Clipping DSOP Setembro 2016

Page 153

153 Apesar do cenário pouco animador, é possível aproveitar o momento ruim para a economia do País e sair mais fortalecido desse período. Como? O primeiro passo é buscar informações de educação financeira para o planejamento e a adequação do orçamento da família para curto, médio e longo prazo. Pode parecer “milagre”, mas não é. Quando fazemos uma organização da economia da casa mensalmente, torna-se possível fechar as contas e, também, conquistar objetivos de forma sustentável (mesmo em tempos de crise), segundo especialistas. Quer saber o que você pode fazer para ter um orçamento saudável e, ainda, ter dinheiro para realizar seus sonhos? Então, fique ligado nas dicas da DSOP Educação Financeira e do presidente da Associação Brasileira de Educação Financeira (Abefin), autor do best-seller Terapia Financeira, Reinaldo Domingos. 1. Diagnóstico financeiro Nada funcionará se você não souber, antes de tudo, qual é a renda total da casa (se você é sozinho, se tem mais algum provedor… Coloque tudo no papel). Também é essencial compreender de que forma o dinheiro é gasto. Portanto, o primeiro passo a se tomar é fazer um diagnóstico financeiro, que funcionará como uma reflexão sobre onde está gastando, quais despesas pode reduzir ou eliminar, o que é mais urgente etc. Segundo os especialistas consultados, o indicado é anotar por, pelo menos, 30 dias (se tiver renda fixa) ou 90 dias (renda variável) todos os gastos, incluindo os pequenos, como as guloseimas, o cafezinho, as gorjetas. Seja preciso. Depois que você fizer esse raio-X, poderá tomar os próximos passos para a organização financeira da casa. 2. De olho nas dívidas É, não tem jeito. É preciso encarar as dívidas e tentar se livrar de todas elas. Você pode pensar que no momento de crise seja quase impossível lidar com o endividamento, mas o fato é que os credores também estão mais interessados em resolver esses problemas nas horas de dificuldade, apresentando melhores condições de pagamento/negociações. Mas, para esse problema, a orientação dos especialistas é que você foque – principalmente – nas causas das dívidas, do descontrole e tente resolver esse grande problema. Ou seja, que adeque seu padrão de vida a sua realidade, cortando gastos. Aliás, muitas pessoas dizem que “não tem como cortar gastos”, contudo isso não é verdade. Você sabia que, em média, 25% dos nossos gastos são com supérfluos? Se você se disciplinar, anotando tudo que gasta, perceberá que há, sim, maneiras de diminuir custos. Com essa ação, você ganhará fôlego e, dessa maneira, poderá assumir o compromisso de pagamento das dívidas. Se não se livrar dessa dificuldade de forma emergencial, pode ter certeza que a alta dos juros prejudicará a sua saúde financeira no futuro. 3. Formato de orçamento Um erro comum é pensar que orçamento financeiro familiar consiste em registrar o que se ganha e subtrair o que se gasta e, caso sobre dinheiro, será lucro, mas, se faltar, é prejuízo. Na verdade, a forma correta, segundo os especialistas consultados, consiste em, primeiramente, elaborar o registro de todas as receitas mensais, separando os valores predefinidos para os projetos e sonhos da família e, somente com o restante, adequar os gastos da família. Isso forçará um ajuste do padrão de vida de todos em direção às conquistas financeiras. De maneira mais didática: a conta não deve ser apenas de Ganhos (-) Despesas = Lucro/Prejuízo. É preciso estabelecer a seguinte forma: Ganhos (-) Sonhos (-) Despesas. Isso porque, dessa maneira, não será preciso esperar que sobre ou falte dinheiro para pensar nos sonhos, pelo contrário, essa conta força a poupança em primeiro lugar, priorizando os objetivos frente ao consumo.


Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.