Revista Encontro 156

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POSTOS IMPOSTOS... O governo federal prometeu um pacote de incentivos fiscais destinados aos veículos elétricos. Só assim automóveis movidos a eletricidade poderão chegar ao mercado brasileiro com preços viáveis, competitivos, ao alcance do consumidor local. Além do preço, outro obstáculo para a aceitação dos carros elétricos é a ausência de uma rede compatível de postos de recarga. Para resolver essa questão, um projeto de lei que obriga a implantação de postos de recargas em áreas públicas, sob a responsabilidade das concessionárias de energia, foi aprovado no início de abril pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara dos Deputados e, agora, segue para apreciação do Senado.

...A CONCESSIONÁRIAS A CPFL, distribuidora que atua no estado de São Paulo, adiantou-se e já anunciou que pretende instalar, nos próximos meses, cerca de 100 postos de recarga destinados aos veículos elétricos. A empresa tem parceria com a montadora Renault e utiliza modelos elétricos desenvolvidos pela montadora para a locomoção de seus funcionários. Em Minas, a Cemig, que no mesmo sentido tem parceria com a Fiat, parece ainda não ter uma posição ofi cial sobre a implantação de postos de recarga no estado. Encontro consultou a concessionária mineira, mas ainda não obteve resposta.

ESTEPE MENOR No Brasil, tudo parece ser mesmo mais complicado. Uma evolução automotiva em todo o mundo é o uso de pneus estepes menores, mais leves, aliviando peso, reduzindo consumo, poluindo menos e melhorando o aproveitamento de espaço. A solução foi implantada sem maiores traumas e polêmicas em todo o mundo, mas, aqui, não. Está em trâmite na Câmara dos Deputados projeto de lei que regulamenta a obrigatoriedade de o estepe ser exatamente igual aos outros quatro pneus do veículo.

NA ONDA DO X6 “Sensual como um cupê, visionário como um SUV.” É como o chefe de design da Mercedes Benz, Gorden Wagener, descreve o conceito Coupé SUV, que a marca alemã acaba de revelar no Salão de Beijing (China). Na verdade, é um carro para fazer frente ao X6, da sua mais direta rival BMW. As linhas e design de um se confundem com as do outro e indicam que essa é uma tendência que cresce. Outra alemã, a Audi, também revelou seu projeto com a mesma proposta, o conceito do Audi TT off-road. O “exemplar” Mercedes-Benz é grande no comprimento (5 m) e na largura (2 m) e mediano na altura (1,75 m), o que destaca e define seu “lado” cupê esportivo. O conceito Audi TT off-road segue o mesmo estilo de design do X6 e do conceito Mercedes-Benz, diferenciando-se por ser um compacto. Ele foi também apresentado no Salão do Automóvel de Beijing. Outro diferencial é a proposta híbrida plug-in, com dois motores elétricos, com potência de 408 hp, que, segundo a marca alemã, consome média de 52,63 km/litro. É ver para crer!

NA BERLINDA A justificativa “oficial” é que o estepe menor é inseguro e limita a velocidade. Isso é óbvio e amplamente divulgado e alertado nos carros que já vêm com o pneu estepe reduzido. Ele existe apenas como recurso emergencial para que, quando preciso, o carro rode o mínimo necessário e vá diretamente para o conserto da peça avariada. A medida foi adotada após constatação de que vários carros passam anos, às vezes toda sua vida útil, sem que tenha um pneu furado. As montadoras estão contra o projeto de lei. Quem luta a favor é a indústria de pneus, que, com a solução, passaria a fornecer não mais cinco rodas e pneus idênticos para cada carro; apenas quatro. Ou seja, para um mercado de 3 milhões de veículos por ano, reduziriam o fornecimento de pneus de 15 para 12 milhões de unidades. Uma queda de 20% no faturamento. Deu para entender? MAIO DE 2014

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