente da Acil anuncia lançamento de posto de atendimento itinerante

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74 INAUGURAÇÃO FAMIGLIA HARD PIZZERIA - LIMEIRA

68 Capa

Carol Castro Atriz da Rede Globo Foto: Jorge Rodrigues Jorge/CZN

ERRATA Ao contrário do que foi divulgado em nossa última edição, a legenda correta da foto ao lado é: Jonas e Alexandra Ferronatto. 15


A praia do Abraão concentra a vida urbana da ilha, com o cais, restaurantes e pousadas

‘Pérola’ local, é uma das paradas dos passeios de barco que dão ‘meia volta’ ou ‘volta inteira’ à ilha

Sagui em trilha da Ilha Grande, onde o barulho do mar se mistura aos sons de uma fauna diversa

TURISMO Texto: Roberto de Oliveira/Folhapress | Foto: Roberto de Oliveira e Gustavo Simon/Folhapress

Sabor de aventura Antigo cárcere na costa do Rio de Janeiro, Ilha Grande oferece uma recompensa aos aventureiros que desbravam suas trilhas: praias de águas translúcidas Na solitária travessia por uma das trilhas que cruzam a Ilha Grande, em meio à mata atlântica, os sentidos tornam-se mais aguçados. A cada passo floresta adentro, a sinfonia da natureza invade os ouvidos: o ronco de um bugio, a cantoria das cigarras, o suave murmúrio dos rios. No ar, o perfume das jaqueiras carregadas. De repente, num lampejo de fogo, um tiê-sangue rabisca o céu de vermelho. Uma das estrelas da Costa Verde fluminense, a Ilha Grande é mais que um destino para quem gosta de praia. O prazer da caminhada num cenário ainda não totalmente contaminado por intervenções humanas, no entanto, cobra seu preço: uma dose de esforço físico. No sobe e desce, entre uma puxada e outra de ar puro, antes que tome corpo a vontade de desistir da empreitada, vale fazer uma pausa. É hora de escolher um ângulo e fotografar: um pássaro, uma árvore, um bando de saguis, uma nesga de céu azul. Fôlego retomado, mais um pouco de caminhada e, por uma fresta aberta no meio dos galhos, já se avista o mar. A imensidão de água de tons esmeralda e azul-turquesa reconforta. O ruído das ondas se torna mais nítido. Ufa: chegada triunfal! Existe alternativa para os que querem dispensar a trilha: basta escolher uma praia e ir de barcos-táxi, que partem do cais da vila. Aí, é só se esquecer da vida e assistir à passagem do tempo. 16

Refúgio do Trekking Ilha Grande, a maior do arquipélago de Angra dos Reis, é repleta de enseadas protegidas e praias estreitas banhadas por águas calmas. A de Lopes Mendes, a mais procurada delas, porém, foge à regra: recebe ondas fortes, que arrebentam numa faixa de 3 quilômetros de areia fina sombreada de amendoeiras. As águas cristalinas e a riqueza da vida marinha atraem mergulhadores de várias regiões do Brasil e do exterior. Moreias, tartarugas, robalos, além de corais e anêmonas, fazem a alegria dessa turma. Para quem não é iniciado, um snorkel é o passaporte para descortinar um mundo marinho repleto de atrações. Recortada por trilhas bem sinalizadas, a ilha é também paraíso de praticantes do trekking, que não se cansam de apreciar a fauna e a flora. Em 20 minutos, sem muitos obstáculos, pode-se caminhar entre a Vila do Abraão, centro da ilha, e a praia de Abraãozinho. Quem preferir trajetos mais longos poderá andar por mais de duas horas e alcançar praias como a de Dois Rios. Para chegar, é preciso atravessar a única estrada de terra do local, o que inclui encarar uma longa subida seguida de uma inclinadíssima descida. É bom que se diga: a jornada vale todo o esforço.


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TURISMO Texto: Robson Rodrigues/Folhapress | Foto: Marcus Leoni/Folhapress

Turismo “exclusivo” Para atrair turistas, empresas prometem tratamento personalizado; novidades vão de salto sobre Itaipu a aldeia no Vietnã Morar em uma aldeia flutuante no Vietnã e cuidar de bebês elefantes na Índia são alguns dos pacotes de viagem vendidos na agência Selection. Cada vez mais, o turista está em busca de experiências fora dos roteiros tradicionais, diz Eduardo Gaz, 42, presidente da empresa. O preço para realizar esse tipo de experiência varia. “Já coloquei uma pessoa num mosteiro budista mas, como os monges não aceitam dinheiro, tivemos que pagar com arroz”, afirma Gaz. Já Thiago Peretti, 38, oferece uma atração única sem sair do Brasil: um salto duplo de paraquedas sobre a usina hidrelétrica de Itaipu.

Quem se arrisca no passeio da Skydive Foz, em Foz do Iguaçu (PR), experimenta uma queda livre de 4.000 metros de altura sobre a barragem da usina. Peretti investiu em um avião próprio para a prática do esporte, um Pilatus Porter PC-6 – modelo único no país. Ele não revela o valor da compra. Segundo o empresário, a Skydive Foz realizou mais de 10 mil saltos a R$ 590 por pessoa nos últimos três anos. SINTA-SE EM CASA Cobrar o preço de uma diária em albergue e oferecer o tratamento de um resort. Foi com essa ambição que o casal


Henrique Paludetto, 31, e Paula diz Paludetto. Queiroz, 30, montou em 2013 a O albergue Bambu, em Lobo Urban Stay. A hospedaria Foz do Iguaçu, atrai viafica no bairro dos Jardins, em jantes com seus roteiros de São Paulo, e, com apenas 14 leipasseios na região da Tríplitos, foi projetada para o cliente ce Fronteira e das Cataratas ter a sensação de estar em casa do Iguaçu. “Tomamos café – incluindo a convivência com no Brasil, almoçamos no os gatos Harmonie e Luke. Paraguai e jantamos na ArOs proprietários oferecem gentina”, diz o empresário roteiros de arte e arquitetura Empresários Paula Queiroz e Henrique Paludetto com o gato Diogo Araújo, 31. Luke na Lobo Urban Stay pensados para cada hóspede, Além da usina de Itaireservas em restaurantes e até pu, os roteiros incluem um viagens “bate e volta” rumo ao litoral para quem quiser dar templo budista e o Marco das Três Fronteiras. “Com esse um mergulho. A diária varia de R$ 60 até R$ 150 com três formato, subimos a média de estadia de duas para três noiopções de quarto: casal, família e compartilhado. O investi- tes”. Para o especialista em turismo Gilmar Piolla, 46, o emmento foi de R$ 100 mil. “Nosso foco não são os mochileiros presário que vai se dar bem no mercado é aquele que sair do que vão para a Vila Madalena, mas sim as pessoas que vêm turismo tradicional e explorar as singularidades da cultura para trabalhar ou estudar e precisam de um lugar tranquilo”, de cada local.


TECNOLOGIA Texto: Bruno Romani e Bruno Scatena/Folhapress | Arte: Folhapress

Cadê as novidades? Produtos têm menos inovações para o consumidor sem resolver problemas antigos, como a bateria Um debate move a indústria de smartphones: acabou a capacidade das marcas de continuar inovando? Os novos modelos trazem poucas novidades do ponto de vista tecnológico. E as que surgem não resolvem problemas mais críticos para o usuário, como o fato de as baterias não durarem longos períodos. O Mobile World Congress, que ocorreu recentemente em Barcelona e é o principal evento de telefonia móvel do mundo, quase não trouxe telefones (novos, pelo menos) – e debruçou-se mais sobre avanços que estão mais para atualizações do que para mudanças revolucionárias. Foram poucos lançamentos. Mais raros ainda aqueles que fizeram barulho: o principal deles foi o LG G5, que apostou em um celular modular, composto de peças removíveis e substituíveis. Mas o aparelho está longe de ser algo como o projeto Ara, do Google, em que o smartphone seria composto de blocos, como peças de Lego. O programa da gigante que criou o Android, no entanto, se arrasta há anos e não dá indício de sair do papel. Com o Galaxy S7, a Samsung apenas atualizou um modelo sucesso de crítica, mas nem tanto de público. Há melhorias pontuais, como métodos para reforçar o desempenho da câmera em condições de pouca luz e um chip que permite usar o sistema de pagamento Samsung Pay com as antigas máquinas de cartão magnético. Nada que se compare à transição do S5 para o S6, cujo design colocou a sul-coreana em condições de competir com o iPhone. Mas, para Roberto Soboll, diretor de dispositivos móveis da empresa no Brasil, ainda resta muito tempo antes de a capacidade de inovação no setor se esgotar. “Ainda não é o momento em que vamos passar para novas experiências [como relógios inteligentes e realidade virtual]”, diz. Mas pondera: “Esse é um mercado de reposição, já mais maduro”.

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Artigo

Know-how em Segurança + Tecnologia Aplicada O melhor resultado em segurança de condomínios é alcançado ao equalizar a implantação de sistemas eletrônicos com meios humanos e organizacionais (normas e procedimentos)

Enrico Ferrari Ceneviz Diretor geral do Grupo Mercúrio Bacharel em Administração de Empresas e Ciências Contábeis Especialização em Administração de Condomínio, Qualidade e Produtividade Corretor de Imóveis CRA-SP 130083 (conselho Regional de Administração) CRC-SP1SP231763/0-3 (Conselho Regional de Contabilidade) CRECI 83940(Conselho Regional de Corretores de Imóveis) www.grupomercurio.com.br

Envie suas dúvidas Acesse nossa página na internet: www.grupomercurio.com.br Na Divisão Administração de Condomínios, envie sua pergunta pelo campo “Contato”. As dúvidas mais frequentes serão selecionadas e publicadas nas próximas edições.

O mercado de tecnologia evoluiu e oferece inúmeras opções de vigilância em condomínios - de câmeras de monitoramento e alarmes à portaria virtual (ou portaria à distância). Mas por si só os aparelhos não impedem situações de furtos e invasões. Ainda é preciso alguém e estrutura com experiência em segurança presencial para operar com eficácia esses aliados. Comportamentos que desrespeitam as regras de segurança podem colocar em xeque todo um sistema preventivo e deixar abertas as portas para a crimi-

nalidade. Orientações a moradores e visitantes e conhecimentos práticos são essenciais para garantir o conjunto em funcionamento. Todo o esquema preventivo começa no controle de acesso. Pesquisas apontam que a portaria é o ponto mais vulnerável dos condomínios. É por ali que entram e saem todos os moradores, prestadores de serviços e visitantes. É também por ali, motivado pela falta de estrutura técnica e organizacional, que entram as ameaças. A Portaria Digital será um grande passo

para profissionalizar esse vulnerável ponto de acesso, mas para isso, é necessária a prática no dia a dia da operação presencial. Sem experiência na segurança presencial, certamente a digital (ou à distância) incorrerá em falhas. Por isso, as empresas de serviços terceirizados estão investindo em capacitações de profissionais para condomínios e evoluindo para a portaria digital. Esse é o caminho natural da evolução: Empresas com know-how em segurança presencial avançando para tecnologia aplicada.


Saúde Bucal

Retração gengival Gingival retraction

Dr. Manoel Francisco de Oliveira Filho | Cirurgião Dentista graduado pela USP e especialista em Prótese Dental | Consultório: 19 3451.8769 (Limeira-SP)

- Implante - Próteses Fixas - Próteses Móveis - Porcelana Pura - Aparelhos para apneia e ronco - Clareamento dental - Cirurgias - Tratamento de ATM

Você pode ter uma boca saudável e bons hábitos de higiene bucal e, ainda assim, sofrer de um problema chamado retração gengival. Ela ocorre quando o tecido gengival se retrai, expondo a raiz do dente. A partir daí, podem surgir diversos problemas, como hipersensibilidade, cárie, abifração ou erosão, e até mesmo problemas estéticos. O tratamento consiste em uma dessensibilização dental, podendo evoluir para a aplicação de resinas específicas para retração gengival. Essas resinas melhoram o quadro de sensibilidade e aspecto estético. Existe também a possibilidade de um tratamento mais avançado, com procedimentos cirúrgicos. Cirurgia de enxerto de tecidos moles (chamada de enxerto gengival) e outros procedimentos ajudam a criar mais gengiva inserida para prevenir a progressão da retração gengival e auxiliar na regeneração e restabelecimento da cobertura da raiz.

Já se a retração for causada por doença periodontal, o primeiro passo envolve uma limpeza especial, chamada de raspagem e alisamento radicular. Para muitos pacientes, esse tratamento – associado a uma excelente higiene bucal em casa e avaliações regulares – pode ajudar a estabilizar o problema periodontal e prevenir futuras perdas gengivais. FOREIGNERS ARE WELCOME The dentist understands English.

English language call: (19) 3451.8769. With Dr. Manoel.


BEM-ESTAR Texto: Juliana Cunha/Folhapress | Foto: Karime Xavier/Folhapress

Personal mas nem tanto Com a crise e a queda na demanda, treinadores buscam alternativas como dar aulas coletivas e migrar das academias para os prédios Com a taxa de desemprego beirando os 10%, personal trainers perdem alunos, reduzem preços e apelam para aulas coletivas. Assim como outros profissionais liberais, os treinadores pessoais – segmento que viu seu público inflar nos últimos dez anos, na esteira do crescimento econômico e da crescente preocupação com a saúde e o corpo – começam a buscar alternativas para a queda na demanda. “Não tenho como te dar um número, mas houve uma retração considerável na procura por personal e por outros atendimentos individualizados. É uma queixa da categoria que estamos tentando driblar coletivamente”, diz Marcos Ta-

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deu, diretor da Sociedade Brasileira de Personal Trainers. Segundo Tadeu, treinadores têm sugerido que seus alunos migrem para academias mais baratas ou mesmo para a academia do prédio a fim de manter os serviços reduzindo os custos. “É mais importante ter acompanhamento do que equipamentos mais caros, então muita gente está saindo da academia e malhando num parque com o personal, por exemplo.” Outra alternativa tem sido as aulas coletivas para pequenos grupos. Em 2015, a treinadora Nancy Cardozo viu sua agenda de dez alunos por semana minguar para apenas quatro. “Alguns perderam o emprego, outros tive-


ram que reduzir gastos por com atendimento individuaconta da crise ou porque o lizado. “Para quem faz musparceiro ficou desempregaculação tradicional, faz toda do”, explica. Na hora, Cardoa diferença ter uma pessoa zo recorreu à sua fila de esali na sua cola, acompanhanpera, mas logo constatou que do cada movimento. Mas ela já não existia e teve de se existem outros exercícios adaptar. “Primeiro, eu reduzi que podemos fazer em gruo preço da minha hora/aula po sem nenhuma perda para de R$ 150 para R$ 120. Em o aluno”, defende Cardozo. seguida, baixei novamente, Para Tadeu, a aula em A treinadora Nancy Cardozo (de preto, ao fundo), que montou dessa vez para R$ 100. Mais pequenos grupos só traz bepequenas turmas e as atende no seu prédio do que isso eu não estou disnefícios. “É mais motivante posta, desvaloriza a profissão”, diz. para o aluno e o valor fica mais viável para os dois lados. A solução de Cardozo foi montar pequenas turmas de Mas não dá para confundir um pequeno grupo de cinco até seis pessoas que ela atende na sala de ginástica de seu em que o professor realmente tem condições de corrigir a prédio. As aulas duram meia hora e seguem o método HIT postura de todo mundo com um aulão de academia, onde (High Intensive Tranining), que trabalha com séries vigo- as pessoas costumam fazer tudo errado e até se lesionam.” rosas por um curto período de tempo. O preço: R$ 50 por Entre os exercícios que podem ser feitos em pequenos aula para cada pessoa. Hoje ela atende três turmas que se grupos sem prejuízos estão os treinamentos de alta intenexercitam três vezes por semana cada e apenas uma aluna sidade, o pilates e a ioga.

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ESPORTES Texto: PRESSCOM | Foto: Vinicius Breve

Incentivo a novos talentos Em preparação para as Olimpíadas do Rio de Janeiro, Guilherme Guido lança 2ª edição de seu campeonato Na reta final da preparação para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, o nadador Guilherme Guido, que já tem índice para as provas dos 100 metros costas e do revezamento 4x100 metros costas, lançou no dia 17 de março, em Limeira, a nova edição da competição que leva seu nome. O evento para imprensa e convidados aconteceu no Gran São João, clube onde acontecerá, em 7 de maio, o 2º Campeonato Guilherme Guido de Natação. Com disputas das categorias pré-mirim (6 a 8 anos) a Juvenil 2 (16 anos), a competição terá como grande atração as presenças de outros três atletas olímpicos, além de Guilherme: os recordistas mundiais Felipe França (nado peito) e Etiene Medeiros (costas) e a recordista sul-americana Joana Maranhão (medley). Nadadores da Seleção Brasileira, eles farão uma demonstração de estilos e participarão de uma tomada de tempo. Rossano Jacon Chanquetti, presidente da Associação de Nadadores Esportistas de Limeira (ANEL), entidade sem fins lucrativos que promove o evento, afirma que o Campeonato Guilherme Guido é um acontecimento único no interior. “Não há nenhuma outra cidade que reúna quatro atletas desse nível num só dia, às vésperas da Olimpíada, para um contato tão próximo com a garotada que está começando no esporte”, destacou. Presente no lançamento, o secretário de Esportes e Lazer de Limeira, José Luiz Rodrigues, também chamou a atenção para a importância do evento. “Vamos trabalhar para que esta segunda edição tenha o dobro de participantes da primeira”, disse. O Gran foi representado pelo presidente Reginaldo Silva e pelo presidente eleito, Dimas Peruzza, que assume neste mês de abril, além de outros dirigentes. “É uma honra termos sido escolhidos novamente para receber esse evento tão importante para crianças e jovens, que podem ter contato com grandes ídolos do esporte”, afirmou Silva. Preparação Guilherme Guido ressaltou que a competição é uma “oportunidade única para os atletas de base terem uma relação mais estreita com os atletas de ponta”. “Quando as crianças e os jovens veem esportistas olímpicos de perto, 26

Marcos Paulino (assessor de imprensa da ANEL), José Luiz Rodrigues (secretário de Esportes e Lazer de Limeira), Reginaldo Silva (presidente do Gran), Guilherme Guido, Dimas Peruzza (presidente eleito do Gran) e Rossano Jacon Chanquetti (presidente da ANEL)

podem constatar que somos pessoas normais que trabalharam duro para se aperfeiçoar”, reforçou. “É por isso que gostei tanto da primeira edição e fiz questão de realizar esta segunda”. Guilherme contou que vem treinando forte para baixar seu tempo nos 100 metros costas, com o objetivo de nadar a prova em menos de 53 segundos. “Se conseguir, estarei próximo de uma final olímpica”, adiantou. “E aí, qualquer um dos oito classificados pode lutar pelo pódio”. Ele ainda tem chance de obter índice também nos 200 metros costas, o que tentará no Troféu Maria Lenk, que acontecerá no Rio de Janeiro, em abril.

Inscrições

As inscrições para o 2º Campeonato Guilherme Guido devem ser realizadas até o dia 3 de maio, pelo site www.aquaticapaulista.or.br. A taxa é de R$ 13,70 por prova. Os atletas que disputarem três provas terão direito a uma camiseta e a uma touca alusivas ao evento.


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Artigo

Entre o túmulo e o berço Andréa C. Bombonati Lopes | Psicóloga e Psicanalista | Rua Frederico Ozanan, 94 | Limeira SP | Fone: 98132-7989 “Para todos aqueles que em meio à vida experimentam a morte e vice-versa.”

“João Arthur nasceu no dia em que papai morreu. Não há um só dia em que eu não olhe nos olhos do meu filho e não me lembre do olhar do meu pai”. A fala é de alguém que experimentou uma mescla de alegria e dor em poucas horas. Quando comemorava o aniversário do pai em festa com a família, a bolsa estourou e a correria para o hospital; ligações para o médico obstetra, João Arthur anunciava que pretendia chegar naquela noite. E enquanto a filha, a caminho do hospital, preparava-se para a experiência de ser mãe, o pai, que também se preparava para a experiência de ser avô, sofria um

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infarto e também era atendido às pressas. O dia amanheceu em meio a um choro de dor de perda e de alegria de chegada. João Arthur vinha ao mundo exatamente quando o avô ia embora. Situações como essa, de uma ironia quase cruel com que a vida se apresenta a todos nós, nos arremessam sempre para sentimentos muito difíceis de lidar. O nascimento de uma criança é sempre a possibilidade de renovar a vida, as esperanças, a fé em dias melhores. A morte de nossos entes queridos nos relembra a separação iminente que teremos de confrontar cedo ou tarde. O nascimento é o desembrulhar da vida diante de nós, na certeza de que há muito que podemos fazer por aquele serzinho que chega. A morte embrulha-nos no

mistério e na insegurança de uma orfandade que nos assinala nossa impotência diante da natureza das coisas. E assim, para essa mãe, o pequeno João Arthur traz a herança de lembrar a cada aniversário a morte do avô e a epígrafe de que “chegou num dia de tristeza”. Contudo, talvez se possa equacionar essa relação berço-túmulo numa outra possibilidade, já que a dimensão do humano é prenhe de escolhas e as escolhas que fazemos vão se desdobrando em outras realidades possíveis. Como, por exemplo, pensar que talvez João Arthur tenha decidido nascer para ajudar a estancar a dor, como espécie de curativo de doçura para corações que doíam; que talvez seja ele, que tem os olhos do avô, o neto que dará a continuidade aos

negócios da família, à empresa que o avô fundou e que filha alguma quis se atrever a gerir. Ou, ainda, que a vida se move, como o rio; que nada se perpetua em estagnação, e é no movimento das coisas que vamos encontrar nossas respostas em meio a nossas incertezas e dores. E que para além de qualquer crença religiosa, a experiência de morte e de vida nos arrebata a todos e não é possível imunizarmo-nos, ainda que busquemos. Porque somos seres marcados pelo afeto e, se isso nos aproxima e nos amedronta, talvez também aponte para uma saída: atravessarmos cada experiência humana com um profundo e genuíno afeto. Pode ser ele um antídoto para a desesperança e um curativo eficiente para nossas dores.


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CARROS Texto: Rodrigo Mora/Folhapress | Foto: Zanone Fraissat e Eduardo Anizelli/Folhapress

Vitrines sobre rodas Raros nas ruas do Brasil, Accord e Legacy trazem o melhor que Honda e Subaru têm a oferecer em tecnologia e conforto Desde a abertura das importações, nos anos 1990, Honda Accord e Subaru Legacy carregam a fama de carros de luxo, com a qual o preço atual na casa dos R$ 150 mil corrobora. Raridade nas ruas, ambos servem como vitrine do que as marcas têm de melhor, oferecendo exclusividades que depois irão chegar aos carros mais baratos da marca. Na linha Honda, só o Accord tem um dispositivo que capta ruídos e vibrações na cabine e os neutraliza com ondas sonoras. Já na Subaru, só o comprador do Legacy pode se gabar do sistema de áudio Harman/Kardon, tido como um dos melhores do mundo. Vender bem é secundário, como mostram os números de emplacamentos, inferiores a 200 unidades em 2015 para ambos. O importante é mostrar o poder das marcas. NA PISTA Nos números, o Accord superou o Legacy no teste da reportagem. O Honda foi mais rápido consumindo menos combustível, na média. É uma surpresa, já que o Legacy é mais leve e dotado de tração integral, vantajosa sobre a tração dianteira do rival na hora de tracionar. A explicação está no câmbio. O automático de seis marchas do Honda é mais versátil, garantido rapidez nas trocas quando a pressão no acelerador é forte e suavidade quando se alivia o pé. O CVT do Legacy é referência em suavida-

A COMPARAÇÃO É difícil resistir à tentação de comparar Honda Accord e Subaru Legacy com os alemães Audi A3 Sedan e A4, BMW Série 3 e Mercedes Classe C, quarteto que domina o segmento dos automóveis médios de luxo. Os números se sobressaem: em uma 30

Os sedãs Subaru Legacy (à esq.) e Honda Accord, ambos com motor V6

de, mas deve em agilidade. É algo contraditório, pois tudo parece ser voltado à esportividade neste sedã – desde o desenho das rodas até os dois modos de condução esportiva. Fora da pista, quando itens de conforto ganham destaque, o embate entre os japoneses é equilibrado. A cabine do Accord é mais envolvente, com bancos largos, volante mais suave ao toque e maior espaço no banco traseiro. O Legacy dá o troco com assento do motorista com memória eletrônica, sete airbags (contra seis do Accord) e porta-malas mais amplo. No fim das contas, a escolha por um ou outro passa menos por uma comparação de adjetivos e mais pela fidelidade dos fãs de cada marca.

faixa de preço que beira os R$ 160 mil, a dupla japonesa é maior, mais potente e mais equipada que os concorrentes europeus. Contudo, em uma análise mais rigorosa, os sedãs japoneses perdem prestígio diante dos alemães. Apesar de mais potentes, os motores V6 da Subaru e da Honda não têm a “mágica” do turbo, que faz os números de consumo dos alemães serem notavelmente superiores. Com gasolina no tanque, a média combinada (cidade e estrada) de versões 2.0 de A3 Sedan, A4, Série 3 e Classe C fica na casa dos 13 km/l, enquanto que os nipônicos registram cerca de 10 km/l. Quando a régua está sobre o entreeixos, medida determinante para o espaço disponível no banco de trás, Accord e Subaru também ficam em desvantagem.


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Artigo

Pilates: entenda um pouco mais desse método Érica Bigon - Fisioterapeuta Especializada em Dermato Funcional | Sundara Spa Urbano Fone: (19) 3702-5634

“Poucos movimentos bem feitos, realizados de forma correta e equilibrada valem por muitas horas de ginástica” - Joseph Pilates. O método pilates trabalha o corpo como um todo, corrigindo a postura, realinhando a musculatura e desenvolvendo a estabilidade corporal. Foi criado para conseguir um corpo, uma mente e uma vida saudável. Proporciona o alongamento e fortificação do corpo de forma integrada e individualizada, além de melhorar respiração, diminuir o estresse, de-

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senvolver consciência e equilíbrio corporal, melhorar a coordenação motora, mobilidade articular e proporcionar relaxamento. Os exercícios podem ser realizados no solo com ou sem acessórios, em bola suíça ou em aparelhos dotados de um mecanismo de molas que colocam maior resistência ou facilitam a execução dos movimentos. Apresentam ainda diferentes graus de dificuldade, e devem ser trabalhados lentamente para trabalhar a força do músculo que está sen-

do solicitado. O fisioterapeuta atua mais na reabilitação, na desportiva, e no trabalho individual ou coletivo enquanto o educador físico atua no condicionamento físico. Quem pode praticar o método? Todos aqueles que querem encontrar uma vida saudável, desde crianças, gestantes, terceira idade e pessoas com problemas posturais. As gestantes para a prática do método devem ter a liberação do seu obstetra. Agende uma aula experimental e sinta no seu corpo todos esses benefícios.


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COMPORTAMENTO Texto: Mateus Luis de Souza/Folhapress | Fotos: Karime Xavier/Folhapress

Influência da TV Crianças partem para as aulas de canto e alimentam o sonho de se tornarem famosas

Entre uma nota e outra, as irmãs Maria Eduarda, 6, Maria Luisa, 8, e Maria Fernanda Reis, 11, discutem qual o melhor jeito de ensaiar. As três fazem aula de canto juntas desde o ano passado, mas têm experiência no assunto há muito mais tempo: em todo aniversário, elas gravam um CD cantando as músicas de que mais gostam – que vão do pop ao reggae. “Temos contato com música desde muito cedo, mas sabemos que as aulas são essenciais para melhorar”, diz Maria Fernanda. As irmãs estão em uma família que entende

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do assunto: mãe, avô, tios e tias tocam instrumentos. “Mas alguns são desafinados”, avisa. Elas não só assistem ao “The Voice Kids”, programa da Globo com talentos mirins, mas também brincam de imitá-lo. Montam as cadeiras dos jurados, um palco improvisado e reservam espaço para a plateia. “É bem sério, o jurado só escolhe o participante se a música estiver boa”, explica Maria Luisa. O sonho de Audrey Stein Del Boni, 11, é participar de uma próxima edição, caso venha a acontecer. Por isso, co-


Dicas - Não grite demais, pois a voz pode ficar rouca e impedir de continuar cantando. - É preciso perder o medo do ridículo. É normal desafinar às vezes e ficar com vergonha do público. - Treine fora da escola ou da aula de canto, como no banheiro ou no carro – mas, se for treinar no banho, lembre-se de evitar desperdício de água!

De baixo para cima, as irmãs Maria Eduarda, 6, Maria Luisa, 8, e Maria Fernanda, 11, que fazem aulas de canto

meçou a fazer aulas de canto no coral da Igreja Batista da Liberdade, em São Paulo. A procura por esse tipo de curso cresceu na cidade. “Acho que vou conseguir melhorar as músicas que canto, especialmente sertanejo e evangélico”, conta Audrey.

- Não se assuste: sua voz vai mudar na adolescência (e talvez você tenha que reaprender a cantar). - Não pense só no sucesso; é preciso ter paixão na atividade e sentir prazer na hora do canto. Fontes: Rafael Barreiros, do Instituto Musical Rafael Barreiros, e Lucila Novaes, dos Trovadores Urbanos

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Diênifer Costa - Professora Bio Ritmo Limeira

Envelhecer é inevitável, porém envelhecer bem hoje pode ser uma opção! Sabemos que, com o passar dos anos, quando vamos envelhecendo, nosso organismo sofre algumas alterações fisiológicas. Observamos mudanças no sistema cardiorrespiratório, perda de massa muscular, perda do equilíbrio, coordenação reduzida, entre outras. E para amenizar esses fatores, a atividade física regular é primordial. Atividade física na 3ª idade é muito importante pois, além de proporcionar um “envelhecimento saudável”, ajuda a melhorar suas atividades diárias. O efeito da atividade física vai além da estética, ela ajuda no equilíbrio físico, na flexibilidade, mantém a vida ativa e melhora a saúde mental. As atividades em grupo voltadas para este perfil de público são essenciais para novas amizades, causando uma maior motivação em seus treinos e gerando, assim, mais resultados. Sobre a prática de exercícios físicos regulares, que é uma real necessidade para todos os indivíduos, principalmente para a 3ª idade, sabemos que ela pode prevenir doenças, como exemplo as causadas por perda de massa óssea. As mais recorrentes neste público são: osteoporose, artrose, problemas de coluna e nas articulações. Claro que fatores genéticos têm uma influência enorme nesta questão, porém hoje sabemos que a prática regular da atividade físi-

ca bem direcionada produz efeitos excelentes, tanto na prevenção como no tratamento dessas patologias. Mas o que devemos pensar e já colocar em pratica é a ideia da prevenção. Se você continuar com os hábitos alimentares e de sedentarismo de hoje, como imagina estar daqui a 20 ou 30 anos? Como imagina ser seus últimos 10 anos de vida? Pretende viajar? E se viajar, quer viajar com um acompanhante pra lhe ajudar a sentar e levantar, ou apenas com seu companheiro ou família para se divertir com o vigor de uma pessoa de meia idade? Sim, você pode prever como será o seu futuro no que se refere ao vigor físico e à probabilidade de uma velhice saudável. É claro que não podemos controlar todo nosso destino, mas ter hábitos saudáveis é uma grande forma de travarmos uma luta diária contra o sedentarismo e a má alimentação, que podem exercer uma influência enorme em nosso organismo, tanto o ajudando a funcionar melhor como o prevenindo de doenças. Aquela visão de 3ª idade frágil e sem energia não é o melhor caminho. Através da medicina, alimentação saudável e exercícios físicos regulares, a possibilidade de vivermos mais e melhor é um caminho simples e bem prazeroso nos dias de hoje.

Limeira Av. Antonio Ometto, 1.025 Vila Cláudia Fone: 19 3704.5055

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TECNOLOGIA Texto: Fernanda Ezabella/Folhapress | Foto: Divulgação/Folhapress

Mundos paralelos No TED, empresas mostram como a realidade aumentada vai levar hologramas para o cotidiano Muitos dos participantes da edição deste ano do TED, evento anual que reúne ideias inovadoras e que foi realizado recentemente no Canadá, passaram dias vendo coisas ou gesticulando sozinhos. Não era um delírio coletivo, mas uma explosão de hologramas e imagens em 360 graus, gerados em capacetes futurísticos de empresas que prometem trazer ao mundo a nova moda tecnológica: as chamadas realidades virtual ou aumentada. À frente do movimento está o engenheiro brasileiro Alex Kipman, que vive nos EUA há 15 anos e é responsável pelo HoloLens, da Microsoft, único aparelho de realidade aumentada atualmente à venda – embora apenas para de-

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senvolvedores, por US$ 3.000 (R$ 12 mil). Não há previsão de quando chegará ao consumidor final. “Quando for o tempo certo, vamos liberar para todos”, disse Kipman, após sua apresentação no TED, na qual usou o HoloLens e exibiu em um telão os hologramas que apareciam no seu visor. No palco, ele gesticulava no vazio, enquanto na tela aparecia cercado por montanhas ou crateras de Marte. Em certo momento, o engenheiro recebeu a ligação de um colega, que se materializou a seu lado em um holograma (e podia ser visto no seu visor pessoal ou no telão). Para Kipman, qualquer pessoa que trabalhe com modelos 3D, como arquitetos ou engenheiros de robótica, terá


sua vida transformada com a de março por US$ 599 (R$ tecnologia. “Vou poder sen2.400) em 20 países. tar na minha sala [nos EUA] “O mercado para realie ter minha família brasileira dade aumentada será maior sentada ao meu lado, conque a da virtual, mas levará versando”, disse o curitibano. mais tempo para chegar”, diz Outra firma de realidade um relatório da consultoria aumentada que promete diDigi-Capital, que prevê uma vulgar novidades, em marindústria de US$ 120 bilhões ço, a Meta fez demostrações até 2020 para as duas modaem uma sala do TED. Meron lidades. “A realidade virtual Gribetz, seu fundador, usou vai continuar a se manter Holograma de astronauta criado por visor da Hololens interage com o o Meta 2.0, um capacete/vinum mercado majoritariabrasileiro Alex Kipman sor ligado por um cabo. mente de entretenimento.” Com gestos e sinais, ele navegou por telas holográficas, No TED, outra apresentação concorrida foi feita pelo viu de perto um esqueleto humano e também recebeu uma artista Chris Milk, fundador da Vrse. Cada pessoa no auligação com o interlocutor materializado em holograma. ditório recebeu fones de ouvido e um Google Cardboard Eles não estão sozinhos. Outros peixes grandes do Vale (suporte de papelão, em que é acoplado um celular para do Silício já embarcaram na ideia. A Apple comprou a ale- ver vídeos em 360 graus). mã Metaio em maio, enquanto o Google investe na Magic De pé, sem sair do lugar, mas virando para todos os laLeap, avaliada em cerca de US$ 4 bilhões – nenhuma com dos, quase fomos atingidos por um trem e sobrevoamos previsão de lançamento dos produtos. Nova York. “Se filmados de forma errada, os vídeos podem O Facebook adquiriu por US$ 2 bilhões a Oculus VR, causar náusea”, alertou Milk. “É um formato fluido, e não de realidade virtual, cujos óculos estarão à venda no final apenas uma sequência de retângulos”, explicou.

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Artigo

O valor da felicidade: como o bem-estar dos funcionários direciona os lucros Natália Barsante Belchior Lopes - Fiscal de Rendas do Estado de São Paulo Formada em Administração pela FGV e pós graduada em Finanças pela Universidade da Califórnia (UCLA)

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A maioria de nós assume

A felicidade resultante do

positivo não é tão diferente

estresse são inevitáveis. Todo

que o sucesso levará à felici-

sucesso é transitória. Outro

do que treinar seus músculos

mundo têm diversos proble-

dade. Shawn Achor, fundador

pensamento comum é de que

na academia. Exercícios como

mas para resolver todo dia. A

da empresa Good Think, em

a genética e o meio ambiente

escrever três coisas pelas quais

forma como você irá respon-

estudos com a KPMG, Pfizer e

determinam quão feliz você é.

você é grato diariamente po-

der às pressões e às situações

o departamento de psicologia

Ambos os fatores têm impacto.

dem ter um impacto duradou-

adversas irá determinar em

de Yale, encontrou que a feli-

Mas o seu senso de bem-estar é

ro em seu bem-estar;

grande medida sua satisfa-

cidade, na verdade, precede

surpreendentemente maleável.

2) Ajudar seus colegas de tra-

ção com a vida. Os hábitos

o sucesso. Entretanto, o pen-

Pesquisas mostram que quan-

balho: coisas como convidar o

que você cultiva, a forma que

samento da maioria é de que

do as pessoas trabalham com

colega para almoçar e organi-

você interage com seus cole-

“Quando eu for promovido,

uma mente positiva, sua per-

zar atividades de interação no

gas, como você pensa sobre

ficarei feliz”, “Quando bater

formance em todos os níveis

escritório entram nesse rol.

o estresse, tudo isso pode ser

minha meta de vendas, ficarei

– produtividade, criatividade

Pessoas que se engajam nessas

administrado para aumentar

em êxtase”. Mas, a felicidade

e compromisso – aumentam.

atividades demonstraram ser

sua felicidade e, consequentemente, sua chance de sucesso.

deveria ser tratada como o

Para melhorar o seu bem

até 10 vezes mais dedicadas

ponto de partida, pois o suces-

estar e o do seu time, seguem

ao trabalho e a ter 40% mais

so é uma meta fugitiva, assim

três grandes dicas:

chance de serem promovidas;

que você a bate, você aumenta

1) Desenvolva novos hábitos:

3) Mudar sua relação com o

seu objetivo.

treinar o seu cérebro para ser

estresse: situações que geram

Fonte: Harvard Business Review – The Value of Happiness: How employee wellbeingdrives profits


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Nutrição

Amaranto: estratégia nutricional rica em proteínas e sem glúten Dra. Patrícia Milaré Lonardoni | Nutricionista | Tel: 19 3443.3236 (Limeira SP) | patricia.milare@itelefonica.com.br Rico em fibras e proteínas de alto valor biológico, o amaranto é um pseudocereal que possui em sua composição aminoácidos essenciais, que são aminoácidos que o organismo não produz e que, por isso, é necessário que tenhamos fonte exógena deles Um dos aminoácidos presentes no amaranto é a lisina, aminoácido importante para a absorção do cálcio e essencial para nos proteger contra a herpes. Falando em cálcio, o amaranto é considerado boa fonte de cálcio biodisponível, que é a forma de cálcio de melhor absorção pelo organismo, mas ele também é fonte de vitamina C, betacaroteno e minerais como potássio, fósforo,

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ferro, zinco e magnésio. Toda essa composição faz do amaranto um cereal importantíssimo para prevenir osteopenia e osteoporose, diminuir a pressão arterial, reduzir o colesterol LDL, diminuir a glicemia, auxiliar no crescimento, além de ajudar a retardar o envelhecimento. O amaranto auxilia na manutenção da massa muscular e pode ser muito bem usado para redução de gordura corporal, por ser rico em fibras solúveis, que nos proporcionam maior sensação de saciedade, além de favorecer o funcionamento intestinal. Este grão também é fonte de gorduras insaturadas e fibras, além de apresentar boa con-

centração de esqualeno, com grande ação antioxidante. Por não conter glúten, é uma ótima opção para portadores da doença celíaca ou pessoas com hipersensibilidades a essa proteína. E o amaranto pode ser usado de diversas formas: experimente adicioná-lo sobre uma fruta ou batê-lo com suco natural. Para o inverno, que tal engrossar uma deliciosa sopa de legumes com amaranto? Assim, você terá um prato nutritivo, saboroso e que o manterá saciado por mais tempo. Anote a receita: I n g r e d i e n t e s : - 1 xíc. cenoura em rodelas; - 1 xíc. abóbora em cubos;

- 1 xíc. de repolho roxo em tiras; - 1 xíc. de vagem fatiada; - ½ cebola picada; - 2 dentes de alho amassados; - ervas frescas a gosto (manjericão, tomilho etc.); - 1 col. (de sobremesa) de óleo de abacate; - 1 e ½ litro de água fervente; - 3 col. (de sopa) de amaranto. Modo de fazer: Em uma panela, refogue a cebola e o alho no óleo de abacate. Então, coloque todos os legumes na panela, cubra com água e adicione as ervas frescas. Cozinhe em fogo médio até os legumes amaciarem. Para que a sopa fique cremosa, adicione 3 col. (de sopa) de amaranto e bata a sopa no liquidificador.


Artigo

Aniversário Dra. Stella M. F. Pranzetti Vieira | Médica Pediatra No primeiro aniversário de nossas vidas não sabemos o que está acontecendo nem porque tanta gente nos agrada e nos traz presentes, mas percebemos, mesmo tão pequeninos, que algumas coisas mudam depois desse dia, talvez em relação a nós mesmos, que vamos ficando mais independentes e capazes de chegar onde queremos, nos expressamos melhor e já sabemos do que e, principalmente, de quem gostamos. Uma vez eu li, em algum lugar, que passamos o primeiro ano da vida de uma criança fazendo-a acreditar que é dona do

mundo e o resto da sua vida desmentindo isso. Talvez por isso esse primeiro aniversário seja tão importante, por ser um marco em nossa vida que divide o tempo entre dominar e tentarem nos dominar. Nos próximos anos, já participamos mais e aniversário é igual a festa, bolo, presente e família. Passa a ser então uma data muito esperada quando a família se reúne para comemorar, distribuir presentes e os pais fazem o impossível para realizar os sonhos das crianças. Com o tempo, já na maturidade, o aniversário passa a

ser um momento de reflexão, de contabilizar conquistas e fracassos e fazer um balanço geral. Sinto como um dia de comemorar a vida junto das pessoas que amamos e renovar energias e esperanças, apesar de que a medida em que o tempo passa queremos que ele ande mais devagar, e o mais importante é que nesse dia falta um ano para o próximo e, só isso, já e um bom motivo para brindar. Também não sonhamos com presentes porque sabemos que o maior deles é a vida e só desejamos ter saúde para desfrutá-la. Nessa fase já perdemos pessoas queridas e

sentimos saudades e nostalgia, mas agradecemos por aqueles que estão conosco e que tornam o nosso dia mais feliz. Enfim, acho que é um dia mágico e diferente de todos os outros porque é o dia que tivemos o privilégio de vir ao mundo escrever a nossa história. E dia de agradecer a Deus, aos nossos pais e a nossa família por tudo. Com o tempo, aprendemos a valorizar a vida e as pessoas que nos cercam, nos tornamos mais sábios e mais tolerantes e, por que não dizer, mais capazes de amar. Que venha o próximo aniversário!

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PALADAR Texto: Mariana Sewaybricker/Folhapress | Fotos: Divulgação/Folhapress

Folha da força Segredo do sucesso do personagem Popeye, o espinafre faz jus à fama que tem e traz benefícios à saúde Nos desenhos, o marinheiro Popeye ganha uma força especial ao consumir espinafre. Não por acaso, o superpoder foi designado à folha verde-escuro, já que ela é uma hortaliça rica em diversos nutrientes. “O espinafre é rico em ferro e, por isso, é recomendado para pacientes com anemias ferroprivas (por deficiência desse nutriente). Também fornece excelente fonte de vitaminas A e K, que auxiliam na saúde da pele, das unhas e do cabelo e evitam patologias

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de coagulação”, diz a médica nutróloga Cristiane Braga Kanashiro. Como todos os folhosos dessa coloração, o espinafre também possui quantidades consideráveis de minerais e de fibras alimentares. Sua lista de benefícios se estende do controle da pressão sanguínea até a sua ação antioxidante e à possível prevenção do câncer. “Pelo alto teor de antioxidantes, o consumo regular de espinafre ajuda a diminuir picos de glicemia, de


Crepe de espinafre e mandioquinha Ingredientes: Massa 1 kg de mandioquinha 2 col. (chá) de margarina 150 g de queijo parmesão Sal a gosto

insulina e de gordura no sangue, prevenindo diabetes, aterosclerose, tromboses etc. Além disso, ele ajuda na saciedade, devido às fibras”, acrescenta Leandro Kuroda, nutricionista fundador do projeto Encorpus. Especialistas reforçam, ainda, que quem estiver interessado em manter as propriedades do espinafre intactas deve optar por consumi-lo cru. “Uma dica é cozinhá-lo no vapor, assim, a perda de nutrientes diminui consideravelmente”, sugere Kuroda.

Recheio 200 g de ricota fresca 1 maço de espinafre 100 g de cebola picada Azeite, sal e pimenta do reino a gosto

Modo de preparo Massa Lave a mandioquinha e rale-a crua, sem retirar a casca. Misture todos os ingredientes e amasse-os até ficar uma massa uniforme. Abra-a com as mãos, como se fosse uma pizza, em uma fôrma retangular. Asse por 20 minutos em forno médio. Reserve. Recheio Refogue a cebola no azeite e, em seguida, acrescente o espinafre. Cozinhe por 3 minutos. Retire do fogo e misture a ricota esfarelada. Montagem Com uma espátula, corte a massa em 8 pedaços. Retire um deles da assadeira e coloque sobre uma folha de papel alumínio. Disponha o recheio em uma das laterais e enrole a massa com o apoio do papel alumínio. Repita o processo com o restante da receita. Finalize cortando os rolinhos em pedaços menores. Pronto!

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EMPREGO Texto: Fernanda Perrin/Folhapress | Foto: Marcus Leoni/Folhapress

A melhor aposentadoria Prestes a se aposentar, profissionais encaram desafio de rotina sem trabalho e sem salário depois de décadas de empresa Eduardo Koatz, 65, está dedicando a aposentadoria para perseguir o sonho de ser jogador de futebol. De botão. Ele decidiu sair da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) quando deixou o cargo de vice-diretor em Brasília, em 2011, o ponto mais alto da carreira de 17 anos na empresa. A decisão de trocar a mesa de trabalho pelo futebol de mesa, porém, não foi simples. “Eu me perguntava ‘será que o dinheiro vai dar conta? O que eu vou fazer?’”, diz. À época, a Fiocruz estava no segundo ano do Programa de Preparação para a Aposentadoria (PPA), iniciativa destinada a ajudar funcionários a fazer essa transição. O interessado em participar é entrevistado pelo RH e, depois, convidado para nove encontros em que são discutidos temas como regras para aposentadoria, planejamento financeiro e relações sociais e familiares. A ideia é que, ao final, o participante tenha um “projeto de vida” claro para os anos pós-trabalho. Sem a rotina do emprego, muitos desenvolvem problemas de saúde, principalmente depressão, diz Conceição Robaina, integrante da equipe que coordena o PPA. Problemas emocionais também foram uma das motivações para a mi-

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O aposentado Bento Zanzini, de 64 anos, em sua casa

neradora Anglo American iniciar em julho do ano passado o programa Saber Viver. “Vimos casos de depressão e alcoolismo entre nossos ex-funcionários por se sentirem incapacitado”, afirma Elias Silva, diretor de RH da unidade em Cubatão (SP). “No fundo, é o seguinte: qualquer empresa pega você e molda sua cabeça durante o tempo que você está lá. Então, quando você sai, lá pelos 60 anos, fica desorientado mesmo, sem saber o que fazer da vida”, diz Koatz. Por isso, a família tem um papel importante para ajudar o aposentado a lidar com as mudanças. No Saber Viver, o funcionário é encorajado a levar companheiro ou companheira e filhos aos encontros. Gilson Evangelista, 56 anos de idade e 30 de Anglo American, participou da primeira turma do programa acompanhado pela mulher. A principal preocupação do casal para quando ele se aposentar é o sustento dos filhos. “Eu achava que não serviria mais para nada quando parasse de trabalhar, mas agora estou com o projeto de abrir uma fábrica de gelo”, diz.


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TELEVISÃO Texto: Caroline Borges/TV Press | Foto: Divulgação/Rede Globo

Tempo de mudanças Em “Êta Mundo Bom!”, Giovanna Grigio busca trabalhos mais maduros na tevê Giovanna Grigio é bastante segura sobre seus objetivos dentro da tevê. No ar em “Êta Mundo Bom!”, da Globo, a atriz de 18 anos quer provar que cresceu. Após interpretar a órfã Mili, na segunda versão de “Chiquititas”, do SBT, por dois anos, ela chega em sua segunda novela pronta para mostrar que pode ir além da personagem infantojuvenil e conquistar trabalhos diversos no vídeo. “Por algum tempo, fiquei com receio de que o público ou diretores sempre me vissem como uma menina de 13 anos. Eu mesma achava que não fosse capaz de mudar essa imagem. Mas, ao longo dos capítulos, percebi que me superei. Achei que seria mais difícil”, explica.

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A diferença de época entre as produções foi crucial para Giovanna se adaptar ao novo trabalho. A atual trama das seis retrata a capital paulista dos anos 1940 e conta com um contexto social e político diferente do que era retratado na novela anterior. “Essas diferenças fortes ajudam a marcar a nova personagem. Mas a tevê é formada também por uma adaptação. Sempre é necessário se modificar para os projetos”, aponta. Na história escrita por Walcyr Carrasco, Gerusa é uma jovem que sofre de doença ainda não diagnosticada. Neta de Camélia, de Ana Lúcia Torre, a menina vive um intenso romance com Osório, papel de Arthur Aguiar. “É uma


história muito leve. Novela das seis é sempre muito divertida e tranquila. Acho que qualquer público pode seguir me acompanhando nesse trabalho”, afirma. Para se aproximar do contexto da época retratada e dos dilemas da personagem, a atriz participou de diversas leituras com seu núcleo na trama. Durante o processo de pré-produção, Giovanna também buscou referências de como era o comportamento social feminino do período, como vocabulário e formas de se movimentar. “É um jeito bastante difícil de falar. Outro dia, soltei um ‘né’ no meio da gravação. Fizemos tudo de novo. Afinal, essa expressão não existia”, lembra ela, que também realizou sessões de fonoaudiologia para amenizar o sotaque de sua cidade natal, Mauá, em São Paulo. “Lá, a gente fala com o ‘r’ bem carregado. Minha personagem é da capital e não pode falar

assim”, completa. Como boa parte dos atores, a carreira de Giovanna começou na publicidade. Ainda quando criança, ela realizou campanhas para diversas marcas. Aos 9 anos, ingressou no curso de teatro da Fundação das Artes, em São Caetano do Sul, onde estudou por cinco anos. Antes de estrear no “remake” do SBT, teve rápidas passagens pela tevê em programas como “O Melhor do Brasil”, da Record, e foi apresentadora do “Band Kids”. Após terminar o Ensino Médio no final de 2015, a atriz pretende manter o foco apenas na atual novela das seis. “Quero fazer faculdade de Cinema, mas não agora. Vou viajar depois da trama. Sou louca por filmes e quero conhecer melhor esse universo”, planeja. “Êta Mundo Bom!” – Globo – De segunda a sábado, às 18h15

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TURISMO Texto: Guilherme Genestreti/Folhapress | Foto: Roberto de Oliveira e Magê Flores/Folhapress

Das ruínas ao paraíso Roteiro pelo sul do México mescla destinos cosmopolitas, cidades coloniais, ruínas na selva e praias de ar sofisticado Nos anos 1950, Jack Kerouac, autor do livro “On the Road”, buscou autoconhecimento enquanto sacolejava num ônibus pelas poeirentas rotas do México. Mais de 60 anos depois, os coletivos ainda são a forma mais econômica de desbravar o sul do país. O México é boa opção de viagem em tempos de crise por aqui principalmente por causa do câmbio favorável. Com uma cotação em que R$ 1 vale em média 4,50 pesos mexicanos, mais de 300 mil turistas brasileiros visitaram o país em 2015, em busca da variedade de paisagens, que vão de ruínas pré-hispânicas a praias paradisíacas. Com R$ 500 de passagem, é possível percorrer 2.200 quilômetros de costa a costa, passando por cidades cosmopolitas e coloniais, praias rústicas e de clima sofisticado e ruínas históricas na selva. A Cidade do México é o melhor ponto de partida. Barulhenta e culturalmente intensa, é uma espécie de irmã gêmea de São Paulo, que pode ser conhecida em três ou quatro dias. Na plaza Garibaldi, mariachis tocam “La Bamba” por alguns pesos à sombra do museu do Tequila (por lá, a bebida é um substantivo masculino) e do Mezcal. A oeste, o bosque de Chapultepec guarda o palácio de mesmo nome, erguido em uma colina da qual se vê toda a cidade. Lá estão os museus de Arte Moderna e de Antropologia, que expõem relíquias de civilizações pré-hispânicas,

Região do Templo Mayor, na Cidade do México, próximo à praça histórica conhecida como zócalo

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de colossais cabeças toltecas a recriações de tumbas maias. PÉ NA ESTRADA A uma hora da capital, ficam as ruínas de Teotihuacán, civilização das pirâmides da Lua e do Sol, a terceira mais alta do mundo. Mais à frente, 462 quilômetros, a colonial Oaxaca é uma cidade de surpresas culinárias, principalmente os grilos fritos, o mescal e os “moles” (ensopados picantes). O Estado de Oaxaca, cuja capital é a cidade de mesmo nome, guarda algumas das melhores praias do Pacífico. Zipolite é a mais rústica. O clima hippie faz os pescadores reagirem com indiferença aos turistas europeus nudistas. Entre Oaxaca e a Guatemala, o Estado de Chiapas é onde se encontra o cânion del Sumidero, maciço rochoso de mais de 500 metros de altura, cortado por um rio navegável de onde se avistam jacarés e pelicanos. No extremo leste, o sítio arqueológico de Palenque guarda ruínas maias incrustadas no meio da selva. Os templos recobertos de mato incutem um espírito meio Indiana Jones à viagem. Outras ruínas estão em Tulum: na cidade costeira, a 750 quilômetros de Palenque, os maias deixaram um punhado de templos com vista para o Caribe. Se a temperatura permitir, é possível nadar e mergulhar nos cenotes, enormes poços de águas claras que pipocam pela região.

Iguana vista perto de piscina de resort na região de Los Cabos, na costa mexicana

Barcos em passeio pelo arco, formação na costa de Baja Califórnia, no México


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Não seja você a crise Nesses tempos turbulentos de crise, o empreendedor tem dois desafios importantes pela frente: primeiro, manter-se otimista e motivado diante de um cenário tão negativo; segundo, evitar que a crise cause um desânimo geral na equipe, comprometendo os resultados da empresa. Neste artigo, quero compartilhar cinco dicas que podem ajudar você nessas questões.

Se você desmoronar, todos, inclusive a empresa, desmoronam junto com você. 1. Não leve a crise para a empresa Evite comentários e discussões sobre política no ambiente de trabalho. Em geral, isso leva a um desgaste emocional desnecessário, que compromete o rendimento da equipe como um todo. O bom líder é aquele que consegue manter a serenidade, a motivação e o foco, mesmo nas situações mais adversas. 2. Não se envolva emocionalmente com o noticiário Para onde você olha, lá vem uma nova denúncia, uma nova escuta telefônica, um novo capítulo de uma história sem fim. É claro que, enquanto empreendedor, você precisa saber os rumos da política e da economia do nosso País. Porém, isso não significa que você tenha que se envolver emocionalmente com os fatos. Acompanhe tudo, mas mantenha o controle emocional, principalmente quando estiver com seus liderados. Saiba que você pode ser uma referência importante

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para eles. Se você desmoronar, todos, inclusive a empresa, desmoronam junto com você. 3. Limite seus encontros com a notícia Quem tem o hábito de acompanhar o noticiário sobre a crise o dia todo, a todo momento, dificilmente consegue pensar ou falar sobre outra coisa que não seja a própria crise. Por isso, escolha horários específicos para ver o noticiário. O ideal é que você faça isso duas ou três vezes por dia. Quem só vê crise pela frente não consegue enxergar além dela. 4. Cultive momentos de lazer e relaxamento Por mais difícil que seja a situação do país, é muito importante que você tenha momentos de lazer e relaxamento. Tire um tempo para você pegar uma piscina, assistir a um bom filme, sair com os amigos ou com a família. Esse tipo de atividade tem o poder de renovar sua mente e suas energias. 5. Crie soluções inovadoras Ninguém sabe quando a crise vai passar. Por isso, não deixe de pensar em soluções criativas e inovadoras para seus produtos e/ou serviços. Adote o hábito de discutir com sua equipe soluções que possam tornar seu produto ainda mais competitivo no mercado. Talvez você descubra uma nova necessidade e até um novo produto que ainda nem exista. Faça isso, sempre. Para finalizar, quero ressaltar que essas dicas têm como objetivo ajudar você a manter um ambiente de trabalho saudável para que sua empresa continue caminhando. Isso não significa que não devamos nos posicionar diante de tudo o que está acontecendo com o nosso país. A questão-chave é saber o momento e o lugar mais adequados para isso.


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BEM-ESTAR Texto: Juliana Cunha/Folhapress | Foto: Rogério CassimiroFolhapress

Meditação funciona? Meditação da “atenção plena”, criada por americano, monopoliza pesquisas sobre o tema e, em novo estudo, reduziu níveis de inflamação no sangue Talvez você já tenha se perguntado se meditação “funciona”, mas as questões que se seguem a essa são ainda mais capciosas. A primeira é como mensurar os benefícios desse tipo de prática. A maior parte dos testes na área de saúde são feitos do seguinte modo: enquanto um grupo recebe o tratamento testado, um segundo grupo recebe um placebo. Como o efeito placebo funciona em até 30% dos casos, é importante que os participantes não saibam se estão recebendo o tratamento real ou uma água com açúcar, assim os resultados podem ser comparados. Mas como ministrar um placebo de meditação? Estudo

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publicado na revista “Biological Psychiatry” buscava investigar os efeitos da meditação “mindfulness” (atenção plena, ou consciência plena) na redução de estresse. Para isso, os pesquisadores recrutaram 35 pessoas desempregadas que estavam passando pelo estresse de buscar um novo trabalho. O grupo foi para um retiro de três dias de meditação. Enquanto metade deles recebia aulas de mindfulness, a outra metade fazia sessões de relaxamento nas quais o instrutor inseria piadas e distrações em momentos-chave para impedir que os participantes de fato se concentrassem. “Recrutamos pessoas que não tinham experiência prévia com meditação,


de modo que não percebessem o setts, nos Estados Unidos, truque”, explica David Creswell, na década de 1970. Iniciapsicólogo da universidade amedo no budismo, Kabatricana Carnegie Mellon que che-Zinn queria desenvolver fiou o estudo. um método que ajudasse Quase todos os participantes pacientes crônicos a lidar afirmaram que se sentiam mais com a doença, melhoranrelaxados e que tinham desendo sua resposta aos tratavolvido respostas melhores ao mentos. “Toda meditação estresse, mas ressonâncias magbusca a atenção plena, néticas mostraram alterações mas a particularidade do Grupo pratica mindfulness em um centro de meditação de Sorocaba; significativas – como ativação de mindfulness é buscar estreinamento dura dois meses, com encontros semanais áreas cerebrais associadas à sentar no presente com curiosação de calma – apenas no grupo que meditou de verdade. sidade”, explica o físico e budista ordenado Stephen Little, Quatro meses depois, um exame de sangue mostrou que o diretor do Centro de Vivência em Atenção Plena e professor grupo da meditação real tinha níveis de inflamação conside- da sucursal brasileira da School of Life. ravelmente menores que o grupo do relaxamento, ainda que Nas aulas, os alunos devem prestar atenção à respiração poucas pessoas de ambos os grupos tivessem dado prosse- e a sensações corporais, inclusive as desagradáveis. Em parguimento às práticas. te por ter nascido em um ambiente acadêmico, a mindfulO tipo de meditação que Creswell utilizou em sua pes- ness tem se estabelecido como a modalidade queridinha dos quisa tem raízes budistas e deu origem a um programa de médicos e monopoliza boa parte das pesquisas sobre meredução de estresse criado pelo professor Jon Kabat-Zinn, ditação. No Brasil, a Unifesp, por exemplo, tem um centro da Faculdade de Medicina da Universidade de Massachu- dedicado a ela.

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Direito

Recuperações judiciais crescem 115% no bimestre Luiz Antonio César Assunção | lacassuncao@gmail.com | Carolina Varga Assunção OAB/SP 40.967 OAB/SP 230.512

Conforme divulgação do Indicador Serasa Experian de Falências e Recuperações Judiciais, esse é o pior resultado para meses de janeiro e fevereiro, desde o exercício de 2006, nesse período tivemos 250 recuperações judiciais. Criada por lei para substituir a concordata, permite que os empresários reestruturem suas dívidas com credores, reorganizem seus negócios e se recuperem momentaneamente da dificuldade financeira. Com isso, a empresa mantém sua produção, o emprego dos trabalhadores e os interesses dos credores (que querem ser pagos), e continuar entregando os seus produtos. Há uma diferença entre a recuperação judicial e concordata, a principal é que a recuperação judicial precisa da manifestação dos credores, ou seja, exige a concordância dos credores para ser aprovada. Na antiga concordata, apenas a decisão favorável do juiz era suficiente. Os credores não eram ouvidos.

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A nova lei (Lei de Falências e Recuperação de Empresas, de 2005) é mais justa, porque há dois lados interessados em evitar a falência (credores e empresa) e antes o Estado se sobrepunha aos credores. Os pré-requisitos para uma empresa entrar com o pedido? Qualquer empresa pode de qualquer porte, desde que exerça uma atividade empresarial. A Lei de Recuperação Judicial – 11.101, de 2005 – autoriza em seu artigo 48 a possibilidade de requerimento de recuperação judicial pelo devedor que, “no momento do pedido, exerça regularmente suas atividades há mais de dois anos” e não tenha, “há menos de cinco anos, obtido recuperação judicial”. Carolina Varga Assunção e Luiz Antônio Cesar Assunção, sócios de Assunção e Assunção Advogados, explicam que a demanda por pedido de recuperações judiciais deve aumentar, entre empresas de todos os portes.

“Tanto que agora, nesse primeiro bimestre, empresas grandes entraram em recuperação judicial, como Luigi Bertolli, do Grupo GEP, B.Mart, Barred”s”, disseram. Carolina acrescenta: “todas as empresas em dificuldades financeiras estão lançando mão desse artifício como meio de manter as suas atividades e alongar o endividamento que, a curto prazo, estrangula o caixa da empresa. Dr. Júlio entende, que se o cenário não alterar, em 2016, teremos recorde de pedidos. Já os pedidos de falência totalizaram 233 no primeiro bimestre, com a alta de 15,3% na comparação com o mesmo período do ano passado. Por porte, de janeiro a fevereiro de 2016, 123 pedidos foram de micro e pequenas empresas, ante 110 em igual período de 2015. Médias empresas somaram 56 e grandes totalizaram 53 e, em 2015, 45. As micros e pequenas empresas tiveram o maior número de pedidos de falência em fevereiro, com o número de 67.


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SAÚDE Texto: Gabriel Alves/Folhapress | Ilustração: Folhapress

Hábito de risco Especialistas alertam para riscos relacionados à ingestão de medicamentos sem receita, como alergia e sangramento Todo mundo sabe de cor uma lista de seus medicamentos isentos de prescrição favoritos: tem aquele para dor de cabeça, o que alivia a dor muscular e os que servem para a queimação no estômago. A busca por essas drogas só vem crescendo no país – e há a expectativa de que aumente ainda mais, com uma nova regra da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em vista. De 2014 para 2015, o consumo dos remédios conhecidos como OTC (over the counter, que significa “em cima do balcão”, ou seja, sem o intermédio de um farmacêutico) subiu 14%. Em anos anteriores, o crescimento também superou dois dígitos. Esse mercado corresponde hoje a R$ 16,4 bilhões e vende mais de 1 bilhão de unidades anuais – correspondentes a um terço do total de vendas de medicamentos. Caso a Anvisa aprove uma nova regra que facilite a transformação de medicamentos tarja vermelha (que precisam de receita médica) em OTCs, essa fatia pode aumentar mais, segundo Jonas Marques, presidente da Abimip (Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Isentos de Prescrição) – ainda que muitas drogas de tarja vermelha já sejam vendidas na prática sem receita. A nova resolução pode ainda acelerar a entrada de novos medicamentos sem prescrição no mercado, já que ela prevê a aprovação do princípio ativo – desse modo, não seria necessário que cada fabricante entrasse com um pedido diferente. Um candidato a mudar de categoria para OTC é o omeprazol, medicamento bastante utilizado para desconfortos estomacais. No entanto, seu uso prolongado pode causar o chamado efeito rebote: quando é interrompido, os sintomas voltam agravados. Especialmente em idosos, o uso crônico da droga leva à diminuição da absorção de vitamina B12, causando déficit de concentração, confusão mental, anemia e até alterações de ritmo cardíaco. Além disso, alguns analgésicos e anti-inflamatórios podem causar alergias, sangramentos (especialmente em hipertensos) e trazer prejuízos à saúde de pacientes renais, com problemas de fígado e diabéticos. “Se o médico receitou, a pessoa pode usar. Mas é fundamental se consultar de tempos em tem62

pos para garantir que os medicamentos sem prescrição que são usados regularmente podem ser ingeridos sem risco”, diz Antonio Carlos Lopes, professor titular da Unifesp e presidente da Sociedade Brasileira de Clínica Médica. O crescimento do mercado dos OTCs, avalia Lopes, aconteceu por causa de uma deterioração do sistema de saúde – não há médicos para atender a todos. Já a indústria defende a ideia de “autocuidado”, segundo a qual o paciente, conhecendo o próprio corpo, seria capaz de tomar decisões como a de escolher um analgésico para dor de cabeça. “A classe médica se incomoda com a divulgação de informações sobre remédios para o consumidor, e nós seguimos as regras da Anvisa de que o tom tem que ser muito mais explicativo do que vendedor”, diz Cesar Bentim, diretor da unidade de medicamentos isentos de prescrição do Aché Laboratórios.


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Dermatologia

Micose nas unhas (onicomicose) Dra. Eliane Dibbern

A onicomicose é uma infecção nas unhas, causada por fungos, que se alimentam da queratina, proteína que forma a maior parte das unhas. As unhas dos pés são as mais afetadas por enfrentarem ambientes úmidos, escuros e quentes com maior frequência do que as mãos. Esse ambiente é considerado ideal para o crescimento dos fungos. Veja alguns tipos de micoses de unhas: Descolamento da borda livre

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Forma mais frequente em que a unha se descola, geralmente iniciando pelos cantos. O espaço fica oco, podendo acumular restos de queratina e bactérias, além dos fungos. O aspecto fica amarelado ou esbranquiçado. Nem toda unha que está descolada sofre de micose. Isso pode acontecer pelo trauma de unhas compridas nos sapatos e em pessoas que correm ou praticam esportes de impacto como tênis e futebol.

Espessamento Ocorre quando as unhas ficam mais duras e grossas e, geralmente, também escurecem. Pode doer. A micose pode levar a unha a adquirir um aspecto grosso, que chamamos popularmente de “unha de telha” ou “unha de gavião”. Não necessariamente toda unha com esse aspecto sofre de micose. Isso pode acontecer pelo uso de sapatos apertados durante muitos anos, ou por uma doença chamada psoríase.

Tratamento Os tratamentos podem ser de uso local, sob a forma de cremes, soluções ou esmaltes. Em caso de acometimentos superiores a 30% de uma unha, ou várias unhas acometidas ao mesmo tempo, é necessário tratamento via oral também. A duração é, em média, de 6 meses, podendo chegar a 1 ano, pois depende do crescimento das unhas, que é lento. Em alguns casos podemos optar pelo tratamento com laser.


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SAÚDE Texto: Gabriel Alves/Folhapress | Foto: Diego Padgurschi/Folhapress

Bastidores da zika Cientistas de vários pontos do País deixam suas pesquisas de lado e aumentam carga de trabalho para se dedicar ao vírus Dentro de um edifício da USP, no cantinho de um laboratório, funciona uma pequena porém eficiente fábrica de vírus da zika, que alimenta todos os grupos de pesquisa do país que passaram a se dedicar ao estudo do patógeno. O trabalho de produzir o vírus foi assumido pelo grupo do virologista Edison Durigon, professor titular da universidade. A veterinária e mestranda Stella Melo, que antes se dedicava a pesquisar o RSV (vírus sincicial respiratório, que acomete crianças), de repente virou uma espécie de gerente de produção do vírus da zika na USP, graças às suas habilidades em cultivar células em laboratório. A tarefa tirou até o Natal e o recesso de fim de ano da equipe – a produção não podia parar, já que muita gente

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dependia do material para tocar outras pesquisas que incluem novos testes diagnósticos e uma possível vacina. A equipe da USP, porém, não é a única que entrou na força-tarefa. Grupos de diversas universidades com experiência em epidemiologia (ciência que estuda a origem, espalhamento e efeitos de doenças), virologia (que estuda vírus) ou entomologia (ramo da biologia que lida com os insetos, entre eles o Aedes aegypti), estão deixando suas pesquisas originais de lado para incluir e priorizar o tema zika nos estudos. Hoje um filão, o vírus da zika nunca foi muito estudado no Brasil ou no mundo. Mesmo após as primeiras detecções da doença no país, em 2014, não houve grande inte-


resse dos cientistas – a doença Sudeste e Nordeste do país e passava quase despercebida produziu um estudo recente no meio de dengue e chikunque afirmava que 71% dos cagunya. Tudo mudou, contusos de microcefalia são graves. do, após a microcefalia entrar A esperança é que todas na história e sua relação com essas contribuições gerem reo vírus da zika ganhar consultados impactantes tanto na tornos de causalidade. comunidade científica quanto Em novembro, com a inna vida cotidiana. Os vírus tensificação dessa relação cultivados na USP entram em zika-microcefalia, pesquisaação em projetos que visam dores de São Paulo se mobilidetectar em minutos o zika zaram para recriar e rebatizar no sangue e em investigações Cientista manipula amostra com sangue contaminado, obtido de paciente que teve zika a antiga rede de grupos de de como o patógeno produpesquisa em virologia do Esziria a microcefalia e outras tado, agora chamada de Rede Zika. “A gente ficava sabendo más-formações. do que acontecia pela imprensa’, diz Durigon. Há ainda uma iniciativa de vacina baseada em vírus inativado voltada às mulheres grávidas. A bióloga e mesNOVAS ATRIBUIÇÕES tranda Sara Pereira, da USP, hoje concentra seus esforços A rede reúne cientistas de São Paulo que pensam nos em criar um modelo animal que servirá para testar a efipróximos passos da pesquisa e compartilham achados e cácia da nova vacina. Até então, seu objetivo era criar um informações como técnicas de cultivo de vírus. modelo para mimetizar infecções pelo vírus da dengue. Em outros Estados também há articulação de redes de Assim como Stella Melo, ela agora tem de lidar com as duas pesquisa para estudar a zika. No Rio de Janeiro, ela está pesquisas. A veterinária e pós-doutoranda Danielle Araújo sendo capitaneada pela Fiocruz. Também há várias cola- está na mesma ciranda. Seu foco era a infecção pelo vírus borações nacionais. Uma delas foi liderada pela Sociedade da raiva, mas agora ela mira em um método barato e autoBrasileira de Genética Médica, que uniu cientistas do Sul, matizado de diagnosticar a zika.

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CAPA Texto: Luana Borges/TV Press | Foto: Jorge Rodrigues Jorge/CZN

Dois em um Em “Velho Chico”, Carol Castro exalta processo criativo de Luiz Fernando Carvalho Atuar em “Velho Chico” significa a consolidação de alguns desejos para Carol Castro. Ao longo de seus 13 anos de trajetória na televisão, a atriz sempre ouviu falar do método de direção de Luiz Fernando Carvalho, atualmente à frente dos trabalhos da nova trama das 21 horas. Até então, ela nunca havia tido a chance de ser dirigida por ele e queria conhecer de perto como funcionava seu processo de criação. Além disso, por ter crescido assistindo às tramas de Benedito Ruy Barbosa, sonhava fazer parte de uma obra do autor – a história de “Velho Chico” é uma ideia de Benedito, mas escrita por Edmara Barbosa e Bruno Luperi, filha e neto do autor, respectivamente. Por isso, ser escalada para interpretar Iolanda é tão importante para a atriz. “Para mim, é um momento especial, sem dúvida. O Benedito é quase um patrimônio nacional e o Luiz consegue tirar de nós coisas que nem imaginávamos ter. É minha primeira vez com os dois, estou muito realizada”, derrama-se. Na trama, Iolanda é uma crooner do fim dos anos 1960, período em que surgia a Tropicália e quando se passa a primeira fase da novela. Em Salvador, na Bahia, a personagem vive um tórrido romance com Afrânio, papel defendido por Rodrigo Santoro no primeiro mês de novela e, em seguida, por Antonio Fagundes. No entanto, ele precisa voltar para o sertão e assumir o lugar do falecido pai no comando das terras da família. “Iolanda tem uma intuição aguçada, o que vai ser crucial para que essa história aconteça na segunda fase. No fundo, ela sempre soube que eles iriam se reencontrar”, conta. Na segunda fase, aliás, a personagem é assumida por Christiane Torloni. Por isso, as duas atrizes se envolveram em um trabalho de investigação corporal para encontrar um jeito comum de se portar em cena. No galpão de Luiz Fernando Carvalho, elas caminharam lado a lado e fizeram improvisações juntas. Sempre observando os movimentos uma da outra. “As coisas acontecem naturalmente. Por isso, é um trabalho diferente, tudo fica meio no ar. Ser dirigida pelo Luiz é como dançar com o invisível, ele vai guiando você através das cenas”, ressalta Carol, que também fez algumas aulas de canto com Torloni. “Tínhamos de olhar uma para a outra, a gente tinha de ser um espelho. Foi muito interessante, nos debulhamos em lágrimas”, lembra.

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Já no teste de elenco, Carol soube que teria de cantar na novela. Na ocasião, ela precisou interpretar uma cena em que cantava ao mesmo tempo em que chorava. “Só que não foi um teste normal por ser com o Luiz Fernando. Tinha um jogo de sombras, a gente tinha de dançar e era uma cena muito emocionada que foi feita só para o teste”, lembra. Depois de aprovada, a atriz fez aulas de canto com Agnes Moço, da equipe da novela. Mas não chegou a ter dificuldades porque esta não é sua primeira experiência musical. Ano passado, Carol já havia feito aulas de canto para o musical “Nine”. “É impressionante como a música está, de certa forma, chegando na minha vida. Jamais imaginaria cantar em uma novela e calhou de acontecer”, surpreende-se.

Passo a passo

Durante dois meses, Carol Castro, ao lado do elenco de “Velho Chico”, frequentou quase diariamente o galpão de Luiz Fernando Carvalho, nos Estúdios Globo – antigo Projac, localizado na Zona Oeste do Rio de Janeiro. De segunda a sexta, de 6 a 8 horas diárias, a atriz esteve em contato com preparadores de elenco, de voz e de prosódia para compor sua personagem e compreender o contexto da história. “Ficou todo o elenco junto, dos mais veteranos aos que estão começando agora. Toda essa troca foi muito interessante”, avalia. A preparação também serviu para Carol perceber a importância e o contexto das cenas sensuais e “picantes” de sua personagem. Como já havia interpretado sequências do tipo em outros trabalhos, a atriz se sentiu à vontade. “Tudo foi conversado e feito com muito profissionalismo, dedicação e bom gosto. Confio muito na equipe e sei que está todo mundo prezando pelo melhor. Então, eu estava bem confortável”, assegura.


# Carol Castro estreou na tevê como a provocante Gracinha de “Mulheres Apaixonadas”, em 2003. # A atriz gravou algumas cenas de “flashback” de “Velho Chico” que devem ir ao ar mais para frente. Mas ela não sabe se continuará aparecendo na novela nesse tipo de sequência. # Carol é filha do ator e diretor de teatro Lucca de Castro. # O primeiro contato com a interpretação aconteceu quando Carol ainda era criança, no grupo de teatro infantil que seu próprio pai comandava.

“Velho Chico” - Globo De segunda a sábado, às 21h20 69


NEGÓCIOS Texto: Alessandro Rios/Revista Condomínios | Foto: Revista Condomínios

Acil nos bairros Em entrevista, novo presidente da Acil, José Mário Bozza Gazzetta, anuncia projeto que prevê posto intinerante nos bairro O empresário José Mário Bozza Gazzetta assumiu a presidência da ACIL (Associação Comercial e Industrial de Limeira) no dia 26 de fevereiro, durante solenidade no Maison Solano´s. Nesta entrevista, concedida dias depois da cerimônia de posse, ele comenta seus planos à frente da associação, relembra o início de sua trajetória como empresário e dá dicas sobre como os empreendedores devem reagir diante da crise econômica brasileira. Quais são seus planos como presidente da Acil? Nós temos vários planos, entre eles, estreitar nosso relacionamento com comerciantes e empresários dos bairros. A gente sabe que Limeira cresceu bastante, hoje é uma cidade muito grande, e as empresas que estão nos corredores comerciais e industriais dos bairros se multiplicaram. E nós temos a ideia de levar até eles a Acil para divulgarmos nosso trabalho e para que eles possam receber tudo o que for possivel para melhorar o seu comércio e a sua indústria. A ideia seria levar um posto itinerante da Acil para os bairros? Isso mesmo. A ideia é, talvez já a partir do mês de abril ou maio, termos a Acil Itinerante. Vamos percorrer todos os corredores comerciais de Limeira. Nós temos um projeto que já está se concretizando, e dentro em breve já teremos a divulgação dos corredores e as datas em que estaremos lá. Nessas datas, todos os associados, e aqueles que não são (comerciantes, empresários e prestadores de serviço) poderão nos procurar e trazer os seus problemas até nós para que a gente possa juntos equacionar uma solução para que fiquem bem todos os nossos amigos e empresários da cidade. Eu sei que você atua tanto no comércio quanto na indústria. Como foi que você se tornou empreendedor? Na verdade eu sou paulistano, mas meus pais se casaram aqui em Limeira, meu irmão mais velho é limeirense... mas eu sou paulistano. Quando foi em meados de 73, eu voltei pra Limeira, estudei em Piracicaba e depois vim pra Limeira trabalhar aqui na cidade. E de lá para cá, atuei no comércio por 40 anos, e nos últimos 13 anos eu passei também para o lado da indústria, temos um pequena indústria, que é uma trans70

José Mário: “queremos ajudar os empresários dos bairros”

formação de termoplástico, e hoje temos uma experiência nos dois setores, tanto no comércio quanto na indústria. Para finalizar, que dicas você gostaria de deixar para os empresários de Limeira? Qual seria a melhor forma de enfrentarmos esse momento de crise? Na verdade, desde 1929, nós nunca havíamos tido dois anos seguidos de crise. Então, mesmo com a minha experiência de mais de 40 anos, posso dizer que também fui pego de surpresa. A crise vai passar, com certeza nós vamos sair dessa crise. O que o empresário tem que fazer é se adequar ao momento atual. Se o momento pede que você escolha os produtos que são melhores pra você vender, você tem que escolher esse tipo de linha pra seguir. Porque, fazendo isso, quando a crise passar, você estará super fortalecido, porque você não ficou esperando uma reação mágica. A gente tem que tomar algumas providências, tem que se equacionar, ver o que é melhor pra nossa empresa, ser cautelosos e mais rígidos no crédito... A responsabilidade do empresário é muito grande, principalmente quando ele precisa demitir pessoas. Todo colaborador tem família... E mesmo com todos esses ajustes, é importante tentarmos manter nosso time para que, quando a crise passar, possamos progredir rapidamente.

Confira o vídeo da entrevista completa no blog: www.alessandrorios.com.br


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CULTURA Texto: Alexandre Versignassi/Folhapress | Foto: Rogério CassimiroFolhapress

A origem de “A Grande Aposta” Livro que inspirou o filme mostra sangue frio de investidores; o autor, Michael Lewis, retrata quem ganha dinheiro com a crise Eis o maior erro de quem não conhece o mercado financeiro: achar que ninguém gosta de crise. Não falta gente que adora, porque os momentos de baixa são tão bons para fazer dinheiro quanto os de alta. Às vezes, são melhores. Michael Lewis, autor que já trabalhou em Wall Street, sabe bem disso. E quando fez um livro sobre o maior apocalipse financeiro desta geração, o “crash” de 2008, decidiu contar a história justamente do ponto de vista de quem ganhou muito dinheiro com a quebradeira. Ele foi atrás de quem ficou bilionário com o colapso dos títulos imobiliários nos EUA. Achou uma dúzia desses sujeitos e escreveu “A Jogada do Século”. O livro virou

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best-seller, e o filme baseado nele (“A Grande Aposta”) foi indicado ao Oscar. No Brasil, o livro e o filme saíram com títulos diferentes. Lá fora, não: ambos os produtos são chamados de “The Big Short”, título simples com uma ideia complexa, pois faz referência ao mecanismo financeiro que o pessoal usa para ganhar na baixa: o “short sale” (“venda a descoberto”, em português). “Vender a descoberto” é o seguinte: eu tenho umas ações e acredito que o preço delas vai subir. Você não tem ação nenhuma e acha que elas vão cair. Vamos dizer, então, que cada ação esteja a R$ 5 hoje. Você me faz uma proposta: “Vou te vender 1 milhão de ações. Mas você é amigo


meu, então te vendo por R$ so quando assinei o contrato. 4. Pode confiar. Beleza?”. E Grande jogada. Esse exemplo você só me pede uma condinão é uma simplificação exação: que essa venda aconteça gerada. Isso acontece todos os daqui a três meses. Como eu dias no mercado financeiro. O acredito que as ações vão ter colapso das empresas do Eike subido lá na frente, aceito o Batista, por exemplo, transforacordo de olho fechado. Nemou muito investidor pequegocião: vou comprar por R$ no em milionário. As desaba4 uma coisa que hoje vale R$ das recentes da Petrobras e da 5, e que vai estar valendo uns Vale também – choveu venda R$ 10 lá na frente. a descoberto das duas. Brad Pitt em cena de “A Grande Aposta” O tempo passa e, no terLá atrás, na crise de 2008, ceiro mês, a ação derreteu. alguns especuladores de sanEstá valendo R$ 1. E eu fiz a besteira de assinar com você um gue frio fizeram esse movimento não com ações, mas com contrato me comprometendo a comprar 1 milhão de ações a títulos hipotecários. Só que não importa, dá exatamente na R$ 4. Agora, abraço. Rodei. Não esqueça: você não tinha ação mesma. E é o que Michel Lewis conta em seu “A Jogada do nenhuma quando me propôs a venda, e continua não tendo. Século”. O que você faz, então? Pega dinheiro emprestado no banco e compra 1 milhão de ações a R$ 1, que é o preço delas agora. A JOGADA DO SÉCULO Então me vende imediatamente a R$ 4, como manda o nosso QUANTO R$ 45 (322 págs.) AUTOR Michael Lewis contrato. E sai da operação R$ 3 milhões mais rico, sem nunca TRADUÇÃO Adriana Ceschin Rieche AVALIAÇÃO Muito bom ter investido R$ 1. Foi uma “venda a descoberto”: você me venEDITORA Best Business deu algo que não tinha, por um preço que eu achava vantajo-

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Designer de Interiores

Linhas geométricas no auge da moda Fabiana Massaro | Contatos: 19 9-7406.6806 | Limeira SP

A maior feira de acabamentos para construção civil, chamada Revestir, aconteceu em São Paulo no pavilhão Transamérica no início de março, contando com a exposição dos mais conceituados fornecedores e com um público bem seleto do ramo para conferir o que de melhor surgiu para valorizar os projetos arquitetônicos do Brasil. Um dos destaques foi a consagração de linhas geométricas e com jogo de relevos aplicados aos revestimentos para fachadas e paredes em geral. Efeitos tridimensionais, acabamentos acetinados e brilhantes, além de coleções que privilegiam novos formatos e temas geométricos, se destacam nos lançamentos que foram apresentados na Revestir 2016. Indicados

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para pisos e paredes, novas linhas exploram o design e a inovação com nuances e formas que criam efeito visual inusitado. Algumas inspiradas no símbolo do infinito e produzidas com diferentes angulações que resultam em um visual tridimensional, as peças, quando entrelaçadas, remetem ao desenho de uma colmeia. Os efeitos podem ser explorados em diferentes paginações e caíram no gosto geral dos profissionais. Deve-se eleger as paredes e locais apropriados para tal detalhe como uma parede de living, um detalhe na fachada, uma parede do jardim de inverno etc. Vale muito a pena investir para valorizar o imóvel.


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EMPREGO Texto: Iara Biderman/Folhapress | Foto: Danilo Verpa/Folhapress

Novas conexões Em alta, área de tecnologia da informação demanda profissionais que aliem conhecimento técnico a habilidades de comunicação Não importa o cenário econômico: há vagas nas áreas de TI (tecnologia da informação) e telecomunicações. A Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom) prevê um crescimento de 30% no mercado nacional, que já emprega 1,3 milhão de trabalhadores. E, mesmo em tempos de crise, o salário aumenta: segundo levantamento da plataforma de recrutamento Adzuna divulgado recentemente a remuneração média para profissionais de TI subiu 3,8% entre setembro de 2015 e fevereiro deste ano. A numeralha, porém, tem suas pegadinhas: o crescimento não acontece para todas as inúmeras atividades

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envolvidas no setor. A área de suporte é uma das que não devem se expandir, afirma Fábio Saad, gerente da divisão de tecnologia da consultoria de RH Robert Half. A demanda do mercado é por profissionais com habilidades de gestão, de acordo com Luiz Coelho, coordenador da Escola Superior de Redes, unidade da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa que oferece mais de 50 cursos de capacitação em TI. “É preciso quebrar o modelo mental do profissional de TI como um mero técnico. Hoje ele tem que ser criador, gestor, entender a ética do mercado”, diz Coelho. Empreendedorismo, criatividade, comunicação e inte-


ligência emocional são alguCom um quintilhão de mundos mas das habilidades que difediferentes a serem explorados, jogadores provavelmente nunca renciam um bom especialista se encontrarão em TI, segundo Saad. O gerente de projetos José Carlos Santos, 34, entrou cedo na área e percebe bem as mudanças pelas quais a carreira vem passando. “Comecei a trabalhar como programador de HTML aos 16 anos e não tinha concorrência. Hoje, é mais difícil você se destacar”, afirma. Santos investiu em cursos de curta duração para se inteirar das novas tecnologias e atualmente gerencia dois projetos na desenvolvedora de softwares SP Post. Cursos pontuais e intensivos, de curta duração, são a dica de Coelho para quem deseja crescer na área. “O investimento na formação não precisa ser alto, mas tem que ser contínuo, porque as inovações não param de surgir.” EVOLUÇÃO A transformação constante da tecnologia está mudando o mundo dos negócios. “Áreas como marketing e finanças,

por exemplo, estão cada vez mais digitais, abrindo novas oportunidades para o profissional de TI”, diz Saad.Educação superior formal não é pré-requisito, mas cursos de capacitação e certificações contam pontos no currículo e aumentam as chances de um salário melhor. Bruno Folly, 36, formou-se em Administração, mas, percebendo a demanda do mercado, buscou em cursos o que não aprendeu na faculdade. Desenvolver talentos em TI entre os funcionários da empresa é uma das tendências para 2016, segundo a CompTIA, associação global sem fins lucrativos que representa 2.000 negócios do setor. A Tivit, empresa que oferece serviços de TI para mais de 35 países, foi uma que adotou um programa interno de capacitação e certificação em sua unidade brasileira. “Muitos clientes exigem a certificação para fazer os contratos. E pesquisas indicam que o profissional com certificados ganha melhores salários”, diz Tatiana Lorenzi, diretora de desenvolvimento humano da Tivit.

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BEM-ESTAR Texto: Regiane Soares/Folhapress | Ilustração: Folhapress

Ingestão de leite Entenda as diferenças entre alergia e intolerância ao leite; ambas são reações do organismo a substâncias diferentes presentes nesse alimento Quando o assunto é leite, muitas dúvidas surgem sobre as reações do organismo. Mas muitos desconhecem a diferença entre ter alergia e intolerância ao alimento. Segundo especialistas, é importante esclarecer que alergia e intolerância são duas reações diferentes a substâncias diferentes que existem no leite. A intolerância é à lactose, que é o açúcar do leite. Já a alergia é a uma das proteína que existem no leite, como a caseína. A intolerância ocorre quando o organismo deixa de produzir uma substância chamada lactase, que tem a função de digerir a lactose. Quando isso acontece, as bactérias existentes no intestino tentam se alimentar dessa substância. Segundo o gastroenterologista Eduardo Berger, do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, essa ação das bactérias provoca uma fermentação no intestino e se transforma em gases que causam desconforto gástrico ou diarreia. “O que as pessoas chamam de intolerância à lactose é, na verdade, uma deficiência do organismo de produzir a substância que digere o açúcar do leite”, afirmou Berger. Para suprir essa deficiência, é possível tomar lactase sob orientação médica ou de um nutricionista. Já a alergia à proteína do leite não é tão comum, mas suas consequências são mais graves. A alergia acontece porque o organismo entende que a proteína é um inimigo e produz anticorpos para se defender. Nesse processo, a pessoa pode ter diarreia, coceira, manchas vermelhas no corpo e dificuldade de respirar. Em casos graves, o alérgico pode ter um inchaço na glote (que fica na faringe), o que impede a entrada de ar para os pulmões, e morrer após parada respiratória. “Não há tratamento para quem é alérgico. Por isso, a pessoa não deve consumir leite nem nada que seja feito com leite”, disse a nutricionista Edvânia Soares, da Estima Nutrição.

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Observe as reações do organismo Os especialistas recomendam que quem gosta de tomar leite deve prestar atenção na reação do organismo após consumir o alimento. Isso porque muitas pessoas têm intolerância à lactose, mas ainda não foram diagnosticadas. Para saber se tem intolerância, um exame de sangue vai medir a absorção do açúcar do leite. No caso da alergia, vai verificar a produção de anticorpos.


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Segurança

Avaliação psicológica na segurança privada Émerson Camargo - Pós-graduado com especialização em Segurança Pública e Privada MBA em gestão estratégica de negócios MBA em gestão de pessoas | Fone 7802-5064 – ID 55*139*7222 A avaliação psicológica tem por finalidade identificar, através de um conjunto de procedimentos objetivos e científicos, aspectos psicológicos do candidato para fins de prognósticos dos empenhos de suas atividades na segurança privada que abrange os seguintes ramos: Vigilância Patrimonial Armada e Desarmada; Transporte de Valores; Escolta Armada; Segurança Pessoal e Curso de Formação, Extensão e Reciclagem dos Vigilantes. Essa avaliação se difere de uma prova, pois não serão medidos os conhecimentos específicos do vigilante e sim a aferição de inteligência, suas funções cognitivas, as suas habilidades específicas, tendo como base a sua personalidade. Após a avaliação serão avaliados os resultados de cada instrumento juntamente com o perfil daquele profissional, considerando sua capacidade de utilizar as funções psicológicas necessárias ao desempenho do cargo. O objetivo maior da avaliação é de conhecer o potencial de cada pessoa e suas competências individuais

para isso, o teste psicológico é ainda o melhor instrumento de que se dispõe, pois além de resultar em dados confiáveis, suas características psicométricas são comprovadas cientificamente. Ele permite que o psicólogo tenha uma visão total das pessoas, definindo quais são as suas competências ou características mais vantajosas e quais aquelas que precisaria investir um pouco mais. Num processo de seleção, tais informações permitem ao psicólogo indicar com maior segurança as pessoas para os postos de trabalhos específicos e orientar as lideranças sobre como lidar com seus subordinados e no que efetivamente investir para obter maior desenvolvimento e melhores resultados. No momento, as empresas especializadas em segurança privada, que são regidas e fiscalizadas pela lei 7.102/83, portaria 3.233/2012 D.P.F., investem em recursos humanos e o sucesso desta certamente esta atrelada ao conhecimento e o investimento nesses recursos humanos e psicológicos. Pense nisso e contrate com segurança!

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EVENTOS Texto e fotos: Assessoria de Imprensa da ACIL

Nova diretoria da ACIL toma posse

A ACIL (Associação Comercial e Industrial de Limeira) realizou, no dia 26 de fevereiro, no Maison Solano’s, a sessão solene de posse dos seus dirigentes eleitos para o biênio 2016/2017. Durante a cerimônia, Valter Zutin Furlan, que esteve à frente da diretoria da Associação de 2012 a 2015, agradeceu a todos os que estiveram ao seu lado. “Foram quatro anos de trabalho ao lado de empresários empenhados em fazer com que a ACIL cumprisse seu papel de representar seu associado, lutando pelos seus inte-

José França Almirall, 1º vice-presidente, José Mário Bozza Gazzetta, presidente da ACIL, e Hélio Roberto Chagas, 2º vice-presidente

Diretores e conselheiros da ACIL para o biênio 2016/2017

Daniel Gullo de Castro Mello, Maria Amélia Dias Gazzetta, José Mário Bozza Gazzetta, Maria Augusta Dias Gazzetta, João Manoel Dias Gazzetta e Mariane Stahlberg

Equipe ACIL: Fábio Ribeiro, Fabiana Schiolin, Rafaela Silva, Mariana Fernandes, Divaldo Souza, Ana Lídia Rizzo, Daniela Berbel, Melissa Pires e Renato Wollmer

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resses e contribuindo pelo desenvolvimento econômico e social da região. A palavra obrigado é o que pode melhor expressar o meu sentimento dessa trajetória”, ressaltou. Já o novo presidente, José Mário Bozza Gazzetta, afirmou que irá se empenhar para trazer mais conhecimento para a classe empresarial, além de fortalecer parcerias com o Poder Público, com o Sebrae e demais entidades limeirenses. “Precisamos estar unidos para crescermos e superarmos os obstáculos que estão por vir”, finalizou.

Roberto Martins, Valter Furlan, Helena Rizzo Furlan, Maria Augusta Dias Gazzetta e José Mário Bozza Gazzetta

Conselho da Mulher Empreendedora

Núcleo de Jovens Empreendedores

Renato Maluf, Oswaldo Conti, Pedro Kühl, Odair Giusti, Badih Bechara, Reinaldo Bastelli, José Geraldo Cardoso, Tony dos Santos, Valter Furlan e José Mário Bozza Gazzetta

Gino, Giúlia, Valter, Helena e Giovani Furlan


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Artigo

Executivo comenta a importância do pós-venda no e-commerce Valter Garcia Junior | Administrador de Empresas Especializado em e-commerce | www.cakeweb.com.br | Fone: (19) 98117.2187

Apesar de muitas empresas terem deixado de investir em algumas estratégias, outras ganharam maior foco como, por exemplo, o pós-venda. O processo apesar de parecer complexo é, muitas vezes, a maneira mais rápida de atingir o cliente e conquistar sua confiança. A iniciativa diferenciada não exige altos gastos, ainda permite que a marca se faça presente junto ao cliente, que está menos confiante. “É importante manter aquecido o contato com esses consumidores”, avalia o CEO da Yourviews, Fernando Shine. Além da oportunidade de

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maior proximidade, o empresário afirma que, com o pós-venda, é possível ter uma postura proativa no contato com o público. Quando o varejista não realiza o serviço de pós-venda e consultoria, ou não o faz da maneira qualificada, perde diversas oportunidades de conhecer e compreender o seu cliente. Dicas - É importante utilizar uma ferramenta para coletar os feedbacks antes de os consumidores reclamarem; atender prioritariamente os casos mais graves, o que contribui para diminuir o impacto negativo; manter as opiniões pú-

blicas, inclusive, as negativas, pois irá mostrar que a marca responde e busca por soluções; após o atendimento feito, solicite um novo feedback para garantir que o cliente está satisfeito. Fonte e-commerce news


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Game of Thrones está de volta Lucas Brum | Editor de imagens R7 da Rede Record e TV Cultura Sabe aquela máxima de que os livros são sempre melhores que os filmes? No caso de Game of Thrones, a premiada série de TV da HBO, os fãs da obra de G.R.R. Martin brincavam com os telespectadores do seriado a cabo quando as mortes e plot twists da história aconteciam com muito atraso. “Eu já sabia que fulano morria”, “eu sabia que beltrano traía”, “não me tire do sério que eu vou te contar quem morre nessa temporada!” Ameaças de spoilers eram como conversa de bar. Mas parece que o jogo virou. Ao perder o prazo para enviar a nova edição literária da série de Westeros à sua editora (e por escrever em ritmo bastante lento), Martin deixou sua história ser alcançada

pelo programa de TV. A 6ª temporada de Game of Thrones começa em pé de igualdade com os fãs da leitura e pela primeira vez ninguém deve estar em desvantagem. Portanto, se você resistia à obra audiovisual da HBO, restringindo-se apenas aos longos textos do autor, chegou a hora de emprestar o box de blu-ray com alguém e tirar o atraso. A nova temporada promete resolver o mistério sobre a morte de Jon Snow e coloca Daenerys, a mãe dos dragões e de tantos outros predicados, um pouco mais perto do trono de ferro. Também é esperada uma vingança monumental de Cersei, rainha incestuosa bastante humilhada nos últimos episódios e claro, um apro-

fundamento da personagem Melisandre, a bruxa do bordão “a noite é escura e cheia de pavores”. Mantendo o excelente nível de produção, Game of Thrones caminha para seu sexto ano de sucesso, apesar de alguns deslizes na história e polêmicas tratadas de maneira discutível. Mesmo assim, é o show do momento pelos próximos três meses.

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Engenheiro Roberto Marcel Caurim - Engenharia de Projetos Fotovoltaicos | Engenharia de Projetos CEO Bluesun Solar do Brasil | Engenheiro Mecânico de formação com especialização em Energética/ Usinas e estágio na Bluesun Solar China.

ENERGIA ELÉTRICA A PARTIR DO SOL. FICÇÃO OU REALIDADE? É muito comum a frase “a energia solar é a fonte de energia que será utilizada no futuro”. Futuro ou presente? Definitivamente PRESENTE. Hoje, ao analisarmos os dados sobre Energias Renováveis nos países desenvolvidos, verificaremos que a Energia Elétrica a partir do Sol, também conhecida como Energia Fotovoltaica já é realidade há alguns anos. A Alemanha, por exemplo, já tem do total de sua matriz energética quase 40% de Energia Fotovoltaica. Outros países estão investindo muito na disseminação desta fonte de energia por várias razões: 1) O custo do investimento do Sistema Fotovoltaico não é do governo e sim do proprietário da residência, comércio ou indústria que deseja utilizar este tipo de energia. E os motivos são vários, dentre os mais importantes, a redução significativa da conta de luz (o proprietário apenas pagará a taxa mínima, que no nosso caso para uma residência, ficaria em torno de R$ 38,00) e obviamente a questão ambiental e de sustentabilidade. 2) Não há a necessidade de investimentos em novas Usinas Hidrelétricas ou Térmicas, linhas de transmissão, Estações Transformadoras, pois a energia que seu Sistema Fotovoltaico gera a mais será utilizada, provavelmente, na sua própria rua, onde os cabos de transmissão já existem. E qual a situação do Brasil neste contexto da energia Fotovoltaica para o pequeno consumidor atualmente? A partir de 17 de abril de 2012, foi promulgada pelo governo federal a Resolução Normativa 482, que foi um divisor de águas para que os pequenos consumidores pudessem ter micro usinas gerando energia própria em seus telhados. A propósito, gostaria de fazer uma pequena analogia matemática sobre o imenso potencial da Energia Fotovoltaica. Imaginemos um quadrado de 55 Km de lado. Pois bem, nesta pequena área, muito menor do que uma represa de uma usina hidrelétrica de médio porte, poderíamos gerar toda a energia necessária para o Brasil e com mais 20% de reserva, contando com o crescimen-

to da demanda no futuro. Ainda embasado nesta analogia, poderíamos fazer esta grande “usina” fotovoltaica no agreste nordestino, onde temos um dos maiores índices de irradiação solar do planeta, com perdas ambientais praticamente nulas e ainda gerando empregos e renda em uma região paupérrima de nosso País. Alguns Países como China e Estados Unidos já possuem políticas públicas, para num futuro próximo (20 a 30 anos) substituir toda a sua matriz energética por fontes renováveis (eólica e solar). Outro dado interessante do Brasil: possuímos regimes de ventos e irradiação solar em quantidade e qualidade quase o dobro do necessário para a exploração comercial de pequeno e grande porte. Só nos resta a seguinte pergunta: Qual o preço de um Sistema Fotovoltaico hoje no Brasil? Em função dos bilionários investimentos da China, que hoje possui as maiores fábricas do planeta em Sistemas Fotovoltaicos, o custo caiu exponencialmente nos últimos anos. Hoje, o investimento de um Sistema Fotovoltaico para uma residência de médio porte tem o seu retorno (“payback”) em uma média de 4 a 6 anos. E isto sem contarmos com a inflação energética que deve ser muito maior nos próximos anos, devido aos erros de gestão na condução de políticas públicas relacionadas à energia, que nos últimos anos foram alimentados por pressões eleitorais, levando ao caos financeiro e de manutenção toda a matriz energética brasileira. Atualmente, aqui no Brasil, a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), ciente da total escassez de energia, por conta da falta de investimentos públicos e também por questões climáticas, está incentivando cada vez mais a energia fotovoltaica em todo o País, com linhas de financiamento especiais e até mesmo o uso do FGTS para a aquisição de sistemas fotovoltaicos. Portanto, hoje, a energia solar fotovoltaica já é uma REALIDADE que tende a ser a mais explorada nos próximos anos, tanto no Brasil como no mundo. Limeira Via Prof. Jurandir Paixão, 2400 Galpão 255/265 Jd. Campo Belo - Limeira - SP. Fone: 19 3443.8228

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GAMES Texto: Gabriel Alves/Folhapress | Imagens: Divulgação

Jogo sem fim Com mapa quase sem limites, “No Man’s Sky” será lançado no Brasil em junho; game levaria quatro bilhões de anos para ser explorado Um jogo sem fim e sem ganhadores que levaria quatro bilhões de anos para ser completamente explorado é um dos lançamentos mais aguardados da indústria do videogame nas últimas décadas. Desenvolvido pelo estúdio independente Hello Games, o jogo “No Man’s Sky” [Céu de ninguém, R$ 130, disponível para Windows e Playstation 4] trabalha com um universo aberto – quando os jogadores podem fazer seus próprios caminhos no mapa, sem seguir um roteiro estabelecido – com mais de 18 quintilhões (1.8×1019) de planetas, mui-

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tos deles com a sua própria fauna, flora e especificidades geológicas. Em “No Man’s Sky”, você joga como um astronauta a bordo de uma espaçonave e percorre cenários que são ao mesmo tempo nostálgicos e futuristas – são uma versão nostálgica sobre o futuro. Cada jogador inicia sua viagem em um planeta desconhecido e é a primeira pessoa a caminhar sobre a superfície daquele planeta. A partir daí, fica a critério do jogador: é possível explorar o planeta ou seguir para o próximo. As es-


Com um quintilhão de mundos diferentes a serem explorados, jogadores provavelmente nunca se encontrarão

trelas vistas na tela não são mero enfeite, são planetas “reais” onde o jogador pode pousar (tudo sem a interrupção de uma tela de carregamento). Oceanos profundos e desertos habitados por larvas carnívoras gigantes são algumas das coisas que os exploradores podem encontrar nos planetas virtuais. Mesmo assim, há uma dose de realismo e poucos planetas possuem formas de vida. Além disso, o que determina a existência de vida são fatores lógicos: planetas mais próximos do Sol provavelmente

serão desérticos, enquanto os mais distantes serão frios demais para abrigar vida e assim por diante. O universo do jogo é gerado processualmente, isto é, os planetas não existem até que se chegue a eles, e são construídos aos poucos, com um processador 64-bit. O jogo não tem um objetivo final, mas a ideia é alcançar o centro da galáxia, o que levaria 40 horas sem fazer nenhuma atividade extra no caminho, segundo o programador Sean Murray, criador de “No Man’s Sky”.

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PALADAR Texto: Mariana Sewaybricker/Folhapress | Fotos: Divulgação/Folhapress

Raiz curadora Consumir gengibre diariamente pode ajudar a aumentar a imunidade e a perder peso Se, antigamente, o gengibre era tido como um remédio natural e como um aliado importante dos avós para curar a gripe dos netos, hoje, a raiz ampliou a sua fama e é reconhecida também por auxiliar no emagrecimento. Todo esse potencial é comprovado pela ciência. “Ele é um alimento termogênico, ou seja, que aumenta o gasto calórico e acelera o metabolismo. Isso faz com que o gengibre atue na perda de gordura, se combinado a bons hábitos alimentares e a uma rotina de atividade física frequente”, explica o nutricionista Marcello Balido.

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De acordo com a nutricionista Edvânia Soares, da Estima Nutrição, destacam-se ainda a sua função antioxidante, antifúngica, digestiva e anti-inflamatória natural. “Seu consumo pode aliviar sintomas como enjoos e náuseas e fortalecer o sistema imunológico”, diz. O sabor picante pode incrementar chás, batidas, saladas e até conservas. No entanto, ingeri-lo fresco e cru é a dica para quem quer preservar o máximo de suas propriedades. “Pacientes hipertensos e grávidas devem ter cautela ao consumir o gengibre. Os hipertensos, devido à ação termogênica da raiz,


Suco natural com gengibre Ingredientes 2 copos (250 ml, cada) de suco de laranja 1/2 cenoura 1 colher (sopa) de gengibre picado Mel a gosto que nada mais é do que a função vasodilatadora, que pode descompensar a pressão arterial”, alerta Edvânia. “Já para gestantes, o gengibre pode até ser indicado com uma função antiemética – de alívio de sintomas como enjoos e náuseas–, porém, por ser considerado termogênico, o excesso pode se tornar abortivo, dependendo da tolerância da pessoa. Por isso, é importante não manter o uso contínuo no período gestacional”, acrescenta.

Modo de preparo Insira tudo no liquidificador e bata. Coe e sirva gelado Dicas: É possível substituir o mel por açúcar mascavo ou adoçante, se preferir

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