Fc 246 março 2017

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Edição 246 - Março de 2017

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Ano XXII - Nº 246 - Março de 2017 - Distribuição no Grande Centro - www.jornalfolhadocentro.com.br

RIO: 452 ANOS, PARABÉNS! Classificados da Folha do Centro: compra, 11 venda e aluguel Engarrfamento nos 5 finais de semana causam transtornos aos moradores do Centro Prefeitura e Associação Comercial traçam planos tornar o Rio uma cidade inteligente ate 2019 12

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Cinco lugares para 22 conhecer no Rio Cachaça não é 19 coisa de bêbado Ong Comitê pela Vida completa 21 anos 16


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Jornal Folha do Centro é uma publicação da Folha do Centro Rio Ltda. CNPJ: 00.923.422/0001-39 Insc. Municipal.: 01.998.374 Endereço: Av. Nossa Senhora de Fátima, 22 - sobreloja - Centro, RJ CEP: 20240-051 . Tels.: (21) 2242-9344 e 3806-6368 e WhatsApp: 964717966 e 99941-8948 E-mail: folhadocentrorio@ gmail.com Site: www.jornalfolhadocentro.com.br Jornalista responsável: Carlos Augusto Pinto Loureiro- Registro 33238

- MTB-RJ folhadocentrorio@ gmail.com Diagramação e Arte: Djalma Correia djalmacorreia@gmail. com Colaboradores: Simone Montenegro, Fábio Torres, Ana Carla Vicencio e Eliza Gouveia Tiragem: 20.000 exemplares Periodicidade: Mensal Impressão: Infoglobo: Telefone: (21) 2534 -9579 Distribuição: Todo o Grande Centro da Cidade Representante em São Paulo e Brasília: Tábula - Veículos de

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Com quase um século e existência Obra Portuguesa inaugura nova sede administrativa no Centro do Rio Fotos: Divulgação

Albano da Rocha Ferreira (E), Presidente do Conselho Deliberativo da Obra Poruguesa, Dr. Eduardo Neves Moreira, Presidente d a A s s e m b l é i a G e r a l , D r. A g o s t i n h o d o s S a n t o s , Pr es i d en t e d a D ir e to r a d a Obra Port ugue sa Assi st e nc i a Com 95 anos de história, a Obra Portuguesa de Assistência inaugurou no final de 2016, sua nova sede que promete irá atender as demandas sociais e administrativas da Obra.

O moderno conjunto de salas, localizada na Rua da Conceição, é uma demonstração de superação. De acordo com Agostinho dos Santos, a história da obra é cheia de luta e grandes acontecimentos.

“Foram momentos difíceis e superados, mas que ficaram para trás e revelaram um entidade forte [...] e com fé no futuro, em passos firmes e confiantes” completou Agostinho dos Santos, presidente da Obra Portuguesa. Manuel Ribeiro e Albano da Rocha Ferreira foram homenageados pela instituição com o nome das salas da diretoria e de reuniões, respectivamente. As duas salas foram uma homenagem à importantes personagens da Obra e da comunidade portuguesa no Rio de Janeiro. Criada em 1921, com o objetivo de prestar assistência a colônia portuguesa, no início era conhecida como Obra Portuguesa de Assistência aos Portugueses Desamparados. Em 1970 foi construído o Hospital Obra Portuguesa e em 2002, mudou seu nome para Hospital Casa Egas Moniz, em homenagem ao Nobel de medicina, de 1921. Atualmente o hospital atende tanto a portugueses quanto aos seus descendentes de pessoas não ligadas a comunidade lusitana no Brasil.

Da esquerda para a direita, Dr. Eduardo Neves Moreira, Dr. Alcides Martins, Sub Procurador Geral da Repúblicva, Padre Frank e Sr. Agostinho dos Santos.

Da esquerda para a direita, Salvador, Alex e Andreia, parceiros do Banco Sicredi


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Nascido e criado no Centro, Hugo Albertino fala com certa nostalgia sobre o bairro e sobre as mudanças nele. Em uma pequena caminhada pela Av. Nossa Senhora de Fátima, a caminho da sessão de fotos para essa matéria, cumprimentou pessoas pelo caminho. Segundo ele, antes a sensação era de que todo mundo se conhecer era muito maior, hoje muitas pessoas se mudaram ou casaram e o alto custo do aluguel e da violência afastou muitas pessoas do bairro. Folha do Centro - Quais são os principais desafios em morar no Centro da Cidade hoje em dia? Você recomendaria para alguém vir morar aqui, por quê? Hugo Albertino: Hoje, um dos principais desafios de morar no Centro da Cidade é em relação à segurança. Os moradores do Centro têm acompanhado significativo aumento da criminalidade na região, o que há alguns anos seria inimaginável. Apesar disso, recomendaria sim. É um local com comércio farto, próximo a tudo, com facilidade de transporte e com uma cultura variada, enriquecedora. FC: Você mora há quanto tempo aqui no Centro? O quanto morar no bairro influenciou em

quem você é hoje? HA: Moro desde que nasci, há 42 anos, e sem dúvida muito da minha personalidade se deve ao local e à relação com os demais moradores. O contraste de histórias, tradições e culturas, sem dúvida, enriqueceram muito minha história, contribuindo com quem me tornei e com minha atual visão do mundo. FC: Como é sua relação com o bairro? O que você gosta de fazer, como você aproveita o Centro e o que você mais gosta nele? HA: Tenho uma relação de grande identificação com o Bairro. Gosto da gastronomia local, da proximidade com a boemia da Lapa (onde posso ir a pé, sem me preocupar com transporte, estacionamento). Mas o que mais me fascina no Bairro de Fátima é a semelhança com uma cidade pequena. O contato desde criança com vários moradores gera uma relação quase de parentesco. No fundo nos sentimos como uma grande família. FC: Por fim, como você vê

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Eliza Gouveia

H u g o A l b e r t i n o , n a s c i d o e c r i a d o n o C e n t ro d o R i o o bairro, em se tratando dos problemas que ele tem e as melhorias necessárias, pontos positivos e negativos. HA: Vejo hoje o principal desafio não só estancar a violência,

um problema globalizado na nossa cidade, mas o amparo e apoio à criança e ao jovem, para que possam se tornar adultos do bem, mantendo o bairro um local bom de se morar e viver, como sempre foi.


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Confusão no trânsito da Lapa causa transtorno aos moradores da região Moradores do Centro e passageiros sofrem com os constantes problemas de engarrafamento nas ruas da Riachuelo e Mem de Sá

Pra quem mora nas ruas da Lapa, os finais de semana e principalmente no final da noite é um horário de grande preocupação. Em parte esse trânsito noturno é causado pelo tempo dado para os sinais de trânsito da Lavradio e da Mem de Sá que não conseguem dar vasão para o grande fluxo de carros e pedestres, gerando assim, grandes engarrafamentos que chegam a congestionar as Ruas do Riachuelo e transversais. Esse problema tem gerado inúmeras reclamações por parte dos moradores do bairro e principalmente dessas duas ruas que são impedidos, por exemplo, de tirarem seus carros de suas garagens, se locomoverem ou até mesmo atender uma emergência médica. De acordo com Carlos Augusto da Cidade, presidente da associação de moradores da Cruz Vermelha e Adjacências, já houve um caso em que uma pessoa faleceu na Rua do Riachuelo por causa do trânsito durante a madrugada. “Um tempo atrás, uma síndica na Riachuelo me contou que um dos moradores do seu prédio faleceu porque não conseguiu chegar até o hospital em função da demora da saída da ambulância. É eu acho que é fundamental que o poder público tome alguma providência para que se tenha mais uma vítima na estatística, onde as pessoas perdem até o direito de ir e vir para serem salva e isso é muito sério”. Para se ter uma noção do problema, o sinal da Rua do Lavradio, que é a principal rua para aqueles que querem entrar para a Av. Mem de Sá ou seguir em direção a Praça Tiradentes, permanece aberto para o fluxo de carros durante pouco mais de 22 segundos (mais precisamente 00:22:57) e para os

Arquivo

Engarrafmento de madrugada pedestres por 53 segundos. Em compensação, o sinal de trânsito da Avenida Mem de Sá, possui tempos completamente opostos, permanecendo aberto durante 51 segundos para o trânsito e 28 segundos para os pedestres. O jornal Folha do Centro entrou em contato com a Secretaria municipal de transportes mas até o fechamento dessa edição não obtivemos uma resposta. Também entramos em contato com o novo superintendente regional do centro,

Marcelo Rotemberg, que informou aos representantes da CET-Rio o problema dos sinais de trânsito. Segundo ele, devido aos cortes orçamentários é inviável a possibilidade de se colocar controladores de tráfego na região. “eu falei com o diretor da CET-Rio, do Centro de Operações e eles vão sincronizar – os sinais de trânsito - [..] e que ele for sincronizado eu vou lá pessoalmente ver [...] isso a gente tem que fazer um projeto específico, também pra ver quais são as causas, se são os ambulantes, se são os comerciantes, se são os sinais, se é falta de um guarda, enfim, a gente tem que atacar as causas pra combater realmente o problema do trânsito. Eu imagino o transtorno que causa aos moradores [...] como no caso da sincronização dos sinais” Afirmou o superintendente. Segundo ele, os problemas da região vão ser tratados inicialmente através do diálogo, da transparência e do contado com os moradores, para que a região da Lapa seja melhor organizada. Em sua opinião, o “caos criativo” existente na Lapa vai existir sempre, a questão é encontrar um meio termo que seja bom para todos.

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Maquiagem de Outono Dia 20 de março inicia o outono, e como se falava já nos blogs mais badalados o brilho continua em alta. O estilo das garotas rebeldes estilo leste europeu, vão mudar um pouco com a tendência brasileira. Os cabelos com estilo desprogramados vão tomar conta das ruas. cachos, e bastante volume vão ditar regras. Cabelos com frizz também estarão na moda Bases com efeito iluminador e sombras com tons metálicos vão tomar as ruas e looks de inverno. As bocas vão receber os tons mais quentes do vinho, roxo e tons mais pretos e azuis. Delineadores: Uau! os eyeliners duplos continuaram aí. Quer todos em preto, com cor ou até com glitter. Tanto nos delineadores como nas pálpebras. As bases com efeito iluminadora darão destaques ao rosto principalmente quando aplicado iluminadores próximo às macas e o olhos, como se fosse uma sombra por fora.

Quem conhece os iluminadores em bastão. E não sabia quando usar , chegou o momento. A dica é: Coloque-os próximos ao s olhos como se fosse uma sombra por

fora, destacar os olhos estará com tudo neste outono. A aposta certa também sempre para os nuds estes certamente são destaques quando exploramos os estilos casuais.


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Reunião do Conselho de Segurança do Centro Histórico e Lapa Presidente do Conselho, Sra. Maria João e representantes da polícia militar se encontram para discutir medidas de segurança para as ruas do Centro Eliza Gouveia

Autoridades municipais, estaduais e a Presidente do Conselho Maria João O Conselho de Segurança do Centro Histórico e da Lapa tem como objetivo discutir medidas para o desenvolvimento do bairro e para a solução dos problemas existentes nessa região. A reunião de fevereiro, contou com a presença do Superintendente do Centro Histórico, Marcelo Rotenberg, o Subinspetor Edson Silva da Guarda Muncipal, além do Cap. Ricardo Vidal, Delegado Bonfim, Luiz Fernando, anfitrião do INCA, Anderson Brasiliano da COMLURB. No encontro ainda estiveram presentes moradores do bairro e outros representantes de Áreas Integradas de Segurança Pública (AISPs), Lito Almeida e Maria Do Socorro Lopes, presidente e ex-presidente da AISP 20 e 25 respectivamente. Durante o encontro, foram apresentados importantes temas que tem incomodado aos moradores do bairro como o estacionamento irregular de carros, ruas e calçadas esburacadas, comerciantes em locais proibidos e o grande número de moradores de rua, que de acordo com presentes, tem assaltado frequentadores do Centro. De acordo com a assistente social da Prefeitura, Simone Jorge, o atendimento as pessoas de rua precisa ser feito de forma constante e voluntária. “nós não podemos pegar essas pessoas que estão em situação de

rua [...] sem que seja desejo delas [...] então nosso trabalho é constante, nós não podemos esquecer que são pessoas e por algum momento e isso nós falamos, todas as classes, todas as culturas, todos os graus de escolaridade que estão na rua. Nós pegamos pessoas que tem desde ser analfabeto até doutorado, então é um público muito diverso” afirmou Simone Jorge durante a reunião do Conselho. Também estiveram presentes moradores de Santa Teresa que apresentaram o problema dos transportes da região, onde existem poucas opções e a qualidade dos ônibus existentes. Os constantes alagamentos nas Ruas da Lapa foram igualmente apresentados aos representes da Prefeitura, que estiveram presentes. A próxima reunião do Conselho de Segurança será no dia 23 de março, a partir das 9h30min, na Associação Comercial do Rio de Janeiro, na Rua da Candelária 9, no 12° andar. O encontro será especial pelo dia Internacional da Mulher, que ocorrerá no dia 8 de março. Uma das autoridades presentes será a Deputada Estadual, Dra. Martha Rocha. É importante a participação de moradores e comerciantes do bairro, para a discussão dos problemas e para que se tenha conhecimento do que está acontecendo no bairro.

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RPG (Reeducação Postural Global) O que é RPG. RPG é a sigla para Reeducação Postural Global, um método criado por Philippe Souchard, após 15 anos de pesquisas sobre Ginástica Postural. Associa o alongamento global à respiração, favorecendo uma postura ideal e consciente. Não é só uma forma de tratar aqueles que já apresentam alterações de postura, desequilíbrios vertebrais e outros problemas físicos e afecções neurológicas, é, também, um método que visa manter o equilíbrio harmônico do corpo, prevenindo, através da Reeducação Postural Global,

contra doenças que podem trazer sérios comprometimentos para o bem-estar físico do indivíduo. O tratamento é individual e deve acontecer uma vez por semana, em sessões que duram, em média, uma hora, sob a orientação de um fisioterapeuta. Os resultados podem ser percebidos após as primeiras sessões. Não há restrição nem uma idade específica para iniciar um tratamento preventivo com RPG Indicações: algias crônicas ou agudas, preparação para o parto, lombalgia em gestantes, algias das articulações dos membros superiores e inferiores, desvios posturais no adulto, adolescentes e

crianças, nas disfunções respiratórias, seqüelas de traumatismos ou afecções neurológicas, manifestação de stress, estafa e síndrome de fadiga crônica, cefaléias, Lesões de Esforço Repetitivo (LER) e pós-cirurgias ortopédicas. Qualquer idade é adequada para o indivíduo tomar consciência da melhor forma de manter uma postura adequada para o seu corpo e quanto mais cedo esta conscientização, melhor será para sua saúde em geral. Clínica Kinesius - Rua das Marrecas, 36 sala 404 Centro – tele/fax: 2539-4297


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Brasileiro de coração e português de nascimento Há 15 anos no Saara, Seu Ernesto, fala com carinho sobre como é trabalhar na região e sobre o país que adotou

Português, nascido na cidade de Bragança, Ernesto dos Santos chegou ao Brasil em 1960, fugindo de uma Europa devastada pela guerra e à procura de uma vida melhor. Hoje, 57 anos depois ele afirma que não consegue mais se desvincular do Brasil e de quem ele é hoje. Antes de entrar para o setor de alimentos e bebidas, Ernesto possuía uma loja de roupas em Copacabana e costumava freqüentar o Saara em busca de produtos e tecidos mais baratos. Em 2002, ele abriu a King Sucos, uma pequena e charmosa lanchonete na Av. Tomé de Souza, no Saara. A mudança de atividade aconteceu devido a uma crise no setor, a facilidade em se abrir uma lanchonete e o rápido retorno foi um dos motivos para começar a King Sucos. Outro motivo que fez com que Seu Ernesto escolhesse o Saara foi a sua importância do local para o comércio na cidade A importância do Saara para a Para o Seu Ernesto a convivência entre os comerciantes do Saara é de amizade e respeito, em sua opinião “não tem concorrência assim desleal”. As obras realizadas para os jogos Olímpicos fez com que caísse um pouco nas Ruas da região, no entanto o fluxo de

Carlos Augusto

Português (Brasileiro), nascido na cidade de Bragança, Ernesto dos Santos visitantes está voltando. “É o SAARA teve uma queda com as obras dos jogos olímpicos né? Por causa de estacionamento, obras né dificuldades de trânsito, mas resolvendo esses problemas agora está voltando ao normal. Eu acho que o Saara sempre vai ser o Saara, né? É um mercado histórico, né? E as perspectivas para o futuro é vai ser continuando a mesma coisa.” Apaixonado pelo Rio e pelo Brasil, Ernesto possui uma visão positiva e bastante carinhosa sobre a terra que escolheu para morar há meio século. No entanto a única

coisa, para ele que não é boa no país é a violência. “Apesar de alguns probleminhas que eu acho que aqui só vejo um problema de segurança no Brasil, só o problema de segurança. O resto não tem problema, [...] é um país realmente fantástico.” Com esposa e filhos brasileiros, Ernesto dos Santos, não teria a coragem de deixar mais o Brasil. A King Sucos, fica na Av. Tomé de Souza, 99, e funciona de segunda à sexta, de 07:30 às 18:00; aos sábados a lanchonete abre de 07:30 às 14:00.


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A importância da espiritualidade ao cuidar da saúde Ana Carla Vicencio Já há alguns anos, universidades e hospitais do país tem incentivado a pesquisa sobre a relação entre a espiritualidade e a religiosidade na saúde dos pacientes. Essas pesquisas têm contribuído para a reflexão da classe médica interessada nas variáveis que podem beneficiar o tratamento da saúde. Estudantes e profissionais da saúde participam de encontros com palestras e discussões para que possam entender como os sentimentos, as religiões e a espiritualidade influenciam os resultados dos tratamentos. Harold Koenig, psiquiatra, professor da Universidade Duke, na Carolina do Norte, EUA, é considerado um dos melhores especialistas sobre o assunto na atualidade. Ele afirma que “negligenciar a dimensão espiritual é como ignorar o aspecto social ou psicológico do paciente e resulta em falha ao tratar a pessoa integralmente.” Koenig entende que a religião pode contribuir para a qualidade de vida, com aumento da taxa de sobrevida em até 35%, por meio da tendência de diminuição de vícios, com o apoio e a convivência entre pessoas que compartilham da mesma fé, atribuindo um significado à vida. Entretanto, a relação entre religião, espiritualidade e saúde também foi estudada e comprovada há mais de um século por Mary Baker Eddy. Seu livro Ciência e Saúde apresenta um relato que mostra como o pensamento imbuído de ideais espirituais influencia diretamente a saúde: “Uma mulher na cidade de Lynn, estado de Massachusetts, foi anestesiada com éter e morreu em consequência disso, muito embora seus médicos tivessem insistido que seria perigoso fazer a necessária operação cirúrgica sem o éter. Depois da autópsia, a irmã da falecida declarou que esta havia protestado contra a inalação do éter, dizendo que o éter a mataria, mas que havia sido coagida pelos médicos a aceitá-lo.

Haviam-lhe segurado as mãos e ela fora forçada a se submeter. O caso foi levado aos tribunais. Tendo sido considerada concludente a prova, foi dado parecer de que a morte fora ocasionada, não pelo éter, mas pelo medo da inalação. Acaso é cirurgia eficiente e científica não levar em consideração as condições mentais, e tratar a paciente como se ela não fosse outra coisa senão matéria sem mente, e como se a matéria fosse o único fator a ser consultado? Se esses cirurgiões não científicos tivessem entendido a metafísica, teriam levado em consideração o estado mental da mulher e não teriam arriscado tal tratamento. Eles teriam acalmado seu medo, ou teriam feito a operação sem éter.” “Por não saber que a crença de um homem produz a doença e todos os seus sintomas, o médico comum corre o risco de agravar a doença com sua própria mente, ao passo que deveria se dedicar ao trabalho de destruir a enfermidade

pelo poder da Mente divina.” Esse exemplo apresenta o medo como um fator decisivo no pensamento do paciente, mas existem outros sentimentos como a raiva, a mágoa ou até mesmo determinados conceitos morais ou teológicos que impõem a culpa ou a discriminação, que devem ser considerados durante o tratamento tanto pelo paciente quanto pelos profissionais de saúde. À medida que mais profissionais e pacientes se conscientizarem da importância da espiritualidade e do pensamento na manutenção e recuperação da saúde mental, emocional e física, veremos sem dúvida uma melhora significativa na qualidade de vida e na longevidade das pessoas. Ana Carla Vicencio integra o Comitê de Publicação da Ciência Cristã e escreve reflexões sobre espiritualidade e bem-estar. Email: brasil@compub.org Twitter: @ AnaCVicencio.


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Prefeitura e Associação de Comércio do Rio traçam planos para mobilidade e abastecimento da cidade do Rio Em reunião, representantes do comércio e portuária discutem medidas para a integração entre os transportes e o Porto

Em debate realizado na Associação de Comércio do Rio (AC-RIO), no mês passado a Prefeitura e a AC-Rio pretendem transformar o Rio de Janeiro e uma cidade inteligente até 2019. A idéia é interligar os setores de transporte na cidade, como aeroportos, rodoviárias, portos e rodovias. Segundo a União Européia, Cidades Inteligente (SmartCities) são cidades tecnológicas e integradas, incluindo também idéia sustentabilidade, integração, desenvolvimento urbano e econômico e melhorando a qualidade de vida. Para Paulo Protasio, presidente da associação é extremamente necessário que esse tipo de projeto saia do papel para melhorar a economia e a acessibilidade na cidade carioca. “Nós temos essa perspectiva e acredito que vamos nos comprometer junto a Prefeitura. Vamos formar um grupo com a Prefeitura para organizarmos em caráter emergencial esse

Fotos: Eliza Gouveia

Vice-prefeito e Secretario Municipal de Transporte Fernando Mac Dowell,(E) programa” anunciou o presidente. O encontro realizado no Centro do Rio teve como tema Planos da Prefeitura para mobilidade e abastecimento da cidade do RJ,e contou com a presença do vice-prefeito e Secretario Municipal de Transporte Fernando Mac Dowell, que apresentou propostas para o trânsito e logística carioca. Uma das prioridades da atual gestão municipal, de acordo com o Secretário é a modernização do porto e reformas estruturais, o

Porto do Rio tem a possibilidade de se tornar o maior do Brasil em termos de chegada e armazenamento de contêineres. “O Porto tem uma capacidade muito grande, mas ainda é deficitária. A Prefeitura quer trazer o Porto para a cidade, sem que ela empurre o Porto de volta para o mar”, afirma Mac Dowell Outro ponto importante discutido na reunião foi o reconhecimento do Centro e a Zona Portuária como um importante

ponto econômico e turístico na cidade e a necessidade de investir no transporte e integração entre os modais urbanos. Segundo em alternativa para o alto custo de manutenção e operação da Linha Vermelha, uma das principais vias de circulação de carros e ônibus que liga os municípios do Rio de Janeiro até São João de Meriti, cruzando ainda a cidade de Duque de

Caxias. A nova gestão Municipal tem considerado conceder a iniciativa privada a manutenção da “via”, de forma semelhante a que é feita na Linha Amarela, controlada pela Lamsa. A proposta de concessão ainda se encontra em estado de análise pela Secretaria de transportes do Rio. Entretanto, a possível medida já foi negada pelo prefeito Marcelo Crivella.


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Sarca comemora mais um aniversário do Rio de Janeiro com bolo e muito sol

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Sob uma temperatura de 34º graus, cariocas festejam os 452 anos da cidade ao som de marchinhas e bolo de quase meia tonelada Comemorado há 28 anos, a festa de aniversário da Cidade Maravilhosa é organizada pela Sociedade dos Amigos da Rua da Carioca, esse ano a feta foi comemorada no dia 2 de março. O motivo é que nesse ano o dia 1º de março acabou coincidido com a Quarta-Feira de Cinzas, que a pedido da Igreja Católica, adiou um pouco a festa. Mas isso não diminuiu em nada a animação das pessoas que compareceram ao Largo da Carioca, às 10 da manhã. Ao som de marchinhas de carnaval, sambas clássicos e o hino do Flamengo, tocadas pela banda da Charanga do Flamengo a comemoração aconteceu em meio ao sol do verão carioca. O aniversário da cidade contou com o apoio da Arquidiocese do Rio, que esteve presente com a imagem de São Sebastião. O sambista e um dos ícones da cidade e do carnaval carioca, Neguinho da Beija-Flor esteve presente, recebendo a homenagem

Fotos: Eliza Gouveia

Autoridades da Prefeitura, SARCA e Igreja reunidos em frente ao bolo como “O Cidadão mais Carioca”. Também estiveram presentes os representantes da Rosa Branca, da Segóvia, padaria que produziu o bolo de aniversário, da Fecomercio, apoiadora da festa. Bruno Mattos, integrante da comissão de

carnaval da RioTur, que esteve representando a Prefeitura no evento. “Resta à expectativa positiva de aumentar e até dobrar o número de turistas que visitam, que a gente tem uma estrutura hoje focada estritamente no turista e a gente tá

tentando melhorar a forma como a gente enxerga, transmitir isso pra população e ser aliado de podermos estar recebendo tão bem o turista que é uma fonte de divida, de receita que pode melhorar e retornar ao contribuinte, ao cidadão, pras outras áreas como saúde e educação Então o turista sendo bem tratado ele divulga, [...] a gente faz com que se torne um amigo eterno do Rio [...] estamos levando eles de novo para esses modais, pra tentar transmitir pra eles a nossa carioquice.”comenta Bruno Mattos sobre a comemoração. O idealizador e um dos organizadores da festa Cury organiza a comemoração do aniversário da cidade. Nascido e criado no Centro, ele começou a organizar a festa motivada pelas comemorações feitas pela Prefeitura na época, serem sempre em lugares distantes, por isso ele resolveu trazer o evento para o Centro da Cidade e realizar o bolo.

“Nós resolvemos promover o aniversário da cidade com um bolo, por que todo aniversário tem que ter bolo e não tinha bolo [...] eu sou carioca da gema, eu acho que é por isso que eu tenho esse espirito festeiro, de promover a cidade do Rio de Janeiro, não só no aniversário da cidade, mas em outros eventos até no Cristo Redentor, que eu já promovi vários anos e vamos continuar promovendo a cidade do Rio de Janeiro”. E de acordo com o próprio Cury, essa tradição não deve acabar tão cedo, enquanto ele tiver forças a o aniversário do Rio não vai passar em branco.


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Músico, ex militar e barbeiro, a mistura incomum e original da Barbearia daGama’s Frequentar uma barbearia a alguns anos atrás poderia ser considerada uma coisa ultrapassada e destinadas somente para pessoas mais velhas. No entanto, com serviços cada vez mais diferenciados e ambientes modernos, as barbearias estão voltando com tudo. Procurando resgatar a familiaridade e camaradagem das antigas barbearias, o daGama’s surge como um ótimo lugar para quem procura além de cortar o cabelo, ter uma boa conversa e uma boa bebida. Rock, Airton Senna, Brasil e o Exército dos Estados Unidos. Essa combinação peculiar dá uma personalidade bem especial para quem entra pela primeira vez na pequena barbearia, localizada na Cinelândia. A afinidade pessoal com os temas foi o principal motivo para a decoração do salão, que carrega o sobrenome da família. “Como eu queria fazer um espaço pequeno, um tema coloquei logo três temas mais importantes

Eliza Gouveia

de beleza para fazer a unha ou cortar o cabelo com bastante frequência, os homens não possuem esse costume. Quando não cortam nas suas próprias casas ou não se importam com onde vão cortar os cabelos ou fazer suas barbas. Dessa forma, criar promoções é uma das formas com que as novas barbearias têm encontrado para conquistar novos clientes. Com preços que variam entre uma barba por 15 reais e um corte tesoura por 25, tem como objetivo ser o mais acessível possível. Além de promoções como o Fabiano da Gama, do daGama’s. primeiro serviço a cerveja é grátis e todo sexto serviço de graça com a cerveja, faz com na minha vida o Rock, Ayrton que o lugar se torne muito mais Senna e o U.S.Army. Na verdade atrativo. tá contando tudo da minha vida.” A escolha pelo histórico préAfirma Fabiano da Gama, proprie- dio da Rua Álvaro Alvim, se deu tário do daGama’s. principalmente pela sua localizaDiferentemente do público ção e praticidade da região. Além feminino que procura os salões disso, as recentes obras no bairro

tornaram os imóveis muito mais frequentado e valorizado. Com um perfil completamente diferente dos demais bairros da cidade, a hora do almoço para quem trabalha no Centro é o momento de correr e realizar pendências da semana como ir ao banco, além de almoçar. O perfil do público que procura o daGama’s é aquele “que precisa dos serviços na hora do almoço ou depois do expediente, pra não ter que fazer isso quando chegar em casa ou no final de semana,” afirma Fabiano da Gama. Segundo o empresário, a profissão de barbeiro cresceu muito nos últimos anos. Para ele a profissionalização e a cada vez maior especialização da carreira permitiram que ela se tornasse uma verdadeira profissão, fosse valorizada. Aliás, ter se tornado barbeiro aconteceu por acaso enquanto ainda estava nos EUA. “Não foi programado, sempre fui músico, depois militar (...) precisava de algo alternativo enquanto

mantinha o meu sonho de ser músico, precisava de algo alternativo enquanto mantinha o meu sonho de ser músico, me profissionalizar na área quando tinha 20 e poucos anos me ajudou muito em tempos de crise, hoje já tenho 40 e depois de tantos anos, acabou que ser barbeiro virou prioridade e música é uma segunda opção”. Serviço: Barbearia da Gama’s Local: Rua Álvaro Alvim, 37 Horário de funcionamento: Segunda às sextas; de 11h às 20h Telefone: (21) 2532-1215 / (21) 98319-5105 *Whats / (21) 98401-2697 Valores: Corte tesoura: 25,00 / Corte máquina: 20,00 e Barba 15,00 Promoção: Primeiro corte ganha uma cerveja Bohemia e todo sexto corte é grátis juntamente com uma cerveja Bohemia. Website: www.barbeariadagamas.com Facebook: facebook.com/ fabianodagama


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Comitê pela Vida completa 21 anos incentivando a humanização, conscientização e autoestima das pessoas mais pobres Com foco na qualificação profissional de pessoas carentes, ONG conta com o apoio de empresas e governo para manutenção dos seus projetos.

A felicidade ao falar da instituição é algo visível ao conversar com Maria Bourgeois e Célia Lopes, presidente e vice presidente do Comitê Pela Vida. Criado inicialmente em Genebra, na Suíça, o projeto se mudou, para o Rio de Janeiro na década de noventa. Com o objetivo de transformar a sociedade por meio da educação e do trabalho, a ONG oferece cursos gratuitos de qualificação para pessoas de baixa renda, estimulando a conscientização e humanização, daqueles que se encontram à margem da sociedade. Como forma de arrecadar dinheiro para a manutenção dos professores e dos projetos a instituição oferece um almoço social, no qual a quantia arrecadada é revertida para as despesas do Comitê. O valor simbólico da refeição, que custa 10,90, fora a sobremesa e a bebida, atrai quem trabalha nos arredores da Rua Benedito Hipólito, 125, no Centro do Rio. O restaurante é conduzido por ex-alunos dos cursos que trabalham na realização do almoço e no serviço, alunos estagiários sob a orientação do professor. O car-

Eliza Gouveia

D i r e t o r e s e f u n c i o n á r i o s d a O N G C o m i t ê p e l a Vi d a dápio é produzido com receitas internacionais pesquisadas em livros de cozinha e adaptados a realidade brasileira. Feita de modo simples pelos cozinheiros, ela transmite ao mesmo tempo refinamento e carinho. A quantia é revertida na compra de mantimentos para as refeições e principalmente para ajuda de custo dos que estão envolvidos no processo de preparação das refeições no Restaurante escola. As parcerias e doações foram as formas encontradas para a manutenção do projeto que atende jovens e adultos do Rio. Todos os

cursos oferecidos pelo Comitê são gratuitos, atualmente é oferecido o curso de gastronomia e hotelaria. No entanto se espera abrir novos cursos nos próximos meses. De acordo com Célia Lopes a procura é muito grande pelos cursos de Ajudante de Cozinha e Camareira e a parceria com os hotéis e principalmente com o Fasano, permite que os alunos sejam encaminhados, logo após o curso direto para o mercado de trabalho, objetivo principal do projeto. Além do trabalho de profissionalização a ONG também

procura desenvolver palestras com advogados e médicos a fim de conscientizar os alunos tanto em relação aos seus direitos, como com a saúde. “A gente precisa de tudo. Se uma firma quiser ajudar dando objetos como o Fasano nos dá os lençóis, as cortinas, ou se quiser dar panelas a gente aceita. Palestra a gente também gosta muito. Por exemplo, advogado que queira dar uma palestra sobre direitos e deveres do cidadão.” Ex- modelo internacional MariaBourgeois já trabalhou com grandes nomes da moda como Pierre Cardin eYves Saint Laurent, além de já ter posado paranada mais nada menos, que Salvador Dalí. Hoje ela utiliza da reputação e dos contatos que adquiriu durante sua carreira e o tempo em que morou no exterior para buscar apoio para o projeto. “Para nos ajudar Yves Sant Laurant fez um desenho, assinou, e fizemos camisetas para vender na época, a Gisela Amaral deu uma festa e vendeu as camisetas” afirma Maria mostrando animada, a foto da festa e das pessoas com

as camisetas. Hoje em dia é a vez de Dalí ajudar o Comitê, através de um desenho feito pelo pintor, para Maria em um encontro dos dois enquanto ainda era modelo. A camisa custa 50 reais e pode ser adquirida por telefone ou indo diretamente ao restaurante escola. De acordo com as duas, os jovens e adultos costumam chegar descrentes em relação a uma possibilidade de futuro, mas isso não as desanima em continuar com o projeto, mesmo com as dificuldades. “A gente insiste, são 21 anos, é um trabalho gratificante, quando você vê aquele menino que chegou todo sem esperança e depois do curso de qualificação, você vê que ele está trabalhando (...) é por isso que a gente continua.” Confessa Célia. Serviço: Comitê pela Vida – Restaurante-Escola Local: Benedito Hipólito, 125, no Centro, RJ Horário de funcionamento: Segunda a sexta, de 11:30 às 15h. Valor: Almoço 10,90 (bebida e sobremesa são por fora) Telefone: 3852-1995 Email: comitepelavida2012@ hotmail.com.


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Teatro do Saara vai oferecer espetáculos a preços populares para visitantes na hora do almoço Idealizado pelo diretor Fernand Maatz, projeto terá peças em diversos estilos como mjusical, terror, sobrenatural e melodramático.

Renato Marques

A partir do mês de março, o Centro do Rio vai ganhar um novo teatro. Com o objetivo de aproximar a cultura do dia a dia das pessoas que freqüentam a região e de proporcionar uma alternativa de lazer durante a semana, o Teatro do Saara, surge como uma nova opção para quem deseja relaxar durante o horário de almoço no Largo São Francisco. Idealizado pelo diretor da companhia Anti Cia de Teatro, Fernando Maatz e com patrocínio da Secretaria Municipal de Cultura. O Teatro do Saara apresenta do dia 9 de março até 23 de junho, de 12h às 15h, cinco peças com diferentes estilos, que prometem agradar a todos os estilos. Baseadas no Grand Guignol, gênero teatral francês famoso durante os anos 20, pelo seu estilo de terror naturalista, segundo o diretor e idealizador do projeto, as peças do teatro manterão o diálogo entre o estilo francês e o brasileiro. “Havia truques cênicos e maquinaria para efeitos variados, de cortar uma cabeça a simular pele derretida por ácido. No Teatro do Saara, [...] teremos truques inspirados pelo gênero de horror”, acrescenta Fernando. Quem freqüenta o Centro do Rio, sabe muito bem o quão caótico são as ruas e lojas na região, principalmente na hora do almoço. Somente no Saara, um dos principais centros comerciais da cidade circula diariamente cerca de 800 mil pessoas, em mais de 800 lojas espalhadas entre o Campo de Santana e a Rua Senhor dos Passos. De acordo com Maatz, se pelo menos 1% das pessoas que trabalham e compra na região freqüentarem o teatro, ele se tornará um projeto rentável e terá como ampliar suas atividades, essa foi uma das razões para escolherem o Largo São Francisco como local,

O objetivo dos produtores é manter o espaço como um centro cultural, contendo, sala de ensaio, teatro de pequeno porte, espaço de convivência e uma programação constante. “Escolhemos o Saara por ser um comércio popular muito interessante, com grande diversidade de tipos, e com valor histórico. A cidade começou aqui: essas ruas são as mesmas citadas por

Lucas Oradovschi (no chão), Bruno Aragão, Cecília Hoeltz e Dulce Machado de Assis, por exemplo”, completa Maatz. Serviço Local: Teatro da Saara - Largo São Francisco de Paula, 19

Tel.3349-8008 Temporada: de 6 de março à 23 de junho Preço: R$ 3,00 Facebook: Teatro da Saara

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ABRAHAM PALATNIK A REINVENÇÃO DA PINTURA

Considerado um dos principais artistas brasileiros, Palatnik é caracterizado por misturar a tecnologia e a arte em seus projetos. A exposição irá percorrer os principais trabalhos do artista, desde a pintura, escultura e obras cinéticas que implicam uma nova consciência do corpo. A mostra acontece até o dia 24/03. Lembrando que a entrada é gratuita. O Centro Cultural Banco do Brasil fica na Rua Primeiro de Março, 66 – Centro e funciona de quarta a segunda, das 9h às 21h.

Notícias para esta coluna: folhadocentrorio@gmail. com ou carlosaugustodacidaderj@ gmail.com

REAL IMAGINÁRIO - RISCO - TRAÇOS E GESTOS Quem conhece Chico Diaz da televisão e do cinema, vai ter a chance de conferir também o lado pintor, do ator. As obras foram feitas em tinta acrílica em tela, papel e madeira. A partir do dia 17 de março, sexta feira, seus quadros estarão expostos na galeria da Casa do Paulo Branquinho, que acaba de completar um ano de existência na Rua Morais e Vale, 8, térreo, na Lapa. A mostra, gratuita, vai até o dia 8 de abril, aberta sempre de terça a sábado, das 15h às 19h. A curadoria é do artista plástico Xico Chaves. PARA OS AMANTES DE MÚSICA CLÁSSICA Criada em 1997, a Série Música no Museu, se tornou um dos principais eventos de música clássica do Brasil, em 19 anos de atividade, já recebeu mais de 700.000 de espectadores. No dia 17 de março, o Música no Museu apresentará o programa clássico com obras dos compositores Charpentier, Mozart, Guiseppe Verdi,Richard Wagner, Claude Debussy, Dvorak. O concerto será feito pelas musicistas Maria Luisa Lundberg, piano e Isabel Ferreira, voz. O espetáculo será às 15h, com entrada gratuita, as senhas são distribuídas 1h antes. O Centro Cultural Justiça Federal fica Av. Rio Branco, 241 – Centro.

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PEÇA INFANTIL “PAMONHA E PANACA” REESTRÉIA DIA 18 DE MARÇO NO TEATRO CANDIDO MENDES Espetáculo infantil, Pamonha e Panaca, conta a história de dois amigos inseparáveis, que procuram ser sempre melhor que o outro. Nessa disputa, eles desenvolvem a amizade entre eles, onde o individualismo e o imediatismo o que acaba agravando a relação. A peça é uma crônica burlesca, sobre o comportamento humano e a procura pelo poder. Com linguagem popular e acessível às crianças de todas as faixas etárias, o espetáculo apresenta dois personagens antagonistas num espetáculo que revela exatamente o que a formação de um indivíduo não deve ter: preguiça, desleixo e falta de consciência que o esforço leva ao sucesso. Em cena, Ricardo Blat e Nelson Yabeta incorporam dois palhaços que tentam sobreviver sem esforço. Com texto divertido e direção ágil de Rogério Blat, o espetáculo é uma homenagem às duplas cômicas originadas do Circo, Cinema, TV e das Histórias em Quadrinhos. As apresentações acontecem todos os sábados e domingos às 16h, a temporada vai até o dia 30 de abril. O Teatro Candido Mendes, fica na Rua Joana Angélica 63, Ipanema; telefone: 25233663.


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Novo superintendente regional do Centro, pretende solucionar os problemas do bairro ouvindo os moradores Com pouco mais de dois meses de trabalho, superintendência do Centro vem mapeando e cruzando dados dos principais problemas da região Mestre em administração pública pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), Marcelo Rotenberg, de 31 anos, foi um dos recém-empossados pelo prefeito do Rio Marcelo Crivella, para o cargo de Superintendente Regional do Centro. Segundo Rotenberg sua gestão será marcada pelo diálogo, transparência e participação. Para isso, ele pretende organizar pesquisas presenciais e pela internet para conhecer os verdadeiros problemas da região, futuramente pensa em abrir para visitantes e turistas também. “eu quero ouvir o morador do Centro [...] fazer como os americanos chamam de big Picture e aí a gente vai saber a opinião de fato de quem mora lá e do que eles querem [...] e que tenha validade estatística também. A partir desse diagnóstico que a gente vai poder atacar os problemas com maior precisão. Agora óbvio que o problema da Lapa a gente já sabe quais são, esse tipo de problema crônico a gente já vai começar a atuar e tem que ter prioridade também”. O grande número de morado-

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Cachaça não é coisa de bêbado A harmonia entre o café, a cachaça e a história misturadas em um único lugar no Centro do Rio

Eliza Gouveia

Eliza Gouveia

Yansel Galinso, proprietátio do Café do Bom e a Cachaça da Boa Marcelo Rotenberg, novo superintendente regional do Centro

res de rua e roubos que acontecem na Praça da Cruz Vermelha é uma questão que incomoda tanto aos moradores, quanto quem frequenta o bairro. Para o superintendente do Cento, é importante que seja feito um trabalho de resgate da Praça para acabar com insegurança da região. “Pra Cruz Vermelha tem que fazer um projeto político, porque

tem que envolver desde, a adotar a Praça, a assistente social tem que entrar forte ali, junto com a Guarda [...] eu quero [...] reunir com o Cruzeiro, com o INCA, enfim, com quem for mais direito pra ver como a gente pode adotar e retormar a Cruz Vermelha de volta é um espaço muito bonito, aquela região e muito bonita e tá muito abandonada muitos anos”. Com a nova gestão municipal as atribuições do superintendente se tornaram bem mais clara e ampla. Ainda de acordo com Rotenberg, o seu papel é gerir aquele território e solucionar seus problemas. “A gente vai trabalhar muito com o administrador regional [...] que é quem tá mais no campo, no dia a dia [...] tô trabalhando mais na área de gestão e planejamento da cidade, eles são os meus olhos no campo.” Segundo o superintendente, a região do Centro é muito complexa, com realidades muito diferentes e precisa ser tratada da mesma forma pelo Governo Municipal. Superintendencia do Centro: Tel. (21) 2976-1990 E-mail: assessoria.centrodorio@gmail.com Atendimento pessoal> Rua da Constituição, 34 - Centro, de segunda à sexta-feira das 9 às 17h. Facebook: supeintendenciadocentro.

Localizada na histórica Rua da Carioca, a “Café do Bom e a Cachaça da Boa”, é o local perfeito para quem quer conhecer um pouco mais sobre os dois dos melhores produtos do Brasil, o café e a cachaça. Em 2003, Yansel Galinso abriu uma pequena cafeteria em um pequeno canto do prédio, onde sua mãe tinha um sebo, hoje em dia ele tomou conta do lugar e também lidera o “Café do Bom e a Cachaça da Boa”. O tipo de café servido é gourmet especial, com dois tipos distintos, além disso, existem seis tipos de café quente. De acordo com ele, o tipo de torra que é feita no café é o ponto principal para se definir se um café tem boa qualidade ou não. Barista e estudioso sobre a cachaça ele fala com orgulho dos 100 tipos diferentes de rótulos que possui na loja. Segundo ele, são geralmente turistas estrangeiros que procuram o “Café do Bom

e a Cachaça da Boa”, em busca da “marvada”. Para quem quer conhecer mais sobre a cachaça, existe a possibilidade de apreciar um menu degustação, em que Galinso apresenta detalhes da fabricação, tipos e diferenças entre as cachaças e principalmente como bebê-las. O público que frequenta a cafeteria é aquele que quer conhecer mais sobre bebida e está disposto há pagar um pouco mais pela qualidade, de acordo com Yansel, qualidade exige um preço. A mesma coisa com a procura pela cachaça ainda que em menor quantidade, para ele o motivo se dá pela associação da cachaça com bêbados ou mendigos e por isso ainda não é valorizada corretamente. O Café do Bom e a Cachaça da Boa fica na Rua da Carioca e funciona de segunda a sexta de 10 as 20, aos sábados de 10:30 a 14:30. Telefone: 2509-1018


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Filho de imigrantes de judeus, Nato desde criança foi criado nas Ruas do Centro e conta com certa nostalgia sobre sua infância nas ruas do bairro

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á 50 anos no Saara, Naftali Goldzweig, foi testemunha das diversas transformações acontecidas ali nas ruas de um dos mais importantes centros comerciais da cidade. De acordo com ele o Saara é um ambiente de grande harmonia entre diferentes pessoas, como chineses, brasileiros, árabes e judeus. “A amizades aqui é muito grande e a coisa boa aqui com todo mundo é a confraternização entre árabes e judeus [...]e a única briga entre árabes e judeus era com o preço da mercadoria e eu falo pra todo mundo, gostaria que lá Israel e Palestina que houvesse essa amizade e a preço seria de preços”. Filho de imigrantes de judeus, Nato desde criança foi criado nas Ruas do Centro e conta com certa nostalgia sobre sua infância no Campo de Santana. “Morava ali do lado do Campo de Santana que na época que eu era garoto, né? [...] a minha infância foi uma infância muito feliz, porque não tinha problema nenhum. A gente podia ficar na rua a vontade, a noite também e aqui

Fotos: Eliza Gouveia

Naftali Goldzweig, mais conhecido como Nato

se vivia muito bem, entendeu? [...] Por esses problemas” Ainda que os problemas na cidade e no bairro do Centro tenham aumentado muito desde a sua infância, Nato afirma que a sensação de companheirismo entre os comerciantes não mudou desde que ele chegou ao Saara em 1967, quando decidiu abrir seu próprio negócio como vendedor de joias ali mesmo,naquela época

já era considerado um importante comércio na cidade. Nato é uma verdadeira figura entre os comerciantes do Saara. Com quase 85 anos, o alegre senhor de cabelos brancos se recusa a permanecer parado, procura realizar todos os dias atividades físicas e mantêm uma rotina de vida ativa. Sósia do Papa João Paulo II, todo o carnaval Nato faz questão de sair pelos blocos vestindo uma espécie

de batina pelas ruas da cidade. O Papa do Saara, como ele também é conhecido, afirma que tudo aconteceu por acaso, através de uma brincadeira durante um cordão de carnaval “tinha um bloco de crianças e eu comecei a brincar com eles também e comecei a fazer a orquestra lá”. Depois disso, sair vestido de Papa, se tornou uma tradição para ele. De acordo com Nato, no começo do Saara, havia uma certa desavença entre os comerciantes árabes e judeus, coisa que desapareceu com o tempo. Hoje em dia, o ambiente é de harmonia entre as diferentes nacionalidades e religiões. “No começo havia uma certa desavença, mas ai o povo vai crescendo, vão vendo [...] que a melhor coisa é ter uma boa relação [...] e a amizades aqui muito grande e a coisa boa aqui com todo mundo é a confraternização [...] a única briga entre árabes e judeus era com o preço da mercadoria e eu falo pra todo mundo, gostaria que lá Israel e Palestina que houvesse essa amizade e a guerra seria de preços.” A criação do VLT, que passa em frente a Rua da Alfândega,

na Praça da República, segundo Naftali esse novo meio de transporte vai ajudar na locomoção das pessoas que frequentam as ruas da região, no entanto o trânsito ainda precisa melhorar muito, na sua opinião. Por fim, falar do Saara com Nato é voltar no tempo na história do Saara e do Centro do Rio, com quase 85 anos de idade, Naftali Goldzweig, acompanhou a transformação da cidade como poucos. Ele próprio afirma possuir a idade mental de uma criança de 12 anos, mas em compensação, possui uma experiência de vida única e invejável.


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Artesanato indígena em Santa Teresa

Em busca da valorização das culturas indígenas, a TUCUM surge com um trabalho de resistência e valorização da história do país De acordo com o senso de 2010, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no Brasil existem aproximadamente 896,9 mil indígenas, desse total 36,2% se encontravam em áreas urbanas e 63,8% em áreas rurais. Ainda de acordo com o IBGE, a etnia com maior população é a Tikúna, com cerca de 46,1 mil, esse número bastante expressivo é influenciado pelo fato de 85,5% dessa etnia se encontrar dentro de terras demarcadas pelo Governo. Em contrapartida, o povo Terena, que se encontra fora de terras indígenas, chega a apenas 9,6 mil índios Localizada em Santa Teresa, ponto histórico e cultural do Rio, a Tucum surge como um pequeno oásis indígena no meio dos casarões antigos do bairro. Criado em 2013, como uma forma de valorizar e ajudar as tribos indígenas possui hoje em seu catálogo 14 etnias diferentes, de vários lugares do Brasil. Trabalhando como uma espécie de mediador e expositor dos índios, para aqueles que não têm acesso a arte indígena. Além de trabalhar atuando na mediação entre a cidade e as tribos, a tucum ainda realiza um trabalho de ativismo em favor dos índios. No país 12,5% das terras são destinadas as populações indígenas, onde se encontra 517,4 mil índios, um número ainda pequeno. Segundo, Christiane Perreira, é fundamental que existam políticas em favor da proteção dos índios, do seu território e da sua cultura. “A única solução pro nosso país assim, a curto e longo prazo é apoiar os indígenas [...] manter o que tem e ampliar se possível. São artistas maravilhosas [...] cada etnia tem sua história, tem sua particularidade, tem coisas que são feitas pelas mulheres, tem coisas só pelos homens [...] acho que é como uma missão também, clarear um pouco isso assim, essa de que são muitas culturas diferentes [...] exaltar cada uma delas é muito interessante.” Afirma. Um diferencial, no modo com o qual a loja trabalha é na ausência de atravessadores, o contato é feito diretamente com os artesãos nas

Eliza Gouveia

Diversos artigos indígenas em exposição na Tucum em Santa Teresa aldeias. Dependendo do objeto e valor dado a margem de lucro das gira em torno de 40% a 70%, par as tribos parceiras. Para as tribos próximas da cidade do Rio, a Tucum, ainda exerce um trabalho de assistência na produção do artesanato local, apresentando noções de prática financeira e organizacionais, procurando desenvolver uma autonomia para a subsistência das tribos. A procura pelos artesanatos é algo geral, no entanto os turistas são os que mais procuram a loja “talvez os estrangeiros se encantem mais porque é uma coisa que fica [...] bem distante,então eles adoram muito. Mas acho que encanta todo mundo.” Inicialmente o contato entre a Tucum e os artesãos era feito um foi falando pro outro, e conhecendo

o projeto “as vezes os indígenas ficavam sabendo do movimento que tinham essa loja e entravam em contato, querendo trabalhar com a gente, vender sua arte”. Hoje em dia, dependendo da etnia a aproximação é feita diferente com cada tribo, cada etnia sendo tratada particularmente. Para quem quiser conhecer a Tucum, ela se encontra na Rua Paschoal Carlos Magno, 100, em Santa Teresa. Serviço Tucum: Rua Pachoal Carlos Magno, 100 - Santa Teresa funcionamento: Segunda sábado de 10 às 20h e domingos de 11 às 19h. Telefones: (21) 3128-2957 / 97187-1711 (wat`s app) E-mail: contato@tucumbrasil.com

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Cinco lugares importantes para quem quer conhecer a história do Rio Março é um mês super especial para os cariocas de nascimento ou de coração, a Cidade Maravilhosa faz mais um aniversário cheia de energia, beleza e problemas. por vários estilos arquitetônicos, como o barroco e o rococó. 2. Arco do Teles

Centro Cultural Banco do Brasil Poucos lugares reúnem tantas opções culturais e gratuitas,num espaço confortável como o CCBB. O prédio histórico situado na Avenida Primeiro de Março, conta com atividades temporárias e permanente, como o Museu do Banco do Brasil, frisando D. João VI, Barão de Mauá, uma coleção de numismática e a transição econômica do Brasil entre os séculos XIX ao XX. Ir ao local é satisfação garantida. A História O CCBB Rio de Janeiro ocupa o histórico nº 66 da Rua Primeiro de Março, no centro da cidade, prédio de linhas neoclássicas que, no passado, esteve ligado às finanças e aos negócios. Sua pedra fundamental foi lançada em 1880, materializando projeto de Francisco Joaquim Bethencourt da Silva (1831-1912), arquiteto da Casa Imperial, fundador da Sociedade Propagadora das Belas-Artes e do Liceu de Artes e Ofícios. Inaugurado como sede da Associação Comercial do Rio de Janeiro, em 1906, sua rotunda abrigava o pregão da Bolsa de Fundos Públicos. Na década de 1920 passou a pertencer ao Banco do Brasil, que o reformou para abertura de sua sede. Esta função tornou o edifício emblemático do mundo financeiro nacional e duraria até 1960, quando cedeu lugar à Agência Centro do Rio de Janeiro e depois à Agência Primeiro de Março. No final da década de 1980, resgatando o valor simbólico e arquitetônico do prédio, o Banco do Brasil decidiu pela sua pre-

servação ao transformá-lo em um centro cultural. O projeto de adaptação preservou o requinte das colunas, dos ornamentos, do mármore que sobe do foyer pelas escadarias e retrabalhou a cúpula sobre a rotunda. Inaugurado em 12 de outubro de 1989, o CCBB Rio de Janeiro transformou-se rapidamente em um dos centros culturais mais importantes do País. É a instituição cultural mais visitada do Brasil e a 20º no mundo, de acordo com o ranking publicado em abril de 2015 pelo The Art Newspaper (Inglaterra). O prédio possui uma área construída de 19.243m². O CCBB ocupa 15.046m² desse total Endereço e Funcionamento: Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro Rua Primeiro de Março, 66 - CentroCEP: 20010-000 / Rio de Janeiro (RJ)(21) 3808-2020 www.culturabancodobrasil. com.br ccbbrio@bb.com.brFuncionamento: de quarta a segunda, das 9h às 21h. Entrada grátis Algumas programações, como cinema e teatro, deverão ser consultadas.

Em 2017 a cidade do Rio completa 452 anos cheia de belezas e problemas, que só quem mora, que sabe. Cidade mais procurada por turistas de acordo com Ministério do Turismo (45,2%) e pelo site internacional, Trip advisor, o Rio de Janeiro possui uma importância tanto histórica, quanto econômica enorme para o país. Pensando nisso, o Jornal Folha do Centro, decidiu fazer uma lista com cinco lugares no Centro da Cidade que representam a história, a personalidade do carioca.

1. Mosteiro de São Bento Construído em 1590 por monges beneditinos, foi construída a pedido dos moradores da recém criada cidade de São Sebastião. Com uma fachada simples, possui duas torres com pináculos em forma de pirâmide. Ao entrar na Igreja Nossa Senhora de Montserrat, anexa ao Mosteiro, o visitante é surpreendido com a grandeza das formas e cores. Iniciou sua construção no século XVII, só terminando no século seguinte, isso fez com que a igreja passasse

Em 1790, um incêndio destruiu boa parte dos casas, pertencente ao juiz português Antônio Telles Bareto de Menezes. Ao final da construção do casario, percebeu-se que algumas das casas obstruíam a passagem para a travessa do Mercado do Peixe, hoje Travessa do Comércio 3. Pedra do Sal Tombada em 1984, pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural, a Pedra do Sal é um símbolo da história carioca, já que é um dos berços do samba e do choro, além de ser um importante local da cultura negra na cidade. Durante muitos anos, a Pedra do Sal, era o que o que o Cristo Redentor é hoje para os turistas. É famosa pela sua roda de samba que acontece todas as segunda e sextas, era ponto de encontro de grandes sambistas como Donga, João da Baiana, Pixinguinha e Heitor dos Prazeres. 4. Praça Mauá

Irineu Evangelista de Sousa ou melhor Visconde de Mauá, foi uma das figuras mais importantes do século XIX no Brasil. Localizado na Região Portuária do Rio e cercada pelo Museu do Amanhã, o Museu de Arte do Rio (MAR) e diversos prédios comerciais. Ela marca o início da Rio Branco, a primeira Avenida criada na cidade. Depois da sua revitalização em 2015, para as Olimpíadas a Praça Mauá voltou a ser uma importante região da cidade devido aos seus museus, prédios históricos é também ponto de shows, apresentações e freqüentado por turistas e cariocas. 5. Theatro Municipal

Criado em 1909, o Theatro Municipal é um dos principais teatros do Brasil. Localizado na Cinelândia, ao lado da Lapa, região boêmia da cidade, faz parte do projeto de revitalização do Rio, proposta pelo então prefeito Pereira Passos. Para realização do teatro foi feito um concurso, em que saiu vencedor o projeto de Francisco de Oliveira Passos e contou com a colaboração de Albert Guilbert, inspirado no Ópera de Paris. O Municipal, como é também é conhecido, possui pinturas de alguns dos principais artistas da época como Eliseu Visconti, Henrique e Rodolfo Bernardelli e Rodolfo Amoedo. Atualmente a instituição é a única que possui ao mesmo tempo um coro, uma companhia de ballet e uma orquestra sinfônica.


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Escola Técnica de Enfermagem da Cruz Vermelha Brasileira completa um século formando profissionais de saúde

Considerada uma das mais antigas escolas de formação técnica de enfermeiros do país - a primeira turma foi formada há exatamente um século, em 1917 – a Escola Técnica de Enfermagem da Cruz Vermelha Brasileira – Filial Rio de Janeiro tem muitos motivos para comemorar esses cem anos de existência. Desde 2008, quando passou a ser administrada pela Filial Rio de Janeiro da maior instituição humanitária do planeta, essa escola Já formou mais de mil profissionais hoje exercendo atividades em diversas unidades hospitalares em todo o país. A tradicional unidade de ensino da Cruz Vermelha Brasileira-RJ conta hoje com aproximadamente 400 alunos, dos quais cerca 50% de bolsistas que foram gentilmente oferecidas pela instituição. No ranking dos cursos oferecidos pela Cruz Vermelha, a Escola Técnica

Dvulgação

As inscrições estão abertas até o dia 31 de março. Venha já e garanta o seu futuro. Horário de funcionamento: Segunda a Sexta – 8 às – 18h

Sábados – 8 às 12:h Endereço: Praça Cruz Vermelha, 10/12 – 3º andar Centro Telefones: (21) 2508 9090 (21) 2224-194 Carlos Henrique vieira Damasceno

Primeira turma de enfermeiras formadas pela CVB em

de Enfermagem – pela sua tradição e conceituação junto ao mercado de trabalho - continua sendo a grande estrela dos que procuram a instituição visando alguma formação profissional. - “Contamos com um Corpo Docente de profissionais qualificados e capacitados em diversas áreas de saúde, como Nutrição, Anatomia, Enfermagem, Psico-

1917

logia e Língua Portuguesa. Além disso, nossos preços são diferenciados, e bem mais acessíveis em relação aos concorrentes”, diz a Diretora Prof. Marília Abraão, acrescentando que “de acordo com o novo regimento da instituição, os alunos agora passam a ter mais aulas práticas, não dependendo da conclusão do curso para iniciarem seu estágio”.

Alunas da Escola de Enfermagem da Cruz Vermelha em 2017


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