Caiu a Luz
Lâmpadas incandescentes vão sair do mercado
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A estrada é longa
Regularização de Food Trucks demanda quase um ano.
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Vitória ou crise
Sem técnico, Coritiba confia no elenco para vencer o Atletiba.
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Caiu a Luz
Lâmpadas incandescentes vão sair do mercado
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A estrada é longa
Regularização de Food Trucks demanda quase um ano.
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Sem técnico, Coritiba confia no elenco para vencer o Atletiba.
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Inauguração da Casa da Mulher Brasileira dá lugar a protesto. Página
o dia 23 de junho foi realizado um referen do em que 52% dos eleitores britânicos optaram pela saída do Reino Unido da União Eu ropeia (UE). A decisão marca o fim de mais de 40 anos de cooperação econômica, que visava unir os países após a Segunda Guerra Mundial. O referendo tem sido intitulado Brexit, uma junção das pala vras Britain (Grã-Bretanha) e exit (saída).
Com o resultado, o primeiro ministro britânico David Ca meron (Partido Conservador) renunciou e um novo líder as sumirá seu lugar em outubro. Houve também a renúncia de diversos membros do Partido Trabalhista, que alegam que seu líder, Jeremy Corbyn, rea lizou uma oposição “branda” contra a separação.
Um dia após o referendo, as turbulências econômicas já foram sentidas: a libra esterli na caiu para o seu pior índice desde 1985 e um estudo feito pelo Instituto dos Diretores (IOD) aponta que 25% dos empresários vão interromper contratações por causa das in certezas causadas pelo Brexit.
Hoje o parlamento europeu está discutindo a decisão e deseja que o artigo 50 de Lisboa seja ativado imediatamente. Esse artigo foi elaborado em 2009 e contém passos para que a saída de um membro da UE se efetue em até dois anos. O ministro britânico conta, porém, que não deseja ser parte de um processo com o qual discorda e deseja que seu sucessor realize a separação a partir de outubro.
Com o resultado, está haven do uma fragmentação dentro do próprio Reino Unido. A nação é uma união firmada
em 1707 entre Inglaterra, Es cócia, País de Gales e Irlanda do Norte. Enquanto a maioria dos ingleses e galeses foram a favor da separação, os escoce ses e norte-irlandeses foram contra. Por causa disso, uma petição pedindo um segundo referendo já recebeu mais de 3,5 milhões de assinaturas.
O estudante britânico Fabri cio Scott, que mora há oito anos em Curitiba, conta que a maioria do eleitorado a favor da separação fez uma decisão “sem muito fundamento”. Ele acredita que isso ocorreu em razão da xenofobia e que os britânicos vão se arrepender da saída por causa dos prejuí zos econômicos.
Já o cientista político Luiz Domingos pensa que a sepa ração é resultado do naciona lismo provocado pela vinda de refugiados na Europa. Ele comenta que a UE sofre finan ceiramente por ser composta por membros com poderes econômicos desiguais, porém não considera a saída do Rei no Unido uma boa opção.
Domingosacredita que o impacto do Brexit é maior na própria Europa e não afeta rá a economia brasileira, já que o Reino Unido provavel mente vai estabelecer laços econômicos com países de outros continentes.
A saída também não vai afetar a imigração de brasileiros, que mesmo dentro da área de livre circulação da UE, preci sam mostrar documentação ao entrar no Reino Unido. Do mingos explica que a imigra ção é dificultada para pessoas de países empobrecidos ou em situação de guerra.
Jornalismo
Reino Unido opta por deixar a União Europeia após referendo mostrar 52% do eleitores a favor do “adeus”
Vendas estarão proibi das a partir do dia 30 desse mês com o intuito de economizar mais no gasto de energia
Gabrielle CordoviD esde 2012, o Brasil está restringindo a venda de lâmpadas incandescentes gra dativamente de acordo com a potência. A partir de 30 de junho, será proibido vender lâmpadas incandescentes que são baratas, mas gastam mais energia. Os estabelecimen tos serão fiscalizados pelo Instituto Nacional de Metro logia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), e os fabricantes que não atenderem à legis lação poderão ser multados. As multas variam de R$100 a R$1,5 milhão.
Segundo o Inmetro, uma família que mora em uma casa de dois quartos gasta, em média, de R$ 20,00 a R$30,00 por mês para iluminar a residência com lâmpadas incandescentes de 60W. Se optar pela troca por lâmpadas fluorescentes terá seus gastos mensais reduzidos para até
R$ 4,00. Enquanto uma lâm pada incandescente de 60W custa em média R$ 2,90, uma equivalente de LED varia em torno de R$ 8,90.
A troca por fluorescentes e de LED gera uma redução de 5% no gasto mundial de energia, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU). Mesmo tendo vida útil maior e sendo econômica a longo prazo, os modelos novos são caros. Segundo o engenheiro civil Hirotoshi Taminato, isso tende a mudar. Para ele, a melhor opção é usar as lâmpadas de LED, que são mais eficientes e não contêm metais pesados, como as flu orescentes, que tem mercúrio em sua composição.
Nas lojas de Curitiba já é difícil encontrar lâmpadas incandescentes para vender. Andréia Ribeiro, comercian
te, relata que o estoque de incandescentes se despede definitivamente do mercado nacional e darão adeus aos lares brasileiros. Ela acrescenta “as lâmpadas incandescentes são prejudiciais ao meio am biente, gastam mais energia e iluminam menos”.
Segundo dados divulgados pela Associação Brasileira da Indústria de Iluminação (Abilux), as lâmpadas incan descentes emitem 95% de calor e apenas 5% de luz, o que prejudica o meio am biente. A incandescente tem baixíssima eficiência e vida curta. A Abilux afirma que a substituição por lâmpadas LED propicia uma redução de cerca de 10% no consumo de energia elétrica.
Segundo a entidade, essa é uma boa opção para quem busca economia na conta de
luz, que apesar de mais caras, consomem menos energia. Outro benefício é a vida útil, o LED é capaz de funcionar por até 50 mil horas.
A iluminação LED não emite radiação infravermelha e ul travioleta, o que evita dano à pele. Como não possui em sua composição metais pesados como chumbo e mercúrio, não há necessidade de um descarte especial. Já as lâmpa das incandescentes, ao final da vida útil, são destinadas aos aterros sanitários conta minando o solo e os cursos d’água, além de que seu ma nuseio incorreto prejudica as vias respiratórias acarretando em intoxicação.
De acordo com informações do Ministério de Minas e Energia, o LED já é adotado em outros países como China, Índia, Reino Unido, Estados Unidos, Canadá, Cuba, Aus trália, Argentina, Venezuela e União Europeia.
Em 1879, Thomas Edison apresentou ao mundo a primeira lâmpada incan descente. Ela foi construída utilizando-se uma haste de carvão muito fina que aque cida até próximo ao ponto de fusão, passa a emitir luz. As lâmpadas de carvão duravam apenas algumas horas. Edison desenvolveu um sistema elé trico completo de distribuição de luz e potência, incluindo geradores, motores, tomadas leves, caixas de junção, fusível de segurança, condutores subterrâneos para o uso de lâmpadas incandescentes.
Segundo um dos auto res, nova lei tem como objetivo diminuir furto de celulares no Paraná
Giully ReginaF oi aprovada na Câmara de Curitiba, na semana passada, uma nova lei que pretende facilitar o bloqueio de celulares roubados ou furtados. Segundo o código, assim que fosse registrado o Boletim de Ocorrência (BO), a operadora teria um prazo de 24h para realizar o bloqueio a partir do número de telefone e não mais através do código de identificação do celular, o
(PDT) e Tião Medeiros (PTB). Francischini afirma que essa é a primeira lei aprovada no Brasil sobre bloqueios de aparelhos roubados e que a par ceria coma Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) permite maior agilidade para bloquear os telefones, já que muitos usuários não possuem o número do IMEI. “Assim vai diminuir o número de roubos desse tipo, se o celular ficar
de sua conta no Google, geral mente utilizada nos smar tphones com sistema android. Karine efetuou o mesmo login que usava no celular em um computador e conseguiu blo queá-lo remotamente, pouco depois de realizar o B.O. Mas caso o celular não tenha a op ção de bloqueio pela conta do usuário no Google, fica mais difícil inutilizar o aparelho.
boletim online através da delegacia eletrônica. Depois de BO, o aparelho poderá ser bloqueado.
IMEI. A lei pretende diminuir o número de celulares rouba dos ou furtados no Paraná.
O International Mobile Equipment Identity, tam bém conhecido como IMEI, é um código único em cada aparelho e a partir dele é possível bloquear o aparelho à distância. O número IMEI se encontra na própria caixa do telefone, embaixo da bateria ou pode ser encontrado digi tando *#06#. O maior proble ma do IMEI é ser um número de 15 dígitos, obrigando o consumidor a guardá-lo, em caso de roubo.
A nova lei já foi aprovada pela Assembleia Legislativa do Pa raná e agora espera sanção do governador Beto Richa. A lei entra em vigor 15 dias depois da aprovação.
Os autores do projeto foram os deputados Felipe Francis chini (SD), Márcio Pauliki
inutilizado”, explica. Essa nova tecnologia de bloqueio a partir do número da linha te lefônica já está disponível na Bahia, Ceará e Espírito Santo.
Karine Sales teve seu telefo ne roubado, mas conseguiu bloquear o aparelho a partir
Em caso de roubo, a Agência Nacional de Telecomunica ções (Anatel) sugere ir direto à uma delegacia de furtos e roubos para fazer o boletim de ocorrência. Em caso de furto, o consumidor pode fazer um
Alguns assaltantes podem hackear ou formatar o celular evitando assim o seu bloqueio e seu desuso. Para ter certe za que seu telefone roubado ainda está bloqueado, basta acessar o banco de dados do Cadastro Nacional de Estações Móveis Impedidas (CEMI), através do site con sultaaparelhoimpedido.com. br e digitar o número IMEI do aparelho. Mas as informações só são atualizadas até 72h de pois do pedido de bloqueio. O CEMI contém mais de 65 mi lhões de celulares registrados atualmente. Em uma coletiva de imprensa sobre roubos de aparelhos telefônicos, o presi dente da Anatel, João Rezen de, afirma que consumidores que obtém celulares usados podem utilizar o serviço do CEMI para verificar a proce dência do aparelho.
O número IMEI se encontra na própria caixa do telefone, embaixo da bateria
Inauguração oficial da “Casa da Mulher Brasi leira” em Curitiba acaba em protestos
Taltia Souza
N esta última terça-feira (28), a inauguração oficial da Casa da Mulher Brasileira em Curitiba, no bairro Cabral, que estava prevista para a data acabou sendo cancelada por conta de manifestações. O movimento contou com reinvindicações em favor dos direitos da mulher e contra o governo de Michel Temer. Homens, exceto funcionários, não pu deram entrar no local durante todo o dia e representantes do governo em exercício, como o Ministro da Justiça Alexandre de Moraes, que estavam com a presença agendada para a abertura, foram impedidos de comparecer.
Por volta das 10h00, cerca de 50 manifestantes, entre atu antes de movimentos sociais, estudantes e simpatizantes (majoritariamente mulhe res) se reuniram na Avenida Paraná, 870, endereço da Casa. Eles exibiam cartazes de repúdio à violência contra a mulher e ao presidente Temer, que foram usados para cobrir o lugar. Uma faixa inaugurativa foi improvisada com papel higiênico.
Entre os protestantes que discursaram, estava Irene Rodrigues, secretária de meio ambiente da Federação de Sindicatos de Servidores Mu nicipais do Paraná (FESMUC). Para ela, a Casa da Mulher é uma conquista para todas as mulheres e homens que lutam contra o machismo.
Já Carolina Simões Pacheco, integrante da coordenação nacional do levante Popular da Juventude, comenta o impedimento de integrantes do governo interino: “falar
que eles não são bem-vindos é uma resposta à posição políti ca deles de não reconhecer as questões de violência conta a mulher como um assunto legítimo que deve ser priori zado como uma política de estado", defende.
Presente no movimento, Roseli Isidoro, Secretária Municipal Extraordinária da Mulher, afirma que ainda há um grande avanço a ser feito em relação ao preconceito de gênero em Curitiba: “Os desafios que nós temos ainda são muitos, sobretudo para reconhecer o papel que a mu lher tem hoje na sociedade. ”, explica. Durante seu discurso, ela deu ênfase ao legado que deve ser deixado pela Casa: atender, de forma humani zada, segura, com respeito e dignidade todas as mulheres da capital paranaense.
De acordo com a secretária, o maior desafio para a gestão da instituição será fazer com que quem procurar pelos seus serviços se sinta acolhida e protegida. Apesar disso, Roseli reconhece que ações
realizadas nos últimos quatro anos de gestão do muni cípio, como a Patrulha Maria da Penha, o acompanhamento de mulheres em situação de violência por uma equipe da Guarda Municipal e o projeto “Busão sem Abuso”, responsável pela prisão de mais de 150 abusadores no transporte público, represen taram avanços nas políticas públicas para mulheres da sociedade curitibana.
A Casa da Mulher Brasileira é um projeto que faz parte do programa “Mulher, viver sem violência” instituído durante a gestão de Dilma Rousseff em 2013 e tem como pretensão a instalação de 27 unidades nas capitais de todo o Brasil, sendo a unidade de Curitiba a terceira do país.
Com 3,4 mil metros quadra dos de área construída com recursos federais, a entidade visa atender às diretrizes da Lei Maria da Penha e centra lizar serviços como Juizado e vara especializados em vio
lência doméstica e familiar, Defensoria Pública, aloja mento de passagem, agência de empregos, central de transportes (encaminhamen to de mulheres para outros serviços sócio assistenciais ou de saúde) e brinquedoteca (com acolhimento de crianças de zero a 12 anos). O objetivo é torná-la um centro de apoio psicossocial com profissionais especializados e de promoção de autonomia econômica para qualquer cidadã.
Na casa também funcionará a delegacia de mulher, mas o órgão ainda não está presente no novo endereço. Segundo a organização do local, o aten dimento e a triagem acon tecem na hora e não exigem qualquer tipo de cadastro ou agendamento. Desde o início dos atendimentos, no dia 16 de junho, 101 mulheres já foram recebidas e a média de ajudas prevista para os próxi mos meses é de 250 mulheres por mês. O funcionamento deve ocorrer 24 horas por dia, de domingo a domingo.
A Prefeitura de Curiti ba lançou no começo deste mês um edital para os interessados em operar Food Trucks na cidade. No entanto, o documento serviu de força motriz para um impasse entre o órgão e a Associação Para naense de Food Truck (APFT).
O vice-presidente da APFT, Antonio Tanaka, afirma que o histórico da insatisfação é anterior à publicação do do cumento. Ele diz que o edital foi lançado com o mesmo erro da lei e conta que foi solici tada uma audiência junto a Secretaria Municipal de Urbanismo (SMU). “Teve uma certa demora e não queriam nos atender, por isso os cami nhões resolveram fazer uma passeata em frente a Prefeitu ra na terça-feira (14)”,
Tanaka relata que os mani festantes foram atendidos em uma reunião realizada na quarta-feira (22), e que a Prefeitura resolveu fazer uma reavaliação. As principais reinvindicações foram quanto ao tamanho dos caminhões, que não devem ultrapassar os sete metros de comprimen to, e da falta de público nos locais e horários oferecidos no edital.
“Todos os caminhões me dem mais que o estipulado. Simplesmente colocaram um tamanho e nenhum dos tru cks hoje atende essa situação.
Os trailers são os maiores prejudicados, já que, junta mente com um carro, somam mais do que a quantidade de metros permitida e a Prefeitu ra não faz essa distinção. No edital existem situações em que o espaço e o horário de terminado não são favoráveis
ao comércio dos alimentos. Os pontos devem ser rentáveis aos proprietários. Também têm os valores bastante altos que são cobrados mensal mente dos caminhões”, explica Tanaka.
O representante da APFT também revelou que acon teceram reuniões em que o edital esteve em pauta, mas em nenhum momento os comerciantes foram ouvidos. “As nossas sugestões são total mente diferentes do que está sendo posto no edital, fizemos um pedido de esclarecimento e agora estamos aguardando a resposta”.
Tanaka ainda ressalta a dificuldade no momento da regularização. “É um ponto crucial. Todos os caminhões devem trabalhar devidamente legalizados. A grande dificul dade hoje é que a prefeitura tem nove secretarias e passar por cada uma delas demanda de 30 a 45 dias”.
Ele ainda cita que a APFT orienta os proprietários a legalizarem seus veículos, apesar da demora na realização do processo. “Que remos trabalhar realmente
tranquilos, pagando todos os impostos, contribuindo para a sociedade”, defende o vice-presidente.
O proprietário do Partiu Temaki, um food truck de co mida japonesa, Rafael Schro eder acredita que o grande problema é que a legislação não está separando bem a parada pública da privada. “A gente imaginava que, como em outros países, poderia pa rar em qualquer lugar, claro, respeitando algumas regras. A legislação ficou mais restrita para nós. No meu caso, não adianta parar no Parque Tingui porque não faz sentido para o tipo de comida que eu ofereço. Então, caso eu queira parar em qualquer outro lugar, eu não posso”, explicou ele, que ainda descreveu o edital como inviável.
A diretora do Departamento de Controle do Uso do Solo da Secretaria Municipal de Urbanismo (SMU), Marise Hoerner Vanqui afirma que existem interesses múlti plos envolvidos. Como de quem está estabelecido há mais tempo em um local e se incomoda com a concorrência
ou com os motoristas, que teriam que dividir as vagas com food trucks. “Colocar isto na balança é uma grande limitação. Estamos trabalhando para que todos tenham o seu direito ao sol. Em nenhum momento foi dito que deter minado ponto não era bom. Nós estamos sempre abertos a tentar acertar. A cidade exige uma boa convivência entre as atividades”.
Em resposta à solicitação de impugnação do edital, Marise explica que existem limitações no tráfego da cidade, mas que os food trucks maiores de sete metros poderão participar de eventos privados.
Quanto ao tempo necessário para o processo de regulari zação dos caminhões, Marise conta que sempre que um alvará é necessário, as pessoas reclamam da demora. “É uma carta dizendo que as pessoas podem comer no local”. Ela explica também que geral mente o problema não é com a Prefeitura, mas sim com ou tros órgãos, como o Corpo de Bombeiros e o Departamento de Transito (Detran).
Time pretende ganhar clássico para sair da zona de rebaixamento
O Coritiba enfrenta seu maior rival, o Atlético-PR, nessa quarta-feira (29), às 21 horas, no Couto Pereira, pela 12ª rodada do Brasileirão.
Porém, o Coxa passa por pro blemas maiores, o time está sem técnico desde que Gilson Kleina foi demitido na 6ª rodada do campeonato. Além disso, o alviverde passa por má fase, pois só venceu duas partidas, contra o Sport Reci fe, por três a dois, e Cruzeiro, por um a zero.
Em coletiva de imprensa, o goleiro Wilson declarou que o clássico tem um gosto especial, dada a situação que o time enfrenta nesse momen to. “A gente precisa da vitória de qualquer maneira, e nada melhor que um clássico para nós que possamos arrancar de vez no campeonato” afirmou o jogador coxa-branca.
Quando perguntado sobre o comprometimento, Wilson disse que os jogadores se entregam dentro de campo, como contra o Internacional e Palmeiras, mas o esforço não se traduziu em gols.
Murilo Silva, torcedor do Co ritiba observa que o time ven ceu duas partidas e na opinião dele isso é muito pouco para um clube de tradição e grande torcida como o Coxa. “A ex pectativa é grande para todo atletiba. Esperamos vencer a partida e mandar essa zica para o lado do nosso freguês”. Segundo ele, o problema do time é ainda mostrar pouca evolução ao longo do campe onato, “o que está faltando é qualidade dos jogadores, pois raça e vontade eles estão tendo”.
Para a próxima partida, a diretoria do Coritiba proibiu a entrada de torcidas orga nizadas no Couto Pereira. Segundo a diretoria, a decisão vem para evitar os típicos confrontos entre as torcidas dos clubes rivais. Fernanda Glinka torcedora do Coxa lembra que no último Atletiba torcedores com camisetas da Império Alviverde (IAV) foram impedidos de entrar na Arena da Baixada, então acha justo a Torcida Os Fanáticos (TOF) ser proibida no estádio do Alto da Glória
Para Silva não é uma roupa, bandeira, faixa ou instrumen to que vai mudar as atitudes do torcedor, “se ele quiser brigar ou fazer algo do tipo, pode estar com camisa da tor cida, do time ou de nenhum dos dois, isto não interfere”. Além disso, de acordo com ele, a violência entre torcidas é muito mais frequente fora dos estádios.
Se tratando de torcidas orga nizadas, o Coritiba Futebol Clube também não está em boa condição. A IAV quase atacou o CT da Graciosa no início do mês, devido aos últi mos resultados do time.
O Atlético-PR enfrenta o Co ritiba nesta quarta-feira (29) pela 12ª rodada do Brasileirão e continuará sem torcida organizada em suas arqui bancadas. A diretoria do clube proibiu em abril torcedores de entrarem com bandeiras, camisetas e afins, que fizessem alusão às organizadas. Porém, no Atletiba de quarta, quem decretou a proibição foi o Coxa, devido aos típicos conflitos entre torcedores dos respectivos clubes.
Gabriel de Almeida, torcedor do Atlético, acha que as brigas causadas pelos torcedores são fúteis, e quem perde é o clube.
“Quem briga mesmo não está nem aí para o jogo. A maioria dos confrontos acontecem em lugares distantes aos estádios.” Almeida declara que a proibição não influência em nada e que isso é problema policial, não dos clubes.
O rubro-negro vem de vitória por dois a zero contra o Grêmio no último domingo, e quer embalar mais uma vitória para avançar na tabela do campeonato e começar a sonhar com o G-4. O time está em 7º lugar na classificação com 17 pontos.
Segundo Almeida, os jogadores do Furacão tem que ficar atentos no Atletiba: “O Coritiba, apesar de não estar em boa fase, não vem fazendo jogos ruins.” Almeida com pleta dizendo que um clássico sempre dá motivação para um time buscar uma reviravolta.
A minha história faz par te da cidade de Curitiba, e o meu público me ado ra, por isso continuo viva depois de tantos anos
Kauany Miguel 7º períodoN este ano completei 21 anos. Acho que no meu nascimento, lá em 1994, nem eu, nem meu criador João Luiz Fiani, imaginamos que eu iria tão longe. Na verdade, na minha criação, viveria por um mês, depois morreria, enterrada em alguma gaveta com outros roteiros velhos. Mas fazer o que se o público me adorou? Estreei no ano seguinte em que fui escrita no teatro Novelas Curitibanas, aqui em Curitiba, mas logo me mudei pra minha atual casa, o teatro Lala Schneider. Eu fui ficando conhecida, e hoje sou bem tradicional da noite curitibana. Não tem quem não me conheça, sou a peça A Casa do Terror, e o pessoal já sabe, assim que eu começo uma temporada, nossos encontros estão mar cados às sextas e aos sábados, sempre no Lala, e sempre à meia-noite.
Eu já viajei bastante também. Percorri muitas cidades pra conhecer gente nova e pra que me conhecessem também.
Para cada cidade uma adap tação especial local. Imagine você, que uma temporada de três meses no Rio de Janeiro, virou cinco anos quando os cariocas me conheceram.
Amei o Rio, ótima cidade, mas minha casa é mesmo Curitiba.
Com 17 anos, eu entrei pela primeira vez no maior evento que uma peça de teatro deseja estar: o Festival de Teatro de Curitiba. O pessoal gostou tanto da minha participação, que pediu e eu voltei nos anos seguintes até a edição mais recente, em março desse ano, e não é querer me gabar, mas sou a peça curitibana mais antiga ainda em cartaz que participa do festival.
Sabe, não é fácil completar mais de 20 e se manter atual. Eu faço isso me deixando livre. A essência está lá: O vampiro de 300 anos galante, os monstros atrapalhados que vivem na casa, a missão de encontrar uma virgem pra saciar a fúria de seu mestre, e a própria virgem, já velhinha contando sua história, tudo ali no texto, mas a improvisação é livre. Neste ano no festival por exemplo, brincamos com
dos colegas. Mas, talentos se foram e novos chegaram. Acho que é uma característica de quem já é velha de guerra, e novos colaboradores ajudam a manter o frescor jovem.
A Bruna Melnik, por exem plo, cursava teatro aqui em casa e foi convidada no ano passado para ficar comigo por um tempo encenando o papel da menina virgem na sua fase novinha. Eu sei que ela ficou nervosa. Afinal, eu
Vinte e um anos de muito amor, sempre que eu sou anunciada a família vem. Sou o um orgulho para o Fiani, nem eu nem ele temos planos de me engavetar tão cedo. Faço tanto parte da cidade, quanto ela faz de mim, nos meus textos e diálogos. Sou patrimônio cultural com cer teza. Acho que vou completar os meus 30, 40, e daquele jei to, sempre me rejuvenescen do. É capaz de chegar a um
a via calma, conheci o meme do “tá tranquilo tá favorável”, e ainda tivemos um dedinho de prosa sobre o cenário po litico atual, tudo sem perder o foco da história e para me trazer para o presente. Outra coisa importante que eu gosto de fazer é ter interação. Meus atores conversam com o público, os convidados dessa casa do terror, que olhando assim de perto, é a casa da comédia. A gente fala da vida, faz brincadeira, até chama no palco pra manter a proximidade.
Eu já fui encenada por muitos atores, alguns saudosos que já partiram desse mundo, mas cuja presença sinto a cada nova encenação, principal mente quando meu papai, Fiani, se apresenta. Ele é o ator mais antigo ainda en cenando a peça, e sei que ele olha para cada cena e lembra
sou tradicional, o público me conhece, mas meus atores a receberam muito bem e deixam ela à vontade.
Acho que essa é outra das mi nhas características marcan tes. Meus artistas riem deles mesmos com o público, falam dos bastidores, tiram sarro do time do papai, que é sofre dor, quer dizer, torcedor do Paraná Clube... Essa camara dagem fica tão evidente que o público sente a minha “tradi cionalidade” mesmo sem que isso seja dito. Ano a pós ano, eles estão lá, meus espectado res. Eu já considero como mi nha família, sabe? Muitos de les vieram me ver há tempos atrás, e hoje trazem os filhos para me conhecer. Alguns já trazem os netos. Fiquei saben do que até casal eu já formei, e eles voltaram depois para me apreciarem juntinhos.
centenário se depender dos meus amantes e dos amantes de teatro. Já pensou? Eu uma senhorinha ainda com vita lidade, sendo encenada por uma geração toda de novos atores. Por que não né, Romeu e Julieta estão por aí ainda e, fala sério, é sempre “óh Romeu, óh Julieta” e os dois morrem no final. Eu sempre sou inusitada, no meio sur gem coisas que nem quem faz sabia que iria fazer. Mas isso foi só um devaneio, um pen samento solto, sabe? O impor tante é que, se você não me conhece, ainda vai ter muitos anos e muitas chances de me conhecer, ainda vou par ticipar de muitos festivais de Curitiba e terei mui tas temporadas. Afinal, o público me escolheu como queridinha, e eu resolvi aceitar. Sendo assim, nos vemos em breve.
“Sabe, não é fácil completar mais de 20 e se manter atual.