Saude e Luta 35

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Saúde & Luta

ESPECIAL FRANCA

sinsaúde FRANCA E REGIÃO

Nº 35 - Ano XXI - Junho 2017

ÓRGÃO INFORMATIVO DA FEDERAÇÃO DOS EMPREGADOS EM ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE DO ESTADO DE SÃO PAULO

VITÓRIA

Federação Paulista da Saúde dá apoio às negociações e Sinsaúde Franca encerra a campanha salarial com garantia de cesta básica, aumento real de salário e manutenção de direitos

O

s trabalhadores da saúde representados pelo Sinsaúde Franca, que engloba as cidades de Guará, Ituverava, Ipuã, Miguelópolis, Patrocínio Paulista, Pedregulho, Igarapava e Franca têm muito para comemorar com os resultados da campanha salarial deste ano. Fortalecido com o apoio dado pela Federação Paulista da Saúde, que representa mais de 700 mil trabalhadores da saúde no Estado de São Paulo, a entidade sindical negociou com os sindicatos patronais. Foi assim que conseguiu assinar três Convenções Coletivas de Trabalho (CCTs) – Sindhosp, Sinamge e Sindhosfil –, que atendem a mais de 4 mil trabalhadores na região de Franca. “O acordo assinado com os sindicatos patronais garantem um benefício de relevância para os profissionais de saúde: a conquista da cesta básica de alimentos, o que representa um aumento real, em média, de 5% nos salários dos trabalhadores da saúde”, comemora a presidente do Sinsaúde Franca, Elaine da Silva Amaral. A cesta básica em Franca é o primeiro passo para demais conquistas. Este benefício será fundamental para ajudar no sustento das famílias da saúde e faz parte de um rol de 96 reivindicações que integram a Pauta Unificada do Estado que foi encaminhada ao setor patronal. “Tivemos outras conquistas, mas o Sindicato e os trabalhadores, com o apoio da Federação, ainda irá lutar por mais. O processo só começou”, destaca o presidente da Federação Paulista da Saúde, Edison Laércio de Oliveira. Além dessa conquista, as

convenções garantem reajuste salarial que repõe a inflação, mantêm os benefícios conquistados em outras campanhas e vigoram de 1º março de 2017 até 28 de fevereiro de 2018. Além de outros direitos, destaque também para o adicional de insalubridade, que, graças aos esforços do Sindicato e da Federação, continuará sendo um importante benefício para complementar a renda do trabalhador. Elaine Amaral destaca que a participação da Federação nas negociações foi fundamental para a vitória em Franca. “O setor patronal tentava de todas as formas impedir este avanço, mas a categoria da saúde mostrou a sua força mais uma vez e conquistou um benefício que há muito tempo reivindicava. Foi uma campanha histórica e vitoriosa para milhares de profissionais de saúde”, ressalta Elaine. “A pauta unificada em todo o Estado é fruto da participação fundamental da Federação em todas as negociações. Vamos continuar com esta parceria sempre muito importante para os trabalhadores da saúde”, diz Luiz Vergara, vice-presidente do Sinsaúde Franca. O presidente Edison reforça que a luta por mais qualidade de vida para os trabalhadores da saúde está longe de terminar. “Além das reivindicações para a próxima campanha salarial, é essencial a mobilização dos trabalhadores junto ao Sindicato para garantir avanços, denunciar eventuais abusos e fiscalizar se o setor patronal cumpre o que foi assinado na convenção”, diz Edison. “Os trabalhos estão apenas começando. Os profissionais da saúde devem continuar atentos com a administração dos hospitais, unir-se ao Sindicato e lutar para que seus direitos estejam protegidos”, finaliza Elaine da Silva Amaral.


Saúde & Luta Saúde & Luta é uma publicação de responsabilidade da Federação dos Trabalhadores da Saúde do Estado de São Paulo. Rua Paula Nery, 533 - Aclimação - SP Fone: 55 (11) 5575-7427 www.federacaodasaude.org.br Regional Campinas - Rua Conceição, 233, 17º andar, sala 1.701 - Centro CEP 13010-916 - Fone: 55 (19) 3397-0993 e-mail: presidente@federacaodasaude.org.br / financeiro@ federacaodasaude.org.br Filiado a

Diretoria Efetiva Edison Laércio de Oliveira - presidente Paulo Pimentel - 1 º vice-presidente Erivelto Corrêa Araújo - 2 º vice-presidente Mychelle Nascimento Francisco - diretora de Relações Públicas Elaine da Silva Amaral - secretária-geral Edna Alves - 1 ª secretária João do Nascimento Carvalho - 2 º secretário Valdeir Magri - tesoureiro-geral Aristides Agrelli Filho - 1 º tesoureiro Alexandre Ferreira Corte - 2 º tesoureiro Sérgio Roberto Balduíno da Silva - diretor de Assuntos da Previdência Social Maria das Graças Artur Machado - diretora de Recursos Humanos Paulo Roberto Gondim Richieri - diretorprocurador Leide Mengatti - diretora de Relações Intersindicais Carlos José Gonçalves - diretor de Legislação e Normas Luiz Carlos Vergara Pereira - diretor de Imprensa e Divulgação Maria Hermann - diretora cultural Milton Carlos Sanches - diretor de Assuntos Parlamentares Vera Lúcia Salvádio Pimentel - diretora arquivista Maria Jerusa de Abreu - diretora de Sede e Patrimônio Diretoria - Suplente Maria Helena Anunciação de Souza, Marcelo Alexandre Câncio dos Santos, Anselmo Eduardo Bianco, Sofia Claudete Rodrigues Borges, Maria Ivanilde de Araújo Almeida, Florivaldo Pereira de Almeida, Maria Cecília da Silva, Maria do Carmo de Oliveira, Arnaldo Batista de Almeida, Marcos Paulo Jordano, Carlos José Suzano da Silva, José Monteiro dos Santos, Susana Chiarelli dos Santos, Marly Alves Coelho, Ana Ferreira da Silva, Shirley Cristina dos Santos Bertin, Elidalva da Silva Lima, Martinho Luiz dos Santos Dias, Taís Aparecida Jacon Matheus e Vera Lúcia Andrade de Oliveira Conselho Fiscal - Efetivo Elizabete Antonia Bertin Rozeléia Barbosa dos Santos Lierse Christovam de Almeida Conselho Fiscal - Suplente Sofia Rodrigues do Nascimento, Natalício Valério da Silva e Francisco Sálvio de Almeida Delegados representantes na CNTS Efetivos Marta Alves de Carvalho e Paulo Cesar Pereira Richieri Delegados representantes na CNTS Suplentes Ivone Carrocini e Sebastião Aparecido Matias Pro­du­ção: DOMMA Editora de Publicações Site: www.domma.com.br E-mail: domma@domma.com.br Fone (19) 3233-0317 Jornalista res­ponsável: Sirlene No­guei­ra (Mtb 15.114) Re­da­ção: Henrique Rodrigues (Mtb 76.818) e Vera Bison (Mtb12.391) Revisão: Vera Bison Editoração: Felipe Teixeira Tiragem: 2 mil exemplares Gráfica: Rip

Editorial

Papel da Federação é contribuir para fortalecer os sindicatos e os profissionais da saúde

A

Federação dos Trabalhadores da Saúde do Estado de São Paulo representa mais de 700 mil profissionais do setor. Ela tem como prerrogativa contribuir com os sindicatos a ela filiados para a evolução dos trabalhadores. Nosso foco é a humanização do tratamento dado aos profissionais na área da saúde, pois entendemos que funcionário bem tratado é capaz de desenvolver um trabalho mais qualificado. Esta edição do ‘Saúde & Luta’ está destinada especialmente para a base sindical de Franca, uma região muito importante para a economia do Estado de São Paulo por sua indústria de calçados, que responde por boa parte da produção nacional e é voltada em grande parte para a exportação. Graças à luta do Sindicato da Saúde, que representa os profissionais da saúde daquela região e a participação da Federação nas negociações coletivas, os trabalhadores podem comemorar a conquista da cesta básica para a categoria. Esse benefício já era uma conquista dos trabalhadores da saúde do Estado de São Paulo, à exceção da região de Franca. Mas

agora chegou a vez dos profissionais da saúde usufruírem deste benefício que leva para a mesa do trabalhador um importante complemento para a subsistência familiar. Ainda falta muito para o ideal, mas grandes distâncias se conquistam a cada passo. É isso que fizemos. Começamos a trilhar o caminho que, confiamos, vai nos levar à conquista do que acreditamos seja justo para os profissionais da saúde. Estamos renovando e de certa maneira nos reinventando, já que somos sindicalistas experientes, para atingir os objetivos que sempre nos nortearam: mudar o perfil da saúde no Brasil, mas partindo da base, que são os trabalhadores que prestam o atendimento à população. Por isso, se você, que está lendo, é profissional da saúde, quero lembrar que a união dos trabalhadores com o movimento sindical é fundamental para os resultados deste projeto que não é novo, mas se renova ano após ano. Sem esta mobilização, um caminho a ser percorrido pode levar dez vezes mais tempo quando os dirigentes sindicais o percorrem sozinhos. É importante que reflitam sobre esta questão.

Essa campanha que chamamos de unificada, na medida em que acontece em mais 10 bases sindicais do Estado, só cresce e floresce com você, com sua participação. Caso contrário avança, mas em passos mais lentos. Podemos afirmar que a luta por qualidade de vida e mais dignidade aos trabalhadores da saúde também é incompatível com o desmonte do movimento sindical, proposta na reforma trabalhista, criada pelo presidente da República e apoiada por muitos parlamentares, deputados e senadores. Enfim, a vitória em Franca, ainda que não ideal, é mais uma prova da importância dos sindicatos na vida dos trabalhadores. A luta agora é por mais conquistas e para isso não vamos permitir retrocessos para a categoria da saúde, um setor prioritário da sociedade.

Edison Laércio de Oliveira, presidente da Federação dos Trabalhadores da Saúde do Estado de São Paulo

A união é a única arma para conquistar mais Trabalhar no movimento sindical no Brasil não é a uma tarefa fácil, principalmente quando atuamos em um setor tão essencial para a sociedade, como é a saúde. Os profissionais da saúde são fundamentais para o atendimento da população e foi com este pensamento que o Sindicato da Saúde de Franca se mobilizou para conquistar mais qualidade de vida para os trabalhadores. Em alguns estabelecimentos já havíamos avançado no tíquete-alimentação, o que foi um importante progresso. Mas foi com a participação sempre fundamental da Federação Paulista da Saúde que conquistamos a cesta básica para os profissionais de Franca, a única região do Estado de São Paulo que ainda não tinha o benefício, dada à resistência do setor patronal em conceder. Esta conquista só foi possível

graças à união dos trabalhadores com o movimento sindical. Uma união que avança por todo o Estado de São Paulo. Sem o esforço da diretoria sindical, os profissionais de saúde ficariam mais um ano sem ter o direito à cesta básica, que beneficia fortemente o sustento das famílias. Entretanto, a luta ainda não acabou em Franca. Além de nos prepararmos para a campanha salarial do ano que vem, quando teremos importantes reivindicações porque lutar, os trabalhadores devem fiscalizar os patrões para se certificar de que estão cumprindo o que foi assinado na Convenção Coletiva de Trabalho, na qual garante não só a cesta, mas também reajuste salarial, adicional noturno, jornada especial de trabalho, adicional de insalubridade, dentre outros direitos

essenciais a uma boa qualidade de vida e trabalho. Nesta campanha contamos com o importante reforço da Federação Paulista da Saúde, que esteve presente em todas as negociações coletivas e promove ainda mais um espaço de debates e conquistas no setor da saúde. Para o cumprimento do que foi conquistado, contamos com você, companheiro e colega da saúde. Faça por merecer os pequenos e grandes avanços feitos em seu nome.

Elaine da Silva Amaral, presidente do Sindicato da Saúde de Franca

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Com trabalho e dedicação, o resultado aparece

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uando as pessoas caminham na mesma direção e com os mesmos objetivos, o resultado aparece. Foi o que fizeram os diretores do Sinsaúde Franca e Região durante a campanha salarial. Com a assinatura das convenções Sindhosp, Sindhosfil e Sinamge, os trabalhadores da saúde tiveram 4,69% de aumen-

to nos salários, que, no mínimo, repõe as perdas do período de fevereiro de 2016 a março de 2018. A exceção foi o Sinamge que concedeu 5%. Por outro lado, se contar com a conquista da cesta básica que, em média, representa 5% na renda do trabalhador, o resultado foi positivo, com aumento real de salários.

Aumento de salário e pisos evoluem

Cesta básica agora é realidade

Tendo como referência o piso estadual paulista, na região de Franca todos os pisos dos trabalhadores da saúde ficaram acima dos R$ 1.094,50, estabelecidos pelo governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, no início do ano. Esta é mais uma conquista do Sinsaúde Franca, se levar em conta que o salário mínimo nacional é de R$ 937,00. Por isso é muito importante a mobilização da categoria junto com o Sindicato num momento de dissídio coletivo para garantir conquistas. É uma luta que está apenas começando e se você, trabalhador da saúde, quer ver evolução de benefícios para uma categoria tão essencial, que é a da área da saúde, una-se ao Sinsaúde Franca e lute que a vitória aparece.

Depois de anos revindicando a cesta de alimentos, os trabalhadores da saúde da região de Franca podem se sentir vitoriosos. O Sinsaúde Franca, com o apoio da Federação Paulista da Saúde, conquistou a cesta básica de alimentos, que garante um reajuste real nos salários de, no mínimo 5%. Foi uma vitória. É o primeiro ano que os trabalhadores das Santas Casas vão receber o tão esperado benefício. Sinamge

PISOS SALARIAIS

Sindhosfil

10 kg de arroz agulhinha tipo 1

02 kg de açúcar cristal

02 kg de feijão carioquinha

07 kg de arroz tipo 1

04 lts de óleo de soja (990 ml)

120 g de biscoito recheado

02 pct de macarrão com ovos de 500 g

500 g de café

05 kg de açúcar refinado

190 g de extrato de tomate

02 pct de café torrado e moído de 500 g

500 g de farinha de mandioca

Sindhosp

Sindhosfil

Sinamge

Apoio R$ 1.095,00

Apoio (220h) R$ 1.095,00

Apoio R$ 1.100,00

01 kg de sal refinado

1 kg de farinha de trigo

Administração R$ 1.097,00

Administração (220h) R$ 1.097,00

Administração R$ 1.120,00

1/2 kg de farinha de mandioca

1 kg de feijão carioca

Auxiliar de enfermagem R$ 1.160,00

Auxiliar de enfermagem (180h) R$ 1.154,00

Auxiliar de enfermagem R$ 1.185,00

1/2 kg de fubá mimoso

500 g de fubá mimoso

02 lts de massa de tomate 140 g cada

30 g de gelatina

Técnico de enfermagem R$ 1.260,00

Técnico de enfermagem (180) R$ 1.257,00

Técnico de enfermagem R$ 1.291,00

02 pcts de biscoito doce de 200 g

500 g de macarrão especial com ovos

01 kg de farinha de trigo

900 ml de óleo de soja

02 lts de leite em pó

1 kg de sal refinado

01 tubo de creme dental de 50 g

500 g de goiabada

05 um de sabonete de 50 g cada 01 cx de embalagem de papelão A cesta pode ser trocada por tíquete-cesta ou vale-compra

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A cesta pode ser trocada por vale-alimentação no valor de R$ 60,00

Sindhosp A diretoria do Sinsaúde Franca garantiu para os trabalhadores que atuam em empresas representadas pelo Sindhosp uma cesta básica em produtos (a relação dos produtos está em estudos) no valor de R$ 60,00. Este valor pode ser convertido em vale-cesta para o trabalhador usar onde e como ele quiser.


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Não entre em conversa fiada! Manter o sindicato em pé só interessa aos trabalhadores

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ocê acabou de ter aumento salarial que cobriu todas as perdas do último ano. Viu também os pisos salariais avançarem e, em alguns casos, até acima da inflação. Ganhou uma cesta básica que não tinha e que representa no mínimo 5% de aumento real no seu salário. Ganhou mais. Jornada especial de trabalho, adicional noturno e de horas extras, adicional de insalubridade e mais tantos outros benefícios. Estes e mais tantos outros benefícios você garantiu porque o Sinsaúde Franca e Região, com o apoio da Federação Paulista da Saúde, negociou e garantiu tudo isso para você e para mais 4 mil trabalhadores da região que são representados pela entidade. Você pode até dizer que muitos destes direitos você já tinha, mas aí é que você se engana. Os direitos dos trabalhadores da saúde de Franca deixaram de ter validade em 30 de abril, quando expirou a assinatura das Convenções Coletivas de Trabalho. E a diretoria do Sinsaúde precisou então renegociar a manutenção de tudo e ainda batalhar para avançar e melhorar ainda mais as condições de salários e trabalho para a categoria. E conseguiu. Cumpriu com sua missão de representar os trabalhadores. Foram três meses de negociações com os sindicatos patronais. Isto tem custo e os recursos para este trabalho vêm dos próprios trabalhadores que contribuem com

o Sindicato. Sem isto, seria o ‘cada um por si e Deus por todos’, até porque os patrões não têm obrigação de dar nada. E para que esta ação, em prol do trabalhador possa seguir em frente, os profissionais da saúde precisam continuar a dar a sua contribuição para Diretoria do Sinsaúde Franca e o presidente da Federação, Edison Laércio de Oliveira custear as despesas do Sindicato que Então, quando alguém vier com conversa fiada, dizeno representa. Esta taxa é de apenas 6% no ano (2% do que Sindicato não vale nada e que você deve fazer em três vezes), a metade do que hospitais, clínicas e laboratórios contribuem com o sindicato patronal que carta de oposição, pode dizer ao sujeito que você não é ignorante. É um trabalhador consciente que sabe dar o representa. Cada estabelecimento paga 12% ao seu valor ao trabalho feito pelo seu Sindicato, o Sinsaúde representante legal. O que o sindicato patronal faz? Em princípio, o mes- de Franca e Região. mo que o Sindicato dos Trabalhadores, no caso, nós do Os patrões fazem a parte deles. Nós temos que fazer a Sinsaúde de Franca. A única diferença é que enquanto nossa. E bem-feito. Porque se formos unidos, ninguém cai. nós lutamos para que vocês, trabalhadores, tenham melhores salários e condições de trabalho, eles (os sinA diretoria dicatos patronais) batalham para que a empresa onde Sinsaúde Franca e Região você trabalha pague menos e tenha menos custos.

Para garantir a saúde do trabalhador, NR-32 deve ser cumprida Material de trabalho – imprescindível para que os profissionais possam executar suas tarefas com qualidade. Não pode faltar.

Seja qual for a convenção assinada, consta de suas cláusulas itens que os empregadores de saúde são obrigados a manter em seu estabelecimento, conforme determina a NR32. A norma que está em vigor desde novembro de 2005, tem por finalidade estabelecer diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde do trabalhador em ambientes hospitalares.

Vestiários – os funcionários precisam de vestiário com armários individuais para que possam trocar de roupa e colocar o uniforme ou o jaleco para evitar riscos de contaminação trazidos das ruas. Todos esses itens são obrigações do estabelecimento de saúde, conforme determina a NR-32.

Uniformes e equipamentos de proteção individual (EPIs) – a partir da exigência do uso de uniformes, fica sob a responsabilidade do empregador de fornecer gratuitamente aos funcionários. Quanto aos EPIs também é dever do empregador de colocar à disposição e em número suficiente nos postos de trabalho, descartáveis ou não, e garantir o imediato fornecimento ou reposição.

Sala de descanso – não menos importante é a sala de descanso para os trabalhadores repousarem durante a intrajornada; um local que reúna condições para atender dignamente os funcionários em seu horário de descanso. É uma medida que possibilita ao profissional desfrutar de momentos de descontração e retornar ao trabalho descansado e mais motivado.

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Conquistas de outras campanhas são mantidas Além da cesta básica, muitos outros benefícios estão garantidos com a assinatura das Convenções Coletivas de Trabalho e para que o sindicato continue lutando pela categoria também foi negociada uma taxa que será revertida ao

sindicato pelo trabalho nas negociações salariais. Confira o que cada convenção estabelece, graças aos esforços dos diretores sindicais durante a campanha salarial na região.

Sindhosp

Sindhosfil

Sinamge

Pelo Sindhosp, os trabalhadores da saúde têm a reposição da inflação, isto é, 4,69% de reajuste nos salários a contar de julho/2016.

Pelo Sindhosfil, os trabalhadores também terão a reposição da inflação (4,69%), cujo índice incidirá sobre os salários de fevereiro/2017.

Com a assinatura da convenção Sinamge, os trabalhadores têm reajuste salarial de 5% a incidir sobre os salários de fevereiro/2017.

Adicional noturno

Para compensar o prejuízo de se trabalhar à noite, os trabalhadores terão um adicional de 45% sobre a hora normal trabalhada no período das 22 às 5 horas.

Uma forma de compensar o desgaste de se trabalhar à noite, que é bem maior que trabalhar durante o dia, o funcionário terá um adicional de 35% sobre a hora normal no período das 22 às 7 horas. Mais uma conquista do Sinsaúde Franca, estendendo o horário até as 7 horas, quando na maioria dos hospitais vai somente até a 5 horas.

O Sindicato conquistou o que estabelece a Súmula 60 do Tribunal Superior do Trabalho (TST) quanto ao adicional noturno ser até o final da jornada. Isto é, quem trabalha à noite terá um adicional de 45% sobre a hora normal até o fim da jornada e não até as 5 horas, como acontece na maioria dos hospitais.

Adicional de insalubridade

Todo trabalhador que está exposto a condições insalubres receberão um adicional de 10%, 20% ou 30%, dependendo do grau de nocividade do setor, que incidirá sobre o piso estadual paulista, isto é, sobre R$ 1.094,50. O que garante um ganho a mais para o trabalhador, visto que a lei garante o adicional sobre o salário mínimo nacional (R$ 937,00).

Também foi uma conquista do Sindicato a incidência do adicional de insalubridade em que a lei garante que seja sobre o salário mínimo nacional (R$ 937,00) e a entidade sindical negociou sobre o salário de R$ 955,00. O funcionário que trabalha em área insalubre terá direito ao acréscimo de 10%, 20% ou 30% nos salários, dependendo do grau de nocividade a que está exposto, de acordo com laudo pericial técnico.

Hora extra

As horas trabalhadas além da jornada receberão 100% sobre a hora normal, lembrando que elas podem ser compensadas no dia seguinte ou ir para o banco de horas, mas não devem ultrapassar seis meses para a devida compensação.

As horas extras, tão importantes para aumentar a renda do trabalhador, serão pagas com 100% sobre a hora normal. Estas horas poderão ir para o banco de horas, cujas regras são estabelecidas pelo sindicato da categoria.

Quanto às horas extras são um ganho a mais para o trabalhador. Elas serão de 100% sobre a hora normal e não pode ir para o banco de horas, portanto, o funcionário deverá compensar no dia seguinte ou receber como extra.

Jornada de trabalho

Também ficam asseguradas as jornadas de 12x36 com duas folgas, incluindo os feriados e com uma hora de intervalo para refeição; seis horas diárias com cinco folgas ou oito horas diárias com sábados e domingos livres.

Para o setor de enfermagem a jornada será de 12x36 com duas folgas mensais já incluídos os feriados e uma hora para refeição; seis horas diárias com cinco folgas mensais, já incluídos os feriados. Para os demais setores, as jornadas de seis horas ou 12x36 ficam garantidas em estabelecimentos onde já estão sendo praticadas.

A jornada 12x36 com uma hora de refeição não poderá ultrapassar o limite de 13 plantões noturno e 14 diurnos; oito horas diárias com sábados e domingos livres; seis horas diárias com cinco folgas mensais já incluídos os feriados.

Taxa negocial

Para continuar lutando por conquistas, também foi negociada uma taxa de 5% que será descontada dos trabalhadores em 10 parcelas de 0,5% a título de contribuição para o sindicato da categoria nas negociações coletivas.

Reajuste salarial

Atraso de salários

sinsaúde FRANCA E REGIÃO

Também foi negociada uma taxa de 6%, que será descontada do trabalhador em 12 parcelas de 0,5%, a qual será revertida ao sindicato da categoria a título de participação nas negociações coletivas. Para que o trabalhador não seja prejudicado com atraso de pagamento, fica estabelecido que quando isto acontecer, o empregador pagará multa equivalente ao salário-dia do funcionário, a qual será revertida em favor do próprio trabalhador.

Confira esses e muitos outros benefícios conquistados no site www.sinsaudefranca.org.br 5


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Sócio do Sinsaúde de Franca tem vantagens para aquisição de casas populares. Não perca a chance!

T

odo mundo tem o sonho de comprar o próprio imóvel ou construir, mas às vezes é difícil de realizar. Não é fácil tirar a meta do papel. Conseguir comprar a casa própria ou construir é um passo importante para estabilidade e tranquilidade da família. Este sonho pode estar bem perto dos trabalhadores da saúde de Franca e região. O Sindicato da Saúde fez convênio com a iniciativa privada e está oferecendo aos trabalhadores a oportunidade de ter sua casa própria. São 300 casas de dois e três dormitórios em condomínio fechado. Para participar desse projeto, o trabalhador da saúde tem que ser sindicalizado, ter renda familiar mínima de R$ 1.500,00 e ir até o Sindicato ou procurar o diretor no seu hospital para fazer o cadastro, munidos de cópias do RG e comprovante de endereço (conta de água, luz, telefone), além de

comprovante atualizado de renda familiar de, no mínimo, R$ 1.500,00. “Em sendo aprovado, o cadastro já fica inserido no plano habitacional e o trabalhador da saúde já pode se considerar proprietário de seu imóvel, porque ele não participará de sorteio, já tem a casa garantida e a opção de escolha na planta”, explica Elaine Amaral, presidente do Sindicato da Saúde Franca e Região. O vice-presidente do Vergara Sindicato da Saúde de Franca, Luiz Carlos Vergara, informa que o projeto de construção das casas começa daqui a dois meses, isto é, em agosto deste ano e tem previsão de entrega em 18 meses. “É mais uma ação nossa para propiciar tranquilidade aos trabalhadores da saúde e sua família”, diz o sindicalista.

O que fazer para garantir o sonho da casa própria? Para participar do plano habitacional é necessário comparecer à sede do Sinsaúde Franca ou procurar o diretor sindical no seu hospital para fazer o cadastro, Para isso, tenha em mãos cópias do RG e de comprovante de endereço (conta de água, luz, telefone), além de comprovante atualizado de renda familiar de, no mínimo, R$ 1.500,00. Mais informações pelo telefone (16) 3721-4855.

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