Revista Condomínios ED 55

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AGOSTO DE 2015 Publicação mensal da EDITORA CONDOMÍNIOS DIRETOR RESPONSÁVEL Alessandro Rios - MTB 31.649 DIRETORA ADMINISTRATIVA Kelly Rios ASSISTENTE ADMINISTRATIVA Bianca Marchione DEPARTAMENTO COMERCIAL Fabiano Rios DEPARTAMENTO DE ARTE Juliana Siqueira ASSESSORIA JURÍDICA Dr. Daniel Figueira de Barros PUBLICIDADE 19 3445.5125 revistacondominiosnet@gmail.com TIRAGEM 8.000 exemplares PERIODICIDADE Mensal CIRCULAÇÃO Condomínios de Limeira e região PONTO DE VENDA Revista Condomínios Rua Tenente Belizário, 763 | Centro Limeira - SP | Fone: 19 3445.5125 Os anúncios e informes publicitários são espaços adquiridos pelos anunciantes e seu conteúdo é de inteira responsabilidade de cada um deles, cabendo à Revista Condomínios apenas reproduzi-los nos espaços comercializados. A opinião dos colaboradores não reflete necessariamente a opinião da revista. Matérias assinadas são de responsabilidade de seus autores.

Editorial Recentemente, ela mexeu com o imaginário masculino ao aparecer quase nua na minissérie global “Felizes para Sempre”. Agora, empresta toda sua beleza e talento a uma vilã na novela “Além do Tempo”. Em nossa reportagem de Capa, Paolla Oliveira fala sobre sua trajetória de sucesso na televisão e revela detalhes de sua nova personagem. Vale a pena conferir! Mas esse é só o aperitivo para uma edição recheada de novidades. Você já ouviu falar sobre o “volunturismo”? Pois essa uma nova modalidade de turismo que agrada principalmente quem gosta de realizar trabalho voluntário enquanto conhece novos lugares. E que tal conhecer a difícil rotina das crianças que estudam na Bolshoi, de Joinville - a mais famosa escola de balé do mundo? Para quem gosta de Games, preparamos uma matéria que mostra as principais novidades em realidade virtual. Apesar dos avanços tecnológicos, as gigantes do setor ainda têm um importante desafio pela frente: impedir que os óculos causem tontura em seus usuários. Será que isso é possível? A revista deste mês também traz reportagens sobre Moda, Cinema, Saúde, Fitness, Bem-Estar, Emprego, Imóveis, Carros, Comportamento, Negócios e os eventos realizados na região. Aproveite bem as informações e até a próxima!

FSC Alessandro Rios

revistacondominiosnet@gmail.com

Leia a Revista Condomínios pela internet: www.editoracondominios.com.br

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Kelly Rios

revistacondominiosnet@gmail.com


ÍNDICE

16 CARROS Conheça as principais caractérísticas do i3, o hatch elétrico da BMW

28 GAMES Empresas de realidade virtual ainda tentam vencer tontura causada por aparelhos

32 CAPA Paolla Oliveira traça perfil de sua nova personagem na televisão

46 IMÓVEIS O que fazer quando a casa fica grande demais?

58 EMPREGO Aplicativos que facilitam busca por emprego ganham popularidade

COLABORADORES 22 Enrico Ferrari Ceneviz 23 Dr. Manoel Francisco de Oliveira Filho 26 Andréa C. Bombonati Lopes 30 Dra. Eliane Dibbern 43 Dra. Stella M. F. Pranzetti Vieira 44 Dr. Mauro Merci 48 Dra. Elaine Medeiros C. de Oliveira e Dra. Audrey Liss Giorgetti 66 Fabiana Massaro 70 Patrícia Milaré Lonardoni 71 Dr. Luiz Antonio César Assunção 80 Lucas Brum 86 Valter Garcia Júnior 95 Émerson Camargo

78 CULTURA Confira o dia a dia dos alunos da escola de balé Bolshoi, de Joinville

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Capa

PAOLLA OLIVEIRA Atriz da Rede Globo Foto: Jorge Rodrigues Jorge/CZN 11


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CINEMA Texto: Josimar Melo/Folhapress | Imagens: Divulgação/Folhapress

Guerra pelo trono Em filme cheio de referências aos anos sessenta, Minions tentam roubar coroa da rainha da Inglaterra Você lembra o nome dos vilões dos dois filmes da série “Meu Malvado Favorito”? Talvez não. Mas garanto que sabe como se chamavam os pequenos ajudantes amarelos: os Minions, claro. Eles eram tão diferentes e engraçados que ganharam um filme próprio, em que são os personagens principais. “Minions” está nos cinemas. Se você já é fã deles, vai adorar assistir ao novo longa. Primeiro porque ele conta como os Minions surgiram na Terra, muito antes de existirem os seres humanos. Eles foram vivendo, por muitas eras, enquanto tentavam encontrar um vilão para se tornar seu líder. Sempre que achavam um, não era fácil mantê-lo, pois eles faziam tantas trapalhadas que nenhum líder sobrevivia. O filme tem muita coisa divertida: piadas, ação, fofuras e música. Ele mostra também como era o mundo nos anos 60 em duas cidades, Nova Iorque e Londres. Você vai ver muita coisa da cultura daquela época, como um dos personagens destruindo uma guitarra, em referência ao músico Jimi Hendrix - e talvez nem perceba tudo o que tem de engraçado. Mas quando for assistir ao filme, você vai perceber que ele foi pensado para agradar não só as crianças, mas também jovens e adultos.

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O ENREDO A história do filme “Minions” se passa antes de eles terem conhecido o Gru, o vilão que é o chefe da turma nos dois filmes “Meu Malvado Favorito”. Depois de passarem séculos procurando um vilão para seguir, eles aparecem tristes e desanimados, vivendo em uma caverna de gelo, até que três deles resolvem sair pelo mundo em busca de um líder. Kevin (o mais velho), Stuart (um adolescente rebelde) e Bob (o caçulinha fofo) começam a procura e terminam na cidade de Nova Iorque, nos Estados Unidos, no ano de 1968, onde conhecem a supervilã Scarlett Overkill. Depois de aceitarem o cargo de assistentes da vilã, eles viajam para Londres, onde recebem da nova chefe a tarefa de roubar a coroa da Elizabeth 2ª - que é a rainha da Inglaterra até hoje. No filme, quando está sem a coroa, sua majestade adora tomar cerveja em um bar. São muitas situações imprevistas e engraçadas até mesmo o fato de um dos Minions terminar virando rei por algumas horas. No meio das reviravoltas da história, em que às vezes os Minions são comparsas da vilã, e em outras horas se transformam em adversários dela, aparecem muitas referências aos costumes e músicas da época. As músicas, aliás, foram escolhidas ou compostas por um brasileiro chamado Heitor Pereira. Prepare-se para ouvir clássicos dos anos 60 de músicos como The Beatles, Jimi Hendrix, The Who, The Doors, Donovan... E prepare-se também para o final do filme, em que vai aparecer um menino que vai encantar os Minions. Mas não vou dizer quem é. Só deixo uma pista: ele aparece usando um raio congelante que ele mesmo inventou. Alguém adivinha quem é o personagem?


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CARROS Texto: Rodrigo Mora/Folhapress | Ilustração: Folhapress

Ainda raro

Mesmo custando R$ 226 mil, elétrico da BMW começa a circular no País

Conector da tomada fica preso ao carro enquanto a bateria é recarregada e só se desprende quando as portas são destravadas. (Fotos: Eduardo Anizelli/Folhapress)

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Fosse o i3 um hatch elétrico concebido por qualquer outra marca, não despertaria tanta expectativa sobre sua experiência ao volante. Porém, trata-se de um BMW, e espera-se que ele mantenha a dirigibilidade dos modelos de luxo da marca alemã. Para exorcizar a fama de que carro elétrico não emociona (devido às ausências do ronco de um motor a combustão e das trocas de marchas), o i3 apelou a recursos geralmente infalíveis. A tração, como em quase todo BMW, é traseira. Isso deixa a frente mais leve, com as rodas livres da obrigação de “empurrar” o veículo. A direção também faz sua parte ao atender prontamente a cada pequeno desvio de trajetória. Ao bater a porta, o motorista se dá conta de que o i3 é mais do que uma curiosidade com motor elétrico. O amplo espaço para as pernas e a elogiável posição de guiar impressionam. O volante é a peça mais destacada no interior,


como se o automóvel tivesse sido construído ao redor dele. O material das portas é reciclado, o que torna sua simplicidade algo menos relevante. Não há couro nos bancos, mas o revestimento é de boa qualidade. Atrás, há espaço suficiente para dois adultos de até 1,80 m e facilidade para entrar e sair graças às portas traseiras de abertura invertida. O amplo esterço das rodas ajuda nas manobras. É fácil encaixar o i3 nos pequenos espaços de uma cidade cada vez mais apertada. Leveza é outra virtude indispensável para quem busca bom desempenho com economia de combustível. Com carroceria que combina fibra de carbono e alumínio, além da estrutura do painel de instrumentos em magnésio, o modelo pesa 1.315 quilos. É pouco para um automóvel de propulsão elétrica, que carrega pesadas baterias. O motor de 170 cv entrega ao i3 desempenho superior às demandas de um carro urbano. De acordo com a BMW, o modelo pode chegar aos 100 km/h em 7,2s. DESACELERAÇÃO Pisar fundo no acelerador faz o i3 disparar, e tirar o pé do pedal faz o carro praticamente frear. O recurso serve para reaproveitar a energia dissipada pela frenagem e recarregar a bateria. Essa desaceleração mais acentuada causa estranheza no começo, mas logo o motorista passa a usar o movimento a seu favor - sem recorrer ao pedal de freio quando há um semáforo adiante, por exemplo. O que se mantém estranho mesmo após uma semana de uso é a atuação do motor de moto (650 cc), a gasolina, que serve como gerador. Ele entra em ação quando a bateria está prestes a se esgotar. É indispensável em momentos em que há raros pontos de recarga rápida, mas seu barulho, similar ao de uma máquina de moer cana, é incômodo, para não dizer incompatível com o refinamento que se espera de um BMW.

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Estufa: uma das principais atrações do Jardim Botânico de Curitiba

O museu Oscar Niemeyer, em Curitiba, que expõe inclusive obras apreendidas na operação Lava Jato

TURISMO Texto: Adriana Brum/Folhapress Fotos: Karime Xavier/Folhapress

Além da Lava Jato Curitiba tem potencial turístico pouco reconhecido e guarda atrações que passam longe do noticiário político

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Vista noturna de Curitiba a partir do mirante do restaurante Terraza 40

Polenta com frango no restaurante do Madalosso, em Santa Felicidade

A operação Lava Jato concentra as investigações na capital paranaense e, apesar de ter sido deflagrada em março de 2014, continua tendo desdobramentos até hoje. Mas Curitiba, felizmente, vai muito além da Lava Jato e de outras notícias ligadas ao noticiário político. Com ares europeus, tem grande quantidade de parques e praças (são mais de 30), mirantes com vistas generosas e uma cena gastronômica vibrante. E continua com fama de “certinha”, de referência no transporte público e na sustentabilidade. A cidade pode até não ser propriamente conhe-

cida como turística - ficou em 18º lugar em pesquisa do Ministério do Turismo de 2012 sobre os destinos brasileiros mais desejados no país. Mas, nessa ciranda política, ganhou holofotes. Entre as atrações mais em evidência está o museu Oscar Niemeyer - que recebeu de doação obras apreendidas pela polícia. Há também edifícios que, à primeira vista, não parecem especiais, mas guardam história. Caso do prédio da UFPR, onde o juiz Sergio Moro, que conduz os processos da Lava Jato, dá aulas. Com sua arquitetura neoclássica, foi eleito símbolo da capital.

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Artigo

Participar e não apenas criticar Enrico Ferrari Ceneviz Diretor geral do Grupo Mercúrio Bacharel em Administração de Empresas e Ciências Contábeis Especialização em Administração de Condomínio, Qualidade e Produtividade Corretor de Imóveis CRA-SP 130083 (conselho Regional de Administração) CRC-SP1SP231763/0-3 (Conselho Regional de Contabilidade) CRECI 83940(Conselho Regional de Corretores de Imóveis) www.grupomercurio.com.br

Envie suas dúvidas Acesse nossa página na internet: www.grupomercurio.com.br Na Divisão Administração de Condomínios, envie sua pergunta pelo campo “Contato”. As dúvidas mais frequentes serão selecionadas e publicadas nas próximas edições.

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“Muitos condôminos criticam o trabalho do síndico, mas cabe a todos fazerem a sua parte para cuidar bem – e em paz – do patrimônio”.

É fato que síndicos e condôminos nem sempre mantêm uma boa relação, mas, embora muitas das “culpas” recaiam sobre o síndico, é preciso avaliar também as responsabilidades dos moradores nesse convívio, já que as partes envolvidas estão diretamente em busca de um mesmo objetivo, que é o de cuidar do patrimônio de todos. Atuação conjunta – A gestão mais eficiente e que mais evita atritos é aquela em que os condôminos participam de alguma forma, assumindo cargos, fazendo parte das comissões internas para a implantação de projetos, assessorando nos assuntos dos quais são especialistas e assim por diante. Nem sempre isso acontece, inclusive porque boa parte

dos moradores não quer participar, apenas colher resultados. É fundamental, por exemplo, a participação dos condôminos nas decisões importantes apresentadas nas assembleias. A atitude de exigir tudo do síndico, ou reclamar da gestão em exercício, é algo que tende a ser cada vez menos frequente, pois os moradores têm assumido mais as responsabilidades que lhes competem na gestão do condomínio. O lema é “arregaçar as mangas”, sair da zona de reclamações e ajudar o síndico, afinal, todos são igualmente proprietários e responsáveis pelos próprios bens patrimoniais. É importante lembrar que o síndico sozinho não tem o poder de decidir sobre todos os assuntos e que o papel da administradora é orientar e assessorar nos assuntos cotidianos. Cabe aos condôminos participarem mais ativamente para auxiliar

na tomada de decisões. Atitudes de convivência: - morar em um condomínio exige interação entre todos os envolvidos: moradores, síndico e funcionários; - o síndico não é o “salvador da pátria”, mas é de extrema importância sua presença na hora de chamar a polícia, o resgate, os bombeiros, acalmar os moradores, apurar os fatos e ir para delegacia, enfim quando necessário; - o bom senso deve sempre prevalecer já que, para conviver, todos precisam ceder um pouco; - cabe ao Síndico impor as prioridades e disponibilizar aos condôminos canais de comunicação para essas solicitações; - antes de criticar o síndico avalie se você, como morador do condomínio, está fazendo a sua parte, afinal, muitos moradores sequer participam da reunião em que o síndico é escolhido.


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Aumento da dimensão vertical Increasing the vertical dimension

Este é um tipo de tratamento para quem tem os dentes desgastasdos, com diminuição do terço inferior da face - o que altera a função e a estética. As pessoas que sofrem desse problema apresentam dores nas articulações e uma mastigação menos eficaz, comprometendo inclusive o posicionamento dos lábios. O tratamento mais simples para resolver esse tipo de problema consiste na coloca-

Imagens ilustrativas

Paciente com dentes desgastados

Paciente tratado

ção de resina para restabelecer a dimensão vertical. Já o emprego das porcelanas é um procedimento mais sofisticado, porém com resultado estético altamente satisfatório. Consulte seu dentista e saiba mais.

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Exercícios físicos durante a gravidez por Leilani de Paula | Professora e Personal Trainer da Bio Ritmo Limeira | fotos Revista Condomínios

A prática do exercício físico regular pela gestante, por pelo menos 30 minutos ao dia, pode promover inúmeros benefícios, incluindo a prevenção de diabetes gestacional (DG) e pré-eclâmpsia. Em um recente estudo, gestantes ativas, quando comparadas às inativas, tiveram uma redução de 40 a 50% no risco de desenvolver DG e pré–eclâmpsia. Prescrição de exercícios para gestantes Tipo de exercício - A mulher deve escolher uma atividade que lhe seja prazerosa e motivadora a longo prazo. É muito importante que a gestante evite exercícios que coloquem em risco a sua saúde e a do bebê, como atividades de alto impacto, com risco de queda ou trauma abdominal, além de esportes de contato. Exercícios aeróbios – A caminhada é o exercício mais frequente e o mais escolhido entre as gestantes. O objetivo dele durante a gestação é manter a capacidade cardiorrespiratória e o condicionamento físico ao longo do processo, além de auxiliar na prevenção e no controle do DG, da hipertensão gestacional e do ganho de peso materno. Devem ser incluídas atividades que envolvam grandes grupos musculares, como caminhada ou corrida leve (trote), bicicleta estacionária (spinning monitorado), natação, hidroginástica, dança, ou ginástica aeróbica de baixo impacto.

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Treino de resistência muscular – O fortalecimento muscular e a manutenção do condicionamento muscular, ou o aumento de força muscular global, permitem melhor adaptação do organismo materno às alterações posturais provenientes da evolução gestacional, contribuindo para a prevenção de traumas e quedas, além de ajudar no tratamento dos desconfortos musculoesqueléticos. Deve-se priorizar a musculatura paravertebral lombar, a cintura escapular e os grandes grupos musculares. É muito importante evitar cargas elevadas, exercícios isométricos intensos repetidos e posturas que coloquem a grávida em risco de queda. Os exercícios de resistência muscular devem ser adaptados a cada período gestacional. A gestante pode realizar yoga, pilates, musculação com cargas controladas, treinamento funcional, além de treino com circuitos. Alongamento muscular – Exercício fundamental, pois permite a melhora da flexibilidade e o relaxamento muscular, ajudando na adaptação postural e na prevenção das dores de origem musculoesqueléticas. Deve ser complementar ao exercício aeróbio e ao treinamento muscular. Cuidado com alongamentos extremos para evitar e prevenir lesões ligamentares e articulares. Treinamento dos músculos do assoalho pélvico - Existem evidências científicas de que o treinamento dos músculos do asso-

Leilani manteve a rotina de exercícios durante a gravidez

alho pélvico (TMAP) durante a gestação diminui o risco de incontinência urinária no pós-parto. A gravidez é um momento oportuno para a introdução da prática de exercícios perineais na vida da mulher, durante e após a gestação, sem contra-indicações. Exercícios específicos de pilates e exercícios de Kegel são fundamentais para o treino dos músculos do assoalho pélvico durante e depois da gravidez. Intensidade dos exercícios - O exercício deve ter intensidade de leve a moderada, medida preferencialmente pela FC (Frequência Cardíaca), ou pela sensação subjetiva de esforço (escala de Borg). Outra opção mais simples é a Talk-test, em que a gestante é orientada a observar sua habilidade em manter uma conversa durante o exercício físico, o que assegura que este está sendo realizado em intensidade leve e moderada, prevenindo o esforço físico excessivo. IMPORTANTE: Os exercícios devem ser orientados por profissionais capacitados.


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Artigo

Relato de caso Andréa C. Bombonati Lopes | Psicóloga e Psicanalista | Rua Frederico Ozanan, 94 | Limeira SP | Fone: 98132-7989 “Para todos aqueles que acreditam tacitamente em diagnósticos prontos”.

Encontrei J. com a família almoçando num restaurante dia desses. Eles chegavam quando eu saía, mas os seis anos que separavam nosso último encontro não foram suficientes para apagar a lembrança do rosto. Ele que esteve em meu consultório, aos 15, com uma mãe aflita, daquelas aflições que nos ardem a alma em noites insones e nos roubam a tranquilidade dos dias, vinha para fazer uma avaliação psicopedagógica, com suspeita de TDAH, sigla que psiquiatras e psicólogos conhecem bem: Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade. Havia tomado o célebre ritalina e se sentido melhor, mas não queria mais tomar re-

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médios e a mãe não sabia mais o que fazer. Desde pequenino, ela passava tardes estudando com ele, que era filho único, primeiro neto de uma família de muitas mulheres. A mãe no decorrer de todo o ensino fundamental abandonou trabalho, projetos, vida conjugal, para se dedicar ao pequeno, fazendo as lições com ele, indo aos reforços escolares, sofrendo cada último dia do período de recuperação escolar, na mendicância de mais chances em reuniões de pais e mestres a fim de evitar que J. fosse reprovado. Essa mãe leu todos, (sim, ela enumerou-me com os respectivos autores!) todos os livros paradidáticos que os professores de J. lhe solicitaram durante o ensino fundamental.

Lia sozinha, lia com ele, tomava a leitura dele, pedia que lhe recontasse a história, aguardava ansiosamente pelo dia da prova para checar como ele havia se saído. Eu escutava aquele relato tão sofrido, e contemplava o par interessante que se formava ali a minha frente: ela angustiada, ele numa calma tranquila. Mar agitado e lago sereno. J. não era portador de TDAH, embora fosse inquieto; embora fosse impulsivo em certas ocasiões; embora fosse distraído e perdesse as chaves de casa por várias vezes. Ainda assim, refizemos testes clínicos a fim de corroborar minhas desconfianças. Talvez aquela mãe tivesse finalmente se dado conta de que na ânsia de proteger o seu J. das rasteiras que a vida vai

nos oferecer, não era possível mais carregá-lo no colo. Ele, com 15 aninhos, já estava pesado demais para os magros braços dela. E como J. não pôde cair nos tombos com as rasteiras da vida, não pôde também desenvolver a “ginga”, o jogo de capoeirista-acrobata que só conseguimos apurar com o treino que só as rasteiras nos dão! E não aprendera a andar sem tutela. J. não tomou mais ritalina. Aquela mãe pôde repensar a superproteção que impunha sobre o filho e retomar sua própria vida. J. foi reprovado na segunda série do ensino médio. Hoje é um feliz e autônomo estudante de administração da USP. Uma psicóloga pôde dormir em paz. Fim da sessão.


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GAMES Texto: Yuri Gonzaga/Folhapress | Infográfico: Folhapress

Eu uso óculos

Aparelhos de realidade virtual transportam usuário para dentro do game, mas podem causar tontura Carregar blocos virtuais com as mãos no jogo “Minecraft” ou manejar um rifle para matar aranhas alienígenas. A partir dos próximos meses, jogadores poderão ter uma sensação melhor de estar dentro do game, com uso de óculos de realidade virtual. Durante a feira E3, que aconteceu recentemente em Los Angeles, Microsoft e Sony mostraram como estão seus projetos nessa área. A empresa japonesa marcou o lançamento de seus óculos Morpheus, que foram demonstrados com 12 novos jogos de PlayStation 4, para o primeiro semestre de 2016. O preço não

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foi divulgado oficialmente, mas um dos mais altos executivos da Sony afirmou à revista “Wired” que serão “várias centenas de dólares”. À reportagem, um desenvolvedor de um dos títulos futuros, não ligado à empresa, sugeriu que o par de óculos custará cerca de US$ 500 (R$ 1.500) nos EUA. Ken Balough, diretor de comunicação da Sony na América Latina, afirmou que a ferramenta não é restrita a games. “Imagino a gente assistindo à Copa do Mundo usando o Morpheus. Há muitas possibilidades.” A Microsoft mostrou a


aplicação dos óculos HoloLens no jogo “Minecraft”. Usando o aparelho, o usuário via uma fossa infinita (no que na verdade era uma mesa vazia), da qual saiu uma construção que podia ser desmontada e girada pelo usuário. Uma qualidade do HoloLens, mais leve e confortável que o Morpheus, é que, com ele, qualquer superfície pode se tornar uma espécie de tela, um display, aos olhos do usuário - os objetos se tornam parte da brincadeira. Um dos pontos fracos é a pequena área de visão, que é restrita a um retângulo no centro do campo de visão - com o Morpheus, tudo o que é visto na tela faz parte do mundo virtual. Esse tipo de aparelho, entretanto, também pode gerar desconforto. Em um game produzido pela Impulse Gear para o Morpheus, experimentado pela

Morpheus tem lançamento previsto para 2016

reportagem, uma sensação de tontura, com enjoo, apareceu rapidamente. O mesmo aconteceu no aparelho ANTVR, criado por uma jovem equipe chinesa que levantou US$ 260 mil em financiamento coletivo. A tontura era insuportável. Seth Luisi, chefe de desenvolvimento do game “Halo”, conta que a náusea, induzida pela desconexão entre a movimentação analógica e a digital (o corpo do jogador ante o que ele vê), é um dos problemas mais trabalhosos com o qual lida ao lado da equipe do PlayStation. “Estamos apenas no começo.”

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Dermatologia

Herpes zoster Dra. Eliane Dibbern A varicela (catapora) e o herpes zoster (cobreiro) são entidades distintas causadas pelo mesmo vírus, conhecido com vírus varicela-zoster (VZV) ou herpes vírus humano tipo 3. A varicela ocorre com maior frequência na infância e resulta da infecção primária. Já o herpes zoster é mais comum no idoso, e tem origem na reativação do vírus após a primeira ocorrência de varicela. Várias condições estão associadas ao aparecimento do herpes zoster, como baixa imunidade, câncer, trauma local, cirurgias da coluna e sinusite frontal. Os idosos mostram uma diminuição da imunidade ao vírus, o que explica sua maior ocorrência após a quinta década. Sintomas - A dor é o sintoma mais importante no herpes zoster. Ela costuma preceder o aparecimento das lesões e pode persistir por várias semanas ou meses após a resolução das lesões. A complicação é conhecida por neurite pós-herpética. A característica mais marcante do herpes zoster é a distribuição e localização da erupção, que cos-

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tuma ser do mesmo lado do corpo, não atravessando a linha média. As lesões consistem em vesículas dispostas em trajeto linear, acometendo frequentemente o tronco, a face ou os membros. Tratamento - Os principais objetivos do tratamento são limitar a extensão, duração e gravidade da doença na sua fase aguda e aliviar a neuralgia pós-herpética, com emprego de analgésicos e drogas antivirais, que devem ser iniciados precocemente. No caso de surgimento de lesão de herpes zoster na região centro facial, acometendo nariz e olhos, deve-se procurar o médico imediatamente, pois pode ser necessária internação para medicação venosa, a fim de evitar complicações como cegueira ou meningite. Prevenção - A vacina contra herpes zoster é indicada para pessoas com mais de 50 anos, reduzindo o risco de ocorrência em cerca de 50%.


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CAPA Texto: Luana Borges/TV Press | Foto: Jorge Rodrigues Jorge/CZN

Paolla Oliveira Atriz revela detalhes da vilã que interpreta em “Além do Tempo”, da Rede Globo

Heroínas sempre pontuaram a carreira de Paolla Oliveira. Ainda que tivesse feito personagens que fugissem desse padrão, como a vilã Verônica de “Cama de Gato”, a atriz construiu uma imagem bastante atrelada às mocinhas que interpretou em novelas como “O Profeta”, “Insensato Coração” e “Amor à Vida”. Mas, de uns tempos para cá, tem mostrado que pode ir além. Depois de provocar grande repercussão na pele da sensual e dúbia Danny Bond, em “Felizes para Sempre?”, Paolla volta ao ar como a jovem ambiciosa Melissa, antagonista de “Além do Tempo”. “Acho que tenho sorte. Busco essa variedade na minha carreira. Quando você faz personagens muito próximos, acaba se acomodando. Não é isso que eu quero. Tenho sempre vontade de me renovar”, salienta. Na história escrita por Elizabeth Jhin, Melissa encanta a todos com seu jeito meigo. Mas, na verdade, é uma interesseira que não perde a pose, mesmo não sendo rica como antes. Na intenção de recuperar o “status”, fica noiva do Conde Felipe, protagonista de Rafael Cardoso. Mas, depois que ele se apaixona pela noviça Lívia, de Alinne Moraes, e termina o relacionamento, a personagem faz de tudo para tê-lo de volta. “Melissa é uma vilã que chega a ser engraçada. Algumas cenas com a mãe e com o irmão são tão divertidas que a gente brinca que eles formam uma quadrilha de trambiqueiros”, conta a atriz, referindo-se a Dorotéia e Roberto, personagens de Julia Lemmertz e Rômulo Estrela. A primeira metade da novela se passa no início do século XIX. Por isso, a caracterização foi um processo importante para Paolla compreender a personagem e a postura de uma jovem da época. Durante as gravações no Sul do Brasil, a atriz e o elenco enfrentaram temperaturas baixas. O que acabou, de certa forma, ajudando na hora de realizar as sequências, que exigiam trajes pesados. “As vestimentas são complicadas. É muita roupa, amarra daqui e de lá. As mulheres daquele período sofriam um pouco, viu...”, brinca ela, que precisou pintar o cabelo de preto para o pa32

pel. “Eu já tinha ficado morena e gosto. Nessa novela, vou mudar duas vezes e devo voltar com outra cara”, avisa. O segundo visual de Paolla, ainda indefinido, começa a aparecer depois de uma passagem de tempo de 150 anos na trama, quando a história chega aos dias de hoje. Os personagens, no entanto, ainda possuem os mesmos nomes – para não confundir o público –, mas relações diferentes das que foram estabelecidas na vida passada. “Vamos discutir o que eles conquistaram na outra vida, o que veio da vida anterior para essa. Eu acredito em carma. Mas também acredito que o carma possa se resolver e se manifestar nessa vida mesmo”, opina. Natural da capital de São Paulo, Paolla Oliveira conquistou uma posição de destaque dentro do “casting” da Globo – principalmente depois de “salvar” a novela “Insensato Coração”, ao substituir Ana Paula Arósio. E é com frequência que é escalada para protagonizar produções da emissora. Com tantas personagens relevantes no currículo, a atriz admite não conseguir eleger a mais importante. Mas tem plena consciência de que Danny Bond, da minissérie “Felizes Para Sempre?”, fez o público construir um novo olhar sobre seu trabalho. “As pessoas falaram muito, foi um trabalho incrível. Mas não meu, foi um conjunto. A equipe inteira se entregou. O personagem era bom, instigante, de caráter duvidoso, mas com um sentimento, com um lado humano”, destaca.


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SAÚDE Texto: Juliana Vines/Folhapress | Foto: Jorge Araújo/Folhapress

Não basta oferecer um abecedário de nutrientes. Os multivitamínicos agora prometem aumentar a imunidade, melhorar o funcionamento do intestino e dar mais disposição. Tudo isso graças a um coquetel que inclui, além de vitaminas e minerais, probióticos e antioxidantes. É o caso do Bion3, da Merck, que combina 20 nutrientes, como cálcio, com bactérias probióticas. “Ele melhora o sistema imunológico e dá mais energia porque auxilia na absorção de nutrientes”, diz Daniel Blumen, diretor de marketing da Merck Consumer Health. Segundo ele, desde fevereiro, quando começou a divulgação do produto no país, as vendas crescem 30% ao mês. O Bion3 não é o único da categoria “muito mais que um multivitamínico”. Na Europa e nos EUA, o suplemento Berocca, da Bayer, indicado para melhorar o desempenho mental e físico, faz sucesso até contra ressaca - embora o fabricante não recomende. A marca ainda não chegou ao Brasil. Por aqui, a linha Centrum, da Pfizer, já tem oito tipos de multivitamínico. Neste ano, a marca lançou duas

Disposição vitaminada

Novos multivitamínicos vêm com antioxidantes e até probióticos para dar ainda mais energia, mas especialistas contestam coquetel de benefícios

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fórmulas com antioxidantes legumes. A nutricionista Silpara quem tem mais de 50 via Franciscato Cozzolino, anos. “Se a pessoa não come professora da USP, indica de seis porções de frutas e vercinco a sete porções de frutas duras por dia, precisa de um e vegetais por dia. De acorcomplemento”, diz Luiz do com ela, a pessoa pode Henrique Fernandes, diretor até sentir mais disposição médico da Pfizer Consumer quando tomar vitamina se tiHealthcare. ver carência de nutrientes. O O supervisor de vendas mesmo vale para a questão Guilherme Moreira Bigardi, da imunidade. “Estudos já Guilherme Bigardi: “Com o multivitamínico melhorou bastante” 32, passou a se sentir mais mostraram que probióticos disposto depois de começar a tomar vitaminas. “Eu sem- podem ajudar nesse sentido. Nutrientes como o zinco tampre ficava cansado. Com o multivitamínico melhorou bas- bém”. Mesmo assim, ela não recomenda o uso de supletante”, cita. Mas ele admite que não foi um milagre, já que mentos sem indicação médica. “De qual mineral a pessoa passou a se alimentar melhor e a fazer exercícios. tem carência? Em quais doses? Vitamina faz bem só para quem precisa”, afirma Durval Ribas Filho, nutrólogo. CONTROVÉRSIAS Como os multivitamínicos são complementares à alimentação, as doses são baixas e não representam riscos. Muitos especialistas têm ressalvas quanto à necessida- Mas os suplementos para suprir carências de nutrientes esde dos multivitamínicos. “Eles vendem uma imagem de pecíficos podem fazer mal. “Muita vitamina C pode levar salvação, de que com a vitamina você vai vencer o can- à formação de cálculos renais, e o excesso de vitamina A saço. Não é bem assim”, diz o nutrólogo Celso Cukier. ou E pode prejudicar o fígado”, diz Luciana Coppini, pre“Para o metabolismo da energia precisamos de vitaminas sidente da Associação Brasileira de Nutrição. De acordo do complexo B, mas são quantidades mínimas. Com ali- com a nutricionista, grávidas, vegetarianos e idosos que mentação normal você consegue o necessário”, diz. Por não conseguem se alimentar bem precisam de suplemen“normal” ele quer dizer comer arroz, feijão, carne, frutas e tação. “Quem faz academia, não. Só se for atleta de elite.”

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Marília Watts com sua irmã em Marrocos. (Foto: Arquivo Pessoal/Folhapress)

TURISMO

Você já pensou em trocar as férias na praia para dar aulas para crianças pobres na Índia? Ou cuidar de filhotes de animais na África em vez de fazer compras nos EUA? Cada vez mais brasileiros estão buscando programas de “volunturismo”, modalidade de intercâmbio cuja finalidade é fazer um trabalho voluntário no exterior. “É uma viagem que reúne um pouco de tudo do mundo do intercâmbio: o idioma estrangeiro, o contato com a população local e a experiência do trabalho fora do país”, diz Carlos Robles, conselheiro da Belta, associação que reúne agências de viagens especializadas em intercâmbio. Nessas viagens, em geral o turista faz atividades em uma ONG durante a semana - em período integral ou só em dias selecionados - e tem o fim de semana livre para passear. Os programas duram de duas semanas a até um ano e podem ser combinados com cursos de idiomas.

Texto: Júlia Gouveia/Folhapress | Fotos: Folhapress

Muito mais que turismo

Pacotes que misturam intercâmbio e voluntariado ganham força no País

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Voluntária em programa médico na Namíbia. (Foto: Divulgação)

A mineira Ana Luisa Rolim com criança em evento de ONG na qual foi voluntária em Moçambique. (Foto: Arquivo pessoal/Folhapress)

Optar por esses intercâmbios também pode significar economia. Como muitas vezes envolvem acomodação em casas de família ou quartos compartilhados, eles podem custar de 30% a 40% menos que um programa convencional. Apesar de não haver uma idade máxima para participar, o público é majoritariamente de universitários e recém-formados de até 25 anos. Segundo Letícia Gonçalves, gerente de marketing da Aiesec, organização estudantil que realiza esse tipo de viagem, o perfil pede “alguém com desejo de mudança”. “É comum também que a pessoa já tenha feito intercâmbios e busque novas experiências”, afirma Eduardo Frigo, gerente da CI, que se aproveita da moda desse tipo de intercâmbio. O volume de viagens contratadas em 2014 foi 600%

Cris Marques, de Brasília, em instituição com crianças carentes na Chapada Diamantina. (Foto: Arquivo Pessoal/ Folhapress)

maior que em 2009. E eles já têm notado um novo filão, de famílias de “volunturistas”, que viajam para o intercâmbio juntas. A unidade brasileira da Aiesec, presente em 120 países, tornou-se a segunda maior em emissão de voluntários no mundo - foram 1.900 no ano passado, só menos que na China, e alta de 23% em relação a 2013. Desde março, o STB também aposta no nicho, depois de registrar um aumento na demanda por esses pacotes. Até pouco tempo atrás, essa modalidade de viagem quase não era conhecida por aqui. “Mas as pessoas perceberam que é um diferencial até para o currículo”, explica Fernanda Semeoni, diretora de produtos da Experimento, que desde 2011 trabalha com pacotes do gênero.

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Giulia terá como rivais os sedãs médios de Audi, BMW e Mercedes-Benz

CARROS

Não foi apenas o pré-lançamento da nova Giulia. A festa em Areze, próxima de Milão, em 24 de junho deste ano, significou o renascimento da marca Alfa Romeo, na data em que a marca completava 105 anos. Um renascimento que vai custar caro. Serão 5 bilhões de euros de investimento até 2018, para ressuscitar uma marca que estava esquecida, segundo Sergio Marchionne, CEO da FCA, grupo que também abriga Fiat e Chrysler. A ideia é saltar de 74 mil unidades vendidas em 2013 para 400 mil/ano em 2018, lançando mais sete modelos a partir do próximo ano, incluindo a Giulia, com seu motor de 510 cv. Atualmente, só três modelos são fabricados: o MiTo e a Giulietta, com plataforma Fiat, e o 4C, esportivo de dois lugares de baixíssima escala. O tom emocional do lançamento, linguagem que apenas uma marca centenária pode se dar ao luxo de usar, aparecia até em

Texto: Josias Silveira/Folhapress | Fotos: Divulgação/Folhapress

Ressurgindo das cinzas Novo Giulia chega em 2016 para marcar renascimento da Alfa Romeo

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um dos slogans do novo sedã: “veloce”. Para completar o quadro, a Giulia entrou no palco sob a voz, in loco, do célebre tenor Andrea Bocelli. A nova Giulia só apareceu em versão top, com o tradicional e enorme Quadrifoglio (trevo de quatro folhas que designa os carros mais luxuosos e apimentados da marca). Um modelo esportivo do nível do AMG, da Mercedes, do M da BMW, e do Audi RS. Esses serão os competidores da Giulia. TECNOLOGIA E TRADIÇÃO O novo Giulia vai se situar entre os Audi A3 e A4, ou os BMW Série 3 e 4, e quer dar show de tecnologia. O motor 3.0 V6 turbo, todo de alumínio, cumpre de 0 a 100 km/h em 3,9 segundos. Os cilindros são desativados em velocidade de cruzeiro e os freios são de cerâmica. A carroceria abusa do alumínio, bem como a suspensão. Tudo em uma embalagem típica da Alfa Romeo, feita para seduzir. A tendência é que modelos mais básicos que a Giulia Quadrifoglio sejam lançados futuramente. O caminho da Alfa promete ser longo e esburacado. E

começa pela reconquista dos consumidores, o que leva a um ponto-chave: a suposta falta de robustez dos Alfas, determinantes para a decadência da marca em vários países, do Brasil aos Estados Unidos. A Alfa terá de reconstruir sua imagem. Apesar de haver revendedores em muitos países da América do Sul, nada se falou sobre o retorno da marca ao Brasil. Mas, segundo a reportagem apurou, a rede Jeep, que hoje foca no SUV Renegade, será responsável pela reconstrução da marca e pelas vendas por aqui, com a Giulia, a partir de 2016.

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Artigo

Meu pai Stella M. F. Pranzetti Vieira | Médica Pediatra Imagino que ele foi um menino tímido e doce de cabelos encaracolados e olhos azuis que nasceu em Bauru em março de 1924 em uma família muito pobre, neto de imigrantes italianos, a respeito dos quais ele pouco sabia. Não tinha nenhuma foto do seu tempo de infância por motivos óbvios e foi o terceiro filho após duas meninas. Aos sete anos de idade, perdeu o pai, segundo ele contava de crupe, que imagino fosse algum quadro tipo difteria para a qual não existia vacina e muito menos tratamento mas, mesmo que houvesse, o acesso à saúde era muito difícil, ou melhor, impossível. Nessa idade, em que normalmente uma criança iria à escola, ele, como o único homem da casa, assumiu a responsabilidade de chefe de família e foi trabalhar na roça. Ele contava que levantava de madrugada e comia uma espécie de polenta com leite e ia com outros homens para o trabalho onde passava o dia e voltava tão cansa-

do que dormia assim que chegava. E assim foi passando o tempo até que, uns quatro anos depois, minha avó voltou a se casar e meu pai pôde finalmente ir à escola. E foi mesmo com muita garra correr atrás do tempo perdido, um menino grande que não sabia ler nem escrever, não tinha sapatos, nem roupas de frio, mas trazia dentro do peito uma enorme vontade de vencer. O padrasto do meu pai era um homem bom, também muito pobre, mas trabalhador e com o qual minha avó teve um filho, outro menino. A vida foi seguindo com todas as dificuldades, todos ajudando na casa e na pequena propriedade de terra da qual tiravam o sustento até que mais uma vez minha avó ficou viúva e aí meu pai, já no ginásio, foi estudar à noite para trabalhar durante o dia. Nessa época, ainda menor de idade, conseguiu um trabalho em um escritório de contabilidade onde era uma espécie de Officeboy que fazia de tudo, desde a

limpeza do local até os serviços de rua. Esse emprego foi o momento que definiria a sua vida pois sendo o patrão uma pessoa de bem e de visão, percebeu naquele menino uma vontade incrível, e tanta garra, que deu a ele a oportunidade de crescer, e foi ensinando aos poucos o trabalho até que meu pai, já adulto, pôde fazer o curso de contabilidade, no que viria a trabalhar por toda a vida. Mais tarde, quando eu já era adolescente, meu pai fez um curso de Direito, se formou, passou na prova da OAB e trabalhou em alguns casos para os quais foi designado. Sempre quis ser advogado e tinha muito orgulho de ter feito um curso superior. Talvez eu não tenha dito a ele o número de vezes suficiente e não tenha sabido expressar o tamanho da minha admiração por tudo o que ele conquistou. O número de vezes em que eu disse que o amava não foi suficiente, pelo menos para mim, porque eu passaria toda a eternidade repetindo isso e ainda

seria muito pouco. Tantas desculpas são dadas a meninos pobres que cometem crimes e trilham o caminho do mal porque tiveram uma vida difícil, que fica até parecendo que realmente sofrer e passar dificuldades justificam atitudes imperdoáveis. Meu pai era sensível, jamais levantou a voz conosco e nunca nos bateu. Seus olhos azuis se enchiam de lágrimas em momentos de tristeza e também nos de alegria. Amou a família com toda a força e tinha adoração pelos netos, mas a minha mãe sempre foi a dona do seu coração. E se preocupou e cuidou dela até o último instante da sua vida. Eu só espero, papai, que você esteja em um lugar lindo com a mamãe e que continuem felizes e unidos como sempre foram. O meu amor por você é muito maior do que eu poderia expressar em palavras e eu queria. Ter te falado isso muito mais vezes. Você sempre será o meu melhor exemplo de ser humano.

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Direito

Colaboração premiada MAURO MERCI | mmerci@mauromerci.adv.br | MAURO MERCI Sociedade de Advogados (Piracicaba-SP) Num primeiro momento o título acima pode causar certo espanto para aqueles que não estão familiarizados com os termos técnicos, adotados no meio jurídico. No entanto, os jornais televisivos, da imprensa escrita ou falada, a todo instante falam sobre a chamada colaboração premiada. Vale dizer que a colaboração premiada é regida pela Lei nº. 12.850/2013, sendo que no seu artigo 4.º, há uma definição clara de qual é o seu benefício, todavia, o acordo só será aceito pelo juiz, desde que atendidos alguns dos resultados contidos nos incisos do referido artigo, verbis: Art. 4.º - O juiz poderá, a requerimento das partes, e conceder o perdão judicial, reduzir em até 2/3

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(dois terços) a pena privativa de liberdade ou substituí-la por restritiva de direitos daquele que tenha colaborado efetiva e voluntariamente com a investigação e com o processo criminal, desde que dessa colaboração advenha um ou mais dos seguintes resultados: I - a identificação dos demais coautores e partícipes da organização criminosa e das infrações penais por eles praticadas; II - a revelação da estrutura hierárquica e da divisão de tarefas da organização criminosa; III - a prevenção de infrações penais decorrentes das atividades da organização criminosa; IV - a recuperação total ou parcial do produto ou do proveito das in-

frações penais praticadas pela organização criminosa; V - a localização de eventual vítima com a sua integridade física preservada; VI - Em qualquer caso, a concessão do benefício levará em conta a personalidade do colaborador, a natureza, as circunstâncias, a gravidade e a repercussão social do fato criminoso e a eficácia da colaboração. Assim sendo, com o objetivo precípuo de esclarecer algumas das regras para a aceitação da colaboração premiada, bem como demonstrar aos leitores as terminologias técnicas que são colocadas pelas mídias e muitas vezes não explicadas.


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IMÓVEIS Texto: Douglas Gavras/Folhapress | Fotos: Danilo Verpa/Folhapress

Mudança de vida

De repente, você percebe que a casa que construiu com tanto carinho está grande demais. E aí, o que fazer? Os filhos crescem, as prioridades mudam e de repente a “casa perfeita” acaba ficando grande demais, maior do que a necessidade da família. Para adequar o tamanho do imóvel à rotina, o morador pode vender, alugar, mudar a configuração dos cômodos ou transformar o quarto vazio em escritório (e economizar o que gastaria com o aluguel de uma sala comercial). A ideia é evitar que a vantagem de ter espaço sobrando se transforme em problema. O analista de finanças Miguel Ribeiro diz que,

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ao se perceber que a casa é maior do que a família precisa, a primeira recomendação é tentar vender o imóvel grande, mudar-se para um menor e aplicar o dinheiro que sobra. “Uma outra dica é buscar alguém que esteja na situação inversa: tenha um imóvel menor e busque um de grande porte. Algumas imobiliárias oferecem negociação direta, o que diminui custos.” Para quem quer manter o imóvel, há opções como abrir mão de um quarto para aumentar a sala.


ANTES: Percival e Adriane Deimann na casa onde moravam

DEPOIS: O apartamento adquirido pelo casal há um ano

CASO REAL - Há pouco mais de um ano, Percival Deimann, 57, mudou radicalmente de vida. Ele morava com a mulher, a publicitária Adriane, 41, em uma casa de 500 m2. Percorria 75 quilômetros todos os dias até o trabalho. Pois o casal vendeu a residência em que vivia e a trocou por um apartamento de 40 m2. Deimann deixou a arquitetura e hoje é psicanalista, com um consultório a alguns passos da casa nova. “A casa é parte da nossa história, nós a aproveitamos ao máximo. Só que um dia, ela ficou grande demais, maior do que o estilo de vida que pretendíamos ter”, diz ele. “Tivemos que nos desapegar da casa, passar a dividir o armário, viver com

conforto em um espaço reduzido”, diz ele. Deimann diz que a adaptação ao novo cenário não demorou e eles puderam pôr em prática a funcionalidade que ele prezava na arquitetura. No apartamento, o casal instalou armários que guardam utensílios para a casa. A varanda tem mesa para jantar e pode virar ambiente de trabalho. Segundo Igor Freire, diretor da imobiliária Lello, a troca de imóveis grandes por opções menores pode funcionar como investimento. “Quem tem um apartamento com estrutura grande aproveita para comprar um menor e ainda sobra dinheiro. Quem tem perfil de investidor, pode comprar dois menores, morar em um e alugar o outro.”

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Direito

Mudanças na Aposentadoria? Caiu o Fator Previdenciário? O que é a Fórmula 85/95? Elaine Medeiros C. de Oliveira e Audrey Liss Giorgetti | GM Advocacia | Fone: 2114.3776

Estamos vivendo um momento de grandes discussões, mudanças na legislação e ajustes fiscais. Em meio a todas essas questões, presenciamos a edição de Medidas Provisórias que impactaram diretamente nos benefícios concedidos pelo Sistema da Seguridade Social, dentre eles a Pensão por Morte, Auxílio-doença e Seguro Desemprego. Recentemente, em 17 de junho de 2015, foi editada a Medida Provisória nº 676, que inovou na implantação da Fórmula 85/95 para a concessão da Aposentadoria por Tempo de Contribui-

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ção. A Medida provisória vigerá inicialmente pelo prazo de 60 dias e já surte efeitos neste período. A Fórmula 85/95 é uma alternativa à fórmula de cálculo da Aposentadoria por Tempo de Contribuição atual, na qual o segurado soma o seu tempo de contribuição com a idade, devendo alcançar 95 pontos (se homem) e 85 pontos (se mulher), para poder excluir o Fator Previdenciário de seu cálculo, de modo que receberá integralmente o valor de sua média contribuída ao longo da vida laborativa. Até o momento, tal regra é

uma opção, e quem não alcança a pontuação mínima (85/95) pode ainda se aposentar com a incidência do Fator Previdenciário. Não existe idade mínima para obter o benefício, mas é necessário o mínimo de tempo de contribuição (30 anos para a mulher e 35 anos para o homem). Por exemplo, não adianta um homem possuir 68 anos de idade e 27 de contribuição, pois o benefício não será concedido, uma vez que terá que contar com 35 anos de tempo de contribuição. Mas ao contrário, ele pode possuir 37 anos de contribuição e

58 anos de idade e se beneficiar da nova fórmula. A Aposentadoria por idade, que é outra modalidade de benefício, não foi afetada pela Medida Provisória nº 676, não sofrendo alterações nos requisitos para concessão. Portanto, nos encontramos neste momento de vigência da Medida Provisória com a opção de nos beneficiarmos desta nova fórmula que exclui o fator previdenciário do cálculo da aposentadoria por tempo de contribuição, o que representa significativo aumento no valor da aposentadoria.


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BEM-ESTAR Texto: William Cardoso/Agora

Gordurinha indesejável Acúmulo de gordura na região abdominal pode causar riscos ao coração

A barriguinha de chope pode condenar o dono dela a riscos cardíacos e à morte súbita, de acordo com especialistas. Para reduzir a gordura abdominal é importante pegar leve com alimentos muito calóricos e manter uma boa rotina de exercícios que façam o sujeito transpirar para valer. Supervisor do Setor de Emergências do Incor (Instituto do Coração), o cardiologista Alexandre Soeiro afirma que a falta de exercícios físicos, aliada a uma alimentação desregrada, rica em gorduras, é o caminho natural para aumentar a circunferência da barriga. “A deposição de gordura abdominal é uma consequência da ingestão elevada de gorduras, principalmente as de origem animal e açúcares. Junta-se a isso o sedentarismo como outro fator”, explica. Endocrinologista do Hospital Israelita Albert Einstein, Paulo Rosembaum afirma que a gordura abdominal se quebra facilmente, entra na corrente sanguínea e chega a órgãos vitais, como o coração. “Favorece que a pessoa te-

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nha um infarto. As artérias do coração vão se entupir. Em alguém com 50 anos e outros fatores de risco, como pai ou mãe que já tiveram doenças cardíacas, pode ocorrer um evento súbito, uma parada cardíaca”, diz. Outros órgãos Não só o coração é afetado pela excesso de gordura abdominal. Outros órgãos, como o fígado e o pâncreas, também ficam sobrecarregados. “Isso aumenta o nível de ácidos graxos [um tipo de gordura] livres na circulação próxima ao fígado e leva à resistência à insulina. Com isso, para manter normal a glicose do indivíduo, o pâncreas é obrigado a produzir insulina em excesso. Esse processo pode conduzir ao diabetes”, diz o coordenador da Área Técnica de Cardiologia da Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo, Amaury Zatorre Amaral.


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PUBLIEDITORIAL

Diego Barbosa assume a presidência do Rotary Sudeste Diego Barbosa - Presidente do Rotary Club Limeira Sudeste

Fabio Joia transfere cargo ao novo presidente Diego Barbosa

Diego Barbosa, Priscila Ferraz e João Paulo Seabra (Look Leds)

A posse da nova diretoria do Rotary Club Limeira Sudeste ocorreu no dia 4 de julho de 2015, com jantar festivo comandado pelo buffet Doce Lembrança, na boate La Chouette, no Nosso Clube. Durante o evento, que contou com música ao vivo, os participantes receberam as honrarias e festejaram a posse dos novos diretores. Confira os flashes.

Diego Barbosa (ao centro) com representantes do Rotary Club, durante a cerimônia de posse

Janoski, Juliano Segatti, Fred Dally, Júlio Wenzel, Diego Barbosa, Fabiano Merichi, Roberto Viana Francisco Viana, Alessandro Fonseca

Júnior Carcaioli, Rodrigo Ramos, Fábio Martins, Diego Barbosa, Geraldo Gonzaga, Cléber Minetto, Sérgio Emanuel, Felipe Zalaf e Frederico Drago

Benedita Barbosa, Diego Barbosa e Roberval Barbosa 52

Diego Barbosa, Zita e Miguel Martins

Diego Barbosa, Valter Faveta, Giovana Faveta, Thiago Lopes, Sabrina Pereira, Carlos Lopes, Ana Maria Lopes e Patrícia Beck

Renata Ackernann, José Renato Lima, Diego Barbosa, Luciana e Fabiano Torres

Tato, Diego Barbosa e Maiara Martins

Aline Bello, Gisele Santos, Carina Stefanelli, Juliana dos Santos, Michele dos Anjos, Fábia Wenzel e Maraise Janoski


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Ricardo e Fabiana Bonzanino

Júnio Donatti, Ângelo Percebon e Márcio Massaro

Samantha e Ricardo Testa

José Carlos Dias, Susan Kelly Dias e Giovana Dias

Condomínio Jardim dos Ipês realiza Festa Junina No dia 20 de junho, a Associação de Moradores do Jardim dos Ipês promoveu uma animada Festa Junina. O evento contou com barraquinhas com diversas opções em comes e bebes, pescaria, bingo e brinquedos infláveis para as crianças. Assim como ocorreu em anos anteriores, a participação do público foi bastante expressiva. Parabéns aos organizadores e aos moradores pela bela festa!

Famílias inteiras participaram do evento

Terras de Piracicaba IV promove mais uma edição da Festa Junina O Condomínio Residencial Terras de Piracicaba IV realizou, no dia 19 de junho, mais uma edição de sua tradicional Festa Junina. O público compareceu em grande número e pôde saborear diversas opções em doces, salgados e bebidas. O evento contou ainda com a participação do DJ Manil e atrações para as crianças. A festa já se tornou tradicional e conta com um número cada vez maior de participantes. 56


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O vendedor Jair Costa, 52 anos, com a família ao fundo

EMPREGO Texto: Felipe Gutierrez/Folhapress | Foto: Marlene Bergamo/Folhapress

O smartphone já é um dos principais meios para achar empregos na internet e está mudando a forma como empresas e candidatos a vagas se comunicam, dizem especialistas. Na Catho, um dos maiores sites do segmento, 20% dos acessos são feitos por dispositivos móveis - até o ano passado, eram metade disso. Em outras plataformas de vagas, os números são mais expressivos. Na Trampos, o celular é usado por 30% dos usuários. No LinkedIn, por 40%, e o número cresce “significativamente mais” do que o site tradicional, diz o diretor de produtos da rede social Daniel Ayele. Uma das consequências é que candidatos passam mais tempo procurando vagas, já que não estão limitados a fazê-lo só quando têm um computador, diz o porta-voz global da plataforma de vagas Indeed, Aidan McLaughlin. Ele afirma que isso até mudou os horários de busca de empregos: antes, havia um pico de aces-

Emprego a um clique Aplicativos que facilitam busca por trabalho ganham popularidade

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sos entre 9h e 11h, e hoje a distribuição é mais homogênea durante o dia. Além da mudança de horários, o processo pelo celular também encurta o tempo entre a oferta da vaga e a candidatura dos profissionais. Isso porque muitos aplicativos mandam alertas assim que uma vaga é publicada. “Trabalhadores que usam o celular costumam se candidatar mais rápido do que quem tem computador”, diz Murilo Lopes, 27, gerente da Catho. O projetista Wellington Abreu Mascarenhas, 35, está buscando uma vaga e usa aplicativos. Ele afirma que as notificações tornam o processo mais ágil, mas se queixa da repetição das mensagens. No lado do empregador, o processo é facilitado porque pode abordar diretamente o profissional que julga interessan-

te, mesmo que ele não tenha se candidatado. Jair Araújo da Costa, 52, está em busca de um emprego de vendedor e baixou o Curriculum, que tem uma ferramenta de chat. Contatado por duas empresas, diz que o mecanismo lembra o Whatsapp. “Posso mandar uma mensagem ‘Oi, estou com uma vaga para o seu perfil’”, afirma Luiza Coelho, 30, coordenadora de RH da empresa de software Dextra, de Campinas. Ela diz ter dificuldade para achar programadores. Entre os profissionais já empregados, os aplicativos permitem uma busca mais discreta, diz Tiago Yonamine, da Trampos. Esses profissionais evitam procurar uma vaga do computador da empresa, mas fazem isso de maneira privada no smartphone.

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A professora Luana Rocha, 31, com Samuel, de 2 anos. (Foto: Karime Xavier/Folhapress)

COMPORTAMENTO

Resultados de pesquisas recentes podem ajudar mães que trabalham fora a espantar de uma vez por todas o fantasma da culpa. Segundo esses estudos, investir na carreira é bom para a educação das crianças. Um levantamento da Universidade Harvard publicado recentemente revelou que as filhas de mães que trabalham, quando adultas, ganham mais e têm melhores cargos do que aquelas cujas mães ficaram em casa. Nos Estados Unidos, a diferença salarial chegou a 23%. Entre os homens, a vantagem não está no bolso, mas nos hábitos. Os filhos de mães que trabalharam ajudam mais nas tarefas domésticas e passam quase o dobro de horas em família em comparação com aqueles que tiveram mães dona de casa.

Texto: Juliana Vines/Folhapress | Fotos: Folhapress

Ser mãe sem culpa

Mulheres que trabalham fora podem ficar mais tranquilas: investir na carreira é bom para a educação dos filhos e ajuda a reduzir diferenças de gênero

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O estudo analisou dados de outro benefício para as crianças é 50 mil pessoas com idades entre a autonomia, afirma. “A mãe que 18 e 60 anos, coletados em 25 trabalha fora precisa de um filho países de 2002 a 2012. Segunmais independente, que resolve do as pesquisadoras, o “working parte dos problemas sozinho. mother effect” (algo como “efeiIsso ajuda a superar desafios na to mãe que trabalha”) é benéfiescola e no trabalho.” co para toda a sociedade porque A fonoaudióloga Thaís Vilaajuda a reduzir diferenças de gêrinho, 36, acredita que o seu tranero. Outra pesquisa dos EUA já balho faz bem não só para os dois tinha analisado 69 estudos sobre filhos - Matheus, 7, e Thomás, 4 o tema e mostrado que crianças -, mas principalmente para ela. Gabriela Gomez, 37, e Thaís Vilarinho, 36, que criaram o blog cujas mães trabalham fora têm “Quando o Matheus nasceu de“Mãe Fora da Caixa”. (Foto: Marlene Bergamo/Folhapress) menos problemas de aprendizacidi cuidar dele integralmente e gem e tendem a ser mais bem sucedidas na escola. parei de trabalhar. Com o tempo, fui me perdendo como Para a psicóloga Cecília Russo Troiano, os resulta- mulher, me esquecendo. Comecei a me achar chata, só dos fazem sentido e podem ser trazidos para a realidade falava nisso.” brasileira. Ela fez uma pesquisa com 400 pessoas (meDois anos depois, voltou a trabalhar meio período. tade tinha mães que trabalhavam; metade, não) para o “Hoje me sinto completa. Mudou minha autoestima, melivro “Aprendiz de Equilibrista” (Generale, 130 págs.). lhorou meu casamento. Acho que sou melhor mãe traba“Os pais são os principais modelos dos filhos. Se há um lhando do que sem trabalhar.” ambiente de igualdade entre homem e mulher, isso vai Claro que às vezes a culpa aparece, mas ela não se servir de referência para a vida das crianças. Nesse caso, arrepende. “Os filhos se adaptam. É algo importante para é de pequenino que se torce o pepino, sim”, afirma. a independência da mulher”, diz ela, que nesse processo Além de criar meninos e meninas menos machistas, criou com uma amiga o blog “Mãe Fora da Caixa”.

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Designer de Interiores

O valor do trabalho manual Fabiana Massaro | Contatos: 19 9-7406.6806 | 9-9706.8232 | Limeira SP

Em tempos em que imperam as linhas retas e o minimalismo, o trabalho minucioso de um artesão acaba virando relíquia do passado. Mas para realmente personalizar e valorizar uma decoração, é essencial a presença rica do bom artesanato. Peças entalhadas à mão sofisticam e trazem o resgate entre o nosso passado cultural com o presente contemporâneo. Antigamente, as histórias das civilizações eram contadas através de entalhes feitos nas rochas e também em madeiras. Existem

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muitas obras de arte feitas por artesãos para decorar paredes, peças menores para mesas e aparadores e também peças maiores como pufes, mesas, cômodas, buffets e poltronas mais trabalhadas, todas elas enobrecem o ambiente e provam o bom gosto da pessoa que ali harmonizou o espaço. Pode-se também fazer homenagens através do entalhe como um quadro com o brasão da família, ou uma ilustração com um hobby (tomar vinho, por exemplo: entalhando cachos de uva numa determinada

peça, ou grãos de café para quem aprecia demasiadamente a bebida). Todos esses artifícios são válidos para a perfeita estilização do ambiente, tornando-o exclusivo e muito charmoso!


Carina Stefanelli (pres. Casa da Amizade) e Roberto Viana Francisco (presidente do Rotary Club Limeira Norte)

Roberto Viana Francisco (ao centro) ladeado por companheiros do Rotary Club, durante a cerimônia de posse

Roberto Francisco é o novo presidente do Rotary Club Limeira Norte Carina Stefanelli toma posse como nova presidente da Casa da Amizade

Em família: Ricardo, Eduardo, Carla e Arthur Guimarães acompanharam a cerimônia de posse

No dia 24 de junho, o empresário Roberto Viana Francisco assumiu a presidência do Rotary Club Limeira Norte, durante jantar festivo realizado na sede do clube. O evento contou com a participação de rotarianos de vários clubes de Limeira, além de familiares e amigos. Confira os flashes!

Momento da posse: Ricardo Toledo transfere o cargo a Roberto Viana Francisco

Carina Stefanelli (ao centro) ladeada por companheiras do Rotary Club

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MODA Texto: Rose Santos/Folhapress Fotos: Robson Ventura/Folhapress

De volta... A calça pescador, ou calça capri, entrou e saiu de moda diversas vezes até se firmar como hit dos anos 90. Agora, ela volta para o inverno 2015. A estação promete destaque para as calças de pernas retas e amplas, assim como modelos com alfaiataria e tiras nos tornozelos, mas barras não podem ser muito amplas, como boca de sino, para não achatar a silhueta. Não existe restrição para combinações, pois a peça é versátil. Dependendo do tecido, pode-se criar looks mais sofisticados, compondo com saltos, ou mais casuais, combinando com t-shirts e sandálias baixas. Aproveite!

Blazer (R$ 159,90), da Amaro; camiseta (R$ 139,00), da Guess; calça (R$ 79,90), da Riachuelo; bracelete esquerdo (R$ 89,00), da Manauá Design; bracelete direito (R$ 89,00), da Manauá Design; e bota (R$ 149,90), da Azaleia.

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Blazer (R$ 159,90), da Riachuelo; calça (R$ 129,90), da Amaro; colar (R$ 135,00), da Manauá Design; anel (R$ 25,90), da C&A; bracelete (R$ 89,00), da Manauá Design; brinco (R$ 29,90), da Renner; e sapato (R$ 79,90), da Riachuelo.

Blazer (R$ 199,99), da Hering; blusa (R$ 79,90), da Amaro; calça (R$ 129,90), da Amaro; colar (R$ 130,00), da Manauá Design; e sapato (R$ 139,90), da Riachuelo.

Casaco (R$ 149,90), da Riachuelo; camisa (R$ 129,90), da Amaro; calça (R$ 129,90), da Amaro; colar (R$ 90,00), da Manauá Design, bracelete esquerdo (R$ 70,00), da Manauá Design; bracelete direito (R$ 70,00), da Manauá Design; e sapatilha (R$ 89,90), da Azaleia.

Calça (R$ 129,90), da Amaro; blazer (R$ 189,90), da Riachuelo; colar (R$ 135,00), da Manauá Design; bracelete (R$ 95,00), da Manauá Design; e sapato (R$ 219,90), da Shoe Stock. Agradecimentos: À modelo Karla Mandro da agência Closer Model’s (tel. (11) 3018-4800), à Discoteca Chilli Rose, na rua da Matriz nº 104, Centro, Embu da Artes - SP


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Nutrição

Aloe Vera Dra. Patrícia Milaré Lonardoni | Nutricionista | Tel: 19 3443.3236 (Limeira SP) | patricia.milare@itelefonica.com.br

Conhecida também como babosa, a Aloe Vera é capaz de sobreviver em climas áridos e desérticos por ter desenvolvido uma engenhosa técnica de armazenamento de água. Ela atua como um reservatório vivo do precioso líquido. Contudo, o líquido armazenado por estas plantas é mais do que simples água, mas de fato um gel composto de importantes nutrientes que faz com que essa planta tenha muitas propriedades medicinais. Além dos benefícios já conhecidos da babosa na área estética, usado para

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queimaduras, cicatrização, pele e cabelos, o conteúdo do gel de Aloe Vera tem forte propriedade antiviral, bactericida e fungicida. Esse mesmo gel é uma boa fonte de vitaminas A, C, D, B1 e B2 além de nutrientes essenciais ao organismo. Com isso, o consumo de gel de Aloe Vera nos auxilia para: - controle de tratamento de problemas gástricos (azias, má digestão, gastrites, úlceras); - controle e tratamento de problemas intestinais (regulação intestinal e tratamento de doenças);

- prevenção e tratamento de artrite, artrose, hérnia de disco, bursite, tendinite, gota; - regulação hormonal; - regulação das funções renais (é diurético, previne e trata candidíase e infecções como cistite); - regulação das funções do fígado; - controle da glicemia pela presença de minerais essenciais ao metabolismo da glicose; - controle da hipertensão arterial (auxilia a dilatação saudável dos capilares proporcionando o fluxo adequado de sangue);

- prevenção e tratamento de doenças ósseas por conter cálcio de boa absorção; - prevenção e controle de doenças auto-imunes; - prevenção e tratamento de estresse (a quantidade de vitamina C somada à composição de nutrientes presente nela ajuda a combater e reduzir o estresse); - fortalecimento da imunidade. A quantidade que deve ser consumida é individual podendo variar de 50 a 400 ml ao dia. Consulte o Nutricionista de sua confiança para adequar a quantidade ideal para você.


Artigo

Recuperação judicial aumenta 30% Dificuldade de acesso ao crédito e queda no consumo estão entre os fatores que afetam os negócios das empresas Dr. Luiz Antonio César Assunção | lacassuncao@gmail.com | Dra. Carolina Varga Assunção OAB/SP 40.967 OAB/SP 230.512

As contas das empresas estão apertadas, muitas dos mais diferentes portes e setores estão em situação parecida. A taxa de inadimplência (atrasos acima de 90 dias) de pessoa jurídica cresceu 0,4 ponto percentual nos últimos 12 meses, chegando a 3,6% das empresas, segundo o Banco Central (BC). Acompanhando essa alta, os pedidos de recuperação judicial também cresceram. De acordo com a Serasa Experian, o número de recuperações judiciais requeridas em abril chegou a 98, aumento de 30,7% em relação ao mês anterior e o maior desde outubro de 2013, quando os pedidos totalizaram 104. Na comparação com abril do ano passado, a alta é de 11,4%. A previsão dos analistas é que tais solicitações à Justiça, que são o último passo de uma reestruturação financeira, batam recorde este ano, superando os 874 pedidos de 2013, o maior já registrado no país. De janeiro a abril, o número de pedidos já somam 289. Vemos um cenário de enorme crise econômica, que em 2015 haverá um recorde nos pedidos de recuperação judicial. A inadimplência das empresas está em níveis similares ao pós-

-crise de 2008, e o índice de confiança, muito baixo. Ainda vai haver uma tempestade por aí prevê o Advogado Luiz Antonio Cesar Assunção, que é sócio de Assunção e Assunção Advogados Associados, há 40 anos. Com inflação em alta e juros a 13,25% ao ano — e com possibilidade de novos aumentos, as pessoas estão consumindo menos. A redução nas vendas impede ou dificulta o pagamento de compromissos financeiros assumidos pelas empresas nos últimos anos, alguns feitos justamente para atender o aumento da demanda, quando o consumo subia. Essa preocupação existe nas empresas de menor porte, nos explica a Dra. Carolina Varga Assunção, que têm menos margem para absorver aumento de custos e sofrem com a queda nas receitas. Mas também nas grandes, já que alguns segmentos importantes, como automobilística, construção civil, já estão passando por ajustes significativos, avalia o Advogado. Também devem sofrer setores atrelados ao consumo interno, que pode cair ainda mais com a elevação das taxas de desemprego. Os argumentos acima não deixaram alterna-

tiva às empresas, que estão pedindo recuperação judicial. As empresas estão tentando renegociar as dívidas à exaustão, mas os bancos estão mais restritivos, e a recuperação judicial seria o último recurso, explica o Dr. Luiz Assunção. Roteiro semelhante é esperado em vários setores da economia nos próximos meses: um aumento da inadimplência que, segundo especialistas, resultará numa corrida por restruturações na Justiça. Os juros estão elevados e a economia não está crescendo, então não tem por que investir. A Dra. Carolina Varga Assunção pondera que a recuperação judicial, no entanto, só deve ser feita em último caso. Isso porque, embora seja possível negociar com todos os credores de uma só vez e conseguir um prazo para o início do pagamento, a alternativa costuma fechar completamente o acesso ao mercado de crédito bancário. Além disso, há um custo para pagar perícia, administrador, advogados e outros gastos. O melhor é sempre tentar renegociar a dívida. Adequar as parcelas à geração de caixa da empresa, nos explica Dra. Carolina.

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NEGÓCIOS Texto: Fernando Silva/Folhapress | Foto: Karime Xavier/Folhapress

Exemplo de superação Confira a seguir o depoimento de Leila Velez (foto ao lado), a atendente de fast-food que fundou a rede de salões Beleza Natural Nasci em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, mas, como meu pai foi trabalhar de porteiro em um prédio de Ipanema, eu me mudei para a zona sul do Rio com seis meses de vida. Desde muito cedo, precisei trabalhar. Com dez anos, entregava as roupas que minha mãe lavava para moradores do bairro. Aos 12, comecei a vender cosméticos de porta em porta. Com 13, comecei a trabalhar na rede de fast-food McDonald’s. Aprendi tanto que considero esse emprego meu primeiro MBA. Gostava bastante do trabalho e fui promovida a gerente aos 16 anos. Lá, conheci Rogério Assis, colega que ajudava a irmã a testar uma fórmula para amaciar cabelos crespos. Ela se chamava Zica e estava havia uma década misturando produtos e matérias-primas.

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Eu me mudei para a Tijuca, onde moravam, e passei a acompanhar o processo. Tinha 19 anos e um grande desejo de empreender - resolvi embarcar no sonho dela, que se tornou minha amiga. Zica entrou com o creme e o conhecimento técnico de cabeleireira; o Rogério e eu demos algumas economias e a visão do processo produtivo que aprendemos no McDonald’s; o Jair Conde, marido de Zica, entrou com o capital inicial para investir, obtido com a venda de seu táxi. O Beleza Natural, especializado em cabelos crespos e cacheados, nasceu dessa junção de forças. Inauguramos o primeiro salão em 1993, no fundo do quintal de uma casa na Muda, na região da Tijuca. Era um momento antes do Plano Real e de a classe


C virar vedete. Nosso público-alvo era invisível à maior parte das empresas, e fizemos sucesso. Abríamos às 8h e já havia fila de clientes na porta desde as 5h. Mas nada foi fácil. Na parte da frente do imóvel, havia outro salão, e a dona ficou enciumada com o movimento do Beleza Natural. Como o encanamento passava por seu terreno, ela fechou o registro de água várias vezes. Ligávamos para a Cedae-RJ (Companhia Estadual de Águas e Esgotos), e eles nos respondiam que não havia problemas na região. Demoramos a descobrir que era a concorrente quem boicotava. Além disso, sofremos muitos preconceitos. Por exemplo, precisamos abrir uma conta no banco para a empresa. Certa vez, levamos sacolas de dinheiro a uma agência do Nacional, já que muitos nos pagavam em dinheiro ou cheque. Passaram-se três horas e o gerente deu de ombros, pois não acreditava que um salão fosse cliente interessante. Até para fazer propaganda havia dificuldades. Tive a ideia de fazer cartazes com o endereço e o

telefone da empresa e frases do tipo “se os seus cabelos são um problema, nós somos a solução” para pôr nos ônibus que rodavam na Tijuca. Eu e Rogério colávamos nos vidros traseiros, mas logo que os veículos eram recolhidos à garagem, arrancavam-se todos. No dia seguinte, fazíamos tudo de novo. Para aprimorar meus conhecimentos na área, eu larguei a faculdade de Direito iniciada em 1996. Como não tinha ainda condições de arcar com os custos da graduação, estudei muito e consegui uma bolsa integral na ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing). Mas todo esse sofrimento valeu a pena. Hoje, sou presidente da Beleza Natural, e a empresa atende, em média, 130 mil clientes por mês nos 32 institutos espalhados pelos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais e Bahia. Em 2013, recebemos um aporte financeiro de US$ 32 milhões e, desde então, crescemos 143%. Agora, temos o sonho de expandir para o exterior e nos tornarmos uma multinacional brasileira.

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Alunas da escola de balé do Bolshoi em Joinville

CULTURA Texto: Bruno Molinero/Folhapress | Fotos: Zanone Fraissat/Folhapress

Quem vê a bailarina, toda delicada sobre a sapatilha, mal imagina o esforço que ela faz para estar ali. “Acordo todos os dias às 5h30 para fazer o coque do cabelo, depois tenho aula de balé, vou para a escola e, à noite, aproveito para treinar coreografias ou estudar para as provas”, conta Hellen Teixeira, aluna do balé Bolshoi no Brasil. Tudo isso aos dez anos de idade. “Isso sem contar as preocupações. No recreio, por exemplo, evito correr para não ter risco de torcer o pé.” O Bolshoi, companhia russa de balé que é uma das mais importantes do mundo, mantém há 15 anos uma escola no Brasil, em Joinville, em Santa Catarina - é a única unidade fora da Rússia. Nela, 254 alunos fazem atualmente aulas gratuitas de balé clássico e de dança contemporânea. O esforço da bailarina já começa no processo de seleção. Para

Fábrica de ponta

Em busca de serem bailarinos profissionais, alunos de escola russa no Brasil acordam bem cedo, ensaiam todos os dias e têm que controlar a alimentação

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estudar lá, meninos e meninas de 9 a 11 anos passam por uma peneira com centenas de concorrentes. Às vezes, os candidatos nunca dançaram na vida: não é preciso ter conhecimento do assunto, mas, sim, bons movimentos, flexibilidade e postura. Neste ano, a seleção acontece entre 23 e 25 de outubro, em Joinville. Após a aprovação, o balé deixa de ser brincadeira. “O começo é difícil, as aulas são rígidas. É normal acordar em 90% dos dias com dores no corpo”, diz Maikon Golini, 23, que estudou na escola e hoje é professor. O curso completo dura oito anos. “A disciplina é a mesma de um atleta de alto rendimento, como um menino que sonha em ser jogador de futebol ou competir em Olimpíada”, afirma o russo Pavel Kazarian, diretor do Bolshoi no país. A dedicação não fica restrita às aulas. Ela continua na hora de evitar torções no pé, sempre dormir cedo e cuidar da alimentação. “Não posso comer

Hellen: “Às vezes, fico cansada, mas esse é o preço”

salgadinhos, bolachas e outras tranqueiras”, conta a aluna Sabine Pletz, 12 anos. Assim que as crianças entram na escola, passam a ser acompanhadas por nutricionistas e têm de adotar uma alimentação restrita. “A bailarina, em muitos movimentos, é levantada por seu parceiro. Se estiver acima do peso, pode acabar machucando o menino”, justifica Kazarian. Atualmente, 66% dos 227 ex-alunos da escola estão empregados em companhias do Brasil e do mundo - número que ajuda a justificar o método severo. “Não tenho tempo para brincar. Mas não trocaria minha rotina por nada”, diz Lorenzo Cantalice, 11 anos. Nem Hellen. “É puxado, às vezes fico cansada. Mas é o preço de uma profissional.” Assim nasce uma bailarina.

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Artigo

Um triste fim de jogo Indústria dos videogames perde um de seus grandes nomes. Lucas Brum | Editor de imagens R7 da Rede Record e TV Cultura Satoru Iwata era um programador que chegou ao cargo de presidente. No comando da Nintendo desde 2002, o homem de apenas 55 anos morreu no último mês vítima de câncer. Iwata foi o primeiro presidente da história da Nintendo que não possuía o sobrenome da família Yamauchi, fundadora da Nintendo há quase 130 anos. Diferente de seu antecessor, Hiroshi Yamauchi, Iwata conduzia a empresa de maneira mais leve e entendia dos jogos que vendia. Yamauchi tinha um tato comercial quase sempre infalível, mas nunca pegou em um controle sequer para apertar um botão. Iwata assumiu a Nintendo em um momento crítico. O GameCube, videogame da companhia no início do século, não ia bem e as contas fechavam a balança graças ao Game Boy e a Pokémon. O novo presidente conseguiu reverter esses resultados e fazer bastante lucro com o sistema tido como um fracasso graças a uma boa linha de exclusivos e apoio dos fãs. Em seguida, seguiu o último conselho dado por Yamauchi e criou o Nintendo DS, o maior

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sucesso da história dos videogames com mais de 150 milhões de unidades vendidas. O sistema praticamente imprimia dinheiro e fez com que a Nintendo aumentasse seus lucros em mais de 41% apenas em um ano. Flutuando entre as três maiores empresas do Japão, a Nintendo andou sozinha e comprou as ações da família Yamauchi (hoje a mais rica do Japão). Nesse momento Iwata fez mais um grande acerto. Mantendo a filosofia da Nintendo de nunca fazer nada igual aos concorrentes, Iwata foi na contramão da alta definição e apresentou um videogame barato, acessível e com um controle que mudou os jogos de todas as plataformas para sempre. O Wii foi um estouro, transformou-se em ícone pop e remodelou o jeito de se comunicar com o jogador final, graças a uma acertada estratégia da companhia de utilizar a teoria do Oceano Azul, onde Iwata priorizou jogos mais simples e fáceis com apelo abrangente, engolindo mercados que antes nunca tinham apertado start na vida. O resultado é essa enxurrada de

jogos mobile, mercados emergentes e diversos tipos de mini-games que surgiram além de Paciência no seu Windows. A Nintendo, tida como retrógrada, era a vanguarda da década e deixou as concorrentes para trás com extrema facilidade. Iwata também foi responsável pela produção de alguns personagens memoráveis como a bolota Kirby, jogos como a série Smash Bros ou ainda o clássico Balloon Fight. Em tempos não tão abonados como os atuais, ele cortou seu salário em 50% como autopunição e se comprometeu a não demitir um designer sequer, pois não acreditava que artistas e criadores de jogos pudessem trabalhar felizes com equipes desfalcadas. Satoru Iwata dizia que os jogos deviam divertir e fazer as pessoas felizes, e que apesar de seu cartão de visita dizer que ele era um CEO de empresa, no fundo ele era só um jogador. A indústria lamenta em peso a perda desse grande homem e olha com atenção o futuro da Nintendo, que tem como característica fundamental a constante reinvenção em momentos críticos.


GIRO RÁPIDO

Entre amigos!

Nosso colaborador Luiz Antonio César Assunção (terno marrom escuro), passou momentos agradáveis no Clube Paulistano, em São Paulo, ao rever pessoas com quem estudou na Faculdade São Francisco. Um brinde!

Jd. dos Ipês iniciará construção de quadra

A presidente da Associação de Moradores do Jardim dos Ipês, Abia Carla Giroto Severino, comunica que serão iniciadas algumas obras nas dependências do condomínio, visando a construção de quiosque, academia ao ar livre, playground e quadra poliesportiva. Reinaldo Jacon é o arquiteto responsável pelo projeto.

INÉDITO - O Pátio Limeira Shopping promoveu, de 1 a 25 de julho, o Playstation Experience, evento em que adultos e crianças participaram de vários jogos. O cenário de 11 metros impressionou o público.

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BEM-ESTAR Texto: William Cardoso/Agora| Ilustração: Folhapress

Manchas na pele Protetor solar no inverno ajuda a prevenir o problema

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Qualquer que seja a época do ano, o sol em excesso é o principal causador de manchas na pele. Para evitar o problema, a principal dica dos dermatologistas é usar o bom e velho protetor solar, mesmo no inverno. “O uso de proteção solar apenas na praia está completamente errado. O protetor solar


deve ser usado diariamente, reaplicado a cada três ou quatro horas, com fator de proteção solar 30, no mínimo, mesmo no inverno”, afirma a dermatologista Renata Cini. A alimentação também influencia na saúde da pele, por isso é preciso se alimentar corretamente, optando sempre por frutas e verduras. “Quem está desnutrido fica com a pele fina e quebradiça. Os alimentos que são recomendados para uma vida saudável também servem para termos uma pele melhor”, afirma Wagner Galvão, dermatologista do Hospital Dia da Rede Hora Certa. Cenoura ou mamão têm betacarotenos, substâncias que ajudam a combater os efeitos dos raios solares. Já a laranja e o limão ajudam na formação do colágeno e têm propriedades antioxidantes. Os tratamentos variam para cada tipo de mancha e podem contar com medicação clareadora, uso de laser, entre outros métodos. Por isso, é importante consultar um dermatologista para saber exatamente qual o problema que há

na pele e o que é indicado para tratá-la. A dermatologista Luciana Maluf, do Hospital Sírio Libanês, diz que o inverno é uma boa época para fazer tratamentos para melhorar a pele. “Na realidade, a maioria das manchas no nosso país tende a clarear no inverno, pois há menor incidência de raios solares e o clima está mais ameno. E, no inverno, lançamos mão de tratamentos mais agressivos no consultório, como a combinação de técnicas e procedimentos”, afirma. Examine a sua pele uma vez por mês É importante examinar a pele ao menos uma vez por mês, para conhecê-la melhor. “Devemos ficar atentos ao aparecimento de sinais na pele ou crescimento dos que já existem. Pontos que tenham mudado de cor, forma ou tamanho exigem consulta ao médico. Qualquer ferimento, caroço, mancha, marca ou mudança na aparência ou textura pode ser sinal de câncer”, diz a dermatologista Renata Cini.

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Artigo

Vídeo-commerce aumenta a conversão! Valter Garcia Junior | Administrador de Empresas Especializado em e-commerce | www.cakeweb.com.br | Fone: (19) 98117.2187

O que fazer para melhorar a performance de um e-commerce? A resposta não é fácil e envolve algumas variáveis. Porém, consideremos que o lojista possua uma boa loja virtual, com boas fotos, descrições bem feitas e um bom mix de produtos. E mesmo assim está faltando alguma coisa. O que fazer? A dica aqui é: experimente investir em produção de vídeos. Inicie pelos seus melhores produtos. Depois aplique nos demais produtos, crie uma conta no Youtube para a sua loja, hospede

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esses vídeos lá e depois insira na descrição de produtos. (Uma boa plataforma possui essa funcionalidade). Os vídeos são uma maneira poderosa de mostrar produtos em seu e-commerce, tirar dúvida sobre como usar o produto e engajar o cliente. É mais atraente para o visitante do seu e-commerce, decidir pelo produto com o auxílio de um vídeo. No vídeo você pode dar detalhes de forma mais envolvente do que nas fotos. Segundo o Treepodia, 96% dos consumidores acham que o vídeo de produto é útil para ajudá-los a tomar

decisão na hora da compra, outros 58% acham que lojistas que têm vídeos de produtos são mais confiáveis que lojistas que não os têm e 71% dos consumidores têm percepção de que o lojista que utiliza vídeos tem maior domínio sobre o que está vendendo. Vídeos podem aumentar em até 30% a sua taxa de conversão. Crie vídeos diretos, demonstrando os benefícios com objetividade, qualidade e nunca destaque o preço do produto no vídeo. Fonte: e-commerce news


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SAÚDE Texto: William Cardoso/Agora | Ilustrações: Folhapress

O tempo é fundamental para quem pretende salvar uma pessoa que sofreu infarto. Em geral, o infartado deve receber atendimento médico em até 20 minutos para que não sofra com sequelas permanentes. Claro, tudo depende da gravidade do caso e do quanto o coração foi afetado. Segundo o ex-jogador e comentarista Walter Casagrande Júnior, 52 anos, foi a rapidez com que o filho percebeu o infarto que o salvou da morte recentemente. Levar o paciente até o pronto-socorro ou hospital mais próximo é mais indicado do que aguardar atendimento. “O tempo é fundamental, porque sabemos que até 50% das mortes ocorrem antes de o paciente chegar ao hospital. Já a taxa de mortalidade de um infartado que consegue chegar ao hospital é

Entre a vida e a morte Rapidez para levar a hospital é a solução para salvar vítimas de infarto

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de 4% a 6%, dependendo do tipo de infarto”, afirma o cardiologista clínico do Hospital Albert Einstein, Antonio Carlos Barcelar Filho. E por que o tempo é fundamental? “Após 20 minutos do início do infarto, o coração já começa a perder parte das células responsáveis pela contração muscular. Passadas 12 horas, o grau de recuperação, mesmo com o tratamento, pode ser mínimo”, afirma o cardiologista Alexandre Soeiro, supervisor do setor de emergências do Incor (Instituto do Coração). Médicos dizem que só o pessoal treinado pode auxiliar quem sofre um infarto. Aos leigos, resta agir rapidamente, por isso é bom conhecer hospitais perto de casa ou do trabalho. “Tem que pegar a pessoa e levar ao pronto-socorro mais próximo. Qualquer sintoma súbito, que faça com que o indivíduo se sinta desconfortável, deve procurar o médico. Além da dor muito forte no peito, pode ser a falta de ar, cansaço intenso ou dor nas costas”, diz o professor da Faculdade de Medicina da USP e diretor da unidade coronária do Incor (Instituto do Coração), José Carlos Nicolau.

Dor no peito é menos comum entre idosos Quem convive com pessoas idosas deve redobrar a atenção. Diferentemente do que acontece com mais jovens, o infarto nos corações mais velhos pode surgir sem dor no peito, somente acompanhado de cansaço intenso, falta de ar. “Ele está no metrô e sente um cansaço enorme. Ou então vendo TV, sentado no sofá e sente falta de ar”, diz José Carlos Nicolau, professor da Faculdade de Medicina da USP.

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TECNOLOGIA Texto: Giuliana Vallone/Folhapress | Ilustração: Folhapress

Motorista, pra quê?!! Carros sem motorista começam a circular nos EUA, mas caminhões devem ganhar as estradas primeiro; no Brasil, estrutura é desafio Em 2002, o filme “Minority Report”, estrelado por Tom Cruise, mostrava uma cidade americana 50 anos no futuro tomada por carros sem motoristas. Fora da ficção, essa tecnologia não demorou tanto assim para aparecer. No Estado da Califórnia, carros do Google que dispensam motoristas começaram a circular recentemente pela cidade de Mountain View, sede da companhia. Em Nevada, dois caminhões da linha Freightliner Inspiration, da Daimler, que se dirigem sozinhos, foram autorizados a trafegar pelas estradas estaduais. São acompanhados de motoristas que fiscalizam a operação e assumem o volante em casos emergenciais. Mas, embora os testes sejam promissores, especialistas afirmam que alguns entraves devem atrasar a implementação da tecnologia no dia a dia dos consumidores. “Primeiro veremos autonomia parcial em veículos de transporte de

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cargas e de passeio. Depois, talvez em dez anos, virão os veículos com autonomia total”, afirma Xavier Mosquet, analista do setor automotivo da consultoria Boston Consulting Group. A empresa estima que as vendas globais de veículos autônomos devem atingir US$ 42 bilhões em 2025, uma fatia de 13% do mercado - desses, no entanto, apenas 0,5% serão totalmente independentes de motoristas. Em 2035, a autonomia completa deve subir para 9,8%. A tecnologia deve ganhar tração primeiro no mercado de caminhões, para só depois atrair os consumidores de carros. Segundo Mosquet, isso acontece porque o custo de implementação da tecnologia é praticamente o mesmo nas duas categorias, mas os compradores de caminhões têm mais dinheiro para investir.


No Brasil, esse tipo de tecnologia esbarra em um outro problema, segundo Ricardo Takahira, da SAE Brasil (Sociedade dos Engenheiros da Mobilidade): a infraestrutura precária. “A qualidade das estradas brasileiras não é a mesma da dos Estados Unidos ou da Europa. E esses veículos ainda são muito dependentes de infraestrutura, precisam das faixas de rolamento pintadas corretamente, de sistemas de rádio frequência para estarem o tempo todo conectados”, diz. No caso do carro do Google, o veículo utiliza dados de sensor e de mapas para determinar onde está e como se movimentar e também quais obstáculos há no caminho, com base no tamanho, na forma e no movimento deles. Para Takahira, essas tecnologias também podem deixar as estradas mais seguras. “Esses veículos param, freiam e se mantêm dentro das faixas sozinhos. É um

jeito de fiscalizar o motorista.” No mercado norte-americano, a estimativa do BCG é que veículos parcialmente autônomos possam aumentar em 30% a segurança para motoristas de caminhões e carros. No longo prazo, o potencial é de redução de 90% dos acidentes nas estradas. Os veículos não estão imunes a ocorrências. O Google reportou 12 acidentes envolvendo os protótipos - a maioria, afirma a companhia, foram consequência de erros humanos causados pelos motoristas dos outros carros.

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EMPREGO Texto: Fernanda Perrin/Folhapress | Ilustração: Folhapress

Levante-se

Trabalhar em pé é nova tendência entre empresas de tecnologia Não adianta ir para a academia depois do trabalho. Pesquisas apontam que a atividade física fora do expediente não compensa os problemas à saúde causados por longos períodos sentado. “Não importa se você é um atleta. Se está com as pernas para baixo, há um aumento de pressão nas veias que pode levar a uma trombose”, diz Nelson Wolosker, especialista em cirurgia vascular do hospital Albert Einstein. A posição também causa alterações na postura, problemas lombares, musculares e cervicais, diz Francisco Lacaz, professor de medicina do trabalho na Unifesp. Pesquisa de 2010 da Sociedade Americana do Câncer

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mostrou ainda que ficar sentado por seis horas ou mais aumenta em 20% a mortalidade entre homens, em comparação com aqueles que ficam na posição três horas ou menos. Entre mulheres, a mortalidade cresce 40%. “Sentar-se virou o fumar da nossa geração”, resumiu a ex-executiva da Apple Nilofer Merchant durante uma palestra “TED Talk”. A frase, repetida por ela, tornou-se nos últimos anos uma espécie de mantra no Vale do Silício, maior polo tecnológico dos EUA. Para reduzir danos, Lacaz recomenda que a cada hora sentada, a pessoa faça dez minutos de atividade física - desde uma caminhada no escritório a uma ginástica leve. Uma solução mais radical é abolir a cadeira. As “standing desks” são mesas com regulagem de altura, que permitem trabalhar em pé. Desde 2012, o Facebook oferece o equipamento para todos os seus funcionários. No escritório brasileiro, cerca de 20 pessoas o usam. O diretor de comunicação Esteban Israel, 44, diz que o mais difícil no começo era superar o incômodo da posição. Há cinco meses, ele passa a maior parte do dia em pé. Entre os benefícios, ele destaca movimentar-se e interagir mais com os colegas. As mesas foram encomendadas na Voko, fabricante de mobiliário de escritório. Dependendo da regulagem (mecânica ou elétrica) e da dimensão, o valor unitário varia de R$ 2.500 a R$ 8.000.

Paulo Curio, 42, usa uma “standing desk” no escritório da Movile, em São Paulo. (Foto: Eduardo Anizelli/Folhapress)

Na Movile, dona de apps como o iFood, as mesas foram introduzidas há três anos, e são utilizadas em rodízio entre os funcionários. O vice-presidente da empresa Paulo Curio, 42, trabalha em pé há um ano. Além dos benefícios à saúde, gostou da ideia porque consegue ficar na mesma altura dos colegas que vêm à sua mesa. Antes, ficava em uma posição “de baixo para cima” que o incomodava, conta. “As primeiras semanas são mais complicadas, a batata da perna queima”, diz. Segundo ele, 60% dos colegas que tentaram adotar a prática não conseguiram.

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Igor Aguiar (síndico), Júlio Garcia e Alexandre Fagoti

Condomínio Novitá realiza 1º Torneio de Futsal Misto

Kleber Danilo da Silva, Kauã Del Bianco Silva e Ana Maria Del Bianco

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O Condomínio Novitá, de Limeira, realizou, no dia 20 de junho, o 1º Torneio interno de Futsal Misto. A disputa contou com a participação de dezenas de condôminos, que se organizaram em vários times. Houve distribuição de medalhas e troféus. “O objetivo principal é promover a integração dos moradores”, explicou o síndico Igor Aguiar. A ideia partiu de Geraldo Carlin - apaixonado pelo esporte. Os organizadores esperam que o campeonato sirva de inspiração para que outros condomínios façam o mesmo. “Quem sabe ainda teremos um dia uma disputa entre condomínios”, sugeriu Igor.

Geraldo Carlin - o “Biscuin”


Segurança

Colabore, participe, faça sua parte Émerson Camargo - Pós-graduado com especialização em Segurança Pública e Privada MBA em gestão estratégica de negócios MBA em gestão de pessoas | Fone 7802-5064 – ID 55*139*7222

A conscientização de se cumprir normas e regras de segurança em seu condomínio fortalece o planejamento da segurança, mitigando os riscos e possíveis pontos de vulnerabilidade existentes. Algumas medidas de segurança são de extrema prioridade e eficiência, desde que sustentadas sobre um conjunto de regras, podendo trazer um resultado harmonioso e uma sensação de segurança. Porém, se localizada e isolada, a segurança passa a ser ineficiente, ou seja, ter uma boa segurança com meios humanos e sistemas tecnológicos de nada valerá se o condômino não colaborar e não saber de fato quais são suas funções para com o sistema integrado

de segurança. Por outro lado, os vigilantes a serem destacados para realizarem seus serviços devem ser em número suficiente para que a segurança do local não se fragilize no caso de necessidades contingenciais. Este conjunto tem como finalidade a realização, detecção e intervenção dos mais diversos eventos existentes, o que facilitará a imediata atuação contingencial para cada evento. Para que isso aconteça, as normas e regras básicas de segurança devem ser seguidas à risca, pois a ignorância a essas regras podem colocar em risco o maior bem existente: “a vida”. Pense nisso: colabore, participe, faça sua parte!

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