Cosméticos em alta
Mercado de beleza e higiene sobrevive bem a crise
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Brincadeira sem graça
Trotes recorrentes atrapalham o trabalho da polícia.
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Natal da Osório
Comerciantes da feira esperam por público menor neste ano Página 08
O último suspiro Autódromo Internacional de Curitiba pode estar com os dias contados
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Curitiba, 05 de Dezembro de 2015 - Ano 18 - Número 275 - Curso de Jornalismo da PUCPR O jornalismo da PUCPR no papel da notícia
Página
Cidades Expediente
Edição
jornal
de Jornalismo PUCPR
O 86º Forúm Nacional de Secretários e Dirigentes Públicos de Mobilidade Urbana aconteceu em Curitiba e teve como tema a segurança no trânsito
Paulo Pelanda 4º período
O s secretários de mobi lidade urbana de todo o Brasil se reuniram em Curitiba ontem (04), para a realização da 86ª reunião do Fórum Nacional de Secretá rios e Dirigentes Públicos de Mobilidade Urbana. O fórum aconteceu no Instituto Brasi leiro de Qualidade e Produti vidade (IBQP).
Com 45 pessoas presentes, a reunião debateu todos os temas e ideias de cidades para a mobilidade urbana. Rosângela Batistella, que é assessora técnica da presi dência da URBS, explica que a reunião aconteceu na capital paranaense pois havia espaço disponível para o fórum.
“Está é a 86ª reunião, temos de 3 a 4 reuniões anuais, e normalmente é feita em cida des diferentes, na qual algum secretário se disponibiliza a ser o anfitrião, e optamos por ser em Curitiba, e até porque o presidente da URBS é o pre sidente do fórum nacional”, disse Rosângela.
Ainda, ela comenta que Curitiba segue sendo cidade modelo no transporte públi co, assim como São Paulo. “Curitiba sempre foi refe rência em transporte, e nas soluções de trânsito também, como por exemplo nas ideias da via calma e de velocidade moderada. São Paulo também é cidade-modelo, pois é muito copiada, então se São Paulo erra, as demais também vão errar”, finalizou.
A assessora também comenta sobre a iniciativa do fórum, já que a Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP)
é a responsável pela organiza ção. “A ANTP é uma entidade que está por trás do fórum e nos dá todo o apoio e logística necessária. Todos os secretá rios e empresas envolvidas no transporte são convidados”.
Com diversos assuntos comentados e abordados durante o fórum, um deles foi a implantação das vias calmas em Curitiba, onde o moto rista não pode ultrapassar os 40km/h e causou diversas discussões entre a população curitibana. O presidente da URBES de Sorocaba, Rena to Gianolla, afirma que o intuito destas iniciativas não é arrecadar.
“A primeira reação das pessoas é achar que querem arrecadar. Tem que ver as consequências disso, que é muito interessante. São Paulo, por exemplo, diminuiu a velo cidade e os acidentes caíram em 26%. O povo paranaense pode ficar tranquilo, pois no mundo inteiro foi feito isso e deu certo”, disse Gianolla.
Finalizando, o presidente afirma que os fóruns são inte ressantes, pois além de criar uma discussão benéfica para as cidades, existe também uma partilha de conheci mento. “O mais importante é a troca de experiências. A principal proposta é aumentar a segurança nas vias, priorizar o transporte coletivo, ao meio não motorizado. Dar priorida de ao pedestre, à bicicleta, ao transporte coletivo, aos cami nhões e por último o automó vel e a motocicleta, não menos importante, mas pela ordem de prioridades nas vias”.
02 Curitiba, 05 de Dezembro de 2015
PAUTEIROS Beatriz Mira 1º perído Bruna Bonzato 2º período Isabela Vera Mendes 3º período Maria Victória Lima 4º período Renata Simão 3º perído SECRETÁRIAS DE REDAÇÃO Ana Lucy Fantin 2º período Angélica Klisievicz Lubas 3º período EDITORES Renata Martins 3º período REVISORES Isabela Vera Mendes 3º período Letícia Garib 1º período
pública
275 - 2015 O Comunicare é o
laboratório do Curso
jornalcomunicare.pucpr@gmail.com http://www.portalcomunicare.com.br Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) R. Imaculada Conceição, 1115 - Prado Velho - Curitiba - PR REITOR Waldemiro Gremski DECANA DA ESCOLA DE COMUNICAÇÃO E ARTES Eliane C. Francisco Maffezzolli COORDENADOR DO CURSO DE JORNALISMO Julius Nunes COORDENADOR EDITORIAL Julius Nunes COORDENADOR DE REDAÇÃO/ JORNALISTA RESPONSÁVEL Miguel Manasses (DRT-PR 5855) COORDENADOR DE PROJETO GRÁFICO Rafael Andrade MONITORIA Luciana Prieto FUNDADOR DO JORNAL Zanei Ramos Barcellos FOTO DA CAPA Melvin Quaresma 8º período
Mobilidade
em pauta
Mercado de higiene e beleza se destacam
Em tempos de crise, co merciantes veem chance de sucesso ao investir no setor de beleza e perfu maria
Angélica Klisievicz Lubas 4º período
G raças à crise econômica brasileira, muitos comér cios estão fechando as portas, como é visível nas ruas e shoppings da cidade. Entretanto, alguns poucos setores estão indo na contramão e ainda não sofreram drasticamente os efeitos dessa dificulda de. Um deles é o de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosmé ticos (HPPC), que segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) cresceu 7% em 2014, ao contrário da indústria em geral do país que sofreu queda de 1,2%.
Anna Gagliotti é maquiadora profissional e abriu recente mente um ateliê. A ideia de abrir um comércio próprio existia ha muito tempo na vida de Anna, mas por dificul dades, predominantemente financeiras, o sonho teve que ser adiado. “Esse ano com o apoio do meu namorado e familiares, resolvi abrir o meu negócio. Em um mês estávamos funcionando”. A autônoma ainda sofre com a instabilidade de ter um comércio próprio, mas afirma
que ultimamente tem atendi do a muitos clientes e que está indo bem.
Segundo dados da Associação Brasileira de Higiene Pesso al, Perfumaria e Cosméticos (ABIHPEC) em junho de 2015 existiam no Brasil 2.522 em presas atuando neste merca do, com grande concentração nas regiões Sudeste, Sul e Nordeste respectivamente.
Esse número não inclui ainda as empresas da categoria de Médias e Pequenas Empresas (MEI), as quais o número de CNPJ’s registrados ultrapassa os 450 mil, segundo o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). Ainda é necessário considerar o alto grau de informalidade dos negócios no setor, sendo assim, o total possivelmente ultrapassa um milhão.
Angela Borin também tem um comércio próprio, e atente simultaneamente à domicílio. Ela se mostra muito satis feita e afirma que prefere a posição atual de autônoma, “porque acho que trabalhan-
Crescimento da indústria geral vs. setor Indústria geral Setor HPPC
Fonte: IBGE - Banco Central – ABIHPEC- Deflator: Índice IPC FIPE Higiene e Beleza
do para terceiros, como eu já havia feito antes, não temos o valor devido”.
Cerca de 7 mil salões de beleza são abertos por mês em todo o território nacional, ainda segundo o Sebrae. De 2010 à janeiro de 2015 o número de estabelecimentos cresceu 660%, passando de 72,300 em 2010 para mais de 480 mil no início deste ano.
Conforme dados da Euro monitor de 2014, empresa norte americana que trabalha com pesquisas de mercado, o Brasil representa 9,4% do consumo mundial de produ tos de higiene e beleza, e está em terceiro lugar no ’hanking’ de países que mais consomem esse tipo de produto, ficando atrás da China e dos Estados Unidos da América.
Ainda segundo a mesma pesquisa, os produtos mais procurados são, em primeiro lugar: desodorantes, fragrân
cias e proteção solar. Em segundo ficaram os produtos infantis, masculinos, para ca belos, banho e os depilatórios. E em terceiro fica a higiene oral e maquiagem.
Maria Luiza é economista e relata que o cenário econômi co atual “está bem ruim mes mo, parece que está pioran do”, e que se há a pretensão de investir em algo, em sua opinião, o ramo da beleza é um dos poucos que valeriam a pena. “É um setor de consumo frequente, mas lógico que essa decisão inclui analisar outras variáveis”.
Já Andreia Loss, que é respon sável por uma das filiais da loja Brilhantina em Curitiba, lembra que abrir um comér cio exige muita dedicação. “Vale a pena sim investir, é um mercado que está sem pre em expansão, porém é para poucos, pois dá muito trabalho”, relata.
03 Curitiba, 05 de Dezembro de 2015 Economia
2014
Angélica Klisievicz
2013 2012 2011 2010 2009 2008 2007 2006 2005 3,1 6 -7,4 10,5 0,4 1,2 2,8 3,1 -2,5 -1,2 13,5 15 9,4 5,5 9,6 6,3 8,8 5,3 7
Mesmo com a crise, as mulheres continuam cultivando sua beleza
Cidades Ajuda (Au)miga
Terapia com animais auxilia pessoas com diver sos problemas de saúde e é comprovadamente eficiente
Karoline Mokfianski 3º período
A Terapia Assistida por Animais (TAA), também chamada de Pet Terapia, já é feita no Brasil há mais de 60 anos. Em Curitiba, o Projeto Amigo Bicho realiza visitas se manalmente em hospitais, es colas especiais e associações, levando o amor dos cachorros de estimação às pessoas em estados de abandono ou com complicações de saúde.
A médica veterinária Leticia Castanho, idealizadora e coor denadora, conta que o projeto já existe desde dezembro de 2005 e cães e voluntários levam carinho e autoestima para quem necessita. “O Ami go Bicho surgiu da vontade de usar o amor incondicional que os animais têm pelo ser humano para fazer o bem, unir essa paixão recíproca. Nosso principal objetivo é levar conforto, amor e carinho a quem tanto precisa, através do contato com os animais”, explicou Leticia.
Comprovado por estudos desenvolvidos em diversos países, a interação promovida pela TAA libera hormônios, como a oxitocina (hormônio
do “amor”) e efeitos contrá rios ao do estresse, trazendo sensação de bem-estar.
“Este tipo de técnica usa os animais como elo para as terapias e tem como objetivo a interação entre pessoas e animais, visando melhorar a autoestima, a resposta às terapias convencionais, a saúde física, social e emo cional e funções cognitivas”, afirmou a veterinária.
Além de receber carinhos, os pacientes têm a possibilidade de tocar nos animais, passear com eles na coleira pelo hospi tal ou associação, escová-los, entre outras atividades, que estimulam a coordenação motora, além de promover a felicidade, aliviar sintomas de estresse, entreter e divertir ao mesmo tempo em que se aliam a outras terapias.
Apesar de parecer uma tarefa simples, não é qualquer cão que está apto a se tornar um terapeuta. Eles são escolhidos de acordo com o comporta mento, que precisa ser dócil e com comandos básicos de obediência, conforme contou
a coordenadora. Os voluntá rios assistem a uma palestra oferecida pelo Centro de Ação Voluntária (CAV) e serão ava liados, juntamente com seus animais. Após esse processo, serão submetidos à cursos de zoonoses, além de explicações das regras do projeto.
As visitas do Projeto Amigo Bicho são realizadas toda semana em hospitais, escolas especiais e associações de Curitiba. O Hospital Cajuru, a Santa Casa, o Hospital das Clínicas, o Hospital do Idoso, o Instituto Paranaense dos Cegos e a Associação Para naense dos Portadores de Parkinson são algumas das instituições atendidas pelos voluntários e terapeutas.
“Todos os pacientes podem se beneficiar deste tipo de tera pia, com exceção dos sinaliza dos pelo próprio hospital com doenças infecto contagiantes ou que apresentem algum tipo de alergia ao pelo dos animais”, disse Leticia.
Quando os pacientes são crianças, os benefícios tendem a ser ainda maio res. Andreia Coltro, mãe da Kaylayne, 12 anos, conta que a filha fez a ecoterapia com cavalos e ela observou melhoras na menina. “Minha filha fez por cerca de três anos a terapia. A evolução é bem lenta e os resultados demo ram a ser percebidos, mas ela adorava”, afirmou.
Segundo Andreia, a filha não só tinha contato com os animais, como era recebia objetos e ouvia músicas can tadas pela própria terapeuta. “Ela era estimulada tanto na parte sensitiva, através de brinquedos com diversas texturas, como na motora por causa dos movimentos
do cavalo, além da cognitiva, graças à conversas e músicas”, contou a mãe.
Além do Amigo Bicho, há também outras ONGs que realizam a TAA, como o Instituto Cão Amigo e Cia, que faz esse trabalho há cerca de 12 anos. A psicóloga Iara Borowski Mendes, voluntária desde 2012, conta que já viveu momentos inesquecíveis ao lado de seus cães Happy e Chica. “Elas me acompanham nas visitas quinzenais ao Asilo São Vicente de Paulo e ao Hospital Evangélico, em Curitiba”, explicou a psicólo ga, que lembrou de uma noite especial, na ala pediátrica, que ela não esquece. “Uma criança de colo estava aos prantos e trocou as lágrimas por um lindo sorriso ao ver a Happy se aproximar”, contou.
Segundo Iara, os médicos relatam que a terapia gera grandes mudanças e melhoras nos quadros clínicos dos pacientes. “Os médicos relatam que no dia da visita os pacien tes dormem melhor e pedem menos analgésicos”, afirmou. Vendo o tamanho resultado provocado pelos cães terapeu tas, a psicóloga resolveu fazer uso da Pet Terapia dentro de seu consultório e o resultado tem sido satisfatório, além da boa aceitação por parte das pessoas atendidas.
Para a terapeuta ocupacio nal Carla Souza, a terapia realizada com animais só tem a beneficiar os pacientes e ajuda de diversas formas. “Há melhora do estado físico e psíquico em diferentes áreas: emocional, social, cognitiva e comportamental, além de ajudar na melhoria da auto estima, reduzir a ansiedade e tantos outros aspectos”, explicou Carla.
04 Curitiba, 05 de Dezembro de 2015
Cachorros ajudam pessoas em seus tratamentos
Karoline Mokfianski
Curitiba participa da 21° Conferência do Clima
Sorocaba, Belo Horizonte e Rio de Janeiro também participam do evento, mas não têm projetos exibidos
Sophia Cabral 2º período
C uritiba foi a única ci dade brasileira a expor projetos na 21° Conferência das Partes (COP-21), também conhecida como Conferência do Clima das Nações Unidas, que, este ano, está acontecen do em Paris, na França. As duas propostas apresentadas foram classificadas como sen do realmente uma boa prática que pode melhorar a cidade. A seleção dos é feita por um comitê organizador.
O diretor da Gestão de Riscos da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Claudio Renato Wojcikiewicz, conta o que espera do evento. “Primei ro que os dirigentes mundiais tracem metas assertivas para o nosso planeta, que tenha mos mais diálogo entre todos os povos, que as sugestões feitas sejam aceitas e coloca das em prática por todas as nações, principalmente pelo Brasil”. Para Wojcikiewicz, a participação da cidade na conferência é de suma im portância, visto que dois dos projetos apresentados, Vila Sustentável e o Condomínio de Biodiversidade-ConBio, saíram da capital.
No último mês de outubro, representantes de várias comunidades, do Fórum dos secretários municipais das capitais brasileiras (CB-27), do Grupo de grandes cida des para liderança climá tica (C-40) e da Associação Nacional dos Amigos do Meio Ambiente (ANAMA), reuni ram-se para elaborar a Carta Curitiba Sobre o Enfrenta mento as Mudança Climáti cas, no I Seminário Cidades resilientes - Comunidade e Clima (I SECIRE).
Quanto aos projetos, ambos já estão sendo executados e deve haver uma injeção de recursos caso haja o interesse em am pliá-los. “É o ideal para termos uma Curitiba mais humana, sustentável e resiliente”, rela ta o diretor.
A Conferência, que acontece desde 1995, tem esse ano como principal objetivo elaborar um novo acordo entre os países, a fim de diminuir a emissão de gases do efeito estufa, o aquecimento global e assim, limitar o aumento da tempe ratura global em 2 °C até 2100.
Curitiba em Paris
Os dois projetos foram feitos em Curitiba e apresentados na última sexta-feira (04), o Condomínio de Biodiversida de-ConBio e o Vila Sustentá vel, possuem como proposta fornecer uma cidade capaz de suprir as necessidades sem explorar excessivamente todos os recursos da natureza.
O ConBio – Condomínio da Biodiversidade, iniciado em 2000, é fruto de uma parceria entre a Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS) e a organi zação não-governamental Ins tituto de Estudos Ambientais Mater Natura. É um projeto que tem o objetivo de incenti var atitudes que preservem a biodiversidade em remanes centes de vegetação nativa de Curitiba e Região Metropoli tana, revertendo em melhor qualidade de vida para todos.
A bióloga e técnica do pro jeto, Betina Bruel, explica a importância do programa. “As cidades são um ambiente frágil que foram alterados e diante dessas mudanças climáticas que a gente está ex perimentando, com variações de temperatura muito bruscas e eventos extremos, uma cida de que possui áreas naturais em maior quantidade possui uma maior resiliência (uma maior capacidade de resistir
Natália Filipin
a esses fenômenos). Então por isso existe todo esse apelo de conservação”. A bióloga também destaca a relevância da Conferência. “Acho que são assuntos muito importantes que o mundo de novo está reunido para debater e a gen te espera que existam avanços concretos, porque uma coisa é estabelecer metas e outra coisa é colocá-las em prática e realmente mudar padrão de consumo e transporte”.
O segundo projeto, Vila Sus tentável, é coordenado pela Prefeitura de Curitiba, através do Instituto Municipal de Administração Pública (Imap) e da Secretaria Municipal do Meio Ambiente. Ele busca me lhorar a vida das comunida des localizadas no bolsão Audi União, onde vivem cerca de 30 mil pessoas. Estão previstas medidas sustentáveis, além de construções inteligentes, como calçadas permeáveis, telhados verdes, ciclovias e hortas comunitárias.
05 Curitiba, 05 de Dezembro de 2015
Cidades
Capital paranaense teve projetos apresentados na conferência
Polícia Trotes telefônicos causam gastos e desordem
Prática ilícita tão comum prejudica o andamento dos sistemas emergen ciais, afetando o fun cionamento dos órgãos públicos e gerando despesas para a própria sociedade
Maria Teresa Seabra 2º período
A ocorrência de trotes pas sados a serviços emergen ciais é um problema que afeta não somente os órgãos públicos, mas também a própria sociedade. Essas chamadas, que não se tratam de aciona mentos de emergência e que buscam fazer “pegadinhas”, têm tanta incidência pelo fato de serem gratuitas.
A má utilização dessas cen trais de atendimento através do telefone gera inúmeros prejuízos. Segundo informa ções do chefe do Centro de Operações da Polícia Militar (Copom), major Olavo Vianei, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), o Serviço Integrado de Atendimento ao Trauma em Emergência (Siate) e a Polícia Militar estão entre os órgãos mais afetados pela ocorrência de trotes telefônicos no país. No Paraná, em 2012 o gover nador Beto Richa sancionou a lei que atribui uma multa de R$ 135,78 ao responsável por essa prática.
O chefe do Copom, esclareceu que entre os principais prejuízos causados pela prática dos trotes telefônicos está o ato de onerar um serviço altamente relevante. “Há uma despesa que é paga indevidamente pela sociedade, quando se desloca uma equipe policial para atender uma situação que efetivamente não se trata de uma emergência”, relatou. O major afirma ainda, que existem situações em que uma aeronave é deslocada, o que gera um custo alto, e indi ca, o combustível e a manu tenção da viatura como outros fatores que geram despesa. Outro problema é que, quan do se faz esses acionamentos,
o autor do trote acaba geran do uma sobrecarga no sistema e no atendimento telefônico, levando ao deslocamento de viaturas que poderiam estar prestando outros serviços.
Vianei relata como é o pro cesso de identificação de um trote, ressaltando que o poli cial militar possui experiência para essas ocasiões, e que há treinamentos e protocolos para lidar com essa prática indevida. Ele cita que todo acionamento gera uma ocor rência policial, e que, na dúvi da, a Polícia Militar responde ao chamado. Ainda de acordo com o chefe do Copom, uma grande parcela das pessoas que têm essa pratica são crianças, a maioria no horário em que sai do colégio.
A central de atendimento da Polícia Militar é digital, o que possibilita que o número per tencente à pessoa que aplicou o trote seja identificado. Há monitoramento da cidade e principalmente dos orelhões. No caso de telefones fixos, é comunicado à delegacia de Polícia Civil a ocorrência do trote telefônico e é instaurado um inquérito para responsa bilizar penalmente a pessoa. Administrativamente, é infor mado à companhia telefônica sobre o ocorrido, e é possível lançar uma multa no valor de R$ 135,00 na conta telefôni ca que está sendo utilizada. Civilmente, a pessoa pode ser demandada pela procurado ria a indenizar o Estado pelo deslocamento desnecessário das viaturas.
Como medidas para tentar evitar os trotes, a consulto ria de segurança trabalha o assunto com as crianças
nas escolas, orientando os professores para que o tema seja tratado junto ao conteúdo já ministrado em sala de aula. E foi divulgado através do site do governo do Estado do Pa raná, uma campanha contra o trote em novembro de 2013.
O major Vianei informa que a ocorrência representa de 30 a 35% do total de acionamentos diários e que a incidência no final de semana é maior. A média indica que a cada 10 ligações, três são trotes.
Em seu artigo intitulado “Trote Telefônico: Um Pro blema que Afeta Todo o País”, a policial militar Elisângela
Maria dos Santos destaca a importância de conscientizar as pessoas quanto à utilização dos sistemas emergenciais. Ela aponta que uma socieda de consciente da utilização do serviço de emergência é a garantia da escassez dos trotes telefônicos, menos gastos aos cofres públicos e a certeza da eficiência nos serviços assistenciais no Estado e no país. “É de extre ma relevância informar as pessoas sobre a importância de saber utilizar devidamente os serviços emergenciais a fim de evitar desperdícios aos cofres públicos e desordem nas centrais de atendimento”, orienta a policial.
06 Curitiba, 05 de Dezembro de 2015
Bruna Bonzato
Cofres públcos e centrais de atendimentos sofrem com trotes
Uma manobra para salvar o autódromo
Autódromo Internacional de Curitiba pode se tor nar local de condomínios comerciais e residenciais de alto padrão
Caroline Deina 2º período
A pesar de a página oficial não confirmar a venda, os dias do Autódromo Inter nacional de Curitiba estão contados. Em funcionamento desde 1967, com corridas de automobilismo, motociclismo e outras categorias, o local possui uma das melhores pistas do Brasil, na opinião dos próprios pilotos que já frequentaram o ambiente.
Dono de metade do empre endimento, Jauneval Oms já confirmou que o local poderá ser transformado em um complexo imobiliário, com encerramento das atividades
xima do seu público, estando acessível ao mesmo. Além da parte estrutural e ambiental, o grupo deseja “resgatar a história do automobilismo, que mesmo esquecida pela nova geração, possui um grande prestígio e respeito no exterior.
Proprietário da Auto Dinâmi ca Suspensões, André Mau racci ajudou a construir esse movimento, que começou com uma reunião entre ami gos interessados em salvar a pista. Para concretizar essa proposta, duas empresas foram contratadas a fim de
Melvin Quaresma
previstas para junho de 2016. Porém, muitos apaixonados pela vida da velocidade ainda acreditam em uma possível solução para o autódromo.
Na última quinta-feira (3), esse grupo conseguiu reunir cerca de 90 pessoas, entre organizadores e convidados, para formalizar o projeto. De acordo com o empresário Marcos Andrade, esse movi mento começou entre 2013 e 2014, quando os rumores sobre uma possível venda começaram a se tornar reais e frequentes. Foi assim que surgiu a inciativa #SAVETHE AIC, que começou a se estru turar apenas em março de 2015. Segundo o dono da loja Pro Street, as outras princi pais propostas envolvem uma melhora na infraestrutura e uma administração mais pró
realizar um plano de negócios que viabilize a venda para alguém que tenha interesse em investir em um projeto para manter a pista, pois o objetivo não é impedir uma nova compra, mas sim vetar a destruição do autódromo, mostrando um possível lucro. Um evento de divulgação e estruturação do movimento já está sendo planejado, ainda sem data definida e deve ser aberto ao público, no próprio local das corridas.
Mauracci compartilhou ainda as melhores experiências vividas por ele no autódromo, que aconteceram na infância, quando ele o visitava com o pai. “ A pesar de hoje eu pilotar lá dentro, a melhor lembrança é de quando eu era criança e assistia Fórmula 3 e Stock Car”. Através de pes
Após anos, Autódromo Internacional de Curitiba tem dias contados quisas, o comerciante relatou não apenas a importância do local para ele, mas também para a população de Pinhais, já que “cerca de 40% da receita do turismo da cidade vem do autódromo”.
O piloto Thiago Marques já correu em Pinhais e afirmou que “mesmo sem grandes noções sobre empreendedo rismo”, ele já imaginava que o local não dava grandes lucros e que era um “negócio caro”.
Mesmo assim, ele e outros colegas da área gostavam muito da pista, pelo nível de infraestrutura, que chegava a ser semelhante à Interlagos.
Procurado pela reportagem do Comunicare, o presidente da Federação Paranaense de Automobilismo, Rubens Gatti, não se pronunciou sobre as atuais condições do autódro mo e sua importância para a região.
07 Curitiba, 05 de Dezembro de 2015 Esporte
“
A melhor lembrança é de quando eu era criança e assistia Fórmula 3 e Stock Car”
Cultura
20 anos da Feira de Natal da Osório
Comidas típicas e artesa natos, além de diversas opções para a compra de lembrancinhas de final de ano
Maria Vitória Lima 4º período
A tradicional feira da Praça Osório está de volta. Em atividade desde o dia 23 de novembro, a feirinha traz muitas barraquinhas com produtos natalinos e de várias partes do mundo até o dia 23 de dezembro. Com várias atrações, a Feira funciona todos os dias; de segunda a sábado das 10h às 21h e nos domingos das 14h às 19h.
Mesmo sendo um ponto turístico muito frequentado, a Praça Osório, não está atrain do muitos turistas nesse final de ano. De acordo com os co merciantes as vendas andam bem menores, em compara ção com as feiras passadas e a mesma época do ano passado.
“Bem, tem dia que vende mais, tem dia que vende menos. Avaliando os dias até agora, estão bem equilibra dos, mas comparando esse período de vendas com essa época ano passado, está bem abaixo da média ”, afirma um comerciante que pediu para não ser identificado.
Todavia, de acordo com o Senhor Carvalho, depende muito da barraquinha, “há algumas que, por vender pro dutos natalinos ou comidas típicas, faturam mais, mas há outras que não vendem tanto assim por terem produtos co muns”, afirma o comerciante.
Para os comprados e fre quentadores da feira, esse ano a situação financeira está um pouco mais pesada. “Eu adoro vir aqui e almoçar nas barraquinhas. Ano passado eu fiz isso quase todos os dias, já esse ano, estou reservando apenas um ou dois dias da se
mana para isso”, afirma Maria Do Carmo, comerciante da região. Por outro lado, Carla, turista do estado de São Pau lo, está achando a feirinha, e toda programação de natal da cidade, maravilhosa.
A história
Realizada há 20 anos, a Feiri nha, que possui várias edições ao longo do ano (Festa Junina e a Feira da Primavera), serve como renda extra para os artesãos da cidade, apresenta 59 barracas montadas, além de espaços para oficina de artesanato e divulgação de programas desenvolvidos pela Prefeitura de Curitiba e da Casa do Papai Noel que estará à disposição das pessoas que quiserem tirar fotos com o velhinho mais procurado nessa época.
As tradicionais feiras curitibanas atraem diversos clientes
A programação de Natal da capital pode ser conferida no endereço www.natalcuritiba. com.br.
08 Curitiba, 05 de Dezembro de 2015
Maria Vitória Lima
Comerciantes apostam nas vendas de fim de ano para faturar um pouco mais
Maria Vitória Lima