Bitcoin A Moeda do Futuro?

BITCOIN A Moeda do Futuro?

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O Glossário da Bitcoin ATM

Sigla de Automated Teller Machine, que significa caixa eletrônico. No caso da bitcoin, é chamado de BTM e permite que os usuários façam compra e venda de bitcoins, utilizando dinheiro físico ou cartões de débito.

B2B

Sigla de “Business to business” ou “empresa para empresa”.

Quando se fala em um negócio B2B quer dizer que seu público-alvo são outras empresas e não o consumidor final.

B2C

Sigla de “Business-to-consumer” ou “empresa consumidor”, refere-se ao comércio efetuado diretamente entre a empresa produtora, vendedora ou prestadora de serviços e o consumidor final.

Bitcoin Foundation

Corporação americana sem fins lucrativos com a missão de padronizar, proteger e promover o uso da moeda bitcoin em benefício de usuários em todo o mundo.

Blockchain

No âmbito da moeda virtual Bitcoin, um blockchain é a estrutura de dados que representa uma entrada de contabilidade financeira ou um registro de uma transação. Cada transação é, digitalmente, assinada com o objetivo de garantir sua autenticidade e assegurar de que ninguém a adultere, de modo que o próprio registro e as transações existentes dentro dele sejam considerados de alta integridade.

BTC

Abreviação da unidade monetária do bitcoin.

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Criptografia

É um conjunto de técnicas pensadas para proteger uma informação de modo que apenas o emissor e o receptor consigam compreendê-la.

Criptomoeda

Também conhecida como moeda virtual, trata-se de um meio de troca que se utiliza da tecnologia de blockchain e da criptografia para assegurar a validade das transações e a criação de novas unidades da moeda.

Deep Web

Refere-se ao conteúdo da World Wide Web que não é indexado pelos mecanismos de busca padrão, isto é, não faz parte dos mecanismos de buscas padrão.

Dinheiro 2.0

Ambiente financeiro descentralizado e com foco em tecnologia, eficiência e baixo custo.

Hash

Algoritmo utilizado pelo protocolo do bitcoin para transformar um grande número de informações em uma sequência numérica hexadecimal de tamanho fixo, que possa ser processada pelo computador.

Mineração

Procedimento para gerar novos bitcoins, processando criptografias através de um computador ou hardware específico.

Nó

Dispositivo conectado à rede bitcoin, o qual utiliza um programa de computador para retransmitir transações para outros nós, criando uma rede descentralizada.

Tor

Software livre e de código aberto que proporciona o anonimato pessoal ao navegar na internet e em atividades online. Ele pode ser usado em situações que censuram o acesso de conteúdos na internet e, principalmente, quando se pretende manter a privacidade pessoal.

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QUAL É A TEMÁTICA DO ARTIGO?

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ste artigo refere-se ao conceito de uma moeda digital descentralizada, através de um sistema econômico alternativo, o peer-to- peer, que significa par-a- par. Ela foi apresentada em 2008 por um programador, sendo, atualmente, considerada a primeiramoeda digital descentralizada, do mundo, capaz de proporcionar o surgimento do sistema bancário livre.

PÚBLICO ALVO DO ARTIGO

E

B

ste artigo destina-se a todos os interessados em fazer parte da nova era dos investimentos. Profissionais do mercado financeiro ou de outras áreas que queiram iniciar o entendimento a respeito de bitcoin e que buscam mais informações, aprofundamento e esclarecimentos sobre essa moeda digital, seus mitos, verdades e riscos, além de novos modelos de negócio.

Assim como a todos aqueles que desejam aprender a navegar e maximizar os seus ganhos através desse novo mercado de moedas.

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OBJETIVO DO ARTIGO

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tualmente, as moedas digitais, a exemplo da bitcoin, são destinadas ao investimento, mas também estão sendo utilizadas para compra e venda no mercado paralelo. Neste artigo serão apresentados os conceitos fundamentais da bitcoin, que tem suas operações protegidas por meio de cifragem digital. O artigo ainda explicará ao leitor como ocorrem as transações financeiras com essa moeda, eliminando o controle dos governos e das instituições financeiras que cobram taxas para cada operação de pagamento e recebimento em moedas convencionais.

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Uma breve história do Dinheiro

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moeda, como hoje a conhecemos, é o resultado de um longo processo evolutivo das relações humanas. Nos primórdios do comércio entre pessoas não havia moeda e praticava-se a troca de mercadorias sem equivalência de valor: o chamado escambo. Nesse sistema, quem conseguisse exceder a quantidade necessária de algum produto, para si e para o seu grupo, trocava parte da sua produção por outras mercadorias das quais necessitava. Desse modo, quem pescasse mais peixe do que precisava poderia trocar, por exemplo, por carnes e objetos, milho ou outro tipo de grão.

Essa forma primitiva de comércio foi dominante no início da civilização humana e é utilizada ainda hoje entre povos de economia primitiva e até em situações específicas, nas quais as pessoas efetuam permuta de objetos sem a preocupação com a equivalência de valor, como, por exemplo, imóveis, automóveis

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e feira do comércio no mercado informal.

Com o desenvolvimento das civilizações e da economia, algumas mercadorias passaram a ser mais procuradas do que outras. Por isso, produtos que tinham maior utilidade e, consequentemente, demanda acima da média assumiram a função de moeda. Esses “produtosmoeda” circulavam e serviam para avaliar o valor das demais mercadorias. Exemplos desse uso foram a pecuária, as culturas do açúcar e do café, além do ouro. No primeiro caso, a demanda pelo produto dava-se em detrimento das vantagens que ele apresentava em relação a outros produtos, pois, além de fornecer carne e leite, tinha a comodidade da locomoção própria, reprodução e prestação de serviços. No

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Brasil, muitas mercadorias chegaram a assumir o papel de moeda, por aqui circularam o paubrasil, o açúcar, o cacau, o café e o ouro. No entanto, devido à oscilação dos seus valores e pelo fato de não serem fracionáveis e, em alguns casos, serem facilmente perecíveis, as mercadorias tornaram-se inconvenientes para as transações comerciais. E, frente às novas demandas, os homens buscaram novas formas de se relacionarem com os valores e as mercadorias. Uma solução para isso foi o uso do metal como moeda, uma vez que ele apresentava vantagens em relação às mercadorias perecíveis.

Entre os benefícios que o metal oferecia estavam a possibilidade de entesouramento, divisibilidade e raridade, além da facilidade no transporte e beleza.

funcionavam como anéis, braceletes, facas e chaves, os quais eram usados no Oriente Médio.

No século 7 a.C. surgem as primeiras moedas com as características das atuais. Na Grécia, foram produzidas moedas de prata e, na Lídia, foram utilizados pequenos lingotes ovais de uma liga de ouro e prata, chamada eletro. Essas são algumas das primeiras experiências da produção humana de pequenas peças de metal com o peso e o valor definidos e com a impressão oficial. Isto é, a marca de quem as emitiu e garante o seu valor. Essas primeiras peças eram fabricadas por meio de processos manuais rudimentares e, por isso, tinham suas bordas irregulares.

A troca de objetos e bens entre os homens remete ao início da civilização. Desde então, o formato do dinheiro variou muito, tanto em seu aspecto físico quanto no valor percebido por quem se utilizava dele. No Brasil, as moedas começaram a ser produzidas, oficialmente, em 1810, com os primeiros bilhetes de banco, que seriam os precursores das cédulas atuais. Eles foram lançados pelo Banco do Brasil e tinham seu valor preenchido à mão, tal como acontece hoje com os cheques.

No princípio, o metal era trocado em seu estado natural, depois sob a forma de barras e, ainda, sob a forma de objetos, que eram valorizados porque sua produção não estava ao alcance de todos, já que exigia o domínio das técnicas de fundição e o conhecimento dos locais onde o metal poderia ser encontrado.

Alguns exemplos de objetos metálicos que

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Do Escambo à Bitcoin

TABELA 1: Evolução da Moeda

ESCAMBO

MERCADORIA-MOEDA

PRIMEIRAS MOEDAS

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Praticado por civilizações primitivas, consistia na simples troca de mercadorias por outras, sem que houvesse medição de valor entre elas. No século 7 a.C. já se fazia esse tipo de transação e, ainda hoje, entre os índios e outros grupos, esse sistema é usado. No Brasil colonial, as trocas entre os índios do litoral brasileiro e os europeus, no início do século 16, eram na forma de escambo. Os índios ofereciam o pau-brasil aos portugueses, franceses e espanhois em troca de mercadorias, como facas, machados, espelhos, colares e pentes.

Seja por sua utilidade ou beleza, ao longo do tempo, muitos objetos assumiram o papel de moeda e, algumas vezes, serviram como medida de valor percebido em relação a outros itens. Foi o caso, por exemplo, do sal, da pimenta preta, do ouro, da prata, do álcool, dos cigarros, das sementes de coco, dos búzios, da cevada e do café. No Brasil, durante a colonização e o império, alguns objetos, como as conchas, chegaram a assumir essa função.

Há relatos de que foi Creso, rei da Lídia, atual Turquia, quem inventou as primeiras moedas, entre 640 e 630 a.C. Mas o conceito atual de um objeto metálico oficial, com um valor padronizado pelo Estado, coube aos gregos do mesmo período. Essa invenção foi considerada revolucionária para o comércio da época, uma vez que o surgimento dela facilitou o acesso, das camadas mais pobres, às riquezas e o acúmulo de dinheiro, além da coleta de impostos.

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MOEDA DE PAPEL

O precursor do papel-moeda foi o recibo de ouro em pó, que circulava como moeda corrente na Idade Média.

Mas, desde 960 a.C, os chineses já utilizavam cédulas de dinheiro de modo parecido com o que é conhecido hoje.

Porém, elas caíram em desuso no fim do século XIV e só reapareceram na Suécia, em 1661. O mais interessante é que o país que criou o dinheiro de papel promete acabar com ele até 2030. Hoje, 95% das transações financeiras por lá são realizadas com cartões e o governo local espera que em pouco tempo, mais de uma década, 100% das negociações ocorram de forma digital.

CHEQUES

A história do cheque é controversa. Mas, há três hipóteses mais prováveis. A primeira é que o cheque teria sido inventado pelos romanos, aproximadamente em 352 a.C. A segunda hipótese defende que, entre 1118 e 1307, a Ordem dos Templários tenha criado um sistema de cheques peregrinos. A terceira possibilidade é que ele tenha sido inventado na Idade Média, quando os senhores feudais depositavam seu ouro nas oficinas dos ourives, o único lugar considerado seguro na época.

CARTÕES

Os primeiros cartões de crédito surgiram na década de 1920, nos Estados Unidos, e eram dados, inicialmente, apenas a clientes fiéis e determinados estabelecimentos que tivessem condições de pagar a conta em dia. Já na década de 1950, foi criado o Diners Club International, um cartão feito de papel-cartão e que continha o nome do proprietário. Na época do seu lançamento o meio de pagamento era restrito a 200 pessoas, consideradas importantes, e aceito em apenas 27 restaurantes. Em 1955, esses cartões passaram a ser fabricados em plástico.

TRNSAÇÕES PELA INTERNET

O primeiro sistema que permitia o processamento de transações online entre consumidores e empresas, B2C ou entre empresas. B2B foi criado por Michael Aldrick, em 1979. Entretanto, o sistema levou quase dez anos para ganhar espaço, o que só aconteceu com a expansão da internet comercial na década de 1990. No Brasil, as instituições financeiras usam recursos da internet para beneficiar seus negócios desde 1995.

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No final da década de 2000 e em meio à crise econômica mundial, um grupo de programadores independentes criou um sistema alternativo e criptografado e de código aberto, que, na visão deles, teria potencial para revolucionar a economia e a política global. A moeda criada por eles ainda é embrionária, mas tem chamado a atenção de governos e autoridades monetárias ao redor do mundo.

FONTE: ULRICH, Fernando - Bitcoin: A Moeda na Era Digital

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TABELA 2: O Histórico do Bitcoin 2008

Satoshi Nakamoto divulga um artigo no qual detalha o conceito da Bitcoin.

2009

Primeiro lote de 50 bitcoins ou “genesis block” foi liberado.

2010

Primeira transação é realizada nos EUA.

2011 e 2012

Moeda virtual é usada para financiar o site Wikileaks e outros projetos de caráter político.

2013

Moeda ganha notoriedade ao ser usada como proteção de divisas no Chipre, devido à crise econômica.

2014 a 2017

Governos, como o dos EUA, começam a debater as implicações da moeda e uma possível regulação.

FONTE: ULRICH, Fernando - Bitcoin: A Moeda na Era Digital

2011 e 2012

2009 2008

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2010

2014 a 2017 2013

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A revolução do Bitcoin

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lote de moedas. Na ocasião, o dinheiro virtual foi usado para pagar uma pizza que valia US$ 25, o equivalente, à época, a 10 mil BTCs.

A primeira transação feita com bitcoin aconteceu em janeiro de 2010, exatamente um ano depois da mineração do primeiro

Nos meses seguintes, os principais usuários da moeda passaram a ser alguns membros do movimento hacker e de grupos políticos de tendências anarquistas ou libertárias. O que existia de comum entre esses grupos era o interesse deles no

código aberto da bitcoin deu origem a uma comunidade de programadores e usuários da criptomoeda, que se apoderou do projeto, melhorou o protocolo e, a partir de então, uma série de serviços passou a movimentar a economia baseada na moeda.

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conceito de uma moeda descentralizada e baseada em criptografia, o que a tornava, relativamente, anônima e criava a possibilidade de financiar projetos que não agradam às elites financeiras e política, devido ao fato de a moeda não ter qualquer controle estatal ou ser regulamentada por bancos ou outros órgãos.

Algumas experiências financiadas pelo dinheiro virtual foram os softwares, que permitem a navegação anônima pela internet, como o Tor e a própria deep web, conhecida como o lado obscuro da internet.

O primeiro benefício seria o fato de que a bitcoin permite a seus usuários a transferência de valores para o outro lado do planeta instantaneamente e a baixo custo. Um segundo elemento revolucionário é que os pagamentos em bitcoins permitem que o setor de varejo aumente sua margem de lucro, fugindo das taxas praticadas por operadores de cartões de crédito e bancos, nas transações financeiras.

Além disso, a moeda hacker possui um enorme potencial político, uma vez que não é regulada pelos bancos centrais, governos ou alguma autoridade monetária.

Para a comunidade de usuários e programadores da bitcoin, a moeda carrega Isso, na visão dos entusiastas, permitiria consigo inúmeras vantagens em relação ao que ela estivesse à frente das demais sistema financeiro tradicional e que podem moedas. torná-la revolucionária.

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A identidade do criador da Bitcoin

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criação do código principal da bitcoin rendeu fama a Satoshi Nakamoto. Ainda assim, pouco se sabe sobre a verdadeira identidade do programador e acredita-se que ele possa ser não apenas uma pessoa, mas um grupo. Nakamoto apresentou-se, repentinamente, em discussões online, em listas de e-mails, para divulgar sua pesquisa e, em todas as suas comunicações públicas, o programador usou serviços

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que dificultam o monitoramento de sua conta de e-mail, como forma de manter-se anônimo. O pouco que se conhece sobre ele é que suas mensagens escritas, a partir de 2008, foram em inglês, alternando o uso de termos britânicos e norte-americanos. Todas elas convidavam voluntários a ajudar no desenvolvimento do seu projeto, que viria a se tornar a moeda livre de controle pelas elites políticas e financeiras.

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Desde então, muito se especulou sobre a sua verdadeira identidade. Uma das hipóteses sustentadas sobre isso é que Nakamoto seria um homem japonês de 38 anos. Em função de seu trabalho, com o protocolo da bitcoin, alguns supõem que ele não seja um programador profissional, mas um acadêmico da área.

Outros acreditam que ele possa ser Gavin Andresen, o atual desenvolvedorchefe de uma organização criada em 2011 para criar padrões para o sistema e divulgá-lo, a Bitcoin Foundation. Outra possível identidade do programador

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é Shinichi Mochizuki, um matemático japonês conhecido por ter resolvido um dos problemas mais complexos da matemática, a conjectura ABC. E, ainda, a hipótese mais incrível, é que o criador da bitcoin não seja apenas uma pessoa, mas um grupo que busca se proteger atrás de um pseudônimo.

De qualquer maneira, o nome do criador poderia ser traduzido como: “Satoshi”, que significa “pensamento claro” ou “sábio”; enquanto “naka” é “dentro” e “moto”, “fundação”. Assim, na tradução livre poderia ser: “Pensando claro dentro da fundação”.

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O futuro do dinheiro ou bolha econômica?

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fato é que o uso de bitcoins, como meio de pagamento, tem crescido. Desde 2013, no Chipre, muitos investidores começaram a comprar essa divisa como forma de proteger seu capital de eventuais problemas na economia tradicional. À época, os cidadãos conviviam com o temor de um confisco, pelo Estado, de suas economias e enxergaram na bitcoin uma alternativa para que isso não ocorresse.

Entretanto, pelo fato de a própria rede emitir, comprar, vender e ser responsável por certificar a autenticidade das transações, algumas pessoas ainda olham com ceticismo para esse tipo de moeda virtual e a classificam como a nova bolha econômica. Uma das críticas ao uso dessa

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divisa, como meio de pagamento, está relacionada à especulação sobre o seu valor, que gera uma alta volatilidade da cotação da criptomoeda e, principalmente, pelo fato de não haver nenhuma autoridade responsável pelo controle e garantia da moeda. Ou seja, exatamente as características que são apontadas pelos defensores da bitcoin como as suas vantagens, em relação à economia formal, seriam a fragilidade dela, em termos de garantia, para quem resolve investir na novidade.

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No segundo trimestre de 2014, por exemplo, a bitcoin perdeu 45% de seu valor, após valer mais de US$ 1.100 um ano antes. Já em outubro de 2016, a moeda estava cotada a US$ 681,98, ou seja, pouco mais da metade do valor da bitcoin.

As variações são semelhantes aquelas que ocorrem com os ativos convencionais, seguindo uma lógica de mercado: quando há maior procura pela moeda virtual, maior é o valor da cotação dela.

Além disso, especialistas apontam um risco adicional para quem aposta na bitcoin, relacionado com o sistema legal, pelo fato de não existir nenhuma lei que restrinja a capacidade do uso de bitcoins ou garanta alguma segurança para quem transaciona por meio dessa moeda.

Uma outra questão apontada pelos críticos da moeda seria a falta de controle e

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garantias sobre o lastro dela e, novamente, de autoridades que garantam seu valor.

Desse modo, a falta de interesse dos usuários pelo dinheiro virtual poderia levar a uma forte perda do seu valor, fazendo, também, com que parte das pessoas, as quais têm investimentos em bitcoin, percam dinheiro. Entretanto, as questões de lastro e confiança não são exclusividades da criptomoeda. O dinheiro, de modo geral, é um meio de intercâmbio de produtos e serviços que pode ter um valor real ou não e, desde 1971, quando o dólar norteamericano deixou de ser comparado ao ouro, nenhuma divisa tem um valor real. O que acontece com os bitcoins, no entanto, é que não existe, praticamente, controle sobre essa moeda e, dessa forma, a simples falta de interesse de seus usuários em continuar usando-a pode fazer com que perca o seu valor.

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H

Mineirando Moedas

á de se observar que o bitcoin ainda não é considerado dinheiro pelas autoridades monetárias de nenhum país. Portanto, seu modo de entrada no mercado é assemelhado ao do ouro, que também pode ser usado como moeda.

Por isso, o termo mineração, “mining”, é empregado para denominar a ação pela qual os bitcoins são criados. O conceito da mineração é semelhante ao de uma jazida de ouro quase inesgotável, mas que exige grande esforço para sua exploração e, por isso, o valor da moeda continuaria alto: não

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por sua escassez, mas pelo custo de sua extração. Desse modo, o que faz com que a bitcoin tenha valor no mercado e possa ser usada como moeda de troca é a sua escassez e a dificuldade em obtê-la.

Essa escassez é controlada por um software instalado em todos os computadores da rede bitcoin e esses controlam a cadência com que os bitcoins são minerados, criando uma dificuldade pelo próprio processo de mineração, isto é,

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obter bitcoin não apenas tem um nível de dificuldade elevado, mas também depende do dispêndio de recursos financeiros.

responsáveis por controlá-lo, validar informações e garantir a segurança na troca de dados relacionados à moeda.

A tarefa imposta aos mineradores é a seguinte: periodicamente, em intervalos controlados pelo software que administra o sistema, é emitido um hash, sequência de bits gerada por um software algoritmo de criptografia, contendo um determinado valor criptografado.

Desse modo, o mercado de Bitcoin consegue funcionar independente de um “nó” central, isto é, em um sistema “peer to peer”, sem a necessidade de uma organização que regule e controle a sua cotação, emissão e outras atividades relacionadas à criptomoeda.

Essa complexidade é determinada pelo número de zeros contidos em seu início.

Assim, ao ser lançado um novo hash, todos os mineradores põem-se a tentar decifrá-lo, em busca da “bitcoin-ouro” contida ali.

Quem primeiro conseguir quebrar o código recebe, como recompensa, uma quantidade de bitcoins e deve informar a toda a rede. Após o registro dessa transação, as bitcoins mineradas já podem ser usadas. É importante destacar que esse processo gera, também, custos aos mineradores, pois, quando você entra no mundo bitcoin, é recomendável investir no melhor equipamento que conseguir, com o objetivo de minerar por mais tempo que os seus concorrentes.

O sistema de mineração de Bitcoins é gerado por um software específico.

Portanto, para minerar, é necessário baixálo no computador para fazer parte de uma rede interligada com outros computadores que fazem parte da rede bitcoin, sistema semelhante ao torrent. Após isso, o usuário já pode conectar-se a um grupo de outros mineradores, chamados de “pool”, que agrupam poder de processamento ou, se preferir, realizar a mineração sozinho.

Muitos computadores dessas entidades servem como “nós” do sistema, sendo

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Observa-se que a lucratividade de longo prazo, do mesmo modo, é relevante, tendo em vista a volatilidade da criptomoeda a qual está sendo minerada.

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Quem já utiliza Bitcoins?

informações sobre o novo sistema econômico da internet. Nesse período, a moeda alcançou milhões de usuários em todo o mundo. O valor estimado em bitcoins no mercado também chama a atenção, chegando à marca de bilhões em valores totais acumulados por uma moeda que começou sem valor algum.

S

eja por simples curiosidade ou interesse em utilizar meios alternativos para trocar valores, produtos e serviços, o fato é que a bitcoin ganhou projeção tanto no ambiente virtual quanto no mundo real. Em oito anos, a moeda conquistou espaço cativo em noticiários de economia e informática e já foi tema de debates em programas de televisão de diversos países. Com tantos holofotes voltados à criptomoeda não é de se espantar com o resultado. Cada vez mais pessoas estão aderindo ou buscando

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Outro ponto a ser observado e que chama a atenção de quem tem um primeiro contato com o conceito é o fato de que o termo “buy bitcoin”, que em português significa “comprar bitcoin”, foi um dos mais procurados em navegadores de busca, como o Google, em 2017. A popularidade da bitcoin está em seu melhor momento, o que pode favorecer a adesão de um número ainda maior de usuários nos próximos anos.

Seu conceito libertário também parece ter sido bem assimilado por quem procura

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informações sobre a moeda na internet.

Uma das comunidades que comenta sobre o assunto nas redes sociais já tem mais de 27 mil seguidores cadastrados, no sentido de obter o apoio de pessoas já iniciadas na bitcoin, para obter informações acerca do funcionamento do sistema econômico alternativo, tirar dúvidas e, quem sabe, tornar-se membro do fórum dos usuários de criptomoedas.

Quem são as pessoas que utilizam a bitcoin? Foi essa pergunta que motivou os pesquisadores Dr. Aaron Yelowitz e Matthew Wilson, da Universidade do Kentucky, nos Estados Unidos, a iniciarem um complexo estudo sobre as pessoas interessadas na moeda. Entretanto, diante das dificuldades em obter informações de quem transaciona com uma moeda que permite o anonimato, eles utilizaram como método o cruzamento de dados do Google Trends, instrumento que reúne pesquisas realizadas no mais popular buscador da web, o Google. Dessa maneira, os cientistas pegaram informações dos termos mais buscados pelas pessoas, que também procuravam saber sobre bitcoin, e começaram a traçar as características dessas a partir desse conjunto de informações.

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Os objetivos principais da empreitada eram descobrir quais motivos levam as pessoas norte-americanas a recorrem à moeda e qual, de fato, seria o perfil de quem investe ou transaciona com bitcoin. A pesquisa em questão durou 31 meses, entre janeiro de 2011 até julho de 2013, e nela foram analisados diversos termos de busca relacionados à bitcoin. Nesse período, eles combinaram palavras que poderiam levar a buscas pela moeda, abrangendo todos os Estados Unidos, como “bitcoins”, “bitcoin Miningoin”, “bitcoin Exchange”, “bit coin” e “bitcoin price”, com termos da ciência da computação.

Em outro momento da análise, os pesquisadores também compararam os primeiros resultados com termos como “Silk Road”, “Free Market” e “Make Money”. A justificativa para a abordagem, segundo os autores do estudo, é que algumas dessas palavras remetem a sites de comércio de produtos ilegais, pela internet, e outros termos,

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a ganhar dinheiro.

instituições tradicionais, como bancos e outras autoridades formais. Para eles, a Com base nessa metodologia, Yelowitz e bitcoin pode ser encarada tanto como um Wilson identificaram quatro possíveis perfis investimento, uma vez que “mineradores” de pessoas que utilizam criptomoedas, podem ganhar pequenas quantidades da que podem ser classificados da seguinte moeda em troca de disponibilizar parte da maneira: programadores entusiastas, capacidade de processamento dos seus investidores especulativos, libertários e computadores para autenticar, em tempo criminosos. Mas os próprios autores do real, as transações, usando um software estudo descartam qualquer conclusão especial, quanto como meio de pagamento definitiva sobre o perfil de usuários de normal para suas compras em lojas físicas bitcoin. O que eles podem afirmar, até e virtuais. Nesse caso, os usuários desse agora, é que sua pesquisa pode ser usada tipo de dinheiro fazem pouca ou nenhuma para mapear perfis de pessoas com maior distinção entre bitcoin e qualquer divisa probabilidade de usar a bitcoin ou qualquer reconhecida e regulada por governos. moeda semelhante a ela.

Ao final de todo esse processo, a Mas outro perfil também foi detectado resposta encontrada por eles foi que a pela pesquisa. Esse, porém, mais maioria dos usuários desse tipo de meio preocupante. O fato dos criminosos, de pagamento é de pessoas aficionadas na maioria das vezes interessados no por tecnologia e programação. Além anonimato proporcionado pela moeda e, de outros grupos de nativos digitais e também, na falta de controle dos governos pessoas que nasceram na chamada sobre as movimentações financeiras, era da internet, que conseguem características que podem servir como imaginar suas vidas proteção em caso de investigações policiais. financeiras longe da presença Entre os perfis apontados pelos das pesquisadores, dois foram considerados mais propensos a utilizar a moeda: programadores e criminosos. O estudo também tentou explicar por que esses

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grupos têm mais interesse em adotar criptomoedas como meio de pagamento.

Apesar de a tarefa não ser nada fácil, a resposta encontrada para justificar o interesse desses públicos pela bitcoin foi a seguinte: a crença no potencial transformador da tecnologia que dá origem às criptomoedas, no caso do primeiro grupo. A explicação foi a comodidade de transacionar com bitcoin sem colocar seus negócios ilegais em risco. O apelo da moeda nesse grupo não é nada desprezível e, para se ter uma ideia da influência das criptomoedas sobre esse tipo de negócio, e vice-versa, basta observar o que aconteceu no dia 2 de outubro de 2013, quando o FBI, polícia federal dos EUA, derrubou o Silk Road, prococando uma redução de 22% no preço da moeda. Isso acontece porque, na maioria das vezes, há ausência de regras para se ter uma carteira virtual para a moeda. Além de que a familiaridade para participar desse negócio é grande, a título de exemplo, em alguns aplicativos é preciso ter apenas uma conta de e-mail, que pode estar inscrita com nome falso, para fazer o registro, e em outros casos não é necessário nenhum tipo de identificação. Além disso, é possível utilizar softwares anônimos, que ajudam a proteger a identidade do dono dos valores depositados na carteira.

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Uma conclusão mínima que pode ser extraída do estudo é que a comunidade bitcoin não é homogênea, mas, mesmo assim, agrupa-se sob alguns conceitos fundamentais: lucro, aspirações políticas, anonimato e descentralização. E todos esses conceitos estão na base do projeto básico do mercado de criptomoedas. A ausência de regulamentação e a sensação de poder movimentar seus bens longe do controle dos governos são atraentes para os libertários, que, filosoficamente, colocam-se contra as “intervenções” dos bancos centrais.

Apesar de classificar e destacar algumas peculiaridades dos principais perfis de usuários da moeda, o resultado do estudo aproxima-se do que era esperado e pouco se difere de análises que o antecederam.

Na verdade, ele até confirma dados colhidos por outra pesquisa feita em 2013, com mil usuários da moeda, pelo site Simulacrum. Esse estudo apontava como perfil majoritário do usuário de bitcoin homens com ideologia libertária e de, aproximadamente, 32 anos.

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Entendendo o método da pesquisa Dr. Aaron Yelowitz e Matthew Wilson

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ara realizar o estudo, os pesquisadores levantaram informações sobre as buscas no Google por termos-chave, como “Buy bitcoin”, e as cruzaram com outras palavras pesquisadas por usuários do buscador. Desse modo, tentaram estabelecer uma correlação entre a procura pela criptomoeda e o interesse em atividades ilegais na rede. A mesma preocupação ocorreu em relação a outras possíveis preferências dos usuários, como investimento e pagamentos online.

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Utilizando-se dessa metodologia, os pesquisadores descobriram que dos quatro perfis de potenciais usuários da bitcoin dois eram mais propensos a adotar a moeda do que os demais.

Entretanto, isso não quer dizer que as conclusões desse estudo sejam definitivas, muito menos que os métodos empregados sejam os melhores para compreender-se quem é o usuário da criptomoeda ou quais os motivos que o faz adotar um sistema financeiro alternativo para fazer transações.

Outras técnicas de pesquisa, bem como abordagens distintas podem levar a conclusões diferentes das encontradas no estudo em questão. Portanto, a análise mencionada funciona, apenas, como um retrato possível do objeto estudado, com base nos dados obtidos pelos pesquisadores. A verdade é que os resultados dessas pesquisas nunca serão exatos, mas possuem grande importância, uma vez que promovem um avanço enorme no que diz respeito a entender o mercado.

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Como investir em Bitcoins?

xistem, basicamente, três razões para alguém utilizar bitcoin: curiosidade, política e ganho. Em tese, qualquer pessoa pode ter a sua própria carteira digital e transacionar com bitcoin. Inclusive, ficou mais fácil adquirir a moeda, vendê-la ou usá-la como meio de pagamento. Com o crescimento da comunidade de usuários de moedas digitais, têm surgido inúmeras empresas especializadas em prestar serviços para esse público. Os

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serviços oferecidos são diversificados e apresentam-se na forma de corretoras de valores, plataformas digitais e empresas de caixa eletrônico, fora as consultorias e outros negócios que formam a nova economia nascida a partir da blockchain.

Hoje, quem deseja iniciar pode conseguir suas primeiras moedas por diversas maneiras lícitas: minerando, comprando moedas

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de quem já as possui ou aceitando-as em troca de pagamento por bens e serviços. No primeiro caso, a obtenção das criptomoedas está cada vez mais difícil devido à ação dos chineses nesse mercado e do uso, por poucas pessoas, de máquinas superpotentes para fazer esse trabalho. Isso acontece porque o software gerador das bitcoins foi desenvolvido de forma que quanto maior o número de computadores minerando a moeda, maior será o nível de dificuldade em realizar a tarefa, o que limita a emissão de novas BTCs e desestimula quem deseja fazer o serviço em casa com seu computar pessoal. Isto é, a menos que se tenham condições de montar uma estrutura potente, a dificuldade e o custo elevado para obter-se pequenas quantidades das criptomoedas podem não compensar no final do processo. A título de ilustração da situação, os aventureiros que tentaram montar um sistema de mineração em casa relatam que cerca de 12 horas de trabalho rendem, aproximadamente, 0,30 BTC. Portanto, ao ponderar valores obtidos e o tempo dispendido com a atividade, é bem provável que a balança fique desequilibrada na hora de somar os gastos com energia elétrica, equipamentos e o desgaste do cooler do computador, entre outras etapas variáveis necessárias no processo, e compará-los com a quantidade de bitcoins rendida.

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Já no segundo caso, é possível transferir valores de sua conta corrente para uma corretora, que fará a conversão da moeda convencional para bitcoin e armazenará as informações relativas ao seu saldo em uma carteira digital. E, para quem não tem acesso a banco, é possível ainda utilizar caixas eletrônicos de BTC. No Brasil, ainda existem poucos caixas eletrônicos desse tipo, mas a boa notícia para quem trabalha com bitcoin é que há iniciativas para a fabricação desses terminais por aqui.

Se, de fato, seguirmos aquilo que tem sido praticado no exterior, a tendência é que essas máquinas se proliferem em terras brasileiras.

Afinal, ao redor do mundo, os caixas autoatendimento (ATM) de bitcoins já se tornaram uma realidade. Para se ter uma ideia da magnitude da novidade, atualmente, a América do Norte e a Europa lideram em quantidade de equipamentos ATM para moedas digitais, com mais de mil tipos de máquinas diferentes, fabricadas por diversas empresas.

Uma terceira alternativa seria convencer seu empregador a lhe pagar o salário em criptomoedas. Nesse caso, a tarefa seria um tanto complicada devido à falta de regulamentação da moeda, que não daria segurança o suficiente para que uma empresa

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pague os salários de seus colaboradores com moedas digitais. Há, ainda, a possibilidade de realizar serviços pela internet, que ofereçam pagamento na moeda digital, ou mesmo que as aceite como forma de pagamento de produtos e serviços comercializados online.

Após abrir uma carteira e adquirir suas primeiras moedas, o usuário já pode começar a pagar suas compras em alguns dos milhares de websites e lojas internacionais que aceitam a moeda, fazer saques e enviar dinheiro ao exterior ou, simplesmente, juntá-las até que valorizem.

Logo, fica claro que comprar e vender bitcoins está cada vez mais fácil e, na maioria dos casos, a operação é simples até mesmo para quem nunca ouviu falar na moeda. Hoje em dia, basta uma conta de e-mail para criar uma carteira virtual. Com uma conta bancária e poucos dados pessoais já é possível adquirir algumas moedas e conhecer, na prática, o conceito econômico da bitcoin.

1. Criando uma Carteira Digital Para ingressar no mundo da bitcoin, o primeiro ponto que deve ser feito é criar uma carteira virtual, na qual as moedas serão “guardadas”. Funciona como uma conta bancária convencional, mas sem toda a

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burocracia para abrir e movimentar seus fundos ali depositados. A “carteira” de bitcoin é, na prática, o arquivo que guarda o par de chaves públicas e privadas verificáveis por todos os “nós” da rede durante uma transferência de valores. Essas informações são utilizadas na autorização das transações em criptomoedas.

No momento de encontrar uma carteira virtual pode-se escolher entre diversos serviços online. A bitcoin Core, por exemplo, é a carteira original criada junto com a criptomoeda e que ainda é considerada a melhor opção.

Mas pode-se testar outro serviço disponível na internet, há várias empresas que oferecem esse tipo de acesso. Entre os usuários da criptomoeda, os websites coinbase.com, coinmkt.com, blockchain.info e hivewallet.com costumam ser apontados como carteiras com boa reputação, confiáveis e fáceis de serem utilizadas por iniciantes.

Para começar a trabalhar com elas, será necessário entrar no site da empresa que oferece a carteira e executar o download do aplicativo, que funcionará nos computadores, Mac e servidores Linux. Após a instalação do programa, o cliente da bitcoin tentará estabelecer uma rede para baixar o banco de dados da blockchain. Mas, cabe lembrar, que cada uma dessas carteiras tem seus

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prós e contras e é importante estudar qual se encaixa melhor em seu perfil. A Hive, por exemplo, está disponível apenas para o Mac e possui uma loja de aplicativos própria, que se conecta a outros serviços de bitcoin. Já a Armory é considerada uma carteira que prioriza a segurança do usuário. Outro conselho que os usuários mais experientes da bitcoin costumam passar a quem está pensando em criar sua primeira carteira é procurar uma que seja “leve”, como a ultibit e a electrum. Isto é, que ocupe menos espaço no disco rígido e funcione mais rapidamente, porque não faz o download de toda a cadeia de blocos de uma vez, deixando-a bem mais rápida.

E, com menos de um minuto, já é possível fazer todo o cadastro online da conta. A partir de então será possível comprar, vender e armazenar todas as BTCs que possuir; 2. Comprando BTCs com Moeda Corrente Com os dados pessoais e financeiros válidos não será difícil comprar as primeiras moedas.

Ao fazer login na conta, na página inicial da carteira há um botão chamado “Buy Bitcoin”, comprar bitcoin, basta clicá-lo e informar o valor em moeda corrente (reais, dólar, euro, por exemplo) ou a quantidade de bitcoins desejada.

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Em seguida, basta seguir os passos apontados na tela para transferir dinheiro de uma conta convencional para a carteira recém-criada. Antes de concluir a operação, é importante que seja exibida na tela a cotação atual, preço que será pago por cada bitcoin.

Para a venda da bitcoin, é preciso ir até a tela inicial do site ou aplicativo e clicar em “Vender”. Digita-se a quantidade de bitcoins da qual quer se desfazer e seguem-se as instruções para finalizar a venda.

3. Utilizando a Conta Bancária para Transferir Dinheiro De posse de uma carteira, já se podem fazer os cadastros necessários para mover dinheiro de uma conta bancária para a carteira de BTCs. Geralmente, para executar esse procedimento é necessário informar os dados de uma conta em instituição bancária formal, da mesma maneira como se faz para comprar pela internet ou de qualquer outro serviço de pagamento online.

Nessa operação, em geral, são solicitados dados como: número da agência e da conta bancária, além do nome completo do correntista. Em alguns casos também pode ser requisitada uma opção de contato, como um número de telefone.

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Remessas ao exterior a Taxas Menores

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or se tratar de um sistema de pagamento p2p, peer-to-peer, no qual o usuário consegue transferir, eletronicamente, seu dinheiro para qualquer lugar no mundo de forma direta, instantânea, sem agentes intermediários e com baixíssimos custos de transação, a criptomoeda caiu no gosto de brasileiros que necessitam enviar dinheiro ao exterior. Quando feitas com

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bitcoin, remessas desse tipo podem custar no mínimo 10% a menos do que se fossem feitas de forma convencional. Além disso, com a moeda digital, o sistema é menos burocrático: basta usar reais para comprar o dinheiro virtual no Brasil e revendê-lo no exterior, sacando em dólar, euro ou qualquer outra moeda, e está feita a remessa. Esse processo evita o pagamento de taxas, uma

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vez que nenhum centavo da transação será monitorado ou mesmo registrado pelo Banco Central do Brasil ou por instituições financeiras em qualquer dos países entre os quais a transação venha a ser realizada.

os estudos dos filhos no exterior. E de modo oposto, por brasileiros que trabalham em outros países e enviam para casa parte de seus salários. Pelos meios convencionais, a remessa de dinheiro do Brasil para qualquer outro país só pode ocorrer por meio de Outra vantagem encontrada por quem operações cambiais. Além do fato de que se utiliza desse método, para remessas ao pessoas físicas estão sujeitas à cobrança exterior, é a redução do tempo de espera para de Imposto sobre Operações Financeiras, que o dinheiro seja disponibilizado na conta IOF, incluindo, ainda, o custo de remessa e do favorecido da moeda. A média é que uma o pagamento de corretagem, que varia de operação dessas demore, ao menos, quatro acordo com o valor da operação. dias até que todas as informações sejam validadas pelo banco do país emissor e depois Já as empresas devem usar uma corretora no local onde o dinheiro será sacado. para compra dos dólares, informar a finalidade, pagar Imposto de Renda quando o Os dois exemplos mais frequentes de uso destino é um paraíso fiscal e todas as taxas às da bitcoin para transações internacionais são quais as pessoas físicas estão sujeitas. aquelas efetuadas por famílias que custeiam

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É possível lucrar com Bitcoin?

bitcoin passou a ser considerada por inúmeros especialistas em negócios digitais como uma das inovações mais promissoras do mundo virtual desde o surgimento da internet. E, apesar de ter origem em um conceito libertário, ao longo dos últimos anos a criptomoeda chamou a atenção dos investidores especulativos, que enxergaram uma grande oportunidade e com potencial de valorização para a moeda nos próximos anos.

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Entre os analistas especializados nesse tipo de negócio, há a crença de que o aumento da adoção da moeda por investidores profissionais e os temores de instabilidade em torno das maiores economias do mundo podem alavancar o movimento de retomada no valor da criptomoeda, fato que já vem sendo observado desde 2017. Para eles, o patamar de US$ 800 era um nível considerado chave para a moeda avançar

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e ele já foi quebrado, dando início a um período de forte ascensão da moeda.

Há, pelo menos, dois grupos que buscam lucrar com a valorização da criptomoeda: os especuladores, que compraram grandes volumes no período de baixa da divisa e agora encontram inúmeros entusiastas querendo aderir à novidade, movimento que aquece a demanda por seus estoques, e aqueles que têm acumulado valores em uma espécie de poupança em bitcoins e esperam vender suas moedas assim que o valor atingir a estimativa traçada por analistas. A cobiça de quem compra bitcoin com vistas a vender no futuro por um valor mais caro só aumenta com histórias de pessoas que ganharam muito dinheiro

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ao acreditar no potencial da criptomoeda.

Em geral, esses relatos são propagados em canais de internet especializados no assunto ou mesmo entre usuários de BTC, em comunidades, listas de e-mail e fóruns virtuais.

Notícias de pessoas que ganharam grandes somas em dinheiro investindo algum valor na moeda digital funcionam atraindo novos investidores. Outro argumento que tem convencido muita gente a especular com a moeda é a expectativa de que ela deixe de ser um fenômeno de nicho e siga uma jornada no sentido de ampliar seu público. Há quem acredite, inclusive, que a criptomoeda teria como futuro inevitável tornar-se uma moeda de massas, com a sua adoção por milhões de pessoas em todo o mundo.

Como a quantidade de bitcoin a ser minerada é finita, a entrada de novos usuários passaria pela compra de moedas das pessoas que já detêm alguma quantia depositada em carteiras digitais.

Olhando por esse ângulo, o cenário parece ser promissor, mas requer atenção.

Assim como qualquer modelo de negócios ou investimento, a bitcoin apresenta riscos.

E, se a especulação com moedas reguladas

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por bancos centrais já pode ser bastante arriscada em decorrência da dificuldade em prever a variação do câmbio, quando o assunto é uma moeda que dá anonimato às pessoas que negociam com ela e que está à margem de interferências de autoridades monetárias pode demandar atenção redobrada. Por isso, é fundamental que se entendam todos os riscos envolvidos antes de investir qualquer valor em BTC. Especialistas no assunto apontam, ao menos, três situações a serem consideradas antes de se apostar nesse nicho.

A primeira delas é a volatilidade da moeda, que já teve períodos nos quais perdeu quase metade do seu valor em

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um único dia. Isso ocorre pelo fato de a criptomoeda ser algo inovador, o que gera incertezas em relação ao seu futuro.

Outro risco desse tipo de negócio está relacionado à segurança da carteira. Ou seja, a invasão por hackers ou pessoas malintencionadas e a infecção por malwares, que podem roubar a chave de segurança.

O último risco apontado é a incerteza regulatória e legal do serviço: apesar de os programadores de bitcoin afirmarem que a moeda é segura, todo o processo de compra, venda ou transações para pagamentos com a moeda é feito sem intermediação de banco ou a supervisão de autoridades monetárias que possam garantir a operação.

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A aceitação da Bitcoin no mundo

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ara impulsionar o uso da bitcoin como um dinheiro comum, programadores que trabalham com o código da criptomoeda criaram o Coinmap, um mapa aberto e colaborativo que tenta mensurar a quantidade de lojas físicas que já aceitam a moeda digital e localizá-la em mapas abertos como o Map Quest e o OpenStreeMap, semelhantes ao Google Maps.

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Por meio dessa iniciativa, eles buscam também responder quem são e o que vendem os estabelecimentos comerciais que trabalham com a criptomoeda como meio de pagamento.

O serviço de localização exibe um mapa de calor com as cidades no mundo inteiro que possuem lojas que aceitam bitcoin. É possível enxergar a localização exata da loja quando o mapa é aproximado e a ferramenta também permite filtrar os resultados de pesquisa para focar em

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regiões e categorias de produtos de acordo com o que se quer encontrar. Qualquer pessoa com boa vontade pode ajudar a cadastrar novos estabelecimentos que aceitam a moeda. Para isso, basta colocar as informações relativas ao estabelecimento que está sendo cadastrado e inserir o comando “payment:bitcoin=yes.”

Considerando que a ferramenta depende da ação voluntária do dono do estabelecimento ou de usuários ela tem como fragilidade a falta de precisão, caso alguém queira usá-la como forma de medir a penetração das criptomoedas no mundo empresarial, além do fato de ela não ter números muito precisos de quantos estabelecimentos, de fato, trabalham com bitcoin e similares. Mas quem pretende usar seus bitcoins, amparados por esse serviço, é possível encontrar de tudo e até planejar onde gastar criptomoedas durante uma viagem: atrações culturais, bares, cafés e restaurantes.

No Japão, por exemplo, há apenas 26

estabelecimentos registrados. Apesar da moeda digital ter sido originada nesse país, foi amplamente difundida e já é aceita até para o pagamento de faturas. Já quando se observa a distribuição dos estabelecimentos que já trabalham com bitcoin na América do Sul, é possível notar um fato curioso: a maior parte da contribuição na região não vem do Brasil, o maior país em extensão territorial da parte sul do continente. A América do Norte é a campeã em número de estabelecimentos, em São Francisco, considerada a principal cidade do Vale do Silício, o número é ainda maior.

Em seguida vem a Europa, a Ásia, a Oceania e a África. Essas informações são importantes para dar uma noção de como está a aceitação da moeda no mundo e, principalmente, para que os usuários dessa tecnologia possam conhecer lugares próximos de suas casas ou empregos que já trabalham com a moeda.

12.1 Empresas que aceitam Bitcoins

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arte fundamental para o processo de desenvolvimento das criptomoedas e, em especial, da bitcoin é a formação de uma rede de estabelecimentos que aceitem o dinheiro nascido na internet como meio de pagamento por produtos e serviços. Atualmente,

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no mundo, milhares de estabelecimentos já aceitam a moeda digital como meio de pagamento. E quanto mais pessoas entram no sistema da criptomoeda, maior é o interesse de empresários em receber por meio delas. O número real de estabelecimentos que trabalham

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com a moeda ainda é incerto e há sérias divergências entre quem tentou mensurar isso. A ferramenta Coinmap, por exemplo, aponta quais estabelecimentos aceitam essa tecnologia no Brasil.

que é cadastrado um novo estabelecimento comercial no Brasil que aceita a criptomoeda como forma de pagamento. A verdade é que, quanto mais locais aceitarem a moeda, maiores serão os estímulos para que pessoas tenham interesse em conhecer e utilizar a criptomoeda, Outros sites têm previsões mais otimistas, que impulsionando, positivamente, o mercado. chegam a algumas centenas. Há também quem diga que mais de mil comerciantes trabalhem Pensando nisso, muitos empreendedores do com moeda digital para vender produtos e mercado digital têm olhado com atenção para serviços no Brasil. Para ajudar os usuários da a bitcoin e criado soluções que se adequem criptomoeda a encontrarem um lugar para ao conceito do dinheiro 2.0. É o caso, por gastar suas bitcoins acumuladas, a Rexbit, exemplo, da startup Snapcard, fundada nos empresa especializada na educação em bitcoin Estados Unidos, a qual oferece no mercado uma no Brasil, a qual oferece cursos presenciais aplicação que facilita o recebimento dos valores e à distância sobre o assunto, mapeou através de um aplicativo para lojistas. empreendimentos que aceitam pagamentos utilizando bitcoin. Por meio dessa ferramenta é No Brasil, a companhia atua em parceria possível fazer uma busca estabelecendo critérios, com a PagPop para distribuir sua tecnologia como a cidade onde se deseja obter informações entre os empresários daqui e estima-se que é sobre as lojas registradas, e ela fornecerá dados, possível chegar a milhares de pontos comerciais como endereço, site e opções de contato por cadastrados e que aceitarão bitcoin por meio e-mail e telefone, se estverem disponíveis. de seu sistema nos próximos anos. Com a nova moeda virtual ganhando adeptos, aceitá-la Outra fonte para se pesquisar lojas físicas e como meio para pagamentos pode ser uma virtuais que aceitem bitcoin é o blog “Lojas que ótima estratégia de marketing, sobretudo para aceitam bitcoins”, o qual é atualizado sempre pequenos negócios.

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Transações com Bitcoins

m linhas gerais, uma operação de compra e venda com moedas digitais é semelhante a uma com o dinheiro convencional, especialmente quando o pagamento é realizado com cartões de crédito e débito. Só que a transação é mais simples e rápida e, além disso, tem um custo muito menor em relação aos meios de pagamento regulamentados no Brasil.

Em alguns casos, se o lojista optar por utilizar o sistema de alguma empresa para

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viabilizar a operação, pode ter que pagar alguma taxa extra, mas, mesmo assim, ainda estaria longe daquela praticada no mercado de pagamentos formais.

Em seu aspecto mais prático, essa movimentação é muito semelhante a qualquer outra. O comprador autoriza o desconto de uma quantidade de bitcoins de sua conta e informa à rede que a mesma quantia deve ser creditada na carteira do

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vendedor. Após a confirmação da operação pelos “nós” da rede, ela é efetivada. A partir de então, o comerciante pode receber em bitcoin ou pode usar algumas empresas no mercado para fazer uma conversação automática e receber em moeda corrente, que pode ser real, dólar ou qualquer outra que ele preferir.

A ideia que permeia esse modelo de transação busca conferir ao dono do dinheiro um maior controle sobre a movimentação financeira e dar ao usuário uma garantia de que nenhum dinheiro será retirado de sua carteira sem que ele permita. É semelhante a possuir dinheiro físico em sua carteira, mas com a segurança extra de que se alguém roubá-la e não souber a senha de acesso, não vai conseguir usar o dinheiro que está dentro dela.

Um outro nível de segurança que a bitcoin confere às transações é que, como o próprio usuário diz quanto vai pagar e para quem, evita-se a necessidade de existir uma operação de estorno para devolver um dinheiro indevidamente retirado. Mas, ainda que no aspecto operacional as transações com bitcoin tenham elementos que conferem maior controle do dinheiro

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pelo usuário e segurança, deve-se ficar atento com quem se negocia na rede, pois uma escolha errada pode trazer situações indesejáveis, uma vez que as transações são irreversíveis.

Assim, se houvesse um mecanismo que possibilitasse reverter uma transação efetuada com a criptomoeda, com o intuito de devolver a bitcoin enviada de um endereço para o outro, isso significaria ter que apagar um registro no blockchain e subtrair o saldo de dentro de uma carteira e adicionar esse valor, novamente, na carteira de origem. Isto é, a operação seria complexa demais e poderia abrir espaço para que pessoas mal-intencionadas pudessem encontrar formas de subtrair valores de carteiras de outros usuários.

Portanto, quando uma operação é confirmada pela rede não pode mais ser desfeita e o saldo de sua carteira bitcoin sempre estará atualizado.

Desse modo, a lógica do pagamento em criptomoeda é bem parecida com a do pagamento em dinheiro: é preciso saber a quem você entrega seu dinheiro antes que a pessoa se aposse dele. Caso contrário, é provável que você tenha sérios problemas para reaver os valores. Em situações

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delicadas, como essa, o mais correto será moeda digital ainda não é regulamentada recorrer à justiça ou aos órgãos de proteção no Brasil, fica mais complicado recorrer a do consumidor. essas instituições para tentar garantir seus direitos. O mais prudente é sempre adquirir Afinal, a bitcoin foi somente o meio serviços ou produtos de empresas que você escolhido para o pagamento pelo produto possa confiar e que possuam um sistema adquirido ou serviço realizado, e não uma de atendimento ao cliente eficiente, ao qual entidade que garante seu dinheiro de volta você poderá recorrer caso algo diferente do caso algum imprevisto aconteça. E, como a normal aconteça.

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Entendendo o mercado de Bitcoin

Bitcoin é uma moeda digital baseada em criptografia e que pode ser transacionada pela internet.

Não é regulada por governos e sua negociação não é intermediada por instituições financeiras.

Pessoas que fazem parte da comunidade bitcoin usam softwares de “mineração” digital, e, por meio de cálculos, ajudam a certificar as transações da rede. Além disso, cedem capacidade de seus computadores para suportar o sistema e manter a moeda funcionando. Em troca desse serviço, podem ganhar valores em bitcoin gerado pelo sistema.

Startups e empresas de tecnologia já aceitam a criptomoeda como meio de pagamento por produtos e serviços.

Algumas grandes empresas como a Dell, Google e Microsoft também aderiram ao bitcoin.

Dez minutos após minerar um bloco de bitcoin, o usuário já pode pagar suas compras pela internet usando a moeda. De um lado há a autenticação do comprador e do outro a do vendedor, e logo a operação (transferência dos créditos) está finalizada.

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Bitcoin pode servir como meio de pagamento quase universal, uma vez que a mesma moeda é aceita em diferentes paísesdo mundo..

Quem investe na moeda virtual pode sofrer com a especulação em cima da moeda, além de ter poucas empresas dispostas a receber bitcoin

Por ser descentralizada, favorece transações e protege o capital de ações estatais, como por exemplo, confisco de ativos.

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Grandes empresas entram na Era da Bitcoin

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esse momento, a bitcoin pode ser uma ferramenta importante para pequenos e médios negócios atraírem clientes ou mesmo como meio de pagamento em empresas voltadas para o público nativo digital, a exemplo de serviços online, como Namecheap, WordPress, Reddit e Flattr, populares na internet. Grandes corporações e também

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negócios tradicionais estão direcionando esforços para o potencial do novo conceito econômico e começaram a disponibilizar canais para receber o pagamento de clientes por meio da moeda digital.

Companhias de renome, como a Dell, PayPal e Microsoft também resolveram aderir à criptomoeda, o que tem sido encarado, por entusiastas do código,

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como um indicador de sucesso para essa tecnologia peer-to-peer de transferência de valor.

de varejo on-line dos Estados Unidos, foi pioneira na era bitcoin e passou a aceitar a moeda logo em seu período de ascensão, em janeiro de 2016. E, claro, de imediato, Olhar para os estabelecimentos que já as vendas por meio da criptomoeda aceitam a tecnologia da moeda 2.0 como dispararam. O CEO da Overstock, Patrick forma de receber pela venda de produtos Byrne, é um entusiasta da tecnologia e ou prestação de serviços mostra o potencial mantém parte das bitcoins obtidas com as que a criptomoeda tem para suas vendas como um ativo da companhia. se desenvolver. Entre os Além disso, ele também decidiu doar 4% principais pontos do valor das vendas com comerciais que bitcoins para fundações aceitam bitcoins, que apoiam a moeda; estão: Dell Uma das Expedia maiores Considerado um vendedoras de dos maiores sites de produtos de viagens do mundo, o tecnologia em todo Expedia permite que você o mundo e detentora compre passagens aéreas, reserve hotéis de uma linha completa de e outros tipos de acomodações, pagando itens de informática, como tudo através da sua carteira digital de notebooks, sistemas de som, monitores bitcoins. Por meio desse site, é possível, e muitos outros produtos relacionados à literalmente, viajar por todo o mundo tecnologia, a Dell, gigante da computação, somente utilizando a criptomoeda como também aceita bitcoin na venda de seus meio de pagamentos; produtos. Por meio do site da empresa, é possível adquirir qualquer produto e fechar Overstock seu carrinho de compras pagando com a A Overstock, uma das maiores lojas criptomoeda;

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PayPal Por meio do serviço PayPal Payments Hub é possível utilizar bitcoins para realizar pagamentos em todo o mundo através do sistema de uma das percusoras do setor de e-commerce. Cabe lembrar que a PayPal cresceu, absurdamente, nos últimos anos e figura, hoje, como uma das grandes empresas de processamento de pagamentos em todo o mundo; Microsoft Proprietária de uma infinidade de patentes de produtos que fazem parte do dia a dia de quem utiliza informática, seja para trabalho ou lazer, também entrou no mundo do dinheiro digital. E qualquer cliente pode usar bitcoins para comprar

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no site da companhia, aplicativos, jogos e outros conteúdos digitais, como programas licenciados pela empresa. Outra novidade é que até mesmo por meio do buscador Bing, que pertence à Microsoft, é possível gastar bitcoins com serviços oferecidos pela plataforma; Gyft.com O site de compra de vale-presentes Gyft.com permite a seus clientes acessar produtos de centenas de grandes empresas e fazer o pagamento da compra todo em bitcoin. É possível, por exemplo, adquirir um voucher na Amazon.com e um café no Starbucks.

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Conclusão O dinheiro é um instrumento de troca criado pela sociedade, demonstrando capacidade para evoluir e adaptar-se ao longo dos tempos. A partir desse cenário, não é surpresa que os desenvolvimentos tecnológicos, principalmente a partir da massificação da internet, afetem a moeda. Ainda cercada por incertezas comuns a qualquer nova tecnologia, a bitcoin traz para o mundo inovações que impactam na maneira como a sociedade utiliza e pensa o dinheiro. Ainda que desconhecida da maior parte da população, a moeda eletrônica, que se baseia em algoritmos, criptografia e compartilhamento peer-to-peer é ainda de difícil compreensão para a população média, o que pode trazer problemas relacionados às medidas básicas de segurança que precisam ser adotadas para a sua utilização.

Novas oportunidades de negócios costumam chamar a atenção de pessoas com perfil mais agressivo, que se preocupam em mapear investimentos os quais possam render altos lucros em curto espaço de tempo. Mas, ao mesmo tempo, a promessa de rendimentos acima da média e a falta de maturação no mercado desperta ceticismo em grupos com perfil mais conservador. Entretanto, há alguns pontos que podem facilitar o entendimento de quem está estudando a possibilidade de investir nessa área e que devem ser considerados antes de se investir em bitcoin.

1 – Aumento do Preço da Bitcoin A bitcoin foi o movimento financeiro que mais se valorizou no último ano. Por exemplo: no fim de junho de 2016, cada moeda era negociada no Mercadobitcoin.net por R$ 849 reais. E, no mesmo período, em 2017, um único bitcoin passou a ser negociado por R$ 2.262. Isto é, quem comprou a moeda naquela época e vendeu

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em um ano lucrou 266%.

2 – Redução do Número de Novos Bitcoins Criados Quanto mais computadores trabalhando no processo de mineração da moeda, mais difícil fica o processo e, automaticamente, menos bitcoins são criados. Em meados de 2017, por exemplo, a taxa de criação de novos bitcoins caiu de 25 moedas, a cada dez minutos, para a metade: 12,5 no mesmo período de trabalho. Isso, segundo especialistas da moeda digital, faz com que seu preço sempre aumente, caso a tecnologia seja de fato adotada em larga escala. Nesse caso, uma boa notícia para quem já tem algumas moedas guardadas em uma carteira digital.

3 – Variações no Preço estão mais Estáveis Uma das principais críticas de parte dos usuários é a oscilação constante no preço da bitcoin. Esse problema, contudo, está caminhando para um patamar aceitável. Por vezes, ocorreram variações menos intensas que os índices de ações americanas, por exemplo. Esse é um indicador de que a tecnologia está evoluindo como uma moeda.

4 – Instabilidade da Economia Global Após o uso em Chipre, no ano de 2013, por pessoas que queriam se proteger da crise econômica, começou a formar-se o consenso de que a bitcoin pode servir como uma porta de saída para situações econômicas adversas. Inclusive, especialistas atribuem parte da valorização da moeda ao aumento na demanda por bitcoins na China, provavelmente em função de pessoas que desejam se precaver de incertezas com a economia local.

5 – Eliminação de Cédula e Uso de Dinheiro Digital Países como Noruega e Suécia, estão discutindo formas de eliminar as cédulas de suas moedas. Em bom português, querem eliminar o dinheiro físico. E entusiastas das criptomoedas acreditam que

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movimentos como esse, com certeza, serão repetidos em outros países, o que poderia impactar a demanda por moedas digitais, sendo que a bitcoin ocupa o lugar central entre elas.

6 – Adoção da Criptomoeda está em Franca Expansão Em 2016, o número de transações na rede bitcoin ficou em torno de 200 mil por dia, enquanto em 2015, era cerca de 80 mil. Países completamente diferentes, como Argentina, Finlândia, China e Brasil, têm visto, nos últimos anos, a expansão das ferramentas da tecnologia.

Isto é, de qualquer ponto de vista que se olhe, a bitcoin parece ainda ter muito campo pela frente.

7 – O Desenvolvimento da Tecnologia está Avançando Cada vez mais desenvolvedores tem aderido à bitcoin e contribuído com os seus avanços. Inclusive, em 2017, alguns dos limites técnicos da ferramenta foram atingidos. Após discussões bem acaloradas, por parte dos engenheiros que trabalham na tecnologia, o problema está sendo resolvido e, em breve, diferentes soluções permitirão a expansão da rede de pagamentos descentralizada.

8 – Novos usos da Moeda Entre as inovações que estão surgindo, há inúmeras iniciativas que se aproveitam do conceito da bitcoin. Entre elas, o OpenBazaar, que é uma espécie de e-bay sem dono e descentralizado o qual está trazendo para o mercado novos modelos de negócio. O OpenBazaar é recente e já conta com dezenas de milhares de usuários. Diversas outras tecnologias estão sendo criadas usando as moedas digitais.

9 – Facilita Pagamentos e Envio de Remessas Por ser rápida e barata, a bitcoin possibilita uma transação entre empresas e pessoas de qualquer lugar do mundo, sem a necessidade de intermediários, como casas de câmbio ou bancos. Com isso, a

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moeda tem sido usada para fazer pagamentos e envio de remessas internacionais. E o que é melhor: com taxas menos onerosas, em relação ao mercado convencional, e sem o controle de bancos centrais e governos.

10 – Criação de Contratos Inteligentes Contratos inteligentes são, basicamente, contratos que, em vez de serem escritos em linguagem jurídica, são escritos por meio de programas de computador. Existe um projeto chamado Rootstock que pretende adicionar essa possibilidade à tecnologia da bitcoin.

Em contrapartida, a bitcoin também apresenta pontos de dúvida quanto a sua reputação, causados pela possibilidade de lavagem de dinheiro e utilização da moeda por criminosos que se aproveitam das vantagens relacionadas à privacidade da moeda para esconder atos ilícitos. Porém, esse problema não é exclusivo da Bitcoin, visto que qualquer outra moeda apresenta vulnerabilidades que permitem atos ilícitos e que o Estado nunca conseguiria evitar todos os crimes a partir de regulações e fiscalizações. Entre as vantagens da Bitcoin para a sociedade está a possibilidade de universalização de serviços financeiros, a proteção contra inflação, o confisco por parte do governo e os baixos custos com transações financeiras. A partir do amadurecimento da criptomoeda, uma provável regulamentação a fortalecerá ou a enfraquecerá, de acordo com as regras que a sociedade de cada país escolher, por meio de opções políticas e legislativas que a representam.

A Bitcoin é, atualmente, dentre as criptomoedas ou moedas digitais, a moeda eletrônica mais conhecida, porém não há garantias de que será utilizada por muito tempo e nem que se consolidará como concorrente ou aliada das moedas tradicionais, uma vez que seu software é de código aberto e encontra-se em constante evolução, não nos permitindo saber quais caminhos ela percorrerá. O certo é que ela traz ideias, as quais deverão ser avaliadas e implementadas a partir dos seus benefícios.

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Referências [1] NAKAMOTO, Satoshi - Bitcoin: A Peer-to-Peer Electronic Cash System.

[2] YELOWITZ, Aaron; WILSON, Matthew - Characteristics of Bitcoin users: an analysis of Google search data.

[3] SMAAL, Beatriz - Bitcoin: A mineração de moedas.

[4] MOIA, G.H.V; HENQUIRES, M.A.A - Avaliação da segurança de protocolos criptográficos usados em moedas virtuais.

[5] ASSANGE, Julian - Cypherpunks: Liberdade e o Futuro da Internet.

[6] ULRICH, Fernando - Bitcoin: A Moeda na Era Digital

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Sobre os autores Mestre em Ciência da Computação pelo Centro de Informática da UFPE – (Universidade Federal de Pernambuco). Graduado em Ciência da Computação pela UNICAP – (Universidade Católica de Pernambuco). Tem experiência em Engenharia de Software, atuando nos seguintes tópicos de pesquisa: qualidade de software, metodologias e processos de desenvolvimento de software, engenharia de requisitos, testes de software e gerência de projetos.

Atualmente, é Gerente de Projetos da Ustore, empresa do Porto Digital de Pernambuco.

Lenildo Morais Mestre em Gestão Empresarial, pelo Centro de Pesquisa, e (Pós) Graduação em Administração, pela Faculdade de Boa Viagem (FBV)/DeVry Brasil.

Possui MBA em FINANÇAS EMPRESARIAIS pela FUNDAÇÃO GETÚLIO VARGAS. Concluiu a graduação em CIÊNCIAS CONTÁBEIS na Universidade Católica de Pernambuco. Atualmente, é Coordenador Geral de Estágio e Professor dos cursos de Economia, Administração e Ciências Contábeis da Universidade Católica de Pernambuco. É Consultor de Empresas, com destaque nas áreas contábil e tributária. Atuou como Diretor do Centro de Ciências Sociais da Universidade Católica de Pernambuco durante 09 anos e tem experiência na área de Administração, com ênfase em Gestão Empresarial. Participou durante 23 anos do MERCADO FINANCEIRO, através do Banco Nacional do Norte S.A..

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