Comunicare 257 - 05.12.2014 (sexta)

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Sem grana no caixa

Com medo de assaltos, CEF desabastece autoatendimento

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Bolsa Família recua em Curitiba Número de beneficiados pelo programa caiu em 26% na cidade.

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Alunos da rede pública no teatro Projeto Pé no Palco democratiza o acesso às artes cênicas.

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Curitiba, 05 de Dezembro de 2014 - Ano 17 - Número 257 - Curso de Jornalismo da PUCPR
O último show Torcida do Coritiba promete despedida inesquecível para Alex.
O jornalismo da PUCPR no papel da notícia

Cidades

C

hega ao fim mais uma semana do Comunicare diário. E é com muito orgulho que estamos aqui para falar sobre os nossos erros. Os sobrenomes? Sumiram. Os nomes? Perderam letras. As fotos? Não entraram. Os tex tos cortados? Causaram briga entre revisores e repórteres. Mas o resultado está cada vez melhor!

Nessa semana tivemos o primeiro joga de futebol da

história e até um jornal com datas diferentes, cada página tinha uma data! O novo acor do ortográfico, esquecemos algumas vezes e, se sobraram idéias, faltaram hifens e acentos.

No jornal curitibano acaba mos, por duas letras, falando da capital paraense. Não foi por falta de revisão, não! Foram duas, três, quatro e até mais para cada texto. Foi um trabalho intenso, sempre

é! Mas no fim das contas, é errando que se aprende e nós estamos aprendendo.

Porém, fizemos o trabalho com todo o afinco, buscando preparar as melhores pautas, reportagens e edições que temos condições de fazer, sabendo que um jornal diários exige um esforço enorme, mas nos traz uma experiência única e incomparável.

02 Curitiba, 05 de Dezembro de 2014
Expediente Edição 257 - 2014 O Comunicare é o jornal laboratório do Curso de Jornalismo PUCPR jornalcomunicare.pucpr@gmail.com http://www.portalcomunicare.com.br Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) R. Imaculada Conceição, 1115 - Prado Velho - Curitiba - PR REITOR Waldemiro Gremski DECANA DA ESCOLA DE COMUNICAÇÃO E ARTES Eliane C. Francisco Maffezzolli COORDENADOR DO CURSO DE JORNALISMO Julius Nunes COORDENADOR EDITORIAL Julius Nunes COORDENADOR DE REDAÇÃO/ JORNALISTA RESPONSÁVEL Miguel Manasses (DRT-PR 5855) COORDENADOR DE PROJETO GRÁFICO Rafael Andrade MONITORIA Luciana Prieto COLABORADOR Eduardo Souza FUNDADOR DO JORNAL Zanei Ramos Barcellos SECRETÁRIAS DE REDAÇÃO Bruna Carvalho 5º Período Taís Arruda 4º Período EDITORES Eduardo Souza 5º Período Vitor Hugo do Amaral 2º Período PAUTEIROS Adriana Barquilha 2º Período Breno Soares 2º Período Gabriela Marques 2º Período Paola Magni 3º Período REVISORES Lara Fonte-Bôa 2º Período Paola Magni 2º Período A gente erramos!

Cruzamento preocupa moradores

População reclama da falta de sinalização nas proximidades do Terminal do Cabral

A falta de semáforos que controlem o tráfego no cruzamento entre a Avenida Paraná e a Rua dos Funcioná rios, no Cabral, tem provo cado reclamações entre os moradores e comerciantes da região.

Segundo uma lojista que não quis se identificar todos os dias acontece alguma situação de perigo envolvendo o trân sito no local. “Se não é batida são freadas, algumas brigas, buzinadas consecutivas”.

Lucia Furnelato, funcionária da escola de educação especial Nabil Tacla, compartilha da mesma opinião e afirma ainda que, mesmo com a sinalização presente, essa região é muito perigosa. “Os

pais, às vezes, não conseguem parar aqui perto da escola e vão lá em cima (sobem a rua) para depois voltarem com as crianças que utilizam cadeiras de rodas; isso porque nem os carros nem os ônibus respei tam as leis (de trânsito)”.

O professor Baltazar Hen rique, que passa todos os dias pelo local, diz que nos horários de maior movimento o congestionamento é muito grande, sendo preciso prestar muita atenção, tanto de ma nhã quanto à tarde, e enfatiza que os pedestres sofrem para atravessar no cruzamento, pois precisam disputar espaço com os ônibus. “Eles são gran des e ainda não respeitam ninguém. É um cruzamento de alto risco para todos”.

A presidente da Associação dos Moradores e Amigos do Bairro Ahú/Cabral, Shirley Terezinha Bonfim, disse que a associação nunca tentou resolver o problema com a Prefeitura, porém planejam fazê-lo.

A reportagem do Comunicare tentou entrar em contato com a Secretaria de Trânsito (Setran), porém não obteve resposta até o fechamento da edição.

Cruzamento é de alto risco para todos

Lei Antifumo vale para todos

Apesar de já possuir uma legislação vigente desde 2009 a nova lei válida no território nacional atingirá bares e restaurantes no Estado

E ntrou em vigor na quarta -feira (03) a Lei Antifumo válida para todo território nacional. Esta medida prevê a proibição do fumo em locais públicos fechados, além do fim dos “fumódromos”.

Apesar da regra nacional já existir desde 2011 ela só foi regulamentada agora. A legislação estadual já está em vigor desde 2009. Segunda a Secretaria Estadual da Saúde (Sesa), a lei estadual prevale cerá sobre a nacional.

Em 2009, a Lei Antifumo ins tituiu que não era permitido fumar dentro de locais fecha dos, como áreas no interior de restaurantes e bares para fumantes. A criação de “fumó dromos”, no entanto, era re gulamentada. Agora, o código nacional se torna mais rígido, proibindo o fumo embaixo de

marquises e toldos, os espaços para fumantes e inclusive propaganda de cigarros, mesmo nos locais de venda. Ele prevê ainda a cobrança de uma multa, com valor entre R$ 2 mil e R$ 1,5 milhão, para estabelecimentos que, na primeira vistoria, não cumpram com a regra. Já na lei estadual, a multa é de R$ 7,5 mil. Ainda assim, primeiramente, é feita uma advertência como me dida educativa, e a cobrança financeira apenas acontece em caso de reincidência.

Marcelo Garcia, coordenador da carteira de serviços de Secretaria Municipal da Saú de de Curitiba, acredita que medidas penais são necessá rias, pois tratam de problemas populacionais. “Grandes ações são mais eficazes do que ações individuais, já que não afeta só o fumante, mas sim

todos que estão à sua volta e são atingidos pela fumaça do cigarro”, pondera.

Segundo o presidente da Associação Brasileira de Bares do Paraná (Abrabar), Fábio Aguayo, a única mudança para o Estado é na questão da propaganda dos cigarros, pois os estabelecimentos parana enses estão adaptados há qua se cinco anos à Lei Antifumo.

Segundo Ana Carolina Knotk, responsável pelos eventos de um restaurante de Santa Felicidade, a adaptação para um ambiente sem cigarros foi difícil, mas o resultado foi positivo. “A lei não afetou em nada nosso movimento, e apenas deixou o ambiente do restaurante mais saudável e agradável para se frequentar e trabalhar”, conclui.

Nova lei

Não pode:

• Locais fechados (públicos ou privados);

• “Fumódromos” ;

• Sob toldos ou marquises;

• Fazer propaganda.

Pode:

• Fumar dentro de casa, ao ar livre e em vias públicas;

• Espaços específicos dentro dos estabelecimentos, des de que sejam sem toldos ;

• Tabacarias especializadas;

• Cultos religiosos.

03 Curitiba, 05 de Dezembro de 2014
Cidades
Manuella Hoepfner

Política/Cidades

PSDB na presidência da Assembleia

Eleições da ALEP, que ocorrem em fevereiro de 2015, estão praticamente decididas

A votação para a presi dência da Assembleia Legislativa do Paraná (ALEP), que deve acontecer no início de fevereiro de 2015, está pra ticamente decidida em favor do deputado Ademar Traiano (PSDB). O resultado se deve à decisão de Ratinho Junior (PSC) desistir da candidatura. Até a semana passada os dois eram os únicos concorrentes e, com a saída de Ratinho, resta apenas Traiano.

“Nesse momento nos preocu pamos em consolidar a nossa chapa que já está praticamente montada e a partir da eleição nós vamos estabelecer algu mas metas em conjunto com a nova mesa executiva para mantermos a Assembleia nesse patamar”, diz Traiano sobre as metas após a eleição. De acordo com nota enviada à imprensa pela assessoria do deputado, sua candidatura é um consenso entre todos os partidos representados na Casa.

A ALEP informou que até fevereiro, qualquer um que quiser se candidatar ao cargo tem esse direito. Contudo, ainda de acordo com a nota da assessoria do deputado Traiano, “aliados e oposição se uniram numa candidatura única para participar das principais decisões do Legisla tivo”. Portanto, é improvável que outros parlamentares se candidatem, tornando o deputado do PSDB o mais provável presidente da ALEP.

A redação do Comunicare tentou contato com Ratinho Jr, mas foi informado pela assessoria do deputado que ele se recusa a falar sobre o assunto. A assessoria afirmou que enviaria um e-mail caso houvesse alguma mudança nessa decisão, mas até o mo mento do fechamento dessa edição não houve contato por parte dela.

Menos dinheiro por segurança

Caixa Econômica decide diminuir quan tidade de dinheiro em caixas eletrônicos para evitar “explosões”

U m aviso afixado em agên cias da Caixa Econômica Federal, em Curitiba, infor ma que os caixas eletrônicos serão desabastecidos no final de semana por causa do “risco de explosões”. O comunicado afixado na agência da Praça Carlos Gomes, na Avenida Marechal Floriano Peixoto, afirma que isto é uma medida de segurança contra ataques de criminosos.

A assessoria de comunicação do banco confirma a infor mação e diz que a decisão foi tomada apenas pela regional de Curitiba. A causa seria o grande número de assaltos, obrigando a redução nos caixas eletrônicos. Os termi nais no resto do país seguem abastecidos normalmente.

Por segurança, a Caixa Econômica não divulga os números exatos de assaltos. A assessoria apenas confirma que houve um aumento nos últimos anos. Segundo dados levantados pelo Sindicato dos Vigilantes de Curitiba e Região, o número de ataques a caixas eletrônicos de bancos, lotéricas e pontos comerciais

cresceu 40% neste ano no Paraná. Foram 333 casos em 2014, contra 172 em todo o ano passado. Em Curitiba, de janeiro a novembro deste ano foram 28 assaltos noticia dos. No entanto, os números podem ser maiores, já que o levantamento do sindicato é baseado em informações publicadas pela imprensa.

A aposentada Leonice Vargas, cliente do banco, disse que a medida tem uma boa inten ção, mas é muito radical. “Eles (a agência bancária) estão apenas evitando mais perdas, e isso é fundamental, mas ladrão não rouba só no final de semana, e tirar o dinheiro dos caixas no final de sema na pode atrapalhar algumas pessoas”. diz.

Segundo o presidente do Sin dicato dos Vigilantes de Curi tiba e Região, João Soares, a quantidade de caixas eletrô nicos que sofreram algum tipo de ataque no ano de 2014 foi de 266 em todo Paraná. Apenas em Curitiba e Região Metropolitana, a cifra é 118.

Segundo Soares, a medida tomada pela Caixa Econômica

é um desserviço à população. Ao invés de retirar o dinheiro dos caixas o banco deveria investir em segurança, colo cando portas com detector de metais antes do autoatendi mento, câmeras de alta reso lução e em tempo real para o reconhecimento dos ladrões.

Um funcionário do banco que não quis se identificar apoia a determinação. “Achei a medi da muito boa, inclusive acho que os outros bancos tinham que seguir o exemplo e fazer o mesmo”, opina.

Ainda segundo o mesmo funcionário, o atendimento não será prejudicado e as agências terão seu horário de funcionamento normal. “Não vai afetar o atendimento às pessoas e elas poderão retirar

seu dinheiro normalmente, a única coisa que muda é que alguns caixas vão ter menos dinheiro”, explica.

Para Luiz Alberto Cartaxo, delegado titular do Centro de Operações Policiais Especiais (Cope), a medida tomada pela Caixa Econômica Federal “não é resultado da falta de segurança pública, além da medida ser exagerada e não efetiva”, pois não resultará em uma diminuição dos ataques a caixas eletrônicos e ainda segundo o delegado, “os bancos deveriam investir mais em segurança em vez de culpar a polícia“, pois a falta de investimento dos bancos em segurança facilita o trabalho dos bandidos e atrapalha o da polícia.

04 Curitiba, 05 de Dezembro de 2014
Aviso em frente de uma das agências da Caixa Econômica Federal

Polícia

Tigre manda 10 para o xadrez

Investigações levaram seis meses; presos fazem parte de quadrilhas de furtos e roubos

Após seis meses de investigação, o grupo Tático In tegrado de Grupos de Repres são Especial (Tigre), da Polícia Civil, realizou uma operação na terça-feira (02) que culmi nou na prisão de 10 pessoas que estavam foragidas da justiça e eram parte integran te de duas quadrilhas: uma de furtos e outra de roubos. A primeira agia em bancos e ambientes comerciais. Já a segunda tinha integrantes mais jovens e, além de roubar veículos, já havia roubado uma chácara. As investigações começaram após uma tenta tiva de extorsão qualificada a dois gerentes de um banco em Quitandinha, na Região Metropolitana de Curitiba, praticada por um grupo de seis a oito pessoas, ação que ainda não foi confirmada como de autoria do grupo.

“Foi uma ação longa, levamos cerca de 40 horas de trabalho ininterrupto para prender todo o grupo. Foram for malizadas cinco prisões em flagrante, por uso de docu mentos falsos, cumprimento de mandados de prisão que já estavam em aberto con tra essas pessoas; presas as pessoas que estavam em posse do veículo roubado, além do cumprimento do mandado de busca na residência da mãe de um dos envolvidos, que foi autuada por porte ilegal de arma de fogo, que estava com a numeração raspada”, diz o delegado Sivanei de Almei da Gomes, comandante das investigações.

Ao longo das investigações foram recuperados carros e objetos furtados, além da apreensão de armas de fogo,

cerras que eram utilizadas para perfurar as paredes dos bancos e entrar nos cofres para suprimir o dinheiro contido neles e carros perten centes à quadrilha que serão periciados para verificar se eram utilizados para cometer crimes. Foram confirmadas como ações do grupo furtos a bancos em Campina Grande do Sul (PR), Jacutinga (MG) e Itapira (SP) dos quais foram roubados cerca de R$ 20 mil, R$ 5 mil e R$ 7 mil respecti vamente. Todos os roubos ocorreram há cerca de dois meses. Também é de autoria do grupo um crime ocorrido em Mandirituba onde uma chácara foi furtada.

Todas as pessoas presas ti nham mandados de prisão em aberto e cinco delas utiliza vam-se de documentos e no

mes falsos. Os 10 integrantes do grupo são indiciados por roubo, tráfico de drogas, ho micídio, posse ilegal de arma de fogo, falsidade ideológica e receptação. Os membros das quadrilhas, considerados peri gosos pela polícia também são suspeitos de homicídios de policiais. Segundo o delegado Sivanei, as investigações con tinuam. “Eram pessoas que se passaram por outras ao longo de anos, dificultando as ações da polícia. Quarta-feira (03) ocorreram as prisões, agora estamos contatando algumas vítimas para possibilitar reco nhecimentos e concluir todos os inquéritos policiais que foram instaurados fazendo com que estas pessoas sejam responsabilizadas criminal mente”, explica.

DHPP prende dupla de homicidas

Segundo investigações, irmão da vítima seria o motivo do crime

Yuri Braule

Após cinco meses de investigação, Alisson Rafael Severo, 21 anos e Caique Weslei Cândido Fer reira, 19 anos, foram presos por policiais civis da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), acusados de assassinar Guilherme Lucas da Cruz, 19 anos.

Segundo testemunhas, Gui lherme estava de moto com a sua namorada, quando, no início da noite do dia 04 de julho, Alisson, Caique e Jefer son Samuel de Souza Pinto, 18 anos, efetuaram mais de 40 disparos contra a vítima.

O delegado-titular da 2ª De legacia de Homicídios (DH), Fábio Amaro, aponta que os suspeitos eram integrantes de uma quadrilha focada no tráfico de drogas na região

da Vila Trindade, no Cajuru. Ainda segundo Amaro, os acusados procuravam o irmão da vítima, um desafeto. Po rém, como não o encontraram assassinaram Guilherme, que era parecido com seu parente.

Com a dupla, a polícia apreen deu uma das armas usadas no crime. Apesar dos dois captu rados negarem participação no assassinato, o delegado afirma ter provas concretas contra os meliantes, o que originou o pedido de prisão preventiva contra os dois e Jeferson, que se encontra foragido no momento.

“É uma gangue bastante fria em relação aos seus com ponentes, indivíduos que andam fortemente armados na região do Cajuru e também da Trindade, que impunham o

terror e a gente acredita que, com eles fora de circulação, traga um pouco mais de tran quilidade a sociedade local”, afirma Amaro.

Os esforços da DHPP agora estão direcionados em desco

brir o paradeiro de Jeferson. O delegado pede que, quem pos suir qualquer tipo de informa ção que leve ao foragido, entre em contato com a DH pelo número 0800-6431121, cujo anonimato será garantido.

Presos eram membros de gangue do Cajuru

05
Curitiba, 05 de Dezembro de 2014 Yuri Braule

Economia

Cai o número de beneficiários do Bolsa Família em Curitiba

Nos últimos três anos, o percentual diminuiu em 26%

D e acordo com a Fundação de Ação Social (FAS), órgão responsável pelos cadastramentos de quem recebe auxílio do Bolsa Famí lia, entre setembro de 2011 e setembro de 2014, o número de famílias cadastradas para recebeu verba do programa de complementação de renda do governo federal caiu de 39.804 para 29.545, representando uma redução de quase 26%.

O Bolsa Família tem como objetivo auxiliar financeira mente e facilitar o acesso a serviços para as famílias que têm renda per capita inferior a R$ 77,00.

O Bolsa Família funciona da seguinte forma: o governo federal avalia a situação das famílias, passa as informa ções para a Caixa Econômica e a família beneficiada recebe um cartão. Para se cadastrar,

as famílias devem procurar um posto do Centro de Refe rência de Assistência Social (CRAS) ou fazê-lo por meio do programa Cadastro Único. Em seguida, elas passam por uma avaliação para conferir se realmente necessitam do auxílio. Em Curitiba, há 45 CRAS e 108 mil famílias cadastradas no Bolsa Família. Segundo a diretora de infor mações e gestão de benefícios da FAS, Denise Ferreira Netto, as famílias estão com a renda per capita superior e, junto com a melhor capacitação dos profissionais entrevistadores e o trabalho nos CRAS, o pro grama segue de maneira justa e permite que o benefício chegue a quem mais precisa.

O economista Carlos Magno diz que esta diminuição é boa, pois pode ser um sinal de que as pessoas estão buscando

novas oportunidades e apro veitando as vagas que surgem na economia formal. “O Es tado terá menos gastos para manter o beneficiário. Mesmo assim, esse número pode conter pessoas que desistiram de receber o Bolsa Família, ou seja, não querem mais ter vín culo com o Estado”, pontua.

Valdirene dos Santos parti cipou do programa durante quatroanos e o aprova. “Saí do Bolsa Família porque comecei a trabalhar registrada, minha renda aumentou e também para dar oportunidade para quem precisasse mais. Ele foi muito importante porque na hora que aperta, ele ajuda a gente”, conta.

Total destinado aos beneficiados no Paraná

2014 R$ 457.781.017,00 2013 R$ 677.018.513,00 2012 R$ 616.302.641,00 2011 R$ 547.199.523,00 2010 R$ 465.615.163,00

Fonte: portal de transparência do governo federal

Uso de notas fiscais eletrônicas

Secretaria Estadual da Fazenda decide ampliar o serviço

Brenda Iung

C om o objetivo de evitar a sonegação de impostos no Paraná e ampliar o uso das notas fiscais eletrônicas (NF-e) e notas fiscais de con sumidor eletrônicas (NFC-e), a Secretaria Estadual da Fa zenda iniciou uma campanha na terça-feira (02) que prevê sorteio de prêmios aos consu midores que usarem as NF-e e as NFC-e. Para concorrer é necessário cadastrar o CPF do usuário na nota.

Para o diretor da Receita Estadual, José Aparecido Va lêncio, “a adesão do Paraná à NFC-e é um grande avanço, é o fechamento de um ciclo que

vem ocorrendo para desburo cratização e simplificação dos procedimentos com merca dorias”.

A técnica em administração Sandra Loureço, 27 anos, destaca que uma vantagem para o uso das NFC-e é a praticidade que ela tem, não é necessário imprimir nada e ainda ajuda no momento de contabilizar os impostos. “Você pode provar o que você comprou, comprovar no imposto de renda e ainda con segue descontos em algumas coisas pelo uso dela”, relata.

No entanto, como desvanta gem, Sandra aponta um dé ficit no treinamento do mini empresário. “Uma mini em presa precisa saber o básico e ter acesso ao sistema, precisa de um treinamento para saber como utilizar”. Ainda assim, acredita que para o consumi dor há mais vantagens que desvantagens.

O empresário Lourenço Ar ruda Filho, 57 anos, também afirma que uma das maiores vantagens é não precisar im primir a nota e acredita que a emissão das NF-e é “sistema

interessante, funciona bem”. Ele não vê desvantagem algu ma no sistema.

Ao longo do mês de de zembro, serão sorteados 10 prêmios semanais de R$ 10 mil, dois prêmios trimestrais de R$ 100 mil (17/12) e dois prêmios mensais de R$ 30 mil (31/12). Os sorteios serão feitos às quartas-feiras, pela loteria federal.

Para cadastrar sua nota e ter mais informações sobre o sorteio é possível acessar o en dereço: www.nota.pr.gov.br.

06 Curitiba, 05 de Dezembro de 2014

Pendurando as chuteiras

O jogador já presta homenagens a técnicos, clubes e amigos em suas redes sociais e fala do último jogo no Couto

Prestes a encerrar sua carreira como jogador, Alex, meio campo do Coritiba, já está em clima de despedida. Durante toda a semana o atle ta vem postando homenagens em sua rede social e o clube vem disponibilizando vídeos em seu canal no Youtube.

A despedida acontece no Couto Pereira, neste domingo (07), em jogo contra o Bahia, pela última roda do campeo nato brasileiro. Sem o fantas ma do rebaixamento, o clube promete uma grande festa para a despedida de Alex, com treino aberto para a torcida amanhã (06) e ingressos pro mocionais para o domingo. Os alviverdes prometem casa cheia para o adeus ao ídolo.

História

Alexsandro de Souza, mais conhecido como Alex, nasceu em 14 de setembro de 1977, em Curitiba, mas foi criado em Colombo, região metropolita na. De família humilde, seus primeiros dribles foram no campinho de areia do bairro onde morava e com seis anos iniciou a carreira em um time de Colombo, depois foi para a Associação Atlética do Banco do Brasil (AABB) e em seguida para as categorias de base do Coritiba, seu time do cora ção, no qual se tornou atleta profissional. Jogou também pelo Palmeiras, Cruzeiro, Flamengo, Parma, da Itália, Fenerbahçe, da Turquia, além da seleção brasileira.

Carreira e títulos

Cria do time do Alto da Glória, Alex se tornou jogador pro fissional pelo clube em 1995 e, em seus quase 20 anos de car reira, foram mais de 400 gols, mil jogos e títulos como Liber tadores, estaduais, Copa do Brasil, Copa América, Campe onato Brasileiro e turco. Alex ainda é o jogador mais novo a

marcar em Atletibas, o lance ocorreu na Série B de 1995, na vitória por 3 a 0, quando o jogador tinha 18 anos.

Na Turquia, tornou-se ídolo e obteve reconhecimento mundial. Possui uma estátua em tamanho real em frente ao estádio do Fenerbahçe, equipe que defendeu por oito anos na qual conquistou diversos títulos. Entre seus feitos indi viduais estão:

Pelo Campeonato Paranaen se, foi Bola de Ouro em 1990 e 1991 e revelação em 1995. Craque em 1996 e em 2013, quando retornou ao Coxa. Foi também o 20° melhor jogador

Luis Felipe Scolari, Vanderlei Luxemburgo, declarando o prazer de trabalhar com cada um.

Sua homenagem especial foi ao seu primeiro treinador, ainda nas categorias de base, Acir Cortes, conhecido como Sisico, que marcou presença na comemoração dos mil jogos do meia do Coritiba, convidado pelo próprio cra que. Outro homenageado foi o amigo e ex-jogador Tcheco, em sua conta no Instagram Alex declarou “esse ano resolvi parar após o Campe onato Paranaense. Depois de conversas com minha esposa, meus filhos, alguns amigos e, principalmente, uma con

Alex declara que apesar de ter se preparado para este momento, “ao se aproximar do último jogo se torna difícil, porque passo a ler coisas sobre o assunto, ver imagens, vídeos e não há como não me emocionar. Não sei como será no jogo e o que vai acontecer, mas pretendo encerrar da melhor forma”.

Para este dia especial, o Co ritiba está organizando uma grande festa e oferece ingres sos promocionais a R$ 30,00 para a partida de domingo, às 17h, além de portões abertos para o treino que acontece na manhã desse sábado. Já a torcida fará a ‘’rua de fogo’’,

do mundo em 2006, melhor jogador da Turquia em 2004, 2005 e 2006, Bola de Prata da Champios League e melhor jo gador das américas em 2003.

Para ele, sua partida e gol mais marcantes aconteceram no Atletiba de 1995, jogo que já tinha o Atlético garantido na séria A do ano seguinte, en quanto seu time precisava de uma vitória para não depen der de outros resultados para garantir o acesso. Alex abriu o placar aos 10 do primeiro tempo.

Despedida Alex está em clima de despe dida durante toda a semana, postando homenagens e agra decimentos em suas redes sociais a seus antigos técnicos como Celso Roth, Paulo Cesar Carpegiani, Dirceu Krüger,

versa pesadíssima com ele [Tcheco] resolvi ficar mais alguns meses. E valeu a pena. Obrigado Tcheco!!”.

Além das homenagens, o ca nal oficial do Coritiba no You tube vem colocando vídeos do meia nos quais ele fala sobre a despedida e sua carreira.

Robinho, meia do Coritiba e amigo do capitão, diz estar triste com a despedida, pois aprendeu muito com ele dentro de campo “É uma perda para o futebol brasilei ro e o Coritiba. É um grande craque”. O meia fica feliz por fazer parte dessa história e, segundo ele, “todos do time esperam fazer um grande jogo para dar essa despedida bem feliz para ele”.

A respeito do fim da carreira,

recepção da torcida aos joga dores assim que o ônibus da delegação chega ao estádio, com fogos sinalizadores e tochas. “Estamos produzin do também 700 faixinhas de Obrigado Capitão, além do tradicional papel picado’’, diz Gilsimar Chaves, mais conhe cido como Juce, 29 anos, tor cedor e organizador de festas da torcida coxa-branca como o “Green Hell” e o “Camisão”.

Sobre a torcida, Alex agradece a todos que estiveram junto com ele nesses 19 anos de carreira. ”Inicio uma nova etapa na minha vida de peito aberto e com a mesma cora gem com que enfrentei tudo e todos para dizer o que penso ou sinto. O que vai acontecer daqui pra frente eu não sei. Mas o que aconteceu, jamais esquecerei”, finaliza o craque.

07
05 de Dezembro de 2014
Curitiba,
Esportes
O que vai acontecer daqui pra frente eu não sei. Mas o que aconteceu, jamais esquecerei”

Cultura

Paço da Liberdade em festa

Conheça as atrações que o Museu do Paço preparou para a população curitibana

Achegada do mês de dezembro traz consigo uma programação cultural diversificada para a população de Curitiba e o Museu do Paço não poderia ficar de fora.

Peças de teatro com show de luzes e imagens acontecem no período entre os dias 02 de novembro até 21 de dezem bro. Shows já são tradição do Museu do Paço, já que realiza esses eventos desde sua inauguração.

Marisa Muniz, uma das orga nizadoras do evento, promete que o espetáculo será emocio nante. “O show tem como um dos objetivos passar o espírito

natalino. As pessoas estão gostando muito da progra mação, e há diferentes tipos de reações: alguns riram, outros cantarolaram junto às canções”, explica.

Nos dias de semana, a praça recebe o show de uma dupla de músicos com violão e vio lino. No sábado, se apresenta um quarteto de cordas. Já no domingo, a apresentação é de piano no Café. Nos dias de semana, os horários das ativi dades são às 18h, no sábado às 13h e no domingo às 15h.

Marisa ainda conta que o espetáculo é ao ar livre, gra tuito e para todas as idades.

“O compromisso do museu é oferecer acesso para todas as pessoas, é oferecer qualidade e gratuidade”, afirma.

A peça de teatro contará a história “A um passo do Natal”, que fala sobre uma babá muito especial que guiará as crianças em uma aventura pela “maravilhosa e deslumbrante terra do Natal”, reacendendo nos corações o verdadeiro espírito natalino, diz Marisa. As apresentações serão nos dias 16, 17 e 18 de dezembro às 21h na Praça Generoso Marques, próximo a Praça Tiradentes.

Com o pé no palco

Projeto social leva o mundo das artes cênicas para jovens de rede pública

Criado há 12 anos, o projeto Pé no Palco abre as portas e cortinas do teatro para crianças e adolescentes entre oito e 18 anos de 17 escolas públicas da cidade de Curitiba.

Em parceria com a Fundação Cultural De Curitiba (FCC) e algumas empresas privadas a casa promove aulas de teatro para jovens que se interessem pelo mundo das artes cênicas. Elas se reúnem no espaço duas vezes por semana e realizam diversas atividades lúdicas e educativas. Além das aulas de artes cênicas tam bém são oferecidas aulas de sonoplastia, figurino e demais áreas que envolvem o teatro.

Mais de 300 crianças e adoles centes já passaram pelo proje to e os planos futuros incluem abrir salas para adultos e

idosos. Muitas destas crianças saíram do projeto, se forma ram nas mais diversas áreas e hoje atuam como colabora dores. Um dos ex-alunos, que é advogado, ajuda na parte financeira por meio do seu escritório. Outro, formado em arquitetura, ajudou a projetar a parte recentemente cons truída para acolher um maior número de alunos.

Segundo Tania Mara Taborda dos Santos, 48 anos, técnica em projetos sociais e produtora da Pé no Palco, é impor tante que os alunos aprendam todos os recursos utilizados em uma peça de teatro para que não se prendam apenas ao palco, mas a todo o traba lho por trás das cortinas, que é também muito importante

O estudante Guilherme Vini cius Braga, 15 anos, é aluno

do projeto há quase dois anos não se interessava por teatro até entrar na Pé no Palco. “O teatro me ajudou muito em desenvoltura e comunica ção. Não pensava em artes cênicas antes de entrar aqui, mas agora já penso em uma carreira”, conta.

Gabriela de Oliveira Lima é es tudante e frequenta a casa há cerca de dois anos. O projeto

só reforçou uma vontade que ela já tinha. “Sempre gostei de teatro e quis ser atriz. Por isso entrei no Pé no Palco’’, diz.

Tania ainda reforça que o principal objetivo do projeto não é que todos se tornem atores e atrizes profissionais, mas que o teatro se torne uma atividade mais popular e “ajudar na questão social e torná-los bons cidadãos”.

08 Curitiba, 05 de Dezembro de 2014
Paço recebe decoração de natal Ariele Hosseini Gabriela Jahn Projeto que incentiva artes cênicas já recebeu mais de 300 crianças

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