Premium 2016/2017

Page 1

PREM1UM 2016/2017


2


Prezados amigos, O nosso novo catálogo reflete o momento do país e busca atender à realidade do mercado, trazendo novos produtores e produtos em faixas de preços bastante interessantes. Retrata também nossas pesquisas incessantes por todo o mundo vinícola e de maneira alguma representa uma mudança na nossa exigência de qualidade. Da Espanha, trouxemos um bom produtor da região de Valência, Bodegas Enguera, com vinhas cultivadas de maneira sustentável e vinhos brancos feitos com a rara uva autóctone Verdil, além de tintos interessantes, como o Paradigma, elaborado com Monastrel (Mourvèdre). De Portugal, a novidade vem do Alentejo, com os deliciosos vinhos da Herdade Paço do Conde, feitos pelo renomado enólogo Rui Reguinga. A novidade da França fica por conta dos espumantes Comte de Bailly, da Veuve Ambal, de ótima qualidade e preços muito razoáveis. Do Chile chegam os vinhos Quereu, bastante acessíveis, que já são um sucesso. Produzidos no Vale Central, trazem a expertise de Sergio Reyes e Raul Beckdorf, nomes altamente respeitados naquele país. A Nova Zelândia também tem novidades mais acessíveis, da premiada vinícola Hunter’s Wines: Stoneburn Riesling e Stoneburn Gewürztraminer. Nossa incurável paixão pelo que melhor se produz no mundo do vinho fez com que importássemos do Priorato os elegantes vinhos orgânicos da Terroir Al Límit, de produção limitadíssima e alvo do desejo dos apaixonados pelo vinho em todo o mundo. Além da procura incessante por novidades, temos negociado arduamente com nossos fornecedores, na busca de melhores condições comerciais, que já estamos revertendo para os nossos clientes. Desejamos a vocês um prazeroso passeio por estas páginas e por nossas seleções! Rodrigo Fonseca e Orlando Rodrigues

3


4


SUMÁRIO ESPANHA Priorato
 Terroir al Límit 6-7 Catalunha
 Vins del Massis 8 Ribera del Duero
 Tomás Postigo 9 Rioja
 Benjamín Romeo/Bodega Contador 10-11
 Bodegas Aldonia 11
 Compañía Bodeguera de Valenciso 12
 Finca Valdeguinea 12 Rueda
 Vinos Sanz 13 Valência
 Bodegas Enguera 14

PORTUGAL Alentejo
 Herdade Paço do Conde 15

Douro – Vinhos de Mesa
 Quinta das Apegadas 18-19
 Vinhas da Ciderma 19 Douro – Porto
 Porto Quevedo 20
 Quinta do Infantado 21 Minho – Vinhos Verdes
 Dona Paterna 22
 Quinta de Linhares 22

ITÁLIA Campânia Donnachiara 23

Bairrada
 Quinta das Bágeiras 16

Piemonte
 Brovia 24
 Domenico Clerico 25
 Socré 25

Dão
 Casa da Passarella 17

Puglia
 Paololeo 26-27 Sicília
 Musìta 28 Toscana
 Castello di Volpaia 29
 Fontemorsi 30-31
 Monte Bernardi 31
 Podere La Vigna 32
 Tiberini 32 Vêneto
 Azienda Agricola Villa Erbice 33


SUMÁRIO FRANÇA Alsácia Domaine Valentin Zusslin et Fils 34-35 Bordeaux
 Château Clos Bel Air 40
 Château de Camarsac 36-37
 Château de Viaud-Lalande 39
 Château de Villegeorge 38
 Château Desmirail 39
 Château Domeyne 43
 Château Doyac 39
 Château Lamartine 38
 Château Les Tuileries 37
 Château Liot 43
 Château Mélin 41
 Château Teynac 43
 Château Tour Bicheau 38
 Château Valoux 40
 Jonathan Maltus 42 Borgonha
 Domaine de Bellene/Maison Roche de Bellene 44-45
 Domaine Marquis d’Angerville 46-47
 Hubert Lamy 46
 Nicolas Potel 48
 Patrick Javillier 48
 Veuve Ambal/Comte de Bailly 49 Borgonha (Chablis)
 Domaine Christian Moreau Père et Fils 50-51
 Domaine Jean Collet et Fils 51

Champagne
 Pierre Gimonnet & Fils 52 Languedoc e Roussillon
 Domaine Collin 53
 Domaine Ferrer-Ribière 53 Loire
 Chéreau Carré 54
 Domaine Huet 55
 Domaine Vigneau-Chevreau 55
 Fournier Père & Fils 56
 Frédéric Mabileau 56 Provence
 Château Saint-Hilaire 57 Norte do Rhône
 André Perret 58
 Marc Sorrel 58 Sul do Rhône
 Château d’Or et de Gueules 59
 Château Terre Forte 60
 Clos Bellane 60
 Clos des Papes 61
 Domaine Font de Michelle 63
 Domaine La Monardière 62
 Domaine Raspail-Ay 63


Sudoeste
 Château Lamartine 64
 Clos Lapeyre 65
 Domaine Berthoumieu 65

NOVA ZELÂNDIA Canterbury (Ilha Sul) Pegasus Bay 66 Central Otago
(Ilha Sul) Rippon Vineyard and Winery 67 Marlborough (Ilha Sul)
 Foley Family Wines (Sanctuary/Grove Mill) 68
 Hunter’s Wines 69
 Jackson Estate 70 Nelson (Ilha Sul)
 Neudorf Vineyards 71 Gisborne (Ilha Norte)
 Vinoptima 72 Hawke’s Bay (Ilha Norte)
 Brookfields Vineyards 73
 Clearview Estate 74
 Trinity Hill 74 Martinborough (Ilha Norte)
 Ata Rangi Vineyard 75
 Palliser Estate Wines of Martinborough 76

Waiheke Island (Ilha Norte)
 Stonyridge Vineyard 77

CHILE Marchigüe
 Viña Polkura 78 Vale Central
 Garage Wine Co. 79
 Quereu/Fox Wines 80 
 Viña Casa Rivas 80 Vale do Elqui
 Viña Falernia 81

ARGENTINA Mendoza Benvenuto de La Serna 82
 Bodegas Fabre 83
 Revancha (Roberto de la Mota) 84
 Ricardo Santos 85
 Tercos 85 Patagônia
(Rio Negro) Bodegas Fabre 86

URUGUAI Canelones Bodega De Lucca 87


ESPANHA PRIORATO

orgânico

TERROIR AL LÍMIT

novo

www.terroir-al-limit.com

Nos últimos 25 anos, o Priorato vivenciou uma grande transformação, com a chegada de vários produtores que acreditaram no potencial do seu terroir para elaborar vinhos diferentes do estilo rústico que estava associado a essa região. Os vinhedos, com baixa produção, encontram-se em lugares extremos, de difícil acesso, com solos rochosos de xisto e piçarra (licorella) e clima mediterrâneo. Entre as uvas cultivadas estão as brancas Pedro Ximénez, Muscat de Alexandria, Macabeo e Garnacha Blanca e as tintas Cariñena, Garnacha e Cabernet Sauvignon.

Os produtores mais destacados têm produzido vinhos muito finos, equilibrados, sem muita extração e concentração, valorizando o frescor e o caráter mineral. Esse estilo mais elegante se consolidou principalmente nos últimos cinco anos.

8

A Terroir al Límit está localizada em Torroja del Priorat, região íngreme de difícil acesso, onde o trabalho nos vinhedos é feito manualmente ou com a ajuda de cavalos. Seu proprietário, Dominik A. Huber, nasceu na região da Baviera, Alemanha, e começou esse projeto em 2001, fundando a vinícola em 2003. Seus vinhos são artesanais, com produção pequena, cultuados, mas principalmente elegantes e muito refinados. A vinícola adota a agricultura orgânica e, em alguns casos, é usado o sistema biodinâmico.

Brancos Terroir Al Límit Terra de Cuques Terroir Al Límit Pedra de Guix

Tintos Terroir Al Límit Torroja Terroir Al Límit Arbossar Terroir Al Límit Dits del Terra Terroir Al Límit Les Manyes


9


ESPANHA CATALUNHA

VINS DEL MASSIS

Região autônoma e vasta, de clima mediterrâneo e solos pouco férteis, a Catalunha é mais conhecida pela quase totalidade da produção de cava no país. Nas últimas décadas do século XX, passou a ocupar posição de vanguarda pela modernização vinícola, quando também foram introduzidas variedades de uvas internacionais. Vinhedos antigos de Garnacha Blanca e Xarel-lo têm sido usados para a elaboração de vinhos tranquilos, com excelentes resultados. Em 1999, foi criada a DO Catalunya, que permite a produção de vinhos com uvas das diversas DOs.

A gama de vinhos produzida nas diferentes denominações de origem da Catalunha é bem diversificada, de brancos mais leves a tintos encorpados. Os brancos apresentam bom corpo e têm grande potencial de guarda.

10

Localizada em Olesa de Bonesvalls, Catalunha, a Vins del Massis está associada à Bodega Contador, ícone da região da Rioja. O embrião desse projeto surgiu em 2006, durante uma visita ao Massis del Garraf, com o objetivo de produzir vinhos brancos de alta qualidade. A vinícola, conduzida por Benjamín Romeo, Patxi Fernández Bengoa e Belén Sánchez, foi estabelecida em 2008, em uma fábrica de 1936. As uvas usadas para produzir os vinhos Massis e Macizo são as variedades locais Garnacha Blanca e Xarel-lo.

Brancos Vins del Massis Massis Vins del Massis Macizo


ESPANHA RIBERA DEL DUERO

TOMÁS POSTIGO www.tomaspostigo.es

A mais importante DO (reconhecida em 1982) de Castilla y León estendese pelo vale do rio Duero, do leste de Valladolid a Aranda de Duero, e tem clima continental, com verão quente e curto, com grandes variações de temperatura entre o dia e a noite, o que proporciona acidez marcante nos vinhos. A variedade dominante é a Tempranillo, chamada nessa região de Tinto Fino ou Tinta del País. São cultivadas ainda Garnacha, Cabernet Sauvignon, Merlot e Malbec. A qualidade varia bastante, tornando fundamental a seleção de produtores.

Químico e enólogo, Tomás Postigo passou a se dedicar aos vinhos após curta carreira como pesquisador. Chegou à região em 1984 e acumulou grande experiência trabalhando para a cooperativa local. Posteriormente, como enólogo, ajudou a transformar uma das vinícolas locais em um dos expoentes da denominação. Hoje, produz os próprios vinhos: um branco bastante longevo 100% Verdejo, em Rueda, cuja primeira safra foi a de 2008; e um tinto elegante, sutil, suculento e excepcional produzido desde 2009.

Branco Tomás Postigo Verdejo – Rueda

Tinto Tomás Postigo Crianza

Os vinhos dessa região estão entre os mais famosos da Espanha. São concentrados, muitas vezes potentes, estilo que em geral contrasta com os da Rioja. São vinhos frutados, carnudos e ricos, que têm grande potencial de envelhecimento.

11


ESPANHA RIOJA

BENJAMÍN ROMEO/ BODEGA CONTADOR www.bodegacontador.com

Trata-se da mais tradicional e conceituada região vinícola espanhola. Em seus quase 100 km de extensão noroeste-sudeste, divide-se em Rioja Alta, Rioja Alavesa e Rioja Baja. As altitudes, climas e solos bastante variados, as diversas variedades de uvas e os estilos tradicional e moderno contribuem para tornar essa região uma clássica produtora de vinhos finos, reconhecida mundialmente. Hoje, a Rioja conta com vinícolas modernas, produtores com os pés no vinhedo, mentes abertas, experimentos ousados e equipamentos de última geração.

Predominam os vinhos tintos, mas são produzidos brancos estilosos e rosados. As principais uvas são as tintas Tempranillo, Graciano, Mazuelo e Garnacha e as brancas Garnacha Blanca, Viura e Malvasía, que geram vinhos complexos e longevos.

12

A Bodega Contador foi fundada em 1995 pelo enólogo Benjamín Romeo. Perfeccionista, ele foi adquirindo propriedades com vinhas antigas, em locais que considerava extremamente privilegiados. O ícone da vinícola é o Contador, um tinto estruturado e potente, que recebeu a pontuação máxima de 100 pontos do crítico Robert Parker nas safras 2004 e 2005, ganhando fama mundial. Além dos tintos, a bodega produz brancos surpreendentes como o Qué Bonito Cacareaba. A Bodega Contador tem um projeto também na Catalunha.

Brancos Benjamín Romeo Predicador Blanco Benjamín Romeo Qué Bonito Cacareaba

Tintos Benjamín Romeo Predicador Tinto Benjamín Romeo La Cueva del Contador Benjamín Romeo Carmen Hilera Grande Reserva Benjamín Romeo La Viña de Andrés Romeo Benjamín Romeo Contador


Mario e Iván Santos

Bodega Contador

BODEGAS ALDONIA www.aldoniawinery.com

Essa vinícola jovem, que tem a Garnacha como uva principal, é dirigida pelos irmãos Iván e Mario Santos, que iniciaram o projeto a partir de vinhedos de família, dos quais já cuidavam desde 1994. São 19 ha espalhados por 12 diferentes locais, principalmente na Rioja Baja. A primeira safra foi em 2004 e logo a Aldonia entrou no radar das melhores publicações especializadas. Em todos os vinhos destacam-se o equilíbrio, com o uso sensato da madeira, ótimo frescor, pureza de fruta e extração elegante.

Tintos Aldonia Aldonia Vendimia Aldonia 100

13


COMPAÑÍA BODEGUERA DE VALENCISO www.valenciso.com

Luis Valentín e Carmen Enciso, cujos sobrenomes combinados batizaram o empreendimento, tinham 25 anos de experiência no ramo quando produziram sua primeira safra em 1998. Com uma nova e bem equipada vinícola (de 2008) em Ollauri, na Rioja Alta, região da qual provém a totalidade das uvas que utilizam, elaboram um tinto Reserva, de excepcional dimensão aromática e finesse, com grande predominância de Tempranillo. O branco, bastante elegante, é um corte de Viura e Garnacha Blanca.

Tinto Valenciso Reserva

FINCA VALDEGUINEA www.fincavaldeguinea.net

O enólogo e proprietário da vinícola Luis Juan Sáenz Comunión se dedica sobretudo aos 25 ha de vinhedos, na Rioja Alta, a cerca de 600 metros de altitude, mas acompanha passo a passo a produção de cada vinho. Terceira geração da família de viticultores, ele comanda a vinícola ao lado da irmã, Ana Sáenz Comunión. A idade mínima das vinhas é de 30 anos e os vinhedos de mais de 100 anos fornecem as mudas para replantio/reposição. O Etiqueta Negra 15 meses é proveniente desses vinhedos centenários.

Branco Finca Valdeguinea Blanco (Joven)

Tintos Finca Valdeguinea Tinto (Joven) Finca Valdeguinea 6 F.V. (Semicrianza) Finca Valdeguinea Crianza Finca Valdeguinea Etiqueta Negra 15 meses

14


ESPANHA RUEDA

VINOS SANZ www.vinossanz.com

Essa região ocupa um vasto planalto a cerca de 750 metros de altitude às margens do Duero, principalmente a esquerda. A partir da década de 1970, alguns produtores passaram a acreditar na Verdejo e iniciaram uma trajetória de sucesso, o que levou a região a receber o status de DO em 1980. São cultivadas também Viura e Sauvignon Blanc. A produção de tintos, principalmente de Tempranillo, é pequena, e ainda se produzem fortificados no estilo de Jerez, com Palomino, mas declinante.

Empresa de 1870, a Vinos Sanz é a mais antiga da denominação Rueda e está há seis gerações na família. Adaptou-se com brilhantismo aos novos tempos e seus vinhos têm extrema pureza e vivacidade. São cerca de 100 ha de vinhedos próximos ao Duero, principalmente na Finca La Colina, com vinhas de mais de 60 anos. A Decanter (abril 2014) concedeu 18 pontos (20) para o Finca La Colina Verdejo Cien x Cien 2012. A Vinos Sanz produz um tinto de Tempranillo na denominação Madri, que recebe o nome La Capital.

Brancos Sanz Clásico Sanz Clásico 375 ml Sanz Verdejo Finca La Colina Verdejo Cien x Cien

Tintos Sanz La Capital (Madri)

Rueda é a DO mais importante para brancos de Castilla y León. Os vinhos, especialmente os produzidos com a uva autóctone Verdejo, apresentam frescor, mineralidade e boa fruta e são ótimos para acompanhar aperitivos, além de peixes e frutos do mar.

15


ESPANHA VALÊNCIA

BODEGAS ENGUERA

novo

www.bodegasenguera.com

No Levante encontram-se seis denominações de origem. São regiões áridas, ensolaradas, com solos pobres, onde a temperatura pode ser muito alta no verão. Uma dessas regiões é a D.O.P. Valência, que tem quatro sub-regiões: Alto Turia, com maiores elevações e onde predominam as brancas; Valentino, que tem grande variedade de solos, de clima e de vinhos; Moscatel de Valência, na parte mais baixa, onde a Moscatel de Alexandria dá origem a fortificados clássicos; e Clariano, ao sul, com zonas muito diferenciadas, onde são produzidos brancos e tintos.

Em Clariano, onde se encontra a Enguera, são produzidos brancos leves, cítricos e aromáticos, com a autóctone Verdil, além de Chardonnay e Sauvignon Blanc, e tintos ricos e saborosos, de Tempranillo e Monastrell (Mourvèdre), entre outras variedades.

16

Fundada em 1999 pela família Pérez Pardo, que tem longa tradição na viticultura, a Bodegas Enguera possui 160 ha de vinhedos próprios, em duas zonas: Fontanars dels Alforins, com cerca de 60 ha, e Enguera. Nos brancos, é utilizada a Verdil, uva autóctone do vale de Alforins resgatada por alguns produtores, entre os quais os proprietários da Enguera. A vinícola adota a viticultura sustentável e tem o certificado Carbon Proof, por compensar, mediante o cultivo de bosques, as emissões de CO2 associadas aos processos produtivos.

Brancos Finca Enguera Blanc Blanc d’Enguera

Tintos Finca Enguera Tempranillo Finca Enguera Crianza Castillo de Enguera Reserva Enguera Paradigma


PORTUGAL ALENTEJO

HERDADE PAÇO DO CONDE

novo

www.pacodoconde.com

Trata-se da maior província de Portugal, cobrindo quase um terço do país. As vastas áreas mesclam videiras, oliveiras, sobreiros (cortiça) e grãos. São oito sub-regiões, com solos, altitudes e climas variados, que se estendem do Tejo, ao norte, até o Algarve, ao sul. A produção de vinhos finos desabrochou na década de 1980 e cresceu muito na década seguinte. Entre as uvas tintas plantadas estão Trincadeira, Aragonez, Alfrocheiro e Alicante Bouschet, muito expressiva nessa região, além de Cabernet Sauvignon e Syrah. Entre as brancas estão Roupeiro, Antão Vaz, Arinto e Chardonnay.

Em 1995 foram plantadas as primeiras videiras, marcando a entrada desse importante grupo agrícola na viticultura, que hoje tem cerca de 200 ha de vinhedos. A moderna adega foi construída em 2002 e está integrada à arquitetura secular do Monte Paço do Conde, sede da empresa. Formado pela sociedade entre os irmãos José, Luisa e Miguel Castelo Branco, o grupo conta com o renomado enólogo Rui Reguinga para produzir os vinhos Vilares e Herdade das Albernoas, prontos para beber desde jovens, e Herdade Paço do Conde, mais complexo.

Brancos Vilares Branco Herdade das Albernoas Branco Herdade Paço do Conde Branco

Tintos Vilares Tinto Herdade das Albernoas Tinto Herdade Paço do Conde Tinto Herdade Paço do Conde Reserva

Os vinhos brancos do Alentejo são ideais para aperitivos, com os embutidos deliciosos da região, além de mariscos e peixes. Para acompanhar carne de porco e carnes mais gordas, os tintos mais estruturados, com boa acidez, são os mais indicados.

17


PORTUGAL BAIRRADA

QUINTA DAS BÁGEIRAS

Região que encanta um público mais exigente, a Bairrada atrai turistas tanto por sua cozinha quanto por seus vinhos. A caprichosa Baga, principal uva tinta da região, se traduz em vinhos expressivos, gastronômicos e longevos, quando bem trabalhada. Os brancos, que recebem a influência do Atlântico, apresentam mineralidade e frescor, e os espumantes são produzidos pelo método tradicional. Com a chegada das variedades internacionais, alguns puristas formaram o grupo “Baga Friends”, do qual faz parte Mário Sérgio Nuno, da Quinta das Bágeiras.

Essa vinícola tradicional fica no pequeno lugarejo de Fogueira, em Sangalhos. O proprietário e enólogo, Mário Sérgio Alves Nuno, é um perfeccionista, que faz vinhos clássicos, trabalhando com uvas autóctones que expressam com brilhantismo o melhor da Bairrada. O Garrafeira Tinto 2005 foi incluído por João Paulo Martins na lista dos dez melhores vinhos portugueses da década 2000-2009, o único da Bairrada. O Garrafeira Branco 2009 foi eleito “O Melhor Vinho do Ano” entre todos os portugueses pelo renomado crítico/jornalista Rui Falcão em seu guia de vinhos de 2012.

Espumantes Quinta das Bágeiras Bruto Natural Reserva Quinta das Bágeiras Bruto Natural Super Reserva Quinta das Bágeiras Bruto Natural Grande Reserva Quinta das Bágeiras Bruto Natural Rosé Colheita

Brancos Quinta das Bágeiras Colheita Quinta das Bágeiras Garrafeira Quinta das Bágeiras Garrafeira Pai Abel

Tintos Quinta das Bágeiras Colheita Quinta das Bágeiras Reserva Quinta das Bágeiras Garrafeira

Para acompanhar o leitão da Bairrada, o espumante é perfeito. O tinto de Baga, com boa acidez e tanicidade, também é indicado para leitão e arroz de pato. Os brancos vão bem com bacalhau e frutos do mar, com molhos intensos.

18

Quinta das Bágeiras Avô Fausto

Aguardentes Quinta das Bágeiras Bagaceira 500 ml Quinta das Bágeiras Aguardente Vínica Velha 500 ml


PORTUGAL DÃO

CASA DA PASSARELLA www.casadapassarella.pt

Com o renascimento do Dão, principalmente após a entrada de Portugal para a União Europeia em 1986 e o fim dos monopólios das grandes cooperativas, produtores com foco em qualidade e terroir passaram finalmente a expressar-se por meio de vinhos muito finos. A Touriga Nacional é a principal uva tinta, mas a Jaen (Mencía na Galícia), a Tinto Cão e a Alfrocheiro também são usadas em cortes. Entre as brancas, a Encruzado, típica da região, está se revelando fina, elegante e complexa, quando trabalhada pelos bons produtores.

A Casa da Passarella, uma das mais emblemáticas vinícolas de Portugal, foi fundada em 1892, antes portanto da demarcação da região do Dão, em 1908. Desde 2008 está sob o comando do enólogo Paulo Nunes, que tem feito um trabalho brilhante na elaboração de vinhos que se destacam pelo frescor, pelo caráter mineral e pela longevidade. A linha Somontes é excelente para o dia a dia, enquanto o Villa Oliveira é produzido apenas em anos de qualidade excepcional e em quantidades muito reduzidas. O Villa Oliveira Touriga Nacional 2009 obteve 93 pontos de Robert Parker.

Brancos Somontes Colheita Somontes Encruzado Villa Oliveira Encruzado

Rosé Somontes Rosé

Tintos Somontes Colheita Somontes Reserva Villa Oliveira Touriga Nacional

Os brancos de Encruzado estão entre os mais elegantes de Portugal, além de serem versáteis à mesa. Os tintos, tanto os varietais de Touriga Nacional quanto os cortes, apresentam boa fruta, acidez e taninos finíssimos, e são igualmente gastronômicos.

19


PORTUGAL DOURO

(VINHOS DE MESA)

QUINTA DAS APEGADAS www.apegadas.co.pt

Mundialmente famoso pelo vinho do Porto, o Douro tem apresentado uma crescente produção de brancos e, principalmente, de tintos de mesa (denominação Douro, cerca de 50% da produção total) de alta qualidade. Região de extrema beleza e de grandes desafios para o viticultor, o Douro é dividido em Baixo Corgo, Cima Corgo e Douro Superior, locais com características geográficas e climáticas específicas, que geram vinhos bem diferentes. São várias as castas cultivadas, como as brancas Viosinho, Gouveio e Rabigato, e as tintas Touriga Nacional, Tinta Roriz e Touriga Franca, entre outras.

Os brancos vão de frescos e frutados a bastante complexos, enquanto muitos dos tintos estão entre os mais impressionantes do país, possuindo pureza, riqueza e intensidade que somente castas nobres oriundas de um terroir privilegiado podem oferecer.

20

Comandada pelo casal Cândida e António Amorim, iniciou suas atividades em 2003, em dois locais: Quinta das Apegadas, em Mesão Frio, com 2 ha de vinhedos, e Quinta Velha, propriedade centenária situada na margem direita do Douro, no Concelho da Régua, com 10 ha de vinhedos classificados como letra A, sendo 6 ha com vinhas de mais de 30 anos. Os primeiros vinhos foram elaborados em 2004 e comercializados em 2006, sendo logo reconhecidos pela qualidade. Robert Parker chamou a atenção para a “harmonia e capacidade de desenvolvimento na adega”, referindo-se ao tintos que estagiam em madeira.

Brancos Apegadas Apegadas Premium

Tintos Apegadas Douro Banks Apegadas Quinta Velha Apegadas Quinta Velha Reserva Apegadas Quinta Velha Grande Reserva


VINHAS DA CIDERMA www.vinhasdaciderma.com

Em 2002, a engenheira Mónica Figueiredo adquiriu essa propriedade após longa procura de vinhedos com mais de 20 anos e exposição sul junto ao rio. Uma cantina com 160 anos também foi adquirida e remodelada, preservandose os lagares de granito para pisa a pé e incorporando as tecnologias indispensáveis. Os primeiros vinhos, da safra 2004, foram comercializados em 2006 e muito bem avaliados pela crítica especializada. Os vinhedos são cultivados em sistema de Produção Integrada e estão licenciados para produção de Vinho do Porto Letra A.

Brancos Vinhas da Ciderma Fura

Tintos Vinhas da Ciderma Fura Vinhas da Ciderma Donzel Colheita Vinhas da Ciderma Donzel Reserva Vinhas da Ciderma Grande Reserva

21


PORTUGAL DOURO (PORTO)

PORTO QUEVEDO www.quevedoportwine.com

Patrimônio da humanidade, o Douro produz vinhos desde tempos imemoriais, tendo sido demarcado em 1756 (é a mais antiga região demarcada do mundo) por decreto do Marquês de Pombal. Somente a partir de meados do século XVIII o vinho fortificado e doce Porto, originário das encostas quase verticais que margeiam o rio Douro, consolidou seu prestígio e se converteu em um dos clássicos mundiais. Várias transformações ocorreram nos últimos 30 anos, sendo a principal delas a que permitiu aos produtores comercializar seus vinhos diretamente e exportá-los sem intermediários.

São vários os estilos de Porto, o que torna esse vinho bem versátil: White, Rosé, Ruby, Tawny (com ou sem indicação de idade), Vintage (feito somente nos melhores anos), LBV (Late Bottled Vintage) e Colheita (Tawny de uma só safra).

22

Vindos de uma família com mais de cem anos de tradição na viticultura, Oscar Quevedo e sua esposa, Beatriz, radicaram-se na região do Douro no fim dos anos 1970 e em 1990 deram início à construção da vinícola. São 100 ha cultivados no Cima Corgo e Douro Superior, onde predominam as castas tradicionais do Douro. Desde 1999, Cláudia, a filha do casal, é a enóloga da empresa e Oscar, seu irmão, cuida do marketing e das exportações. A Quevedo produz Portos safrados e não safrados, além de um rosé pouco comum. Seus vinhos são intensos, com doçura bastante equilibrada.

Porto Rosé Porto Quevedo

Portos Tintos Porto Quevedo Tawny Porto Quevedo Ruby Porto Quevedo LBV Porto Quevedo Colheita Porto Quevedo Vintage


Luis Soares Duarte, enólogo consultor

QUINTA DO INFANTADO www.quintadoinfantado.pai.pt

Localizada na margem direita do Douro, essa propriedade foi adquirida há mais de um século pela família Roseira. São 43 ha de vinhedos, todos classe A, com vinhas de 5 a mais de 80 anos de idade. O enólogo consultor é Luis Soares Duarte e a enóloga residente, Fatima Ribas. Os vinhos da Quinta do Infantado são marcados pela elegância, equilíbrio e menor teor de açúcar, mesmo nos mais básicos. Essa vinícola foi pioneira na venda de vinhos engarrafados na propriedade – Portos de Quinta –, a partir de 1979.

Porto Branco Quinta do Infantado Porto White

Portos Tintos Quinta do Infantado Porto Tawny Quinta do Infantado Porto Ruby Quinta do Infantado Porto Reserva Especial Ruby Quinta do Infantado Porto Reserva Tawny Dona Margarida Quinta do Infantado Porto LBV Quinta do Infantado Porto Tawny 10 anos Quinta do Infantado Porto Vintage Quinta do Infantado Porto Vintage 375 ml

23


PORTUGAL MINHO

(VINHOS VERDES)

DONA PATERNA A família Codesso produz e vende uvas em Paderne, região de Melgaço, desde 1974. Em 1990, Carlos Alberto Codesso resolveu produzir seus próprios vinhos com as excepcionais uvas Alvarinho. São 17,5 ha de vinhedos em terrenos graníticos, voltados para o sul, sendo 4,5 ha deles com cultivo orgânico. A produção gira em torno de apenas 120 mil garrafas por ano. Seus vinhos têm ótima estrutura, toques salinos e minerais e grande capacidade de envelhecimento. O enólogo consultor é Fernando Moura, experiente e muito respeitado na região.

Brancos Dona Paterna Alvarinho-Trajadura Dona Paterna Alvarinho Dona Paterna Alvarinho Magnum Dona Paterna Alvarinho Colheita Selecionada Dona Paterna Alvarinho Reserva

A Região Demarcada dos Vinhos Verdes situa-se no entorno e principalmente ao norte da cidade do Porto, indo até a divisa com a Espanha. Nessa região exuberante são produzidos, com as castas nativas, vinhos brancos, rosados, tintos e espumantes, com acentuada acidez e frescor e graduação alcoólica geralmente moderada. Os mais populares no Brasil são os brancos, que, por serem leves e frescos, são ideais para nosso clima. O Vinho Verde é o vinho português não licoroso mais vendido no mundo, resultado de sua crescente qualidade e características únicas.

QUINTA DE LINHARES www.agri-roncao.pt

A Quinta de Linhares, cujas primeiras vinhas foram plantadas em 2001, está localizada na sub-região do Sousa e nos últimos anos tornou-se uma das vinícolas mais premiadas de Portugal. No Concurso do Vinho Verde 2015, realizado pela Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes, o Quinta de Linhares Loureiro 2014 recebeu medalha de ouro (prata no Councours Mondial de Bruxelles 2015), o Avesso 2014, medalha de prata (ouro no Councours Mondial de Bruxelles 2015) e o Arinto 2014 ficou com o Troféu “Best Of”. O enólogo é António Sousa, uma referência na região.

Brancos Quinta de Linhares Vinho Verde Arinto Quinta de Linhares Vinho Verde Azal Quinta de Linhares Vinho Verde Avesso

Em geral, os Vinhos Verdes são melhores se consumidos jovens, a não ser no caso de alguns Alvarinhos. Gastronômicos e versáteis, são ótimos para acompanhar aperitivos, peixes e frutos do mar, além de saladas e pratos da cozinha baiana e asiática.

24

Quinta de Linhares Vinho Verde Colheita Seleccionada

Rosé Quinta de Linhares Vinho Verde Rosé


ITÁLIA CAMPÂNIA

DONNACHIARA www.donnachiara.com

Apesar de ser conhecida pela costa deslumbrante, onde também existem vinhedos, é na região interior montanhosa da Irpinia que se encontram as condições ideais para a produção de brancos e tintos de alta qualidade. Em torno da comuna de Avellino, os verões longos e frescos, a boa insolação e os solos pobres de origem vulcânica favorecem o amadurecimento perfeito das uvas brancas Greco di Tufo e Fiano di Avellino, que hoje são DOCG (denominação de origem controlada garantida). A tinta Aglianico atinge o apogeu na DOCG Taurasi, uma sub-região da Irpinia.

Situada nas colinas próximas a Avellino, foi estabelecida em 2005 pelo casal Chiara e Umberto Petitto. Atualmente, a direção da vinícola está a cargo da filha do casal, Ilaria Petitto. Ligados à viticultura por cinco gerações na Irpinia, cultivam somente as castas locais e usam tecnologias modernas. Segundo a Wine Spectator, “Donnachiara produz finos exemplares de Fiano di Avellino e Greco di Tufo”. A revista diz ainda que “Taurasi é uma das melhores fontes de vinhos italianos de guarda, sendo os Donnachiara excepcionais”.

Brancos Donnachiara Fiano di Avellino DOCG Donnachiara Greco di Tufo DOCG Donnachiara Esoterico Campania Fiano IGT

Tintos Donnachiara Campania Aglianico IGT Donnachiara Irpinia Aglianico DOC Donnachiara Taurasi DOCG

As uvas brancas dão origem a vinhos elegantes e frescos, e, observa Jancis Robinson MW, “os melhores vinhos têm uma dimensão aromática que poucas outras variedades italianas podem igualar”. A tinta Aglianico gera vinhos ricos e longevos.

25


ITÁLIA

Cristina Brovia, Elena Brovia e Àlex Sánchez

PIEMONTE

BROVIA www.brovia.net

Essa é a região de excelência da Nebbiolo, que origina os famosos Barbaresco e Barolo, dois dos grandes vinhos da Itália. Seus nomes têm origem nos vilarejos de onde provêm (os Barolos têm origem em quatro vilarejos e os Barbarescos, em três), sendo ambos DOCG. Os demais vinhos, em geral, recebem o nome das uvas, como os tintos Dolcetto e Barbera, acrescidos da procedência, como D’Alba, D’Asti ou Langhe. Entre os vinhos brancos, os mais famosos são Roero Arneis e Moscato d’Asti. O Piemonte tem diversos vinhedos de grande distinção (crus) e espaço para tradicionalistas e modernistas, apesar da linha pouco nítida que os separa.

Fundada por Giacinto Brovia em 1863, essa vinícola se encontra no coração da área produtora de Barolo, com sede em Castiglione Falletto. Atualmente, é conduzida por Elena e Cristina Brovia, quarta geração da família, e por Àlex Sánchez, marido de Elena. Os vinhedos ocupam 19,2 ha, sendo os quatro mais importantes Rocche, Villero e Garblèt Sué, em Castiglione Falletto, e Ca’Mia (Brea), em Serralunga d’Alba. Os tintos são clássicos e elegantes, enquanto o branco, produzido com a uva Roero Arneis, é um vinho para os que procuram algo diferenciado.

Branco Brovia Roero Arneis DOC

Tintos Brovia Sorì del Drago Barbera d’Alba Brovia Brea Barbera d’Alba DOC Brovia Valmaggione Nebbiolo d’Alba DOC Brovia Barolo DOCG Brovia Rocche dei Brovia Barolo Brovia Ca’Mia Barolo DOCG Brovia Garblèt Sué Barolo DOCG Brovia Villero Barolo DOCG

Além dos renomados Barolo e Barbaresco, feitos com Nebbiolo, a variada gama de vinhos inclui Dolcetto, vinho jovem, frutado e fresco, e Barbera, frutado e pouco tânico, além de brancos interessantes, todos bastante gastronômicos.

26


DOMENICO CLERICO

SOCRÉ

www.domenicoclerico.com

www.socre.it

Autodidata e mundialmente reconhecido, Domenico Clerico assumiu em 1976 os 5 ha que seu pai cultivava e se propôs a fazer vinhos de vinhedos específicos. Hoje, possui 21 ha de vinhedos em Monforte d’Alba, uma pequena parcela em Serralunga, além de uma moderníssima vinícola. Seus vinhos apresentam buquê intenso, com toques de especiarias, e a fruta tem excelente maturidade. Na boca, mostram-se sempre carnudos e ricos em sabores, fazendo com que os taninos sejam palatáveis desde jovens. Envelhecem muito bem, ganhando elegância e complexidade.

Marco Piacentino, arquiteto e enólogo, cuida de 8 ha de vinhedos que pertencem à sua família desde 1871. Parte de sua produção vem do excelente vinhedo Roncaglie, um dos grandes crus de Barbaresco, famoso desde o século XIX pela delicadeza, elegância e profundidade que aporta à Nebbiolo. Defensor do uso de barricas, irrita-se com a comparação de estilos tradicional e moderno. Seus vinhos jamais mostram predominância de carvalho sobre fruta e sempre exibem suculência, taninos muito finos e equilíbrio perfeito.

Tintos

Tintos Socré Dolcetto d’Alba DOC

Domenico Clerico Visadì Langhe DOC Dolcetto

Socré Barbera d’Alba DOC

Domenico Clerico Trevigne Barbera d’Alba DOC

Socré Langhe Nebbiolo DOC

Domenico Clerico Capisme-e Langhe DOC Nebbiolo

Socré Barbaresco DOCG

Domenico Clerico Arte Langhe DOC

Socré Barbaresco Roncaglie DOCG

Domenico Clerico Aeroplanservaj Barolo DOCG Domenico Clerico Ciabot Mentin Barolo DOCG Domenico Clerico Pajana Barolo DOCG Domenico Clerico Percristina Barolo DOCG

27


ITÁLIA PUGLIA

PAOLOLEO www.paololeo.it

Essa é uma vasta região onde o clima mediterrâneo ameno, as baixas precipitações, os solos pobres e o relevo pouco ondulado contribuíram decisivamente para que se tornasse produtora de grandes volumes de vinho. Entretanto, nos últimos 20 anos, o volume produzido caiu para perto da metade, enquanto a qualidade cresceu exponencialmente. Os melhores vinhos são produzidos na península de Salento, onde os rendimentos são menores e a influência dos mares Adriático e Jônico ameniza o calor.

A história dessa vinícola, estabelecida no coração de Salento, tem início com Antonio Leo, na virada do século XIX, quando possuía 20 ha de vinhedos. No início dos anos 1950, a quarta geração da família replantou esses vinhedos exclusivamente com Negroamaro, Primitivo e Malvasia Nera. Hoje, é conduzida por Paolo Leo, da quinta geração, que adquiriu mais 6 ha de vinhedos e modernizou a vinícola. Seus vinhos são estilosos e ricos em fruta e nem de longe lembram os antigos, alcoólicos e oxidados rótulos que tanto marcaram o sul da Itália.

Brancos Paololeo Malvasia Bianca Salento IGT Paololeo Pinot Grigio Tarantino IGT

Tintos Paololeo Primitivo Salento IGT Paololeo Primitivo Salento IGT 375 ml Paololeo Negroamaro Salento IGT Paololeo Passo del Cardinale Primitivo di Manduria DOP Paololeo Aglianico Puglia IGT Paololeo Salice Salentino Riserva DOC Paololeo Orfeo Negroamaro Puglia IGT

Na península de Salento, onde as variedades predominantes são Negroamaro e Primitivo, estão os vinhos mais interessantes da Puglia. Entre outras variedades cultivadas, incluem-se Aglianico, Malvasia Nera, Malvasia e Pinot Grigio.

28

Paololeo Fiore di Vigna Primitivo Salento IGT


29


ITÁLIA SICÍLIA

MUSÌTA www.musita.it

Essa belíssima ilha do mediterrâneo tem produzido vinhos “estimulantes, originais e de ótimo custo” (Hugh Johnson), mostrando o expressivo desenvolvimento pelo qual passou a região nos últimos tempos. Nos mais variados terroirs são cultivadas variedades autóctones, como as brancas Catarratto, Grillo, Frappato e Inzolia, e as tintas Nero d’Avola e Nerello Mascalese, além das internacionais Chardonnay, Cabernet Sauvignon, Merlot e Syrah. Embora estas últimas tenham feito a fama da Sicília, com a produção de vinhos de classe internacional, existe hoje uma maior valorização das uvas locais.

A uva mais famosa é a Nero d’Avola, que gera vinhos frutados e com boa estrutura. A Nerello Mascalese, cultivada nos arredores do Etna, dá origem a vinhos mais delicados. Os elaborados com as uvas brancas Catarrato e Grillo são frescos e saborosos.

30

No fim do século XIX, Ignazio Ardagna plantou as primeiras vinhas de Catarrato. Hoje, a família Ardagna conta com uma adega nova e equipada para produzir seus vinhos expressivos e equilibrados. Nos 50 ha de vinhedos, localizados a uma altitude de até 500 metros, são cultivadas as variedades brancas Catarratto, Grillo e Chardonnay, e as tintas Cabernet Sauvignon, Syrah, Nero d’Avola e Merlot, em quatro parcelas diferentes. O italiano Giorgio Flessati, sócio e enólogo da chilena Viña Falernia, é enólogo-consultor e sócio da Musìta.

Brancos Musìta Catarratto Sicilia DOC Musìta Grillo Sicilia DOC

Tintos Musìta Syrah Sicilia IGP Musìta Nero D’Avola Sicilia IGP


Família Stianti Mascheroni

ITÁLIA TOSCANA

orgânico

CASTELLO DI VOLPAIA www.volpaia.com

Essa região divide-se em duas grandes áreas: a costa, onde se encontram as DOCs Bolgheri e Montescudaio, e as colinas centrais, nas províncias de Florença e Siena, onde estão as DOCGs Chianti Classico, Brunello di Montalcino e Vino Nobile di Montepulciano. Com um relevo bastante difícil, a Toscana produz alguns clássicos italianos com a uva tinta Sangiovese, que estão entre os melhores vinhos do mundo, além dos supertoscanos, de estilo mais moderno, que podem incluir em seus cortes variedades internacionais. O famoso Vin Santo é o vinho doce dessa região.

Construído no século XI como um vilarejo fortificado, o Castello di Volpaia fica na região do Chianti Classico e ainda mantém o estilo medieval. O terroir e os cuidados nos vinhedos, de cultivo orgânico, resultam em vinhos elegantes e suculentos. Os fundadores da vinícola são Carlo e Giovannella Stianti Mascheroni, cuja família adquiriu a propriedade no início dos anos 1960. Desde 2007, os filhos do casal, Nicolò e Federica, trabalham na empresa. O enólogo consultor é Riccardo Cotarella, e o Castello di Volpaia está entre os top ten Chianti Classico no guia de Hugh Johnson.

Tintos Volpaia Citto IGT Toscana Volpaia Chianti Classico DOCG Volpaia Chianti Classico DOCG 375 ml Volpaia Chianti Classico Riserva DOCG Volpaia Coltassala Chianti Classico Riserva DOCG Volpaia Balifico IGT Toscana Volpaia Il Puro Casanova Chianti Classico DOCG

Na Toscana, reina a Sangiovese, que dá origem aos mais variados estilos de vinho, que têm em comum o fato de serem bastante gastronômicos. São cultivadas ainda variedades tintas internacionais, como Cabernet Sauvignon, Merlot e Syrah, entre outras.

31


32


orgânico

biodinâmico

FONTEMORSI

MONTE BERNARDI

www.fontemorsi.it

www.montebernardi.com

Essa vinícola foi fundada em 2002 por Laura Berlucchi, já falecida, e está situada a 20 km ao norte de Bolgheri. Hoje, estão no comando da Fontemorsi o agrônomo Francesco Benasaglio, Roberto Ligasacchi e Carlo Sanvitale, além de Mariavittoria Facchinelli Mazzoleni, sobrinha da fundadora e esposa de Benasaglio. A Fontemorsi possui 23 ha em Montescudaio, sendo 9 ha de vinhedos de cultivo orgânico, onde são plantadas as uvas tintas Sangiovese, Canaiolo e Malvasia Rossa, além de Merlot e Cabernet Sauvignon e as brancas Chardonnay e Viognier. Os solos estão cobertos por conchas fossilizadas, que inspiraram o logotipo da vinícola.

Localizada em Panzano in Chianti, no coração do Chianti Classico, a Monte Bernardi possui 53 ha de vinhedos, de cultivo biodinâmico. Em 2003, foi adquirida pela família Schmelzer, que desde então tem investido nos vinhedos e na adega. Michael Schmelzer, agrônomo e enólogo, exprime com intensidade sua paixão pela Sangiovese. Um dos seus rótulos, Retromarcia (marcha à ré), representa um retorno à natural elegância da Sangiovese. Além dessa variedade, que responde por 80% da produção, são cultivadas Merlot, Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc e Petit Verdot.

Branco Fontemorsi Tresassi Toscana IGT

Rosé Fontemorsi Rosato di Fontemorsi Toscana IGT

Tintos Monte Bernardi Fuoristrada Toscana IGT Monte Bernardi Retromarcia Chianti Classico DOCG Monte Bernardi Chianti Classico Riserva DOCG Monte Bernardi Sa’etta Chianti Classico Riserva DOCG Monte Bernardi Tzingana Toscana IGT

Tintos Fontemorsi Le Tinte Fontemorsi Le Tinte Magnum Fontemorsi Spazzavento Montescudaio DOC Fontemorsi Guadipiani Toscana IGT

33


Luca Tiberini

orgânico

PODERE LA VIGNA

TIBERINI

www.poderelavigna.it

www.tiberiniwine.com

Localizada 7 km a nordeste de Montalcino, a Podere La Vigna pertence à família Rubegni desde 1958. Os 4 ha de vinhedos plantados com diferentes clones de Sangiovese e com excelente exposição solar fornecem as uvas de alta qualidade para a produção de Brunello e Rosso di Montalcino. Atualmente, a Podere La Vigna é dirigida por Adriano Rubegni e sua esposa, Sonia, que renovaram as instalações da vinícola e cuidam do vinhedo como de um jardim. Safras recentes comprovam o resultado do trabalho meticuloso no cultivo e na vinificação.

Há seis gerações a família Tiberini produz vinhos em Podere Le Caggiole, considerada uma das áreas mais nobres para a produção do Vino Nobile di Montepulciano. Desde 1987, os 16,5 ha de vinhedos são cultivados organicamente, mas apenas em 2015 a vinícola obteve o certificado. Hoje, estão à frente da vinícola os irmãos Luca e Fabio Tiberini, que seguem a filosofia da família na produção de vinhos tradicionais. O Maturato é produzido somente em anos excelentes com a uva branca Pulcinculo, que é colhida após longa maturação, resultando em um vinho rico e fascinante.

Tintos

Branco

Podere La Vigna Il Dragone IGT Toscana

Tiberini Maturato Bianco IGT

Podere La Vigna Rosso di Montalcino DOC Podere La Vigna Brunello di Montalcino DOCG

Tintos

Podere La Vigna Brunello di Montalcino Riserva DOCG

Tiberini Podere Le Caggiole Chianti Colli Senesi DOCG Tiberini Podere Le Caggiole Rosso di Montepulciano DOC Tiberini Podere Le Caggiole Vino Nobile di Montepulciano DOCG Tiberini Vigneto Campaccio Vino Nobile di Montepulciano Riserva DOCG

34


ITÁLIA VÊNETO

AZIENDA AGRICOLA VILLA ERBICE www.villaerbice.it

Essa região, que se estende de Veneza ao lago de Garda e, ao norte, até a fronteira com a Áustria, é uma das maiores da Itália e tem diversas sub-regiões. Entre os vinhos mais conhecidos estão Valpolicella, Soave, Bardolino, Prosecco e Amarone, o de maior prestígio. Alguns deles se tornaram nomes de sucesso mundial e sua produção em larga escala, muitas vezes com uvas provenientes de vinhedos de grandes rendimentos, denegriu seu conceito, que está sendo recuperado por produtores cuidadosos e com vinhedos nas melhores encostas da região.

Localizada em Mezzane di Sotto, próximo a Verona, essa imponente vila vinícola é dirigida pelos irmãos Silvio e Alberto Erbice, da terceira geração da família. A história da Villa Erbice teve início em 1870 e seu nome sempre esteve associado a vinhos de ótima qualidade, provenientes de vinhedos próprios. São cerca de 13 ha plantados, dos quais 1,4 ha de Soave Superiore DOCG e o restante de Valpolicella DOC, situados a altitudes entre 250 a 450 metros. Seus vinhos tintos e brancos são expressivos e têm ótima estrutura e capacidade de envelhecimento.

Brancos Villa Erbice Soave Superiore DOCG Villa Erbice Soave Superiore ‘Vigneto Panvinio’ DOCG

Tintos Villa Erbice Valpolicella Superiore ‘Vigneto Monte Tombole’ DOC Villa Erbice Valpolicella Superiore Ripasso DOC Villa Erbice Amarone della Valpolicella ‘Vigneto Tremenel’ DOC

Doce Entre os brancos destaca-se o Soave, elaborado com a uva Garganega, que resulta em vinhos saborosos e estruturados. Com essa mesma uva é feito o Recioto di Soave, com uvas passificadas. Entre os tintos, estão o Valpolicella e o Amarone.

Villa Erbice Recioto della Valpolicella ‘Vigneto Torazzine’ DOC 500 ml

35


FRANÇA ALSÁCIA

DOMAINE VALENTIN ZUSSLIN ET FILS

biodinâmico

www.zusslin.com

Essa região de história turbulenta mescla influências das culturas francesa e alemã nos vinhos, na gastronomia e na arquitetura. Predominam os brancos varietais, que podem ser secos, semissecos, doces ou espumantes. As regulamentações da denominação incluem a classificação de vinhedos (os melhores são Grands Crus) e métodos de elaboração do Crémant d’Alsace (espumante) e dos vinhos doces (vendange tardive – colheita tardia – e sélection de grains nobles SGN –, mais doce que o anterior, feito com bagos geralmente afetados pela podridão nobre).

Os vinhos da Alsácia são versáteis e expressivos. A uva mais importante é a Riesling, seguida pela Gewurztraminer, além de Pinot Gris, Pinot Blanc, Muscat e Sylvaner. A Pinot Noir tem se destacado nos últimos anos, com vinhos bastante elegantes.

36

Fundado em 1691 por Jodocus Cisle (antigo nome da vinícola), o Domaine Valentin Zusslin está na 13ª geração da família de viticultores e reúne duas gerações em seu comando. Os vinhedos estão localizados ao redor de Orschwihr, ao sul de Colmar, em três locais excepcionais: Bollenberg, Clos Liebenberg e o Grand Cru Pfingstberg. Os irmãos Marie e Jean-Paul Zusslin estão no dia a dia da empresa desde o ano 2000, quando a vinícola recebeu o certificado biodinâmico oficial. Seus vinhos são elegantes e têm grande potencial de guarda.

Espumante Domaine Zusslin Crémant d’Alsace Prestige

Brancos Domaine Zusslin Riesling Bollenberg Domaine Zusslin Gewurztraminer Bollenberg Domaine Zusslin Pinot Gris Orschwihr Domaine Zusslin Riesling Clos Liebenberg Domaine Zusslin Riesling Grand Cru Pfingstberg Domaine Zusslin Riesling Grand Cru Pfingstberg Magnum

Doce Domaine Zusslin Gewurztraminer Bollenberg Vendange Tardive


37


FRANÇA BORDEAUX

ENTRE-DEUX-MERS

CHÂTEAU DE CAMARSAC www.camarsac.com

Trata-se da mais nobre região vinícola do mundo, com mais de 50 sub-regiões, onde são produzidos desde rótulos da mais alta expressão àqueles do dia a dia. Os tintos, elaborados com Cabernet Sauvignon, Merlot e Cabernet Franc, representam as grandes glórias de Bordeaux, mas os brancos secos de Graves, feitos principalmente com Sémillon e Sauvignon Blanc, são encantadores, enquanto os Sauternes estão entre os melhores vinhos doces do mundo. Os vinhos de Bordeaux são reconhecidos pela elegância e complexidade, além de terem a capacidade de evoluir muito bem com o passar dos anos.

Os brancos de Bordeaux são elegantes, minerais e versáteis, podendo acompanhar peixes e frutos do mar. Os tintos são ideais para cordeiro e pato, enquanto o Sauternes é perfeito para queijos azuis, foie gras e sobremesas.

38

Localizado no coração de Entre-Deux-Mers, o Château de Camarsac está sediado em uma fortaleza imponente, datada do século XII. Adquirido por Lucien Lurton em 1973, é administrado por seu filho Thierry Lurton desde 2007. Em 2012, foram concluídas as novas instalações de produção, moderníssimas e “verdes”, gerando grande parte da energia consumida por meio de painéis solares. Hoje, o Château de Camarsac representa o arquétipo do petit château da região e reflete em suas cuvées o caráter essencial e tradicional de Bordeaux.

Tintos Château de Camarsac Bordeaux Supérieur Château de Camarsac Bordeaux Supérieur 375 ml Château de Camarsac Bordeaux Supérieur Magnum Château de Camarsac Bordeaux Supérieur Fût de Chêne Château de Camarsac Bordeaux Supérieur Fût de Chêne 375 ml Château de Camarsac Bordeaux Supérieur Prestige


Thierry Lurton, proprietário do Château de Camarsac

ENTRE-DEUX-MERS

CHÂTEAU LES TUILERIES

Vinhedos do Château de Camarsac

O Château Les Tuileries está localizado na região de Entre-Deux-Mers, cujo terroir é famoso pelos deliciosos vinhos brancos secos, mas onde são produzidos também ótimos tintos. Os brancos têm 80% de Sauvignon Blanc e 20% de Sémillon e são elaborados a partir de vinhas com mais de 40 anos de idade. Os tintos têm Merlot (70%) e Cabernet Sauvignon (30%) e não passam por madeira. Essa propriedade foi selecionada pela qualidade de seus vinhos, que são simples, mas típicos, elaborados com o cuidado de valorizar o caráter frutado e o equilíbrio.

Branco Château Les Tuileries Entre-Deux-Mers

Tinto Château Les Tuileries Bordeaux

39


CASTILLON CÔTES DE BORDEAUX

CHÂTEAU LAMARTINE

Essa pequena propriedade de 18 ha pertence à família Gourraud, que está na terceira geração de viticultores. Localizada na denominação Castillon Côtes de Bordeaux, bem próxima de Saint-Émilion, apresenta um terroir ideal para a Merlot, que gera vinhos intensos, com aromas potentes. Os vinhos são elaborados de maneira bem tradicional, com cerca de 20 dias de maceração total e estágio de 18 meses em tanques de concreto. O objetivo é preservar a pureza e a intensidade da fruta, e o resultado é um delicioso “mini-Saint-Émilion”, cuja qualidade cresce a cada ano.

Tinto Château Lamartine Castillon Côtes de Bordeaux Supérieur Prestige

HAUT-MÉDOC

CHÂTEAU DE VILLEGEORGE www.marielaurelurton.com

GRAVES

CHÂTEAU TOUR BICHEAU www.chateau-tour-bicheau.fr

Comandada pela quinta geração de viticultores da família Daubas, essa pequena propriedade está localizada no plateau Haut Portets, em Graves. São 25 ha de vinhedos com idade superior a 50 anos, produção pequena e uvas com ótima concentração. O enólogo Patrick Daubas combina com sabedoria a tradição transmitida por sua família com técnicas modernas, produzindo vinhos fiéis à região. As uvas cultivadas são Merlot (70%) e Cabernet Sauvignon (30%) para os tintos, e Sémillon (70%) e Sauvignon Blanc (30%) para os brancos.

Branco Château Tour Bicheau Graves Blanc

Tinto Château Tour Bicheau Graves Rouge

40

Conduzido desde 1992 pela enóloga Marie-Laure Lurton, que herdou a propriedade do pai, Lucien Lurton, e está envolvida na produção desde 1986, o Château de Villegeorge atingiu um invejável patamar de excelência. Localizado na denominação Haut-Médoc, possui 20 ha plantados com Cabernet Sauvignon (63%) e Merlot (37%), com idade média de 29 anos. Em 2003, o château obteve o certificado de qualificação Terra Vitis pela forma de produção agrícola sustentável. O Peyremorin de Villegeorge, o ótimo segundo vinho da casa, teve seu nome mudado para L’Etoile de Villegeorge.

Tintos Château de Villegeorge Cru Bourgeois Supérieur Haut-Médoc Château de Villegeorge Cru Bourgeois Supérieur Haut-Médoc 375 ml Peyremorin de Villegeorge Haut-Médoc L’Etoile de Villegeorge


HAUT-MÉDOC

CHÂTEAU DOYAC www.chateaudoyac.fr

Adquirida em 1998 por Max e Astrid de Pourtalès, essa magnífica propriedade de 30 ha, já mencionada na edição de 1850 do Bordeaux et ses vins (Ed. Féret), passou por importantes reformulações nos vinhedos e na adega. Os vinhedos estão situados em Saint-Seurin-de-Cadourne, no Haut-Médoc, com vinhas de 20 anos de idade, em média. São cultivadas as uvas Merlot (80%) e Cabernet Sauvignon (20%), com uso de compostos orgânicos para manter o equilíbrio do solo. O Château Doyac adota o estilo tradicional de vinificação e conta com a consultoria do enólogo Eric Boissenot.

Tinto Château Doyac Haut-Médoc

MARGAUX

CHÂTEAU DESMIRAIL www.desmirail.com

LALANDE-DE-POMEROL

CHÂTEAU DE VIAUD-LALANDE Essa micropropriedade de 1,8 ha pertence a Philippe Durand-Teyssier e a seu filho Thomas, terceira geração da família de viticultores. Os vinhedos de Merlot (70%) e Cabernet Franc (30%), com idade média de 20 anos, estão localizados na denominação Lalande-de-Pomerol, reconhecida pelo terroir de ótima qualidade. A produção é de apenas 10 mil garrafas e reflete a delicadeza e a complexidade dos vinhos dessa região.

Localizado na denominação Margaux, esse château é comandado por Denis Lurton, que herdou a propriedade do pai, Lucien Lurton. Classificado como Grand Cru Classé, produz vinhos de qualidade excepcional, com aromas intensos e taninos elegantes, resultantes do terroir e da experiência dessa família de viticultores. A vinificação é feita com técnicas e equipamentos modernos, mas sempre com muito respeito à tradição. O segundo vinho do château é o Fontarney.

Tinto Château Fontarney Margaux

Tinto Château de Viaud Lalande Lalande-de-Pomerol

41


PÉSSAC-LÉOGNAN

POMEROL

O Châteaux Valoux é uma antiga propriedade de Graves, situada na denominação Pessac-Léognan, que foi anexada em 1929 ao Château Bouscaut, Cru Classé de Graves para brancos e tintos. Sua produção expressa com elegância essa sub-região, famosa pela qualidade dos seus vinhos. O branco, fermentado em barrica, é um corte de Sémillon e Sauvignon Blanc. No tinto, predomina a Merlot (50%), com Cabernet Sauvignon (35%), Cabernet Franc e Malbec. São vinhos típicos, elaborados com o cuidado de valorizar o caráter frutado e o equilíbrio.

www.chateauclosbelair.com

Branco

Tinto

Château Valoux Pessac-Léognan Blanc

Château Clos Bel Air Pomerol

CHÂTEAU VALOUX

Tinto Château Valoux Pessac-Léognan Rouge

42

CHÂTEAU CLOS BEL AIR O Château Clos Bel Air é comandado pela quarta geração da família Lespine. Situado na comuna de Libourne, na denominação Pomerol, possui 2,35 ha de vinhedos em solos de cascalhos e areia, que permitem a ótima expressão da uva Merlot, que predomina nessa região. A vinificação é tradicional, com controle de temperatura, e os vinhos permanecem de 12 a 18 meses em barricas novas de carvalho francês. São vinhos ricos, de textura aveludada, com bom potencial de guarda.


SAINT-ÉMILION

CHÂTEAU MÉLIN www.chateaumelin.fr

Localizada na cidade de Libourne, 7 km a leste de SaintÉmilion, essa pequena propriedade produz vinhos muito finos e longevos sob o comando do enólogo Vincent Debacque e seu filho Thomas, segunda e terceira gerações da família de viticultores. Os vinhedos se estendem por 10,5 ha, com vinhas de mais de 40 anos, em média, distribuídas entre Merlot (75%) e Cabernet Franc (25%). A vinícola tem como base a agricultura sustentável, limitando o uso de fertilizantes e defensivos químicos e buscando o equilíbrio ambiental.

Tinto Château Mélin Saint-Émilion

43


SAINT-ÉMILION

JONATHAN MALTUS www.maltus.com

Jonathan Maltus é considerado um “estrangeiro” em Bordeaux, onde é chamado de “Englishman”. Em 1994, adquiriu o Château Teyssier, um Grand Cru de Saint-Émilion que remonta aos anos 1700. Agregou diversos pequenos vinhedos em locais privilegiados da denominação e construiu uma vinícola de última geração, onde produz uma gama invejável de vinhos, que chega ao mais alto nível da região com o fantástico Grand Cru Le Dôme – a safra 2010 recebeu 100 pontos do crítico Robert Parker. Seus vinhos têm elegância, concentração, intensidade e equilíbrio.

Branco Pezat Bordeaux Blanc Sec

Tintos Pezat Bordeaux Supérieur Château Teyssier Saint-Émilion Grand Cru Château Teyssier Saint-Émilion Grand Cru 375 ml Château Teyssier Saint-Émilion Grand Cru Magnum Château Grand Destieu Château Laforge Saint-Émilion Grand Cru Château Laforge Saint-Émilion Grand Cru 375 ml Château Laforge Saint-Émilion Grand Cru Magnum Vieux Château Mazerat Saint-Émilion Grand Cru Vieux Château Mazerat Saint-Émilion Grand Cru Magnum Les Astéries Saint-Émilion Grand Cru Les Astéries Saint-Émilion Grand Cru Magnum Le Dôme Saint-Émilion Grand Cru Le Dôme Saint-Émilion Grand Cru Magnum

44


SAINT-ESTÈPHE

CHÂTEAU DOMEYNE www.domeyne.fr

Essa propriedade foi adquirida em 2006 por Gonzague e sua esposa, Claire Villars-Lurton, proprietários dos Crus Classés Durfort-Vivens, Ferrière e Haut-Bages-Libéral. Desde então, eles vêm utilizando toda sua expertise para tornar o Château Domeyne um dos expoentes da denominação. Os 8,3 ha de vinhedos são plantados com 40% de Cabernet Sauvignon e 60% de Merlot, e as vinhas têm, em média, 40 anos de idade. Os vinhos apresentam riqueza aromática e são bastante expressivos, com a tanicidade elegante típica dessa denominação.

Tinto Château Domeyne Saint-Estèphe

SAUTERNES

CHÂTEAU LIOT www.chateauliot.com

SAINT-JULIEN

CHÂTEAU TEYNAC Uma estrela ascendente em Saint-Julien, essa pequena propriedade pertence à família Pairault e se encontra na comuna de Beychevelle. São 11 ha de vinhedos (70% Cabernet Sauvignon, 28% Merlot e 2% Petit Verdot), com idade média de quase 40 anos. Os Pairault são adeptos da vinificação tradicional, usam moderadamente barricas novas (30% do total) e fazem questão de rendimentos bastante baixos (média de apenas 43 hl/ha). Os vinhos refletem bem a denominação, com um frutado intenso e sofisticado, taninos muito sedosos e potencial de guarda de 5 a 15 anos.

Esse château pertence à família David há várias gerações e hoje está sob o comando de Jerry David, que cuida da produção dos 25 ha de vinhedos seguindo o sistema de agricultura sustentável. Situada no Haut Barsac, essa vinícola se beneficia do microclima da região de Sauternes, produzindo vinhos excelentes a preços competitivos, segundo a crítica internacional. O Château du Levant é o segundo vinho desse renomado château.

Doce Château du Levant Sauternes 375 ml

Tinto Château Teynac Saint-Julien

45


FRANÇA BORGONHA

DOMAINE DE BELLENE www.domainedebellene.com

Trata-se da mais prestigiosa região do mundo para vinhos elaborados com Pinot Noir e Chardonnay. Suas sub-regiões formam um mosaico fascinante de terroirs, que imprimem aos brancos e tintos nuances e sutilezas características, seduzindo os apaixonados pelos grandes vinhos. O coração da Borgonha é a Côte d’Or, formada pela Côte de Beaune ao sul e Côte de Nuits ao norte. Existe um considerável número de pequenos proprietários na Borgonha, e mais que em qualquer outra região da França o conhecimento das sub-regiões e dos produtores é essencial.

Essa é uma das regiões vinícolas mais ricas em termos de gastronomia e seus vinhos são ótimos parceiros da boa mesa. O Crémant de Bourgogne é ideal para aperitivos, enquanto os brancos e tintos acompanham com elegância os mais variados pratos.

46

Esse pequeno domaine foi criado em 2005 pelo enfant terrible Nicolas Potel, a partir de parcelas de vinhas velhas (de 50 a 110 anos) adquiridas em Savigny-lès-Beaune, e logo se estendeu a Santenay, Saint-Romain, Volnay, Beaune, Nuits-Saint-Georges e Vosne-Romanée. A moderna adega foi estabelecida em uma casa do século XVI restaurada, em Beaune (Bellene é o nome romano da cidade), e tem um elevado grau de sustentabilidade. Tanto as vinhas quanto os vinhos são trabalhados da maneira mais natural possível, o que inclui métodos orgânicos/biodinâmicos. A vinificação é feita sem chaptalização ou acidificação.

Tintos Domaine de Bellene Bourgogne Maison Dieu Pinot Noir Vieilles Vignes Domaine de Bellene Savigny-lès-Beaune 1er Cru Les Hauts Jarrons Domaine de Bellene Beaune 1er Cru Les Teurons


MAISON ROCHE DE BELLENE

Nicolas Potel e os vinhedos 1er Cru de Beaune (acima) e Gevrey-Chambertin

Criado em 2008, este é o négoce de Nicolas Potel, que ao longo dos anos estabeleceu uma ampla rede de relacionamento nas mais diversas sub-regiões da Borgonha. Potel adquire uvas de ótimos vinhedos, fazendo todo o processo de vinificação, e também tem acesso a vinhos recentes e a tesouros longamente guardados que lhe são confiados por produtores criteriosos e guardiões das melhores tradições locais. Sua filosofia é oferecer os melhores vinhos, em cuvées limitadas.

Tintos Maison Roche de Bellene Bourgogne Pinot Noir Vieilles Vignes Maison Roche de Bellene Savigny-lès-Beaune Vieilles Vignes Maison Roche de Bellene Volnay Vieilles Vignes Maison Roche de Bellene Gevrey-Chambertin Vieilles Vignes Maison Roche de Bellene Nuits-Saint-Georges Vieilles Vignes Maison Roche de Bellene Chambolle-Musigny Vieilles Vignes Maison Roche de Bellene Chambolle-Musigny 1er Cru Les Noirots Maison Roche de Bellene Nuits-Saint-Georges 1er Cru Aux Boudots Maison Roche de Bellene Chambolle-Musigny 1er Cru Aux Echanges Maison Roche de Bellene Gevrey-Chambertin 1er Cru Champeaux Maison Roche de Bellene Clos de Vougeot Grand Cru

FOTOS MICHEL BAUDOIN

Maison Roche de Bellene Bonnes Mares Grand Cru

47


Guillaume d’Angerville

HUBERT LAMY www.domainehubertlamy.com

Esse domaine foi criado em 1973, em Saint-Aubin, por Hubert Lamy, mas sua família cultiva vinhedos na Borgonha desde 1640. Em 1995, Olivier Lamy, filho de Hubert, juntou-se à vinícola trazendo novas ideias que elevaram os vinhos da denominação a patamares jamais alcançados. O domaine possui 18,5 ha de vinhedos (80% de Chardonnay), que geram vinhos puros, encantadores e cheios de energia. As vinhas estão em diversas denominações como Saint-Aubin, Puligny-Montrachet, Chassagne-Montrachet e Santenay, totalizando 20 parcelas.

Brancos Hubert Lamy Saint-Aubin La Princée

www.domainedangerville.fr

Famoso por produzir os melhores vinhos de Volnay há séculos, esse domaine está sob o comando de Guillaume d’Angerville, que deu sequência à filosofia do pai e do avô, a partir de 2003. Desde então, ele é auxiliado pelo cunhado, o engenheiro agrônomo Renaud de Villette, e pelo enólogo François Duvivier, que se juntou à vinícola em 2005 com o objetivo de torná-la biodinâmica, o que aconteceu no ano seguinte. O domaine possui 15 ha, sendo pouco mais de 11 ha em oito vinhedos Premier Cru em Volnay, incluindo o Clos des Ducs, seu vinhedo mais prestigioso – e monopole – com 2,15 ha.

Hubert Lamy Saint-Aubin 1er Cru Les Frionnes

Tintos

Hubert Lamy Saint-Aubin 1er Cru Clos de La Chatenière

Marquis d’Angerville Volnay 1er Cru

Hubert Lamy Chassagne-Montrachet Le Concis du Champs

Marquis d’Angerville Volnay 1er Cru Fremiet

Tinto Hubert Lamy Chassagne-Montrachet La Goujonne Vieilles Vignes

48

DOMAINE MARQUIS D’ANGERVILLE

biodinâmico

Marquis d’Angerville Volnay 1er Cru Champans Marquis d’Angerville Volnay 1er Cru Clos des Ducs


49


NICOLAS POTEL www.nicolas-potel.fr

A Maison Nicolas Potel foi fundada em 1995 e produz um conjunto de excelentes tintos e brancos que englobam dezenas de denominações e, embora mantenha o nome do seu fundador, hoje pertence ao grupo Labouré-Roi, sendo sua marca de prestígio. O enólogo responsável pela variada produção dessa vinícola é Emmanuel Laurent, nascido e formado na Borgonha, que segue a linha tradicional da vinícola e busca refletir em cada vinho a tipicidade do terroir da região.

Brancos Nicolas Potel Bourgogne Vieilli en Fût de Chêne Nicolas Potel Bourgogne Vieilli en Fût de Chêne 375 ml Nicolas Potel Pernand-Vergelesses Vieilles Vignes

Tintos Nicolas Potel Bourgogne Rouge Vieilles Vignes Nicolas Potel Bourgogne Rouge Vieilles Vignes 375 ml Nicolas Potel Savigny-lès-Beaune Nicolas Potel Savigny-lès-Beaune 1er Cru Les Vergelesses Nicolas Potel Nuits-Saint-Georges Nicolas Potel Gevrey-Chambertin Nicolas Potel Chambolle-Musigny Vieilles Vignes Nicolas Potel Chambolle-Musigny 1er Cru Les Amoureuses Nicolas Potel Clos de La Roche Grand Cru Nicolas Potel Clos de Vougeot Grand Cru Magnum Nicolas Potel Mazis-Chambertin Grand Cru Nicolas Potel Bonnes Mares Grand Cru Nicolas Potel Chambertin-Clos de Bèze Grand Cru Nicolas Potel Chambertin

PATRICK JAVILLIER www.patrickjavillier.com

Localizado em Meursault, uma das denominações mais importantes da Côte d’Or, esse domaine é conduzido por Patrick Javillier, cuja família está estabelecida na região há séculos como proprietária de vinhedos. Seus vinhos apresentam acidez firme, complexidade, corpo e grande potencial de guarda. Patrick Javillier vinifica separadamente as uvas de cada parcela de cada vinhedo, a fim de preservar as características do terroir. Suas cuvées prestige são “Tête de Murger” e “Les Clousots”, resultantes da combinação de uvas de quatro diferentes vinhedos.

Brancos Patrick Javillier Bourgogne Cuvée des Forgets Patrick Javillier Meursault Les Tillets Patrick Javillier Meursault Les Clousots Patrick Javillier Meursault Cuvée Tête de Murger

50


VEUVE AMBAL/ COMTE DE BAILLY

novo

www.veuveambal.com

A Veuve Ambal foi criada em 1898 por Marie Ambal, natural de Rully, Borgonha, e viúva do banqueiro parisiense Antoine-Émile Ambal. Ela foi pioneira no desenvolvimento dos espumantes da Borgonha, produzidos pelo método tradicional. Em 2005, a Veuve Ambal deixou suas instalações centenárias em Rully e se mudou para perto de Beaune. São 250 ha de vinhedos, alguns deles orgânicos, situados em seis diferentes terroirs. Hoje a empresa é comandada por Aurélien Piffaut, sexta geração da família de viticultores.

Espumantes Comte de Bailly Blanc de Blancs Brut 
 Comte de Bailly Grande Réserve Brut Crémant de Bourgogne

51


Fabien e Christian Moreau

FRANÇA BORGONHA (CHABLIS)

DOMAINE CHRISTIAN MOREAU PÈRE ET FILS www.domainechristianmoreau.com

A região mais setentrional da Borgonha dá origem a vinhos de grande classe e personalidade, elaborados com a uva Chardonnay. Entre outros fatores que contribuem para a mineralidade e o frescor típicos desses vinhos estão o clima frio e os solos muito calcários, com grande presença de conchas de pequenas ostras pré-históricas. A classificação dos vinhos é feita em Grand Cru, Premier Cru, Chablis e Petit Chablis. Nessa região, a seleção cuidadosa de produtores é também essencial para que o vinho mostre o caráter desse terroir único.

Depois de passar 11 anos no Canadá, Christian Moreau retornou com a família a Chablis em 1972 e ingressou no ramo vinícola. Em 2001, recebeu de volta os vinhedos até então alugados e constituiu o próprio domaine. Seu filho Fabien, da sexta geração da família de viticultores, estudou enologia em Dijon e administração de empresas em Bordeaux, além de passar um ano na Nova Zelândia antes de assumir os negócios com o pai, em 2002. Esse domaine está listado entre os dez produtores destacados de Chablis no guia de Hugh Johnson e seus vinhos, sempre muito bem pontuados, são ricos e complexos.

Brancos Christian Moreau Chablis Christian Moreau Chablis 375 ml Christian Moreau Chablis 1er Cru Vaillon Christian Moreau Chablis 1er Cru Vaillon 375 ml Christian Moreau Chablis 1er Cru Vaillon Cuvée Guy Moreau Christian Moreau Chablis Grand Cru Valmur Christian Moreau Chablis Grand Cru Vaudésir Christian Moreau Chablis Grand Cru Les Clos Christian Moreau Chablis Grand Cru Les Clos, Clos des Hospices

Os vinhos de Chablis constituem a mais pura expressão da uva Chardonnay, pois raramente passam por carvalho, a não ser os Premiers e Grands Crus. São companhias perfeitas para as ostras, uma combinação clássica, além de peixes e frutos do mar.

52


Vinhedos do Domaine Christian Moreau

DOMAINE COLLET PÈRE ET FILS www.domaine-collet.fr

O Domaine Collet foi criado em 1952 por Jean Collet, filho do enólogo de Chablis Marius Collet. Em 1979, Gilles juntou-se ao seu pai. Hoje, Romain, filho de Gilles, representa a quarta geração dos Collets em Chablis. As parcelas de vinhedos do domaine estão localizadas nas melhores encostas nas margens esquerda e direita do rio Serein. A filosofia do Domaine Collet é trabalhar as vinhas com as práticas do cultivo sustentável, o que ajuda a valorizar o terroir único de Chablis. Este domaine está listado entre os 10 produtores destacados de Chablis no guia de Hugh Johnson.

Brancos Collet Petit Chablis Collet Chablis Collet Chablis Vieilles Vignes

53


Olivier e Didier Gimonnet

FRANÇA CHAMPAGNE

PIERRE GIMONNET & FILS www.champagne-gimonnet.com

Essa região encontra-se mais ao norte da França, onde o clima frio faz com que o amadurecimento das uvas seja mais lento, o que se traduz em acidez alta. A região é toda plantada, com qualidade média alta e regras de produção bastante rígidas. Na elaboração do champanhe, as principais uvas usadas são Chardonnay, Pinot Noir e Pinot Meunier. A produção dividese basicamente entre três classes: as grandes maisons, os récoltantsmanipulants (RM) e as cooperativas. Entre os RM, que elaboram vinhos exclusivamente a partir de vinhedos próprios, está Pierre Gimonnet.

Um dos grandes símbolos de glamour, o champanhe é inimitável e está presente no mundo todo. Os diferentes estilos desse vinho, do mais seco (extra brut) ao doce (doux), o tornam muito versátil. NS ou NV significa que o champanhe não é safrado.

54

Fundada em 1955, a Pierre Gimonnet está situada em Cuis, no coração da Côte des Blancs, onde se localizam os melhores vinhedos de Chardonnay, e está hoje sob o comando dos irmãos Didier e Olivier Gimonnet. São 28 ha de vinhedos, Premiers e Grands Crus, com vinhas de 30 e 40 anos de idade. Aclamados por Hugh Johnson, os champanhes Pierre Gimonnet frequentemente recebem altas pontuações em revistas especializadas, como Wine Spectator. O estilo da maison expressa a particularidade do terroir em cada um de seus champanhes.

Champanhes Pierre Gimonnet Champagne Cuis 1er Cru Brut NS Pierre Gimonnet Champagne Cuis 1er Cru Brut NS 375 ml Pierre Gimonnet Champagne Gastronome 1er Cru Brut Pierre Gimonnet Champagne Fleuron 1er Cru Brut Pierre Gimonnet Champagne Fleuron 1er Cru Brut Magnum Pierre Gimonnet Champagne Spécial Club 1er Cru Brut Pierre Gimonnet Champagne Millésime de Collection Brut Magnum


FRANÇA LANGUEDOC E ROUSSILLON

DOMAINE COLLIN Philippe Collin é natural da região de Champagne e levou sua experiência para o Languedoc, onde produz espumantes típicos da região de Limoux pelo método tradicional. São 18 ha de vinhedos onde são cultivadas as uvas Chardonnay, Pinot Noir e Chenin Blanc. Os crémants desse domaine, que permanecem cerca de 24 meses em contato com as borras da segunda fermentação na garrafa, são ricos, frescos e elegantes. Excelentes como aperitivos, são bastante gastronômicos e têm ótima relação custo-qualidade.

Espumantes Collin Crémant de Limoux Brut Cuvée Tradition Collin Crémant de Limoux Brut Cuvée Prestige Collin Crémant de Limoux Brut Cuvée Rosé

DOMAINE FERRER-RIBIÈRE www.vinferrerribiere.com

O Languedoc e o Roussillon possuem identidades muito diferentes. O primeiro, bem maior, engloba de planícies mais quentes a regiões mais altas. Há predominância de tintos na maioria das denominações, mas o Limoux se beneficia do frescor do Atlântico e se destaca pela produção de espumantes pelo método tradicional, que antecede a de Champagne. O Roussillon, nas encostas áridas dos Pirineus, tem profunda influência espanhola e produz brancos e tintos geralmente com maior frescor. Produz ainda fortificados brancos e tintos, e o Rancio, elaborado em soleras, como o Jerez.

Bruno Ribière e Denis Ferrer elaboram vinhos surpreendentes e elegantes em 44 ha cultivados pelo sistema biodinâmico. Os Grenaches Blanc e Gris são finos e sofisticados, envelhecem 20 anos ou mais e melhoram após vários dias abertos. O Sans Interdit é um Rancio seco, elaborado em soleras, e lembra um Jerez viejo. Os tintos têm fruta vivaz, frescor e charme. O Mémoire des Temps passa por barricas de 400 litros, assim como o Cana, que tem a suculência e complexidade de um Grand Cru Classé. O Muscat de Rivesaltes é estiloso, fresco e leve.

Brancos Domaine Ferrer-Ribière Cuvée F IGP Côtes Catalanes Domaine Ferrer-Ribière Empreinte du Temps Grenache Gris IGP Côtes Catalanes Domaine Ferrer-Ribière Sans Interdit Rancio Sec IGP Côtes Catalanes

Tintos

biodinâmico

Domaine Ferrer-Ribière Cuvée F IGP Côtes Catalanes Domaine Ferrer-Ribière Tradition AOP Côtes du Roussillon Domaine Ferrer-Ribière Empreinte du Temps Grenache Noir IGP Côtes Catalanes Domaine Ferrer-Ribière Empreinte du Temps Syrah IGP Côtes Catalanes

O Crémant de Limoux, elaborado com Chardonnay, Pinot Noir e Chenin Blanc, é um espumante delicado e elegante. No Roussillon, segundo Jancis Robinson MW, estão alguns dos mais interessantes tintos e brancos da França.

Domaine Ferrer-Ribière Empreinte du Temps Carignan IGP Côtes Catalanes Domaine Ferrer-Ribière Mémoire des Temps AOP Côtes du Roussillon Domaine Ferrer-Ribière Cana AOP Côtes du Roussillon

Doce Domaine Ferrer-Ribière AOP Muscat de Rivesaltes

55


FRANÇA LOIRE

CHÉREAU CARRÉ www.chereau-carre.fr

Essa região produz uma gama variada de vinhos, de espumantes a doces. De Sancerre e Pouilly-Fumé provêm os refinados e longevos Sauvignon Blancs, minerais e intensos. De Vouvray vêm os vinhos brancos e espumantes elaborados com Chenin Blanc – variedade nobre que nessa região atinge seu ápice –, que podem ter variados graus de doçura. Em SaintNicolas-de-Bourgueil são produzidos alguns dos melhores tintos do Loire com a Cabernet Franc. A região do Pays Nantais, próxima ao Atlântico, produz o famoso Muscadet, com a uva branca Melon de Bourgogne.

Os vinhos brancos do Loire são ótimos parceiros da mesa. O Muscadet é muito apreciado com ostras, mexilhões e outros mariscos; Sancerre e Pouilly-Fumé, com queijos de cabra; enquanto Vouvray oferece as mais variadas opções de harmonização.

56

A família Chéreau tem uma ligação com vinhos na região de Muscadet que remonta a 1412. Estabelecida no Château de Chasseloir, em Saint-Fiacre-sur-Maine, bem próximo de sua confluência com o Sèvre, essa vinícola é administrada por Bernard Chéreau, que comanda também os Châteaux l’Oiselinière e de la Chesnaie, propriedades da família. Com vinhas de mais de 100 anos, elabora essencialmente vinhos sur lie, técnica de vinificação muito antiga que agrega frescor, corpo e complexidade. Esse produtor tem vários vinhos pontuados entre 90 e 93 pontos pela Wine Spectator e por Robert Parker.

Brancos Chéreau Carré Baron Bernard Muscadet AC Chéreau Carré La Griffe Bernard Chéreau Muscadet Sèvre et Maine Sur Lie Chéreau Carré La Griffe Bernard Chéreau Muscadet Sèvre et Maine Sur Lie 375 ml Chéreau Carré Château de la Chesnaie Muscadet Sèvre et Maine Sur Lie Chéreau Carré Château de Chasseloir Muscadet Sèvre et Maine Sur Lie Chéreau Carré Le Clos du Château L’Oiselinière Muscadet Sèvre et Maine


Sthéphane e Christophe Vigneau

DOMAINE HUET

biodinâmico

www.domainehuet.com

Considerado uma referência do que melhor se produz na denominação Vouvray, o Domaine Huet foi fundado em 1928 por Gaston Huet. Biodinâmico desde 1988, é comandado pelo enólogo Jean-Bernard Berthomé, que trabalha no domaine desde 1979. O Domaine Huet é reconhecido pela consistência da sua produção e pelos vinhos de vida longa. São 35 ha divididos em três propriedades: Le Haut-Lieu, Le Mont e Clos du Bourg, que geram vinhos de características únicas, com a acidez pronunciada que caracteriza a Chenin Blanc, dos mais secos aos mais doces.

Espumante Huet Vouvray Pétillant Brut

DOMAINE VIGNEAU-CHEVREAU

biodinâmico

www.vigneau-chevreau.com

Fundado em 1875, esse domaine passou de 5 ha para 33 ha de vinhedos durante cinco gerações, sempre na denominação Vouvray. Atualmente sob o comando dos irmãos Christophe e Stéphane Vigneau, produz vinhos deliciosos com Chenin Blanc entre espumantes e tranquilos secos e doces. Desde 1995, o Vigneau-Chevreau é um produtor biodinâmico certificado. Além dos vinhedos próprios, possui a concessão de um vinhedo histórico na Abadia de Marmoutier, berço da denominação Vouvray.

Espumantes Vigneau-Chevreau Vouvray Brut

Brancos

Vigneau Sélection Vouvray Brut (não biodinâmico)

Huet Vouvray Sec Le Haut-Lieu

Branco

Huet Vouvray Sec Le Mont Huet Vouvray Sec Clos du Bourg Huet Vouvray Demi-Sec Le Haut-Lieu Huet Vouvray Demi-Sec Le Mont

Vigneau-Chevreau Vouvray Sec Cuvée Silex

Doce Vigneau-Chevreau Vouvray Moelleux 375 ml

Doces Huet Vouvray Moelleux Le Haut-Lieu Huet Vouvray Moelleux Clos du Bourg 1ère Trie Huet Vouvray Moelleux Le Mont 1ère Trie Huet Vouvray Moelleux Le Haut-Lieu 1ère Trie

57


FOURNIER PÈRE & FILS www.fournier-pere-fils.fr

Paul Fournier começou a história dessa vinícola com 2 ha de vinhedos da família, nos anos 1950. No final dos anos 1990, seu filho Claude consolida o negócio a partir da aquisição de propriedades e modernização das instalações. Hoje possuem mais de 60 ha de vinhedos nas denominações Sancerre, Pouilly-Fumé e MenetouSalon. Seus vinhos são muito expressivos, mesmo os mais básicos, enquanto as cuvées especiais de Poully-Fumé e Sancerre atingem o mais alto nível dessas denominações. O Sancerre Rosé, produzido com Pinot Noir, é um vinho sedutor e versátil.

Brancos Fournier Pouilly-Fumé Les Deux Cailloux Fournier Pouilly-Fumé Les Deux Cailloux 375 ml

www.fredericmabileau.com

Frédéric Mabileau, cuja família está no ramo vinícola desde 1620, começou a se dedicar à produção de vinhos em 1988 em Saint-Nicolas-de-Borgueil. São 28 ha de vinhedos, com vinhas entre 35 e 50 anos de idade de Cabernet Franc e Chenin Blanc. Em 2010 recebeu o certificado de orgânico, motivando-o a introduzir práticas biodinâmicas. Seus vinhos são equilibrados e de extrema elegância. O Saumur, produzido com Chenin Blanc na parcela de Puy Notre Dame, é um vinho que combina riqueza e mineralidade e que pode levar ao paraíso.

Branco Frédéric Mabileau Chenin Du Puy Saumur

Fournier Pouilly-Fumé Grand Fumé

Tintos

Fournier Sancerre Les Belles Vignes

Frédéric Mabileau Les Rouillères Saint-Nicolas-de-Bourgueil

Fournier Sancerre L’Ancienne Vigne Fournier Sancerre Grande Cuvée La Chaudouillonne

Frédéric Mabileau Les Rouillères Saint-Nicolas-de-Bourgueil 375 ml

Rosé

Frédéric Mabileau Les Coutures Saint-Nicolas-de-Bourgueil

Fournier Sancerre Rosé

58

FRÉDÉRIC MABILEAU

biodinâmico


FRANÇA PROVENCE

CHÂTEAU SAINT-HILAIRE

A região de Provence está em grande ascensão, produzindo, além dos inimitáveis rosés, tintos e brancos de ótima qualidade. A denominação Coteaux d’Aix-en-Provence, localizada ao norte de Marselha, é bem recente e data de 1985. A região é bastante seca e predominam as castas típicas do Mediterrâneo francês, como Grenache, Syrah, Mourvèdre e Carignan, mas aparece também a Cabernet Sauvignon, ao lado das brancas Rolle (Vermentino), Grenache Blanc, Clairette e Ugni Blanc, que nessa região adquire expressão aromática notável.

A família Lapierre está envolvida com o cultivo de vinhas na Provence desde o final do século XVIII. O Château SaintHilaire foi fundado em 1973 pelo pai de Yves Lapierre, que hoje comanda a vinícola, na ensolarada e bela região de Coudoux. São 58 ha de vinhedos plantados com as variedades Clairette, Ugni Blanc, Grenache, Cabernet Sauvignon, Syrah, Counoise e Mourvèdre. Os terrenos pedregosos e pouco férteis nas colinas são beneficiados por uma excelente exposição solar sul, e o clima recebe influências marítimas. O resultado são vinhos deliciosos, que expressam o terroir da Provence.

Rosés Château Saint-Hilaire Tradition Coteaux d’Aix-en-Provence Château Saint-Hilaire Cuvée ONE Coteaux d’Aix-en-Provence

Os rosés da Provence são mundialmente famosos e ótimos parceiros da mesa. Podem acompanhar pratos provençais, como ratatouille, preparações mediterrâneas, como paella e cuscuz marroquino, comida asiática e pratos da cozinha brasileira, como moqueca.

59


FRANÇA NORTE DO RHÔNE

ANDRÉ PERRET www.andreperret.com

Os vinhos de André Perret, considerado por alguns como o “Rei de Condrieu”, expressam a meticulosa atenção desse produtor. Seus vinhedos, localizados à margem direita do Rhône, ficam em terrenos inclinados, de difícil acesso, o que faz com que todo o trabalho seja manual. Com altas pontuações do crítico Robert Parker e em revistas como a inglesa Decanter, o Condrieu Chéry é pura elegância. Seus tintos, como o Saint-Joseph Les Grisières, são sempre muito bem avaliados e, segundo o Guide Bettane & Desseauve, as últimas safras são impecáveis.

Branco André Perret Condrieu Chéry

Tintos André Perret Saint-Joseph André Perret Saint-Joseph Les Grisières

Nessa região são produzidos alguns dos mais clássicos vinhos da França. Os tintos são elaborados com Syrah e os brancos com Viognier, Marsanne e Roussane. O volume de produção é pequeno, mas a região é muito importante em termos de qualidade. Os melhores vinhedos encontram-se em colinas íngremes, onde o cultivo de vinhas é bastante difícil e caro. O amadurecimento perfeito da uva é trabalhoso, sendo a boa exposição solar e o trabalho constante nos vinhedos, incluindo controle dos rendimentos, fundamentais para a produção dos melhores vinhos.

MARC SORREL www.marcsorrel.fr

Marc Sorrel, viticultor desde 1984, cultiva com grande sabedoria suas vinhas velhas, nos vinhedos localizados à margem esquerda do Rhône. Segundo La Revue du Vin de France, esse produtor elabora Hermitage e Crozes-Hermitage, tintos e brancos, de grande pureza e profundidade. São vinhos de estilo clássico, com excepcional qualidade de fruta. Acessíveis desde cedo, envelhecem muito bem, como no caso do Hermitage Le Gréal, produzido a partir de vinhas de mais de 60 anos, um tinto expressivo e complexo, com um potencial de guarda de 15 a 20 anos.

Brancos Marc Sorrel Crozes-Hermitage Blanc Marc Sorrel Hermitage Blanc

As mais importantes áreas de vinhedos do norte do Rhône são Hermitage, Côte Rôtie e Condrieu, onde são produzidos grandes vinhos. A maioria da produção é de tintos, que são em geral suculentos e frutados, mas os brancos revelam ótimas surpresas.

60

Tintos Marc Sorrel Crozes-Hermitage Rouge Marc Sorrel Hermitage Rouge Marc Sorrel Hermitage Rouge “Le Gréal”


FRANÇA

Diane de Puymorin com o marido Mathieu

SUL DO RHÔNE

orgânico

CHÂTEAU D’OR ET DE GUEULES www.chateau-or-et-gueules.com

Trata-se de uma das regiões francesas mais conhecidas em todo o mundo e que há cerca de duas décadas passou por um renascimento, com melhoria substancial da qualidade geral dos vinhos. Com a paisagem típica do Mediterrâneo, apresenta verões quentes, secos e ensolarados, que favorecem o amadurecimento mais regular das uvas. Os vinhedos estão plantados principalmente em largos terraços aluviais, antigos leitos do rio e predominam os tintos, elaborados com Grenache (principalmente), Syrah e outras.

Situado nas proximidades da região de Camargue, perto de Saint-Gilles, o Château d’Or et de Gueules está sob o comando de Diane de Puymorin desde 1998, quando adquiriu essa propriedade, que tem cerca de 100 ha. Com afinco e talento, Diane replantou vinhedos, mantendo os melhores, reequipou a vinícola, lançou novos rótulos, adotou a agricultura orgânica e a vinificação com poucas intervensões e alcançou uma posição de alto prestígio na denominação Costières de Nîmes. Suas cuvées de prestígio – La Bolida, Castel Noù e Qu’es aQuo – têm altas pontuações de Robert Parker.

Tintos Domaine de La Petite Cassagne Costières de Nîmes Château d’Or et de Gueules Costières de Nîmes Château d’Or et de Gueules Les Cimels Costières de Nîmes Château d’Or et de Gueules Trassegum Costières de Nîmes Château d’Or et de Gueules Qu’es aQuo Costières de Nîmes Château d’Or et de Gueules Castel Noù Costières de Nîmes Château d’Or et de Gueules La Bolida Costières de Nîmes

Os vinhos do sul do Rhône são generosos e frutados, mas apresentam acidez menos vivaz, devido às temperaturas médias mais altas e à prevalência da Grenache. Châteauneuf-duPape é o cru mais renomado dessa região, seguido por Gigondas e Vacqueyras.

61


orgânico

orgânico

CHÂTEAU TERRE FORTE

CLOS BELLANE

www.terreforte.fr

www.clos-petite-bellane.com

A família Jauffret cultiva vinhas ininterruptamente desde 1856 e produz vinhos com rótulo próprio desde 2001, quando Pierre Jauffret retornou de uma temporada de aprendizado no Napa Valley e estabeleceu uma vinícola nas terras da família. São 25 ha de vinhedos de cultura orgânica, em diversas parcelas em Rochefort du Gard, entre Nîmes, Tavel e Avignon. São cultivadas Grenache, Syrah, Mourvèdre, Carignan, Viognier, Bourboulenc, Grenache Blanc e Picpoul, com vinhas de até 70 anos de idade, que geram brancos e tintos bem expressivos.

Essa propriedade privilegiada de 48 ha, próxima a Valréas, estende-se por uma elevação que proporciona uma vista esplêndida da região, do Monte Ventoux e dos Dentelles de Montmirail. Está situada na região setentrional do sul do Rhône, de clima mais ameno, com vinhedos a 400 metros de altitude, cultivados de forma orgânica, boa parte com mais de 30 anos, fatores que contribuem para proporcionar elegância aos vinhos. No tinto, predomina a Grenache, com uma porcentagem de Syrah, enquanto no branco as uvas Roussanne, Marsanne e Viognier dividem seus papéis.

Tintos

Branco

Château Terre Forte Rouge! Côtes-du-Rhône

Clos Bellane Côtes-du-Rhône Villages Valréas Blanc

Château Terre Forte Côtes-du-Rhône Villages

Tinto Clos Bellane Côtes-du-Rhône Villages Valréas Rouge

62


CLOS DES PAPES

biodinâmico

www.clos-des-papes.fr

Uma referência na denominação Chateauneuf-du-Pape, Clos des Papes está hoje sob o comando de Paul-Vincent Avril, que mantém a tradição da família produtora de vinhos na região desde o século XIX. Seus Châteauneufs-du-Pape tintos alcançaram o nível máximo, com um histórico de ótimas avaliações nos últimos 18 anos que não encontra rivais nessa denominação. Os brancos envelhecem com elegância, adquirindo complexidade e mineralidade surpreendentes. Paul-Vincent Avril ressalta que o Petit Vin não é o segundo vinho, pois provém de outros vinhedos.

Branco Clos des Papes Châteauneuf-du-Pape

Tinto Le Petit Vin d’Avril Clos des Papes Châteauneuf-du-Pape Clos des Papes Châteauneuf-du-Pape Magnum

63


orgânico

DOMAINE LA MONARDIÈRE www.monardiere.fr

Damien Vache

Estabelecido por Martine e Christian Vache em 1987 na prestigiada denominação de Vacqueyras, ao redor de uma grande mansão rural, esse domaine é sombreado por antigas e frondosas árvores, no melhor estilo provençal. Os dois reformaram vinhedos e instalações, adotando como filosofia “uma viticultura natural, uma vinificação com mínima intervenção e vinhos autênticos”. Esse compromisso e paixão pelos vinhos fiéis à origem têm resultado em prestígio ascendente. São 20 ha de vinhedos, e alguns deles têm vinhas de mais de 60 anos de idade.

Tintos Domaine La Monardière Vacqueyras Les 2 Monardes Domaine La Monardière Vacqueyras Les 2 Monardes 500 ml Domaine La Monardière Vacqueyras Vieilles Vignes

64


Guillaume e Bertrand Gonnet

Família Raspail-Ay

orgânico

DOMAINE FONT DE MICHELLE www.font-de-michelle.com

A família Gonnet está estabelecida na região desde 1600. Em 1950, Etienne Gonnet fundou o Font de Michelle, hoje conduzido pelos netos Bertrand e Guillaume. Localizado no sudoeste de Châteauneuf-du-Pape, uma das melhores subregiões dessa denominação, esse domaine tem parcelas em La Crau, o “Grand Cru” de Châteauneuf. Seus brancos têm uma mineralidade deliciosa, enquanto os tintos são tradicionais e estilosos, com vinhos encorpados e elegantes, que são a pura expressão do terroir. Sua cuvée prestige é excepcional.

Branco

DOMAINE RASPAIL-AY Pequeno produtor familiar há cinco gerações, esse tradicional domaine está situado em uma das mais nobres sub-regiões do sul do do Rhône: Gigondas. Seus vinhos concentrados são produzidos com quase totalidade de Grenache (75%), que se manifesta nos aromas perfumados e na presença de frutas vermelhas frescas. A Syrah e a Mourvèdre completam o corte, adicionando taninos e acidez. São 18 ha de vinhedos, com vinhas de 45 anos de idade, em média, a partir das quais são produzidos vinhos elegantes e de grande longevidade.

Tintos Domaine Raspail-Ay Gigondas Domaine Raspail-Ay Gigondas 375 ml

Font de Michelle Châteauneuf-du-Pape

Tintos Font de Michelle Châteauneuf-du-Pape Font de Michelle Châteauneuf-du-Pape Cuvée Etienne Gonnet

65


FRANÇA SUDOESTE

CHÂTEAU LAMARTINE www.cahorslamartine.com

Essa região engloba diversas sub-regiões que, apesar de terem características distintas, têm em comum o uso de variedades nativas. De Jurançon, vêm os brancos intensos elaborados com Petit Manseng, Gros Manseng e Courbu, citados por Jancis Robinson entre os best-values da França. Em Madiran, predomina a Tannat, variedade que, quando bem trabalhada, produz vinhos elegantes e longevos que podem se assemelhar aos melhores Bordeaux. Em Cahors, reina a Malbec, com as coadjuvantes Merlot e Tannat, gerando vinhos mais tânicos e diferentes daqueles do Novo Mundo feitos com essa uva.

Os vinhos brancos do Jurançon, dos secos aos doces, estão entre os mais diferentes da França e representam um universo a ser explorado. Madiran e Cahors produzem tintos de Tannat e Malbec, respectivamente, que são bastante gastronômicos.

66

Em Cahors, Alain Gayraud produz vinhos expressivos, nos quais predomina a Malbec, com perfumes sutis e fruta vivaz, emoldurados por taninos elegantes. Seu avô, Edouard Sérouge, foi um dos responsáveis pelo renascimento dos vinhos de Cahors. Nos 35 ha de vinhedos são cultivadas Malbec (maioria), Merlot e Tannat. A localização excepcional dos vinhedos, a oeste da denominação, favorece a boa maturação das uvas, garantindo a regularidade das safras. As cuvées especiais têm grande densidade e intensidade.

Tintos Château Lamartine Cahors Château Lamartine Cahors Cuvée Particulière Château Lamartine Cahors Expression


orgânico

CLOS LAPEYRE

DOMAINE BERTHOUMIEU

www.jurancon-lapeyre.fr

www.domaine-berthoumieu.com

Esse domaine foi fundado em 1920, na interessante região do Jurançon, localizada bem ao sul da França, aos pés dos Pirineus, famosa por seus vinhos brancos. Desde 1985 JeanBernard Larrieu comanda o Clos Lapeyre, onde produz suas pequenas obras-primas. São 17 ha de vinhedos de cultivo orgânico, certificados desde 2002. Seus vinhos brancos secos, suaves e doces, elaborados com as variedades Gros Manseng e Petit Manseng, se posicionam entre os grandes rótulos franceses. Quem ousar experimentar esses vinhos será amplamente recompensado.

No coração da pátria dos famosos mosqueteiros de Luís XIV, Didier Barré, sexta geração da família a conduzir esse domaine, produz vinhos brancos singulares, com as uvas Gros Manseng e Petit Manseng, e tintos francos e generosos em que predomina a Tannat. Esse cuidadoso produtor demonstra que as denominações Madiran (tintos) e Pacherenc du Vic Bilh (brancos) podem ser fontes de vinhos clássicos e inesquecíveis. São 26 ha com predominância de uvas tintas (85%), conduzidos pela prática de agricultura sustentável.

Brancos

Branco

Lapeyre Jurançon Sec

Domaine Berthoumieu Pacherenc du Vic Bilh Vieilles Vignes

Lapeyre Jurançon Sec 375 ml

Doces

Tintos Domaine Berthoumieu Rouge Pointé Madiran

Lapeyre Jurançon Moelleux 375 ml

Domaine Berthoumieu Haute Tradition Madiran

La Magendia de Lapeyre Jurançon 375 ml

Domaine Berthoumieu Haute Tradition Madiran 375 ml

Lapeyre Le Vent Balaguèr Jurançon Moelleux 500 ml

Domaine Berthoumieu Cuvée Charles de Batz Madiran Domaine Berthoumieu Cuvée Charles de Batz Madiran 375 ml

Doce Domaine Berthoumieu Pacherenc du Vic Bilh Symphonie d’Automne Vendange de Novembre 500 ml

67


NOVA ZELÂNDIA CANTERBURY (ILHA SUL)

PEGASUS BAY www.pegasusbay.com

Nessa região, nos arredores de Christchurch, o clima frio recebe influência marítima, os dias são quentes no verão curto, com noites muito frescas, e o outono é seco, o que favorece o amadurecimento prolongado das uvas nos locais mais privilegiados e preserva sua acidez. São três sub-regiões: Bank’s Peninsula, ao sul de Christchurch, com maior influência marítima; Waipara, ao norte, protegida pelas cadeias de montanhas nos arredores da baía de Pegasus; e as planícies a oeste da cidade. Essa região é reconhecida pelos ótimos Rieslings, Sauvignon Blancs, Chardonnays e Pinot Noirs.

Entre os brancos, o Riesling tem se destacado pela complexidade, tanto os secos quanto os de sobremesa, enquanto o Sauvignon Blanc é aromático e fresco, com um toque mineral. O Pinot Noir apresenta boa estrutura e elegância.

68

A história da família Donaldson na viticultura remonta ao início dos anos 1970. Ivan Donaldson implantou os vinhedos e seu filho mais velho, Matthew, é hoje o enólogo. A vinícola está localizada em Waipara, em um vale separado do oceano (baía de Pegasus) por uma cadeia de montanhas, que o protege das frias brisas do Pacífico e dos ventos mais quentes de noroeste. Essas condições são ideais para o cultivo de variedades de clima frio. Os Rieslings da Pegasus Bay são pequenas joias, o Pinot Noir é muito elegante, e o Sauvignon-Sémillon, simplesmente brilhante.

Brancos Pegasus Bay Sauvignon/Sémillon Pegasus Bay Riesling Pegasus Bay Bel Canto Dry Riesling

Tintos Pegasus Bay Pinot Noir Pegasus Bay Prima Donna

Doce Pegasus Bay Riesling Aria


NOVA ZELÂNDIA CENTRAL OTAGO (ILHA SUL)

RIPPON VINEYARD AND WINERY

biodinâmico

www.rippon.co.nz

O clima frio, com características continentais, cria condições ideais para a produção de Pinot Noir e de uvas brancas, como Pinot Gris, Chardonnay e Riesling, que ali se adaptaram muito bem. Nessa região, os verões são quentes e curtos, os invernos, frios, e há grande variação de temperatura entre o dia e a noite. O outono é muito seco, permitindo o prolongamento do período de amadurecimento. As sub-regiões apresentam microclimas diferenciados. Nos últimos anos, o número de produtores aumentou consideravelmente, assim como a qualidade dos vinhos.

Localizada em Lake Wanaka, essa vinícola foi pioneira nessa região de microclima único, pela presença do lago e da cadeia de montanhas. Os Pinots da Rippon, em estilo clássico, ajudaram a consolidar a fama da Nova Zelândia como exponencial produtora dessa variedade. Seus brancos, de Riesling e Gewürztraminer, são elegantes e típicos. Desde 2002 a Rippon é conduzida por Nick Mills, filho dos fundadores, graduado em enologia e viticultura em Beaune, Borgonha. São 15 ha de vinhedos, cultivados pelo método biodinâmico, sendo 8 ha dedicados à Pinot Noir.

Brancos Rippon Riesling Rippon Gewürztraminer

Tintos Rippon Jeunesse Pinot Noir Rippon Mature Vine Pinot Noir Rippon Tinker’s Field Pinot Noir

Trata-se de uma das mais belas regiões vinícolas do mundo, onde reina a Pinot Noir, gerando vinhos de grande elegância. Entre os brancos aromáticos, destaca-se o Riesling. Tanto o Chardonnay quanto o Sauvignon Blanc apresentam toques minerais.

69


NOVA ZELÂNDIA MARLBOROUGH (ILHA SUL)

FOLEY FAMILY WINES www.nzwineco.co.nz

Essa região ficou famosa por produzir um grande clássico mundial, o intenso Sauvignon Blanc da Nova Zelândia. O elevado número de horas de sol, noites frias e outono seco proporcionam o amadurecimento prolongado das uvas, que desenvolvem uma riquíssima gama de aromas e sabores, preservando a acidez natural característica dos vinhos neozelandeses. Marlborough produz ainda ótimos vinhos de Riesling (incluindo Late Harvest), Chardonnay e Pinot Poir, entre outras variedades. Estas duas últimas são cultivadas tanto para os vinhos tranquilos quanto para espumantes.

Os famosos Sauvignon Blancs de Marlborough, aromáticos e com ótima acidez, são excelentes para acompanhar mexilhões, moquecas, saladas que levam rúcula ou azedinha e queijos de cabra. Os outros brancos da região são igualmente versáteis.

70

A Foley Family Wines é uma empresa americana produtora e distribuidora de vinhos aclamados nos Estados Unidos (Califórnia e Washington) e na Nova Zelândia. Entre as vinícolas neozelandesas está a Grove Mill. Fundada em 1988, se destaca pela qualidade de seus vinhos e pelo fato de produzi-los com o mínimo impacto ambiental. A Grove Mill foi a primeira vinícola no mundo a ser certificada como CarboNZero, o que significa que compensa todas as emissões de gás carbônico, além de preservar o sapo Southern Bell, símbolo da vinícola.

Brancos Sanctuary Sauvignon Blanc Grove Mill Riesling Grove Mill Sauvignon Blanc

Tinto Sanctuary Pinot Noir


HUNTER’S WINES www.hunters.co.nz

A Hunter’s foi uma das primeiras vinícolas de Marlborough a conseguir projeção internacional com seu impecável Sauvignon Blanc. Logo na primeira safra (1982), o Hunter’s Sauvignon Blanc ganhou seis medalhas no concurso nacional de vinhos e em 1986 ocupou o primeiro lugar no Sunday Times Wine Festival, de Londres, colocando a vinícola e a Nova Zelândia no mapa mundial de vinhos. Esse feito se repetiu em 2016, com a safra 2015. Dirigida por Jane Hunter, figura de destaque no cenário da viticultura da Nova Zelândia, a vinícola acumulou diversos prêmios ao longo dos anos.

Espumantes Hunter’s Miru Miru Hunter’s Miru Miru Reserve Vintage

Brancos Stoneburn Sauvignon Blanc
 Stoneburn Riesling Stoneburn Gewürztraminer Hunter’s Sauvignon Blanc Hunter’s Riesling Hunter’s Chardonnay

Tintos Stoneburn Pinot Noir Hunter’s Pinot Noir

Doce Hunter’s Hukapapa Late Harvest Riesling 375 ml

71


NOVA ZELÂNDIA NELSON (ILHA SUL)

JACKSON ESTATE www.jacksonestate.co.nz

Há mais de 160 anos as famílias Jackson e Stichbury cultivam terras na planície do rio Wairau, em Marlborough. Há três décadas, começaram a cultivar uvas e em 1991 produziram os primeiros vinhos, cujo estilo ganhou fama rapidamente. O Jackson Estate Sauvignon Blanc é considerado um dos melhores e mais consistentes do país, enquanto o aclamado Pinot Noir Gum Emperor – nome da mariposa Opodiphthera eucalypti que faz sua moradia nesses vinhedos – é o resultado da produção de vinhedos de clima temperado, refletindo o estilo da região e da Nova Zelândia.

Branco Jackson Estate Stich Sauvignon Blanc

Tinto Jackson Gum Emperor Pinot Noir

Essa pequena região é imperdível para os amantes da natureza e dos vinhos. Apresenta clima semelhante à vizinha Marlborough, sendo ligeiramente mais quente e com outonos mais chuvosos. O clima é especialmente privilegiado em algumas sub-regiões, como Moutere Hills, onde as uvas encontram condições ideais para amadurecer mais lentamente, intensificando seus aromas e sabores. As variedades produzidas são as típicas de clima mais frio, como Pinot Noir, Riesling, Sauvignon Blanc e Chardonnay. A produção é pequena, mas a qualidade dos vinhos é bastante expressiva.

Os vinhos produzidos em Nelson se caracterizam pela elegância. O Chardonnay é puro e intenso; o Sauvignon Blanc, mineral, com notas herbáceas; o Pinot Noir, expressivo e complexo; e o Riesling apresenta riqueza aromática e de sabor.

72


NEUDORF VINEYARDS www.neudorf.co.nz

A Neudorf tem vinhedos em Moutere, Nelson e Brightwater, onde é adotado o sistema de cultivo orgânico e sustentável. Membro-fundadora da associação “New Zealand Sustainable Winegrowing”, é comandada por Tim Finn, um dos mais aclamados enólogos neozelandeses, que trabalha arduamente para obter em seus vinhos concentração com elegância, textura sedosa, equilíbrio, sutileza e complexidade. Sua excelente linha de vinhos inclui preciosidades como o Moutere Chardonnay, produzido com vinhas de mais de 30 anos de idade no estilo da Borgonha.

Brancos Neudorf Sauvignon Blanc Neudorf Chardonnay Neudorf Moutere Riesling Dry Neudorf Moutere Chardonnay

Tintos Neudorf Tom’s Block Pinot Noir Neudorf Moutere Pinot Noir

73


NOVA ZELÂNDIA GISBORNE (ILHA NORTE)

VINOPTIMA www.vinoptima.co.nz

Conhecida também como baía de Poverty, Gisborne encontra-se no extremo oriental da Ilha Norte. É a terceira mais importante região produtora de vinhos do país em área de vinhedos, bem atrás de Marlborough e Hawke’s Bay. Tem vastas planícies costeiras que recebem farta insolação, favorecendo o amadurecimento das uvas. Nessa região de solos variados, são cultivadas basicamente uvas brancas, sendo a Chardonnay a uva mais plantada, seguida por Pinot Gris e Gewürztraminer. As uvas tintas, como Merlot e Syrah, respondem por apenas 10% da produção total.

Segundo Hugh Johnson, essa região é aclamada pela produção de alguns dos mais finos Gewürztraminers do mundo. São vinhos de excelente estrutura, com riqueza aromática e notas de especiarias, perfeitos para acompanhar queijos azuis e foie gras.

74

Com mais de 30 anos de atuação na indústria do vinho na Nova Zelândia, o enólogo Nick Nobilo decidiu, no ano 2000, produzir o melhor Gewürztraminer do mundo. Teve início, então, o projeto Vinoptima, em Ormond, Gisborne, o terroir perfeito para essa uva. Logo na primeira safra, em 2003, o Vinoptima Ormond Gewürztraminer foi citado por Stephen Spurrier, na revista Decanter, como o melhor branco do Novo Mundo, “tão bom quanto os melhores Grand Crus da Alsácia”. Seus vinhos são longevos (10-15 anos) e ganham untuosidade e complexidade notáveis no decorrer dos anos.

Branco Vinoptima Ormond Gewürztraminer

Doce Vinoptima Ormond Gewürztraminer Noble Late Harvest 375 ml


NOVA ZELÂNDIA HAWKE’S BAY (ILHA NORTE)

BROOKFIELDS VINEYARDS www.brookfieldsvineyards.co.nz

Apesar de ser uma região vinícola histórica, com o plantio de uvas registrado desde meados do século XIX, Hawke’s Bay começou se destacar nos anos 1990. Trata-se da maior região produtora de vinhos tintos do país e a segunda no geral. A diversidade da região favorece um leque de variedades, mas a reputação é maior para as bordalesas tintas e Chardonnay. A sub-região mais nobre é Gimblett Gravels, onde o clima quente, suavizado pela proximidade do oceano, favorece o amadurecimento perfeito das uvas. Nas sub-regiões mais frias, cultivam-se Sauvignon Blanc e Pinot Noir.

Fundada em 1937, a Brookfields Vineyards é a mais antiga vinícola-butique de Hawke’s Bay. Em 1977, foi comprada por Peter Robertson – atual proprietário e enólogo –, que a transformou numa das vinícolas líderes na produção de vinhos premium na Nova Zelândia. A filosofia da Brookfields é produzir vinhos acessíveis em sua juventude, gastronômicos e que evoluam com os anos de guarda. O Burnfoot Merlot é um vinho excelente para acompanhar refeições, enquanto o Gold Label é um clássico e refinado corte bordalês.

Branco Brookfields Ohiti Estate Sauvignon Blanc

Tintos Brookfields Burnfoot Merlot Brookfields Ohiti Estate Cabernet Sauvignon Brookfields Gold Label Cabernet Sauvignon/Merlot

Merlot, Malbec e Cabernet Sauvignon são alguns dos destaques dessa região que produz grandes tintos. Aqui foi plantado o primeiro vinhedo de Syrah do país, e vinhos de alta classe são produzidos com a variedade. Entre as brancas, destacam-se Chardonnay e Sauvignon Blanc.

75


CLEARVIEW ESTATE

TRINITY HILL

www.clearviewestate.co.nz

www.trinityhill.com

O produtor Tim Turvey adquiriu essa propriedade em Te Awanga, próximo a Napier, em 1986. Com sua sócia, Helma van den Berg, plantou as primeiras vinhas em 1988, criando assim a Clearview. Além de uvas, plantaram também árvores frutíferas, incluindo oliveiras. Embora o Chardonnay seja o ícone, o Sauvignon Blanc é muito refinado. O Clearview Old Olive Block é um corte de Merlot, Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc e Malbec. A vinícola investe também em enoturismo e tem entre os destaques o Red Shed Restaurant, junto aos vinhedos e a poucos metros do mar.

Comandada por John Hancock, sócio-proprietário e enólogo, a Trinity Hill é reconhecida pela qualidade e consistência de seus vinhos. Além das uvas tradicionais, são cultivadas variedades europeias pouco comuns na Nova Zelândia, como Touriga Nacional, Montepulciano e Tempranillo. Os vinhos de entrada são excelentes para acompanhar refeições e os mais complexos e longevos são os da sub-região de Gimblett Gravels, sendo Homage Syrah o ícone. O Viognier é considerado o melhor do país por Hugh Johnson.

Brancos

Brancos Trinity Hill Hawkes Bay Sauvignon Blanc

Clearview Sauvignon Blanc Reserve

Trinity Hill Hawkes Bay Chardonnay

Clearview Chardonnay Reserve

Trinity Hill Hawkes Bay Pinot Gris

Tinto

Trinity Hill Gimblett Gravels Chardonnay

Clearview Old Olive Block

Trinity Hill Gimblett Gravels Viognier

Tintos Trinity Hill Hawkes Bay Pinot Noir Trinity Hill Hawkes Bay Syrah Trinity Hill Hawkes Bay ‘The Trinity’ Trinity Hill Gimblett Gravels ‘The Gimblett’ Trinity Hill Gimblett Gravels Tempranillo Trinity Hill Gimblett Gravels Syrah Trinity Hill Homage Syrah

76


NOVA ZELÂNDIA MARTINBOROUGH (ILHA NORTE)

ATA RANGI VINEYARD www.atarangi.co.nz

Essa região de clima temperado, ligeiramente mais fria que Marlborough, deu ao Pinot Noir da Nova Zelândia relevância mundial. Com ótima insolação, noites muito frescas, outono muito seco e solos pouco férteis, Martinborough reúne as condições ideais para o cultivo da Pinot Noir, variedade mais plantada na região. A grande exposição das vinhas aos ventos reduz naturalmente os rendimentos, o que gera maior concentração de sabores. São cultivadas também Sauvignon Blanc, Riesling, Chardonnay, Pinot Gris e outras variedades de grande qualidade.

Clive Paton fundou a Ata Rangi, em 1980, com apenas 5 ha, e logo chamou a atenção do mundo para o Pinot Noir da Nova Zelândia. Hoje, com 24 ha de vinhedos próprios, além de outros sob contrato, ostenta uma sólida posição no mercado internacional. O Pinot Noir da Ata Rangi é o carro-chefe da vinícola e foi reconhecido em 2010 como Tipuranga Teitei o Aotearoa ou “Grand Cru da Nova Zelândia”. O Célèbre é um corte muito peculiar de Cabernet Sauvignon, Syrah e Merlot – “Rhône encontra Bordeaux”, como dizem os produtores. O Craighall é um dos grandes Chardonnays neozelandeses.

Branco Ata Rangi Craighall Chardonnay

Tintos Crimson Pinot Noir Ata Rangi Pinot Noir Ata Rangi Célèbre Cabernet Sauvignon /Syrah/Merlot Ata Rangi Célèbre Cabernet Sauvignon /Syrah/Merlot Magnum

O Pinot Noir dessa região é rico em aromas e saboroso, podendo variar dos mais frutados aos mais terrosos. Sauvignon Blanc é a segunda uva mais plantada, e os vinhos são intensos e vivos, com uma combinação de notas herbáceas e tropicais.

77


PALLISER ESTATE WINES OF MARTINBOROUGH www.palliser.co.nz

A Palliser fez sua primeira colheita em 1989 e seus vinhos passaram a ser premiados desde então. Atualmente possui 92 ha de vinhedos próprios, principalmente com Pinot Noir e Sauvignon Blanc, além de Chardonnay, Riesling e Pinot Gris. Foram feitos investimentos contínuos em instalações, aprimoramento de vinhedos e sustentabilidade, sendo uma das primeiras vinícolas do mundo a receber a certificação ISO 14001, em 2004. A Palliser exporta para 18 países e tem seus vinhos nos mais refinados restaurantes e hotéis de todo o mundo e nas melhores linhas aéreas.

Branco Palliser Estate Sauvignon Blanc

Tintos Pencarrow Pinot Noir Palliser Estate Pinot Noir

78


NOVA ZELÂNDIA WAIHEKE ISLAND (ILHA NORTE)

orgânico

STONYRIDGE VINEYARD www.stonyridge.com

Situada no golfo de Hauraki, próxima de Auckland, essa ilha é famosa por produzir grandes vinhos tintos. O clima quente, seco e marítimo, com elevada insolação e baixa precipitação, favorece a intensidade e a pureza das uvas. Nessa região, a Cabernet Sauvignon amadurece de maneira exuberante e seus melhores vinhos, em geral cortes com as variedades bordalesas, rivalizam com os mais conceituados do mundo em classe, fineza, elegância e complexidade. A Syrah é uma estrela em ascensão, e outras variedades como Chardonnay e Viognier também têm alcançado bons resultados.

A Stonyridge, cujo nome é inspirado na longa cadeia de montanhas que vai de uma costa a outra de Waiheke Island, foi a primeira vinícola a reconhecer o clima dessa ilha como ideal para os vinhos tintos no estilo de Bordeaux. Comandada por Stephen White, é famosa pela produção daquele que é considerado o cult wine da Nova Zelândia – o Stonyridge Larose –, um magnífico corte bordalês do nível dos melhores grands crus classés do Médoc, todo vendido en primeur para uma lista de compradores previamente selecionados.

Tintos Stonyridge Faithful Stonyridge Luna Negra Malbec Stonyridge Larose Stonyridge Larose Magnum

Os vinhos tintos dessa região, em especial os de corte bordalês, são complexos, estruturados, intensos e elegantes, com grande potencial de guarda. São companhias perfeitas para carnes vermelhas suculentas, preparadas na grelha.

79


CHILE MARCHIGÜE

VIÑA POLKURA www.polkura.cl

Trata-se de uma sub-região de Colchagua, no extremo oeste e a menos de 30 km do oceano Pacífico. Apesar de a influência marítima ser maior que no restante do vale, a cordilheira da Costa a modera, tornando o clima ameno. Nessa região há uma grande quantidade de granito amarelo (origem do nome Polkura, que no idioma mapuche significa pedra amarela) distribuído por diferentes camadas de solos argilosos. Em Marchigüe são produzidos alguns dos grandes vinhos do Chile, com variedades como Syrah, Cabernet Sauvignon e Carménère.

As condições climáticas e geográficas dessa região favorecem a produção de vinhos tintos minerais e elegantes, com bom corpo e estrutura. Uma das estrelas é a Syrah, cujos vinhos são excelentes para acompanhar carnes bovinas e de cordeiro.

80

Os enólogos e colegas Sven Bruchfeld e Gonzalo Muñoz iniciaram em 2002 o projeto de fazer um vinho excepcional com a uva Syrah, criando a Polkura. Seus vinhos têm concentração, mineralidade, elegância, estrutura e frutuosidade. O Block g+i é uma seleção de parte de lotes de meia-encosta, que gera um vinho de grande concentração. A Polkura produz ainda um Sauvignon Blanc e um Pinot Noir na região de Leyda, no Vale de San Antonio, a poucos quilômetros do oceano Pacífico. Sven Bruchfeld é um dos mais ativos membros do MOVI – Movimiento de Viñateros Independientes.

Branco Aylin Sauvignon Blanc (Leyda)

Tintos Polkura Malbec Polkura Syrah Polkura Syrah Lote D Polkura Syrah Block g+i Aylin Pinot Noir (Leyda)


Derek Mossman

CHILE VALE CENTRAL

GARAGE WINE CO. www.garagewineco.cl

Essa região engloba os vales do Maipo, Rapel, Curicó e Maule. O Maipo é a mais tradicional região vinícola do Chile, famosa pelo característico Cabernet Sauvignon de destaque mundial e outras variedades tintas e brancas. Suas áreas mais altas a leste, junto à cordilheira dos Andes, conhecidas como Alto Maipo, têm clima mais temperado e são berço de alguns dos melhores Cabernets chilenos, de classe mundial. No Maule, a variedade mais importante é a Carignan de vinhas velhas não irrigadas, resgatada por alguns produtores que formaram a Vigno (Vignadores de Carignan).

Essa vinícola, que faz parte do MOVI (Movimiento de Viñateros Independientes), foi fundada em 2001 por Derek Mossman, Alvaro Peña e Pilar Miranda, na garagem da casa da família Mossman, com a filosofia de produzir vinhos de alta qualidade em pequena escala. O nome foi inspirado nos garage wines nascidos de pequenos produtores em SaintÉmilion, na França. Seus Carignans se tornaram vinhos cult; provêm de vinhas velhas, não irrigadas, de Cauquenes, no Maule, de produção limitadíssima. Os Cabernets são produzidos no Alto Maipo e são muito elegantes.

Rosé Garage Wine Old Vine Pale

Tintos Garage Wine Cabernet Franc Garage Wine Vigno Carignan Garage Wine Cabernet Sauvignon Garage Wine Old Vine Carignan Lot

300 toques autônoma e vasta, mais conhecida pela quase totalidade da produção De modo geral, os vinhosna dessa região da de cava no país, colocou-se vanguarda apresentam fruta mais madura, taninos mais modernização vinícola ocorrida nas últimas doces e teor alcoólico mais elevado. Com boa décadas do século XX, quando também foram estrutura e suculência, estão entre os mais introduzidas variedades internacionais. A tradicionais do Chile, com destaque para o gama de vinhos que produz em suas nove Cabernet Sauvignon. denominações de origem é

81


QUEREU/FOX WINES

novo

VIÑA CASA RIVAS

www.foxwines.cl

www.casarivas.cl

A Fox Wines é conduzida por duas “raposas” da indústria vinícola chilena, Sergio Reyes e Raul Beckdorf, cada um deles com mais de 20 anos de experiência em marketing e exportação de vinhos. Entre os rótulos que compõem o portfólio da empresa está o Quereu, nome de um pássaro chileno na língua mapuche. Esse projeto foi criado há três anos, com a proposta de produzir vinhos que valorizam o caráter da fruta. Sem passagem por madeira, são frutados, frescos e fáceis de beber, com excelente custo-qualidade.

Fundada em 1992 em María Pinto, prestigiosa região costeira do Vale do Maipo, a Casa Rivas hoje faz parte do VSPT Wine Group. Desde o início, seus vinhos encantaram todas as classes de consumidores por sua tipicidade, sutileza e frutuosidade, destacando-se como opções imbatíveis em suas faixas de preço. Os vinhos de maior sucesso são os produzidos com Cabernet Sauvignon, no Vale do Maipo. Os brancos são frescos e equilibrados, sendo os Reservas, desde 2011, elaborados com uvas de Casablanca.

Brancos Quereu Sauvignon Blanc Quereu Sauvignon Blanc 375 ml Quereu Chardonnay

Rosé Quereu Rosé

Tintos Quereu Cabernet Sauvignon Quereu Cabernet Sauvignon 375 ml

Brancos Casa Rivas Sauvignon Blanc Casa Rivas Sauvignon Blanc 375 ml Casa Rivas Sauvignon Blanc Reserva Casa Rivas Chardonnay Casa Rivas Chardonnay Reserva Hacienda La Punta Sauvignon Blanc

Rosé Casa Rivas Rosé

Tintos Casa Rivas Cabernet Sauvignon

Quereu Carménère

Casa Rivas Cabernet Sauvignon 375 ml

Quereu Merlot

Casa Rivas Merlot Casa Rivas Merlot 375 ml Casa Rivas Carménère Casa Rivas Carménère 375 ml Casa Rivas Cabernet Sauvignon Reserva Casa Rivas Merlot Reserva Casa Rivas Carménère Reserva Casa Rivas Carménère Gran Reserva Casa Rivas Syrah Gran Reserva Hacienda La Punta Cabernet Sauvignon

82


CHILE VALE DO ELQUI

VIÑA FALERNIA www.falernia.com

O italiano Aldo Olivier, residente no Vale do Elqui desde 1951 e produtor de frutas, inclusive uvas para a produção de pisco, fundou a Viña Falernia em 1998, com seu primo Giorgio Flessati, enólogo italiano. Nessa região semidesértica implantaram vinhedos em vários locais para aproveitar os diferentes climas, solos e altitudes. Seus Syrahs, ao estilo do Rhône, são famosos e premiados. Pioneira nessa região, a Falernia produz com exclusividade um Pedro Ximénez branco, seco, mineral e com bastante frescor, além de um Pinot Noir de grande sucesso.

Brancos Falernia Viognier Falernia Viognier 375 ml Falernia Pedro Ximénez Falernia Sauvignon Blanc Falernia Sauvignon Blanc 375 ml

Tintos Falernia Sangiovese Falernia Cabernet Sauvignon Falernia Cabernet Sauvignon 375 ml

Situado a cerca de 500 km ao norte de Santiago, na entrada do deserto de Atacama, o Vale do Elqui produzia apenas frutas e uvas para pisco até que, em 1998, as primeiras parreiras para a produção de vinhos foram plantadas. Os resultados foram muito promissores e alguns dos vinhos ganharam notoriedade. A região é árida e com alta insolação, porém irrigada, e as diferenças de temperatura entre o dia e a noite são elevadas, oferecendo condições ideais para o amadurecimento lento das uvas. Um dos destaques dessa região é a Syrah.

Falernia Carménère Falernia Carménère 375 ml Falernia Pinot Noir Falernia Pinot Noir 375 ml Falernia Syrah Falernia Syrah 375 ml Falernia Cabernet Sauvignon Reserva Falernia Carménère/Syrah Reserva Falernia Carménère Reserva Falernia Pinot Noir Reserva Falernia Syrah Reserva Falernia Dona Maria Syrah (Vale de Limarí) Falernia Number One

Doce Falernia Late Harvest Moscatel/Sémillon 500 ml

Os vinhos do Elqui apresentam intenso caráter frutado e ótima acidez, graças à influência do oceano Pacífico e das neblinas matinais, o que os torna frescos e gastronômicos. Apesar de os tintos serem os mais famosos, os brancos merecem atenção.

83


ARGENTINA MENDOZA

BENVENUTO DE LA SERNA www.benvenutodelaserna.com

Nessa extensa região semidesértica, duas sub-regiões se destacam: Luján de Cuyo, ao sul da cidade, e Vale de Uco, a cerca de 100 km, também ao sul, de exploração mais recente e clima ligeiramente mais frio. Ambas se encontram no sopé da cordilheira dos Andes, com vinhedos entre 800 e 1.200 metros de altitude. A estrela é a Malbec, mas são cultivadas Bonarda, Cabernet Sauvignon, Merlot, Syrah, Tempranillo, Tannat, Sangiovese, Petit Verdot, Pinot Noir e Cabernet Franc, além das brancas Chardonnay, Sauvignon Blanc, Sémillon e Viognier.

Fundada em 1999, a Benvenuto de la Serna é conduzida por Silvio Benvenuto, Marcela de la Serna e os três filhos do casal. A vinícola se encontra a oeste de Vista Flores, no Vale de Uco, a região mais promissora de Mendoza, aos pés da cordilheira dos Andes e a 1.000 metros de altitude. Seus vinhos são surpreendentes, desde os mais simples até o top Trisagio, estruturado e elegante, que combina Malbec, Petit Verdot e Tannat em iguais proporções.

Branco Mil Piedras Viognier

Rosé Mil Piedras Rosé

Tintos Mil Piedras Sangiovese Mil Piedras Merlot Mil Piedras Malbec Mil Piedras Cabernet Sauvignon Benvenuto de La Serna Malbec/Merlot Trisagio Malbec/Petit Verdot/Tannat

Os vinhos dessa ensolarada região são frutados, de acidez moderada, taninos aveludados e teor alcoólico elevado. Na região mais fria do Vale de Uco, tem-se destacado a Cabernet Franc, com vinhos frescos e elegantes.

84


BODEGAS FABRE www.bodegasfabre.com

Essa vinícola pertence ao casal francês Diane e Hervé Joyaux Fabre e é reconhecida pela elegância de seus vinhos. Nascido em Bordeaux, Hervé foi para Mendoza em 1992 e se encantou com a Malbec argentina. Adquiriu vinhedos antigos (1908) dessa variedade e de outras uvas francesas e construiu uma vinícola em Vistalba, Luján de Cuyo, a 1.150 metros de altitude, junto aos primeiros 15 ha de Malbec adquiridos. O Grand Vin é considerado um dos melhores tintos da Argentina. A Fabre produz vinhos também na Patagônia.

Brancos Temporada Chardonnay Fabre Montmayou Reserva Chardonnay Fabre Montmayou Reserva Chardonnay 375 ml

Tintos Temporada Malbec Temporada Cabernet Sauvignon Fabre Montmayou Reserva Cabernet Franc Fabre Montmayou Reserva Cabernet Sauvignon Fabre Montmayou Reserva Malbec Fabre Montmayou Reserva Malbec 375 ml Fabre Montmayou Reserva Merlot Fabre Montmayou Gran Reserva Cabernet Sauvignon Fabre Montmayou Gran Reserva Malbec Fabre Montmayou Gran Reserva Malbec Magnum Fabre Montmayou Grand Vin

85


REVANCHA

(ROBERTO DE LA MOTA) www.revanchavinos.com

Projeto assinado por um dos ícones da vitivinicultura argentina, o enólogo e produtor Roberto de la Mota, o Revancha foi inspirado no jogo de xadrez. De la Mota sofreu um grave acidente de carro em 2007 e quase perdeu a vida: “Quando a vida ganha de nós uma partida, os perdedores perdem, os otimistas aprendem e analisam, decidem jogar uma ‘Revancha’... Estes grandes vinhos, pensados com as melhores peças de Mendoza, convidam a descobrir uma forma nova de ver a vida”. Seu filho, o agrônomo Rodrigo de la Mota, também conduz esse projeto.

Tintos Revancha Malbec La Primera Revancha Malbec La Gran Revancha Blend

86


Patricio e Pedro Santos

RICARDO SANTOS

TERCOS

www.ricardosantos.com

www.tercos.com.ar

Considerado uma lenda viva na viticultura argentina, Ricardo Santos foi o primeiro a exportar Malbec para os Estados Unidos, em 1972, quando sua família era proprietária da Bodega Norton. Depois da venda dessa empresa, aposentou-se, mas voltou ao cenário vinícola para produzir o reconhecido Malbec de Ricardo Santos. Mais tarde estendeu a linha para Cabernet Sauvignon e Sémillon. Seus filhos, Patricio Santos (enólogo) e Pedro Santos, proprietários da Tercos, dão sequência ao trabalho do pai.

Pedro e Patricio Santos (enólogo), filhos de Ricardo Santos, seguiram os passos do pai e fundaram em 2005 a Tercos (que significa “cabeça dura, teimoso”). Os dois fazem parte da nova geração de produtores da Argentina, que vêm se destacando no cenário vitivinícola daquele país. Além de Malbec, produzem vinhos com Bonarda e Sangiovese, sem madeira, gastronômicos e de preços bem acessíveis. Produzem ainda, em Salta, um Torrontés fresco e elegante. A Tercos está localizada em Maipú, a 20 km ao sul de Mendoza.

Branco

Branco

Ricardo Santos Sémillon

Tercos Torrontés – Salta

Tintos

Tintos

Ricardo Santos Cabernet Sauvignon

Tercos Bonarda

El Malbec de Ricardo Santos

Tercos Malbec

El Gran Malbec de Ricardo Santos

Tercos Sangiovese

87


ARGENTINA PATAGÔNIA (RIO NEGRO)

BODEGAS FABRE www.bodegasfabre.com

Região vinícola relativamente nova e a mais austral da Argentina, a Patagônia começa a despertar o interesse no cenário vitivinícola mundial e já conta com alguns produtores de referência, principalmente na região do alto rio Negro. Situada a cerca de 1.600 km ao sul de Mendoza, tem clima fresco, solos aluviais pouco férteis e baixas precipitações, com longas horas de sol e noites bastante frias, favorecendo o lento amadurecimento das uvas e proporcionando maior concentração de aromas e sabores, com elegância e frescor.

Nessa região, predominam as variedades tintas como Malbec, Merlot, Cabernet Sauvignon, Syrah e Pinot Noir. Os vinhos, em geral, são mais frescos e com maior acidez dos que os produzidos em Mendoza, o que os torna bastante gastronômicos.

88

Após investir em Mendoza, o proprietário e diretor da Fabre, Hervé Joyaux Fabre (com a esposa, Diane, na foto), reconheceu as excelentes condições para produzir vinhos de classe também na Patagônia. Adquiriu vinhedos e vinícola no vale do alto rio Negro e começou a produzir com sucesso vinhos de personalidade própria, diferentes dos elaborados em Mendoza. Os cuidados são os mesmos: colheita manual após rigoroso controle do amadurecimento das uvas, seleção de fruta e uso de tecnologia de ponta.

Tintos Fabre Montmayou Barrel Selection Cabernet Sauvignon Fabre Montmayou Barrel Selection Malbec Fabre Montmayou Gran Reserva Merlot


URUGUAI CANELONES

Reinaldo De Lucca com a filha Agostina

BODEGA DE LUCCA www.deluccawines.com

A cerca de 50 km de Montevidéu, Canelones é a maior, a mais tradicional e a mais prestigiosa região produtora de vinhos do país, com vinícolas familiares de pequeno e de médio porte. Existem grandes variações entre as safras, o que traz maior diversidade, mas em compensação exige maior cuidado na escolha do produtor. O Uruguai tem se destacado pelo Tannat, com taninos bastante presentes, combinados com o caráter frutado intenso, o que o torna único no nosso continente. O Merlot também tem muita classe, enquanto as variedades brancas podem surpreender.

A família De Lucca chegou ao Uruguai, vinda da Itália, no início do século XX e começou a cultivar vinhas na região de El Colorado. Reinaldo De Lucca faz parte da terceira geração de viticultores e hoje é auxiliado por uma de suas filhas, Agostina, que cuida da área comercial. Graduado na Universidade de Montevidéu, no Uruguai, pós-graduado na Penn State University, nos EUA, e com doutorado em Montpellier, na França, De Lucca produz vinhos elegantes, vivos e originais. O Río Colorado, um vinho no estilo do Velho Mundo, é considerado um dos melhores tintos do Uruguai.

Brancos De Lucca Sauvignon Blanc Reserva De Lucca Chardonnay Reserva De Lucca Marsanne Reserva

Tintos De Lucca Tannat/Merlot Reserva De Lucca Merlot Reserva De Lucca Pinot Negro De Lucca Syrah Reserva Finca Antonella De Lucca Syrah Reserva Finca Antonella 500 ml De Lucca Tannat Reserva De Lucca Tannat Reserva 500 ml De Lucca Libero Tannat Reserva

Os vinhos produzidos no Uruguai são os que apresentam maior semelhança com os do Velho Mundo, tanto na elegância quanto na facilidade para a harmonização. Os Tannats e Merlots são ótimos para acompanhar carnes bovinas e de cordeiro.

De Lucca Cabernet Sauvignon Reserva De Lucca Río Colorado

89


90


91


92


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.