Comunicare 248

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Cobradores temem desemprego

Proposta de ampliação gradativa do uso do cartão-transporte está tramitando na Câmara. Página 03

Preço dos combustíveis na gangorra

Na quebra de braço entre donos de postos e ANP, quem paga a conta é o consumidor. Página 05

rádio esportivo no paraná

Há 80 anos, Atletiba marcou a pri meira transmissão esportiva do rádio no Estado. Página 11

Bagunça legalizada

Campanha

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Curitiba, 19 de Setembro de 2014 - Ano 17 - Número 248 - Curso de Jornalismo da PUCPR O jornalismo da PUCPR no papel da notícia
desta ano será a última com a presença de cavaletes de candidatos nas ruas.

Cidades CWBurguer chega na terceira edição

O evento que reuniu vários restaurantes de Curitiba ofereceu sanduí ches para todos os gostos

Ana Carolina Pacífico

O CWBurguer Fest, que ocorreu entre os dias 22 de agosto e 07 de setembro, chegou na sua 3ª edição com 47 participantes, dentre eles, algumas das hamburguerias mais famosas da cidade. Philip Khouri, organizador do evento e também do Curiti ba Restaurante Week, disse que a ideia para realização do evento veio de pesquisas para saber o que estava ocor rendo fora do Brasil. “Esse tipo de evento já aconteceu no exterior e em São Paulo também”, destaca.

Todos os sanduíches foram vendidos por R$ 24,90, valor definido em reunião com os restaurantes. Khouri explica

valor estabelecido. “Todos os hambúrgueres do cardápio estão disponíveis, além das opções para vegan e vegetarianos. Durante os dias de festival lota bastante, as pessoas não se importam de esperar”, completa.

“Achei o preço acessível e justo”, conta Mateus José Alves Pinto, 20 anos, que foi no The Fifties do Shopping Pátio Batel. Ele compara com os sanduíches normais das hamburguerias e destaca que muitos são assinaturas exclu sivas para o festival, além do acompanhamento que podia ser batata frita, anéis de cebo la, entre outros.

Achei o preço justo e acessível”

que não poderia ser um preço muito baixo, pois assim não teria a possibilidade de criar um hambúrguer gourmet, fi nalidade do evento. Dentre as opções, havia hambúrgueres de 300 gramas e até acompa nhamento de camarão. “A in tenção do evento não é vender barato, mas sim promover o hambúrguer de boa qualidade e estilizado”.

Marina Nogueira Ramos, dona do Barba Hamburgue ria, participante pela 2ª vez do evento, disse que o preço dos seus sanduíches são mais baixos do que o tabelado pelo festival, e que no começo os clientes reclamavam, mas agora entendem que é um

Desde a 1ª edição, mais 15 par ticipantes foram selecionados ou inscritos no CWBurguer. Khouri conta que no início, ele escolhia os restaurantes, mas como o evento cresceu, hoje, as próprias hamburguerias o procuram. Contudo, não são todos os estabelecimentos que se interessam em participar do evento. Kariston Tanaka Gonçalves, proprietário do Kaes Bar, alega que nunca quis participar do festival, pois os hambúrgueres ven didos no bar são muito mais baratos do que o valor esti pulado. “O hambúrguer mais caro no Kaes custa R$ 14,90. Nossos clientes reclamariam da diferença tão grande de preço”, justifica.

Expediente

Edição 248 - 2014

O Comunicare é o jornal laboratório do Curso

02 Curitiba, 19 de Setembro de 2014
PUCPR jornalcomunicare.pucpr@gmail.com http://www.portalcomunicare.com.br Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) R. Imaculada Conceição, 1115 - Prado Velho - Curitiba - PR REITOR Waldemiro Gremski DECANA DA ESCOLA DE COMUNICAÇÃO E ARTES Eliane C. Francisco Maffezzolli COORDENADOR DO CURSO DE JORNALISMO Julius Nunes COORDENADOR EDITORIAL Julius Nunes COORDENADOR DE REDAÇÃO /JORNALISTA RESPONSÁVEL Miguel Manasses
5855) COORDENADOR DE
Rafael Andrade MONITORIA Luciana Prieto FUNDADOR DO JORNAL Zanei Ramos Barcellos FOTO DA CAPA Matheus Urbano 3º Período EDITORES Ana Carolina de Souza 3º Período Ana Rusycki 3º Período Caroline Ribeiro 3º Período José Helinton Morking 3º Período Lucas Henrique 3º Período Roberta Nassar 3º Período PAUTEIROS Ana Caroline Augusto Pires 3º Período Guilherme Zuntini 3º Período Manoela Campos 3º Período Paulo Rogério Morschbacher Junior 3º Período Renata Helena Fernandes 3º Período Verônica Alves 3º Período
de Jornalismo
(DRT-PR
PROJETO GRÁFICO

Cidades

Modernização no transporte

Projeto da Câmara de Vereadores estuda am pliação do uso do cartão transporte em Curitiba

Ana Carolina Pacífico

C omeçou a tramitar na Câmara de Vereadores de Curitiba um projeto de lei que amplia gradativamente o uso exclusivo do cartão-transpor te. A proposta é de que os co bradores passem por um cur so de capacitação profissional e se tornem fiscais. O projeto foi criticado pelo Sindicato de Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Sindimoc), que alega que haverá uma de missão em massa se o projeto for aprovado.

Juliana Gama Bonatto, 18 anos, pega ônibus todos os dias para ir à faculdade e tem opinião dividida, pois pensa que implantar essa lei é ruim para os cobradores que perderão seus empregos, porém, será mais seguro pela diminuição da circulação de dinheiro.

Quanto a isso, Karoline Tra gante, assessora de imprensa do vereador Felipe Braga Côr tes, um dos autores do projeto junto com Paulo Rink, garante que um dos artigos do texto fala que nenhum funcionário será demitido sem justa causa no período de dois anos, em que passariam pelo curso de capacitação. “Há 2,5 mil co bradores em Curitiba, mais os 1,2 mil que ficam em tubos e terminais. Estes serão requa lificados para ocupar cargos dentro do próprio sistema do transporte coletivo”, afirma.

Porém, os cobradores alegam que retirá-los das estações-tu bo e terminais de ônibus será desastroso. “Tem muita gente que já pula a catraca mesmo com a presença do cobrador,

imagina sem”, aponta Fran cisco Lima, cobrador. Karoline ressalta que o colaborador que era cobrador, passará a ser fiscal justamente para que esse tipo de problema não ocorra mais, e que o projeto vem para melhorar o sistema de transporte coletivo.

A assessora expõe ainda que se o projeto for aprovado, a tarifa do ônibus ficará mais barata. “Têm empresas que beneficiam seus funcionários com vale-transporte, mas se esse funcionário tem carro, ele empresta seu cartão para alguém. Isso encarece o siste ma, assim como quem pula a catraca”. Para resolver essas fraudes, medidas estão sendo estudadas para modernizar o cartão-transporte, como a implantação de biometria.

Modernização do cartão transporte

E se eu esquecer meu cartão em casa ou for assaltado? Eu não ando de ônibus frequen temente, então precisarei fazer um cartão mesmo assim? Quando fui carregar meu cartão estava uma fila enorme, pois só havia uma banca de revista carregando. Estas são dúvidas e questões da população que costuma, ou não, utilizar o transporte co letivo todos os dias. Duca Ba tiston, assessora de imprensa da Urbanização de Curitiba (URBS), diz que não pode responder sobre projetos que ainda estão em andamento, mas afirma que há uma série de medidas que incentiva o uso do cartão-transporte para diminuir e resolver proble mas, como o cartão avulso e pré-pago, disponíveis inicial

mente em 23 postos, como banca de revistas.

De acordo com a Prefeitura de Curitiba, diferentemente do cartão usuário normal, o cartão avulso não será gratui to. Custará R$ 3,00 e poderá ser carregado até o limite de 25 créditos. Futuramente, o usuário que pagar com cartão, terá um valor mais baixo do que aquele que paga com di nheiro e a domingueira, tarifa de R$ 1,50, poderá ser paga com o cartão também.

Tramitação

Segundo Karoline, o processo para um projeto virar lei, ou não, é demorado, leva mais ou menos quatro meses. O pro jeto da ampliação do uso do cartão-transporte ainda está na Câmara Municipal, com a comissão legislativa.

03 Curitiba, 19 de Setembro de 2014
Uso do cartão transporte pode se tornar obrigatório

Economia

Empresas do Paraná

Estado ganha espaço entre os empresários brasileiros

A edição 2014 do Valor 1000, anuário do jornal Valor Econômico, coloca 78 empresas do Paraná na lista das mil maiores companhias nacionais.

Feira de imóveis acalenta o sonho da casa própria

Evento revela a impor tância que o setor adqui riu na última década

Vinícius Costa Pinto

Promovida pela Associação dos Dirigentes de Empre sas do Mercado Imobiliário do Paraná (Ademi/PR), a Feira de Imóveis 2014, que ocorreu entre os dias 27 e 30 de agosto, na Expo Renault Barigui, em Curitiba, contou com a participação de empresários do setor, além de apresentar palestras com especialistas. A feira demonstra a importân cia que o mercado imobiliário brasileiro adquiriu nos últi mos 10 anos devido à facilida

a importância do setor para a economia como um todo. “Para além do sonho da casa própria, o mercado movimenta a economia. Gera cerca de 25% do trabalho formal no país. Desde o trabalhador da construção civil, ao corretor de imóveis, até o presidente das empresas imobiliárias. Por isso, é relevante compre ender que o setor imobiliário abrange muito mais aquilo do que é visível, além de gerar investimentos de multina

Supermercados

Aumento das vendas em 2014 é de apenas 1,48% até julho

De acordo com dados di vulgados pela Associação Brasileira de Supermerca dos (Abras), os supermer cados têm a pior alta real nas vendas desde 2006.

Noites caras

Aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS)

O reajuste médio de 15% no valor da bebidas alco ólicas pode fazer com que as saídas noturnas dos curitibanos fiquem mais caras nos próximos meses.

crescimentos não atingiram, pelo menos na Apolar, 1,5% de margem, enquanto o restante continuou como nos anos anteriores”, conclui.

Compradores

Os recém-formados em admi nistração, Caroline Domin gues e William Cardoso fazem parte dos 5%, de acordo com a pesquisa da Ademir/PR, de jovens que deixarão a casa dos pais, ou pararão de pagar

de de crédito e parcelamento. De acordo com economistas, apesar de não se encontrar em crescimento, o mercado está estável e mais acessível.

A Ademi/PR conta com o apoio do governo estadual, Prefeitura e organizações do setor privado para a reali zação do evento. Já a parte das pesquisas que orientam o mercado são feitas em parcerias com instituições do ensino superior privado. Na última pesquisa, realizada no mês de agosto, com o objetivo de compreender o desejo de compra das pessoas, foi cons tatado aumento na demanda por compra de imóveis em 22%, somente em Curitiba.

Maria Emília Staczuk, assessora de imprensa da Ademi/PR, ressaltou sobre

cionais”. Thalita Guimarães, assessora de imprensa da Ademilar Consórcios Imobi liários, tem a mesma opinião. “Ano passado, por exemplo, o quadro de vendas duplicou, e o primeiro semestre deste ano foi promissor”.

Porém, para Renato Vascon celos, corretor de vendas da imobiliária Apolar, é neces sário pensar o quadro como um ciclo. “Duplicar as vendas de um ano para o outro pode significar apenas que aqueles que deixaram de adquirir um imóvel no ano retrasado conseguiram comprar no ano seguinte. Além do mais, o aumento na demanda pode representar apenas os sonhos que não se concretizarão. Não que eu seja pessimista, muito pelo contrário, só afirmo que o mercado está estável, os

aluguel, para ter o primeiro imóvel. O casal entrou em um consórcio logo nos primeiros anos de faculdade, e aguarda o sorteio. “Logo no início foi difícil deixar de comprar as coisas que queríamos, ou viajar, para pagar as parcelas”, diz Caroline.

Gabriel Rolf, agente finan ceiro da Caixa Econômica Federal, explica como garantir a casa própria. “Atualmen te percebi um crescimento por parte de jovens atrás da liberação de crédito para aquisição do imóvel próprio, principalmente pelo con signado. Mas para quem já não é jovem tem a opção de utilizar o próprio vínculo de extrato do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) como crédito. As maneiras são inúmeras”, enfatiza.

04 Curitiba, 19 de Setembro de 2014
“É relevante compreender que o setor imobiliário abrange muito mais do que é visível

Combustíveis sobem novamente

Aumento no preço dos combustíveis volta a ser discutido na capital paranaense

O aumento no preço dos combustíveis voltou à pauta de discussões e preo cupa motoristas em Curitiba. Segundo a Agência Nacional do Petróleo (ANP), órgão re gulador dos combustíveis em todo o país, no mês de julho houve uma elevação média de 1,7% no preço do produto vendido na bomba. Contu do, a ANP, por meio de nota divulgada no dia 14 de agosto, garante que não haverá varia ção no preço da gasolina para os próximos meses na capital paranaense. Envolvidos com o tema, donos de postos e especialistas divergem sobre o assunto. Para os primeiros, não cabe à ANP colocar proba bilidades em seus informes, já para os economistas, o órgão agiu corretamente, pois seu papel é lidar com estatísticas possíveis para informar o consumidor final. Consultada, a assessoria de imprensa da ANP não comentou o conteú do da nota.

Segundo proprietários e gerentes de postos de gasolina na capital paranaense, como os combustíveis são distri buídos somente pela estatal Petrobras, o preço é único, e a decisão da precificação parte diretamente dos postos, impedindo que o órgão regu lador possa prever qual será a tabela futura.

Jair Célio Massuchin, proprie tário do Posto das Tartarugas, localizado no Prado Velho, e diretor administrativo do Sindicato de Combustíveis do Paraná (Sindi Combustíveis), a ANP não deveria divulgar notas de previsão. “O preço da gasolina, do etanol, do diesel, é decidido por meio de comunicação entre os donos e os gerentes dos postos de acordo com o que é melhor no momento. Se vai aumentar

ou diminuir, isto é questão dos postos e não da ANP, que deveria apenas informar, e não palpitar. Isso é questão política, para deixar todo mundo sossegado durante as campanhas eleitorais”. O gerente de um dos postos da rede Ipiranga, Ronaldo Gar

relacionados à matéria-pri ma. “Depende da oferta e demanda de mercado e da concorrência e sazonalidade. Por exemplo, agora o preço do etanol está em baixa, então o preço da gasolina também acompanha esta baixa. Não se trata de uma manobra

combustível ou pelo baixo impacto ambiental que causa, como é o caso de Eduardo Souza, corretor de seguros que percorre a cidade intei ra utilizando seu veículo. “Desde 2012 eu abasteço só com etanol. Para mim, sai bem mais em conta, no fim

cia, corrobora com a decla ração de Massuchin. “Muitas vezes os preços são decididos no dia mesmo, dependendo da situação, do movimento. A variação não pode ser prevista por causa disso”.

Para o economista e coorde nador do curso de Ciências Econômicas da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), Carlos Magno Andrioli Bittencourt, a afirmação de Massuchin está “baseada em uma análise simplista”, já que para ele, o diretor administrativo não levou em conta que a nota é uma informação baseada em dados de pesquisa, e que nem sempre o preço é decido apenas pelos postos, mas sim por outros fatores climáticos

política, mas sim de dados referentes à produção. Agora, talvez seja a proximidade do final da colheita de cana-de -açúcar que leva a um aumento do combustível. Logo, a estabilidade do preço pode ter coincidido com a campa nha eleitoral”. O estudante de economia pela Universidade Federal do Paraná (UFPR), Thiago Mota, acrescenta sobre a discussão. “Eles (pro prietários e gerentes) estão tentando levar a economia, de maneira forçosa, para um campo de batalha política”.

Alternativas

Muitos motoristas deixaram de abastecer o carro com gasolina em troca de etanol, devido ao menor custo deste

do mês consigo economi zar 20% a mais que com a gasolina. O único problema é esperar o motor aquecer pela manhã”, afirma.

Massuchin declara também que as alternativas nem sem pre são vantajosas. “É normal ouvir que é melhor abastecer com gás natural veicular (GNV) ou com etanol em vez de gasolina. Mas isso vai de cada um. Às vezes o motorista não vê vantagem em usar eta nol, porque não roda o mesmo que a gasolina, ou então recla mações por causa dos tanques que têm de carregar com o GNV. Depende de como cada um vai se adaptar ao combus tível”, encerra.

05 Curitiba, 19 de Setembro de 2014 Economia
Pesquisar os preços é uma das melhores alternativas para quem quer economizar

Política Horário político até na rua

Candidatos não podem deixar propaganda nas vias depois das 22h

O período eleitoral está a todo vapor. Na TV e nas rádios, candidatos repetem suas propostas a exaustão no horário político, e nas ruas, o mais comum é ver as centenas de cavaletes e santinhos es palhados por toda Curitiba e região metropolitana. A polui ção visual é tanta, que agora até para fazer propaganda tem hora. A partir desta elei ção, canditados não podem deixar suas campanhas nas ruas depois das 22h.

É o que explica o coordenador de comunicação do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE/PR) Marden Machado. “Até pouco tempo atrás era permitido outdoors, hoje em dia já não é mais permitido.

Foi considerado uma peça muito cara que beneficiava mais os partidos que tinham uma estrutura muito maior em detrimento dos partidos mais pobres e aí essa utiliza ção foi modificada. Também era permitido a colagem de cartazes em pontes e viadutos e isso poluía muito a cidade, além de criar problemas, então a colagem foi proibida, depois foi permitido prender cartazes com arame para depois serem facilmente removidos, e além de poluir a cidade visualmente, se coloca em risco a própria fiação elétrica”, disse.

No entanto, Machado deixa claro que os cavaletes não só já existiam como contam com uma legislação própria para esse tipo de divulgação. “Eles (os cavaletes) ficam expostos entre 6h e 22h, fora desse horário devem ser removidos”, afirma.

Mas nem os cavaletes vão ter

uma vida longa em Curitiba. O coordenador do TRE explica que esta será a última eleição em que até o cavalete com horário marcado será permitido nas ruas. “A partir da próxima eleição, em 2018, nem os cava letes serão permitidos mais”.

Quanto ao que será colocado no lugar dos cavaletes, o TRE decidiu que os candidatos te rão que usar outros métodos para propagar sua ideologia. “A tendência natural é que a campanha vá com o passar do tempo para a internet, ao pro grama eleitoral gratuito e com o contato corpo a corpo do candidato com seus eleitores”, disse Machado.

Na vida do cidadão curitiba no, a medida é muito bem -vinda, é assim que pensa a professora e engenheira Alexandra Michea. “Acredito que em algumas ruas está atrapalhando, principalmente em rotatórias, como a que eu pego lá na (Rua) Francisco Derosso”, diz.

Vale lembrar que os cavaletes também não podem ser pendurados em pontes, viadutos, passarelas, locais de uso pú blico, ginásios, estádios, lojas e praças.

Denúncias

O TRE recebe um núme ro elevado de reclamações justamente quanto à questão dos cavaletes que estão em lu gares impróprios ou que não respeitam as regras. “A maior parte das reclamações que temos recebido é justamente em relação aos cavaletes que ficam em locais inadequados e também não respeitam esse horário de veiculação”,

afirma o coordenador de Comunicação do TRE.

Quanto às penas sofridas a quem desrespeitar a lei, Machado explica o que acontecerá com o candidato. “Num primeiro momento ele é notificado, apenas. Um pedido para que aquele erro seja corrigido. No caso de repetição do erro, aí sim, se estabelece um valor de multa e esse valor pode aumentar se a determinação não for cumprida”.

Ranking

O TRE fez um ranking dos candidatos que mais descum priram essa determinação. Liderando a lista, estão os candidatos a deputado federal Angelo Vanhoni e os candi datos a deputado estadual Mauro Moraes e Paulinho da Farmácia.

Procurados pela reportagem do Comunicare, a assessoria de Mauro Moraes respondeu que não recebeu nenhuma notificação com relação a isso. Já Paulinho da Farmácia informou que tinha um funcio nário justamente para tirar os cavaletes depois das 22h que foi afastado da função e que ainda não recebeu nenhuma notificação. Vanhoni não retornou as ligações.

Para fazer qualquer tipo de denúncia quando à irregu laridade nas propagandas eleitorais, basta contatar o TRE através do seu site (http://www.tre-pr.jus.br/) ou ligar no (41) 3330-8500. Depois da denúncia, o candidato tem o período de 48 horas para regularizar a situação.

Vale tudo nas Eleições?

Confira o que pode e o que não pode na

disputa

• Brindes: Proibida a confecção, utilização e distribuição de qualquer tipo de brinde com o nome do candidato.

• Showmício: Proibida realização de showmício e de evento semelhante para promoção de can didatos.

• Alto-falantes: Per mitidos até a véspera da eleição desde que usados entre 8h e 22h.

• Telemarketing: Proibi da propaganda eleitoral via telemarketing em qualquer horário.

• Folhetos: A distribuição é autorizada até às 22h do dia que antecede as eleições. Além da tiragem, todo material impresso de campanha deve ter CNPJ do res ponsável pela confecção e de quem contratou o produto.

06 Curitiba, 19 de Setembro de 2014

GM passa a atuar nos terminais de ônibus

Projeto visa dar mais segurança e conforto à usuários do transporte público em Curitiba

Os terminais de transpor te coletivo de Curitiba começaram a receber no início do mês de agosto, a Operação Presença da Guarda Municipal (GM). O objetivo da ação é dar mais segurança aos usuários de transporte coletivo, em horários mais movimentados, aproximando os guardas da população e prevenindo ativi dades ilícitas.

A divisão dos terminais é realizada semanalmente e a es colha é feita através do maior fluxo de pessoas que circulam pelos terminais. “Sempre procuramos alternar os ter minais e com o decorrer das semanas todos são atendidos.

A operação acontece durante o horário de funcionamento dos terminais e quando estão fechados temos uma viatura cedida pela Urbanização de Curitiba (URBS) que faz a ronda de manutenção, esta ope ração é chamada de proteção ao transporte coletivo (PTC).

A presença da GM vem para reforçar esse patrulhamento”, explica o inspetor Cubas, um dos responsáveis pela opera ção.

Ainda de acordo com o ins petor, além das situações de furto, a maioria das reclama

ções parte das mulheres, que sofrem assédio dentro dos ônibus e estações tubos. “Hoje temos a lei Maria da Penha para atender essas mulheres, mas em alguns casos a guarda está ali para auxiliar no proce dimento correto”.

A estudante Poliana Silva, 19 anos, conta que já foi assedia da nos ônibus em horários de pico. “Já fui assediada, é uma situação bem constrangedora. Acredito que essa iniciativa seja o começo de uma mu dança positiva no transporte coletivo, principalmente para nós mulheres”.

De acordo com a assessoria de imprensa da URBS, todos seus os projetos e ações são adapta dos buscando o interesse cole tivo, para dar mais segurança ao usuário do transporte, às pessoas que utilizam os terminais, operadores do transporte coletivo, o sistema como um todo e contam com a parceria de várias instituições. “A URBS vem adotando uma série de medidas, buscando colaborar com a melhoria da segurança no transporte coletivo, como por exemplo, a instalação de cofres nas estações-tubo que são recolhidos ao longo do dia pelas empresas de transporte

e que só podem ser abertos nas empresas, a instalação de câmeras de segurança com monitoramento em todos os terminais, a instalação de com putadores de bordo nos ônibus que permitem a comunicação direta dos motoristas com o centro de controle operacional da URBS”.

O inspetor conta que de pois da nova legislação (Lei 13.022/2014), na qual os guar das receberam maior autono mia perante à sociedade, uma das suas missões é fazer o po liciamento preventivo, dentro disso ele afirma que a guarda está preparada para cuidar do patrimônio público e da popu lação. “Em casos de indivíduos que entram pela porta do passageiro, a responsabilidade é da empresa contratada pela Prefeitura para cuidar da segu rança dos terminais, mas nada impede da guarda intervir na situação”.

No terminal Cabral, um comerciante que não quis se identificar conta que sua loja foi vandalizada. “A segurança aqui está falha, ontem mes mo minha loja foi depredada durante uma briga entre estudantes, e quando aconte cem ocorrências como essa o

policiamento demora a chegar. Aqui deveria ter uma base da GM, principalmente no horá rio de pico que começa às 19 horas, porque só os vigilantes não estão dando conta”.

Ramon Prestes, usuário do transporte público, que ge ralmente utiliza os terminais dos bairros Campo Comprido, Pinheirinho e Cabral, afirma que as operações presença têm efeito apenas no momento em que os guardas municipais estão no local. “Essas opera ções têm efeito momentâneo e nos dá uma falsa sensação de segurança, porque assim que eles saem dos terminais tudo volta como era antes muitas vezes até mais perigoso”.

A assessoria de imprensa da URBS afirma que outras medidas serão adotadas para melhorar o transporte público de Curitiba, como os cartões pré-carregados, que serão ven didos no comércio em geral e a tarifa diferenciada para quem paga com cartão e quem paga em dinheiro. “A ideia é que todos os usuários usem o cartão transporte, porque com isso não haverá mais dinheiro circulando no sistema, o que é um grande fator de segurança”, finaliza a URBS.

07 Curitiba, 19 de Setembro de 2014
Polícia
Guardas Municipais reforçam a segurança nos terminais de transporte coletivo de Curtiba. Marjorie Coelho

Política

Rebelião na PEP II

Polícia Militar reforça o patrulhamento de Curitiba

A rebelião de presos na Penitenciária Estadual de Piraquara II (PEP II), na qual agentes penitenci ários foram feitos como reféns pelos amotinados, terminou sem mortos ou feridos.

Defesa Civil

Secretarias se inte gram a programas da Defesa Civil

As secretarias de Estado estão se integrando para reforçar a participação de todos os setores da administração pública nas ações da Defesa Civil.

Nova Lei da GM

Estatuto prevê maior autonomia aos GM’s

PM ganha novos módu los móveis, que permi tem atender ocorrências com mais rapidez

O estado do Paraná, através da Secretaria da Seguran ça Pública (SESP), está adqui rindo 100 módulos móveis, sendo 95 para a Polícia Militar e cinco para a Polícia Civil. A iniciativa tem como objetivo reforçar o patrulhamento ostensivo, aproximar as forças policiais da comunidade e permitir deslocamento rápido para as ocorrências.

A implantação dos novos equipamentos começou por Curitiba e Região Metropoli tana. De acordo com a asses soria de imprensa da Polícia Militar (PM), até agora foram entregues cinco módulos moveis, quatro em Curitiba e um em Colombo.

Os módulos estão sendo entregues para cada bata lhão, que pode definir onde o mesmo será melhor utilizado. Ou seja, não necessariamente ficará no local onde foi feita a entrega. O módulo da PM é composto por um furgão, uma viatura e duas motocicletas. São seis policiais por módu lo, quatro no furgão e dois nas motocicletas.

ção possa realizar boletins de ocorrência. “Os policiais conseguem atender mais locais com grande incidência de pessoas, dependendo da demanda e das situações que se apresentarem, além de fazer uma cobertura maior de área, com melhor atendimento à população”.

A distribuição está sendo realizada com base em dados da análise criminal feita pela SESP, cruzados com locais de grande aglomeração de pesso as. “A localização dos módulos poderá ser alterada sempre que necessário, da mesma for ma que poderá prestar apoio em eventos culturais, de lazer ou esportivos”.

Rodrigo de Brito, comerciante autônomo na Praça Carlos Gomes, relata que a área cen tral precisa de mais seguran ça. “ Há um ano que trabalho aqui, vi um módulo policial umas três vezes, tínhamos a presença de PM’s e guardas municipais somente na época da Copa. O mais adequado seria um módulo fixo porque sempre têm roubos, drogados e moradores de rua, mas é in

teressante essa nova iniciativa para a segurança pública”.

De acordo com o cabo Walmir Ianick, a iniciativa tem flexibilidade para locomoção e diminui os gastos. “Quando satura uma área, se desloca para outra proporcionando à população e comerciantes mais contato com as equipes de serviço”.

“Trabalhei na Operação Verão em Caiobá, nas minhas escalas trabalhava em módulo móvel, a vantagem é que ele pode ser fixo também. Estan do fixo, prestava atendimento às pessoas. Era gratificante atender às crianças que que riam conhecer o módulo, tirar fotos”, afirma o cabo.

A SESP diz que o motivo para a implantação dos módulos é por ser um método tradicio nal de se fazer policiamento. “A implantação dos módulos faz parte de um projeto de reestruturação das unidades policiais vinculadas à SESP, e também inclui a contratação de policiais, compra de equi pamentos e obras de infra-estrutura”.

A nova Lei nº 13.022/14 (Marco regulatório das Guardas Municipais) foi sancionada pela presi denta Dilma Rousseff na íntegra, ou seja, sem vetos ao projeto aprovado no Congresso Nacional.

“Eu já vi viaturas e módu los policias nas ruas, mas ainda não é o suficiente, pois mesmo com esses módulos ocorrem assaltos. Acredito que com mais policiamento diminua o número de vanda lismo, para isso as operações devem ocorrer durante o dia e durante a noite”, declara Shir ley de Fátima, comerciante da área central de Curitiba.

Segundo a assessoria de im prensa da SESP, a estrutura possibilita maior agilidade e mobilidade aos policiais, além de permitir que a popula

08 Curitiba, 19 de Setembro de 2014
43 presos foram trans feridos para outras unidades prisionais
Módulo móvel do 23° Batalhão (CIC) Marjorie Coelho

Stock Car Curitiba é marcada por forte chuva e deslizes

Antes mesmo da larga da, pilotos aguardavam a chuva parar

Álvaro Lunardon

No último final de semana de agosto, Curitiba rece beu a sétima etapa da Stock Car. No sábado (30) foi reali zado o treino classificatório, que definiu o grid de largada. Já no domingo (31) foram re alizadas as duas corridas, que

que pouco os pilotos, pois ain da havia o spray de água, que prejudicava muito a visibili dade. Vários pilotos bateram ou rodaram na pista como Valdeno Brito e Alan Khodair, que logo na segunda volta se chocaram.

uma vitória em sua carreira e a quarta em Curitiba.

A segunda etapa teve seu pódio definido com Ricardo Maurício em primeiro, segui do de Rubens Barrichello e Alan khodair.

A fraca garoa deixou os pilotos com mais cautela por causa da pista molhada

sob muita chuva, provocaram vários acidentes.

Na primeira corrida, iniciada pontualmente às 11h, a larga da ocorreu com a presença do carro de segurança, devido à forte chuva, permanecendo na pista por várias voltas. 25 minutos após a largada, a prova foi paralisada e, segundo alguns pilotos, não havia segurança devido às condições climáticas.

A prova ficou paralisada por mais de uma hora, até que a direção enfim decidiu por cancelar a corrida na 11ª volta com a bandeira vermelha. Porém, como a prova não foi 100% concluída, a pontuação para os pilotos foi reduzida pela metade.

O vencedor da primeira etapa foi Daniel Serra, seguido de Valdeno Brito e com Alan Khodair na terceira colocação.

Na segunda corrida, que teve o grid de largada invertido nas 10 primeiras posições da prova anterior, a chuva deu uma trégua, ajudando mesmo

O piloto que mais se bene ficiou com a relargada foi Rubens Barrichello, que não demorou a mostrar sua fami liaridade com a pista molha da e logo ultrapassou Galid Ozman e Sérgio Jimenez para assumir a vice-liderança, atrás apenas de Ricardo Maurício, que liderou a prova de ponta a ponta, conquistando mais

Com mais um feito na capital paranaense, Ricardo Maurício quebrou o recorde do lendário Chico Serra, que era até então o maior vencedor do Autódro mo Internacional de Curitiba, com três vitórias.

Mesmo com a chuva, o público compareceu para assistir a corrida. Danilo Romeo, co

merciante, disse que as duas corridas foram emocionantes. “A chuva foi o que atrapalhou na primeira vez, fazendo com que paralisassem a corrida, mas na segunda, a fraca garoa deixou os pilotos com mais cautela por causa da pista molhada e do spray de água”, diz Romeo.

Já o assessor de imprensa da Stock Car, Eduardo Antonialli disse que fazer o evento em Curitiba é muito prazeroso e que não é necessário muito tempo para montar toda a estrutura, pois o autódromo já é conhecido, sendo o segundo mais utilizado pela catego ria, atrás apenas da pista de Interlagos, em São Paulo. “O autódromo é bom, tem uma bela estrutura, sempre oferece ótimas condições de trabalho, tanto para as equipes, que têm os boxes maiores e mais largos, quanto para nós da imprensa”, ressalta o assessor.

Antes da corrida começar, fãs rodeavam os carros esperando ver os pilotos

09 Curitiba, 19 de Setembro de 2014 Esportes

Esportes X-Treme enaltece esportes radicais

Realizado em Colombo, evento reuniu cerca de 500 pessoas

Álvaro Lunardon

A ssim como ocorreu com o skate, que conquistou seu espaço como esporte, sobretudo entre os jovens, o roller vem ganhando cada vez mais adeptos.

Pensando neste crescimento é que foi realizado o X-Treme, um evento totalmente voltado para o skate e o roller, que reuniu mais de 500 pessoas em Colombo nos dias 23 e 24 de agosto, no Skate Park. No sába do (23) quem andou por lá foi a galera do roller, já no domingo (24) foi a vez dos skatistas entrarem em cena, que além de praticarem seus esportes em particular, também se mistura ram na pista nos intervalos ao longo da programação.

Para quem fosse andar de skate ou roller, a entrada era gratuita, já para os especta dores, a entrada custava um litro de leite, um achocolatado em pó ou então um pacote de

tuba que abriu suas portas ao evento.

Tendo também o apoio da Prefeitura de Colombo, esta vam presentes a prefeita Beti

dono de dois títulos estadu ais, uma grande promessa no esporte. Padilha diz ter sido muito bom poder interagir com outras pessoas, que prati cam outros esportes.

“O que me deixa mais reali zado é saber que meu esporte está crescendo e chegando a lugares onde nunca havia se pensado em chegar, fazendo parcerias com outros espor tes, como o skate”.

biscoito. O alimento que foi recolhido será repassado para a comunidade do Guarai

Pavin, e o representante do vereador Allan Tattoo, consi derado o “padrinho” do evento por todo o apoio que deu, mas que não pode comparecer por problemas de saúde.

“Quero parabenizar os criado res deste evento, pois nunca havia sido realizado algo pare cido aqui em nossa cidade, e também pela bela atitude de les (organizadores), ao reali zarem doações à comunidade com os alimentos recolhidos na entrada. Eu como prefeita e também como cidadã fico muito feliz e orgulhosa de sermos a primeira cidade sede do X-Treme”, comentou Beti.

Vários skatistas profissionais estiveram presentes, um deles foi Freitas, nascido em Colombo, que já participou de várias competições. Hever ton tem cinco títulos em seu currículo, e achou muito boa a iniciativa de juntar os dois esportes, que são definidos por ele como “primos”.

A lguns profissionais do roller também estavam presentes, dentre eles Diogo Padilha,

Daniel Felix, um dos ideali zadores do X-Treme, disse que não foi um trabalho fácil montar e organizar um evento deste porte, e que depois de realizado ele vê como uma conquista, tanto para ele, como para a comunidade envolvida.

“Não teríamos realizado este evento se não fosse pelo apoio e o reconhecimento da comu nidade, que nos acolheu com muito carinho. Muitos de nós viemos de comunidades não muito diferente desta, que também passam por dificul dades, e por isso resolvemos ajuda-los com as doações dos alimentos arrecadados, porque também já passamos por situações complicadas”, diz Felix.

Além dos atletas e dos par ticipantes que praticavam e aprendiam novas manobras na pista, vários DJ’s também marcaram presença, expon do seus trabalhos sonoros, juntamente com alguns gra fiteiros pintando e colorindo todo o local do evento. Houve também uma rifa que sorteou duas tatuagens no valor de R$ 200,00 cada uma.

10 Curitiba, 19 de Setembro de 2014
Não teríamos realizado este evento se não fosse pelo apoio e o reconhecimento da comunidade”
Álvaro Lunardon Skatista há dois anos, Daniel Martillo vê na velocidade sua motivação

Rádio esportivo paranaense completa 80 anos

Clássico Atletiba abriu as transmissões espor tivas no Estado

Álvaro Lunardon e Loraine Mendes

O rádio esportivo para nense comemorou uma nova marca histórica: 80 anos da primeira transmissão de uma partida de futebol. Mesmo com as limitações da época, Jacinto Cunha e Jofre Cabral narraram o clássico Atletiba no domingo de 02 de setembro de 1934. A partida foi realizada no estádio Joaquim Américo Guimarães – Arena da Baixada – e terminou em empate, de 1 a 1. Porém, o desafio só foi possível devido à astúcia e perspicácia dos dois locutores, que sem amparo técnico, transmitiram a parti da com muito improviso.

qual tanto narradores como co mentaristas não tinham medo. “Na época de ouro das trans missões esportivas que coinci diram com a época de ouro do futebol brasileiro - anos 60, 70 e 80 - havia profissionais com a preocupação de relatar o que se passava no campo, identifican do corretamente os jogadores e os autores dos gols - coisa rara hoje em dia -, localização da bola no campo para alimen tar a imaginação do ouvinte e sem sons extras, apitos ou brincadeiras sem graça como é comum atualmente tanto no rádio quanto na televisão. Éra mos narradores que buscavam

Curitiba, Mario Celso Cunha comenta que não era uma ta refa fácil fazer transmissões ao vivo por ondas AM. “Os equi pamentos eram deficitários e hoje são de ultima geração, tudo modernizado, com siste ma digital. Hoje em dia você faz uma cobertura esportiva com muito mais qualidade”. Porém, Carneiro Neto acredita que a qualidade da narrativa esportiva caiu, pois com medo de represálias, os locutores preferem narrar as partidas de outra forma. “Ninguém quer perder o emprego e o patrulhamento dos dirigentes aumentou muito sobre os pro

Virou novela

Negociação com Gian carlo fracassa e caso vai parar na Justiça

Coritiba desiste de con tratar atacante do Paraná Clube e o jogador irá aos tribunais para exigir o cumprimento do contrato.

O aclamado jornalista, apai xonado por rádio e futebol, Antônio Carlos Carneiro Neto comenta que na época de ouro do futebol brasileiro as coisas ficaram melhores, não somente na narrativa esportiva, como também, na parte técnica. “Comecei em 1964, mas antigamente deveria ser bem pior do que no meu início. Era tudo diferente, pois o equipamento era elétrico e só a partir do final dos anos 60 começamos a usar os apare lhos transistorizados. Micro fones eram pesados, gravado res eram enormes”.

Afiado como sempre, Carneiro Neto comenta que os anos de ouro do futebol brasileiro foram marcados também, por uma narração de qualidade; na

a perfeição tanto na entonação de voz, vibração e, sobretudo, fidelidade dos fatos que ocor riam nos jogos”.

O jornalista e coordenador geral da Copa do Mundo em

fissionais da comunicação com a mudança da Lei de Imprensa, em 1988, consequentemente o pessoal manera, enquanto que eu sempre fui independente e crítico”.

Atletiba muda de data

CBF altera dia do jogo entre os rivais pelo Brasileirão

Inicialmente marcado para o dia 02 de outubro, o jogo ocorrerá no dia 04, sábado, no Couto Pereira.

Exposição de raridades

Acervo tem 70 mil peças, sendo 400 medalhas

Exposição Esporte Movimento está aberta ao público, com entrada franca, na Caixa Cultural, em Curitiba.

11 Curitiba, 19 de Setembro de 2014 Esportes
“Os equipamentos eram deficitários e hoje são de última geração, tudo modernizado, com sistema digital. ”
Loraine Mendes Em 2014 o radialismo esportivo do Paraná faz 80 anos.

Exposição

A reconstrução da economia é o foco principal

Cultura Os espetáculos mais bonitos da cidade

A “MatériaBrasil” e a “Casulo Feliz” montam, no Memorial de Curitiba, a exposição que vai do dia 03/09 até o dia 30/09.

Racionalidade ambiental também estará presente.

Música

Grupo promove o sam ba paranense

O Samba do Compositor Paranaense existe desde 2010. O projeto teve apoio da Lei de Incentivo à Cultura, garantindo a gra vação do CD. As apresen tações vão do dia 30/06 a 22/12.

Mostra cultural

Características brasileiras serão abordadas

Semana Cultural de Curi tiba reúne pessoas de todas as idades em várias partes de Curitiba

Karen Loayza

A segunda Semana Cultural da Rede Municipal da Educa ção, que começou no dia 25 de agosto, está oferecendo aos profissionais da Rede Munici pal de Ensino (RME) de Curi tiba mais de 28 mil ingressos gratuitos para espetáculos em diferentes espaços da cidade.

Na programação, promovida pela Secretaria Municipal de Educação (SME), em conjun to com a Fundação Cultural de Curitiba (FCC), constam shows de música, dança, tea tro, entradas para exposições, oficinas de quadrinhos, entre outros. A semana cultural faz parte do projeto EduCultu ra, que promove a formação cultural dos profissionais da RME.

Uma das primeiras atrações da programação foi “A Banda

Outra atração foi a pré-estreia do espetáculo Cinderela, balé montado para comemorar os 45 anos do Teatro Guaíra, que ocorreu no dia 27 de agosto. O espetáculo teve temporada aberta ao público entre os dias 28 a 31 do mesmo mês. A apre sentação antecipada fez parte da programação da semana cultural da RME.

“Foi um espetáculo que en cheu meu dia de sonhos e ma gia”, disse a educadora Sandra Ferreira Rodrigues, do Centro Municipal de Educação Infan til Vila Vitória. Para Sandra, o espetáculo foi uma quebra na rotina da profissional, já que ela trabalha diariamente com uma turma de 18 bebês, com menos de dois anos de idade, na escola localizada no Sítio Cercado. “A semana cultural é um brinde que nos oferecem.

to da cidade aos profissionais que atendem às nossas crian ças e também uma forma de aproximar nossos formadores da classe artística local, valorizando a nossa cultura”, disse Cordiolli.

Com 20 anos de trabalho na rede municipal de ensino, a professora Ivonete Bonfim acredita que por mais que seja uma semana direcionada aos profissionais, a semana cultural acaba melhorando a relação das educadoras com as crianças. “Cada participa ção em um espetáculo nos abre uma possibilidade de informações e inspirações para novas ações com as crianças”, comentou.

Por meio do EduCultura, o projeto já ofereceu mais de 12 mil ingressos aos profissio

A mostra “Brasil, Passado e Futuro”, que será reali zada de 09 de setembro de 2014 a 04 de janeiro de 2015, no Memorial de Curitiba, convida o público para uma visita ao passado do Brasil.

A semana cultural é um brinde que nos oferecem”

Mais Bonita da Cidade”, que animou o público na segunda feira (25) e lotou o auditório do Colégio Estadual do Para ná para o show “O mais feliz da vida”. Os músicos fizeram o púbico cantar, deixando para trás o que poderia ter sido apenas mais uma manhã de trabalho. O repertório do show faz parte do segundo disco da banda, que é curiti bana e está entre as atrações mais procuradas na semana cultural. Foram várias sessões ao longo do projeto.

Só a música deste espetácu lo já teria feito com que eu voltasse mais leve e feliz ao trabalho”, disse a educadora. A programação é variada e os espetáculos também são aber tos para a comunidade. Com essa possibilidade, a profes sora Priscila Trento levou os filhos para o teatro. “Deveria ter semana cultural todos os meses”, brincou.

Para o presidente da FCC, Marcos Cordiolli, o evento tem duas características im portantes. “É o reconhecimen

nais, além das programações das edições das semanas cul turais. A primeira edição da semana cultural foi realizada em setembro do ano passado. A oferta de cursos e oficinas culturais é outra ação do projeto, que registrou mais de 500 participações. Em maio deste ano, a Prefeitura lançou o projeto Arte por toda parte, oferecendo aos estudantes da rede municipal de ensino a participação nos eventos culturais da cidade, por meio da oferta de ingressos.

12 Curitiba, 19 de Setembro de 2014

Cultura

Negra esteve na nossa

A cantora participou do Trajeto Lumen pela segunda vez e reuniu fãs no Largo Curitiba

Karen Loayza

No dia 22 de agosto, a canto ra, atriz e dançarina Negra Li, musa da black music nacional e primeira cantora brasileira de hip hop a assinar contrato com uma gravadora, se apre sentou no Largo Curitiba do Shopping Curitiba.

A cantora ficou conhecida em todo o Brasil após participa ção na música “Não é Sério”, do Charlie Brown Jr, em 2000. Negra Li coleciona também grandes sucessos em duetos

sobre o polêmico musical “Je sus Cristo Superstar”, no qual ela participa, que estreou em São Paulo no início de março, e muito antes, já dava o que falar por estar “atacando” a fé cristã.

Ana Rodrigues, uma das ganhadoras da promoção realizada pela rádio Lumen, em que o prêmio foi um jantar com a cantora, após o pocket show, comentou a experi ência. “Foi maravilhoso, não

Laiz Helena, 42 anos, outra ganhadora da promoção, concorda com Ana.“Ela nos encantou mais uma vez! Já gostava dela como profissio nal, mas depois de descobrir mais sobre a vida dela, me identifiquei muito. Sempre perseverante, me inspiro cada dia mais nela”.

Em sua rápida visita por Curitiba, além do pocket show, Negra abriu a noite de quinta-feira (21) no bar Santa

“Ela nos encantou mais uma vez!”

com artistas como Caetano Veloso, Nando Reis, Pitty, Akon, entre outros.

A cantora é especialmente conhecida por experimentar diversos estilos, sem perder a identidade forte que impri me na sua música. O show, que tem o mesmo título de seu mais recente CD, é uma celebração às grandes parcerias realizadas em toda sua carreira e fez parte do projeto “Trajeto Lumen Ao Vivo”, da rádio Lumen FM, realizado em parceria com o Shopping Curitiba. A entrada foi gratui ta e o evento transmitido ao vivo pela Rádio Lumen FM.

Após o show, a cantora parti cipou de um batepapo com os fãs, no qual falou mais de sua trajetória no mundo da músi ca e do novo trabalho, o álbum “Você Vai Estar Na Minha –Duetos”, com 15 músicas mar cantes em que mostra toda a sua versatilidade e talento. Negra Li comentou também

esperava ganhar a promoção, mas quando recebi a mensa gem, pulei de alegria. Negra Li canta muito e foi simpática com a gente, espero que ela volte em breve para Curitiba”.

Marta, onde compartilhou o palco com o Dj Ferpz Fresh e a atração fixa da casa, Miche le Mara, com o show “Soul Mara”. A cantora, vence dora do concurso “O Maior

Imitador da América Latina”, apresenta ao público sucessos da black & soul music.

“Negra Li é uma ótima profis sional, foi um prazer conhece la e cuidar do som nessa noite especial. Admiro muito sua trajetória e gostaria de poder trabalhar com ela. Quem sabe um dia não é?” brinca o Dj e técnico de som do Santa Mar ta, Henrique Haddad, 38 anos.

É a segunda vez que a cantora participa do projeto. Em sua nona edição (2012), o Traje to Lumen Ao Vivo também contou com a apresentação da cantora.

A rádio Lumen FM realiza o projeto “Trajeto Lumen ao Vivo” desde 2011 com o obje tivo de divulgar a cultura em Curitiba e também aproximar artistas do público curitibano.

13 Curitiba, 19 de Setembro de 2014
“Você Vai Estar Na Minha: Duetos” é o novo lançamento da cantora
Karen Loayza

Literário A jornada de um estudante

O intercâmbio é um sonho de muitos jovens que procuram aprimo rar um idioma e ganhar experiência de vida

P rimeiro de janeiro de 2014. Alguns comemora vam a virada do ano, outros esperavam uma chance de vida nova, outros estavam em casa com familiares, e o jovem Luciano, rosto de homem e atitude de adolescente, partia para a viagem mais esperada de sua vida. Um intercâmbio no Canadá, mais especifica mente, em Vancouver.

Ao sair de casa, não se permitiu olhar para trás. Acompanhado pelo pai até o aeroporto, deu um beijo de despedida em sua mãe e irmã, lembrando que seriam longos meses até vê-las novamente.

O que antes era ansiedade se torna nervosismo. Estar em um novo país, sem conhecer ninguém, sem conhecer nada.

A sensação de frio na barriga nos primeiros dias logo desa pareceu. Era sua grande chan ce de experimentar coisas novas, criar novas amizades.

O modo de vida, extremamente diferente do Brasil, foi sua maior surpresa. A frieza cana dense em oposição à gentileza brasileira. A qualidade de vida em oposição a um país em desenvolvimento. O inverno em oposição ao verão de sua terra natal.

Vancouver é conhecida por ser uma cidade de imigrantes. Pessoas das mais diversas na cionalidades, como Espanha, Japão, México, Alemanha, Suíça, Itália, entre outras. Indianos e árabes traziam suas maneiras de viver ao mesmo tempo em que respeitavam as diversidades. O número de chineses foi a maior surpre sa, basicamente a metade da população, sejam nativos do país oriental ou descendentes. A cultura acaba se tornando uma mistura desses imigran tes com os canadenses.

O simples fato de cumprimen tar o motorista do ônibus, um costume adquirido por todos. Não ter que se preocupar com a violência, com assaltos, ter a liberdade de usar aparelhos eletrônicos na rua, de deixar seu carro com a chave dentro. A educação sempre em pri meiro lugar, o respeito pelos mais velhos. É costume várias pessoas se levantarem ao ver pessoas de idade entrarem no ônibus.

- Não se preocupem, vou descer daqui duas paradas, mas obrigada. Foi a resposta que três jovens ouviram de uma senhora numa tarde de inverno típica canadense. Costumes que não são muito frequentes no Brasil.

Quando se trata de belezas naturais, é difícil de se decep cionar. A sua visita às Rocky Mountains, no mês de feverei ro, foi um final de semana que se tornou muito mais incrível do que Luciano esperava. Ao chegar ao local, após horas de viagem de ônibus, ele se deparou com montanhas con geladas, a neve fraca caindo no gelo, o sol que iluminava a paisagem, as estações de esqui. O barulho dos patins que se arrastavam pelo local, a risada de quem se encantava com aquilo tudo, todo tipo de detalhe foi absorvido naquele momento para que ele não fosse embora de sua mente.

Com sua câmera fotográfica na mão, o jovem foi explo rar as montanhas. Apesar de frio, ele não se importou. Assim como os amigos que o acompanhavam.

- Não sabemos quando pode remos voltar, então vamos ver tudo que pudermos por aqui. Frio faz parte.

O final de semana se baseou em passeios pela neve e pelas

montanhas. O hotel de luxo Chateau Lake Louise era digno de ter sua localização em frente ao rio congelado. Ao entrar para conhecer, observaram grandes lustres, móveis de madeira, sofás de couro. Por fora, lembra um pouco o estilo medieval trazendo um toque de modernidade para um lugar que gerações de turistas pas sam e vão embora com boas lembranças e o encanto pela natureza canadense.

Durantes os três meses em que teve aulas de inglês, veio a comprovação da frase de sua professora que o preparou para a viagem.

- Lá você vai aprender de fato o inglês, apenas lhe mostrei o caminho. Aprendizagem é na prática, na convivência.

A experiência dessas aulas, não só aprimorou sua fluên cia no idioma, mas abriu a possibilidade de fazer novos amigos. Não apenas aqueles que dividiam apartamento com ele e que já o conheciam, mas de outros países. Cada um com sua motivação e uma bagagem diferente. Mas todos

pelo mesmo motivo, pelo mesmo sonho, pela mesma independência.

Quando chegou a hora de estagiar, em sua formação acadêmica de Engenharia Química, o jovem se viu em uma empresa de verdade. Na chegada, todos muito respei tosos, atenciosos e disponí veis para eventuais dúvidas. No dia de seu aniversário, no mês de maio, ele ganhou um cartão do diretor da empresa e um presente, o que de certa forma, o confortou pela dis tância de casa.

Com as malas quase prontas, durante um verão agradável do Canadá, estava chegando a hora de dizer adeus. O co ração estava dividido entre a saudade da família e a melhor experiência que já teve. Mas ele volta, não só de malas cheias, mas com um coração cheio. Cheio de lembranças, de amizades, de saudades. Ele volta com um currículo impe cável e uma carta de recomen dação. Ele volta diferente, mas ao mesmo tempo, igual.

14 Curitiba, 19 de Setembro de 2014
Luciano passou sete meses estudando e trabalhando no Canadá Letícia
Zan

Brincadeira de irmãos vira negócio

Gilson e Gelson buscam aproveitar a vida ao máximo pedalando pela cidade, mas admitem que a rotina de um ciclis ta nem sempre é fácil

Letícia Zan

Os irmãos Gilson e Gelson sempre foram apaixo nados por bicicleta. Nunca se sentiram à vontade com a ideia de trabalhar em um es critório, em um local fechado. Isso resultou em muitas histó rias para contar e uma vida exatamente como sonhavam.

Tudo começou quando Gilson viajou para Londres, na Inglaterra, com o sonho de abrir seu próprio negó cio, como uma loja ou um café, um lugar onde pessoas pudessem usar como refúgio, apreciar as ruas britânicas, enquanto conversavam com amigos. Porém, este sonho teve que ser deixado para trás. Há três anos ele retor nou ao Brasil e descobriu que seu irmão estava trabalhan do como bikeboy. E então surgiu a ideia: Por que não abrir nosso próprio serviço de entrega? Juntar algo que gostamos de fazer com o que faremos para viver.

Não demorou muito para que surgisse a “Pedalando Serviços Bike Entrega”, em Curitiba. E as histórias

começaram a se amontoar na vida desses dois irmãos.

Certa vez, enquanto Gilson voltava para casa, atrasado para uma pedalada noturna, ele se deparou com um ciclista caído em uma ciclovia. Ele se apressou para chegar até o ho mem, que estava machucado.

O ferimento era na cabeça e a vítima estava um pouco tonta. Ele observou ao seu redor e encontrou uma rua calma.

Eram seis horas da tarde de um dia de semana. Após garantir a chamada de uma ambulância, ele se viu em uma briga com sua consciência.

- Não posso deixá-lo sozi nho, não vão conseguir vê-lo aqui deitado.

A decisão era entre ir embora e colocar a vida do ciclista em risco ou aguardar a ajuda. Ouvindo seu coração falar mais alto, ele esperou. Mais de meia hora se passou até a chegada do socorro. Gilson contou a história ao enfermeiro e ouviu um elogio.

- Obrigado por ter ficado aqui, nos ajudou a salvar a vida

Letícia Zan

deste homem. E assim, ele seguiu seu caminho, tranquilo consigo mesmo.

Em outra situação, em uma tarde ensolarada, enquanto Gilson entrava em uma rua, seguindo sua preferencial, ele foi fechado por uma moça que vinha com seu carro. Sentin do a queda da bicicleta, mas sem ferimentos graves, ele se deparou com a responsável pelo acidente. Muito nervosa e agitada, ela se explicou. - Me desculpe! Foi pura falta de atenção. Estou com várias coisas na cabeça e um parente no hospital.

Sensibilizado, Gilson ouviu atentamente o desabafo da moça, e de certa forma enten deu. Nem todos os males são para trazer coisas negativas. Às vezes servem para apren dermos lições que podemos carregar conosco.

Gelson e Gilson possuem escapes da vida corrida que levam. Gelson é também artista plástico. Fez um curso técnico há alguns anos e des de então cria suas pinturas ou faz releituras do famoso artista brasileiro Romero Britto. O uso das cores o fascina e desliga sua mente de qualquer problema que esteja passando. Em segui da, ele vende as obras para seus clientes mais próximos, e mais uma vez concilia o trabalho com uma paixão. O irmão Gilson é apaixonado por esportes. Tudo começou com o atletismo quando ain da era adolescente. Agora, aos 34 anos, ele prefere esportes mais radicais, como o mou ntain bike. Com o incentivo de amigos e clientes, ele se viu competindo esse ano em corridas de mais de 100 quilômetros. - A adrenalina, a mente se foca apenas na

estrada, na sensação de estar na natureza. O prazer está naquele momento em que paisagens paranaenses das mais diferentes cidades apa recem em sua frente em uma forma surpreendente.

Uma vida de aventuras e de riscos. Estando sempre sujeitos a acidentes, moto ristas mal educados, não se pode ter medo. É necessário ter perspicácia, certa técnica, uma malícia para saber evitar qualquer tipo de situação pe rigosa. Nem todos respeitam. Alguns consideram inclusive motivo de raiva. Parecem ter preconceito, pelo simples motivo de estar em uma bicicleta.

Os irmãos adoram poder pedalar pela cidade. Sentir o vento batendo em seus rostos, estar ao ar livre durante todo o dia, sem a pressão e a con corrência, sem horário fixo. Gilson e Gelson são homens cuidadosos. Por atrás da aparência fechada, da calma no modo de falar e da roupa de atividade física, existem duas pessoas com um coração puro e uma vontade de lutar pela vida. - A mudança está dentro de cada um de nós. O mundo está frio, indivi dualista e muito baseado em aparências. O curitibano é preconceituoso. Ciclistas recebem olhares de descon fiança, como se fossem assal tantes. Basta apenas reparar no jeito desses dois irmãos. Conhecem várias pessoas nos mais variados cantos da cidade, são apaixonados por tirar fotos em lugares dife rentes que encontram, carros antigos, ou simplesmente um belo pôr-do-sol. Conside ram-se abençoados pela vida que levam e não se deixam abalar pelas dificuldades de sua rotina.

15 Curitiba, 19 de Setembro de 2014 Literário
“Pedalando Serviços Bike Entrega” atua no mercado há três anos.

Ensaio Caminho da serenidade

A fotorreportagem ao lado traz os budistas como tema central. A Comunidade Zen-Budis ta de Curitiba fica locali zada na Praça do Japão, no Batel. As práticas de meditação ocorrem todos os domingos, às 9h. Aos sábados, o local recebe iniciantes que desejam aprender os ensinamentos budistas.

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19 de Setembro de 2014
Curitiba,
Fotos: José Junior Estátua de Buda está presente em vários lugares, inclusive na entrada do local. Praticante do budismo há três anos medita em frente ao templo, na Praça do Japão. Local pode ser frequentado por pessoas de diversas religiões. No interior do templo, o clima é de paz e serenidade no momento da prática. O budismo é praticado em total silêncio. De acordo com a tradição, a meditação deve ser realizada para o lado da parede. O templo é o lugar ideal para quem almeja encontrar a paz interior nos ensinamentos budistas.

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