Berna Berna

Um lugar no coração? Pois não, tenho sim. Direi por quê. Aos vinte e quatro anos, bacharel em direito, fiz o mestrado, e aspirei ao doutorado. A CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior via concurso, oportunizou-me anseio e desejo. Em busca de título, escolhi a “Vila de Strasbourg”, em França. Fiz escolha feliz. Doutorei-me Direito Ambiental revelando-me Strasbourg – uma graça de vila – e a percorrer, nas férias, a Europa circunvizinha. Impregnei-me de artes e saberes, capacitando-me do novo e aprendendo o antigo; frequentei museus, assisti óperas, vivi o campo, amei a neve, a montanha, o litoral e o espaço urbano de VILAS líricas e formosas no secular de suas infindáveis surpresas. Nenhuma, no entanto, capaz de arrebatar-me o alumbramento por Strasbourg. Nenhum riozinho eu vi mais gracioso, encantador ou flamante que o ILE, sobre o qual ela, a “Vila”, debruça-se a espiar o vale e suas montanhas; linda de jamais olvidar-se. Strasbourg é um sonho que vivi. Trago-o na retina. Mas em contraponto, no coração, o que trago é a visão deslumbrada de minha pequenina Florianópolis, encharcada de luz, mar e cores sem intermezzode vida e paixão soberbamente inesgotáveis. Entre Strasbourg e a minha Ilha
Cartapácio: para Futuro regalo.
– repousa, sem dúvida, o meu querer; entretanto, se desejo novamente partir, é para mais amoravelmente alentar o desejo de retorno à minha Ilha – recanto de Deus no aconchego do Brasil.
A mim mesmo.
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07 de setembro de 1817 / 1822 2017 / 2022 200 anos de Independência
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Homenagem aos 200 Anos de Fritz Müller
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“15 de setembro de 1876
Este ano parece que remoçou o aniversário da Independência. Também os aniversários envelhecem ou adoecem, até que se desvanecem ou perecem. O dia 7 por ora está muito criança. [...] II
Grito do Ipiranga? Isso era bom antes de um nobre amigo, que veio reclamar pela Gazeta de Notícias contra essa lenda de meio século. Segundo o ilustrado paulista não houve nem grito nem Ipiranga.
Houve algumas palavras, entre elas a Independência ou morte, – as quais todas foram proferidas em lugar diferente das margens do Ipiranga.
Pondera o meu amigo que não convém, a tão curta distância, desnaturar as verdades dos fatos.
Ninguém ignora a que estado reduziram a história romana alguns autores alemães, cuja pena, semelhante a uma picareta, desbastaram os inventos de dezoito séculos, não nos deixando mais que uma certa porção de sucessos exatos.
Vá feito! O tempo decorrido era longo e a tradição estava arraigada como uma ideia fixa.
Demais, que Numa Pomílio houvesse ou não existido é coisa que não altera sensivelmente a moderna civilização.
Certamente é belo que Lucrécia haja dado um exemplo de castidade às senhoras de todos os tempos; mas se os escavadores modernos me provarem que Lucrécia é uma ficção e Tarquínio uma hipótese, nem por isso deixa de haver castidade... e pretendentes.
Mas isso é história antiga. O caso do Ipiranga data de ontem. Durante cinquenta e quatro anos temos vindo a repetir uma coisa que o dito meu amigo declara não ter existido.
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Houve resolução do príncipe d. Pedro, independência e o mais; mas não foi positivamente um grito, nem ele se deu nas margens do célebre ribeiro.

Lá se vão as páginas dos historiadores; e isso é o menos.
Emendam-se as futuras edições. Mas os versos? Os versos emendam-se com muito menos facilidade.
Minha opinião é que a lenda é melhor do que a história autêntica. A lenda resumia todo o fato da independência nacional, ao passo que a versão exata o reduz a uma coisa vaga e anônima. Tenha paciência o meu ilustrado amigo. Eu prefiro o grito do Ipiranga; é mais sumário, mais bonito e mais genérico .” (MACHADO DE ASSIS. Obras Completas. Rio de janeiro: W.M.Jackson Inc.,1955. v 3)
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“161.
HISTÓRIA DO BRASIL
“E Cèliazinha maleta pelas portas lampiões, ia-me explicando que D. Pedro I era um perdulário que se arrependeu na hora da morte e mandou chamar o neto do seu neto para lhe dizer que não fizesse que nem ele.
- E D.Pedro II?
- Êsse era um grande preguiçoso. Quando a professora chegava, dizia que ia jogar cartas e nem queria ver os livros.
A noite vinha e desembarcava meu anjo noturno.” (Oswald de Andrade. Memórias Sentimentais de João Miramar.
São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1964.)
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“Durante algum tempo a carne de macaco figurou nas refeições com o mesmo destaque da carne de faisão nos festins romanos. Mas o Sr. Cruls relutava um tanto diante desse prato, reconhecendo que ‘daí à antropofagia’ vai um passo, e ele é dos que não subscrevem sem restrições a estética antropofágica do seu brilhante amigo Oswaldo de Andrade.” (1948:202.)
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2022 - Ano Internacional do Vidro


“ - Só as crianças esmagam o nariz nas vidraças.”
Antoine de Saint-Exupéry O PEQUENO PRÍNCIPE
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2019 - 2028 - Década Internacional da Agricultura Familiar
A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável 2021-2030 - Década da Ciência do Oceano para o Desenvolvimento Sustentável 2030 Agenda dos Oceanos 2022 - Ano Internacional das Ciências Básicas para o Desenvolvimento Sustentável – UNESCO 2022 – Ano Internacional para o Desenvolvimento Sustentável das Montanhas 2022 – 2030 Programa Nacional de Atividades Espaciais 2023 – Ano Internacional do Milho 2024 – Ano Internacional dos Camelídeos

8 de setembro - Dia Internacional da Alfabetização 1° de outubro Dia Internacional da Música
Homenagem ao Maestro Yuriy Kerpatenko (1976-2022) Homenagem à escritora Nélida Pinõn (1937-2022)
8º Fórum Global do Pacto de Milão sobre Política e Alimentação Urbana. Tema: “Comida para nutrir a Justiça Climática: da Agenda 21 a Rio+30 Cidades”. COP27 Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climática – Egito
Dia Internacional da Olfação (exercício do olfato)
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“Escrever é como comer, exige fome ou pelo menos apetite.”
(Monteiro Lobato, 1968:129.)

“

Por uma velha metáfora costuma-se dizer que a instrução é o alimento do espírito.” (1961:111.)
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