A República nos Concelho da Margem Sul

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Livro Rep. Margem Sul

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A REPÚBLICA NOS CONCELHOS DA MARGEM SUL | ACTAS DO COLÓQUIO

EDIFÍCIO DA CÂMARA MUNICIPAL DA MOITA. OS REVOLUCIONÁRIOS DA MOITA, NO REGRESSO DO ASSALTO A VALE DE ZEBRO, HASTEARAM A BANDEIRA REPUBLICANA NO EDIFÍCIO, ÀS 4H30M. FOTOGRAFIA GENTILMENTE CEDIDA POR JOSÉLIA PEREIRA.

ao processo revolucionário, relativa ao auge da batalha, em dois momentos: o abandono dos oficiais e a ter resistido apenas com um punhado de sargentos; e às notícias favoráveis dos correligionários da margem Sul. A importância do envolvimento dos concelhos da margem Sul, que no caso da Moita, Barreiro e Aldeia Galega tiveram em Carneiro Franco o responsável é, de resto, bem frisada por Machado Santos, pois era sua convicção de que “se a revolução não vingasse em Lisboa, a margem sul do Tejo, com o auxílio da marinha, tornava invencível o movimento. A´ mesma hora em que a revolução começasse em Lisboa, devia o movimento efectuar-se na margem sul sucedesse o que sucedesse. Na escola de torpedos existiam cerca de 2:000 armas e 100:000 cartuchos; se a revolução não vingasse em Lisboa, a margem sul do Tejo, com o auxílio da marinha, tornava invencível o movimento.”8. A acção da marinha era determinante, pois a partir do rio os cruzadores detinham alcance de tiro sobre a cidade, desde os aquartelamentos afectos às forças monárquicas à residência oficial de D. Manuel II. O bombardeamento do Palácio das Necessidades, onde se encontrava o rei, provocou-lhe a retirada para Mafra. Da praia

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Idem, pág. 117


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