Comunicare 255 - 03.12.2014 (quarta)

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Animais não merecem ser esquecidos Com a chegada das férias, muitos bichos de estimação são abandonados pelos seus donos. Página 03

Táxi mais caro no fim de ano Tarifa foi reajustada em 6,5% e bandeira inicial passa de R$ 4,60 para R$ 4,90. Página 06

Suburbana tem decisào inédita Operário Pilarzinho e Nova Orleans disputam o título do futebol amador de Curitiba. Página 08

Curitiba, 28 de Agosto de 2014 - Ano 17 - Número xxx - 3o Período de Jornalismo da PUCPR O jornalismo da PUCPR no papel da notícia
Cidade Design Unesco coloca Curitiba na lista das cidades mais criativas do mundo . Página 05
Curitiba, 03 de Dezembro de 2014 - Ano 17 - Número 255 - Curso de Jornalismo da PUCPR

Cidades

Xenofobia contra haitianos no Paraná

O Ministério Público do Paraná, desde a vinda de haitianos para o Estado em 2010, vem recebendo denúncias de xenofobia

O Ministério Público do Trabalho do Paraná (MP T-PR) tem recebido denúncias de casos de xenofobia contra os haitianos residentes no Estado. A imigração que iniciou, em grande escala, após o terremoto que atingiu o Haiti em 2010, fez com que o número de haitianos em Curitiba chegasse por volta de cinco mil em outubro de 2014, segundo estimativa do Centro de Atendimento ao Migrante (Ceamig).

Para o procurador do MPT, Alberto Emiliano de Oliveira Neto, a partir do momento

destinado aos haitianos, ou seja, o emprego mais pesa do é para eles. Isso já é uma forma de discriminação, de impor superioridade. É como se dissessem ‘essa categoria é inferior, você é quem deve fazer’. O problema maior, além de tudo, é que eles não são remunerados adequada mente, o que entra na questão de exploração”.

Cherizier conta que encami nha os haitianos que sofrem qualquer tipo de preconceito para o Ministério Público (MP), ou em casos ocorridos no trabalho, para o MPT.

“O emprego mais pesado é para eles”

em que o número de haitianos cresceu no mercado de traba lho brasileiro torna-se comum notar o aumento nos casos de discriminação por naciona lidade. “A relação de traba lho é uma relação de poder, nessa relação, o preconceito surge. Diante disso, a pessoa acaba desrespeitando o seu semelhante, pois ela expõe as características que fazem parte de seu caráter”.

O Ceamig faz o acolhimento dos imigrantes de Curitiba, orientando-os com relação à documentação, moradia e trabalho. O coordenador Agler Cherizier afirma que o Ceamig é o primeiro ponto de referência para os haitia nos. Por isso, eles comentam a situação da xenofobia, principalmente no trabalho. “O trabalho mais difícil está

“Não é da nossa competência resolver, mas sim orientar os imigrantes a procurarem seus direitos, mas a decisão é deles e a solução vem dos órgãos competentes”.

Para Neto, os haitianos temem denunciar o xenófobo com receio de sofrer repre sália e acabarem perdendo o emprego. “O MPT tem canais de comunicação que prote gem a identidade de quem denuncia os casos. Se a vítima tem o receio, um terceiro pode nos contar a situação. É possível relatar o fato pelo nosso site ou pessoalmente”.

A única modalidade discri minatória que tem punição penal, ou seja, o acusado pode ser preso, é a injúria racial. As demais discriminações são analisadas no âmbito civil.

Expediente

Edição 255- 2014

O Comunicare é o jornal laboratório do Curso de Jornalismo PUCPR jornalcomunicare.pucpr@gmail.com http://www.portalcomunicare.com.br

Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) R. Imaculada Conceição, 1115 - Prado Velho - Curitiba - PR REITOR

Gremski

02 Curitiba, 03 de Dezembro de 2014
COORDENADOR
COORDENADOR DE PROJETO GRÁFICO Rafael
MONITORIA Luciana
FUNDADOR DO JORNAL Zanei
FOTO DA CAPA Gilmar Montargil 2º Período SECRETÁRIAS DE REDAÇÃO Bruna Carvalho 6º Período Taís Arruda 4º Período EDITORES Lara Fonte-Bôa 2º Período Eduardo Souza 5º Período Erika Boschiroli 2º Período Vitor Hugo do Amaral 2º Período PAUTEIROS Ariele Hosseini 2º Período Cecília Tümler 2º Período Gilmar Montargil 2º Período Isabel Woitowickz 2º Período Jehnifer Kammer 2º Período Leonardo Henrique 2º Período Nicole Leite 2º Período Paola Magni 2º Período Thais Cunha 3º Período
Waldemiro
DECANA DA ESCOLA DE COMUNICAÇÃO E ARTES Eliane C. Francisco Maffezzolli COORDENADOR DO CURSO DE JORNALISMO Julius Nunes COORDENADOR EDITORIAL Julius Nunes
DE REDAÇÃO /JORNALISTA RESPONSÁVEL Miguel Manasses (DRT-PR 5855)
Andrade
Prieto
Ramos Barcellos

Natal movimenta Mercado Municipal de Curitiba

Programação especial com oficinas e grupos musicais vai animar os preparativos para a data festiva no local

C om a proximidade do Natal, o Mercado Munici pal de Curitiba prepara várias atividades para celebrar o feriado. As apresentações vão de 05 a 20 de dezembro, sem pre no horário do almoço. Há várias opções, como oficinas ensinando a fazer origamis, oficinas gastronômicas, apre sentações de grupos musicais e a presença do Papai Noel.

Segundo Mônica Jambersi, gerente de eventos e projetos da Secretaria Municipal do Abastecimento (administra dora do Mercado Municipal),

as oficinas serão realizadas no espaço Arena, na entrada da Avenida Sete de Setem bro, mas que também haverá mostras culturais na praça de alimentação superior.

As oficinas gastronômicas, conforme Mônica, vão contar com nutricionistas falando sobre o preparo de alimen tos saudáveis e sobremesas natalinas (com a opção de degustação), além da partici pação de chefs dos restauran tes do Mercado, mostrando algumas de suas receitas. Já o Papai Noel saudável vai ter

seu trono, no qual as crianças podem conversar com ele. Os presentes distribuídos vão ter frutas e outras surpresas.

Laura Shizuko, 75 anos, é origamista desde criança e vai ser professora das oficinas de origami (significa “dobrar papel”, literalmente). “Espero que muitas pessoas venham porque é uma terapia. Mas tem que gostar, e eu exijo muita coordenação motora dos participantes, porque senão as dobraduras não vão sair do jeito certo”.

O que fazer com seu melhor amigo nas férias

No período de festas de fim de ano, muitas pes soas se perguntam com quem deixar seus bichos de estimação. Entre mui tas creches e hospeda gens, a única opção não viável é o abandono

Com as férias se aproxi mando, muitos donos de animais ficam na dúvida do que fazer, e onde deixar o seu bichinho de estimação durante o tempo em que es tarão viajando e, juntamente a isso, surge um problema: o abandono.

Segundo a representante da ONG Amigo Animal, locali zada em Campo Magro, na Região Metropolitana de Curitiba, Karina Hauer, ape sar do abandono de animais domésticos acontecer durante o ano inteiro, no período de férias ele é intensificado. “As pessoas vão viajar e acabam deixando o animalzinho à sua própria sorte, na rua. É desumano”, comenta Karina. Com uma superlotação de 1,5

mil cães no abrigo, ela explica que os vira-latas são os mais abandonados, e afirma que uma boa solução para este problema é a castração de animais, tanto de rua quanto domésticos.

Com inúmeras creches e hospedagens de animais em Curitiba, resta ao proprietário do bicho escolher a opção que mais se adapte ao seu bolsot.

Márcia Fernandes, dona de um pet shop, afirma que seu estabelecimento atende aos donos de animais de diversos estilos “Nossa day care atende donos de cachorros com per fis diversificados, vai desde casais que não param em casa até pessoas que vão passar o dia fora de casa e não querem

deixar o seu animal sozinho”, afirma Márcia. Segundo ela, tal medida serve para evitar o stress do bichinho, já que, na creche, e ele tem companhia e cuidados o dia inteiro.

Já na hospedagem de Elizabe th Fernandes, no Bom Retiro, o pacote de férias inclui aten ção total na área de recreação, três refeições diárias (forne cidas pelo dono), petiscos e acomodação em quartos, não em grades. “Nós alimentamos os animais com sua própria ração (para não causa proble mas alimentares), temos en tretenimento e atendimento médico 24h por dia, tudo isso para que o cachorro se sinta bem em nosso espaço”, afirma Elizabeth. O preço do hotel va ria de acordo com o tamanho

do animal, entre R$ 45,00 e R$ 60,00 por noite, e existem ca sos de cachorros que ficam até três meses se hospedando no pet shop. “Alguns deles estão tão acostumados conosco que até reclamam na hora de ir embora”, comenta.

03 Curitiba, 28 de Agosto de 2014
Cidades
Nas férias os abandonos aumentam Gabriela Jahn Viviani Moura Municipal tem variedade de frutas

Cidades Unesco premia Curitiba

Capital paranaense é reconhecida por sua infra-estrutura

Gilmar Montargil e Nicole Leite

Curitiba ingressou na lista da Unesco das cidades mais criativas do mundo ao lado de Dundee, Bilbao, Helsinki e Turin no quesito design. O anúncio foi realizado no dia primeiro de dezembro e tem como principal objetivo incentivar a criatividade e promover o desenvolvimento urbano.

Juliana Mayumi, que se jun tou com outro grupo de desig ners para inscrever a cidade de Curitiba, diz que no final de 2012 procuraram parcerias para ajudar no projeto, mas somente em 2014 abriram as vagas e a inscrição foi efetu ada. “A capital paranaense foi escolhida principalmente por causa de sua história, design urbano, pelas em presas que se instalam aqui, pelas grandes universidades, centros estudantis e também por causa da personalidade dos habitantes”.

Gláucia Silva é arquiteta e atribui a escolha da cidade à evolução dos planos urba nísticos e principalmente à importância que é dada às inter-relações entre os bairros da cidade e o transporte coletivo, bem como os eixos estruturais, que conformam boa parte do desenho da cida de e definem sua verticaliza ção. “Há sempre modificações e adaptações a serem feitas. Uma cidade saudável é aquela que está em constante trans formação; um organismo vivo”, cita Gláucia, lembrando que é um trabalho continuo a ser realizado.

Para Miriam Fontoura, professora da área de Design da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), o principal fator para Curitiba ser considerada inovadora vem do movimento cultural

e intelectual da cidade e os principais locais que des tacam essa arquitetura são o Museu Oscar Niemeyer e as obras de Manuel Coelho. Porém, Curitiba precisa continuar inovando no seu planejamento urbano e arqui tetônico. “Comparando com

Muitos são os pontos a favor da cidade, lugares como o Museu Oscar Niemeyer, Jardim Botânico, Calçadão da XV, Relógio das Flores, Palácio das Araucárias e Parque Barigui são exemplos de desenhos da capital, mas

Cidade inovadora

sua principal característica é a organização e o interesse para crescer nesse mundo criativo e personalizado.

O IPPUC foi procurado pela reportagem do Comunicare, mas não se pronunciou sobre o assunto.

outras cidades da América Latina, podemos ver que há coisas que Curitiba não tem e precisam propiciar para que haja uma melhora na qua lidade de vida das pessoas”, pondera a docente.

Por sua vez, a professora Gilda Amaral, também da PUCPR, exemplifica que ci dade criativa é quando se tem ideias novas, como por exem plo o sistema de transporte e a troca de lixo por alimentos. Já cidade inovadora é aquela que consegue dar uma nova roupagem àquilo que já existe, como por exemplo o hibribus. Mas a professora acrescenta que deveria ter uma parceria entre os projetos do IPPUC com as universidades e a comunidade. “Dou de exem plo a Praça do Ciclista que foi construída sem ajuda do governo e cumpre um papel fundamental para àqueles que ali frequentam, já as estações-tubos são estetica mente bonitas, mas não tem funcionalidade, porque as pessoas passam muito calor. O desenho não pode vir antes da função”.

04 Curitiba, 03 de Dezembro de 2014
é aquela que consegue dar uma nova roupagem àquilo que já existe”
Nicole Leite MON é um dos locais de destaque da arquitetura inovadora

Todos contra o trabalho infantil

Paraná possui 134 cidades com incidência de trabalho infantil

Isabel Woitowicz

F oi realizado nesta terça feira (02) na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), o encon tro intersetorial das ações estratégicas do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti). A conferência teve como objetivo principal conscientizar os técnicos das prefeituras da região sul do Brasil sobre o trabalho infantil, bem como o trabalho irregular dos adolescentes.

Neste ano o Ministério do De senvolvimento Social (MDS) abriu uma exposição para 65 municípios, mas apenas 57 enviaram representantes para o encontro em Curitiba. Ao aceitarem participar do programa de combate ao tra balho infantil, as prefeituras recebem verbas do governo federal para realizar campa nhas e ações preventivas e

interventivas. “O que chama a atenção nesse dado são os oito municípios que não compareceram. Eles dizem que não vão aceitar o dinheiro porque não têm trabalho infantil e que não sabem onde essas crianças estão. Isso mostra a invisibilidade do trabalhador, que muitas vezes está dentro de casa, ou na agricultura familiar”, comenta a coor denadora de proteção social especial, Juliana Sabag.

As ações do programa incluem campanhas de sensibilização, qualificação de funcionários públicos e identificação de crianças que estão nesta situação. Após a mobilização das prefeituras, os Centros de Referência Especializado de Assistência Social (CRAS) de cada muni cípio ficam responsáveis pela identificação e intervenção na

vida destas crianças, ofere cendo políticas públicas como ajuda na saúde, educação e acesso à cultura e lazer. “Nós temos que mobilizar todo o sistema de garantias de direi tos e outras políticas públicas do município, para conseguir identificar e ter uma ação efetiva com essas crianças e adolescentes que estão no trabalho infantil”, enfatiza Carmem Zadra, coordenadora de proteção social especial.

O encontro realizado nos dias 01 (na OAB) e 02 de dezem bro (na PUCPR) teve como principal meta a elaboração de novas medidas para serem tomadas até 2017. O Brasil é signatário em grandes convenções internacionais que têm como meta principal acabar com as piores formas de trabalho infantil até 2015, e extinguir qualquer forma

deste trabalho até 2020. “O Paraná tem o problema da questão cultural. Acabar com essa cultura de aceitação do trabalho infantil não é tão tranquilo e nem tão rápido.

O Peti está no Paraná desde 2000 combatendo o trabalho infantil”, afirma Carmem.

De 2008 até 2013, o Paraná reduziu em 42% os núme ros de trabalho infantil. O analista técnico de políticas sociais da Secretaria Nacional de Assistência Social, Eduar do Monteiro, afirma que esta redução aconteceu nos perío dos de grandes ações. “Agora estamos no núcleo duro do fenômeno que é o aspecto cultural. Não tem como ter essa redução tão grande na mesma velocidade que foi a primeira fase, já que é preciso mudar a mentalidade das pessoas”, comenta.

05 Curitiba, 28 de Agosto de 2014
Cidades
Especialistas discutiram o assunto durante dois dias em Curitiba

Política

Vereadores votam alteração da LDO

Reequilibrar o orçamento é a meta da Prefeitura de Curitiba

Natalia Filippin

Nesta terça-feira (02), a Câmara Municipal de Curitiba aprovou, em primei ro turno, o projeto que altera a Lei de Diretrizes Orçamen tárias (LDO) de Curitiba, para 2015, que baliza a Lei Orçamentária Anual (LOA).

Em relação ao valor anual que nesse ano de 2014 extrapo lou, o presidente da Câma ra Municipal de Curitiba, Paulo Salamuni, afirma que a LOA movimenta bilhões de reais que devem ser inves tidos na cidade, conforme as necessidades.

De acordo com a Prefeitura de Curitiba, no ano de 2014 a participação da população foi essencial para a melhoria das decisões da Câmara como, por exemplo, a pavimentação e manutenção das calçadas e

vias públicas.

Salamuni afirma que as principais propostas de orçamento para o ano de 2015 apresentadas pela Prefeitura são: rever o valor fixado, resol

Tarifa de táxi é reajustada

Custo da bandeirada inicial passou de R$ 4,60 para R$ 4,90, e o quilômetro rodado de R$ 2,30 para R$ 2,45

Anova tabela de tarifas do serviço de táxi de Curiti ba foi reajustada em 6,5% na última segunda-feira (01). O aumento anual atende ao previsto no Decreto Municipal nº 1.959, de 2012 e foi calculado com base na média do aumen to de custos dos taxistas.

O valor da bandeirada inicial, que era de R$ 4,60, passou para R$ 4,90, e o quilômetro rodado passou de R$ 2,30 para R$ 2,45. Até 02 de janeiro de 2015, os taxistas estarão auto rizados a rodar com Bandeira 2 (rodagem mais rápida) em qualquer dia e horário. A medida é considerada o 13º salário da categoria.

“Acho que é justo o ônus que eles dão de se trabalhar com a Bandeira 2, porque do dia 25 de dezembro ao dia 15 de janeiro o serviço em Curitiba cai em 60%”, afirma Agos tinho Ferreira, taxista há 36 anos.

A bandeirada inicial, porém, não sofre alteração nesse período, permanecendo em R$ 4,90, com acréscimo de no máximo 50% para atendimentos de chamadas por telefone. O valor da hora parada tam bém se mantém em R$ 24,00.

Segundo a Urbanização de

cidade. Com isso há um total de 3 mil táxis nas ruas em operação pelo menos 12 horas por dia e com 100% da frota à disposição nos horários de pico.

Para o presidente do Sindi cato dos Taxistas, Abimael Mardegan, o aumento é justo,

ver a inflação que houve nesse ano de 2014, pois nenhuma despesa pública pode ser executada fora do orçamento, e a Câmara fazer frente em relação as prioridades de cada bairro e da cidade em geral.

Curitiba S/A (URBS), a nova tarifa leva em conta os reajus tes de insumos, como peças e combustíveis, verificado desde o reajuste anterior. A recomposição faz parte da política de saneamento e me lhoria do sistema implemen tada a partir deste ano e que tem como uma das primeiras consequências o aumento da frota com mais 750 táxis da

mas ele pleiteia um reajuste maior para o ano que vem. “O nosso custo é muito alto. É o táxi mais barato do Brasil. Os taxistas bancam tudo nas próprias costas”, ressaltou.

Segundo Ferreira, o reajuste tem uma explicação, “o acordo entre taxistas e a URBS gerou cobranças que não existiam, como as tarifas anuais de

vistoria e, de acordo com a legislação, todo final de ano seria compensado o reajuste da inflação”.

Para o contador e pedagogo Israel Alves, que utiliza o ser viço de táxis, o valor cobrado após o reajuste não é abusivo quando comparado a outros meios de transporte.

Novas tarifas

• Bandeirada inicial: R$ 4,90;

• Quilômetro roda do na Bandeira 1: R$ 2,45;

• Quilômetro roda do na Bandeira 2: R$ 3,00;

• Hora parada: R$ 24,00.

06 Curitiba, 03 de Dezembro de 2014
“LOA movimenta bilhões de reais que devem ser investidos na cidade, conforme as necessidades”
“ O nosso custo é muito alto. É o táxi mais barato do Brasil ”

Polícia

Suspeitos de homicídios na DHPP

Polícia apresentou três indivíduos acusados de cometerem crimes

Breno Soares

Na tarde desta terça-feira (02) aconteceu na De legacia de Homicídios e Prote ção à Pessoa (DHPP) duas apresentações de acusados de cometer crimes. O primeiro caso envolve Juliano Alves Machado, conhecido como “Juliano Capeta”, 35 anos, e Eduardo “Dudu” Rodrigues, 26 anos.

Ambos já tinham passagem pela polícia por tráfico de drogas e homicídio, além de assalto à mão armada por parte de Juliano e abandono de incapaz, por parte de Edu ardo. Os dois foram acusados de, com uma terceira pessoa ainda não identificada, matar Cleiton Manduca, o “Lacraia”, 26 anos, com disparos de arma de fogo, no dia 21 de setembro deste ano, em um bar lotado no Tatuquara.

“Esse mesmo grupo é respon sável pela morte de outras pessoas, estamos investi gando a participação deles em outros homicídios”, diz Cristiano Quintas, delegado -titular da 4ª Delegacia de Ho micídios. A prisão temporária foi requerida e decretada pela Justiça, após investigações. De acordo com informações apuradas pela polícia, o crime foi motivado por disputa de pontos de tráfico. Tanto Ju liano quanto Eduardo negam o crime e afirmam serem amigos de Cleiton.

A segunda acusação envolve Alexandre Cordeiro, o “Do pacha”, 20 anos. Ontem pela manhã a 4ª Delegacia de Ho micídios cumpriu um man dado de prisão para Cordeiro em apoio à 14ª Subdivisão de Guarapuava. Ele estava mo

rando em Curitiba, no Sítio Cercado, e é acusado de ser o mandante do assassinato de Jaquerson Cordeiro de Lima, em Guarapuava. Em sua casa foram encontrados mais de dois quilos de maconha e uma arma calibre 38 com numera ção raspada.

O irmão de “Dopacha” teve um desentendimento com

Jaquerson, que o ameaça va. Para proteger o irmão, Alexandre, que é cadeirante há exatamente um ano após ter sido alvejado, comprou a arma que foi encontrada em sua casa e mandou matar Jaquerson. “Antes ele mor rer do que meu irmão”, diz Alexandre. As investigações prosseguem.

Cadeirante comprou uma arma e mandou matar a vítima

Presos falsos funcionários da Copel

Os suspeitos aprovei taram-se da distração da vítima para apli car o golpe e realizar o assalto

Dois homens foram presos nesta segunda -feira (01), acusados de furto qualificado mediante fraude. Helian José Severino Cabral, 48 anos e Sandro Zapella, 42 anos, foram presos no Bairro Marambaia, em Colombo, por policiais da Delegacia de Estelionato e Desvio de Carga (DEDC).

Os suspeitos apresentaram-se como funcionários da Copel a um idoso de 74 anos, em 06 de novembro deste ano. Alegando que havia um alto consumo de energia elétrica na residência da vítima e que precisariam averiguar o reló gio de consumo e a geladeira

da casa, conseguiram entrar e aplicar o golpe.

Enquanto Cabral foi até a geladeira para averiguá-la, Zapella aproveitou-se da dis tração da vítima e furtou seus

Instantes após o crime, a víti ma notou o desaparecimento dos cartões e descobriu que os sujeitos já haviam feitos saques, compras e transferên cias a partir de suas contas e de sua esposa.

pois se desconfia que eles já agissem há mais tempo na região de Curitiba.

O delegado Marcelo Lemos de Oliveira afirma que, em diver sos casos parecidos, a vítima

cartões bancários. Cabral ain da disse ao idoso que instalou um relógio de consumo e cobrou R$ 45,00 pelo suposto serviço.

O delegado afirma que os suspeitos já tinham passa gem pela polícia por roubo. E, segundo ele, após a prisão e a divulgação das imagens, outras vítimas podem surgir,

é na maioria das vezes idoso, pois os falsários aproveitam -se da sua fragilidade para obterem sucesso nos golpes. A pena para estes casos é de dois a oito anos de prisão.

07 Curitiba, 28 de Agosto de 2014
“A vítima notou o desaparecimento dos cartões e descobriu que os sujeitos já haviam feitos saques, compras e transferências”
Breno Soares

Esporte/Cultura

Final da Liga Suburbana

Pilarzinho e Orleans fazem o primeiro jogo da final do campeonato neste fim de semana

O perário Pilarzinho SC e União Nova Orleans fazem, neste sábado (06), o primeiro joga da final da Liga Suburbana de Curitiba (LSC). A primeira partida acontece no Estádio José Drulla Sobri nho, com mando de campo do União Nova Orleans, às 16h30. Os times se preparam e falam sobre a final, que tem um gostinho diferente para cada um.

Técnico do Operário, Peterson Freitas, 36 anos, diz que o time está focado no seu objeti vo, o título inédito, e lembra que o clube tem a melhor campanha, mesmo com a desvantagem de ter perdido mandos de campo devido a problemas com a torcida no campeonato anterior.

Foram nove jogos fora e dois em casa.

Já para os jogadores Osmar Barbosa, 35 anos e Tiago Oli veira, 24 anos, a final inédita é motivo de uma motivação ainda maior. Embora muitos jogadores já tenham sido campeões com outros clubes este pode ser o primeiro título do clube Pilarzinho. “Há tam bém a ajuda e empenho de diretoria e comissão técnica neste trajeto’’, diz Oliveira, meia atacante.

Para os jogadores do União Nova Orleans essa é uma oportunidae única.

“Estamos bem focado pra essa decisão e vamos lutar muito por esse título, pois

esse clube e sua diretoria merecem”, declara Alex José de Oliveira, 27 anos, volante do Nova Orleans, que também

Exposição traz gibis inéditos

Gibiteca recebe mostra de quadrinhos nunca publicados

A Gibiteca de Curitiba recebe a exposição “Gibis que não foram pra gráfica”, uma compilação de desenhos originais que nunca chegaram a ser publicados. A maioria dos originais selecionados foram produzidos há anos por adolescentes em cadernos que circulavam de mão em mão ou diários secretos. As produções acabaram sobre vivendo por motivos afetivos ou documentais.

O curador da exposição, Key Imaguire Júnior, é íntimo do mundo dos gibis há 40 anos. Durante esse tempo, ele tem acompanhado o processo de produção de um número incontável de quadrinhos, vendo muitas pessoas desenharem e escreverem sobre temas não abordados nas publicações comerciais. “Quando feito sem o intuito

de ser vendido, como é o caso dos que estão na Gibiteca, é feito de maneira muito mais livre, porque não é censurado. O autor não se reprime para construir o gibi”, explica Ima guire Júnior sobre o conteúdo dos gibis expostos.

O escritor Edson Cortiano é uma das pessoas que teve desenhos de seus 13 ou 14 anos de idade selecionados para a exposição, e comenta considerar a oportunidade uma chance única de mostrar essas produções. “É legal que as pessoas vejam que dese nhar não é simplesmente um dom, que se começa treinan do desde pequeno. Muitos que começaram esboçando e copiando desenhos quando crianças acabaram se tornan do grandes artistas”, revela.

A respeito das inspirações, Cortiano conta que relê os quadrinhos Mafalda e Calvin há anos. Esses personagens influenciaram muito seus de senhos e até mesmo a escrita, já que foi através desses gibis que o escritor aprendeu a ler. Apesar disso, o conteúdo pro posto acaba sendo totalmente

cita a qualidade do adversário e a importância de ganhar o primeiro jogo em casa.

diferenciado, motivo pelo qual Imaguire Júnior escolheu as publicações. “Existe um mer cado muito grande de gibis, mas praticamente dominado pelas propostas norte-ameri canas. Trazer uma identidade nacional para o gibi é um dos intuitos da exposição”, explica o curador.

08 Curitiba, 03 de Dezembro de 2014
Torcedores do União Nova Orleans Jenifer Kammer Quadrinho produzido pelo escritor Edson Cortiano em sua adolescência Cecília Tümler Guilherme Becker

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