Fc 250 julho 2017

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Edição 250 - Julho de 2017

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Ano XXII - Nº 250 - Julho de 2017 - Distribuição no Grande Centro - www.jornalfolhadocentro.com.br

Theatro Municipal:

Dificuldade que afeta a arte

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Artes de Portas Abertas em Santa Teresa, nos dias 15 e 16 de Julho Museu conta a história da Polícia Militar

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Projeto Dançarte oferece atividades com preços acessíveis Pág. 3 Angela Costa é a nova presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro - Pág. 17


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Jornal Folha do Centro é uma

publicação da Folha do Centro Rio Ltda. CNPJ 00.923.422/0001-39 Insc. Municipal 01.998.374 Endereço Av. N. S. de Fátima, 22 Sobreloja - Bairro de Fátima Centro , CEP: 20240-051 . RJ Tels. (21) 2242-9344 e 3806-6368 e WhatsApp: 9-6471-7966 e 9-9941-8948 E-mail folhadocentrorio@gmail.com Site: www.jornalfolhadocentro.com.br Jornalista responsável Carlos Augusto Pinto Loureiro Registro MTB-RJ 33238 folhadocentrorio@gmail.com Diagramação e Arte Djalma Correia djalmacorreia@gmail.com Colaboradores: Simone Montenegro, Fábio Torres, Ana Carla Vicencio e Ryan Lima Tiragem: 20.000 exemplares Periodicidade: Mensal Impressão: Infoglobo: Telefone: (21) 2534 -9579 Distribuição: Todo o Grande Centro da Cidade Representante em São Paulo e Brasília: Tábula - Veículos de Comunicação: Tel. (11) 5507-5599

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Projeto Dançarte oferece atividades com preços acessíveis para a população Capoeira

A capoeira é caracterizada por golpes e movimentos ágeis e intricados, aproveitando principalmente chutes e rasteiras, além de cabeçadas, joelhadas, cotoveladas e acrobacias em solo ou aéreas, feitos frequentemente junto ao chão ou de cabeça para baixo. Portanto, a capoeira é uma luta de defesa e ataque em que os oponentes utilizam os pés e a cabeça, sendo as mãos utilizadas raramente, mas com efeito, tanto para o ataque quanto para defesa . Componentes da Capoeira: Uma característica que a distingue de outras lutas é o fato de ser acompanhada por música (ela decide o ritmo e o estilo do jogo que é praticado no decorrer da ‘roda de capoeira’) e pela prática em ‘rodas de capoeira’, as quais são constituídas por um círculo de pessoas onde é jogada a capoeira. Assim, os capoeiristas se alinham na roda de capoeira batendo palma no ritmo do berimbau (instrumento musical de corda feito de madeira, bambu, arame e uma cabaça) enquanto cantam a música de capoeira para os dois praticantes jogarem, que pode terminar ao comando do capoeirista no berimbau (normalmente um capoeirista mais experiente) ou com o início de um novo combate entre uma nova dupla. A música, por sua vez, é composta de instrumentos e canções, donde o ritmo varia de acordo com o ‘toque de capoeira’ de lento (Angola) ao bastante acelerado. A sequencia de movimentos parece uma dança e faz bem ao corpo e para mente. “A capoeira influencia na personalidade e caráter das pessoas e vem influenciando meus alunos do projeto de uma forma muito positiva. Gosto muito de dar aula aqui, a gente se sente bem à vontade e a gente vê um desenvolvimento muito grande nas aulas de capoeira.” Relata Marcus Paulo, professor de Capoeira do Projeto Dançarte há cerca de 1 ano e instrutor de capoeira há mais de 12 anos.

Alongamento

O alongamento é uma forma terapêutica elaborada para aumentar o comprimento de estruturas moles de tecidos, os chamados músculos encurtados e desse modo permitir a extensão da amplitude do movimento. O alongamento serve para aumentar a flexibilidade, preparar a musculatura antes do treino e desacelerar depois. O melhor método é usar o alongamento como uma arma preventiva. Uma programação diária, sobretudo focada em regiões específicas (costas, pescoço, coluna lombar), pode ser uma boa opção para prevenir a dor, liberar tensões, relaxar os músculos e melhorar a flexibilidade de uma maneira geral. Alguns dos Benefícios: Aumento da flexibilidade do corpo em geral; Prevenção no risco de lesões antes da prática esportiva; Prevenção de contraturas irreversíveis; Recuperação com maior rapidez da amplitude do movimento normal das articulações; Preparação do corpo para o esporte, evitando riscos aos músculos esqueléticos, tendões e articulações; entre outros “A gente desenvolve o alongamento muscular e o alongamento dos ligamentos, tentamos fazer isso com uma ideia de um espaço prazeroso de se chegar pela manhã, porque a aula é bem cedinho 7h30 da manhã. Além disso a gente espera que seja um espaço de relaxamento, porque o nosso desenvolvimento integral vai ser facilitado se o corpo estiver livre de tensões. Cada um tem o desenvolvimento pessoal, eu vejo por mim que estou iniciando monitoria dessas aulas de alongamento e já tive muitos aprendizados e muitos feedbacks do que já tem acontecido” Conta a Professora de alongamento do Projeto Dançarte, Munique Mattos.

Canto Coral

O canto coral tem se perpetuado na sociedade por sua facilidade de aplicabilidade, onde o instrumento utilizado já vem com o indivíduo, que é a voz. Também, pela facilidade de se realizar ensaios e apresentações, visto que o regente, que é quem ensina ao coro o repertório e o conduz a atingir a metas estabelecidas, geralmente trabalha com um piano ou teclado, demonstrando aos coralistas, as melodias que devem ser cantadas. Porém, o canto coral não se limita somente a interpretação de um repertório feito especialmente para coro, mas vai muito mais além, trabalha a autoestima, a socialização, o “saber trabalhar em equipe”, além de proporcionar ao indivíduo a oportunidade de ampliar seus conhecimentos culturais, se tornando uma pessoa mais instruída culturalmente, ampliando sua forma de entendimento e apreciação da arte do canto em conjunto. O canto coral envolve tudo que se refere a um coro ou a uma capela, ou seja, a um conjunto de músicos vinculados ao recinto religioso da Igreja ou de um monarca. Não há um marco inicial confiável desta atividade, mas sim documentos que comprovam sua ancestralidade. Pode-se afirmar que vários destes textos antigos estabelecem uma ligação entre cerimônias de natureza espiritual, danças religiosas e o canto coral. Os Benefícios resultantes da mistura de inserção social e música, são muito comuns de serem encontradas no estilo canto coral, pois a música é capaz de trazer a leveza para as adversidades do dia a dia. Outro ponto muito positivo é fato de não haver destaques individuais nos corais. Todo o trabalho é feito em conjunto, trazendo bons momentos de confraternização e alegria. Os grupos estão abertos para todas as pessoas que querem fazer da música uma terapia, ou uma carreira. [...] Os alunos são bem talentoso e esforçado, isso vem contribuindo para que a gente consiga um resultado na música e no que a gente propõe a fazer. Dentre outras coisas eles aprendem propriamente dito a parte técnica vocal que inclui respiração afinação, postura e contar em solo e o cantar em grupo, fizemos recentemente no projeto uma primeira apresentação sobre a minha responsabilidade com o infantil, e a parte técnica ela é primordial para que a parte artística no caso da oficina, ou seja, os conceitos musicais, a parte da técnica vocal é extremamente importante e primária nas aulas para que a gente consiga obter no repertório um resultado satisfatório [...] Ressalta Fabiano, professor de canto e coral do Projeto Dançarte.

Jazz

A aula inclui alongamentos, adaptação aos ritmos e trabalho muscular de várias partes do corpo, principalmente pernas e braços. Junte a isso a diversão de uma aula em grupo e o desenvolvimento da coordenação motora e o jazz, os alunos trabalham o alongamento, força muscular, musicalidade, postura e muita animação, se torna um exercício completo. A aula de jazz é ótima para crianças, jovens e adultos que buscam um exercício para manter o corpo ativo. Quem não pratica nenhum tipo de exercício pode se sentir um pouco desafiado pelo ritmo intenso da dança, mas com o tempo, a prática fica muito mais prazerosa. Por deixar que cada aluno crie e desenvolva seu estilo próprio, a dança favorece a expressão corporal de cada individuo. A prática frequente pode substituir idas à academia ou corridas, já que é um exercício que trabalha o corpo todo. Além de tudo isso, qualquer tipo de dança ainda pode fazer bem para o cérebro das pessoas. “Esse ano a turma cresceu bastante e é notório o desenvolvimento dos alunos durante esse ano. O jazz é influenciado pelo ballet clássico, ballet moderno existem várias vertentes da modalidade, trabalha muito improviso, alongamento, flexibilidade entre outros benefícios. O Projeto Dançarte representa muito na vida desses jovens, educação, disciplina, socialização e cultura, porque muitos nem sabiam o que era jazz”. Observa a professora de jazz do Projeto Dançarte, Dani Mello.

CAPOEIRA - 4ª e 6ª feiras - 9 às 10h / 3ª e 5ª feiras - 15 às 16hs CANTO/CORAL - 3ª feiras - Adulto - 16h30 às 17h30 e Infantil - 17h30 às 18h30 ALONGAMENTO - 2ª e 4ª feiras - 7h30 às 8h30 JAZZ - 3ª e 5ª feiras - Juvenil - 18h30 às 19h15 / Infantil - 19h15 às 20h / Adultos - 21 às 22h AV. NOSSA SENHORA DE FÁTIMA, 22 - SOBRELOJA - TEL. 2222-0848 / 3806-6368 - CENTRO - RIO - ongdancarte@gmail.com


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O Jornal Folha do Centro quer ouvir a opinião dos moradores da região e conhecer de perto quem são essas pessoas que constroem a história do bairro ao longo dos anos. Nesta edição de Julho, ouvimos Jose Augusto com seus 73 anos de simpatia, aposentado e morador do Bairro de Fátima há 33 anos. Folha do Centro: O que o senhor vê de ponto positivo hoje aqui no bairro? Jose Augusto: Eu considero o Bairro de Fátima uma belíssima cidade interiorana dentro da cidade maravilhosa. Muito família, bandas que saem anualmente no carnaval, locomoção que facilita acesso a outros lugares é muito boa, bares e restaurantes, alguns até com música ao vivo e a proximidade do Centro da Cidade. Isso nos dá uma sensação de bem estar morando no Bairro. FC: Quais os pontos negativos a destacar aqui na região? JA: Nossa rede de esgoto vive estourando, saneamento básico é ruim, estoura quase toda semana um cano. Uma coisa que eu queria registrar também é a exclusão do atendimento ao idoso na nossa praça no bairro de Fátima. Nos tínhamos uma academia funcionando em três horários com bas-

tante procura, onde o idoso fazia seu alongamento, sua ginástica, hoje você vê os idosos cada um fazendo exercícios nos aparelhos sem supervisão, isso tem que ser acompanhado por um profissional. FC: O senhor considera o bairro de Fátima violento? JA: Nunca fui vitima de nenhum tipo de violência no bairro. Agora, de um ano pra cá aproximadamente, eu sinto que a violência está começando a chegar, principalmente aqui na Rua Riachuelo que constantemente é noticiado na mídia. FC: O que o senhor acha do shopping chão?

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JA: Isso tem duas situações em minha opinião, realmente atrapalha a circulação das pessoas, trás alguns inconvenientes. Por um outro lado, é complicado julgar, em vez de estar com uma arma na mão assaltando ele está ali vendendo a bugiganga dele. FC: Como o senhor destaca a sua convivência com as pessoas aqui no bairro? JÁ: De uma maneira geral me dou muito bem com todas as populações que frequentam bares, restaurantes, supermercados, vizinhos, amigos. Tenho um ótimo relacionamento aqui. FC: Em relação à linha de ônibus c-10, notou alguma piora no transporte? JA: Nosso ônibus famoso C-10 funcionava tão bem agora está em precaríssimas condições, à linha era ótima, 10 minutos estávamos no Centro da Cidade, agora o intervalo entre ônibus são mais de 30 minutos, e quando passa você não consegue entrar no ônibus porque ele está lotado. FC: Gostaria de deixar alguma mensagem? JA: Queria prestar homenagem a minha companheira Daniela pelo carinho e atenção que ela tem tido comigo ao longo desses anos.


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O Projeto Dançarte está comemorando 15 anos e realiza todos os meses o Sarau Cultural gratuitamente O evento terá a participação de alunos, professores e outros profissionais, que apresentam peças teatrais. Sarau é um evento cultural em que as pessoas apresentam música, dança e teatro. O objetivo desse projeto é possibilitar momentos de criação na escrita e apreciação de poemas que fazem parte da cultura brasileira. No dia 9 de junho último, os alunos de teatro da Professora Gisele Confidenti apresentaram quatro peças para o público, entre elas a famosa história de Romeu e Julieta. Todos que assistiram ficaram encantados com a performance dos alunos. O propósito é oferecer um espaço para convivência entre família e comunidade, para apresentações artísticas e para divulgação das atividades que estão sendo realizadas pelo projeto. O Sarau Cultural visa incentivar a expressão cultural da população em todos os seus aspectos, desde música, dança, poesia, interpretação teatral e demais manifestações artísticas. Toda a comunidade está convidada para participar e prestigiar o evento, que acima de tudo mostra a verdadeira identidade cultural dos cidadãos, É um momento para a soma de conhecimentos, descobertas e vivências coletivas. Além disso, o sarau estimula tomado de consciência, pois a cultura desperta a sensibilidade das pessoas para à sua volta e as estimula a refletir a partir de outras linguagens. Logo, como está presente no contexto escolar, o sarau contará com dança, música, poesia, performance. O Sarau cultural do Projeto Dançarte será realizado toda segunda sexta feira

Apresentação de peça do teatro

Fotos: Ryan Lima

Plateia lotada para assistir o primeiro Sarau do Projeto Dançarte de cada mês, com apresentações de atividades que são realizadas no projeto, o primeiro evento foi um grande sucesso. O objetivo é Contribuir para que os alunos conheçam e utilizem elementos constitutivos da lingua-

gem de forma reflexiva e funcional com autonomia, sendo protagonistas em suas ações, Oportunizar o uso da linguagem em diversas situações. Confira a programação:

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Como tratar da pele acneica para grávidas O que também funciona: a mudança para uma base para pele oleosa ou usando maquiagem mineral em pó? Ambos têm propriedades que não irritam a pele com acne. Mas peço às gravidas que sempre que tiver necessidade de fazer uma limpeza de pele ou utilizar qualquer produto Não tem como negar, na gravidez é a maior fase de alterações hormonais, metabólicas e vasculares, como o tecido do corpo e do rosto, sofrendo muito. Apesar de ocorrer uma hiperatividade das glândulas sebáceas nesse período, o problema não é frequente. Pelo contrário, algumas mulheres chegam a relatar melhora nas condições da pele, mas para quem tem problemas com elas “acne”. Dou uma dica para ajudar você a ficar mais bonita e se sentir mais feliz. Na fase da gravidez o nível do estrógeno e progesterona aumenta consideradamente, chegando a atingir níveis de ate 30 vezes a mais. Os hormônios em questão são essenciais para o desenvolvimento fetal e são levados pela corrente sanguínea ate a placenta. “Essas substâncias são muito expressivas” para a pele melhorando sua textura e conferindo um aspecto mais macio e hidratado, além de promover uma mudança da pigmentação, com aparecimento de pintas, sardas e manchas Mas, especificamente no que se refere à acne, a ação hormonal é um, a caixinha de surpresa, sem

saber realmente o que fazer”. Também sabemos que temos que avaliar a sensibilidade de uma gestante para a outra e lembrar que cada grávida tem aspectos bem diferentes Para quem a acne resolveu atormentar nessa etapa da vida, o conselho é ter paciência. O consolo é que, durante o período de amamentação, tudo começa a voltar ao normal. Os hormônios começam a ficar normalizados. Principalmente nesta fase da vida da mulher devemos ficar mais atentas na composição dos produtos que desejamos utilizar, existem produtos que realmente

podem trazer prejuízo à pele além de afetar o seu bebê. “Você não deve usar nenhum produto que contêm peróxido de benzoíla, ácido salicílico, ou qualquer um dos retinóides. Eles não são seguros para uso durante a gravidez” para pessoas que não obtêm resultados com tratamentos tópicos, prescrição de qualquer formula devera ser prescrita por uma dermatologista para poder considerar um uso seguro “Isso não deve causar problema, e se espinhas estão realmente fazendo você se sentir mal, isso pode te ajudar”, Procure suas médicas.


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Theatro Municipal: Dificuldade que afeta a arte Símbolo nacional da arte erudita, o Theatro Municipal do Rio de Janeiro vem atravessando uma realidade bem diferente de sua rotina. A crise financeira que assola o estado atingiu em cheio um dos mais importantes espaços da cultura no Brasil. Com meses de salários atrasados e ainda no aguardo do 13º de 2016, os servidores públicos do teatro estão encontrando cada vez mais dificuldades para pagar suas contas e até mesmo para chegar ao local de trabalho. “Meu papel principal hoje não é o protagonismo, é estar defendendo a causa e apoiando. Nessa situação que a gente se encontra, é como se eu estivesse morrendo a cada dia. Além da falta de salário, que é bem grave, e o alimento da minha vida que é estar em cena. O desespero maior é a não previsão de regularização, em relação aos espetáculos a gente tem a agenda programada sem saber se vamos poder cumprir. Porque não estamos recebendo, tem funcionário que não tem condição de tirar do próprio bolso pra vir trabalhar, tenho colegas que não tem o dinheiro da passagem. Aí você imagina o balllet, aonde se tem um condicionamento físico muito exigido, todos os dias trabalhando, o bailarino precisa se manter diariamente, envolve estar aqui todos os dias, mas para maioria não está sendo viável, porque não é só a passagem, você precisa de dinheiro pra comer, o bailarino precisa se alimentar, ele é um atleta. Está muito complicado”. Declara Claudia Mota, Primeira bailarina do Theatro Municipal e funcionária há 21 anos [...] A luta tem sido constante, nos temos feito muitas reuniões com o secretário de cultura, cobrando providências, mas está muito difícil e ao mesmo tempo nos não podemos parar, porque o artista ele tem que estar pisando no palco. A gente ainda está em negociação pra ver o que pode ser feito salarialmente, nesses últimos dois meses a gente tem feito uma campanha que começou no dia 09 de maio de doações em dinheiro e cestas básicas. O que mana o Theatro Municipal, a alma do teatro, são os artistas, bailarinos, cantores do coro e os músicos da orquestra, isso que faz o Theatro funcionar e com essa crise a gente viu que essa união foi que permitiu que esse grande sucesso de “Carmina Burana” [...] Relata Pedro Oliveira, Presidente da associação do Coro do Theatro Municipal e funcionário há 30 anos.

Mesmo diante da pior crise que o estado enfrenta, músicos e bailarinos do Theatro Municipal do Rio se desdobraram para poder realizar mais um espetáculo, que foi “Carmina Burana”. Pela primeira vez no ano, atuaram em conjunto o balé, o coro e a orquestra sinfônica do teatro. Com três meses de salários atrasados, essa foi a primeira apresentação do corpo de baile este ano. “Infelizmente com essa crise do estado do Rio de Janeiro, nos funcionários do teatro municipal estamos passando por um momento muito difícil, estamos há 3 meses sem receber salário e sem receber o 13º salário de 2016. Então com essa situação as pessoas deixaram de ter um mínimo de vida, o básico, o cotidiano, deixaram de pagar aluguel, alimentos.. etc. E isso além de acarretar problemas na sua vida particular, familiar e social, no nosso caso que somos bailarinos e somos funcionários do Theatro, ela prejudica diretamente nossa profissão, é extremamente complicado e difícil porque o bailarino precisa trabalhar o físico dele como se fosse um atleta de ponta. Ele tem que ficar o tempo todo trabalhando muscularmente, tem que estar alongado, magro, e a partir do momento que você está paralisado, você não consegue ter a continuidade de 6 a 8 horas de trabalho, o seu físico vai congelando, é como se você pegasse uma máquina, colocasse ela na chuva e ela começasse a enferrujar e é isso que acontece, então as vezes uma semana parado, é duas ou 3 semanas que você vai ter que trabalhar a mais para retomar todo aquele período parado, já estamos quase 5 meses nesse processo de estar praticamente parado então no nosso caso o ano inteiro foi praticamente perdido. Está sendo muito difícil, pra mim, Filipe Moreira primeiro bailarino que está

tendo esse declívio na carreira, no meu caso eu sou casado com uma bailarina que também deixou de receber, então somos duas pessoas dentro da mesma casa sem receber salário, não está entrando dinheiro de nenhum lugar, e com isso a minha vida foi ficando extremamente difícil, onde eu tive que arrumar maneiras por fora pra conseguir ter o mínimo, conseguir ter trabalho, então foi quando eu me tornei motorista de Uber”. Conta Filipe Moreira, Primeiro Bailarino do Theatro Municipal. O primeiro solista do ballet do Theatro Municipal, Edifranc Alves, é também Presidente da associação do corpo de baile, ressaltou as dificuldades enfrentadas pela falta de salário. “A falta de pagamento causa uma desestruturação na vida dos servidores do

Theatro Municipal, temos muito

servidores aqui que são casais, e os dois recebem da mesma fonte e estão sem receber, então como se paga as contas? Como se paga alimenta em casa? O colégio do filho? Como se paga as contas básicas? Isso é um problema muito sério que precisa ser repensado com responsabilidade pelos governantes. As pessoas estão tendo problemas psicológicos. O coro, ballet e orquestra uniram forças nesse momento pra dar esse grito de socorro pra população carioca, nacional e internacionalmente também. Amamos nosso trabalho, nos somos servidores públicos e nos estamos aqui lutando pelo nosso trabalho, por essa casa, por esse grande legado nacional que nos temos que defender com unhas e dentes. Agora com a temporada que terminou no dia (20) “Carmina Burana” foram 4 espetáculos, no qual o ballet pela primeira vez subiu no palco nesse ano e foi um grande momento e grande emoção, de grande comprometimento de todos os artistas, os coristas os músicos, os bailarinos pra trazer a tona esse espetáculo mostrar ao nosso público nossa paixão, nosso amor, nossa qualidade, nossa excelência, e isso foi um momento de grande emoção e de empatia com o pública e é nosso dever levar nossa cultura a população carioca, estamos ainda nessa luta, nossa situação financeira não mudou depois de “Carmina

Burana” os salários continuam atrasados, o que será de nos agora? Doações O Theatro Municipal continua recebendo doações de alimentos para os funcionários com salários atrasados. “A gente continua recebendo doações e, acima de tudo, continua fazendo arte da melhor qualidade, e insistindo muito em ser acessível, em trazer a arte para muita gente”, disse Heller-Lopes. O diretor destacou que os bailarinos, cantores e músicos, “mais que agradecem as doações”, mas que o mais importante para os artistas continua sendo “o aplauso do público, a presença, a demanda de espetáculos sempre” Hoje as doações não param de chegar, já foi arrecadado 10 mil toneladas de alimento não perecíveis. A doação também pode ser feita em dinheiro.


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Demétrio é um dos treze fundadores da SAARA e seu presidente de honra

O sucesso da Sociedade de Amigos das Adjacências da Rua da Alfândega (Saara) está diretamente ligado à figura de Demétrio Charl Habib, o homem que a criou em 1962, no dia de seu aniversário. A ideia do primeiro presidente da Saara, que no último dia 5 de maio completou 90 anos, era a de transformar uma área que só vendia no atacado em outra que fizesse o mesmo sucesso no varejo. A Saara é uma sociedade que congrega todos os comerciantes da área. Ela está dividida em mais de 1.250 lojas e escritórios, dos quais muitos pagam uma mensalidade para a manutenção da limpeza, segurança, divulgação na Revista Saara, o uso de banheiros públicos e ainda para os serviços médicos de uma ambulância com enfermeiras

da Polícia Militar Filho mais velho de Gabriel Habib, começou a trabalhar como viajante comercial da firma do pai, aos quatorze anos. Adotou seus sábios ensinamentos e mais tarde, junto com os irmãos, desenvolveu a empresa. DEMÉTRIO vem trabalhando no sentido de enriquecer as tradições de sua comunidade, dentro do país que tão bem sabe acolher os que procuram e passam a nele viver, contribuindo para o bem comum e prosperidade do Estado e da Nação. A Saara, sua grande criação serve de exemplo, hoje, a outras comunidades. É incentivador dos empreendimentos públicos e privados, no campo do Comercio, da Indústria, da Educação e do melhoramento dos níveis de produção.

Demétrio Charl Habib DEMÉTRIO CHARL HABIB tem colaborado com as iniciativas para maior aproximação entre Oriente Médio e o Brasil.

Em suma, DEMÉTRIO, e empresário bem sucedido e Líder inconteste da comunidade árabe-Líbanesa o que se comprova através de títulos honoríficos e comendas recebidas de diversas Instituições Sociais, Religiosas e Profissionais. “Eu e uns amigos decidimos fundar a SAARA, achávamos que estávamos ajudando, mantendo as ruas limpas, com policiamento, com tudo aquilo que uma rua deve ter nos tínhamos. Se tratando de uma comunidade que congrega várias raças e etnias religiosas, aqui você não encontra árabe falando mal de judeu, nem judeu falando mal de árabe, nos unimos, confraternizamos festas dos dois lados. É muito comum ver aqui um árabe almoçando com um judeu na maior paz, me orgulho, e com isso nos conseguimos tornar a Saara uma das empresas mais conhecidas do mundo. Há uns 3 anos a ONU mandou pra cá cerca de 250 jovens do mundo, judeus, franceses, italianos, alemães, entre outros países, pra conhecer a Saara , porque a Saara hoje é citada no mundo inteiro, onde a convivência de árabes e judeus é uma realidade. Vieram e foram muito bem recepcionados e saímos mostrando a eles a Saara”

Relata Demétrio Atualmente, Demétrio é o responsável pela publicidade da Revista Saara. Uma publicação mensal, distribuída gratuitamente e que já existe há muitos anos. Entre tantas vitórias ao longo de todos esses anos, Demétrio já recebeu diversas homenagens como a de Comendador Nacional dos Cedros do Líbano; a Comenda de São Pedro e São Paulo; o Troféu do Mascate, além de outros títulos que o enchem de orgulho. Mas segundo ele “A minha honraria mais especial é a união, a vivencia da rua da alfândega, o respeito que tenho pelas pessoas e sou respeitado por todo mundo”. Ressalta o Presidente de Honra da Saara.


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A prática da oração e da gratidão

Ana Carla Vicencio O número crescente de pesquisas científicas sobre o efeito da gratidão e da oração na saúde física e mental, na socialização e na diminuição do estresse despertam a atenção de muitos profissionais de saúde. Esse assunto também despertou meu interesse há alguns anos. Quando comecei a estudar o livro Ciência e Saúde, de Mary Baker Eddy, entendi que a prática da gratidão a Deus equivale à oração prática. O primeiro capítulo desse livro apresenta ideias sobre a finalidade da oração e propõe a reflexão sobre o propósito individual de conhecer sua relação com Deus: “o que mais necessitamos é orar com o desejo fervoroso de crescer em graça, oração que se expressa em paciência, mansidão, amor e boas obras... O mundo tem de progredir rumo à compreensão espiritual da oração.” Isso quer dizer, que cada um de nós pode alcançar um nível mais espiritualizado de oração. Por exemplo, certa vez, em meu trajeto diário, eu precisava atravessar de carro uma avenida movimentada de mão dupla cujo farol que regulava esse tráfego ficava distante do ponto onde eu me encontrava. Eu sabia que precisava de muita paciência e, por isso, comecei a pensar na presença de Deus como um protetor e um guia, sabendo que sempre existe o momento apropriado para nossas ações, inclusive no trânsito. Quando olhei para o lado, vi uma cena que despertou minha curiosidade. Três pessoas estavam de frente para um muro e uma delas carregava uma criança de colo. Fiquei grata pelo tempo que tinha para observar e entender o que estava acontecendo. Uma mulher estava chorando compulsivamente e os dois homens estavam tentando ampará-la. Meu coração se encheu de amor por eles e orei. Apliquei o que aprendi do capítulo A oração, do livro Ciência e Saúde, compreendendo que Deus é Amor e está sempre presente, por isso Ele estava se comunicando com cada um de Seus filhos e destruindo todo o sofrimento que parecia existir entre aquelas pessoas.

Logo em seguida, a mulher

seguiu adiante, eles começaram a caminhar juntos e entraram em um carro. O tempo que fiquei ali parada em oração por essas pessoas fez sentido para mim, apesar de elas nunca tomarem conhecimento de que uma pessoa desconhecida havia orado por elas. Entendi que eu podia utilizar aquele momento todos os dias para dedicar uma oração à comunidade e a todos os que cruzavam o meu caminho. O resultado foi que cada vez ficou mais fácil atravessar aquela ave-

nida e ampliei meu sentimento de amor pela humanidade. O sentimento de gratidão e o amor que senti por meio da oração eliminaram o peso do estresse do trânsito e a cena de tristeza daquelas pessoas . O meu desejo sincero de pôr em prática o que aprendi, funcionou! Constatei que realmente “os atos expressam mais gratidão do que as palavras”. Ana Carla Vicencio é Comitê de Publicação da Ciência Cristã e escreve reflexões sobre espiritualidade, saúde e bem-estar. Email: brasil@compub.org Twitter: @ AnaCVicencio.


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Museu da Policia Militar do Estado do Rio de Janeiro Localizado no Centro do Rio, o museu conta com um ótimo acervo contando a história da PMERJ

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museu da Policia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ), tem como missão valorizar e preservar a memória da história da instituição, sua tradição e identidade, entendida como um patrimônio cultural de todos. O museu originou-se a partir do acervo que já fazia parte da antiga Sala D´Armas criada, em 1911, para servir de Centro de Adestramento de Oficiais e Praças no manuseio de espadas. Hoje, o acervo conta 3.000 objetos reunidos ao longo dos quase 200 anos de existência da instituição. Os visitantes também podem conferir a coleção de seis armaduras completas - única no Brasil e recentemente restaurada - trazida por D. João para ornamentar sua então residência na Quinta da Boa Vista, documentos e artilharia da Guerra do Paraguai, como o canhão La Hitte, além da evolução

Fotos: Ryan Lima

de equipamentos de comunicação, como a Caixa de Socorros Policiais, usada na década de 1910 para agilizar o atendimento à população. No pátio de entrada, há um canhão e uma “joaninha”, apelido popular dado à patrulha policial modelo fusca. A sala dedicada a Guerra do Paraguai é um dos destaques do museu: está lá um canhão paraguaio trazido pelas tropas brasileiras como troféu e um

cão taxidermizado. Com coleira de ouro e ferida de guerra, Bruto é o primeiro animal militar da história que, mesmo sem nunca ter sido treinado, atuou como cão de guarda na Guerra do Paraguai. Outro espaço nobre é a Sala D’Armas General José da Silva Pessôa, embrião do museu criado em 1911, onde estão expostas armas medievais, como partazana, alabanda, broquel e mangais, e também peças de ataque e defesa

mais conhecidas do grande público, como escudos e lanças. As cinco armaduras trazidas por Dom João VI do seu castelo português são de arrepiar: especialistas dizem que têm mais de 200 anos. O museu também conta com uma biblioteca, aberta a estudantes, pesquisadores e professores que se

interessam não só pela Polícia Militar, mas pela história da arte e dos museus. Mais de 1300 livros estão acessíveis e outros títulos serão disponibilizados ao público. Localização .Desde 1985, o Museu da Polícia Militar funciona na Rua Marquês de Pombal, 128, na Cidade Nova, antiga residência dos comandantes do Batalhão de Choque. O funcionamento é de terça a sexta-feira, das 9h às 16h, e a entrada é gratuita.


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Viva Como Se Estivesse de Partida

O livro apresenta um relato emocionante e repleto de otimismo de Rafael Henzel, único jornalista sobrevivente do voo que resultou na tragédia envolvendo jogadores da Chapecoense, comissão técnica, dirigentes, jornalistas e tripulação do avião da LaMia no fim de 2016. Em Viva como se estivesse de partida, o narrador esportivo recorda os momentos que antecederam o acidente e compartilha a jornada de gratidão pela dádiva da vida que traçou a partir do momento do resgate. No dia 23 de novembro, Rafael Henzel acompanhava da cabine da Arena Condá a disputa entre o San Lorenzo e a Chapecoense por uma vaga na final da Copa Sul Americana. Trinta segundos antes do jogo terminar, o goleiro Danilo evitou o gol do time argentino, colocando a Chape na final. Narrando a partida pela rádio catarinense Oeste Capital, Henzel vibrou e chorou naqueles

que eram “os últimos momentos do jogo que alçaria uma equipe de futebol, e também uma cidade e uma região, a um patamar jamais imaginado”, como ele afirma no livro. Cinco dias depois, o avião que transportava a delegação para Medellín, na Colômbia, onde o time disputaria a final, se chocou com uma montanha, resultando em 71 vítimas fatais e seis sobreviven-

tes. Além de relembrar as horas logo após a queda da aeronave, quando se perguntava se aquele seria de fato o fim, o difícil resgate e sua recuperação espantosa ainda na Colômbia e depois já no Brasil, Rafael fala sobre a importância da solidariedade que recebeu de todos os cantos do mundo, o carinho dos médicos, enfermeiros e do povo colombiano, a dor pelos amigos perdidos, mas também a gratidão pela vida e pela oportunidade de valorizar as pequenas coisas do dia a dia. No livro, repleto de mensagens de esperança, otimismo e solidariedade, Rafael divide com o leitor tudo que mudou em sua vida após receber essa segunda chance e afirma ter plena consciência de que sua missão após vivenciar o que muitos consideram um milagre é levar uma mensagem de amor e gratidão a todos e mostrar que não é preciso vencer a morte para começar de novo.


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Pescadores de Almas

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Rio recebe a primeira encenação sobre a médium Walkiria Kaminski Através da própria biografia Walkiria Kaminski narra o início do contato mediúnico que a levou a vivenciar o suicídio da pintora Jeanne Hébuterne: esse é o fio condutor para a dramaturgia de um dos livros espíritas mais lidos da atualidade. Pescadores de Almas, inédito nos palcos, é a mais nova produção da Dendrobates Cultura, com direção de Daniel Archangelo e a atuação de Tatiana Sobral. O espetáculo fará sua primeira temporada a partir de 01 de Julho no Teatro do Centro Cultural Municipal Parque das Ruínas (Rua Murtinho Nobre, 169 - Santa Teresa). Entre os livros espíritas mais vendidos da atualidade Pescadores de Almas apresenta uma narrativa arrebatadora. Através de caminhos pessoais levanta questões fundamentais sobre o suicídio. Em todo mundo as doenças emocionais têm se multiplicado, e muitas situações limites são enfrentadas com a solidão: O sofrimento enlouquece, nos diz Walkiria Kaminski. A história contada no livro vai além da religião. Estamos diante um depoimento biográfico que se

cruza com muitas outras vidas e histórias. Que traz em detalhes o momento da morte de uma personalidade histórica. Além disso todo processo de construção da dramaturgia é repleto de poesia visual. O resultado será um lindo espetáculo construído com extrema delicadeza. Explica o diretor Daniel Archangelo. Pescadores de Almas traz em ótima performance a atriz Tatiana Sobral, além de um trabalho visual extremamente cuidadoso. Como

uma forma de construir laços culturais, um dos objetivos da Dendrobates Cultura é buscar textos inéditos com novos pontos de vista, um movimento fundamental para compreender nossa própria realidade. A escolha em adaptar uma obra literária tem a ver com a história que ela conta e com o ponto de vista que ela defende. A história de uma médium brasileira que conta com presença de vários pintores históricos, que se mescla a história

da vida de Amedeo Modigliani e se choca com o suicídio de Jeanne Hébuterne precisa ser levada aos palcos. É um depoimento único que traz consigo um ponto de vista pouco presenciado em cena. Argumenta Archangelo A conferir: Pescadores de Almas no Teatro do Parque das Ruínas – Rio de Janeiro – de 01 a 29 de Julho. Mais Sobre Walkiria Kaminski: Walkiria Kaminski é paranaense, graduada em Letras pela Unicentro do Paraná, mestre em Teoria Literária pela PUC Paraná e pós-graduada em Arte Terapia pela Universidade Federal de Santa Catarina. Com mestrado e doutorado na área de saúde mental, Walkiria atua como voluntária em ações terapêuticas nas favelas brasileiras atendendo a crianças esquizofrênicas, psicóticas e autistas. Médium psicopictográfica, Walkiria é a iniciadora do movimento Arte Cura no Brasil. Aos 65 anos de idade, ministra palestras e apresentações de arte mediúnica em 20 estados brasileiros. Serviço:

Pescadores de Almas Temporada: de 01 a 29 de Julho de 2017 Horários: 16Hs (sábados) Local: Teatro do Centro Cultural Municipal Parque das Ruínas (Rua Murtinho Nobre, 169 - Santa Teresa). Capacidade: 70 lugares Bilheteria: Tel.: (21) 39162600 Ingressos: R$ 40 (inteira), R$ 20 (meia entrada para os casos previstos em lei) Duração: 55 minutos Classificação: 14 anos


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O maior grafite já feito por uma mulher é obra de Brasileira

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Mural em escola poderá ser o maior do mundo

A artista Luna Buschinelli é responsável pelo maior grafite do mundo produzido por uma mulher. A obra, o enorme painel intitulado “Contos”, foi feita no prédio da Escola Municipal Rivadávia Corrêa na Av. Presidente Vargas entre a Igreja da Candelária e a Central do Brasil, no Rio de Janeiro. Em diferentes tons de azul e cores fortes, a pintura mostra uma mãe contando uma história para os filhos. Segundo a prefeitura do Rio, a obra pode ser reconhecida pelo Guiness Book como o maior grafite do mundo pintado por uma mulher. A talentosa artista, de apenas 19 anos, trabalhou das 8 às 18h por cerca de 1 mês para pintar os cerca de 2.500 m² do complexo escolar. Luna foi convidada pelo produtor Pagu, responsável, ao lado de Andrea Franco, pelos murais do Boulevard Olímpico — entre eles, o de Kobra, reconhecido pelo Guinness como o maior grafite do mundo. O trabalho faz parte do projeto Rio Big Walls da Secretaria Municipal de Cultura que pretende valorizar espaços por meio da arte urbana. O grafite foi inaugurado no último dia 16 de junho e vai

apresentado ao Guinness Book. “Essa obra não se trata apenas de um recorde, mas de empodera-

mentos: da mulher, da mãe solteira que cria seus filhos sozinha, da luta dos professores, dos alunos, da

família brasileira que depende do sistema público de educação”, diz Buschinelli. “Acredito que estou

conseguindo chamar a atenção para a escola e para essas realidades que a cercam.”


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O Rappa decide dar uma pausa na carreira após 23 anos de sucesso A banda vai terminar turnê até fevereiro de 2018, depois vai parar sem previsão de volta

Formado na cidade do Rio de Janeiro em 1993, O Rappa é um dos grupos mais representativos do cenário pop/rock nacional. A banda nasceu da união de vários músicos que tinham atuado em diferentes bandas e mais a entrada do vocalista Falcão, atendendo ao um anúncio colocado em jornal pela banda. No começo da carreira, a banda contava com Falcão (voz), Marcelo Yuka (bateria), Xandão (guitarra), Nelson Meireles (baixo) e Marcelo Lobato (teclado). O Rappa conquistou os quatro cantos do país. Quase todas as canções foram sucesso. Com

uma letra perfeita e uma música impactante, conseguiu conquistar público e especialistas. Músicas como “Pescador de Ilusões”, “A Feira” e “O Homem Bomba” dominaram as rádios, entre outras. Em 2005 o grupo lançou o Acústico MTV que levou dois prêmios Multishow, como Melhor Grupo e Melhor Show. No ano seguinte o Acústico recebeu o prêmio de Melhor DVD e é indicado para o Grammy Latino como o Melhor Disco de Rock Brasileiro e Melhor Performace, em Vídeo Longo. Em 2008, o grupo lança “7 Vezes” e em 2009 “O Rappa ao Vivo” que é gravado numa garagem desativa-

da, na comunidade da Rocinha, e em 2013 lançam o álbum “Nunca Tem Fim”. “Chegou a hora de dizer que vamos parar e, desta vez, sem previsão de volta”. A boa notícia é que vamos terminar esta turnê. Os shows estão confirmados até fevereiro de 2018 Esperamos ver todos nossos fãs nestes shows. Fiquem ligados na nossa agenda. “O nosso muito obrigado a cada um de vocês pelo carinho e dedicação de sempre”, afirmou o comunicado oficial. No Rio, O Rappa se apresenta no próximo dia 14 e 15 de julho, na Fundição Progresso.


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Nova presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro

A votação aconteceu no mês de maio na Casa de Mauá

A empresária Angela Maria Machado da Costa foi eleita como a nova presidente da Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ) para o biênio 2017/2019. A também vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) tomou posse no dia 5 de junho, às 11h, na sede da ACRJ. Foram eleitos, ainda, o benemérito Benjamin Nasário Fernandes Filho e o diretor Hélio Ferraz, como 1º e 2º vice-presidentes, respectivamente, além dos integrantes do Conselho Diretor.

Angela Costa será a primeira mulher à frente da entidade e afirma que é uma grande responsabilidade se tornar presidente de uma instituição bicentenária. “Agradeço a Deus, ter permitido que eu viesse a ser a primeira mulher a ocupar esta cadeira, onde me antecederam grandes nomes da história, particularmente, do empreendedorismo no Brasil, nos últimos 200 anos, cujo símbolo é nosso patrono, Irineu Evangelista de Souza, o Visconde de Mauá”. Após a cerimônia de posse foi

realizada uma Missa em Ação de Graças, na Igreja São Judas Tadeu. “Nosso trabalho é articular diversos setores empresariais para indicar aos governantes o que aprendemos no dia a dia das empresas, nossos gargalos, nossas angústias e nossas propostas. Lembro a todos que essa é a Casa do Empresário. Não importa o setor de sua atividade, seja indústria, comércio, agricultura, financeiro, transporte, saúde, serviços, aqui temos uma só voz, uma voz e um grito: desenvolvimento”, ressalta a nova presidente.

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EXPOSIÇÃO AMIGOS D’O MUSEU: 80 ANOS, É INAUGURADA NO MUSEU NACIONAL Telas interativas, fotografias e peças curiosas e inéditas do acervo do Museu Nacional fazem parte da exposição temporária “Amigos d’O Museu: 80 anos”. Entre os destaques estão um crânio gigante de jacaré-açu e relíquias de sítios arqueológicos como um utensílio que originou o nome Pão de Açúcar para o monumento natural do Rio. Com a curadoria de Débora de Oliveira Pires, ela é assinada pelo estúdio de experiência criativa Ambos&&. Temporária, ela terá a duração de 1 ano, ficando até 5 de junho de 2018, no Museu Nacional, Quinta da Boa Vista, São Cristóvão, no Rio de Janeiro. Abertura: 6 de junho de 2017. Em exposição: Até 5 de junho de 2018. Dias e horários de funcionamento: De terça a domingo, das 10h às 17h. Segunda-feira, das 12h às 17h. Ingresso: R$ 6 (inteira). R$ 3 (meia) Endereço: Museu Nacional, Quinta da Boa Vista, S/N, São Cristóvão, Rio de Janeiro, RJ. Contatos: (21) 3938-1123 e www.museunacional. ufrj.br.

‘HAMLET’ ESTREIA NO CCBB Espetáculo marca 30 anos de formação da Armazém Companhia de Teatro Partindo da obra fundamental de Shakespeare, a ideia geral da companhia é encontrar um Hamlet do nosso tempo. Um Hamlet cheio de som e fúria. Não numa atualidade forçada, mas ressaltando aspectos da obra que dialogam com esse coquetel de conflitos contemporâneos que vemos todos os dias jorrando nas grandes cidades do mundo. Serviço ‘Hamlet’ Temporada: 16 de junho a 6 de agosto, quarta a domingo, às 19h. (Nos dias 24 e 31 de julho haverá sessões extras às 19h) Local: Centro Cultural Banco do Brasil – Teatro I Rua Primeiro de Março, 66, Centro do Rio Ingresso: R$ 20,00. Meia-entrada: Estudantes, idosos, menores de 21 anos, pessoas com deficiência, professores e profissionais da rede pública municipal de ensino. Mais informações: 21 3808-2020

DENISE FRAGA NA PELE DO ASTRÔNOMO GALILEU EM PEÇA DE BRECHT “Galileu carrega em si todas as contradições. É herói e anti-herói. E lança uma pergunta: Até que ponto posso ser fiel ao que penso sem sucumbir ao poder vigente?”, detalha Denise Fraga, que estreou dia 1° de julho, em uma curtíssima temporada popular no Teatro João Caetano, ligado à Secretaria de Estado de Cultura, o espetáculo “GALILEU GALILEI”. Com direção de Cibele Forjaz, o clássico do dramaturgo alemão, assistido por mais de 90 mil pessoas, chega ao Rio após grande sucesso em São Paulo. O texto conta a história de uma das maiores injustiças cometidas pela Igreja Católica, num trágico embate entre razão e religião. “Galileu achava que podia se aliar ao poder para viver bem e ainda assim conservar sua liberdade”, fala a diretora. Dez atores em cena tocam diversos instrumentos e cantam músicas originais de Lincon Antônio e Théo Werneck. SERVIÇO “Galileu Galilei” Endereço: Teatro João Caetano — Praça Tiradentes s/nº, Centro Temporada: dia 01 de Julho. De sexta a sábado., às 19h30m; dom., às 17h30m. Até 17/7/2017. Quanto: R$ 30. -Classificação: 12 anos.

EM CARTAZ - MARIA MENINA Sinopse: Um dia nasceu Maria Menina. Na cabeça dela crescia um cabelo que dava voltinha, se embaraçava, ocupava espaço, era um cabelo muito faceiro, cheio de vontades e opiniões próprias. Mas na cidade que Maria nasceu, todos tinham medo de cabelos como aquele e, por isso, sua Tia prendeu seu cabelo bem firme para que ele não se esparramasse por ai. Com o tempo, Maria Menina é surpreendida por uma dor de cabeça que ela não entende. Ela decide então se aventurar em busca da cura para sua dor de cabeça, passando por caminhos e descobertas sobre o mundo e si mesma. Dias, horários e valores: Domingo às 11:00 - R$ 20,00 (Valor inteira) Temporada: De 02/07/2017 Até 30/07/2017 Duração: 50 minutos Contato: (21) 2252-1039 Teatro Parque das Ruínas Endereço: Rua Murtinho Nobre, 169 Santa Teresa

TEATRO GLAUCE ROCHA APRESENTA - PARA ONDE IR Sinopse: Construído a partir do personagem Marmieládov, do romance Crime e Castigo, escrito pelo russo Fiódor Dostoiévski (1821-1881), e da trama de Uma temporada no inferno, do francês Arthur Rimbaud (1854-1891), o monólogo PARA ONDE IR marcou a estreia da atriz e produtora Viviani Rayes na direção e traz Yashar Zambuzzi no papel de Marmieládov. Ambos são fundadores da Te-Un TEATRO e, entre vários trabalhos juntos, atuaram e produziram a aclamada Blackbird (David Harrower) que ficou em cartaz de 2014 a 2017. Dias, horários e valores: Sexta às 19:00 - R$ 30,00 (Valor inteira) Sábado às 19:00 - R$ 30,00 (Valor inteira) Domingo às 19:00 - R$ 30,00 (Valor inteira) Temporada: De 07/07/2017 Até 23/07/2017 Endereço: Av. Rio Branco, 179 – Centro Telefone (21)2220-0259 EM CARTAZ - A CUÍCA DO LAURINDO A volta do espetáculo conta com outra novidade: todas as sextas-feiras (exceto a da estreia), o elenco receberá convidados especiais, para canjas ao final do espetáculo. o grupo, então, seguirá em cortejo de bloco carnavalesco até a rua. “a Praça Tiradentes é assunto recorrente na peça já que mulher de Laurindo, Zizica Tupynambá, é ex-atriz de teatro musicado, integrante da companhia negra de revistas. então, é muito emblemático fazermos o espetáculo no templo do teatro de revistas, o Carlos Gomes”, celebra Alzuguir. Dias, horários e valores: Quinta às 19:00 - R$ 40,00 (valor inteira) Sexta às 19:00 - R$ 40,00 (valor inteira) Sábado às 19:00 - R$ 40,00 (valor inteira) Domingo às 17:00 - R$ 40,00 (valor inteira) Temporada: de 16/06/2017 até 30/07/2017 Contato: (21) 2224-3602 Teatro Carlos Gomes Rua Pedro I, Praça Tiradentes , 4 - Centro BASEADO NA OBRA HOMOGÊNEA OS INOCENTES DE IPANEMA A súbita morte da Matriarca Brenda de Cândida, moradora do tradicional bairro de Ipanema, abala toda estrutura da família, na qual não se convive a mais de 20 anos, ocasionando em seu enterro o momento único de despedida, e de reencontro, onde quatro irmãos, que praticamente são quatro desconhecidos, se reencontram. Estreia: Teatro Municipal Gonzaguinha De 07/07 a 30/07 Sextas e Sábados às 20h, Domingo às 19h Ingresso: R$ 30,00 inteira 15,00 meia Tel: 2224-5747 Rua Benedito Hipólito 125 Centro – RJ Redes Sociais : @osinocentesdeipanema


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Artes de portas abertas

Tradicional evento cultural do bairro reúne artistas em sua 27° edição nos dias 15 e 16 de Julho

O bairro tem a oportunidade de mostrar aos milhares de visitantes sua alma, sua tradição que acolhe a arte desde o início do século passado como uma vocação especial que se renova a oportunidade de mostrar aos milhares de visitantes, sua tradição que acolhe a arte desde o início do século passado como uma vocação especial que se renova. O Arte de Portas Abertas foi criado em 1996 por iniciativa da ONG Viva Santa, que acolheu e produziu uma ideia da escultora Clara Arthaud. Ao visitar sua filha em Cambridge justamente em um fim de semana de “Open Studio”, esta artista imediatamente pensou como seria bom um acontecimento como aquele em seu bairro, Santa Teresa, notadamente povoado por muitos artistas de vários gêneros. Mas antes de ser um movimento de artistas este foi, naquele momento, uma postura de moradores interessados em melhorar a autoestima do bairro tão desprezado pelos representantes do poder público e pelos moradores da cidade. Às ações dos artistas visuais somaram-se outras no decorrer do tempo, oferecendo diferentes modalidades de cultura aos habitantes daqui de cima. Cinema, acesso à boa literatura, saraus, espaços culturais de diferentes matizes, dinamização dos museus, restabeleceram a vocação cultural do bairro. Se o bairro readquiriu seu

charme, se aqui os imóveis se valorizaram, se hoje há muitos empreendimentos hoteleiros e gastronômicos é porque alguns moradores confrontaram uma realidade, fazendo aquilo que seria a última coisa que se recomendaria: abrir suas portas para quem quisesse entrar. O público pode conferir exposições de gravuras, desenhos, pinturas, aquarelas, esculturas, fotografias, cerâmicas, infoarte, designs, objetos, maquetes, instalações e arte popular, entre outros. Há ainda um roteiro gastronômico especial para o público do evento. O ARTE DE PORTAS ABERTAS não só abrirá as portas para todas as artes em 2017, mas também vai estar nas ruas interagindo, provocando e democratizando a arte pra quem quiser participar. A Associação dos Artistas Visuais Chave Mestra prepara mais uma exposição coletiva de ateliês e centros culturais para brindar a arte carioca com muita alegria. O

27º Arte de Portas Abertas conta, exclusivamente, com recursos dos próprios artistas. Neste ano, 30 mil visitantes; 31 ateliês; 14 centros culturais; circuito gastronômico e lojas; exposições coletivas, performances, palestras; intercâmbios artísticos; Colabora na realização do catálogo 2017 e do mapa impresso do circuito Saiba mais em: www.catarse. me/artedeportasabertascatalogo.

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Escola de Mestre-Sala e Porta-Bandeira completa 27 anos de resistência cultural Mesmo sem recursos públicos, entidade fundada por Manoel Dionísio continua desenvolvendo o projeto social mais importante do Carnaval

Diante da necessidade de ter novos casais aptos a executarem a dança específica desse segmento nas escolas de samba e nos blocos, Mestre Manoel Dionísio cria, em 17 de julho de 1990, a Escola de Mestre-Sala, Porta-Bandeira e Porta-Estandarte. As aulas aconteciam na sede da Federação dos Blocos, mas com o tempo o espaço foi ficando pequeno, dado a demanda de novos alunos e também porque quando chovia as aulas tinham de ser suspensas, já que o espaço dos ensaios era descoberto. Sendo assim, levou a ideia da transferência de local para a Riotur, que apoiou e a prefeitura cedeu o espaço no Sambódromo, onde até hoje acontecem às aulas. No ano de 2017, a escola completa 27 anos formando tantos casais que hoje brilham na Avenida e nas ruas da cidade. Em julho de 1990 sedimentou-se a ideia de implantar o ensino formal das técnicas da dança do casal de mestre-sala e porta-bandeira baseado na experiência de bailarino profissional (1955 a 1970) bem como de preparador técnico de Rita Freitas, Irene da Silva, Adilson de Souza, Samuel Ferreira e Sonia Batista - todos consagrados na arte da dança do casal - como parceiros nesta iniciativa instruindo os alunos. O espaço inicialmente utilizado foi o da Federação de Blocos Carnavalescos tendo inicialmente 12 (doze) alunos que obtiveram excelentes resultados no desfile oficial do Carnaval de 1991, criando desta forma, condições de estímulo para continuidade do projeto. Em maio deste mesmo ano as aulas foram reiniciadas e devido ao êxito da primeira turma, o projeto teve um aumento significativo no número de alunos inscritos inviabilizando a utilização do espaço cedido pela Federação. [...] A escola representa muito para esses jovens a felicidades deles é tanta, que eu sinto pelo respeito que eles tem por mim. Onde eu os encontro é sempre um carinho, mestre Dionísio pra lá, me abraçam, e uma coisa muito gratificante. Eu não vivo disso, eu vivo pra isso. Na minha concepção, eu trabalho com criança, adolescente, adulto, grupo de pessoas com necessidades especiais. Então hoje eu tenho um aproveitamento de mais de 300% em toda a escola de samba, desde o grupo E até o grupo especial, se eu não tenho um

casal eu tenho um porta bandeira ou mestre sala. Graças a deus sou muito respeitado e conceituado. Eu sou muito feliz por isso [...] Declara o Mestre Manoel Dionísio. Ao longo desses 27 anos, a Escola já perdeu as contas de quantos meninos e meninas aprenderam a arte do bailado popular do nosso carnaval. Atualmente, a escola conta com diversos alunos entre iniciantes e veteranos, que se deslocam de todas as regiões do Rio para fazer a aula semanal. As aulas são gratuitas e contam com uma equipe de instrutores e colaboradores que trabalham dentro das condições possíveis para oferecer o melhor a esses jovens. Mesmo com dificuldades financeiras, a escola mantém suas atividades

buscando não só formar bailarinos, mas, cidadãos éticos e conscientes. A escola de mestre e salas convida a todos a participar do retorno das atividades da escola de mestre sala, porta bandeira e porta estandarte Manoel Dionísio, todos os sábados de 2071, com início às 13 horas, na praça de alimentação da Marquês de SAPUCAÍ, como nosso convidado especial. Sua reconhecida trajetória e grande experiência no Rádio, certamente trarão a este evento e seus participantes um marcante momento de aprendizado e felicidade. Todos serão muito bem vindos em prestigiar também indicando crianças e jovens para fazer parte de nosso projeto de forma gratuita, caso conheça alguém interessado em participar.


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Carnavália-Sambacon já tem 25 Ligas confirmadas Feira de Negócios do Carnaval acontecerá em julho

A 4ª edição da Carnavália-Sambacon está se aproximando e, com ela, a expectativa de que a Feira de Negócios do Carnaval supere os números de 2016 quando recebeu um público de 10 mil pessoas e gerou cerca de R$15 milhões de reais em negócios. Responsáveis por grande parte deste sucesso, as Ligas e Instituições que organizam a maior festa popular nos quatro cantos do país já incorporaram o evento em seu calendário vendo nele, a oportunidade de negociar e contratar profissionais que estejam disponíveis no mercado para agregar valor à festa. - Faço questão de vir à Carnavália desde a segunda edição e, a cada ano, me surpreendo com a quantidade de novidades que podemos ter acesso na Feira. Já fui presidente de Liga e hoje estou apenas à frente da minha escola mas, nesses anos, contratamos profissionais e adquirimos materiais os quais, se não tivéssemos visitado a Feira, sairiam bem mais caros porque usaríamos intermediários, diz Distéfano Bastos, ex-presidente da OESG – Organização das Escolas de Samba de

Guaratinguetá - e presidente da Embaixada do Morro. Na luta contra a crise econômica que vem tendo reflexos no Carnaval desde 2016, os organizadores da Carnavália-Sambacon ressaltam a importância da presen-

ça dos representantes das Ligas e Escolas de Samba de todo o país na Feira. - O Carnaval pode ser grandioso em todo o país e não só nos grandes centros. É preciso trocar ideias, perceber as necessidades de cada um e tentarmos nos ajudar no

que for possível. Não é só no Rio de Janeiro ou em São Paulo que a festa traz benefícios aos cofres públicos. Os debates do Sambacon são pensados justamente para que possamos colocar em pauta diversos temas que se refletem em todos os lugares, diz Elmo José dos

Santos, da AMI7, organizadora da Carnavália-Sambacon em parceria com a Timbre Comunicações. Para este ano, a Feira de Negócios do Carnaval já conta com a confirmação de 25 Ligas e Associações como Porto Alegre, Florianópolis, Brasília, São Paulo, Vitória e Curitiba que estarão presentes também em algumas das mesas de debate. Entre as novidades, a presença da Prefeitura de Parintins com os bois Garantido e Caprichoso e do Bloco Ylê Aiyê, de Salvador, mostram que a Feira, de proporção nacional, mostra cada vez mais a sua importância dentro deste cenário. O evento acontecerá de 13 a 15 de julho, no Centro de Convenções SulAmérica reunindo fornecedores, profissionais e artistas que estão inseridos na cadeia produtiva do Carnaval. A programação completa com os shows, painéis e mesas de debates estará disponível em breve no site do evento onde o público também poderá adquirir o passaporte para visitar os três dias de evento. O endereço é www. carnavalia.net.


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RECANTO POÉTICO DÊ MAIS SORRISO!...

Mercado Municipal do Rio de Janeiro – CADEG No início do século XX a cidade do Rio crescia, a população aumentava e não havia um centro de distribuição de produtos agrícolas digno da capital de um país moderno. Então a prefeitura, através de licitação pública, firmou um contrato de 50 anos com a Companhia do Mercado Municipal, que construiu no largo de Moura, junto à Praça Marechal Âncora, à Praça 15 de Novembro e às barcas, que fazem hoje a travessia Rio-Niterói, um Mercado Municipal inaugurado em 1907. A companhia do Mercado era quem administrava o Mercado Municipal. Junto com os comerciantes, a Companhia, que tinha um contrato de 50 anos com a prefeitura, no início dos anos 1950, começou a cobrar melhorias nas condições de trabalho e não foram atendidos, passando a tentar o desligamento do convênio municipal. Na mesma época surgiu a especulação da construção da Perimetral e a

demolição do Mercado Municipal, fatos que estimularam a mudança do local. Para resolver esse problema, uma assembleia, que teve como líderes: Antônio Afonso Nunes Martins, David Moreira da Silva, José Antônio Cristóvão e Carlos Vieira da Silva, decidiu que os comerciantes deveriam procurar outro local para remontar o grande mercado. Com o terreno comprado, começaram as obras. O projeto arquitetônico foi de Vigor Artese e Moacyr Gomes da Costa. A obra, na época, foi considerada a terceira maior do Brasil em concreto

armado, perdendo apenas para Maracanã e Hidrelétrica de Furnas. As obras começaram em 1957 e terminaram em 1962, no período do Estado da Guanabara, que na época era governado por Carlos Lacerda. Lacerda colaborou com a nova iniciativa e direcionou para lá o abastecimento do Rio de Janeiro. Hoje, a Cadeg, além de oferecer um vasto mercado alimentício,Gastronomia. possibilita também a compra de calçados e vestuários, além de serviços como bancas de jornal, bancos, bares, chaveiros, farmácias, pet Shops e eventos Culturais como 4º Festival de Inverno que vai até o dia 16 de Julho. 4º Festival de Inverno do Mercado Municipal do Rio de Janeiro – CADEG Os mais variados segmentos do Mercado Municipal do Rio de Janeiro – CADEG realizam a quarta edição do seu já renomado Festival de Inverno. Apresentando pratos tradicionais e modernos, harmonizados com os melhores vinhos, o festival é certeza de boa mesa! Além dos tradicionais restaurantes e empórios, teremos novos segmentos, que uniram forças para agregar ao festival. Você vai encontrar uma grande variedade de produtos e preços. Durante o festival diversas lojas oferecem degustações de vinhos e muitas outras delícias, além de combos e promoções imperdíveis. Caminhe pelo local e conheça a Cadeg Underground!

Dê um sorriso a alguém Que o sorriso só faz bem... Traz carinho e esperança! Além disso traz saúde Aumenta a paz e a virtude Enriquece e traz bonança!

Neste mês, a todo lado Há encontro, abraço e agrado Muitas férias e emoção; Sorrisos, vamos ter mais Em companhia dos pais É alegria de montão!

Ele é qual o sereno Deixa os dias mais amenos, Com mais fé e confiança! Com sorriso, a gente vê, Deixa alegria em você Quem sorri mais, mais avança!

Neste mundo perturbado Às vezes, ódio é encontrado Deixando sempre rancor; Então, aprenda a sorrir Para à vida transmitir Uma parcela de amor!

No sorriso a gente tem A alma inscrita no bem Com energia a espalhar... O sorriso também traz Uma mensagem de paz E ensina outros a amar!...

Aut. Leonor Medeiros Ver no Youtube RECANTO POÉTICO Reencontro Almejado


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Ano XXII - Nº 250 - Julho de 2017 - Distribuição no Grande Centro - www.jornalfolhadocentro.com.br

É obra de brasileira o maior grafite já feito por uma mulher - Pág. 15 Projeto Dançarte completa 15 anos e realiza “Mostra de Dança” no Teatro do Liceu- Pág. 5 Depois de 23 anos de sucesso o Rappa decide dar uma pausa na carreira - Pág. 16

Demétrio Habib completa 90 anos, na luta pela SAARA - Pág. 8 25 Ligas confirmadas na Feira de Negócios do Carnaval - Pág. 21


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