

As chuvas que caíram desde a noite de sexta-feira (06) causaram muitos transtornos e estragos, não só em Curitiba, mas em todo o Paraná. De acordo com o boletim Da Defesa Civil do Paraná divulgado ontem (09), o total de pessoas afetadas no Estado é 55.659. A capital paranaense foi a mais prejudicada dentre as cidades contabilizadas, totalizando 16.204 pessoas atingidas. No final do domingo (08), o governador Beto Richa se reuniu com seus secretários e dirigentes da Defesa Civil para decretar o estado de emergência em 77 dos 101 municípios atingidos e afetados no Estado. Mesmo com a promessa de trégua da chuva na terça feira (10), os efeitos dos estragos se estenderão por toda a semana.
Curitiba ainda enfrenta a ressaca das enxurradas, que se deram de forma exponencial principalmente na parte metropolitana da cidade. Logo no sábado (07), moradores da Cidade Industrial de Curitiba (CIC), revoltados com a situação de alagamento, e queimaram pneus em forma de protesto.
Na segunda feira (09), houve uma força-tarefa da Defesa Civil com a Prefeitura, tendo com o enfoque os bairros mais necessitados como Boqueirão, CIC, Atuba, Cajuru e Uberaba. Segundo Executivo Municipal, não há mais famílias desabrigadas na cidade, tendo em vista que as 174 famílias que até então estavam
sem teto puderam voltar aos seus lares.
No total, mais de 300 toneladas de lixo foram recolhidas. No CIC, onde a situação foi mais crítica, foram recolhidos mais de 35 toneladas de móveis, eletrodomésticos e demais materiais perdidos pelos moradores. A previsão é que esse número chegue a 80 toneladas. A operação de limpeza dos entulhos no bairro mobiliza 70 dos mais de 200 homens disponíveis e 27 dos 70 caminhões utilizados em toda cidade pela Prefeitura.
Para cooperar com o auxílio às famílias prejudicadas, a Prefeitura está recebendo e distribuindo doações em diversos pontos da cidade. As doações são aceitas nas unidades de atendimento da Fundação de Ação Social (FAS) e dos Centros de Referência de Assistência Social (CRAS), e em mais de 600 endereços da campanha de inverno Doe Calor, separados por bairro no site www.doecalor.com.br. Batalhões da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros também estão recebendo donativos.
Outro local para doação é a sede do Programa do Voluntariado Paranaense (Provopar), na Rua Sergipe, 1.712, no bairro Guaíra.
No momento, os itens mais necessários são: toalhas de banho, alimentos não perecíveis, agasalhos e materiais de limpeza e higiene pessoal.
No (CRAS) Caximba, havia fila de moradores pela manhã. Até o meio-dia, mais de 200 famílias receberam cestas básicas, roupas, colchões e cobertas. “Temos 150 pessoas trabalhando por aqui. A vulnerabilidade dessas famílias é muito grande”, diz Edgar Otto, administrador da regional do Pinheirinho, que atende o local.
As doações estão sendo distribuídas para a população nos CRAS espalhados pela cidade. Ao todo no fim de semana, 1.356 cestas básicas, 300 litros de água, 1.120 pacotes de fralda e material de higiene (papel higiênico, sabonete e álcool), 400 litros de água sanitária e 160 pacotes de leite em pó foram entregues, de acordo com a FAS e o Instituto Pró-Cidadania de Curitiba (IPCC).
Em semana de Copa, os bares de Curitiba se preparam para receber turistas e o público dos jogos. O Bar Brahma, por exemplo, realizou diversas mudanças em suas atividades. Além de duas novas contratações, o bar recém adquiriu dois grandes telões para exibição dos jogos da copa. Também mudou seus horários, passando a abrir ao meio dia, quando antes abria às 17h. Durante os dias de jogos em Curitiba, haverá cobrança de entrada, mas o bar também contará com um DJ para animar as pessoas.
A gerente do Bar Brahma, Fernanda Mendes Carneiro, conta que além dos telões, duas novas televisões de 70 polegadas foram compradas e os atendentes foram treinados para atender em inglês. Parte do conhecimento de línguas estrangeiras como o inglês e o espanhol básico veio de um curso dado pela Ambev aos atendentes. Para ela, o movimento aumentou desde maio. “A procura para reservas nos dias de jogos é bem grande”, afirma a gerente.
O bar Aos Democratas, já há alguns
anos em Curitiba, não fez muitas mudanças na casa. De acordo com os proprietários, o local possui duas televisões por andar, funcionários preparados, desde a abertura do estabelecimento, para atender estrangeiros com o básico de inglês e espanhol e uma estrutura apta a atender a demanda, que sempre foi elevada. A maior mudança vista no bar para a copa são a decoração verde-e-amarela e os cardápios que deverão ter uma versão em inglês. Outro destaque é o Madero Sports Bar. Com inauguração nessa terça-feira, ele ficará aberto em dias de semana para o horário de almoço e entre às 18h e a meianoite. Nos domingos abrirá ao meio-dia e fechará a meia noite e nos sábados e feriados, o fechamento será à uma hora da manhã. O bar conta com 15 televisões e dois telões para exibição dos jogos, além de headphones (fones de ouvido individuais) para que quem quiser acompanhar o som dos telões durante os jogos. Segundo a gestora do bar, Roberta Brandalize Machado, o local, idealizado pelo Chef Junior Durski, criador da rede Madero, já é
uma ideia antiga. “É um projeto de mais de 9 anos”, afirma gestora. Ela também conta que a Copa do Mundo foi um incentivo para a materialização do bar, mas que não foi o evento que a incentivou por completo.
Brandalize explica que o cardápio do Madero Sports Bar será totalmente diferenciado do que o restaurante costuma servir. Indo desde Nachos, exclusivos do bar, até releituras dos clássicos Madero. Para ela, apesar da espera de um grande público durante os jogos da copa, o Madero Sports Bar já recebeu perguntas com relação a outros esportes como o basquete e o bar planeja atender fãs inclusive do tênis e do MMA.
O engenheiro de controle e automação, Arthur Nasrala, conta que está animado para a Copa. “Pretendo assistir a maior quantidade de jogos possíveis, de preferência em algum bar ou fazendo churrasco com os amigos”, afirma. Na companhia de amigos e colegas de trabalho ele planeja ver todos os jogos do
Brasil, além de acompanhar os de outras seleções como a Alemanha, Holanda, França e Argentina. Sem lugar específico para assistir aos jogos e decidindo no dia sobre isso, ele tem vontade de assistir algum jogo no estádio, dependendo de sua disponibilidade.
A estudante, Camilla Berger, tem algo maior planejado. Com algo em torno de vinte amigos e seu namorado, ela planeja assistir todos os jogos da Seleção Brasileira, na casa de três deles. Como parte de seu evento, o grupo planeja cardápios diferenciados para cada jogo, baseandose em quem a seleção enfrentar. “Por exemplo, no dia do jogo contra o México, o cardápio envolve tequila e nachos”, relata. Ela conta que irá assistir ao jogo da seleção Russa contra a Argélia, na Arena da Baixada, acompanhada do namorado. “Vou por curiosidade mesmo. Poder presenciar ao vivo um jogo da copa. Apesar de não ser um super jogo, acho que vai ser bem legal!”, comenta. Ela também acompanhará
alemã.
se organizam comBreno Soares / 1° Período Breno Soares / 1° Período Bar do centro da capital paranaense, que também transmite jogos do futebol brasileiro durante o ano, está de “roupa nova” para os dias de jogos da Copa do Mundo
os jogos da seleção
“POR EXEMPLO, NO DIA DO JOGO CONTRA O MÉXICO, O CARDÁPIO ENVOLVE TEQUILA E NACHOS”
Em busca de uma clientela maior, alterações vão desde o cenário a atrativos típicos no cardápio
“PRETENDO ASSISTIR A MAIOR QUANTIDADE DE JOGOS POSSÍVEIS, DE PREFERÊNCIA EM ALGUM BAR OU FAZENDO CHURRASCO COM OS AMIGOS”
Uma liminar da Justiça Federal cancelou a sessão do Conselho Universitário (Coun) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) que votaria a adesão do Hospital de Clinicas (HV) à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH), na tarde dessa segunda-feira (09). A reunião foi convocada pelo reitor da UFPR Zaki Akel às pressas no prédio dos Correios no Rebouças em Curitiba e foi alvo de
protestos, piquetes e fechamento de ruas durante todo o dia na região da estatal. Estudantes, professores e técnicos ligados à Frente de Luta em Defesa do HC tentaram impedir a entrada de conselheiros para que não ocorresse a votação da proposta, e acabaram entrando em confronto com a Polícia Militar.
Mais cedo, membros do Sindicato dos Técnicos (Sinditest) e do Diretório Central
de Estudantes, além de professores ligados à Associação dos Docentes (APUFPRSSind) organizaram uma caminhada pelo centro da cidade, para denunciar o que chamam de ‘’ privatização do Hospital de Clínicas’’, cerca de 500 pessoas, segundo os manifestantes, participaram do ato da manhã.
Logo quando souberam que a sessão do Conselho Universitário havia sido transferida para a sede estadual dos Correios os manifestantes se deslocaram para o local, onde iniciaram um piquete e trancaram as ruas nas imediações com barreiras de pneus queimados e pedaços de pau. Para que o Coun tivesse validade cerca de 1/3 dos 63 conselheiros deveriam estar presentes. Uma conselheira representante do corpo docente, que é favorável à adesão a EBSERH, chegou a tentar entrar no prédio para participar da votação, mas acabou sendo impedida pelos participantes do ato.
Momentos depois cerca de 12 conselheiros favoráveis à implementação conseguiram entrar nos Correios dentro de um micro-ônibus da PM e escoltados pela Tropa de Choque. De acordo com a assessoria de imprensa da UFPR, a ação ocorreu a pedido dos próprios conselheiros. Já, segundo a representante do Diretório Central dos Estudantes (DCE) e conselheira Bruna Ornellas, a Reitoria da universidade tem sido autoritária na condução da pauta sobre o Hospital. “Desde semana passada no ato que fizemos na quarta, o que a gente
vem enfrentando é a anti-democracia e a truculência do Reitor. Colocaram a PM e a Polícia Federal para coibir a participação dos trabalhadores do HC e dos estudantes na decisão sobre a EBSERH”, denuncia. A PM e os manifestantes entraram em confronto quando os conselheiros chegaram escoltados. Apesar de ninguém ter ficado ferido, algum dos manifestantes que estavam no portão tentando impedir a entrada da polícia chegaram a ser agredidos por policiais.
Já de acordo com o Reitor Zaki Akel Sobrinho, ‘’a Polícia Federal teve que oferecer um veículo para que se pudesse conduzir os conselheiros em segurança até o local da reunião.’’ Akel Sobrinho afirma que alguns conselheiros chegaram a ser ameaçados pelos manifestantes, como já havia acontecido na sessão anterior do Conselho Universitário, na quarta-feira (04).
‘’Lamento que a estratégia deles de usar a força, a recusa ao diálogo e agora também a Justiça para impedir o debate e a reunião do Coun tenha dado resultado”, afirmou.
A reportagem do Jornal Comunicare entrou em contato com a assessoria de imprensa da UFPR para apurar mais informações em relação ao conselho, contudo, houve divergências entre as informações veiculadas pela assessoria com relação, principalmente, ao local definido para a reunião dos diretores conselheiros. Até às 14h, quando contatada, a assessora de imprensa Janete Batista afirmou
queBanner em prol do movimento faz críticas ao atual governo Gabriel Carriconde/ 4° Período
“É uma pena que a Justiça não tenha ouvido o contraditório e entendido o momento grave enfrentado pela UFPR e pelo Hospital de Clínicas”
“A REUNIÃO JÁ SERIA ORIGINALMENTE NOS CORREIOS E SABÍAMOS DA OPERAÇÃO DA POLÍCIA PARA TENTAR ENTRAR COM OS CONSELHEIROS”
“não sabia das mudanças de local e horário’’ e que não tinha como ajudar a direcionar o trabalho da imprensa. Entretanto, quando contatada após o episódio de entrada dos conselheiros em conjunto com a polícia, o que foi afirmado foi diferente. “A reunião já seria originalmente nos Correios e sabíamos da operação da polícia para tentar entrar com os conselheiros”, afirma.
Nenhum conselheiro favorável a proposta da EBSERH ou representante do corpo administrativo da universidade quis gravar entrevistas. A imprensa foi impedida de cobrir a sessão do Coun de dentro do prédio.
Duas horas após o início da sessão do Conselho Universitário uma liminar expedida pela Justiça Federal cancelou a reunião, a declarando irregular. Conforme nota de assessoria da UFPR, a juíza responsável Giovanna Meyer considerou a sessão ilegal por não ter havido comunicação com pelo menos 48 horas de antecedência sobre o local em que o evento seria realizado.
De acordo com o conselheiro representante dos estudantes da pósgraduação, Lawrence Estivalet, autor da ação, o reitor se comprometeu em marcar o próximo Conselho dentro do prédio administrativo. “Além da liminar garantir que o Coun seja convocado com antecedência, o próprio reitor se
comprometeu após o cancelamento da reunião em fazer a próxima dentro das imediações da universidade”, afirma. Ainda de acordo com a conselheira Bianca Zanetti, do DCE, a reitoria da universidade chegou a se recusar a acatar a decisão da Justiça Federal. ‘’Quando veio o oficial de justiça com a liminar ele chegou a impedir a sua entrada, e só acatou-a depois que a procuradora da universidade recebeu a notificação’’, conta. De acordo com Zanetti, o local da reunião foi divulgado apenas com 30 minutos de antecedência, o que seria irregular. Em nota, o reitor lamentou a postura da juíza, e criticou o mandado de segurança. Para ele os manifestantes adotaram uma tática de ‘’obstrução’’ para impedir que a sessão acontecesse. “É uma pena que a Justiça não tenha ouvido o contraditório e entendido o momento grave enfrentado pela UFPR e pelo Hospital de Clínicas”.
que geralmente regulamenta as relações trabalhistas dentro do setor privado. Isto tiraria a estabilidade do emprego dos concursados. O impasse em relação à empresa já tem se arrastado por dois anos, dividindo opiniões entre a reitoria e setores da comunidade acadêmica e trabalhadores do HC.
dispensados’’, afirma.
De acordo com a Reitoria, o HC reduziria seus leitos para apenas 163 – uma perda de quase 40% com a não assinatura do regime compartilhado, e impossibilitaria a abertura de um novo concurso para a contratação de cerca de 2.063 servidores para o hospital.
‘’COM A EBSERH VAMOS
De acordo com o Sinditest a adesão a empresa irá significar a “entrega do HC para os planos de saúde privados, para as indústrias de equipamentos médicohospitalares, laboratórios e clínicas particulares, através de uma empresa que será responsável pela “administração” do HC. Se ela for implantada no Hospital de Clínicas, ele deixará de ser um hospital-escola 100% público, 100% SUS, e estará sujeito às leis do mercado, como qualquer hospital privado’’.
CONSEGUIR GARANTIR O EMPREGO DOS TRABALHADORES DA FUNPAR. E SE O NOVO MODELO DE GESTÃO COMPARTILHADA NÃO FOR APROVADO, OS 916 TRABALHADORES PODEM SER DISPENSADOS’’
A EBSERH foi criada pelo governo federal para ajudar a gerenciar os hospitais universitários públicos do país, tendo seu modelo de contratação de funcionários por concurso, no entanto, dentro das normas da Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT)
Já para Akel Sobrinho, a gestão compartilhada com a empresa traria diversos benefícios ao hospital, e que os contrários à proposta não entenderam as reais motivações da proposta. ‘’Com a EBSERH vamos conseguir garantir o emprego dos trabalhadores da Funpar além de que, se o novo modelo de gestão compartilhada não for aprovado, os 916 trabalhadores podem ser
O HC é o maior hospital público do Estado atendendo cerca de 1 milhão de pacientes por ano atualmente. Conforme a UFPR, a unidade possui uma falta de cerca de 600 funcionários. Por causa de diversas decisões judiciais, a universidade só pode realizar novas contratações se fizer concursos públicos.
No último dia 04, houve uma primeira tentativa por parte da reitoria de aprovar a EBSERH, contudo, após várias manifestações, o Coun teve que ser suspenso e reaberto dentro da Procuradoria Geral da República, que fica nas imediações da sede administrativa da universidade. Apesar das tentativas por parte da Reitoria em realizar a reunião, cerca de 400 pessoas se aglomeraram em frente ao prédio, e impediram a entrada dos conselheiros, ocasionando a falta do quórum necessário para o início da sessão. Após o cancelamento, o reitor fez nova convocação dessa vez sem avisar onde seria o local da reunião.
A Espanha chegou ao Brasil na noite de domingo (08) para a disputa da Copa do Mundo. Depois de dois amistosos nos Estados Unidos, a atual campeã mundial desembarcou por volta das 20h10, no aeroporto Afonso Pena, em Curitiba, e foi diretamente para o CT do Caju, que pertence ao Atlético-PR.
A torcida que compareceu no saguão em bom número não teve acesso aos jogadores, como tem acontecido com as demais seleções. Logo depois do desembarque a seleção seguiu para um ônibus que os esperava na pista. Depois de passarem pela alfândega, seguiram para a casa do Atlético onde ficarão hospedados.
O primeiro treino da Espanha em solo brasileiro aconteceu nesta segunda às 16h. Os atuais campeões mundiais ficam em Curitiba até o dia 11 de junho, dia em que viajam para Salvador, onde dois dias depois encaram a Holanda, na Fonte Nova, reeditando a decisão de 2010. Após a partida, irão retornar para Curitiba.
“Ficamos muito felizes de receber a seleção que é a atual campeã do mundo, isso dá um prestigio maior para cidade, para estrutura onde eles vão estar que é o CT do Atlético Paranaense. Ficamos muito felizes em poder receber uns dos melhores jogadores do mundo”, relata Alexandre de Lorena que esteve no aeroporto aguardando a seleção.
Vários torcedores curitibanos estavam animados com a possibilidade de assistir ao treino aberto de hoje da seleção espanhola, mas as atividades da atual campeã do mundial serão acompanhadas somente por convidados. Os mil convites para este treinamento estão nas mãos de pessoas selecionadas pela Real Federação Espanhola de Futebol e pela Fifa.
Caroline/ 3° Período
Nome: Daniel Alves dos Santos
Posição: Lateral direito Idade: 30 anos
Clube atual: Barcelona (ESP)
Convocações: 73 jogos.
O experiente lateral se destaca pelas suas subidas ao fundo com muita qualidade, seus cruzamentos também chamam atenção. Em sua segunda Copa do Mundo espera conquistar o hexacampeonato.
Nome: Maicon Douglas Sisenando
Posição: Lateral direito Idade: 32 anos Clube atual: Roma (ITA) Convocações: 70 jogos.
O titular na lateral direita na última Copa do Mundo, Maicon perdeu a titularidade para Daniel Alves. Muito veloz e com ótima marcação, o lateral vai brigar pela vaga no time titular de Felipão.
Nome: Marcelo Viera da Silva Junior
Posição: Lateral esquerdo Idade: 25 anos
Clube atual: Real Madrid (ESP)
Convocações: 29 jogos.
Atual campeão Champions League, Marcelo vem empolgado para a Copa do Mundo. Muito ágil e habilidoso é um dos pontos de referencia nas subidas ao ataque da seleção brasileira.
Nome: Maxwell Scherrer Cabelino Andrade Posição: Lateral esquerdo Idade: 32 anos Clube atual: Paris Saint Germain (FRA) Convocações: 7 jogos.
Muito regular e experiente jogando pelo PSG, conquistou a vaga na Copa do Mundo para ser o suplente principal do titular absoluto Marcelo.
A poucos dias de iniciar a Copa do Mundo FIFA, alunos de jornalismo da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) criaram um projeto para acompanhar os jogos do Brasil e transmitilos no Portal Comunicare, jornal da laboratorial do curso, e na rádio Clube FM.
Na manhã da segunda-feira (9), alguns conteúdos produzidos começaram a ser veiculados no Boca no Trombone, programa da rádio Clube, transmitido das 6h às 8h. O programa tem cerca de 400 mil ouvintes por minuto, o que, para os alunos, significa uma oportunidade de visibilidade.
Em todas as manhãs, duas reportagens são transmitidas e, nos dias de jogos do Brasil, duas horas antes das partidas, dois alunos farão boletins sobre o que está acontecendo em dois pontos da cidade a cada 30 minutos.
O aluno do 3º período de jornalismo e integrante do PUC Sports, Roberto Rohden, conta que o projeto foi uma iniciativa de colegas de classe. Segundo ele, os estudantes tiveram a ideia de fazer um programa de rádio semanal sobre esportes. Então, o coordenador do curso, Julius Nunes, aprovou a ideia e sugeriu que cobrissem a Copa do Mundo, tratando não somente do futebol, mas também de segurança, turismo e saúde.
O coordenador do curso de jornalismo, Julius Nunes, conta que “além de ser uma ótima oportunidade para os estudantes
colocarem em prática o que aprendem em sala de aula, é uma forma de darem visibilidade às produções jornalísticas que realizam”, declarou o coordenador.
Segundo o integrante do projeto, Vithor Marques, sempre sobra trabalho para fazer em casa. “É pesado, além de escrever, temos correr atrás de pautas, das fontes e também das artes, pois nós queremos colocar no Portal todas as mídias convergentes que aprendemos”, afirmou.
Para Rohden, há vários pontos positivos. “É uma grande oportunidade, eu estou fazendo muitos contatos. Nos lugares em que nós vamos, tem muitos jornalistas de rádio e televisão. Tem gente até de fora do país, como um pessoal da Suécia que estava cobrindo um evento”, diz. Ele lembra também que o projeto propiciou o acesso às mídias sobre as quais aprenderão somente nos próximos períodos. “Estamos usufruindo de todos os aparatos que a PUC oferece, os estúdios de rádio, TV e foto. Os profissionais daqui estão à nossa disposição e isso facilita muito”, completou.
O coordenador de produção das Rádios Clube FM e Lumen FM, Rogério Chioccheti, ressalta que já tinham idealizado coberturas similares, mas que a da Copa do Mundo foi a maneira de darem voz aos estudantes. “A copa do mundo era a primeira oportunidade, porque o PUC Sports teve interesse e nós também vamos ganhar com matérias e uma cobertura mais qualificada”, finaliza.
Bruna Fotos: Rafael Ribeiro/CBF Leonardo Dulcio / 3° PeríodoNa madrugada desta segunda-feira (09), seis indivíduos fortemente armados explodiram dois caixas eletrônicos na Universidade Tuiuti do Paraná (UTP), localizada na rua Padre Ladislau Kulano, no bairro Santo Inácio. O assalto ocorreu por volta das 4h30 da manhã. Os bandidos entram na universidade e renderam
dois vigilantes.
O grupo entrou por duas partes da universidade e explodiu dois caixas eletrônicos, um do banco Itaú e o outro do Santander. Os terminais bancários se encontravam nos blocos A e C da UTP.
Segundo o delegado do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope),
Leonardo Bueno Carneiro, os bandidos entraram pelos fundos e pela frente da universidade. “Os bandidos estavam fortemente armados, com duas armas longas e três pistolas. Utilizaram de explosivos para roubar os caixas”, relata o delegado.
Carneiro afirma que ninguém ficou ferido e que o carro em que fugiram era uma Tucson prata. “O carro que os ladrões usaram foi roubado dia 20 de maio.
A polícia militar encontrou o veículo abandonado em uma rua próxima à Tuiuti e acreditamos que eles fugiram em outro carro, que já deveria estar no local. Já temos suspeitos, mas não podemos divulgar para não atrapalhar a investigação”, informou.
Para o estudante de jornalismo da UTP, Gabriel Maurer, existem muitos vigias na universidade e ao redor dos
estacionamentos. “Vigias têm vários, o problema é que qualquer um pode entrar na faculdade. Mas não conheço ninguém que tenha sido assaltado por aqui”, explica Maurer. Para a estudante de estética, Rayana da Maia, o bairro é perigoso. “Falta iluminação nas ruas ao redor da universidade, acho um bairro bem perigoso. Porém, a UTP é segura, têm vigias por toda a parte. O problema é fora da faculdade mesmo”, afirma a estudante.
A aluna de administração, Kiemy Gelasko, considera o campus da universidade perigoso. “Falta segurança, qualquer um entra sem identificação e só vejo vigia no estacionamento. Dentro da universidade não sinto segurança nenhuma”, relata Gelasko.
A assessoria de imprensa da UTP foi procurada pela reportagem do Comunicare, mas informou que não se manifestará sobre o assunto.
A Copa do Mundo, por ser agora no Brasil, era esperada com ansiedade pelos comerciantes curitibanos. A expectativa de vendas de artigos da Seleção Brasileira era alta, porém, até sexta-feira (06), não era nada disso que se via nas ruas da capital paranaense. O movimento era abaixo do desejado. Alguns comerciantes chegaram a abaixar os preços.
Nesta segunda (09), o panorama mudou. Os torcedores começaram a ir às ruas em busca de peças, tanto da seleção canarinho quanto de outras seleções, principalmente das que passarão por Curitiba. “As vendas começaram nesta semana. Na véspera do primeiro jogo que vai ser um dia bem corrido”, diz a comerciante Pamela de Souza.
“Nós somos os verdadeiros brasileiros, deixamos tudo para última hora!”, brinca Rogério dos Santos, que comprava enfeites para casa, onde assistirá os jogos. Clarice Santos, esposa de Rogério, diz que, além dos enfeites, estão comprando cornetas para fazer muito barulho pela seleção.
Entretanto, ambos afirmam que os produtos estão muito acima do preço esperado. “Está caro! Isso aí são só coisinhas insignificantes, que vamos usar agora, e depois não vamos usar mais!”, opinam.
Em contrapartida, os comerciantes afirmam que os produtos já estão com um valor acessível, e que não podem abaixar mais, a não ser que encalhem nas prateleiras, quando o fim da Copa se aproximar. “Não precisamos abaixar os preços. Os nossos são os mais baratos do mercado, super acessíveis ao cliente!”, afirma Júlio Guterres, gerente comercial.
As vendas ainda não alcançaram a expectativa desejada, mas os comerciantes ainda esperam alcançar as metas e até ultrapassá-las, já que a procura pelos produtos começou e tende a aumentar.
Segundo Stefanie Heiderch, vendedora de uma loja de varejo, o curioso era que, até semana passada, a busca por produtos de outras seleções, principalmente da Espanha, era mais alta do que por produtos da nossa seleção.
Produtos da seleção brasileira são os mais procurados
Alessandro Catenaci, empresário curitibano, teve uma ideia inusitada: enlatar o ar das cidades brasileiras, e vendê-los aos turistas que virão assistir à Copa do Mundo. O empresário conta que teve a ideia numa viagem à Europa, quando encontrou, em Paris, água do rio Sena e o ar da cidade parisiense enlatados.
A média de venda mensal tem sido de 2 mil latinhas, e o empresário espera que as
vendas tripliquem durante a Copa, já que a lembrança custa apenas R$10,00.
Para os que dizem que é uma forma desonesta de ganhar dinheiro, o empresário rebate, explicando que tudo é uma brincadeira. “O que nós queremos com essas latinhas é convidar o turista pra uma brincadeira, pois ao levar o ar da cidade, ele também está levando um pouco da nossa cultura”, conta o empresário.
“QUALQUER UM ENTRA SEM IDENTIFICAÇÃO E SÓ VEJO VIGIA NO ESTACIONAMENTO”Rafaela Moreira / 3° Período
Alunos ressaltam que mesmo com um grande número de vigias falta controle de quem tem acesso a UniversidadeAdriana Barquilha e Gabriela Jahn / 1° Período Gabriela Jahn / 1° Período
O Museu Oscar Niemeyer (MON), em colaboração conjunta com o Instituto Moreira Salles (IMS), abriu na noite da última quinta-feira (29) a exposição “Um olhar sobre ‘O Cruzeiro’: as origens do fotojornalismo no Brasil”. Com curadoria dos pesquisadores Helouise Costa e Sergio Burgi, a amostra conta - através de um acervo de mais de 300 imagens e matérias da época - como o fotojornalismo brasileiro se consolidou mundialmente pela revista entre as décadas de 1940 a 1970.
De acordo com a curadora e pesquisadora Helouise Costa, o objetivo da amostra, além de resgatar a pouco conhecida história do fotojornalismo brasileiro, é de também corrigir historicamente algumas perspectivas comuns à época para com “O Cruzeiro”. “Nós tentamos mostrar nessa pesquisa histórica a variedade de temas que ‘O Cruzeiro’ abordava, pois na época a revista era conhecida e vendida apenas como uma revista de variedades, o que tornava o veículo muito citado, porém pouco conhecido. Tentamos com isso mostrar como a fotografia foi e é importante para a construção da notícia, assim como ajuda a pensar no fotógrafo como autor e artista, e isso ajuda também fazer uma correção histórica, de tirar o rótulo de variedades da revista e tentar expor, pelo
viés do fotojornalismo, a importância vital e vanguardista que o veículo teve à época”, conclui.
Divididos em três espaços distintos e com recursos interativos, a exposição trouxe uma abordagem diferente para o assunto abordado, adotando a comparação de perfis ao invés do relato cruamente cronológico. “A montagem da exposição foi o grande desafio no fim das contas, pois se fossemos armar apenas pela ordem temporal nós focaríamos muito na história da revista, e não na história do país através da mesma pelas lentes destes fotógrafos, que hoje são cada vez mais reconhecidos pelo seu importante trabalho de documentação histórica e artística”, afirma a curadora.
Ao apresentar as obras para as 110 pessoas presentes na abertura da exposição, Helouise destacou a organização da amostra de acordo com a linha de pensamento adotada pela curadoria, divididas assim, em três momentos conceituais. “Na primeira sala, começamos com a temática indígena e o sistema de artes. Os temas podem parecer antagônicos, mas na verdade havia um diálogo importante entre eles pois a questão indígena avançava com relação à expansão das suas próprias fronteiras rumo ao oeste, e o sistema das artes estava se profissionalizando no país, com a criação
dos grandes museus modernos. Ambos são movimentos sincrônicos, um interno e outro externo, em que o ápice desses movimentos foi justamente a construção de Brasília, e esse contraste foi retratado passo a passo pelo O Cruzeiro”, diz.
Na segunda sala, os assuntos políticos tratados na revista que eram o foco da vez, tentando retratar como o veículo abordava o assunto, fazendo recortes simétrico entre o público e o privado dos legisladores da época. “Colocamos aqui uma série de reportagens que tentam mostrar a intimidade dos políticos como garantia da legitimidade pública deles enquanto legisladores. E vemos isso até hoje, de certa maneira, quando a imprensa mostra que o político é um bom pai e um bom marido ele automaticamente é legitimado como um “bom gestor”, afirma Helouise.
Na terceira e última parte, o foco era exclusivamente o papel do fotógrafo como ser itinerante, tendo em vista o fato de que em época de 2ª guerra, a arte em geral tomou um perfil migratório, principalmente na fotografia. “ Em plena era da ascensão dos regimes totalitaristas, há uma grande migração de fotógrafos para o Brasil, e é nessa época que O Cruzeiro contou com os trabalhos de gente como Pierre Verger e Marcel Gautherot, o que auxiliou e muito na ascensão do Cruzeiro como uma referência no fotojornalismo”, finaliza a pesquisadora.
Para o secretário estadual de Cultura, Paulino Viapiana, o ponto principal da exposição é o verdadeiro resgate histórico abarcado no material, tanto para o fotojornalismo, como na história da comunicação. “É um trabalho inédito que vale a pena ser visto, principalmente as gerações contemporâneas que não tiveram acesso a esse movimento da imprensa brasileira, da revista O Cruzeiro e depois
da Manchete, veículos que marcaram a história do Brasil e o nascimento de um tipo de comunicação”, comenta.
Para a professora Joseane Daher, visitante da exposição, a exposição traz consigo a importância de conhecer as raízes da prática foto jornalística. “É interessante pois se torna importantíssimo o fotojornalista atual, que se prevalece de câmeras digitais, ter o contato com métodos e linguagens fotográficas antigas que serviram de norte para a comunicação fotográfica contemporânea. Depois ter contato com ícones do fotojornalismo mundial, que trabalharam no Cruzeiro, que mostra a história e a importância do veículo. Toda pessoa que se diz fotojornalista têm que conhecer esses nomes e esse espaço, é obrigatório”, diz.