

Com a conquista de novos adeptos, os preços das mercadorias estão mais
consegue encontrar em sua cidade alimentos orgânicos. “Quando venho pra Curitiba, eu vou ao mercado de orgânicos”, relata.
O proprietário da loja BioÉ Orgânicos, Fernando Ravieri, afirma que se mais pessoas buscassem os orgânicos, os preços seriam reduzidos. O empresário ainda conta que os preços não estão mais tão distantes. Com a passar dos anos, os preços dos orgânicos vem se aproximando dos convencionais. “As folhas por exemplo já estão mais em conta ou no mesmo valor dos produtos convencionais”, explica.
O funcionário da loja Natural Market, no Mercado Municipal de Curitiba, Igor Oliveira Silva, diz que o movimento no estabelecimento aumentou em 30% nos últimos dois anos e afirma que os preços dos orgânicos vem reduzindo. “Dois anos atrás eram assim (mais caros), mas hoje em dia a diferença de preço é irrisória”, relata.
Os produtos orgânicos estão cada vez mais difundidos na dieta das pessoas. Não é mais tão difícil encontrar alguém que, de vez em quando, procure pelos produtos livres de química. Mesmo nos mercados convencionais se encontra produtos com um adesivo “100% orgânico”.
Yogananda Silveira Lima, estudante e morador de São José dos Campos, no interior de São Paulo, cuja família sempre procurou evitar os agrotóxicos, diz que não é tão complicado de se encontrar os produtos. “Não é tão difícil encontrar alimentos orgânicos, mas nas cidades grandes sempre têm mais opções”, diz. Ele afirma que conhece
restaurantes
O empresário Gustavo Moraes conta ter começado a consumir alimentos orgânicos há, aproximadamente, um ano, após se tornar vegetariano, durante o início da adolescência. Atualmente ele mesmo cultiva a maior parte de seus alimentos. “80% dos produtos que consumo são orgânicos”, diz. Apesar de raramente comprar, ele afirma ter dificuldade em encontrar, quando o faz.
Andreia Portalé, funcionária pública, que mora em Paranaguá, diz que não
Quanto às vendas, Ravieri diz que desde que a BioÉ Orgânicos foi aberta, há quatro anos, as vendas cresceram em torno de 10% ao ano, sendo a maioria feita pela internet e a maior parte das vendas em Curitiba são de hortifrúti. Segundo ele, um dos principais motivos para que as pessoas insiram o orgânico em sua dieta são problemas de saúde, como parentes ou por vezes a própria pessoa contraindo uma doença grave, como o câncer.
A nutricionista Cristiane Rodrigues, que tem o costume de recomendar a seus pacientes o consumo de alimentos sem agrotóxicos, afirma que o consumo dos químicos pode estar ligado a várias doenças. “Há muitos estudos que relacionam o consumo excessivo de agrotóxicos e outras dessas substâncias com doenças, como alguns tipos de câncer, e mesmo parkinson”, explica. Aos pacientes que moram no interior, ela diz que procura orientar que cultivem uma horta própria para alimentação. Aos que moram em cidades grandes, a nutricionista recomenda produtores conhecidos ou a feira semanal do produtor.
“HÁ MUITOS ESTUDOS QUE RELACIONAM O CONSUMO EXCESSIVO DE AGROTÓXICOS E OUTRAS DESSAS SUBSTÂNCIAS COM DOENÇAS, COMO ALGUNS TIPOS DE CÂNCER, E MESMO PARKINSON”
“As folhas por exemplo já estão mais em conta
Cerimônia em frente à casa do exgoleiro do Atlético reuniu prefeito e vereadores, que foram impedidos de entrar na Praça Afonso Botelho.
Em uma cerimônia levada num tom informal no final da manhã desta terça-feira (10), o prefeito Gustavo Fruet, acompanhado por vereadores da cidade, entregou oficialmente as obras de revitalização das vias de acesso à Arena da Baixada. O ato ocorreu na Avenida Presidente Getúlio Vargas em frente à casa onde morou Alfredo Gotardi, o Caju, goleiro que fez história no Atlético nas décadas de 1930 e 1940 e vestiu as cores da seleção brasileira em 1942.
Após dar declarações à imprensa e conversar com os familiares do ex-goleiro, o prefeito e sua comitiva de vereadores caminhou em direção à Praça Afonso Botelho, em frente ao estádio, para visitar o local que também recebeu grande parte desses investimentos. Entretanto, o prefeito e os vereadores presentes foram impedidos de entrar pela segurança no local.
As obras de revitalização de 7,5 quilômetros de vias, que tiveram início em janeiro deste ano, abrangeram serviços de terraplanagem, calçamento, pavimentação e
iluminação, ao custo de R$ 11,8 milhões. A Prefeitura ainda gastou mais R$ 4,1 milhões em sinalização horizontal e vertical destas ruas, e outros R$ 1,5 milhão na revitalização da Praça Afonso Botelho, sendo que a primeira etapa está finalizada apenas para atender às necessidades da Copa, para que depois da competição se realize a complementação das obras. A estrutura de TV montada em frente ao estádio será transformada em posto de saúde após o evento.
Já as estruturas complementares, que englobam a infraestrutura dos terrenos destinados ao broadcast (complexo de TV), inspeção veicular, instalação de geradores e calha de cabos que liga o broadcast ao estádio, custaram mais R$ 27,9 milhões. “As melhorias vão ficar para a cidade e Curitiba foi a única sede a entregar todas as obras financiadas pelo PAC da Copa dentro do prazo”, comemorou Fruet.
O prefeito diz que apesar dos problemas enfrentados, a cidade conseguiu cumprir com todos os prazos acordados entre a Prefeitura e as construtoras. “Conseguimos fazer todas essas obras considerando todos os prazos estabelecidos, e além disso, mesmo sem orçamento, pagaremos 95% das dívidas referentes às obras ainda nessa gestão”, completa.
O secretário municipal da Copa em Curitiba, Reginaldo Cordeiro, admitiu que a demora e o fato dos últimos ajustes ainda estarem sendo feitos se devem ao atraso que a cidade teve nos repasses do PAC da Copa. “É evidente que resultou neste avanço no tempo da obra, mas tudo será entregue a tempo”, completou.
De acordo com o prefeito, a transparência será um assunto muito debatido
Fruet diz que cidade conseguiu cumprir com todos funcionem, e funcionem bem”, diz.
depois do evento, e frisa que a busca por mais clareza nas contas continuará. Mas que por enquanto, a preocupação geral é apenas para que as estruturas montadas funcionem corretamente. “Após o evento a cobrança será ainda maior com relação a transparência. A clareza dos dados ainda será muito pautada diversas vezes. Mas agora, com a entrega dessas obras, e com a eminência do evento, nossa preocupação é toda voltada para que essas estruturas
De acordo com o vereador Paulo Salamuni (PV), o compromisso da Câmara dos Vereadores também será a busca da transparência, principalmente após a Copa. “Nossa intenção é justamente intensificar essa questão, por isso continuaremos com o portal da transparência e com os auditores mesmo após o evento”, completa.
Pedro Giulliano / 3° Período“CONSEGUIMOS FAZER TODAS ESSAS OBRAS CONSIDERANDO TODOS OS PRAZOS ESTABELECIDOS”Pedro Giulliano / 3° Período
Desde que foi eleito para o cargo de conselheiro do TCE, Fábio Camargo tem sido protagonista de uma novela que parece não ter fim.
O ex-deputado Fábio Camargo voltou a ser afastado do cargo de conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), em decisão tomada na segunda-feira (09) pelo ministro do Superior Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes. Camargo já tinha sido afastado pelo Tribunal de Justiça do Paraná devido à ação movida pelo empresário Max Schrappe, concorrente ao cargo. Mas, desde abril, uma liminar do próprio Supremo permitia ao ex-deputado permanecer no conselho. Essa é a segunda vez que Camargo é afastado desde que foi eleito em julho do ano passado.
Apesar do afastamento, Fábio Camargo continuará a receber o seu salário como conselheiro, de acordo com a liminar promulgada pelo Ministro Gilmar Mendes, que também impediu que a Assembleia Legislativa (Alep) faça novas eleições para o cargo.
O advogado de Camargo, Igor Sant’anna Tamasauskas, lamentou a decisão de Mendes. ‘’ O afastamento é um erro, já que não há irregularidades na
eleição de Fábio’’, afirma. Ainda de acordo com Tamasauskas, ele pretende recorrer, e disse que ficou sabendo da decisão pelo portal do STF. A defesa ainda não foi notificada, segundo o advogado.
Em nota enviada por sua assessoria de imprensa, o Ministro Gilmar Mendes afirmou que as decisões, por enquanto, se deram em medida cautelar, e que o mérito da reclamação ainda não foi julgado.
O Tribunal de Justiça do Estado (TJPR), responsável pela primeira decisão de afastamento do ex-deputado, foi procurado pela reportagem. Em resposta, o TJ-PR afirmou que os magistrados do Tribunal não se manifestarão sobre a decisão do STF. O TCE também foi procurado pelo Jornal Comunicare e informou que não se manifestará sobre o caso, pois as decisões relacionadas ao processo não são de sua jurisdição.
Desde que foi eleito para o cargo de conselheiro do TCE, Fábio Camargo tem
Em vigor há seis meses, uma lei estadual estipula o uso de câmeras nos petshops para o acompanhamento dos donos dos animais de estimação no processo de banho e tosa. Estabelecimentos tem se adaptado a nova regra, e clientes afirmam estarem mais tranquilos em relação à segurança de seus animais domésticos. O projeto de lei, de autoria do deputado estadual Rasca Rodrigues (PV), foi aprovado por unanimidade na Assembleia Legislativa
do Paraná e visa diminuir o índice de maus tratos no Estado.
A nova legislação prevê que os estabelecimentos devem disponibilizar imagens pela internet aos donos de pet, para que acompanhem a tosa de seu animal, até vidros transparentes nos locais. De acordo com levantamento dos juizados especiais cíveis do Tribunal de Justiça do Paraná, apenas nos nove maiores municípios do Estado foram registrados 76
sido protagonista de uma novela que parece não ter fim. Camargo foi eleito pelos seus colegas da Alep por 27 votos, e após tomar posse do cargo já teve que encarar diversas ações na justiça que contestavam o resultado. Entre as principais acusações contra o ex-deputado estão desde a quantidade de votos que ele recebeu, até as certidões positivas de processos criminais apresentadas durante o edital de eleição, nos quais se exigiam certidões negativas.
O primeiro processo que culminou
com o afastamento dele foi movido pelo concorrente Max Schrappe, que questionou na justiça as certidões positivas de Camargo, além de o acusar de ter sido favorecido por outros deputados durante o pleito.
Um mês depois, uma ação civil pública anulou as eleições na Alep alegando a falta de quórum na votação, sendo que de acordo com o entendimento da ação, eram necessários pelo menos 28 votos para definir o novo conselheiro, já que a Casa possui 54 deputados ao todo.
processos judiciais contra pet shops entre 2005 e 2011. Nos processos, as principais reclamações dos clientes são fraturas, lesões de pele, queimaduras, efeitos colaterais de produtos químicos e até óbitos dos animais. O deputado prevê que com a nova lei, os índices de agressões aos animais diminuam. “Os donos dos estabelecimentos vêm se adequando à nova regra, creio que com as câmeras e os envidraçamentos nos petshops, possa evitar que mais animais de estimação sejam agredidos’’, afirmou.
Apesar da lei estar em vigência desde o ano passado, alguns pet shops já tinha se antecipado e disponibilizado câmeras para os seus clientes. É o caso de um estabelecimento de banho e tosa situado no Água Verde. Para Andressa Guarinos, gerente do espaço, após a implementação das câmeras a clientela aumentou. ‘’As pessoas se sentem
mais confiantes em levar seus cãezinhos e gatos para cá. Mesmo antes da lei já tínhamos as câmeras faz quatro anos’’, disse. A gerente conta que as câmeras facilitam até mesmo na mediação de conflitos com clientes. “Às vezes acontece de um cachorro acabar se machucando sozinho, e alguns donos vierem reclamar, com as imagens conseguimos ser mais transparentes’’, diz. Ao todo o local tem cerca de 25 câmeras espalhadas nas áreas de tosa para o acompanhamento.
Para a produtora Rafaela Bernardino, apesar de já confiar no local onde leva seu cachorro, as imagens lhe dão mais tranquilidade em deixar seu pet na tosa. “É bem melhor, creio que com todos os lugares tendo câmeras as pessoas se sentiram mais confortáveis em deixar seu bicho estimação nos pet shops’’..
terão que instalar câmeras e disponibilizar imagens para donos de animais de estimação
“CREIO
Curitiba está prestes a receber a sua segunda Copa do Mundo. Em 1950, quando o Mundial também foi realizado, a capital paranaense recebeu as partidas ao lado de Rio de Janeiro, São Paulo, Recife, Porto Alegre e Belo Horizonte. Já em 2014, está entre as 12 sedes do Mundial, e ainda foi a cidade escolhida pela delegação espanhola para ficar hospedada.
De acordo com Diego Salgado, autor do livro “1950: O Preço de Uma Copa”, o estádio Durival de Britto da Silva era um dos mais modernos da América Latina e como foi inaugurado em 1947, três anos antes da Copa, precisou de poucas reformas. Não foi possível calcular o valor das obras da construção do estádio, pois a maioria do material foi doado.
Para a Copa do Mundo de 1950, o estádio em Curitiba foi o único que não necessitou ser modificado e tinha capacidade para 12 mil torcedores. Pacaembu, em São Paulo, Eucalipto, em Porto Alegre, e Ilha do Retiro, em Recife, eram estádios que já estavam construídos, mas foram reformados, e Maracanã, no Rio de Janeiro, e Independência, em Belo Horizonte, foram construídos justamente para o Mundial.
Foram duas partidas em Curitiba: Espanha 3×1 Estados Unidos, no dia 25 de junho de 1950, e Suécia 2×2 Paraguai, no dia 8 de junho. E o professor aposentado, Paulo
Osni Wendt, 74 anos, teve a oportunidade de ver a segunda partida e conta toda a sua experiência.
“Meu pai adquiriu ingressos para os dois jogos e me levou em um deles. Nós chegamos lá cedo porque pensamos numa lotação. Mas o primeiro jogo deu perto de 11,5 mil pessoas e o segundo perto de uns 8,5 mil. Foi um grande evento para a época, envolveu a cidade toda. O povo foi e não houve essa implicância de hoje”, declara o professor.
Já para a Copa de 2014, os jogos serão na Arena da Baixada, reformada justamente para o Mundial. A Arena teve sua capacidade aumentada para 38.533 torcedores, segundo o site da FIFA, e receberá quatro partidas: Irã x Nigéria, dia 16 de junho, Honduras x Equador, dia 20, Austrália x Espanha, dia 23, e Argélia x Russa, dia 28, todos válidos pela primeira fase.
Wendt conseguiu ingressos para três dos quatro jogos em Curitiba e será um dos privilegiados a acompanhar jogos nas duas Copas realizadas no Brasil. “Peguei ingresso na parte de cima [do estádio], inclusive a minha esposa também vai, fiz questão que ela fosse, é uma oportunidade única. A euforia de guri foi grande e a de hoje mais ainda, porque você volta no espaço de 64 anos. Então, você volta a ser guri novamente”.
Pedro Melo / 3º Período
Nome: Dante Bonfim Costa dos Santos Posição: Zagueiro Idade: 30 anos
Clube Atual: Bayern de Munique (ALE)
Convocações: 11 jogos.
Destaque e titular do Bayern de Munique, Dante se destaca pelo bom jogo aéreo e pelo seu ótimo tempo de bola.
Nome: David Luiz Pereira Marinho
Posição: Zagueiro Idade: 27 anos
Clube Atual: Paris Saint Germain (FRA) Convocações: 29 jogos.
Com espírito guerreiro, muita técnica e raça, David Luiz é um dos pilares da seleção de Felipão.
Nome: Thiago Emiliano Silva de Souza Posição: Zagueiro Idade: 29 anos
Clube Atual: Paris Saint Germain (FRA)
Convocações: 45 jogos.
Capitão e jogador de confiança de Felipão, Thiago Silva, se destaca pela sua raça e característica de liderança.
Nome: Henrique Adriano Buss
Posição: Zagueiro Idade: 27 anos
Clube Atual: Napoli (ITA)
Convocações: 4 jogos.
Maior surpresa da convocação, Henrique se destaca pela sua polivalência e vai para ser a segunda opção no banco de Felipão.
Rafael Ribeiro/CBF
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) fará uma reunião, na próxima terça-feira (17), para avaliar o pedido da Companhia Paranaense de Energia Elétrica (Copel), de reajuste da tarifa de energia. O pedido de 32,45% foi realizado no último dia 30 e, se aprovado, fará com que a tarifa residencial chegue ao maior valor da história, a partir do dia 24 de junho.
Entre as companhias que sofrerão reajuste em 2014, a Copel é a que fez o maior pedido. A AES Sul, empresa elétrica que distribui energia para o Rio Grande do Sul, pediu 28,86%, enquanto a Companhia Energética do Rio Grande do Norte (Cosern) fez o menor pedido: 12,75%.
A Copel, que atende 395 municípios e 4,1 milhões de consumidores, explica que a demanda de energia no Estado está mais alta do que se pode gerar, pelo baixo nível dos reservatórios de hidrelétricas e, por isso precisa recorrer ao mercado livre — que funciona como uma espécie de bolsa de valores — para atender a todas as cidades.
Segundo a assessora de comunicação da Copel, Alina Prochmann, o custo da compra de energia está muito alto, devido ao uso das usinas térmicas. Este é o principal fator para a solicitação do reajuste. Alina afirma que o restante do percentual é composto por custos operacionais e componentes
financeiros. “Do percentual de reajuste de 32,4% pleiteado junto à Aneel, apenas 1,5% são de custos operacionais da companhia, que podem ser gerenciados pela empresa. Todo o restante (30,9%) referese à energia cara que a Copel foi obrigada a comprar para fornecer aos paranaenses”, explica a assessora de comunicação.
Para o chefe do núcleo de pesquisas periódicas do Instituto Paranaense de
Econômico e Social (Ipardes), Marcelo Antonio Treff, a Aneel não aceitará o reajuste, apenas parte dele. “Não creio que este percentual seja aplicado em sua integralidade ainda este ano. Historicamente a agência reguladora não tem aprovado o índice apresentado pelas empresas geradoras de energia elétrica”, conta.
A auxiliar de serviços gerais Sandra Mara Azanbuja se diz indignada com a solicitação de aumento da tarifa feita pela Copel. “Com o salário que se ganha, e outras contas para pagar, esse aumento
é um absurdo”. Já para o comerciante Maycon José da Silva tudo tem a ver com a Copa do Mundo no Brasil. “O governo gastou um monte com essa Copa e somos nós que vamos pagar as contas. Os preços e impostos vão aumentar e esse reajuste já deve ser por causa disso”, relata.
De acordo com Treff, os consumidores sofrerão grande impacto, caso ocorra o reajuste. “Se por exemplo, determinada família consome hoje R$ 80,00 por mês em energia elétrica, com este reajuste o consumo iria para R$ 107,00”, calcula.
Alex de Moraes Melo, 24 anos, foragido da Justiça de São Paulo, pelo crime de roubo a ônibus de sacoleiros, foi preso em flagrante na tarde de segunda-feira (09), no Sítio Cercado, durante abordagem realizada por policiais militares.
O indivíduo apresentou um documento de identidade no momento da abordagem e, durante a averiguação, ele foi desmascarado pelos policiais.
Em cooperação com a Polícia Civil de Pirapozinho, no interior de São Paulo, o Centro de Operações Policiais Especiais (Cope) já havia prendido outros quatro assaltantes da mesma quadrilha em Curitiba, restando apenas um ainda solto.
“Havíamos começado as investigações em abril, até que na segunda feira, policiais do Cope abordaram o cidadão em questão numa rua do Sítio Cercado. O homem
apresentou um RG em nome de outra pessoa e que claramente aparentava ser documento falso, tendo como objetivo de não ser identificado”, conta o delegado responsável pela sessão, Matheus Laiola.
O preso já tinha um mandado de prisão expedido em São Paulo, e tentou ludibriar os policiais. “No momento da abordagem, ele portava uma identidade falsa, justamente para não ser pego nos nossos registros por seu mandado de prisão, mas mesmo assim,
isso atiçou a desconfiança dos policiais que acabaram por descobrir a verdade e prenderam em flagrante o meliante por porte de identidade falsa, que também é crime e irá se somar às acusações, junto com o mandado de roubo”, completa.
Alex segue detido na sede do Cope até definição do caso por parte da justiça, que decidirá se ele seguirá para o complexo penal em Piraquara, ou se será transferido para São Paulo. Pedro Giulliano / 3° Período
Copel fez pedido à Aneel para reajustar a tarifa de energia. Entre as distribuidoras, é o maior pedido até agoraDesenvolvimento Gabriela Jahn / 1° Período Adriana Barquilha e Gabriela Jahn / 1° Período Uma família que hoje consome R$80,00 vai passar a gastar R$107,00 com o reajuste
O pedido de reajuste de mais de 30% pode levar a tarifa ao maior valor da história se aprovado
“O GOVERNO GASTOU UM MONTE COM ESSA COPA, E SOMOS NÓS QUE VAMOS PAGAR AS CONTAS. OS PREÇOS E IMPOSTOS VÃO AUMENTAR POR CAUSA DISSO”
Às vésperas de completar 50 anos, Eduardo (sobrenome preservado) não se lembra mais quantos anos fazem que chegou às ruas. Mas o motivo é difícil esquecer: drogas e desavenças familiares. Filho de família tradicional, pai, esposo e profissional bem sucedido, o então psicólogo viu a vida desmoronar pelo uso contínuo de drogas e álcool, sem poder atender os apelos de mudança da família, escolheu como lar as ruas da capital paranaense.
Nos primeiros anos, Eduardo dedicouse, como ele mesmo diz, à vida louca. Sem dinheiro para as drogas, entregou-se a bebida mais popular do Brasil: a cachaça.
Vez aqui, outra acolá, fumava alguma coisa ou outra. Como lar escolheu as marquises da Rua XV e como família um grupo de moradores de rua que costuma chamar de irmãos. Entre o grupo sobra alegria, organização e solidariedade para sobreviver à realidade das ruas. “Desde que cheguei aqui eles são a minha família. Então a gente está sempre junto, se protegendo. Tudo o que conseguimos, dividimos e não falta nada pra ninguém. Por isso que digo: com eles aprendi muito
mais do que quando tinha um lar”.
A vida entre os irmãos de rua está sendo registrada num livro que Eduardo tem a esperança de lançar, em breve. Nas páginas que está escrevendo o morador de rua compartilha histórias que viu ao longo de quase 20 anos de idas e vindas pelas marquises. “Cada pessoa que encontrei é como uma pedra dessas calçadas. E elas, suas histórias, seus ensinamentos estão registrados neste livro. Meu objetivo é que isso não se perca na minha memória. Também desejo compartilhar a sabedoria que as ruas têm para ensinar”.
A exclusão social vivida pelos moradores de rua são um dos temas recorrentes da obra de Eduardo que não esquece agressões policiais, as medidas de limpeza do poder público e o desprezo de algumas pessoas que destratam moradores de rua.. “Muitos queriam que nós simplesmente não existíssemos para
não sujarmos a cara da cidade. Por isso passam por aqui e tentam fingir que não existimos. Outros tentam fazer com que isso aconteça escondendo os moradores de rua em períodos de festa, de visitas de autoridades, no inverno ou agora, na Copa do Mundo”.
Em um dos episódios que não saem da mente de Eduardo, registados no Livro, está a lavagem da Rua XV, realizada no ano passado. “Era perto do natal. Então a Prefeitura resolveu higienizar, como eles gostam de dizer, a Rua XV. Acontece que, aqui na Rua XV moram a maior parte dos moradores de rua da cidade. Simplesmente, a Guarda Municipal chegou no meio da madrugada, batendo em todo mundo, recolhendo pertences pessoais e jogando como se fosse entulho num caminhão. Em seguida vinha o pessoal lavando e dizendo ‘circulando’. Foi assustador pra todo mundo. Tudo o que o morador de rua tem na vida é um cobertor pra se proteger do frio, uma mala, talvez com fotos e endereços da família e poucos pertences
da família. E tudo isso se perdeu”, lamenta.
Quando o livro estiver totalmente pronto, Eduardo pretender revisar e procurar uma editora interessada em publicar suas histórias. “Estou com quase tudo pronto. Agora quero procurar alguém que queira compartilhar todos esses relatos com o público. Tenho certeza que as ruas têm muito a ensinar”.
“MUITOS QUERIAM QUE NÓS SIMPLESMENTE NÃO EXISTÍSSEMOS PARA NÃO SUJARMOS A CARA DA CIDADE.”
Morador de rua relata suas experiências em um livro que pretende publicar em breveJeslayne Valente/4°Período
REGISTROS QUE ALIMENTAM UM SONHO
“Também desejo compartilhar a sabedoria que as ruas têm para ensinar”
Era junho de 1953. No porto de Santos, um navio vindo atracava. Entre os passageiros, desembarcava a família Kambayachi, que fugia de seu Japão natal, castigado pela fome e pela guerra. A caçula dos seis filhos, Mariko, tinha sete anos.
Em terra firme, muitos beijos, abraços e lágrimas salgadas pela saudade. A família Kambayachi, cujo nome vem da geração dos samurais, estava há muito separada: os parentes da matriarca haviam partido rumo ao Brasil 20 anos antes.
Além da saudade, um Japão assolado por duas guerras mundiais também castigara a família, nativa de um vilarejo a oito quilômetros de distância do local onde hoje existe a usina nuclear Dai-ichi, em Fukushima.
Logo no começo da estadia, sustos. Era época de São João no Brasil, o que é sinônimo de muitas festas e fogos de artifício. Porém, para quem estava acostumado a brutais bombardeios quase incessantes, as explosões resgatavam o trauma de viver no olho do furacão da guerra.
No entanto, o Brasil foi uma mãe acolhedora para a família tão sofrida. Mariko nasceu em 1945, apenas nove meses depois do fim da Segunda Guerra Mundial. Não havia comida disponível. A solução? Comer o que conseguiam. Durante este período amargo, a alegria da família era quando uma de suas irmãs mais velhas conseguia achar uma lagarta para servir de refeição.
Além de comida, as terras brasileiras também ofereciam paz. A família não precisaria perder mais membros no fogo cruzado da guerra além de um irmão do patriarca. Os filhos de quinze anos de seus vizinhos não se tornariam pilotos de aviões kamikaze. As crianças não mais precisariam ter treinamento de combate com bonecos e lanças de bambu na escola. Suas brincadeiras não mais seriam imitar o barulho da sirene que avisava sobre os bombardeios e logo em seguida se esconder.
O ano, desta vez, era 2011. O dia, 11 de março.
Mariko acordava em sua casa localizada
em uma tranquila rua sem saída no Bom Retiro. Não era mais uma criança: era casada, tinha filhos e assinava Mariko Chikude. Já era brasileira naturalizada.
Neste dia, uma de suas irmãs fazia aniversário. Logo cedo, ligaria para ela para parabenizá-la. Mas antes, habitualmente ligou a televisão no canal japonês NHK. Viu a usina Dai-ichi, que havia visitado em 1994, sendo afogada pelo tsunami. Sua cidade natal sendo balançada pelo implacável terremoto. No telefonema com a irmã, o aniversário foi quase para o segundo plano.
Do outro lado do globo, a família de Mariko que continuava no Japão fugia às pressas, sem levar nada consigo. Suas casas não foram destruídas, continuam firmes, sem uma única rachadura. No entanto, como são próximas da usina, foram
contaminadas pela radiação. Nas poucas vezes que as visitam, é pouquíssimo tempo e usando uma roupa protetora contra a contaminação.
Esta virou a grande sina de todos os que residiam na região. A população teme que a radiação seja contagiosa e prefere manter distância de pessoas vindas de Fukushima. A situação lembra a dos sobreviventes das bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki, que também foram marginalizados por medo do contágio. As crianças não brincam mais do lado de fora. Os trabalhadores da cidade, que um dia tiravam da estação seu sustento, foram por ela obrigados a largar tudo para se salvar.
Fukushima tornou-se uma cidade fantasma. A culpada foi a mesma que trouxe à ela o progresso: Dai-ichi. A
família de Mariko partiu para áreas não contaminadas. Nem mesmo podem visitar os túmulos de seus pais e avós, pois estes estão na área crítica. Isto causa tremenda dor: os japoneses têm profundo respeito e honra por seus ancestrais.
As mudas telepáticas, cegas inexatas, rotas alteradas e rosas cálidas de Vinícius de Moraes, vistas pela última vez na Segunda Guerra Mundial, podem não retornar na mesma quantidade de antes, mas renascem. Mariko pensa que o povo japonês, um dia tão orgulhoso, aprendeu que a humildade é uma qualidade a ser exercitada. Também é agradecida aos países que, mesmo pobres, fizeram o que podiam para ajudar o Japão. Um raro resgate da humanidade do humano no mundo selvagem dos dias de hoje.
O relato de alguém que sobreviveu a guerras, mas vê parte da família sofrer do outro lado do globo