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UMA ESCOLA PARA A VIDA

O que é a Escola Superior de E-Commerce? E mais: por que está na hora de entrar de vez no MBA que vai mudar sua carreira?

Por Júlia Rondinelli, da redação do E-Commerce Brasil

Se você ainda não conhece a Escola Superior de E-Commerce, carinhosamente conhecida como ESECOM, fique tranquilo que este conteúdo tem o objetivo de contar a história e a trajetória desse projeto de capacitação. O que começou como um sonho de MBA executivo para profissionais do e-commerce hoje assume a responsabilidade de dar voz e atualizar profissionais das mais diversas áreas relacionadas às vendas online.

Para falar sobre esse assunto, convidamos Jean Makdissi, Co-fundador e Diretor Acadêmico da ESECOM, que nos explicou desde a criação até os planos para o futuro desse projeto. Mais de 500 pessoas já passaram pelas salas de aula da escola, que vai muito além do profissional: educa as pessoas para a vida e atualiza quem já entende muito do assunto para um e-commerce ainda melhor.

E-Commerce Brasil: Como nasceu a ideia do curso superior de e-commerce? Você acredita que hoje ele é mais do que foi idealizado lá atrás?

Jean Makdissi: A Escola Superior de E-commerce nasceu junto com o E-Commerce Brasil. O Tiago Baeta, fundador da empresa, entendia que o E-Commerce Brasil era uma ferramenta de educação, além de uma ferramenta de fomento do mercado. Porém, os meios de educação do E-Commerce Brasil se baseiam em flash education, ou seja, palestras, webinars e workshops, que são de menor tempo, duração e com muitos insights, mas mais superficiais.

Havia o desejo de aprofundar e tornar mais denso o processo de educação na área. A construção de uma escola era um dos planos para atingir esse objetivo, que, aos poucos, foi se consolidando e amadurecendo. Até que em 2019 ele convidou a mim e ao Angelo Vicente para integrar esse processo, e em 2020 a Live University foi selecionada como parceira educacional, de forma que não seria necessário construir uma escola do zero, mas sim somar conhecimento e capacidade acadêmica. Dessa forma, a ESECOM foi fundada em 2020, ano em que se deu ínicio ao MBA executivo em e-commerce, até hoje o produto principal da escola, que é focada em executivos e na melhoria da gestão e da capacidade de compreensão do e-commerce, bem como no uso das ferramentas digitais como suporte ao varejo, ao atacado e à indústria.

Makdissi: Na verdade, não mudou muito, mas acredito que nós estamos no caminho. Nós imaginamos que a escola deve ocupar um espaço, que não estava bem assistido, que é justamente de fomentar a educação dos operadores executivos do mercado de e-commerce, ou seja, gestores e empreendedores com operações mais consolidadas e amadurecidas. São pessoas que querem ir além, com visão 360° e aprofundada. Também querem criar conexões com professores atualizados, justamente por serem profissionais do mercado e não só “professores de cadeira”. O projeto está crescendo. Quanto mais pudermos ajudar o mercado, faremos.

ECBR: Há planos de criação de outras modalidades do curso para quem gostaria de se profissionalizar em e-commerce, como cursos livres voltados para áreas específicas (Logística, Gestão, Clientes, ERP etc.)?

Ainda não somos maiores do que idealizamos, pois continuamos imaginando um projeto cada vez maior e com mais alcance, mas estamos trabalhando diariamente nesse caminho para sermos cada vez mais úteis ao mercado e à sociedade.

ECBR: O que mudou ao longo da idealização do curso para o que ele é hoje?

Makdissi: Todos os cursos são focados em gestores de e-commerce, profissionais que precisam ter uma visão clara de como comandar os técnicos, bem como entender as melhores práticas e conduzir a parte técnica para entregar os melhores resultados. Então, eles são muito voltados para a gestão, mas temos, sim, planos de expandir.

Hoje, além do MBA executivo em e-commerce, temos o intensivo em e-commerce, um curso de visão 360° do e-commerce omnichannel no Brasil. Ele serve, por exemplo, para aquele desenvolvedor que entende tudo da área, mas não conhece o ecossistema do varejo brasileiro. Com esse curso, ele entende perfeitamente como opera um e-commerce no Brasil.

Ao mesmo tempo em que ele é introdutório, acaba trazendo insights poderosos para os alunos, justamente por causa dos professores de peso. Então vale até mesmo para pessoas que já estão em um nível de maturidade, mas precisam de uma visão mais completa e holística.

Além disso, nós planejamos outros cursos para lançar as especializações de e-commerce em diversas verticais, inicialmente em Alimentos e Bebidas, Moda, Auto, Farma, Beauty, Casa e Decoração. Enfim, nossa intenção é entrar nesses ramos e categorias mais específicas.

ECBR: Você já viu resultados no mercado com relação às turmas que se formaram, no sentido de encontrar profissionais mais qualificados no e-commerce? Você recebe feedbacks dos ex-alunos? Tem algum caso bacana para compartilhar?

Makdissi: No final do ano passado, formamos os nossos primeiros 45 alunos, que conseguiram concluir o curso, o que nos deixou muito orgulhosos. Os trabalhos de conclusão de curso se basearam em um projeto de aplicação real em uma empresa de e-commerce, o que foi primordial.

Atualmente, temos cerca de 40 alunos que já estão em vias de concluir a especialização e uma centena de alunos que estão cursando o MBA.

O que observamos é que dois em cada três alunos que cursaram o MBA em e-commerce tiveram algum tipo de progressão na carreira, ou seja, 67% dos nossos alunos foram, de alguma forma, promovidos, contratados em cargos superiores ou assumiram novas responsabilidades. Para nós, é prova do sucesso do curso, uma vez que nosso objetivo é qualificar e entregar ao mercado um profissional mais preparado para as necessidades.

Por isso, nós confiamos muito nesse impacto social, já que o varejo é tão importante para a comunidade e determina a sociedade em que vivemos. Afinal de contas, o que consumimos e a forma como o fazemos nos define na sociedade. Então, estamos capacitando profissionais responsáveis, que compreendem seus objetivos e o compromisso com uma experiência diferenciada, com ética e propósito.

ECBR: Em todas as turmas até agora, você percebe que existe um padrão de dificuldade entre os alunos que acuse um problema específico no e-commerce brasileiro? Você consegue explicar rapidamente as dúvidas mais aparentes e possíveis soluções?

Makdissi: De uma forma geral, o que acabamos encontrando nos nossos alunos são visões “fatiadas” das práticas com as quais eles estão acostumados a lidar no dia a dia deles, então temos alunos extremamente hábeis, que poderiam ser professores de logística, por exemplo, mas não dominam as técnicas de figital marketing. O MBA supre essa questão por dar ao aluno uma visão vertical em que ele visualiza uma parte que não domina, além do todo. O curso preenche essa lacuna, o que torna o profissional diferenciado.

ECBR: Qual o perfil dos alunos do MBA, no sentido de área de atuação, idade, gênero etc.?

Makdissi: É bem diversificado com relação aos setores em que trabalham, pois eles vêm de diversos segmentos e categorias de produtos. É possível definir o perfil do aluno como um profissional em busca de amadurecimento em cargos de head ou c-level, investindo na carreira e se especializando para se tornar um profissional destacado.

Para essas pessoas, além do conhecimento, o MBA promove networking e integração no ecossistema do E-Commerce Brasil, o que garante exposição na carreira. Na sua maioria, são jovens de 28 a 35 anos, mas temos profissionais em outras faixas etárias e perfis sociais também.

ECBR: A grade é atualizada de turma para turma? Quais novos temas precisam ser trabalhados no e-commerce hoje e que não eram na primeira turma do MBA?

Makdissi: O e-commerce é muito dinâmico. Tudo o que ensinamos na primeira turma já foi revisado e precisou passar por uma nova avaliação e revisão para cumprir essa atualização. Um dos módulos, inclusive, o direct to consumer, foi repensado do zero para atender à necessidade dos profissionais.

Acrescentamos também diversos conteúdos à grade e estamos desenvolvendo um novo módulo de social commerce, que vai desde o live commerce até os novos métodos de venda através dos aplicativos de mensageria.

ECBR: Quais as perspectivas para 2023?

Makdissi: 2023 traz um cenário desafiador para o varejo em geral, pois estamos enfrentando um momento de estabilização pós-pandemia, além das dificuldades cau- sadas pela inflação, que acometeu não só o Brasil, mas o mundo nos últimos anos, e um cenário de substituição de consumo, no qual muitas pessoas deixam de comprar os bens de consumo tão vistos durante a pandemia (até por um comportamento de autoindulgência), mas que neste momento se voltam mais para lazer, viagens e gastronomia, uma vez que já é aceitável voltar a conviver socialmente.

É um cenário difícil e desafiador, mas em que os mais preparados estão fazendo a diferença. Então, quem se preparar melhor vai conseguir enfrentar melhor também essas dificuldades, de maneira que quando vierem as vacas gordas estaremos prontos para vender mais.

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