VERSOS DE FLOR DE LIZZ

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VERSOS DE FLOR DE LIZZ... CANTOS DE UM BENQUERER

DIRCEU DETROZ


Para Lizzandra, Pelos nossos segredos e momentos simplesmente inesquecĂ­veis, talvez, eternos.


01 – HOUVE UMA VEZ UM VERÃO 02 – PESADELOS 03 – CIO 04 – LÍNGUA AFIADA 05 – ROTINA MODERNA 06 – FOSSA 07 – ENGASGADO 08 – PODIA SER JOSÉ 09 – TERAPIA 10 – DOCES APELOS 11 – CENAS COTIDIANAS 12 – AVE DE MAU AGOURO 13 – MOMENTOS DE FELICIDADE 14 – ETERNIDADE 15 – DISTÂNCIA 16 – AVENTUREIROS 17 – PINTURAS 18 – ERRANTE 19 – POLIVALENTE 20 – PECADOS 21 – GLOBALIZAÇÃO 22 – LABIRINTO 23 – SE VOCÊ NÃO EXISTISSE 24 – UNICÓRNIO ALADO 25 – SABORES 26 – MOSAICOS 27 – BAILARINA 28 – LIZZANDRA 29 – TEMPORAL 30 – TEOREMAS 31 – DESENHOS 32 – ENCONTRO MARCADO 33 – FICA! 34 – MUNDOS 35 – UMBIGO DA LIZZ 36 – MIRAGENS 37 – DIA DE SORTE 38 – VIAJANTE 39 – TO BE 40 – BENQUERER


41 – MATINÉ 42 – TANTAS VEZES 43 – COLISÃO 44 – QUANDO VOCÊ VOLTAR 45 – SIMPLESMENTE LIZZ 46 – VOCÊ (Acróstico) 47 – VOLÚPIAS 48 – JARDIM SECRETO 49 – BEIJOS INESQUECÍVEIS 50 – TUA AUSÊNCIA 51 – LOUCAMENTE... LÚCIDO 52 – COISAS QUE NÃO SE ESQUECEM 53 – SONHOS NO ESPELHO 54 – A NOITE DE ONTEM 55 – CHUVAS, ESTRELAS E CAVALGADAS 56 – ILHA 57 – VIVER 56 – NÓS 57 – NOITE 58 – A LIZZ DO DIR 59 – QUERO APENAS 60 – SONETO DA ESPERA 61 – SONETO DA URGÊNCIA 62 – GANGORRAS DO AMOR 63 – SONETO DO ÊXTASE 64 – SONETO DA PAIXÃO 65 – OS OLHOS DA LIZZ 66 – SONETO DO AMOR SEM FIM 67 – AMOR INCONDICIONAL 68 – SONETO PARA LIZZ 69 – IMÃ 70 – FLOR DE LIZZ 71 – NOVOS TEMPOS 72 – TODAS AS MANHÃS 73 – DEBAIXO DO TEU EDREDOM 74 – CORPO EM RELEVO 75 – LIMITE 76 – OLHANDO VOCÊ NANAR 77 – AINDA FALTAM PALAVRAS 78 – MENINO CARENTE


79 – ESSA DOÇURA 80 – NÃO TEM PREÇO 81 – JOIA RARA (PEQUENA PÉROLA) 82 – FRENTE FRIA 83 – PODRIDÃO 84 – INTRANSITIVO 85 – RESTOS 86 – GEOMETRIA 87 – DIAS DE SAUDADES 88 – NOSSA SINFONIA 89 – GRILOS 90 – MEU CANTO 91 – NOITE DOS NAMORADOS 92 – NOSSO AMANHECER 93 – TUAS MÃOS 94 – MEU COLINHO 95 – TEU PRESENTE 96 – SUBITAMENTE CÚMPLICES 97 – FAMA 98 – UM DOCE QUERER 99 – HIPOTENUSAS PSICODÉLICAS 100 – ESSA LUZ QUE VEM DE TI 101 – VIAJANDO EM VOCÊ 102 – MÁGICAS 103 – PITUKINHA DA LIZZ 104 – QUERO SER 105 – SONETO DA BARRIGA CRESCIDA 106 – AQUARELAS DE LIZZ 107 – MOMENTOS 108 – ANJOS 109 – SONETO DA SAUDADE 110 – SABÁ DE PRIMAVERA 111 – DOCEMENTE DERRETIDOS 112 – AINDA HÁ 113 – FONTE DE AMOR 114 – AMOR E PAIXÃO 115 – UM GRITO 116 – SONETO DA CHEGADA 117 – AUSÊNCIA 118 – SOU FELIZ


119 – LÁGRIMAS DE FELICIDADE 120 – RESUMOS 121 – SEDE 122 – TATUAGENS 123 – SONETO DA SEDUÇÃO 124 – SONETO APAIXONADO 125 – NÃO TE RESISTO 126 – ESPUMAS 127 – SONETO TATUADO 128 – CANÇÃO DO LIVRE-ARBÍTRIO 129 – VIAGENS SEM FIM 130 – TARDE DE OUTUBRO 131 – CANTOS DE AMOR 132 – SURDEZ HIPÓCRITA 133 – MINHA PAZ 134 – ESPELHOS CEGOS 135 – PINTURAS DA PAIXÃO 136 – VESTIDO COR DE VINHO 137 – EROTISMO 138 – ESCASSEZ 139 – ZANZANDO 140 – HOLÍSTICO 141 – ERA UMA VEZ... PARA SEMPRE 142 – O TAO PROFANO 143 – EU QUERO COM VOCÊ 144 – CONTEÚDO 145 – DENTES NA JUGULAR 146 – SABORES DE CIO 147 – REFLEXO HIPÓCRITA 148 – AMOR TRANSCENDENTE 149 – BULLYING SOCIAL 150 – TUA PELE 151 – DESAGUAR 152 – TODO ENTREGUE 153 – FLASHES 154 – ESTÉREO 155 – TOMANDO CONTA 156 – COLÍRIO NOS OLHOS 157 – PURA MAGIA 158 – RENASÇA


159 – ECOS 160 – EM MODO ZEN 161 – EPIDEMIA 162 – INSTANTÂNEOS 163 – CONTA-GOTAS 164 – CODINOME AMOR 165 – AGARRAR 166 – ERVA DANINHA 167 – CAUSO DE AMOR 168 – CHUVAS DE VERÃO 169 – VIDEOCLIPE 170 – VAQUINHAS ESTATIZADAS 171 – MARCAS DE AMOR 172 – O QUE SERIA 173 – BOLO DE MANDIOCA 174 – DISFARCE 175 – VIAGENS DE ÊXTASES 176 – DEBOCHE 177 – TARÂNTULAS 178 – IMPESSOAL 179 – COBIÇA 180 – TATUAGENS DE ÊXTASES 181 – IMPOSSÍVEL 182 – ANJOS CAÍDOS 183 – TEU BEIJO 184 – REMISSIVO 185 – MEUS TONS DE CINZA 186 – DESEMBARQUE 187 – DIABINHOS NO QUINTAL 188 – SEM VOCÊ 189 – ECLIPSE 190 – SONETO DA CAÇA 191 – ESPECTRO 192 – DECIBÉIS SURDOS 193 – CAMINHOS BENDITOS 194 – FALSO NEON 195 – SONETO PARA A MAMÃE 196 – AMNÉSIA


HOUVE UMA VEZ... UM VERÃO Houve uma vez... um verão, desses que a gente não esquece, 1942. Enquanto a guerra semeava o ódio e provocava destruição, houve um verão de amor Um amor de menino, um amor de mulher. Houve uma vez... um verão, desses que a gente não quer esquecer. Havia uma praia, havia areia, havia ondas, havia o mar. A inocência de um menino, a meiguice de uma mulher. Houve uma vez... um verão, desses que uma trilha sonora faz-nos reviver lembranças numa canção. O primeiro olhar, um abraço, depois um beijo, então, o gosto do sexo.


Um menino descobrindo encantamentos, uma mulher deixando-se levar pelo êxtase. Houve uma vez... um verão, desses que nunca se repetiu, e como todo verão precisou acabar. A angústia da partida, fuga sem despedida, um menino apaixonado uma mulher envolvida. Houve uma vez um verão, houve um amor impossível, inesquecível.

PESADELOS A noiva chegou numa limusine impecavelmente limpa. Pisou num tapete impecavelmente vermelho. Subiu pelas escadas impecavelmente lavadas. Entrou na igreja impecavelmente linda. Ouviu a marcha nupcial impecavelmente interpretada. O clima da igreja perfumada estava sensivelmente nervoso. A noiva disse o sim sensivelmente emocionada. Ouviu o sim sensivelmente emocionada.


Foi beijada sensivelmente emocionada. Jogou o buquê sensivelmente emocionada. À noite de núpcias foi docemente de amor. As mãos que a despiram eram docemente amorosas. A virgindade foi perdida entre sussurros docemente excitantes. Tragicamente o noivo era soropositivo. Tragicamente estava infectado pelo HIV. Tragicamente de um sonho restou o pesadelo. Tragicamente o sopro da morte destruiu os sonhos.

Tragicamente... a morte interpretou seu papel.

CIO Depois da meia noite todos os gatos são pardos, todos os cios são doces e os sussurros são liberados. Depois da meia noite toda carícia é bonita, todo gemido é prazer toda nudez é bendita. Como gatos carentes num agosto gelado,


deixamos que o gozo se acabe sobre lençóis amassados. Num agosto chuvoso como gatos carentes, deixamos que o gozo renasça molhado e ainda tão quente. E antes que a noite termine e os gatos reclamem o dia, pediremos aos sonhos de amor que nos façam companhia. E antes que a noite termine e os gatos deixem de ser pardos, quero me aquecer com tua pele e adormecer ao teu lado.

LÍNGUA AFIADA O fio da navalha corta, o fio da faca corta, o fio da gilete corta, o fio de uma língua afiada... não corta, mas, pode levar a ruína. O corte da navalha cicatriza, o corte da faca cicatriza, o corte da gilete cicatriza, a reputação perdida pelo fio de uma língua afiada... nem sempre cicatriza.

ROTINA MODERNA O olhar atônito, a boca seca,


um movimento, um gatilho, um estampido, buraco na testa, sangue expirando, olhos arregalados, morte... Novos costumes, rotina.

FOSSA A Raça Humana, transformou o planeta numa imensa privada sem caixa de descarga. Agora, atolados até os joelhos, descobrimos que o Arquiteto dessa obra, não planejou rede de esgoto.

ENGASGADO Drummond! o maior? não! Apenas uma pedra no nosso caminho, que a crítica insiste em querer nos fazer tropicar...


PODIA SER JOSÉ Ali, naquela rua construiu-se uma casa, onde vivem mulher, filho e João. Ele não se chama José, por causa do Drummond.

TERAPIA Passo os dias configurando meus neurônios, se é que tenho algum, para pensar e fazer milhares de besteiras... Nado diariamente nelas como tio Patinhas na fortuna. Faço isso como uma espécie de terapia. Lúcido, estaria tomando antidepressivos tarja preta.

DOCES APELOS Ah! esse doce apelo


que têm teus pelos, por debaixo das tuas calcinhas rendadas. Ah! esse lugar sagrado, templo encantado, fonte louca de prazer, tesão explícito. Quando te vejo diante dos meus olhos, quando te sinto em minhas mãos, quando você me deseja por inteiro dentro de você. Ah! este teu gozo gostoso pedindo por mais, tenho a eternidade neste momento fugaz.

CENAS COTIDIANAS A relatividade é relativa, o gatilho dispara, o sangue explode e escorre pela calçada. Ser bicha ser puta, marginal viciado é uma opção. Perdidos na noite


o fiel aprendiz, faz do seu baseado uma viagem sem volta. Ser de repente, um traficante, ter nas mãos o poder de matar tanta gente, da lei do silêncio ser o mandante. O crime compensa, a justiça colabora, é essa a lei. De arma na mão eu faço e desfaço, eu cobro e pago por proteção. Eu te assalto, eu te sequestro, você bom cidadão é a bola da vez, é nosso freguês e financiador. E quando me prendem, atear fogo à cela é minha diversão. Clamo pelos direitos humanos dos bons cidadãos, de bons corações. Eles acham que eu mereço mais uma chance porque fui marginalizado pela sociedade.


Uma rebelião, uma fuga em massa, estou de volta às ruas. Ontem estuprei uma menina, quinze anos ela tinha, era virgem ainda, depois a matei. Os bons cidadãos dos direitos humanos, apenas lamentaram mais uma vítima. Outra vez, me libertaram por que sou menor, sou vítima também, sou coitado, mereço outra chance, sou jovem ainda. Livre! assaltei, estuprei, e matei... outra vez! Bons cidadãos dos direitos humanos, por favor, eu mereço outra chance! Mas desta vez, sob o viaduto, havia uma overdose no meu caminho, e as chances que me deram a vida me negou. A morte que espreitava


silenciosa, veio me viu, me levou. As bichas as putas, e os marginais viciados apenas assistiram à morte me levar sem compaixão e sem dor, e meu lugar simplesmente outro assumiu. E outra menina foi estuprada e morta, e outra, e outra, mais outra, outra ainda...

AVE DE MAU AGOURO Vou ser a tua unha encravada, a tua dor de cabeça, quem sabe, outras coisas na tua cabeça, vou ser a tua úlcera perfurada. Vou ser o calo do teu calcanhar a tua dor de cotovelo, quem sabe, o motivo do teu ciúme, vou ser uma pedra no teu sapato. Vou ser os teus fantasmas, os teus pesadelos,


quem sabe, as tuas noites de insônia, vou ser a tua infelicidade. Vou ser a tua insegurança, a tua preocupação, quem sabe, a tua desilusão, vou ser a tua ave de mau agouro.

MOMENTOS DE FELICIDADE Hoje meu coração sorriu, por minutos apenas mas sorriu, e cantou, e dançou, e brincou feito criança, porque te viu. Ah! esses minutos feitos de felicidade, remédio para a dor. Há quanto tempo eu não sorria um sorriso de verdade. Quanto peso de saudade meu corpo aliviou. Infelizmente aqueles minutos passaram e tudo recomeçou.


Saudade... saudade... falta... falta... de quem é o meu amor.

ETERNIDADE Duas semanas sem te ver quinze dias sem te ver 360 horas sem te ver 21.600 minutos sem te ver 1.296.000 segundos sem te ver, para mim foi à eternidade, e nesta eternidade toda meu coração bateu 1.512.000 vezes por você...

DISTÂNCIA Imaginei mil sorrisos para te receber, mil palavras para te dizer, mil fofocas para te contar, mil coisas para te agradar, mil presentes para te dar, mil maneiras de te fazer feliz. Mas, você preferiu ir para longe, muito mais longe do que algum dia eu pudesse sonhar.


AVENTUREIROS Chegaram nem todos, mas todos cansados, vieram de longe homens errantes, rudes reais. Seus olhos conheceram o mundo, as guerras, as fomes, as vitórias, as derrotas. Seus corpos trazem marcas, cicatrizes, a areia do deserto, o sal do mar. São livres como o vento, e ao vento galopam velozes como deuses, sem temor, sem amor, que ficou no harém. As mulheres são miragens, são sonhos das noites estreladas, objetivo


para se voltar vivo da longa jornada.

PINTURAS Colei meus sonhos na parede, pintei teu rosto em meus pensamentos todos os dias. Em cada manhã, depois de sonhar com você. Em cada noite, esperando sonhar com você. Pintei teu autorretrato mil vezes diante dos meus olhos, te imaginei deusa, fada, virgem, sem vergonha, mulher, somente mulher assim nua. Ah! essa nudez que me assola de prazer, quente, doce, molhada, vulcão descendo em torrentes. A pintura desta loucura é nunca morrer, é ser eterno, no paraíso ou no inferno. Da Vinci


sentiria inveja do nosso tesão.

ERRANTE E agora o que faço com essa calma, com essa paz na alma, com esse infinito todo meu. Fecho os olhos e não vejo escuridão, tudo brilha como galáxias dançantes. Retomo o caminho de onde parei, de onde quase dei marcha à ré. Quero reconstruir os meus desejos, como fontes aladas de teoremas insolúveis. Já não temo a noite, os sons de calafrios, Talvez, o monstro fosse simplesmente eu. Mas, sou um tatuador zen traído pelo tempo, quase um despudor uma carcaça amaldiçoada. Minha alma está em paz, meu corpo continua cansado. No fim,


quero ser como estrelas errantes e fugazes, que só os escolhidos viram passar.

POLIVALENTE De repente, desandei a falar frases sem nexo. Reflexo da minha timidez polivalente, que nunca ultrapassa sinais fechado. E foi diante da tua morenice encantadora, puramente estonteante, que minha timidez ficou obsoleta. Fui me sentindo tentado, atraído, viciado. Já nem sei onde ficou minha timidez quando me lembro do teu perfume. Só sei que fui perdendo ela aos poucos, às vezes, em teus braços, às vezes, em tua boca, às vezes, em tuas fendas. E por fim, e nem sempre nessa ordem, em teus gozos


também polivalentes.

PECADOS O pior dos pecados, é nunca cometer pecados. Você já pecou hoje? pode apostar que sim. Se a salvação está no ato de não pecar, então para a humanidade não há salvação. Por que não pecar? se já nascemos pecadores. É ridícula e prepotente, esta afirmação escrita por homens ridículos, que nada têm de divinos. O homem se especializou em inventar e cultuar convenções, só àquelas, que lhe convém, é claro! Pobre homem! Pobre ser humano! Pobre ser superior! Não passamos de vermes intrusos, a mercê da natureza, que quando quer esmaga e aniquila, sem pedir permissão,


sem obedecer à convenção.

Apesar de pecador, é lindo estudar e não entender o universo. Apesar de pecador, é maravilhoso procurar e não encontrar explicação. Apesar de pecador, é divino ser um verme e pertencer a tudo isto...

GLOBALIZAÇÃO Minhas rimas não são emergentes, nem meus versos globalizados, mesmo assim da minha cadeira, navego pelo ciberespaço. Enquanto o planeta se disfarça de globalizado, e alguns posam de emergentes... Etnias se chacinam por supremacia, judeus e árabes se unem contra a paz. Ainda se morre de fome, ainda se morre de diarreia. Ainda se mata


para roubar, ainda se mata para calar. Ainda se corrompe pelo poder, ainda se corrompe pelo dinheiro. O planeta virou um mercado, os poderosos, mercadores, as cifras são valiosas. A vida... um produto descartável.

Gritam os ecologistas, gritam os pacifistas, gritam também as religiões. Gritam... apenas gritam. Porque quem detém o poder, o tríplice poder, político, econômico e espiritual, diverte-se com a gritaria. É no poder que está a fartura, é no poder que estão as riquezas, é no poder que estão os privilégios. Um planeta globalizado, de débeis mentais emergentes,


de loucos varridos emergentes, gera terrorismo emergente, cria insanidade globalizada.

LABIRINTO Sou assim nas madrugadas de insônia, um ser da noite. Um resto de abandono, de um beijo interrompido. Ainda sinto o gosto, não do último... do primeiro. Quase sempre me pego contando os minutos para o dia. No silêncio, o tique-taque é uma sinfonia de saudade. Uma dor que faz a alma gemer. Nessas horas eu não quero uma sinfonia, quero meu remédio. E o que fazer se a receita partiu na tua boca, no teu corpo.


Vou continuar me caçando neste labirinto.

Aguço meus sentidos abrindo portas noturnas invisíveis. Portas de mim mesmo, meu outro eu quase um estranho, um invasor.

O estranho e o invasor embutidos e entrincheirados pela dualidade na escuridão. Maldita dualidade! desgarrado de você.

SE VOCÊ NÃO EXISTISSE Se eu não existisse ninguém me inventaria, Poeta não é como o pão que mata a fome, Matar tua fome, tua sede, isto eu não poderia, Se eu fosse inventado, só saberia rimar teu nome. Se eu não existisse falta também não faria, Sou desses derradeiros que a rima consome, E mesmo que elas ecoassem ninguém ouviria, Num mundo onde o ódio já tatuou o homem. Mesmo assim ainda te rimo nas horas de silêncio, Amando sem os pudores de uma criança no berço, Nas asas de um unicórnio alado, quero a magia.


Mesmo assim ainda te rimo, sou teu benquerer, Minhas rimas seriam nada, vazias sem você, E se você não existisse... eu te inventaria.

UNICÓRNIO ALADO Para onde me levas oh! unicórnio alado, de asas ligeiras... Hoje, não quero voar sozinho no teu dorso aconchegante. Hoje, quero me aninhar como um menino carente, no colo do meu amor. Hoje, não quero ventos, apenas brisa... Hoje, não quero o brilho da lua, apenas o faiscar das estrelas... Hoje, não quero a canção de uma chuva caindo, apenas o cheiro dos cabelos dela ainda molhados... úmidos. Hoje, quero essa noite toda para mim, assim poderei dar essa noite toda para ela: minha Lizz,


minha apaixonada, dona dos meus desejos.

Vem... vem comigo, voar em nosso unicórnio alado. Faremos amor nas montanhas, ao lado de fogueiras acesas. O que seria desta noite, sem beijos molhados... sem sussurros de issssssssss... sem línguas safadas... sem caldinhos de gozo... escapando por rachinhas e rasgadinhos. Arderemos de tesão tanto quanto elas, e ainda estaremos ardendo quando as fogueiras já forem apenas cinzas. Fugiremos para longe além do tempo e do espaço. Até aonde as asas do nosso unicórnio alado ousar nos levar. Ouviremos canções celtas, enquanto nossos


corpos se sugam numa sinfonia interminável de amor...

SABORES Provar do teu bolo de aniversário, ah! essa delícia, é como beijar tua boca... Gostos, sabores, umidades. Cada pedaço que devoro, é como um beijo que me seduz, e me faz te amar. Provar dos brigadeiros do teu aniversário, ah! essa delícia, é como minha língua deslizando pelos biquinhos dos teus seios... Durinhos, doces, convidativos. Cada brigadeiro que devoro, tem o sabor de um gemido, um sussurro de êxtase. Provar do gelado de morango do teu aniversário,


ah! essa delícia, é como espalhar creme em cada centímetro do teu corpo... Delicado, sensual, atraente. Cada pedaço que devoro, tem minha boca conhecendo teus segredos, cavernas e picos encantados, que fazem das nossas noites o mais puro tesão de amor.

MOSAICOS No resumo do meu silêncio restou um trem partindo, uma estação vazia. Um amontoado de lágrimas descendo como ondas, no frio já gelado de abril. E caminhei pelas ruas desertas, de outdoors molhados e tristes vigiando meus passos. Ali imóveis, e sem piedade, todos eles me olhavam quase entendendo minha dor. Diferente do trem sumindo na curva eu estava sem rumo, perdido por descaminhos. Nem havia percebido


que a chuva fina estava de volta, a noite também chorava. Eu era um mosaico fantasiado pelas luzes da cidade, atormentado pela separação. Tentei um novo resumo, sem a estação, sem o trem, sem a curva, sem as lágrimas, mosaicos ou descaminhos. Então percebi ainda mais triste, que meu diário de verão havia se rasgado para sempre. E quando o inverno enfim chegou, trouxe notícias daquele trem e da passageira que nunca quis partir... Seu desejo era de fazer o trem voltar, da curva nunca existir, e do verão nunca terminar...

BAILARINA Quando você dança assim em minha mente, feita bailarina do ventre me entrego todo pra você. Você se veste de nudez quase pura, me seduz com um sorriso quase meigo, me possui de um jeito todo amor. Assim atravessamos madrugadas, de estrelas que vão e que vêm...


Você dançando pelo meu corpo, ah! beijos, ah! carícias, ah! sussurros, ah! gemidos. Beijos de corpos enroscados, carícias de toques encantados, sussurros de lábios pedindo, gemidos de gozo explodindo... ... Nessa dança sem fim. Essa dança, é nosso balé de amor.

LIZZANDRA Lizz chegou e trazia doce de manga no beijo, foi beijando minha boca atiçando os meus desejos. Lizz chegou seduzindo e acabou seduzida, tem um quê de mistério um labirinto sem saída. Lizz chegou faiscante e como estrela cadente, tatuou-se em meu corpo sem dor... mas para sempre. Lizz chegou se aninhando


de um jeito todo mansinho, nunca se disse carente mas se rendeu aos carinhos. Lizz chegou bem falante o tímido da vez era eu, mas com o encanto das rimas uma nova musa nasceu. Lizz chegou como livro, sem letras, estória nem teor, agora a estória pode acabar como uma estória de amor.

TEMPORAL Agora e sempre sou aquele que passa sem graça, sem deixar lembranças de que já foi apoteose, simbiose alucinante de um arco-íris descolorido com blondor, e sem pote de ouro no fim. Estive no começo e no fim do Raul, e estarei no teu, e no teu! e no de outros tantos que virão. Sou o único caminho, a única porta, não tenho fechadura, porque ninguém volta depois de entrar. Sou o teu lado obscuro e obsceno,


o teu medo. Sou o desconhecido, quase uma dor. Sou um caçador de almas penitentes e perdidas, rio caudaloso da última esperança, que todos carregam em seus passos. Sou um eco da sopa primordial, brinquei de escorregar pelas galáxias, de esconde-esconde pelas estrelas. Estive nas cavernas com as bestas, nas árvores, nas lanças, no sangue, nos grunhidos, no fogo. Andei pela cabeça de Albert Einstein e Steve Jobs, estou na genialidade, na ganância, na hipocrisia, na fé, nas matanças na destruição. Sou alimento e fome, doença e cura.


Sou a ruptura do silêncio atravessando o mundo em segundos. Escrevo teus dias num Tablet de DNA.

TEOREMAS Areias do tempo, miragem andante, escuridão. Gatilho, estampido seco, sangue. Sedução, morte, anjos de preto. Vidas sugadas, redemoinhos em segundo plano. Separação, lágrimas, vidas que seguem. Paraíso, inferno, descaminhos. Saudade, lembrança, esquecimento. Motivos,


razões indefinidas, teoremas indecifráveis.

DESENHOS O beijo daquela boca, às vezes, apaixonada, às vezes louca, deixou as marcas de um amor traços inacabados de querer mais. Fomos desenhos cegos do desejo, um fogo ardente. Olhares, telepatia, gozos incandescentes. Sussurros, gemidos, doces cantigas de ninar. A magia de desenhar noites inesquecíveis na tua pele. A magia de sentir o teu gosto, o teu cheiro, a tua aura, a tua luz. Passamos por tantos outonos, invernos, primaveras e verões.


Foram madrugadas e mais madrugadas apaixonados, e bêbados de paixão. A magia da canção, havia as nossas favoritas que nos faziam voar nas asas de um unicórnio alado. A magia das rimas o encanto da musa, para quem nunca me canso de cantar. Apenas um benquerer e uma flor de Lizz. O beijo daquela boca, às vezes, apaixonada, às vezes louca, tatuou-se de eterno, para ecoar muito além da eternidade.

ENCONTRO MARCADO Era brisa agora é vento, quase um lamento no canto das árvores nas noites de abril. Abril de um outono imutável como as estrelas do céu, como o salgado do mar. E desse lamento


somos cata-ventos expelidos em forma de vida. Diante de um espelho às vezes, somos épicos, outras vezes, doidos varridos quase estrebuchados. Somos fugazes nas virtudes. Somos modelados defeituosos e monstros pelas maldades. Tentamos muitas vezes substituir os santos nos altares. Fomos contaminados ainda no tubo de ensaio. Fomos criados para ser a essência da graça, quase divindades. E fazemos da vida um passatempo, carrossel, roda gigante, montanha russa. E podemos contar muitos outonos imutáveis, mas não há fuga nem esconderijo em bolhas de sabão, cedo ou tarde, teremos um encontro marcado com a extrema-unção.


FICA! Quando você chega de aconchego, desatando medos me dando prazer. Vou me sentido toda tua, e depois de nua me visto de você. Vou ficando mais atrevida, uma mulher da vida pra você se lambuzar. Posso ser a tua puta, que geme e depois escuta, posso ser a tua santa no altar. Fica! A noite apenas se fez madrugada e as estrelas dançam a nossa canção, descansa que eu fico calada, mas, antes que eu durma quero te dar meu coração. Vem cavalgar no meu galope, sem precisar usar chicote aqueça meus calafrios. E antes que termine a nossa jornada, como uma cadela safada, quero me sentir entrando no cio.


E no cio me abrir toda para tuas estocadas, sentir teu jorro todo dentro de mim é o meu desafio. E no cio quero ser premiada, é um jogo que começa sempre com rosas, e acaba em gozos e mais gozos sem fim. Fica! A noite apenas se fez madrugada e as estrelas dançam a nossa canção, descansa que eu fico calada, mas, antes que eu durma quero te dar meu coração.

MUNDOS Então um dia, cismei que eu era um super-humano, e como tantos outros da mesma estirpe, parti com o objetivo de mudar o mundo. Assim, durante alguns anos, vivi com o mundo na cabeça, sem perceber que o meu mundo também existia. Tinha ideias infalíveis, fórmulas mágicas, rabiscos de projetos e agendas de mudanças, era tudo perfeito. Mas o mundo não mudou uma vírgula sequer.


E quando acordei da minha utopia barata demais, descobri que como um homem bomba quase tinha explodido o meu.

UMBIGO DA LIZZ Ele é indecifrável, existe mas é abstrato... sensível a um tato, redondinho, às vezes, turbilhão, e tem a forma de furinho. Você sabe de quem eu estou falando... sabe? sabe? Uma obra-prima, de Picasso? de Da Vinci? de Monet? Não, nenhum deles seria capaz de criar tal maravilha. Você sabe de quem eu estou falando... sabe? sabe? Estrela que brilha no centro da minha galáxia, estrela de primeira grandeza encravada no meu universo, única. A mais linda, brilha, excita,


pulsa, encanta e seduz. E você, agora já sabe de quem eu estou falando... ainda não! Então vou dizer: do umbigo da Lizz...

MIRAGENS Agora já não tenho pressa, vou fazer o meu tempo e sentir a brisa soprando no rosto, brincando com meus cabelos grisalhos. Tempo para sentar no banco da pracinha, e deixar que as miragens do horizonte recordem meus dias. Uma viagem sem arrependimentos, sem saudosismo, apenas um viajar de boas lembranças. Poderia lembrar das cibalenas de mamãe, poderia lembrar do mercúrio nos machucados de papai. Das minhas bolas de gude, das caixinhas de lápis de cores, das canetas tinteiras, dos pacotes de pipoca doces com figurinhas, muitas delas ainda estão coladas


no fogão de lenha aposentado e sem uso. Viajar pelas miragens do tempo é uma arte. Não devemos deixar que as tempestades ofusquem todo o deslumbramento de um arco-íris. Nem sentir-se diminuído se nos contam das maravilhas de Katmandu, e nunca fomos muito além daquela esquina. Nunca se entregue as miragens do que poderia ter sido, elas são capazes de machucar e de fazer doer. Não pragueje contra amores impossíveis, deixe-os quietinhos num mirante do teu coração. Praguejar por amor, também machuca e faz doer. E não existem cibalenas para estancar esse tipo de dor, não existe mercúrio para cicatrizar esse tipo de ferida. Está escrito: Um dia, no tempo e no espaço todos nós seremos apenas uma miragem.


DIA DE SORTE Quando a porta se abre e você se revela na penumbra de luzes de velas, vestindo lingerie toda branca e véus esvoaçantes, sei que estou no meu dia de sorte. Quando teus lábios carnudos e vermelhos, se misturam com o tinto de um copo de vinho, e fico com sede de beber na tua boca, sei que estou no meu dia de sorte. Quando minhas mãos te despem dos véus, e tua calcinha rendada desce pelas coxas, sofro de hipnoses múltiplas com tua nudez, e sempre que o coração dispara como se fosse à primeira vez, sei que estou no meu dia de sorte. Quando nossos corpos se surfam fazendo amor, e deixamos que nossas bocas, línguas, e sexos desenhem hipotenusas imaginárias atravessando fendas e picos, sei que estou no meu dia de sorte.


Somos encaixados por ângulos perfeitos, possuídos pelos mesmos gemidos, guiados pela mesma paixão. Somos amantes e cúmplices dos mesmos desejos, quando nossos gozos explodem em jorros e orgasmos incandescentes. E antes que você adormeça ouço teu sussurrar baixinho em meus ouvidos: – Esse foi mais um dia de sorte... E eu quase adormecendo também, sussurro baixinho em teus ouvidos: – Sabia que seria mais um dia de sorte...

VIAJANTE Eis me aqui, um viajante cansado de aventuras, Porque vim eu não sei! Sempre viajei sem destino visitando galáxias e estrelas, ou fugindo por descaminhos de buracos negros abissais. Porque vim agora eu sei!


De repente, ao vê-la mais rápido que a luz me apaixonei. E então, viajei ao teu encontro como só loucos errantes desafiando os perigos, hoje só desejo ficar contigo. Os caminhos do universo, as suas trilhas, já pouco importa, quero fazer do teu corpo meu último portal, meu porto seguro. Hoje descanso nos teus braços, bebendo nos teus lábios os encantos da paixão. Anos-luz eu percorri, em ti aportei...

TO BE Você foi à extensão do meu corpo ardente, como o fogo que queima! Foi o meu complemento, o motivo do meu sorriso, a razão dos meus sentimentos, a explosão do meu prazer! Foi meu guru


e meu karma, meus devaneios, e minha loucura absoluta! Povoou meus sonhos após nossas noites de amor, você foi meu anjo, meu equilíbrio, minha riqueza, minha luz! Por isso, enlouqueci, e me atirei no abismo, morri, de tanto te pertencer, meu corpo deixou de ser quem eu sou. Morri, sem um minuto de lucidez, pra descobrir que você não me queria. Que ali mais adiante, você me esqueceria depressa demais.

BENQUERER Senti em teus poros o aroma do desejo, e me apaixonei por você, tão certo quanto às estrelas brilham na noite. Na noite quando nosso amor se faz da pureza de um gozo.


Apenas te amo, e nas asas deste amor, voam sentimentos que cavalgam nos delírios loucos de madrugadas inesquecíveis. Flor de Lis é teu nome, você é o meu amor, a minha paixão. Eu sou aquele que te canta, são versos de Flor de Lis, cantos de um benquerer. Encravado em mim, está o brilho dos teus olhos feito diamantes. Adoço minha boca, no manjar saboroso dos teus beijos. E me alimento como um beija-flor, com o néctar do teu corpo.

MATINÊ Quero a magia dos duendes, quero a sabedoria dos druidas, pra encontrar o caminho por entre as brumas eternas como a neve do Kilimanjaro. Pode demorar, que importância tem o tempo na eternidade... Então, quando você chegar,


eu estarei te esperando. Faremos amor nas noites de lua, e deitaremos abraçados, namorando nas noites estreladas, até o sono chegar. Mágico, te colocarei para adormecer numa bolha de sabão. Sábio, te ninarei até o amanhecer com todos os versos que fiz. Nas tardes quentes depois das cinco, descalços dançaremos ciranda, enquanto a chuva de verão brinca de gangorra caindo das nuvens. É a deixa que o sol espera nesses dias especiais.

Com caneta de sete cores e um desenho cego perfeito, o horizonte vai se colorindo, pintando o céu de arco-íris. Estaremos conectados sem fios com a sopa primordial da criação pela essência dos desejos. Sem lixeiras, linhas imaginárias, dizimas periódica,


tela azul ou botões de apagar. Lagos de águas calmas convidarão para um banho. Fontes se oferecerão para matar a sede. Teremos um banquete sempre pronto para a fome. Faço dessas visões meu plano B, a eternidade não será eternidade sem você. Quero me desgarrar da lápide terrena, ficar surdo para os discursos falando de quem eu fui, e vou saber em quais corações serei um sopro de saudade. E um dia, uma hora, no tempo... na eternidade... Estaremos nós dois, esquecidos pelas brumas mas eternos. Fazendo amor ou bolhas de sabão. Olhando para as estrelas, ou comendo pipocas na matinê.


TANTAS VEZES Tantas vezes, escalei o Everest porque você me pediu. Tantas vezes, atravessei continentes porque você me pediu. Tantas vezes, naveguei oceanos porque você me pediu. Tantas vezes, busquei estrelas porque você me pediu. Tantas vezes, falei com os anjos porque você me pediu. E quando eu te pedi que você me amasse, você me pediu que eu te esquecesse...

COLISÃO Fomos expelidos de galáxias diferentes, e atirados por buracos negros sem rumo. Muitas vezes, sentimos o gosto do medo passando de raspão pelo começo do fim.


Pegos, revirados, descartados, e devolvidos. Fomos impedidos de nos aproximar do estágio de supernovas. Sempre estivemos mais para corpos invisíveis tateando na escuridão. Assim era o nosso status, terminais e moribundos. Ninguém sabia que ainda tínhamos um resto de pulso, que ainda tínhamos um sopro tênue de vida. Então como um milagre, a conspiração foi escrita e o universo assinou. Fomos sugados pelo grande atrator do amor, e colocados numa mesma trajetória. Não conseguíamos mais escapar da gravidade dos nossos olhos, lentamente nos atraindo. Nasceu um sistema binário, e a gestação de um desejo único: Uma fusão absoluta. Agora estávamos próximos, ao alcance de um acoplamento com os braços.


E veio a grande descoberta, nossas bocas queriam mais que abraços, e só sossegaram com a colisão de um beijo. Mas, ainda faltava a fusão, e nos fundimos em noites intensas, de paixão, amor, e orgasmos múltiplos. O tempo passou, e de repente, numa tentativa, descobrimos que não existe uma fuga para nossos orgasmos, queríamos, deveríamos e simplesmente não conseguimos.

QUANDO VOCÊ VOLTAR Quando você voltar estarei mortinho de saudade. Saudade, do teu sorriso de criança, do teu abraço de menina, do teu beijo de mulher. Quando você voltar quero correr ao teu encontro feito criança, menino e homem, para beber teu sorriso, abraçar teu corpo, e beijar tua boca. Deixar que a loucura tome conta dos nossos sentidos, que nos tire do sério,


que nos leve além dos limites, além das coisas do amor. Às vezes, por coisas impróprias, que acabam revelando sempre um gosto de quero mais sem fim.

SIMPLESMENTE LIZZ É complexo... o cálculo da hipotenusa. É divino... sentir o paraíso no teu orgasmo múltiplo. É maravilhoso... o pôr do sol no entardecer. É doce... roubar teu sorriso num beijo. É grandioso... ficar sem palavras com a imensidão do universo. É simples... dizer e repetir eu te amo. É vício... sentir teu perfume e querer embriagar-se. Sim! você é meu vício, a minha paixão.


Docemente maravilhosa, divinamente grandiosa, complexamente simples. Virtudes de ser simplesmente Lizz.

VOCÊ (Acróstico) Lá vem você, assim linda, Incendiando meus desejos, Zanzando pelo meu corpo, Zoando pelos meus beijos. Assim também, lá vou eu, Nadando pelos teus orgasmos, Dominado pelo teu cio, Razão nenhuma, apenas loucura, Amor assim nunca se viu.

VOLÚPIAS A música soa lenta, romântica, excitante, entre abraços quentes, beijos molhados, corpos ardentes. A minha doença é você, a tua sou eu. Conheço teu gosto, teu oceano de desejo, os caminhos do teu gozo, o tamanho da tua paixão.


Sou escravo dos teus orgasmos, e dono dos teus gemidos. Com você, vou de extremo a extremo, da razão, à loucura absoluta. Anjos e demônios se apoderam de mim, mas, sou assim, quero ser assim, e é assim que sei te amar. O meu refúgio é a tua boca, O meu paraíso é o teu prazer.

JARDIM SECRETO E antes eu vivia meu outono infindável, restos de um abril despedaçado por orgasmos sem sentidos, como folhas mortas carregadas pelo vento. Agora, e tão de repente, uma rosa se fez mulher em meu jardim secreto. Então, a primavera entrou pelos meus poros, como se eu ainda tivesse quinze anos. E meu jardim ganhou uma rainha sem pétalas


mas com sensualidade. Sem espinhos mas com cara de menina. Sem perfume de rosa mas com o cheiro inebriante de mulher. E eu fiquei possuído pelos seus encantos, pelo seu sorriso, picos e fendas, que me oferecem momentos alucinantes de prazer. Já não saio mais desse meu jardim secreto, e sussurro baixinho os meus hui hui hui... Não são gemidos de dor, como diz a minha Lizz, são gemidos doces, são gemidos de cio, a dor é de tesão.

BEIJOS INESQUECÍVEIS Ontem, ainda nem era Natal, e no comecinho da noite eu ganhei o meu presente de Papai Noel. Você chegou assim de surpresa, eu não te esperava, nem mesmo sonhava que vinha me ver.


E como sempre você chegou safadamente sedutora, cabelos molhados no rosto, brincos grandes de argolas, e aqueles olhos de pidona que só eu conheço, cheios de segundas intenções. E apesar da tua calcinha vermelha pequenina e quase sumida, muitas vezes se convidar entre meus dedos, a deslizar pelas tuas coxas, nessa noite, não fizemos amor com nossos sexos. O amor se fez na calmaria de beijos apaixonados na boca, assim como são os presentes esperados por meninos e meninas. Sim beijos, apenas beijos. E com eles chegaram os orgasmos incontáveis, infindáveis e inesquecíveis, enquanto a madrugada avançava lentamente embriagada pelo nosso amor. Depois de saciados, com um último beijo na boca, te coloquei de mansinho pra ninar. E aconchegado na tua conchinha, fiquei quietinho te acariciando,


te vendo adormecer, quem sabe sonhando com nossas bocas se amando. E quando os primeiros sinais do dia do Papai Noel foi chegando, eu deixei você adormecida. E já ouvindo o canto dos sabiás, fui saindo surfando as estrelas que também começavam adormecer num amanhecer de verão, depois de fazer amor com você.

TUA AUSÊNCIA Hoje, de repente, eu me peguei nos preparativos para a tua ausência. Para um fim de janeiro de tristeza impensada, e de saudade nunca antes sentida. De noites sem sono, e nenhuma vontade de sair olhar as estrelas, nelas eu só veria os teus olhos me olhando. De dias e dias com pensamentos infinitos em você, e nenhuma vontade de disfarçar. Tenho de estar pronto para os nozinhos na garganta.


Pronto para os momentos que aquela dorzinha, chegar apertando o coração dentro do peito. Não te prometo prantos abundantes, porque neles não conseguiria sentir as lágrimas escorrendo. E eu quero sentir minhas lágrimas escorrendo, daquelas salgadinhas que você tanta fala. Mas, se você viesse bebê-las, em minha boca, elas adoçariam a tua como se fosse meu beijo. Que tua ausência seja breve, Que nosso teorema não se transforme em incógnitas insolúveis. Que tua ausência dure menos que nossos beijos, menos que nossas noites de amor. Ainda quero outros tantos beijos teus, outras tantas noites de amor com você. Que as incógnitas de agora sejam logo apenas lembranças, que os nozinhos na garganta se desatem rapidinho, e que a dorzinha no coração logo deixe de doer.


E poder te dizer ainda mais uma vez, e que nunca seja a última, que estarei mortinho de saudade quando você voltar.

LOUCAMENTE... LÚCIDO Nosso amor é assim tão loucamente lúcido, torrentes de gemidos, ecoando em nossos ouvidos. Nosso prazer é assim tão loucamente lúcido lavras incandescentes de beijos, guiados por um único desejo. Somos sugados pelo buraco negro desse amor irresistível, dessa paixão avassaladora, sem vontade de escapar. Ah! nos gravitamos, nos orbitamos, colidimos. E se ainda houver lucidez para tanta loucura, busquem em nós o que resta dessa lucidez. O amor e a paixão nos transformam em astros da noite, com brilho próprio intenso,


e propensos a realizar noite após noite loucas loucuras de amor, e nos apaixonar perdidamente loucos, loucamente.

COISAS QUE NÃO SE ESQUECEM É quando se ama sempre existem coisas que não se esquecem. Nós dois nunca esqueceremos da primeira noite que pedi para fazer amor com você, e você fez amor comigo. Foi ali o começo de tudo. As madrugadas de sedução que terminavam sempre em orgasmos nunca sentidos. Hoje estou aqui para lembrar de nossas coisas impossíveis de se esquecer. Te dizer que não posso mais te desligar. Coisas que não se esquecem também não se desligam. E, talvez, eu devo começar


te pedindo perdão, pelas minhas saídas pela tangência sem te dar a chance de entender. E depois do perdão, lembrar-se de todas às vezes, que roubei o bolo de milho que você fazia da tua boca. Das nossas colheitas nos finais de tarde no pé de jabuticaba. E como era você quem sempre subia no pé, a ordem era nunca esquecer da minissaia, enquanto, o meu trabalho, era apenas te olhar enquanto fingia catar as jabuticabas do chão. De ser proibido voltar para casa, sem antes fazer xixizinho gostoso no mato. Lembrar-se de você fazendo comidinha gostosa vestindo camiseta rosa berrante e que hoje você achou um horror. Ah! e de você sentadinha no computador, também todinha de rosa, as perninhas cruzadas e depois, Oh!...


mil vezes você do que a Sharon Stone. Lembrar-se do dia que vestindo um dos teus presentes, me senti o divino Ademir da Guia comandando o meio campo do Palmeiras com a camisa 10.

Num amor de palmeirenses, até a cadelinha tem de vestir a camisa. E o mantra, palavra que você tanto gosta, apenas te ouvir dizendo eu te amo, é mais gostoso do que te ouvir dizendo forza Palestra. Imagens e lembranças construídas e lapidadas pelo tempo. Esse tempo que ninguém poderá tirar de nós dois. A musa, as rimas o amor. Os segredos, e os momentos inesquecíveis. É possível que você acabe chorando, lembrando-se das minhas lembranças que são nossas, mas, as lágrimas serão doces,


isso eu sei. É quase certo, que eu também chore depois, quando você me contar que chorou, e quem sabe, choraremos juntos, mais uma vez.

Acho que agora eu encontrei a resposta que tanto buscava. E descobri finalmente o motivo de ser simplesmente impossível desligar você de mim.

SONHOS NO ESPELHO É abstrata, às vezes, a minha imagem no espelho. Não me conheço, quem é esse cara, eu mesmo me causo espanto. É complexa, às vezes, a minha identificação com o universo. É simples, às vezes, colocar um fim em tudo isto. Basta um momento de desespero, aquele clique que nos diz, você não está no controle. O espelho é cruel, destrói os sonhos, desata convicções, escancara as verdades,


da qual sempre queremos fugir.

A NOITE DE ONTEM Talvez, quando nossos olhos abertos, viram o dia amanhecer nem acreditamos que aquela noite existiu, mas ela existiu. Uma noite de preliminares e amor. Depois, fomos tomados de assalto, por sentimentos a flor da pele, daqueles ainda nunca sentidos, que rapidamente se espalharam por todo o corpo, e fizeram doer o coração. Doeram nos olhos que não conseguiram segurar as lágrimas salgadas. E choramos, apenas nos deixamos chorar se olhando nos olhos. Dizendo tantas coisas, sentido outras tantas que queriam explodir. Ah! as palavras, os momentos que ficamos sem as palavras, os momentos em que as lágrimas diziam bem mais que as palavras. Não sei o que aconteceu com você depois,


sei apenas o que aconteceu comigo.

Minhas lágrimas ainda demoraram a secar, teimavam em não deixar meus olhos adormecerem. É, choramos você minha flor de Lizz e eu teu benquerer. E de manhã, quando vi o sol entrando na minha janela, eu já estava convencido que não foi uma noite de tristeza. Noites assim como a nossa de ontem, servem para que os olhos de um possam enxergar o amor que existe dentro do coração do outro. Nesses anos todos nossos corações nunca se abriram e nem se falaram como na noite de ontem. Então, quando te deixei um bom dia, e um beijo, eu já estava mais feliz. Tinha esquecido as lágrimas pra lembrar nossas telepatias aquelas que são apenas nossas. Tinha esquecido a dor pra lembrar-se do amor que fizemos, aquele que é também só nosso.


E quando você vier outra vez, minha boca estará esperando a tua boca. Só com meus beijos, com teus beijos, e corações disparados com nossos orgasmos esqueceremos que a noite de ontem existiu.

CHUVA, ESTRELAS E CAVALGADAS Ontem, o meu amor me contou, que sentada na namoradeira ficou vendo a chuva cair. Chuva de verão, daquelas que vem chegando lá do horizonte como uma nuvem branquinha. A chuva caia, e o meu amor pensava em mim. À noite quando eu cheguei, primeiro dançamos agarradinhos com as luzes apagadas. Entre beijos e olhos fechados, apenas ouvindo o tum tum tum de dois corações


apaixonados. Depois da dança deitamos no tapete da varanda, e abraçados ficamos olhando o céu. Então te contei da saga de Órion perseguindo Escorpião, e você lembrou que eles são como o sol e a lua. Muito da sabidinha, você apontou o dedinho para o cinturão de Órion, então te ensinei a reconhecer as três Marias: Mintaka, Alnilan e Alnitaka. E quando eu percebi que não estava nas estrelas o teu interesse, você já estava me cavalgando. Depois da chuva, depois das estrelas, vieram as cavalgadas. E apenas te deixei me guiar pelo teu cavalgar, fazendo amor com você. Foram estocadas de puro delírio, explosões incansáveis de orgasmos. A madrugada foi ficando pequena, para o tamanho


do nosso amor.

ILHA Sou uma ilha cercado de Lizz por todos os lados. Sou beijado pelas ondas de volúpias do teu prazer, que arrasta minha loucura para o teu abismo... Minhas areias são levadas, pelos gemidos do teu gozo, misturados com os meus. Não tenho latitude, não tenho longitude, nem fui mapeada, mas, sou o refúgio da Lizz nas madrugadas de amor.

VIVER Viver é uma aventura, dessas que nem Steven Spielberg ousaria filmar. Viver é uma mágica, dessas que nem David Copperfield ousaria


fazer. Viver é um gol, desses que nem Pelé ousaria marcar. Enfim, viver é viver, nada parece tão simples, mas, quantos passaram pela vida sem viver...

NÓS Desatei os nós e magoei a pessoa que amo, machuquei. Tirei o chão dos seus pés, deixei em rumo, e se eu não te amasse com te amo, hoje estaria odiando o amor com todas minhas forças. Estou aqui agora catando palavras quase um bicho em fuga. A noite vai passando, e eu estou em busca do remédio que possa curar teu machucado. Não posso voltar o tempo nem refazer o dia. Então,


talvez, a saída é te amar ainda mais do que te amo, se isso for possível. Vou te pedir que me deixe acariciar teu coração, sossegar tua alma, não com magia, mas com a mágica de um beijo, a mágica de um abraço. E te propor uma cura mútua, um remédio mútuo para a nossa dor. Vou pedir outra vez, pra você fazer amor comigo, e te propor de novo as nossas cavalgadas, as nossas volúpias, e depois de fazer amor com você, sair para passear em nosso unicórnio alado sem destino. Lá vem chegando o dia, de repente, preciso acalmar meu coração que te chama, eu te sinto ele te ama.


NOITE Chega à noite, descem as sombras após o pôr do sol, aos poucos, muito lentamente, cala-se a sinfonia do dia e começa a sinfonia da noite. É a hora da brisa que sopra ligeira, mansa, afagando as folhas do fim da primavera. Há grilos namorando nos gramados molhados pela chuva passageira. Ah! Uma estrela se acende, então, outra e outra, e outras mais tingindo o céu de dourado. Órion se ergue imponente no horizonte, na sua eterna perseguição ao escorpião fugitivo. À noite dita o ritmo, na hora sagrada dos amantes, na hora dos beijos, às vezes, roubados, outras vezes, oferecidos.


Noite! noite! noite! noite de amores, amores que misturam perfumes, sabores, paladares, sussurros, gemidos. Noite! ah! madrugada, agora a nudez é a roupa que se veste, o cheiro do cio é o odor gostoso que se respira. Até que o gozo traga para nossos corpos suados de tanto amor, todo o esplendor do amanhecer, adormecidos enfim nos braços de quem se ama.

A LIZZ DO DIR Pensar em você, ultimamente não faço outra coisa, amar você, ultimamente não faço outra coisa. Eu sou a tradução completa de um amante apaixonado, totalmente entregue aos teus encantos de sedução. Você é a dona do meu coração.


Eu sou aquele que não se cansa de alimentar o teu gozo, a geometria dos teus gritinhos quando tuas fendas explodem num paraíso de delícias. Eu sou aquele que te ama e te quer. Eu sou aquele que te ama e te deseja. E não importa se for de manhã, de tarde ou de noite. Quero você em todos os meus momentos, você é a minha tentação, o meu pecado, ou mais simplesmente o meu amor. Nossos caminhos se encontram entre coisas, às vezes, babões ou babadinhas, cabecinhas ou grutinhas sempre molhadinhas. Nossos caminhos se encontram entre beijos roubados, beijos oferecidos, línguas safadas e gemidos com marca registrada.


Já me perdi muitas vezes no teu umbigo, mergulhei na calmaria dos teus olhos, já dormi com o cheiro dos teus cabelos. Ah! Em minha terra não tem verdes mares bravios, mas a Lizz que eu amo tem os cabelos negros como as asas da graúna.

QUERO APENAS Quero apenas te amar, quero apenas que você me ame. Que nossos abraços, nossos beijos, nossos orgasmos nunca sejam esquecidos, e sempre que eles aconteçam, que sejam como da primeira vez. Quero apenas aliviar teus medos, quero apenas que você alivie os meus. Vou embalar a tua paz com meu canto de menino, tentando enxugar cada gota de lágrima dos teus olhos, traçando desenhos cegos acariciando teu rosto.


Quero apenas ser o teu benquerer, quero apenas que você seja a minha flor de lizz. Aquela que espero todos os dias na esquina do meu coração, e quando ele te vê chegar faz tum tum tum descompassado, e se derrete todo apaixonado quando você sorri para mim. Quero apenas ser o teu homem menino quero apenas que você seja a minha menina mulher. Seremos eternas crianças brincando de pega-pega na chuva de verão, e depois da chuva vou me aninhar de mansinho nos teus cabelos molhados. Ah!... meu amor, deixe apenas eu te amar, eu quero apenas te amar.

SONETO DA ESPERA Como um temporal fui deixando acontecer, fui me molhando no teu amor, fui me apaixonando por você. Quando o céu ficou azul a saudade veio me dizer, que você se tatuou em mim que já não quero te esquecer.


Fico te esperando sempre no portão, contando os segundos pra te ver chegar, e poder de novo te querer. E depois de muito te beijar, ainda deitados aqui no chão, continuar fazendo amor com você.

SONETO DA URGÊNCIA Nossa paixão fica ainda mais intensa quando você grita e me chama, fazer amor ganha muito mais urgência quando você repete que me ama. Nossa paixão fica ainda mais imensa quando sou eu que grito e te chamo, fazer amor ganha muito mais urgência quando sou eu que repito que te amo. Fazemos mágicas com as coisas do amor, telepatias com as coisas do desejo, somos os donos de urgências inexplicáveis. Nossas bocas não se esquecem do sabor, são tatuadas pelo gosto dos nossos beijos, somos os donos de orgasmos incontáveis.

GANGORRAS DO AMOR Quando nossos olhos se pedem e tua boca me oferece um beijo, nada mais existe que nos impede de mergulhar nos nossos desejos. Quando nossos corpos se medem e os sexos molhados sentem latejos,


eles se encaixam se tocam e se metem explodindo em orgasmos de festejos. Nessas horas que antecedem a alvorada, nos vestimos de nudez, roupa sagrada, surfando pelas gangorras do amor. Já é dia, e nossos olhos ainda se pedem, nossos corpos e sexos ainda se medem, ainda há cheiro de cio, de gozo e calor.

SONETO DO ÊXTASE Quero você como um vendaval atiçando as chamas do meu tesão Ficando enfeitiçada pelo meu pau gemendo e falando: É muito bom. Quero você assim bem e toda putinha e vou me sentir putinho no teu galope você me judia gostoso com a bucetinha cavalgando sem precisar usar um chicote. Ohhh! Cavalgar, cavalgar a noite inteira, na cama, na mesa ou olhando as estrelas, sentindo a doçura de cada novo orgasmo. Depois permanecer apenas agarradinhos, falando coisas lindas de amor baixinho, até acabar o último dos nossos espasmos.

SONETO DA PAIXÃO Hummm! Beijar tua boca fazendo amor com você, te deixando quase louca tocando o teu ponto G.


Hummm! Estar com você é demais, é tudo de bom, melhor que sentir prazer é te sentir no meu coração. Adoro estar do teu lado, amo te amar apaixonado, quero ser a tua extensão. Sou também, a tua paixão, nosso amor não tem restrição, somos um fogo nunca apagado.

OS OLHOS DA LIZZ Ah! Os teus olhos, os olhos do meu amor, os olhos da Lizz. Quando quero paz navego pelos teus olhos. Quando estou loucamente lúcido, atiro-me no precipício dos teus olhos. Teus olhos são meu refúgio, minha luz meu caminho. E mesmo com eles fechados beijando minha boca, continuam a me seduzir. Conheço teu olhar, sei quando eles estão pedindo, sei quando eles apenas querem dar. Às vezes, teus olhos choram, e mesmo molhados de lágrimas


continuam intensos. Ah! Os teus olhos, os olhos do meu amor, os olhos da Lizz. Não me canso de te olhar, uma hipnose doce da qual nunca quero acordar. Muitas vezes, já me esqueci de mim, olhando teus olhos, não para descobrir segredos.

Não me importo com teus segredos, quando teus olhos iluminam os meus, olho pela paixão que sinto. Amo cada pedacinho da Lizz, do umbigo escondidinho aos olhos que me embriagam de amor. Não quero que esses olhos deixem de me olhar. Não quero que esses olhos deixem de me querer. Ficar assim tão apaixonado pelos olhos da Lizz, não pode ser apenas costume, eu sei que é amor. Ah! Os teus olhos, os olhos do meu amor, os olhos da Lizz.


SONETO DO AMOR SEM FIM Vem, mete gostoso esse pau em mim todinha, com essa babinha quente que me faz se derreter, me come e me arregaça me deixa toda abertinha, fico louquinha, como eu amo teu jeitinho de foder. Sou putinha dando pra você os meus buraquinhos são teus brinquedinhos para depois me lambuzar, quero tua porra na minha buceta, no meu cuzinho, o restinho que sobrar na cabecinha quero chupar. Vem, esfrega gostoso esse pau nos meus peitinhos, deixa mais babinha quente escorrer pelos biquinhos, e você poder com teu dedinho desenhar em mim. Desenhar com porra até o meu umbigo um coração, colocando dentro dele nossos desejos, nosso tesão, uma mistura de orgasmos, com um amor sem fim.

AMOR INCONDICIONAL Não deixamos restos em nossas dízimas periódicas, elas terminam sempre em beijos apaixonados. Somos exploradores dos nossos ângulos, dos segredos escondidos em cada retângulo, quadrado, ou círculo. Brincamos de surfar pelos nossos picos, escorregamos pelas fendas, mergulhamos nas grutas.


Somos artistas de uma obra só, e nos desenhamos cegamente em cada madrugada. Desenhos de carências, uma mistura de sussurros e gemidos, uma vontade de sempre querer mais. Ah! essa carência mútua, eu de você, você de mim.

Essa carência que nos eleva a uma potência de dois. Que se soma nos momentos de carícias. Que se multiplica nos momentos de êxtase. Pra depois se dividir na paz de um sono tranquilo, um sono de anjos saciados. E mesmo adormecidos continuamos a nos querer. Talvez, num sonho, ou ao acordar de um sonho.


Com aquele sorriso maroto nos lábios, com aquela doçura de novos desejos entrando em ebulição. Então criamos outras tantas dízimas periódicas. Exploramos novamente nossos ângulos, retângulos, quadrados e círculos. Nossos picos, grutas e fendas.

Nossa obra é sempre perfeita. Uma mistura de desenho cego com geometria. Uma mistura incondicional de amor.

SONETO PARA LIZZ Quero te dizer que nem doeu quando você se tatuou em mim, que a minha paixão aconteceu e agora já não tem mais fim. Como um doce, quero sempre mais,


Bebo a minha sede nesse teu olhar, saudade é a falta que você me faz, Felicidade é quando posso te amar. Pra você jorro todos os meus desejos, no gosto da tua boca e dos teus beijos, deixa e me ajuda eu te fazer feliz. Quando juntos, somos sempre os maiores, fazendo amor somos sempre os melhores, eu sou o teu Dir, você é a minha Lizz.

IMÃ Com você tudo é simples, o abraço, o beijo, o amasso, o desejo. Ah! Você é meu polo positivo, me atrai para a loucura me domina pelo tesão, é minha doença sem cura com você, perco a razão. Imã das noites de volúpias quando nos vestimos de nudez, onde horas são segundos, e eu acabo te querendo outra vez, presa para sempre no meu mundo. E se estou perdido, me acho nos teus braços. E quando me acho, quero me perder de novo em você.


FLOR DE LIZZ Flor de Lizz puro encanto. Essa vontade de voar feito Ícaro, sem asas. Sem sonhar com o céu, mas apenas voar... voar... voar... Pelo teu corpo, tua boca, teus mistérios teus caminhos. Flor de Lizz, hummmmmmmmm isssssssssssssss puro delírio. Que causa febre de prazer, dessas quase sem cura, dessas que meu corpo sempre quer mais, porque é doce como o veneno, e gostoso de beber... Flor de lizz, gota cristalina que mata a minha sede, maná que mata a minha fome. Respirando teus poros sinto o aroma do amor...


NOVOS TEMPOS Que buscas Madalena na fonte? Água! muitos dirão. Mas estão enganados os tempos são outros. Madalena busca o amante...

TODAS AS MANHÃS Todas as manhãs, espero você acordar, e me deixo seduzir pelos teus cabelos desalinhados. Todas as manhãs espero você acordar, e me deixo seduzir pelo encanto dos teus olhos sonolentos. Todas as manhãs espero você acordar, e me deixo seduzir pelo beijo da tua boca num bom dia gostoso. Todas as manhãs espero você acordar, e me deixo seduzir pelo cheiro do teu corpo exalando desejo e amor. Uma mistura de cio e êxtase, de desejos e sussurros.


Todas as manhãs espero você acordar, e me deixo seduzir pela tua nudez banhada pelos raios do sol. Todas as manhãs espero você acordar, e me deixo seduzir pelo teu espreguiçar de menina sapeca. Todas as manhãs espero você acordar, e me deixo seduzir pela doçura dos teus braços querendo os meus. Todas as manhãs espero você acordar, e me deixo seduzir com teus pedidos carentes de fazer amor mais uma vez. E de tanta sedução fazemos amor, deixando que os orgasmos instantâneos aconteçam como telepatia. Uma mágica perfeita, que nenhum mágico seria capaz de desfazer.

DEBAIXO DO TEU EDREDOM Se o teu edredom falasse o que ele contaria da noite de ontem. Do frio que de repente, acendeu uma chama,


ficamos acesos na tua cama. Da cabaninha que erguemos, do meu dedinho em busca da calcinha rosinha que depois mais tarde, foi puxada de ladinho. Dos nossos beijos doces que foram ficando safados e cada vez mais molhados. E com os beijos outras coisas se molharam outras coisas se babaram e finalmente se encaixaram na tua cavalgada. Ele contaria dos teus peitinhos biquinhos durinhos roçando meu peito. Da tua voz ficando rouca quando chega o gozo, dos meus sussurros e gemidos. E quando já era madrugada, o edredom até poderia contar mas não poderia sentir a intensidade dos nossos orgasmos, e depois a paz de um amor imenso.


CORPO EM RELEVO Ah! A umidade desses teus cabelos caídos sobre o rosto, têm o cheiro e a frescura de quero mais. Ah! Esse teu olhar de mulher fatal, penetra fundo na alma da gente, olhos assim, de pidona, enfeitiçam, e me deixam de joelhos a teus pés. Ah! Essa tua boca de mulher sedutora, princípio de todos os meus beijos, lábios de sensualidade infantil, criança sapeca, que ri e seduz. Ah! O contorno desses peitinhos escondidos, que me induz a loucura, quando te quero, e quero sempre, eu te dispo, senhora de todos os meus desejos.

LIMITE No limite do que me espera, entre extremos de onde estou, uma boca me embriaga um corpo me cambaleia. No abstrato de um desejo, no absoluto de uma paixão, um nome me vem à boca uma musa me vem aos olhos. No doce de um beijo ardente, na umidade de um gozo lúcido, sou pura explosão de prazer. É no limite deste todo abstrato,


que faço meus extremos se encontrarem com a razão real do que eu quero... Você.

OLHANDO VOCÊ NANAR Adoro acordar, e ficar olhando você dormir como um anjo. Fico hipnotizado, com a paz do teu sono da manhã. Fico curioso, com a doçura dos teus sonhos. Com tua nudez, que me seduz até a madrugada. E que agora, com o sol chegando ainda guarda o cheiro do amor. Olho e me arrepio com teus peitinhos, embalados pelo ritmo do teu coração. Quanto de geometria, aprendo com eles de todos os ângulos. Toda essa geometria é culpada, de você dormir vestida a acordar completamente nua. Faço da tua nudez meu mapa, conheço cada milímetro


dos teus caminhos.

Deixo que você me guie pelas tuas fendas, até as grutas quentes. E a cada nova manhã me apaixono outra vez, olhando você nanar.

AINDA FALTAM PALAVRAS Não quero pensar no que poderia ser, se agora você tem a mim e eu tenho você. Erros, acertos, esses ficam esquecidos quando existe amor. E amor, é o que mais existe em nós dois. Sei que ele existe, porque sinto aquela dorzinha apertada no coração querendo saber de você, quando você não está comigo. E que desaparece como mágica quando você chega. A dorzinha se transforma em sensações intensas,


daquelas que muitas vezes, calam nossas palavras. Quero te amar assim, quero que você me ame assim, sentir nossos momentos, e simplesmente na hora marcada ser eterno com você.

MENINO CARENTE Quero ser, o teu menino carente, o teu menino apaixonado. Carente dos teus beijos, apaixonado pela tua boca. Carente da tua voz, apaixonado pelo teu sorriso. Carente do teu olhar, apaixonado pelos teus olhos. Carente dos teus desejos, apaixonado pela Lizz. Quero ser, o teu menino carente, o teu menino apaixonado. Quando teus beijos e tua boca, deixam em mim tatuagens de sabor. Quando tua voz e teu sorriso, deixam em mim tatuagens de sedução


Quando teu olhar e teus olhos, deixam em mim tatuagens de luz.

Quando os desejos da Lizz, deixam em mim tatuagens de amor. Quero ser, o teu menino carente o teu menino apaixonado. Quando voamos em nosso unicórnio alado. Quando apenas ficamos sem palavras. Quando nossos corpos conversam fazendo amor. Quando nos lambuzados com nossos orgasmos. Quando olhando nos teus olhos eu digo: Lizz eu te amo.

ESSA DOÇURA Essa doçura de te amar a cada momento. De me pegar a todo instante pensando em você. Do meu coração


bater acelerado quando você chega. Essa doçura de te fazer dormir e te ver acordar. De te beijar na boca todas às vezes, que eu tenho vontade. De te esquentar em meus braços todas às vezes, que você sente frio. Essa doçura de te amar, de fazer amor com você. De navegar pelas estrelas sem sair do chão.

De se perder nos caminhos de um orgasmo cercados de um amor sem fim.

Essa doçura de te dar meu coração, e deixar você guardar a chave.

NÃO TEM PREÇO Vem, deita em meus braços descansa teu cansaço.


Deixa, eu te namorar olhando nos teus olhos. Acariciando teus cabelos, mordendo tua orelha. Murmurando baixinho todas as palavras de amor que eu conheço. Ah! amar você não tem preço. Tem o gosto bom da fruta madura. É doce como o favo do mel. Vem, oferece tua boca quero me perder no teu beijo. Deixa, eu me mergulhar nos teus desejos. Quero me aventurar nos teus segredos, e navegar pelos teus escondidinhos. Quero fazer amor com você, de todas as formas que eu conheço. Ah! fazer amor com você não tem preço. Tem a pureza de uma louca sedução.


Tem a beleza do faiscar das estrelas.

JOIA RARA (PEQUENA PÉROLA) A minha apaixonada, além, de ser pequena, também, é pedra preciosa, pérola, dessas que não são apenas raras, são únicas. Puramente lapidada, esta joia cintilante enfeitiçou um bem querer, que se enamorou hipnotizado, perdido de amor. Um amor, que de tão grande não caberia na Via Láctea. Um amor, que de tão grande sugaria os buracos negros do universo. E transformaria as explosões colossais, em batidas do meu coração amando você.


FRENTE FRIA Elas tomam forma na Patagônia, tomam forma nos Andes. E são empurradas pelos ventos, trazidas pelas correntes marítimas, até nos atingir sem cerimônia, sem piedade. E tudo começa com chuvas, chuviscos. Às vezes, duram horas, outras vezes, duram dias. Então, ela chega, às vezes, com céu azul, outras vezes, com céu acinzentado. A temperatura cai, bruuuu...! os pés congelam, bruuuu...! acendam o fogo, bruuuu...! procurem os cobertores, bruuuu...! vistam os casacos, bruuuu...! Vai gear,


vai nevar. O sol da manhã, chega com os campos esbranquiçados, o ar gelado, fumacinha saindo pela boca. Outras vezes, é apenas um céu acinzentado. um vento cortante, e a neve caindo, fazendo a alegria dos turistas.

PODRIDÃO Os abutres fazem do planalto central, o seu habitat natural. Abrem suas asas, e alçam seus voos rasantes sobre palácios, esplanadas, congresso, e ministérios. Buscando o cheiro, do asco, da podridão, da carniça pura. Muito bem disfarçados com perfume francês. E que mesmo assim, conseguem feder bem mais que os esgotos nojentos das nossas cidades.


INTRANSITIVO Tertuliano que também era Inácio, sempre foi um desses sujeitos de poucos predicados. Vivia de birra com os verbos, e seu lápis não sabia escrever mais do que dez consoantes. Dois esses, dois erres, além do ch nos rabiscos de Tertuliano ninguém iria encontrar. Um dia possuído de amor, Tertuliano se aventurou numa cantada cheia de pronomes, e um objeto direito acertou-lhe em cheio as fuças. E sem quaisquer parênteses ou aspas, a moça ainda esbaforiu alguns substantivos impróprios pelas ventas. E o enamorado Tertuliano que também era Inácio, gemeu, gemeu, gemeu... em duas vogais.


RESTOS Estou juntando os restos, do meu maio despedaçados. Quero as rimas do meu silêncio, aquelas eu que fiz nas noites de paixão, depois que silenciavam nossos sussurros de amor. Depois do teu amor, eu era apenas teu poeta.

GEOMETRIA Num círculo que nos rodeia, estamos imersos respirando sonhos reais. Num triângulo que nos cerca, somos ângulos respirando paixão e desejo. Somos elevados à potência de dois em cada madrugada. Ou simples hipotenusa num só corpo. Entre nós há formas, picos, grutas, fendas, linhas imaginárias.


DIAS DE SAUDADES Sempre te busco em meus dias de saudades, quando o silêncio da noite chama teu nome e não me deixa adormecer. Uma insônia quase doce porque não conto os minutos intermináveis do relógio. Conto perdendo a conta os beijos que eu te dei, Conto perdendo a conta todas as vezes que eu te amei, fazendo amor com você. Mesmo com você ausente os sons da noite se confundem com nossos sussurros. Sou pego e revirado por essa sinfonia, e me afundo nos meus pensamentos tatuando dentro do coração cada lembrança tua. São aqueles tantinhos de beijos Aquele mergulho dentro dos teus olhos. Aquele se embebedar no perfume dos teus cabelos molhados.


A tua saudade não me atormenta, ela me alimenta com muito mais amor. E quando finalmente adormeço o sono chega com uma certeza, Eu te amo sempre mais. Meu sono se confunde com tua ausência, quase gosto dessa saudade. Ainda prefiro adormecer juntinho com você.

NOSSA SINFONIA Ontem, você me fez descobrir que não mergulho nos teus olhos apenas em dias de saudades. Ontem, eu mergulhei nos teus olhos e te namorei sem precisar de palavras. Mergulhei nos teus olhos, e os meus olhos te disseram o quanto eu te amo. Somos partituras de uma mesma sinfonia, composta de sussurros e carícias. Eu amo me perder nos teus sons, na tua voz rouca de desejos, nesse teu jeitinho de me levar aonde nunca fui.


Nos teus olhos eu mergulho sem medo, porque depois eu encontro um abraço, um beijo, e o teu jeito gostoso de fazer amor. Somos partituras de uma mesma sinfonia sempre inacabada.

Composta por dias e mais dias inesquecíveis. Composta por noites e mais noites inesquecíveis. Por mágicas e telepatias. Por um puro amor cada vez maior, e orgasmos intermináveis daqueles molhados de paixão. E não pensamos, não devemos, nem queremos deixar essa sinfonia terminar.

GRILOS De férias na primavera, o grilo verde pousou na laranjeira.


Poderia ter pousado também na goiabeira que não faria a menor diferença. Afinal os grilos não devem ter grilos como eu tenho, ou minha vizinha, ou o Zé do bar da esquina, ou a putinha do bairro. O dia passou, chegou o meio dia, a laranjeira fez sombra e o grilo nem se moveu. Não comeu nem bebeu, sequer perguntou por banheiro. À medida que a noite chegava, e o grilo continuava estático como uma estátua, meus grilos foram aumentando. E o grilo não estava nem ai para os meus grilos. Eu dormi, o grilo eu não sei. Quando amanheceu o grilo havia sumido, e eu continuei com os meus.

MEU CANTO Aquela noite,


poderia ter sido apenas mais uma noite. O meu jeito de seduzir, de te pedir para fazer amor comigo poderia não ter te encantado. E seríamos como nuvens passageiras, como castelos de areias levados pelo mar, ou redemoinhos que não deixam saudades depois que é passada a ventania. Mas, as noites foram pedindo, por outras noites. A sedução se fez paixão e no coração brotou um amor imenso. E vieram os dias, os meses, os anos. Os anos se transformaram em década, que agora já pedem por outra década. Trocamos as nuvens passageiras pelo amor e a paixão. Os castelos de areias, pelos desejos e carências. Dos redemoinhos de saudades nasceram versos e rimas. O cantor e a musa.


Consumidos pelas chamas de um mesmo desejo. Pela doçura de um mesmo beijo. Pelo calor de um mesmo abraço. Pelo êxtase de um mesmo orgasmo. Viajamos juntos no dorso do mesmo unicórnio alado. Você é bailarina, imã, teoremas, mosaicos, pinturas, e sabores. Você é volúpia de um jardim secreto, transcendência loucamente lúcida, chuvas, estrelas e cavalgadas. Sou apaixonado, pelo teu corpo em relevo debaixo do edredom, Sou apaixonado por você apenas comendo pipocas na matinê. Somos extensão de um mesmo corpo, benquerer e flor de Lizz.


Meu canto é todo teu, meu canto meu eu.

NOITE DOS NAMORADOS Hoje quero chegar bem carente, bem teu menino. Chegar trazendo flores vermelhas e vinho tinto. Eu sei que quando a porta se abrir, você vai aparecer de cabelos molhados, Vestindo um vestido todo transparente e me seduzir como da primeira vez. Vai se atirar no meu pescoço e me envolver no teu abraço. Apagaremos a luz, acenderemos velas. Dançaremos agarradinhos pela sala, as nossas canções favoritas. Beijaremos na boca, às vezes, com um amor imenso. Outras vezes, com uma paixão louca. Sussurramos coisas gostosas no ouvido, e faremos amor sem nada ser proibido. Nossa noite dos namorados tem hora para acabar.


O que faremos nesta noite para sempre será eterno.

NOSSO AMANHECER Como um canto de sereia fico hipnotizado com o teu acordar preguiçoso e espreguiçado. Tua voz sonolenta dizendo bom dia é bem mais que poesia, é uma canção inteira repleta de magia. Ah! e esses olhinhos sonolentos e fechadinhos, que voltam várias vezes para debaixo do edredom fingindo querer mais um soninho. O cabelo, o pijama, a calcinha. O teu jeitinho de fingir timidez. O teu jeitinho de mostrar a bundinha, fazem o meu amanhecer ser mais lindo. Fazem cada vez eu querer ser mais teu.


O tocar, o abraço, o beijo.

O teu jeitinho de calçar os chinelos e abrir as cortinas. O teu jeitinho de se jogar nua de volta na cama, fazem o meu amanhecer ser mais lindo. Fazem cada vez eu querer ser mais teu. O banho, o sabonete, a espuma. O teu jeitinho de lavar os cabelos. O teu jeitinho de ensaboar a barriguinha, fazem o meu amanhecer ser mais lindo. fazem cada vez eu querer ser mais teu. O café, o pão, a manteiga. O teu jeitinho de pegar a colher. O teu jeitinho de passar à manteiga no pão.


De dar uma mordida na minha boca, às vezes, brincando de aviãozinho, às vezes, seguida de um beijo, Fazem o meu amanhecer ser mais lindo. Fazem cada vez eu querer ser mais teu.

TUAS MÃOS Mãos, tuas mãos, um presente de Deus, que Ele usa quando precisa massagear as dores de alguém. Mãos, tuas mãos, com unhas pintadas de cor de vinho. Mãos, tuas mãos, que já me fizeram e me fazem tantos carinhos. Mãos, tuas mãos, que já me deram e me dão tanto prazer. Mãos, tuas mãos, tuas unhas desenhando nas minhas costas me fazendo sussurrar, gemer. Mãos, tuas mãos,


que colhem verduras e legumes na horta, que colhem jabuticabas maduras. Mãos, tuas mãos, que cozinham a amassam pão com sabores que me fazem sempre pedir por mais. Mãos, tuas mãos, que levam para passear muito além do portão da minha espera. Mãos, tuas mãos, que ensaboam meu corpo que penteiam meus cabelos. Mãos, tuas mãos, que enxugam minhas lágrimas quando choramos de amor. Mãos, tuas mãos, que me embalam na tua rede nas noites estreladas de verão. Mãos, tuas mãos, que me fazem adormecer sem precisar de cantiga de ninar.

MEU COLINHO Vem... meu colinho é todo teu. Vem...


quando sentir saudade do meu beijo, das minhas mãos desenhando nos teus cabelos. Vem... meu colinho é todo teu. Vem... quando sentir saudade de se esconder em meus braços, da minha boca te dizendo versos nos teus ouvidos. Vem... meu colinho é todo teu. Vem... quando sentir saudade de amar e ser amada, de fazer amor comigo até o dia amanhecer. Vem... meu colinho é todo teu. Vem... quando sentir saudade de ficar assim quietinha, e nós dois juntos olhando na tua barriguinha os chutinhos da Analizz.

TEU PRESENTE Hoje, quero te dar de presente o meu canto. O meu canto


de um amor sem medida, dentro de um coração apaixonado que agora bate por três. Bate por mim, bate por você, bate por mais alguém. Hoje, quero te dar de presente os meus beijos. Os meus beijos de um amor sem medida, aqueles que calam teus sussurros e em seguida, te fazem sussurrar ainda mais. Hoje, quero te dar de presente os meus abraços. Os meus abraços de um amor sem medida, aqueles que te carregam no colo e em seguida, te convidam a se aninhar. Hoje, quero te dar de presente tantos e tantos presentes.

Tantos presentes de um amor sem medida, feito de rosas, lingerie, rimas, e em seguida, o mais lindo de todos: Eu te amo!


SUBITAMENTE CÚMPLICES Subitamente cúmplice, eu me perdi no labirinto nos teus encantos, e meu canto foi ficando todo teu. Súbito, fui ficando cúmplice dos teus segredos. Não daqueles que pudessem sair da tua boca, mas daqueles que exalavam do teu corpo. Súbito, fui ficando cúmplice dos teus desejos. Daqueles momentos de êxtase de se entregar completamente, quando as explosões de orgasmos iluminam as nossas madrugadas. Súbito, fui me sentindo cúmplice e tão carente, de repente, já te espero no portão. Quando você chega... não são meus pés que me guiam ao teu encontro, quem me guia para teus braços... é meu coração.

FAMA Um Picasso na parede, um Hemingway na estante,


por que sempre valem mais nunca menos, que meus poemas desconhecidos. Minhas rimas não são leiloadas. ninguém paga milhões. A fama, talvez, não se explica, ou tem explicação? Freud explicaria? na dúvida, acho que sim! acho que não! Calcular um verso ao quadrado, medir a hipotenusa de uma rima, ou compor um poema a um amor impossível, é possível que magoe meu coração, mas não aumenta o saldo da minha conta bancária. Nesta inspiração capitalista, de duas palavras ou rimas sem o símbolo do cifrão, a fama me alcançará? Ou serei mais um que tentou desvendar este mistério, sem nunca conseguir... e nem sequer entender a existência da calçada da fama.


UM DOCE QUERER Quero navegar meu barco de amor pelo teu mar de paixão. De ondas calmas quando me beija. De ondas revoltas quando me deseja. Quero caminhar de mãos dadas pela areia, ver o pôr do sol. Fazer amor com você sob um céu estrelado. Fazer amor com você cada vez mais apaixonado. Quero te acordar com um beijo bem cedinho, para ver o sol nascer. Desenhando um quadro com você abrindo as janelas. Compondo uma sinfonia com os sabiás cantando na primavera. Quero poder te esperar no portão, e permanecer do teu lado pelos restos dos meus dias.

Vou te guardar para sempre dentro do meu coração.


Vou ensinar nossa Analizz a fazer bolhas de sabão.

HIPOTENUSAS PSICODÉLICAS O salto quântico salto para o abismo, as testas rotuladas os banners do cinismo. Do macaco ao homo sapiens das árvores para o chão, das feras para as bestas o salto da evolução. Do relativo... A relatividade, o túnel do tempo... A curvatura, a sequência mapeada... O DNA, as doenças e a morte... Rupturas. A matemática exata criou dízimas periódicas, o homem criou monstros, criadores e criaturas, somos restos, pó de estrelas sem raiz quadrada, carregamos a fé num desenho cego, caricaturas. Criadores e monstros, nós criamos Pearl Harbor, criamos também o espetáculo de Hiroshima, “humanos” nós deixamos resto de carne queimada, aonde antes existiam rosas e sorrisos de meninas. O salto quântico salto para o infinito, um falso zodíaco faiscando num céu bonito. Do fogo para as queimadas, das florestas para o cimento, dos rios repletos de vida para depósitos de excrementos.


Do vício... Uma viagem sem volta, vidas sugadas... Poucos lamentos, do dedo no gatilho... À bala, o tiro, o alvo, um mosaico de sangue... Morte e silêncio. O nosso equilíbrio por hipotenusas capitalistas, alguns bolsos vazios, outros saindo pelo ladrão, antidepressivos, a cocaína, o crack, vodca e gelo, carro do ano, as esmolas, as favelas, a mansão. Somos psicodélicos saboreando um sorvete Tutti Frutti, baratinados e consumidos pelo desejo de fuga do inferno, atormentados ao descobrir que para um caixão de ossos, num túmulo de sete palmos não haverá nada de eterno.

ESSA LUZ QUE VEM DE TI Essa luz que vem de ti ilumina o meu caminho, ofusca meu céu de estrelas e não me deixa andar sozinho. Essa luz que vem de ti tem um gosto de cio que reluz, quando me perco em tua boca teu êxtase me acha e me seduz. O meu corpo se alimenta com essa luz que vem de ti, não sinto frio com teu calor. O meu coração se alimenta com essa luz que vem de ti, minha alma gêmea e meu amor.


VIAJANDO EM VOCÊ Eu conheço teus caminhos, tuas curvas, teus desvios. Você é a pétala preferida na minha brincadeira, e acaba sendo sempre em bem me quer. Eu conheço teus cabelos, teus olhos, tua alma. E me jogo para dentro dela em todos os momentos que quero te matar de amor... morrer de amor. Eu conheço tuas mãos, tuas costas, teu umbigo. Uma mistura de mosaico com desenho cego, mapeio teus labirintos quando quero me perder. Eu conheço teus gemidos, teus sussurros, tua voz rouca. Quando beija minha boca e canta no meu ouvido... uma canção de gozo intenso


com rimas de quero mais. Eu conheço tua boca, teus picos, tuas fendas. Quando nossas carências explodem, quando sou a tua extensão, quando sou apenas o teu menino, quando o nosso amor se faz imenso.

MÁGICAS Ainda que eu cresça, serei sempre teu menino no nosso faz de conta. Sem fórmulas mágicas nem elixir da juventude. Só preciso beber na fonte da tua boca. Deixo a toca do meu coração sempre aberta, esperando você entrar. Fiz do meu coração um lugar de mágicas. Mágicas ao som de um tum tum tum... batendo por você. Quando você entra ele se esbalda, fica todo enamorado


e apaixonado de amor. Mágica do banho na cachoeira molhando teus cabelos, deixando na transparência do teu vestido de chita outras tantas cachoeiras de desejos. Mágica de te pegar no colo e te levar para dançar ciranda até o pôr do sol, e ainda abraçados fazer outras mágicas, que deixariam as primeiras estrelas faiscantes amareladas de vergonha. Mágica de uma brisa soprando mansa, de uma fogueira que prefere se apagar quando os teus olhos me olham, e me hipnotizam, enfeitiçam, vão despindo minhas carências, de me perder no teu olhar. Mágica de imitar o namoro dos grilos e rolar pela grama, fazendo amor com você madrugada afora até adormecer, deixando que os vaga-lumes acesos iluminem a nossa celebração de êxtase. Mágica de uma casinha branca com cortinas rendadas nas janelas, dos nossos passeios no unicórnio alado para além do horizonte, para além do faz de conta, e que agora terá lugar para três. Mágicas... mágicas...


mágicas... mágicos.

PITUKINHA DA LIZZ Ei! psiu! você aí... to falando com você! Ah! tá, você pensa que eu ainda não sei falar né... por isso você não me ouve, mas eu já sei falar sim. Então deixo pra falar quando você tá dormindo, dai posso falar e cantar gostoso e você pode sonhar, às vezes, comigo, às vezes, com aquele outro moço. Hiiii! você acha que eu não sei dele né, mais eu sei sim, às vezes, quando você tá dormindo, encosto minha cabecinha pertinho do teu coração, e fico ouvindo um tum, tum tum diferente, mas nem fico ciumentinha gosto dele também, fui aprendendo a gostar dele


com você.

Você tá ficando barrigudinha né... sou eu ficando crescidinha aqui dentro, ficando uma menininha. Dizem que meninhinhas não devem dar chutes nem pontapés né... ah! mas eu dou, dou sim, às vezes, dou até umas joelhadas, amo brinca de fazer curvinhas na tua barriga, Você não ouve, mas ainda dou aqueles risinhos que aprendi com você. Também amo ficar quietinha vendo você jogar Candy crush, hummmm! jogo de doce né, fico aqui na torcidinha pra você passa de nível, faço até figa, e depois sinto aquele tremorzinho que se espalha pela tua barriguinha quando: Sugarrrrrrrrrrrrrrrrrrr cruschhhhhhhhhhhh yessssssssssssssssss issssssssssssssssssss, Hiii! viciadinha como mamãe. Então...


tua barriguinha tá começando ficar pequena pra mim, loguinho vou ter de sair. Será uma mudança radical pra mim e pra você, vamos escrever juntas uma nova experiência, e toda uma História. Hiii! decerto no começo, eu vou chorar muito mais que sorrir, às vezes, não vou deixar você dormir, às vezes, serei a cheirosinha da mamãe, às vezes, serei a fedidinha da mamãe, e terei aquelas fominhas bem fora de hora. Como princesa na mamãe, e fofura da vovó e do vovô, vou crescer rapidinho. Eba! loguinho vou estar dando meus passinhos, aprendendo umas palavrinhas, garanto que bem aquelas que não devo, vou aprende primeiro. Vou passar de menininha a mocinha, assim, num piscar de olhos.


Vou correr pela casa peladinha e sem vontade de vestir roupa, correr atrás do cachorro, agarrar no rabo dele, até vou tentar abrir o portão. E quando já for mocinha, vou ouvir um monte de coisa que mocinha não pode fazer. Ah! não vou estar nem aí, eu vou fazer sim, sei que não posso parar de crescer mas posso ser uma mocinha pra sempre. Então vou subir nas árvores pra catar jabuticabas, fazer festa com os beija-flores, e até xixizinho no matinho, igualzinha à mamãe. E lá um dia, teremos milhões de coisas de mim e de você para recordar, aposto que daremos risinhos juntas, Ah! melhor é dar gargalhadas mesmo né, gostosa como um sugarrrrrrr crushhhhhhhhhhhhh Poderei deitar no teu colinho bem gostoso e saber que não foi um sonho, e que ainda sou a tua Pitukinha,


a Pitukinha da Lizz!

QUERO SER Quero ser como o sol, para brincar de te desenhar na sombra. Quero ser como o vento, para brincar de levantar teu vestido. Quero ser como a chuva, para brincar de molhar teus cabelos. Quero ser como as estrelas, para poder me apagar no amanhecer dos teus olhos. Quero ser como a música, para poder ouvir a canção dos teus sussurros. Quero ser como um jardim, para poder me perfumar com o cheiro do teu corpo. Quero ser como uma carícia, para poder sentir o toque das tuas mãos. Quero ser como um abraço, para poder dissipar minhas carências nos teus braços. Quero ser como um beijo, para poder me perder no labirinto da tua boca. Quero ser como o desejo, para poder comungar do êxtase do teu corpo. Quero ser como o sempre, para poder acordar todas as manhãs com você. Quero ser como o amor, para poder te amar pelos restos dos meus dias.


SONETO DA BARRIGA CRESCIDA Com esta barriga crescida você fica maravilhosa e feliz, crescendo criando uma vida berçário para a nossa Analizz. Tem chutinhos, pontapés e divididas, sem falta, por favor, senhor juiz, toda essa farra e festa são bem-vindas e a galera aqui de fora pede bis. Analizz já está avisando, mamãe eu estou chegando, e vou fazer acontecer. Eu sou o teu sonho, sou a tua Pitukinha, e como você... mesmo depois de mocinha, nunca vou querer crescer...

AQUARELAS DE LIZZ Quando pinto o teu corpo nu ou vestido Com meu lápis mágico de todas as cores, faço dos teus olhos o meu céu colorido meu mar de ondas calmas e de amores. Quanto pinto o teu caminhar eu consigo que tua boca encha a minha de sabores, faço dos teus passos o caminho que sigo meu Jardim do Éden coberto de flores. Você é o meu arco-íris que não se apaga, a estrela mais brilhante das madrugadas, e noites de vaga-lumes acesos no verão. Você é minha aquarela, desenho e pintura, a mão que me acaricia me guia e segura, musa e rimas de amor em cada canção.


MOMENTOS Entre ser a explosão de uma supernova, ou navegar na escuridão como uma anã branca, ainda prefiro ser um pontinho no Universo, e se não posso ser eterno, quero eternizar os meus momentos com você. Momentos... para te chamar de meu amor. Momentos... para passear de mãos dadas sem destino. Momentos... para roubar um favo de mel das abelhas Momentos... para roubar o mel da tua boca com um beijo. Momentos... para correr descalços pela grama depois da chuva. Momentos... para se esconder no edredom nas noites de frio. Momentos... para comer batata ensopada no mesmo prato. Momentos... para brincar de pega-pega na varanda Momentos... para fazer amor com você no balançar de uma rede.


Momentos... para catar jabuticabas no pé. Momentos... para sussurros proibidos no ouvido. Momentos... para dançar uma canção romântica. Momentos... para ver o sol nascer e se pôr. Momentos... para ficar olhando as estrelas na luz de um lampião. Momentos... para fazer nosso próprio Universo.

ANJOS Você é o meu anjo sem asas que me beija e embala meu adormecer com tuas mãos, que me leva ao êxtase quando me deseja e está comigo em todos os sonhos bons. Você é o meu anjo sem asas, sempre proteja, esse nosso amor como se fosse uma oração, quero fazer parte da tua vida nem que seja apenas para te dar de morada o meu coração. Quero ser o teu anjo também, quando te beijo, fazer você voar nos êxtases dos nossos desejos, estar para sempre nos teus sonhos bons. Quero ser o teu anjo, embalar teu adormecer, fazer do nosso amor uma prece, orar e querer, morar para sempre dentro do teu coração.


SONETO DA SAUDADE Nesse nosso mar de saudade que eu adoro mergulhar, aumenta a minha vontade de mais e mais te amar. Nesse nosso céu de felicidade feito Ícaro, eu adoro voar, de asas não temos necessidade você vem voando me abraçar. Quando embarco na tua viagem, nunca estou apenas de passagem, conheço todos teus caminhos. Quando a saudade acaba num beijo, acendendo doces vulcões de desejos, sei que não estamos mais sozinhos.

SABÁ DE PRIMAVERA As vozes da primavera, são cânticos celestiais nos meus ouvidos. Os aromas da primavera, são beijos celestiais nos meus lábios. Como se fosse esquecida pelo tempo, a vida renasce, floresce e se alegra, como um beija-flor dançando entre as flores. É primavera... o meu corpo


e o meu espírito, festejam tua chegada numa oferenda mágica de Avalon. Invocando os druidas em épocas remotas, nas suas fogueiras, nas suas orgias, nos seus bacanais, faço o meu Sabá de amor. É primavera... o sol que volta trazendo o seu calor, ilumina meus caminhos, ilumina meu karma. Sou transformado num ser de luz, desses que vagam pela noite, como se fosse um eterno dia. A natureza te saúda oh! majestosa primavera! Que teus sons supremos sejam valsas, sinfonias e poesias nas asas do pássaros, nos jardins floridos. Comungo tua chegada invocando paz e prosperidade para toda a Humanidade, tantos quantos forem os frutos e as flores, que germinarão de ti...


DOCEMENTE DERRETIDOS É doce se derreter fazendo amor você se derrete com café na cama, o cio nos derrete com cheiro e sabor eu me derreto quando você me ama. É doce se derreter com beijos e murmúrios você se derrete sempre todinha para mim, o orgasmo nos derrete com nossos sussurros Eu me derreto pra você do início ao fim. É doce se derreter nas madrugadas, quando vou ao limite na tua cavalgada, em busca do jorro que te faz derreter. É doce se derreter nesse amor imenso, único, sublime, gostoso e intenso, que me faz derreter no teu prazer.

AINDA HÁ Ainda há gosto da tua boca na minha. Ainda há marcas das tuas unhas nas minhas costas. Ainda há gosto do teu cio na minha língua. Ainda há torrentes do teu gozo no meu gozo. Ainda há rimas, versos e poemas, espalhados pelo teu corpo. Ainda há você em mim, isto me basta.


FONTE DE AMOR Sou um Deus mitológico transformado em fonte. Diante dos teus olhos, sofro metamorfoses múltiplas. Me transformo em chuva de verão, para molhar teu corpo. Me transformo em água cristalina, para matar tua sede. Me transformo em riacho espumoso, para brincar com teus pés. Me transformo em cordilheira, para transbordar no teu coração. E transformar você em parte de mim... Minha musa, minha deusa.

AMOR E PAIXÃO Você é meu jardim florido minha eterna primavera, meu céu todo estrelado minha violeta na janela. Você é meu sabiá de outubro meu doce e eterno amor, beijando minha boca você é meu beija-flor. Você é meu caminho


sem curvas nem desvios, meu edredom de calor nas minhas noites de frio. Você é meu adormecer minha cantiga de ninar, acende nossos êxtases com vontade de amar. Você é meu cio ardente que suga e me consome, aquela fruta madura adoçando minha fome. Você é minha flor de Lizz eu sou teu bem querer, somos loucamente lúcidos explodindo de prazer. Você é meu quero mais café com pão de queijo, minha paixão sem limites dona dos meus desejos.

UM GRITO Um grito, nem sempre será de espanto, ele pode ser apenas de prazer quando dado sem-pudor, sem-vergonha, só para os ouvidos de quem o provocou. Um grito, quando de êxtase,


excita até os deuses que inventaram o amor, porque até entre os deuses, um grito de prazer jamais será pura banalidade. Um grito, no entanto, pode não ser de prazer e nem de espanto, se ele for de ódio, é tragédia anunciada, é loucura, daquelas que nos faz perder loucamente a razão.

SONETO DA CHEGADA Então nossa Pitukinha chegou seja bem-vinda pequena menina, saiu da barriga para um ninho de amor deixando nosso mundo melhor ainda. Analizz vinha dando avisos posso chegar antes do tempo, vou causar lágrimas e sorrisos e indescritíveis sentimentos. Nada é melhor do que tua chegada, de repente, muito mais luz na estrada, pequena musa cheia de encanto. Agora em dobro sou ainda mais feliz, Já tinha a Lizz, agora tenho também a Analizz, vou dividir entre elas, o meu amor e meu canto.


AUSÊNCIA Tua ausência é como me perder no tempo e no espaço, tele transportado sem destino, é como estar fora de mim. É não ter o gosto da tua boca, o cheiro do teu corpo, a luz dos teus olhos. É não ter o encanto do teu sorriso, a canção da tua voz, o doce do teu beijo. Tua ausência é como não ter o chão para pisar, o oxigênio para respirar, é não encontrar um sentido...

SOU FELIZ Sou feliz quando tenho você. Quando tenho teus beijos adoçando minha boca. Quando tenho tuas unhas acariciando minhas costas. Quando tenho teu prazer molhando meu prazer. E quem sou eu sem teus beijos, sem tuas unhas, sem teu prazer.


Nada além de nada, o tudo é você, o máximo é você, o paraíso é você. Quero me perder no brilho dos teus olhos. Quero escorregar na gangorra do teu corpo. Quero ser teu orgasmo, amor e paixão...

LÁGRIMAS DE FELICIDADE O sal das tuas lágrimas em minha boca tem sabor de mel. Quando descem em momentos de felicidade, substituem o teu sorriso mais lindo. São puras e cristalinas, como a alma que embeleza teu corpo. Enfeitam os teus olhos, feito um oceano de ondas infinitas. Ah!... me afogo em ti, me derreto em ti, me esqueço em ti, me acho em ti. Ah!...


lágrimas, sorrisos, momentos de amor.

RESUMOS Mesmo que procurem apenas por resumos e sinopses, ou imagens sem photoshop do nosso romance, ainda assim, encontrarão um grande amor. Um amor, que nunca se preocupou em colocar dobradiças no vento, ou seguir as caravanas que passam, e acabam ruindo como torres de babel. Um amor, feito de minutos, horas, noites e dias, que se banha nas lágrimas de alegria, faz de cada beijo uma poesia e se molha no jorro do prazer. No resumo dos meus dias ao teu lado, cada momento é feito de desejos, tem aqueles de andar descalço depois da chuva,


tem aqueles de colher morangos no quintal. Tem aqueles de esconde-esconde atrás das cortinas, tem aqueles de raspar o doce da panela, de correr sem roupa na varanda, de dividir a sopa quente no mesmo prato. Tem aqueles de acordar cedo para ver o sol nascer, Tem aqueles de passar madrugadas olhando estrelas, viajamos para nosso faz de conta quando voamos em nosso unicórnio alado. Nas imagens desse nosso amor eterno, que nasceu com versos por entre as brumas de Avalon, somos dois pedaços de uma mesma alma, não precisamos de resumos no nosso universo.

SEDE Marinheiro que sou, quero aportar o barco dos meus lábios na enseada da tua boca. Alpinista que sou, quero escalar solitário


os picos sensuais dos teus seios. Explorador que sou, quero desvendar com volúpia, segredos, fendas e grutas, do teu êxtase ardente. Apaixonado que sou, quero te amar para sempre e te dar de presente todo o meu coração.

TATUAGENS Vou deixar a caravana passar como passa o tempo como sopra a brisa. Vou deixar a chuva surfar em ondas pelos telhados criando desenhos cegos nas vidraças. Vou deixar o sabiá cantar nas manhãs de outubro como uma cantiga de ninar. Vou deixar o beija-flor se embebedar no néctar das flores na varanda. Vou deixar a madrugada apagar as estrelas parindo um novo dia. Vou deixar que a noite seduza o fim de tarde prometendo uma lua cheia.


Vou deixar a fruta madura e doce se derreter na língua do meu amor. Vou deixar que a minha boca fique toda derretida com teu beijo. Vou deixar que o meu corpo acenda todos os teus desejos e roube os teus êxtases. Vou deixar a minha paixão te querer e no calor dos abraços fazer amor com você. Vou deixar os nossos momentos marcados como tatuagens únicas impossíveis de esquecer.

SONETO DA SEDUÇÃO Quando você usa perfume de açaí aquele presente do natal passado, não tenho vontade de sair daqui fico querendo ser teu namorado. Quando você veste lingerie transparente escondida por véus tênues esvoaçados, sinto meus desejos ainda mais carentes fico querendo ser teu menino excitado. Quando você usa brincos de argolas, corre no espelho, se ajeita e me olha, eu me sinto teu príncipe encantado. Quando você veste vestido de chita, e fica ainda mais sedutora e bonita, eu me sinto muito mais apaixonado.


SONETO APAIXONADO Quero beber da fonte dos teus desejos e saciar a minha sede louca de te amar, vou me lambuzar todo com teus beijos e esquecer que o tempo precisa passar. Quero sentir o calor único dos teus abraços e saciar a minha sede louca do nosso prazer, vou adormecer feito menino nos teus braços depois de mais uma vez fazer amor com você. Ninguém vai roubar os nossos anoitecer de verão, ou impedir que eu te espere pra sempre no portão, nem os nossos amanhecer com os sabiás cantando. Ninguém vai roubar os versos e rimas desse meu canto, nem impedir que eu me apaixone pelos teus encantos, e um dia ainda distante... que eu morra te amando.

NÃO TE RESISTO Não te resisto, quando você se atira em meus braços, com teu jeitinho de menina sapeca que nunca cresceu. Não te resisto, quando você faz café com pão de queijo, bolo de milho, batata ensopada, quando mato a minha sede com teu suco de acerola. Não te resisto, quando você me leva pela mão pra passear descalço


na grama molhada, e ainda dançamos ciranda depois da chuva de verão. Não te resisto, quando você me convida nas madrugadas para ver o céu estrelado, e o brilho da lua fica sempre ofuscado pela luz dos teus olhos. Não te resisto, nas tardes preguiçosas quando deitamos juntinhos na rede, e entre abraços apertados sorrimos e fazemos pirraças até adormecer depois das três. Não te resisto, quando brincamos de pega-pega correndo por entre os ipês floridos, sou simplesmente apaixonado pelo meu castigo de sempre ter de pegar você. Não te resisto, quando você sobe no pé pra colher jabuticaba, e depois de adoçar tua boca com o gosto da fruta madura, adoça a minha boca com teu beijo. Não te resisto, quando contamos segredos das nossas carências, quando nossos sussurros falam baixinho dizendo tantas coisas de paixão falando tantas coisas de amor. Não te resisto,


quando você joga o edredom da cama bem cedinho, de camisola curtinha, com cabelos desalinhados, e fica me convidando pra fazer amor.

ESPUMAS Ah! o teu banho, a água, às vezes morna, às vezes quente, a espuma branca que brinca docemente com a tua nudez. A espuma que lava teus cabelos perfumados repleto de desejos proibidos, teus cabelos negros e compridos como as asas da graúna. A espuma que escorre lavando teu corpo, descendo em cachoeiras de volúpias e êxtases, minha hipnose favorita. A espuma que desenha na tua pele, a geometria perfeita da tua sedução. A espuma que beija os biquinhos dos teus seios,


invejando a minha boca quando fazemos amor. A espuma que se perde no labirinto das tuas fendas que escondem um jardim de delicias, um paraíso de prazer. É nesse labirinto que depois eu te acho, e como as ondas do mar murmurando sussurros na areia, nossos orgasmos explodem como estrelas em supernovas, revelando a paixão avassaladora que nutre e alimenta os nossos corpos nas madrugadas. Ah! eu sou a extensão dessa espuma beijando o teu corpo, e depois que o teu banho acaba minha hipnose se transforma em amor.

SONETO TATUADO Deixo na tua boca tatuagens dos meus beijos marcas que a minha paixão não quer apagar, que me mata de saudade quando não te vejo miragens tuas que fazem meu coração gritar. Deixo no teu corpo tatuagens dos meus desejos quando você me chama com vontade de amar, somos carentes dos nossos êxtases e latejos daqueles orgasmos que não querem terminar. Deixo os teus beijos tatuados na minha boca,


quando você me pede que eu te deixe louca, e juntos bebemos sedentos na fonte do prazer. Deixo os teus desejos tatuados no meu corpo, meu passatempo é me lambuzar no teu gosto, e de madrugada... como um menino adormecer.

CANÇÃO DO LIVRE-ARBÍTRIO Eu sou a canção que vem de longe como brisas das tardes que te afaga, nunca fui diferente do que sou hoje não tenho labirintos nem estradas. Eu sou vida, sou a morte que anoitece, desenhei o princípio e tudo o que virá, eu sou teu grito, às vezes, tuas preces, carrego teus dias num tablet de DNA. Eu sou um Deus, ou a Deusa de Avalon, às vezes, sou beijo, às vezes, sou canhão, fui mamute, dente de sabre, já fui lança. Eu sou tua extinção, e sou teu Criador, te dei de presente genialidade e amor, você preferiu a crueldade e a matança.

VIAGENS SEM FIM Adormecer deitado nos teus braços e despertar com os sabiás cantando, é como voar sem asas pelo espaço e saber que não estou sonhando. Adormecer te dizendo os meus versos e despertar com a tua nudez que seduz é como viajar ao paraíso sem regresso guiado pelos teus olhos claros de luz.


Quando adormeço sonhando sonhos de amor, e desperto sentindo o teu corpo, o teu calor, viajamos por todos os meus sonhos sonhados. Quando desperto com o doce dos teus beijos, e viajamos pelos êxtases dos nossos desejos, sou ainda mais o teu menino apaixonado.

TARDE DE OUTUBRO Tarde de outubro, é primavera chegou à inspiração, olho pela janela o céu carrancudo, chove miúdo molhando a terra. Molhando a grama recém-cortada, bem aparrada, hoje tem um cheiro bom, grama que vai de divisa a divisa até o portão aonde eu espero o meu amor chegar. Antes da chuva espalhei pela grama restinho de pão, é um barato ver os sabiás comendo, com um olho em mim e o outro no gato. Gato malvado, anda de barriga cheia e não perde o instinto, jogo o sapato


vá caçar os teus ratos, e deixe os meus sabiás bicando pãozinho no chão. Tarde de outubro, chuva miúda que não vai parar, vou terminar o poema está ficando frio, preciso vestir uma blusa, e tomar o meu café das três com bolachas da vaquinha.

CANTOS DE AMOR Gosto de ficar acordado durante as madrugadas, sem sono fico namorando o sono da minha amada. Nas belas noites estreladas nas intensas noites de lua, consigo ler nos teus olhos quando você se insinua. Nosso amor é pra sempre como um vinho dos bons, envolve como o teu olhar embriaga como a paixão. Nos teus cabelos negros vou escrevendo meus dias, eu sou apenas o teu canto você é a minha sinfonia. Carente dos teus beijos deixo minha boca ligeira, colar nos lábios carnudos da tua boca faceira.


Você me seduz no tapete, você me seduz nos lençóis, nestes momentos divinos o mundo se esquece de nós. Fazemos bolhas de sabão como crianças na varanda, depois do esconde-esconde ainda dançamos ciranda. Corremos pelas tardes de sol procurando a sombra dos ipês, deixo o teu sorriso mais lindo Quando eu grito: amo você! Eu te ajudo com o vestido adoro te deixar assim nua, nossos sussurros se rimam minha pele se gruda na tua. Tomamos banho de chuva pisamos na grama descalços, depois você vem se enxugar se apertando no meu abraço. Depois de muitas brincadeiras, e de mais outras tantas delícias, deixamos que o embalo da rede descanse a nossa preguiça. Antes de adormecer agarrados, e sem deixar dúvidas, ou talvez, fazemos amor sempre excitados como se fosse nossa primeira vez.


SURDEZ HIPÓCRITA Ouçam a canções machucadas que nosso desamor machucou, como ave de asas quebradas que quis voar e nunca voou. Ouçam as canções da hipocrisia a maldade que sempre aparece, fiel companheira do dia a dia um altar esperando uma prece. Ouçam as canções dos anjos mentidos, e não confundam com aqueles caídos, são teus diabinhos te fazendo sorrir. Ouçam as canções do amor moribundo, os gritos dos hipócritas ecoando no mundo, ouçam! ouçam! depois... deixem de ouvir.

MINHA PAZ Minha paz é navegar com você por toda galáxia que brilhar, não importa o que acontecer nunca vou deixar de te amar. Navegar na paz das nossas urgências ter um do outro tanta necessidade, eu quero ser o fim das tuas carências como você é o fim da minha saudade. Minha paz é navegar neste teu olhar, sem se esconder, deixar você me achar, fazer dos nossos orgasmos uma sinfonia. Navegar te cantando canções de ninar, beijando tua boca na hora de acordar,


ser teu amor pelo resto dos meus dias.

ESPELHOS CEGOS Muitas vezes, enxergamos e não vemos, cegos pela hipocrisia nem buscamos a terapia pra nossa cegueira. Somos bons pra enxergar a mosca na sopa, o fio de cabelo no café, o reboliço no quintal do vizinho, e não enxergamos o próprio pé. Agora até no Facebook enxergamos a cruz de Cristo, os santos e as santas no altar, damos dezenas de curtidas, e a dois passos não vemos... ou não queremos ver quem precisa de nós. Além dos hipócritas, ainda existem os escravos e escravas dos espelhos. Não procuram por rugas ou cabelos brancos, basta se enxergarem na beleza de um nariz empinado. A cegueira nos Narcisos é ainda mais doentia, e parece não existir cura. Eles nunca saberão


que a beleza do espelho... nem sempre reflete a alma.

PINTURAS DA PAIXÃO Fui deixando você chegar gostando do aconchego me abraçando de mansinho. Fui me deixando te amar devagar perdendo os medos de caminhar o teu caminho. Fui deixando você entrar abrindo todas as portas escancarando minha paixão. Fui me deixando apaixonar te querendo a minha volta com a chave do meu coração. Fui deixando você acordar brincando com meu prazer causando teus arrepios. Fui me deixando arrepiar com teu calor e nunca ter uma única noite de frio. Fui deixando você cavalgar fazendo amor de madrugada e só depois adormecer. Fui me deixando te beijar com tua nudez encantada pintando meu amanhecer.


VESTIDO COR DE VINHO Ah! esse teu vestido cor de vinho instigante veste de veludo a minha berrante paixão, como os teus olhos cravados de diamantes iluminam minhas tardes quentes de verão. Ah! esse teu vestido cor de vinho inebriante deixa o controle do zíper em minhas mãos, quando escorrega pelo teu corpo excitante fico em chamas, vou ao limite do meu tesão. Ah! esse teu vestido cor de vinho envolvente, mostrando os teus seios durinhos e carentes, tiro ou não tiro, às vezes, não sei o que fazer. Ah! esse teu vestido cor de vinho e bem quente, quando desvenda tuas calcinhas transparentes, atiça o nosso fogo de êxtase, de gozo e prazer.

EROTISMO No abismo do teu erotismo eu me atiro todos os dias. Na passagem da tua massagem, os teus dentes mordiscando o meu pescoço as minhas orelhas. Na espuma branca o teu corpo que dança nua no banho, a sedução dos cabelos molhados, da toalha enrolada.


O teu perfume, o faiscar dos vaga-lumes nas noites de verão, os lençóis macios da cama esperando nossos momentos de amor. Os teus beijos, teus sussurros de desejos, o convite de passeio por teus labirintos de fendas, grutas e picos, encontro amor e paz no teu erotismo.

ESCASSEZ Está escasso o sorriso, o abraço, o beijo, o bom dia, o senhor (a), está escasso o amor.

ZANZANDO Eu gosto do teu zanzar de corpo e alma. Uma mistura de sedução e sapequice, que no mundo não existe, e em você foi tatuado.


Do teu zanzar pelo meu corpo, enquanto a tua boca vai se colando na minha. Desse zanzar dos teus braços no meu pescoço, das tuas unhas traçando desenhos cegos nas minhas costas. Do teu zanzar com olhos de arco-íris dançando descalça na chuva de verão molhando o teu vestido de chita. Desse zanzar debaixo do edredom, na loucura da tua nudez, nas madrugadas de amor atiçando os meus desejos, e as delícias nos nossos orgasmos. Vem... vem... zanzando... zanzando... zanza... zanza... Nunca me deixe sem o teu zanzar...


HOLÍSTICO Da Paris do último tango, pelas janelas do expresso do oriente, ou nas terapias das manadas, buscamos mentes traídas como pipocas mal estourada esquecidas no fundo da tigela. Às vezes, nos vestígios escondidos das barrigas de fome, escancaramos toda a fúria e a selvageria do homem, providos de olhares descarados rezam amém aos santos estáticos do altar. Ah! Paris do último tango, da manteiga que ficou rançosa vencida e ultrapassada com a chegada do século XXI, século que todos desejam Marte a amante distante, uma vizinha que não respira, até os indianos... que diria Buda! Oriente ou ocidente, a dúvida de Istambul, ou da donzela no último capítulo da novela.


Ah! Everest das neves eternas, a magia de Kathmandu. O sonho com as noites estreladas de Sangri-La, horizonte perdido jamais encontrado porque nunca existiu. Um gatilho, um estampido, o despertar do sonho, Sangri-La engolida por tsunamis da realidade. Um grito de menina, depois o silêncio de um corpo estuprado e morto, na minha esquina. De repente, a ânsia, o vômito, a indignação tão passageira como o minuto que passou. Ser atirado num labirinto holístico, cercado por ratazanas de duas patas dessas que só sobrevivem fora dos esgotos.

ERA UMA VEZ... PARA SEMPRE Faço dos teus cabelos negros minha noite


dos teus olhos eu faço meu céu estrelado, sou teu menino tímido fazendo a corte quando te beijo eu fico mais apaixonado. Faço dos teus momentos de êxtases meu açoite do teu corpo nu eu faço meu refúgio encantado, sou teu menino sapeca querendo todos os doces quando me lambuzo no teu cio gostoso e safado. Gosto de me queimar no calor dos teus abraços, quando me perco em você nem sempre me acho, tranco todas as saídas do labirinto das tuas mãos. Era uma vez... um menino, uma menina para sempre, que fazem amor com a doçura de dois adolescentes, ou simplesmente brincam de “tá lá” no edredom.

O TAO PROFANO O Tao da física o fulano de tal, chapeuzinho vermelho brincando com o lobo mau no vídeo online de calcinha, na TV o Pica-pau. A geração Xuxa na vida real. A cena, o time, a traição, o crime, a desgraça. O éden das drogas, o álcool das raves


os bêbados das baladas, o côncavo e convexo as delícias do sexo, a velocidade máxima. De Iphone na mão Camila ainda fará dezessete em janeiro, Carolina não é mais uma estranha fazendo pose nua e se masturbando no banheiro. Do rock ao funk, do samba a micareta, a música cria tribos dos alienados aos caretas. Dos condomínios as favelas dos becos as praças, a verdadeira divisão das raças. Do escocês importado a mistura de cachaça com tubaína, do lixo das mansões as garrafas pets rolando no esgoto da esquina. A vida, a fama. A fama, o tiro, a overdose no caminho, o fim da vida.


A falta de fé, as preces, os santos, nos altares materialistas os gemidos de desencanto O caviar, a fome, as dietas, só os bonitos nos convites de festa. Amor à primeira vista ou apenas uma transa, fluidos despejados sem deixar saudade da primeira vez. Esse talvez, de que somos predadores deturpados pelo profano explícito, sempre os primeiros da fila. Passageiros algemados de almas acorrentadas, de mentes surtadas, caçando nossas terapias.

EU QUERO COM VOCÊ Eu quero um amanhecer de sol brilhando pra te acordar beijando tua boca, e ganhar dos teus olhos lindos e sonolentos um doce bom dia.


Também pode ser um amanhecer de chuva mansinha como música no telhado, enquanto as plantinhas se molham, vamos deixamos que a manhã vá ficando tarde debaixo do edredom. Eu quero um entardecer quente, desses com brisa ligeira esvoaçando teus cabelos negros, enquanto corremos como crianças brincando de pega-pega por entre as árvores, descalços na terra macia. Também pode ser um entardecer preguiçoso, desses de ficar deitados namorando na rede, enquanto nossa Analizz faz todas as pirraças com as bolhas de sabão. Eu quero um anoitecer com faiscar de estrelas, com balé de vaga-lumes, com cricrilar de grilos, enquanto dançamos lentamente na penumbra da sala, iluminados por luzes de velas. Também pode ser uma madrugada de paixão, enquanto fazemos amor, vamos caçando nossos êxtases nos labirintos do nosso prazer, nosso depois é ficar contando que era uma vez... até adormecer.


CONTEÚDO Às vezes, corto os fios de todas as cores. De repente, e sem aviso eu desativo meu humor radioativo. Às vezes, as consequências de ser down vegetativo e cultivado, é metralhar sem pontaria da hipotenusa ao quadrado. De repente, as consequências de estar sempre por cima é encontrar as pétalas secas da rosa de Hiroshima. Os sinos que dobram pelos anjos caídos, nossas asas hipócritas desenhando tragédias do amor dividido. Nesses meus desatinos, caço a minha ternura, deserdando o meu nada busco heranças do meu tudo. Falando de mim, cansei de ser capa, título maiúsculo dourado, enfeite ou brochura, um começo, um fim... quero ser conteúdo!


DENTES NA JUGULAR Estamos perdendo a nossa essência de criação divina pontilhadas de interrogações. Estamos reencontrando o nosso instinto, buscando a nossa pureza nos bacanais animalescos. Estamos espalhando nossos genes de predadores, no grande zoológico planetário de onde não podemos escapar. Estamos transformando nossas unhas em garras afiadas. Estamos trocando nossos sussurros de amor por urros amedrontados de dor. Estamos falidos como Seres Humanos, numa noite escura sem amanhecer. Estamos expostos, somos caçados sem tempo, sem esconderijo, sem lugar. Estamos tatuados nas matanças desejadas, no sangue das mãos, nos dentes na jugular.


SABORES DE CIO O doce sabor de um beijo molhado que faz do amor maior que a paixão, não deixa os corpos ficarem calados e no prazer se rimam como canção. O doce sabor da saudade abortada quando o tempo se permite parar, deixa o alívio da dor anestesiada é uma benção o coração acelerar. Eu gosto quando você me abraça, canta, dança, sorri e faz pirraças, no meu colo brincando de frio. Eu gosto quando você me seduz, acordo sem saudade com tua luz, sou adoçado no sabor do teu cio.

REFLEXO HIPÓCRITA O desencanto com o canto, os gemidos de lamentos. As noites adormecendo sem estrelas, o frio do cimento, as grades, os prisioneiros das cidades. Bullying! racismo! preconceito! qual a diferença, nada de diferente, é impossível cuspir o que está na cabeça,


na mente, teus diabinhos desacorrentados no subconsciente. As massas nas praças, Os estilistas das lajes contando vantagens com rebolados. Os vendedores de santos, fazendo riquezas pichando o caminho da fé e dos milagres. Os espelhos se envergonhando dos rostos hipócritas refletidos com vontade de se quebrar sem os anos de azar. Os campeões de audiência, o choro da ausência, novos costumes com a violência na rotina. A infância roubada dos meninos das meninas. A inocência vendida nas mansões luxuosas ou ali na esquina. O controle absoluto do console, o Esc fazendo a tela voltar.


Onde ficaram as bolas de gude ou o canto dos sabiás. Nas noites estreladas, nas bolas de gude, nos sabiás, nas lembranças... Talvez, na gargalhada da Pitukinha uma estrela guia de esperança. Seria quase mágico, pura magia, no fim do novelo passar uma borracha na cara da hipocrisia, ou esconder o espelho.

AMOR TRANSCENDENTE Nosso amor de tão grande transcende a vida, sopro de conspiração cósmica com telepatia, somos alma única por dois corpos dividida, escritos nas estrelas, tatuados na magia. Depois das cavernas, servimos os druidas, os papiros contam das nossas sagas e orgias, as núpcias em Stonehenge, a nossa preferida, em Avalon deixamos saudades e nostalgia. Seremos um do outro no tempo e no espaço, na comunhão dos orgasmos, beijos e abraços, chegará o fim dos dias, não da nossa paixão. Sempre transcenderemos com o Universo,


e quando alguém encontrar meus versos, convidaremos pirilampos para a celebração.

BULLYING SOCIAL Descarregar o ego na sala de estar, ou como uma bofetada na cara da mulher. Fazer o sofá pagar pelo cansaço de carregar o peso da consciência pesada. O copo de uísque sendo afagado, a boca pedindo outra dose como se fosse um beijo. O Facebook mostrando geladeira cheia de cervejas, como se a imagem mais linda do mundo. Os pegas-pegas das baladas, predadores nas caçadas imitando videogames. Como uma sereia sedutora a morte espiando.


Às vezes, ela não deixa, opções e nem desvios no caminho. À direita, pode ser um tiro de escopeta À esquerda, mesmo fugindo pode ser um tiro de nove milímetros. As orgias, dos capítulos nunca perdidos das novelas. As orgias com os amantes, não têm dores de cabeça como desculpas. As fofocas nos bares, nas janelas, dentro dos lares na hora do jantar, no telejornal. A fila que se perde de vista de anjos fingidos, se o nariz não cresce... empina. Sou um excluído no contexto, do bullying social...


E onde fica o meu direito de não querer ser igual!

TUA PELE Essa tua pele de feitiço, faceira e safada, tem sabor de chocolate no meu paladar, nunca me contento só com uma dentada, guloso, tenho muita fome de te devorar. Essa tua pele me atiçando toda perfumada, sedutora! tem cor de areia beijando o mar, afrodisíacas! as tuas grutas são exploradas, excitadas! ficam me convidando para amar. Essa tua pele se enroscando no meu querer, teus espasmos se nutrindo do nosso prazer, no labirinto do êxtase delicioso da tua nudez. Essa tua pele ainda compartilha com a minha, quando saciados adormecemos de conchinha, depois de fazer amor como da primeira vez.

DESAGUAR Onde deságua a minha saudade, para onde escorrem todos os versos que fiz. O mar que engole minhas rimas, tem uma musa fácil de encontrar.


A tua saudade em mim apunhalada... essa só você tem o poder de curar.

ENTREGUE Quero me pentear com o negrume dos teus cabelos, ficar todo entregue... quando eles escondem teus seios, e eu peço pra procurar. Quero me vestir com tua nudez, com tua pele, ficar todo entregue... pedindo que você me leve aonde sempre quero ir. Quero me lambuzar com teus gozos, com teus orgasmos, ficar todo entregue... nos teus espasmos, até você se saciar. Quero me perder no teu êxtase, no teu clímax, ficar todo entregue... e ser o teu max de cada amanhecer. Quero me batizar com teu cheiro, com teu gosto,


ficar todo entregue... todo exposto, pra você me amar.

FLASHES Os flashes da noite, a eternidade se esvaindo nos segundos, a validade vencida da vida. A teimosia da cicatriz aberta que não cura a ferida. A busca de algum sentido, no álcool, nas drogas, na libido. A caretice dos apaixonados, das canções de amor. O dia encurtado, o sol sugado por fantasmas pop star, caricaturas de anjos sem asas. Os olhos podem estar fechados, e nem sempre sonhando. A batalha insana


travada no subconsciente, os contras, as vantagens, os sentimentos carentes, os instintos selvagens. O não ouvir os sinos que dobram como um despertador. Nos avisos dos diabinhos desacorrentados não existe glamour. De repente, no fim um arrepio. A descoberta que voar é impossível que o chão fugiu. A descoberta de não se ter os poderes da Excalibur. De repente, no fim... os sinos poderão dobrar por você.

ESTÉREO Você tem classificação cinco estrelas na minha necessidade. Tem olhos com raios de luar,


faiscantes como pirilampos em noites de verão. Tem gosto de sorvete napolitano no teu beijo. Tem eletricidade nos teus abraços, acendendo meus desejos. Tem orgasmos como um amanhecer de primavera, com perfumes e sabores de uma paixão inacabada. Tem uma canção de amor na tua voz rouca e sussurrada. Quando me sintonizo com você, o meu universo é no teu corpo. Você é o meu dial sem interferência, meu estéreo perfeito desatando minhas carências.

TOMANDO CONTA Quando a porta se abre e você se atira nos meus braços como menina safada, vai tomando conta da minha boca


com teus beijos, uma sede insaciável quase louca da minha língua. Quando a porta se fecha e teus lençóis macios desenham nossa magia, como menino safado vou tomando conta do teu corpo com meus desejos, uma sede insaciável de morar no teu prazer. Um buquê de rosas pela tua camisola. Um copo de vinho pela tua calcinha transparente. Um delicioso querer mais nesse pulsar de corpo e coração. Tomamos conta da madrugada inteira... enquanto nossos êxtases dançam fazendo amor.

COLÍRIO NOS OLHOS Colírio nos olhos é bom a beça, quando podemos ir embora antes da hora, quando o cartão de crédito não estoura, a tua mulher


não reclama, e ainda diz que te ama. Colírio nos olhos é bom a beça, quando o time é campeão mesmo que seja da segunda divisão, quando o celular não te deixa na mão com o SMS, e quem disse que vinha demora, mas aparece. Colírio nos olhos é bom a beça, quando bajulam as nossas virtudes, quando pagamos um plano de saúde, pra não amanhecer no SUS, se depois da eleição não fosse preciso carregar a cruz.

PURA MAGIA Cada vez ficamos mais apaixonados, eu te amo, e você também me ama, nossas noites têm um céu estrelado mesmo sob o edredom da tua cama. De côncavos a convexos, somos binários, não me canso de olhar nossa geometria, teus picos e fendas, traços imaginários, desenhos cegos com as cores da magia. Nossas bocas se atraem com as delícias,


nossos braços dançam balé nas carícias, nossos corpos comungam cada espasmo. E nos caçamos no labirinto dos desejos, como ratinhos correndo atrás de queijo, adoçados pela doçura de cada orgasmo.

RENASÇA Não viva nem festeje as festas com olhos, com a boca, com o estomago, com os presentes, com as roupas de marca, com os vídeos das baladas. Troque o copo, o álcool, o bafo. Troque o bafômetro pelo beijo apaixonado. Lave a inveja com soda cáustica, talvez... a língua. Não deixe que a estrebaria do Presépio fique mal cheirosa, com o perfume da hipocrisia.


Deixe que as luzes do Natal, e os fogos do Ano Novo, incendeiem o teu coração. Que ele fique em chamas ardendo e queimando de amor pelo próximo. Rasgue o script, faça, desfaça, renasça...

ECOS Eu não grito, eu não berro, eu não quero, nem espero que você ouça ecos no teu ouvido, sibilos, zunidos. Como um amanhecer de verão chegando. Como uma estrela fugaz passando. Como uma chama acesa no escuro. Eu quero que você ouça ecos de amor no teu coração, com meus sussurros.


EM MODO ZEN Não procure o amor no meio das pernas, você poderá gozar e acabar não encontrando. Não procure recompensas para tuas atitudes, você poderá aumentar as estatísticas dos hipócritas. Não procure Deus no altar, você poderá fechar a tua porta quando Ele pedir para entrar. Não procure os anjos com teus olhos, você poderá descobrir que enxerga mas é cego. Não procure camuflar teus defeitos como um camaleão, você poderá piorar o mundo desfilando apenas o glamour das tuas virtudes.


EPIDEMIA Com medo do abismo, na corda bamba, eu cismo dançar ciranda. Como um menino moleque desses travessos vou fazer graça, muitas pirraças, vou gargalhar. Sou imune, e vou tirar onda do teu cinismo macro hipócrita, doentio e contagioso. Dessa tua coragem disfarçada diante do abismo, de dançar ciranda na corda bamba. Desse teu desejo de querer empacotar a noite falsamente iluminada, deixando as estrelas esquecidas. Deixando esquecidos o balé dos vaga-lumes. A sinfonia dos grilos.


INSTANTÂNEOS Eu gosto de ser tua caça quando você me abraça, quando teus olhos falam pelos teus lábios. Você gosta de ser minha caçadora, minha menina sedutora, quando troca teus êxtases pelos meus sussurros. Nós gostamos de ser caçadora e caça, apenas fazendo graça ou bebendo do amor dos nossos orgasmos.

Nesses momentos nossas almas se ligam em pontes eternas, e se miram, e se embelezam no espelho do tempo, sem precisar de photoshop.

CONTA-GOTAS Desfiamos as nossas ladainhas. Acreditamos que estamos salvando o Ártico. Acreditamos em horário nobre,


que socos e pontapés podem. Que mostrar os peitos e as bundas não. E na continuação, do próximo capítulo... Fazemos do Plim Plim um campeão de audiência. Da cantora Annita uma nova pop star. Do lutador Anderson um novo “deus”. Do funk o novo som da laje. Dos energéticos uma nova vitamina. Diariamente estamos engolindo sapinhos com conta-gotas. Ficando mais “Humanos” com sangue nos olhos, com a língua louca pelo sabor de uma gotinha. Mesmo que, ás vezes, nossas bocas estejam amordaçadas pelas gravatas coloridas e caras de Brasília. Cordeirinhos em fila com o título de eleitor na mão. Contando os dias nos dedos para mergulhar no ufanismo


verde e amarelo. E depois continuar de castigo, ajoelhados no milho. Acreditando que, de repente, engolir sapinhos seja até normal. Hoje eu estou arrotando os meus, bebendo a efervescência de um Sonrisal.

CODINOME AMOR Uma mistura de anjo e safada que o trouxe você para mim, tão ardente, úmida, excitada, querendo meus gozos no fim. Quando me levas na cavalgada nos delírios dos nossos confins, o tempo para nas madrugadas, nas viagens de volúpias e afins. Nos orgasmos na cama ou na mesa, com um doce sabor de sobremesa, as línguas lambem o que restou. Restos de um cio vagabundo, a paixão mais linda do mundo, um codinome chamado amor.


AGARRAR E esse nosso agarrar tão quente, carente, tão cheio de segundas intenções. Um brincar de sedução no teu olhar, um mar de delícias esperando o meu mergulhar. Nossos corpos, nossas bocas, nossas línguas, nossas peles. Tudo é amor nesse nosso agarrar. Os abraços, os beijos, os cios, os desejos. A madrugada nos agarra, as estrelas nos agarram. Os sussurros nos agarram, a magia tatuada nos ouvidos. E saciados, de repente, não somos mais carentes. Nesse nosso agarrar... de quero mais.


ERVA DANINHA Estamos criando esboços transviados e sem arquitetura, também sem cultura, achando ser o máximo fazer experiências com a adolescência. Semear erva daninha em nosso jardim, passando a mão na cabeça. Depois como consequência no fim da linha, além da dor de cabeça e sem antiveneno, machucaremos os pés pisando em pedrinhas.

CAUSO DE AMOR Fazemos desse nosso amor um causo a mais, nos meus momentos de saudades. Nos beijos molhados que você me dá, no sossego dos teus abraços quando você chega... e a saudade vai embora e se desfaz. Fazemos desse nosso amor


uma louca paixão, nos nossos momentos de tesão. Um pulsar de corpo e alma, desses carentes que só se acalma, quando a madrugada adormece e a noite se desfaz. Fazemos desse nosso amor uma doce aventura, nos nossos momentos de ternura. Aquele se derreter com um sorriso, um gritar sussurrado eu te amo sem aviso, e saber que o nosso amor nunca se desfaz.

CHUVAS DE VERÃO Ainda carrego tatuadas comigo as chuvas do verão que passou, o arco-íris que fizemos de abrigo intensamente colorido de amor. O teu corpo brincando na chuva a transparência sempre excitante, o teu balé sensual de guarda-chuva, menina tímida e mulher provocante. O teu jeito me abraçando com graça, beijando minha boca fazendo pirraças, depois me puxando pra chuva sorrindo.


O subir pelas coxas do vestido molhado, esse ficar mais carentes e apaixonados, fazendo amor rolando na chuva caindo.

VIDEOCLIPE Vou assaltar um céu estrelado roubar duas estrelas cadentes, enfeitá-las com laços dourados depois vou te dar de presente. Vou pedir um favor para a lua quando for se exibir toda cheia, um videoclipe de você assim nua refletindo teus êxtases na areia. Que o fogo dos nossos beijos, e a chama dos nossos desejos, incendeiem as ondas do mar. E antes que o raiar seja dia, terminando a nossa sinfonia, vou pedir para o sabiá cantar.

VAQUINHAS ESTATIZADAS Nas arenas, nos gols padrão FIFA. No circo que não desarma, seria Karma ou maldição as vaquinhas da nação.


O beijo da novela, o soco, o nocaute. O fogo na boate, no ônibus na avenida. A tragédia, o terrorismo, as feridas sangrando por diversão. As gastanças de Portugal, os companheiros de Cuba, os milhões pra Fidel, a devoção. O rombo da previdência, o choro da CPFM, a carência na saúde, na educação, sem nenhum padrão. Ser Karma seria entregar as chaves do paraíso, para as vaquinhas da maldição.

MARCAS DE AMOR Quando teus beijos tatuam minha língua bebo cada um nas covinhas do teu rosto, enrolado nos teus cabelos, depois ainda, marco território no teu cheiro e teu gosto.


Quando teu sorriso me deixar tão derretido quero dançar na hipnose total do teu corpo, sussurrando coisas proibidas no teu ouvido atiço cios adocicados que nos deixam loucos. Quando acendo a noite na luz dos teus olhos, o meu colo é todo teu quando eu te namoro, nada é maior e intenso do que o nosso amor. Quando acendo o dia na luz dos teus olhos, mesmo já adormecido eu ainda te namoro, agora sou o território... que você marcou.

O QUE SERIA O que seria das consoantes sem as vogais... Dos pássaros sem as asas... Da manteiga sem o pão... Das noites sem as estrelas... Dos rios sem a chuva... Da paixão sem o amor... O que seria do meu canto sem os teus encantos... Da minha boca sem os teus beijos...


Do meu acordar sem os teus abraços... Dos meus ouvidos sem os teus sussurros... Dos meus orgasmos sem os teus cios... O que seria de mim sem você...

BOLO DE MANDIOCA A receita, a massa na fôrma. O forno, O bolo de mandioca assando. O cheiro se espalhando pela casa, a barriga roncando a fome. O pedaço de bolo na colher, o aviãozinho. O fua pra esfriar o quentinho. A mordida, a boca adoçada, o hum! de delicia.


Depois do bolo, o teu beijo de sobremesa.

DISFARCE E no contexto da nossa democracia entramos numa fria mesmo quando faz calor. Ficando em casa o bicho come. Saindo para as ruas o bicho pega. E com nada apertando o pescoço além das gravatas importadas e de marcas, eles inventaram um novo cabresto... disfarçado com o nome de Título de Eleitor.

VIAGENS DE ÊXTASES E foi a história de era uma vez... quando caminhei teu caminho, se no começo tudo era timidez, agora já não sei andar sozinho. Fomos abandonando nossos talvez, escondidos em todos os espinhos, nosso louco amor se fez de lucidez gostoso como beber um bom vinho.


E usamos nossos beijos de açoites, arrebatados pelos êxtases da noite, desejos de uma madrugada infinita. E usamos os sussurros de linguagem, que o era uma vez... da nossa viagem, seja de amor para sempre e bendita.

DEBOCHE Que tragédia, o meu país é uma comédia. Do Congresso aos tribunais, o poder corrompido e alimentado. Todo o poder que emana do povo, esquecido e debochado. Um circo armado, e quem usa o nariz de palhaço sou eu... envergonhado!

TARÂNTULAS Quando as calêndulas de outono chegarem, não precisarei me entocar


no centro da Terra, caçando tarântulas de oito patas ostentadas e desobedecidas. Quando o verão de junho chegar, você não me pede e eu não sei se pode, mas quero plantar um jardim de rosas no Gulag, sem a ajuda do meu iPad ou do meu iPhone. Não crio meias verdades, os séculos que trouxeram tecnologia mataram a genialidade. Estamos na era dos grunhidos das tarântulas tatuadas, algumas ainda em estado selvagem. Que deixaram o pai de Arne Saknussem, ou um Alexander Soljenítsin pobres de linguagem.

IMPESSOAL E se de repente, o espelho refletisse o teu subconsciente, você se veria


na corda bamba e sem rede de proteção. De um lado, os teus anjinhos doces e mimados. De outro, os teus diabinhos no escuro e acorrentados. Uns voam livres pelos labirintos conectados da alma. Outros não voam, e espreitam a chance para estarem desacorrentados. Aquele descuido que pode ser fatal. E talvez, seja sina ser assim tão sucinto, se você desconecta a alma assina o instinto.

COBIÇA E essa tua cobiça... Das coxas roliças


da minha moça bonita. Você tem a cobiça... Eu tenho um jardim de delícias!

AUTÊNTICO Ainda prefiro ficar olhando as noites estreladas deitado no teu colo da minha amada, ouvindo os grilos de fundo musical. Ainda prefiro andar descalço pelo quintal, tratar os sabiás com resto de pão, roubar da tua boca o teu batom. Ainda prefiro dançar com você na chuva, e se enxugar nas cores do arco-íris, colocar pétalas de flores nos teus cabelos, e depois jantar com luzes de velas. Ainda prefiro a serenidade


do Bolero de Ravel, da Sonata ao Luar e se Beethoven tinha, eu também tenho minha amada imortal. Não me importo em parecer perdido não ser moderno, não vou trocar minhas noites estreladas por festas e cervejadas, nem vou ficar surdo na surdez das baladas. Não me importo em ser o último dos moicanos, num mundo tão igual tão copiado. De bichinhos com frases vencidas, ou crianças desconhecidas dizendo amém nas postagens. Não me importo de não ser autenticado... eu quero ser autêntico.

TATUAGENS DE ÊXTASES E mergulhamos nas ondas dos nossos gozos feitas de espasmos tão longos e apaixonados, sentindo na febre de cada orgasmo gostoso aquela doçura do cio, tão quente e molhado. E nossas almas crepitam num fogo voluptuoso,


em brasa quente, pela paixão somos tatuados, perdidos nos êxtases desse labirinto saboroso feito de picos, grutas e fendas, desejos safados. E conhecemos bem a porta desse mundo mágico, sem senhas, sem cadeados, sem nada ser lógico, quando brilhamos como estrelas das madrugadas. E somos orbitamos pelos sabores, cheiros e gostos, nunca nos cansamos de se derreter um pelo outro, cada gozo derretido deixa nossas almas marcadas.

IMPOSSÍVEL É impossível te resistir, quando você chega com esses olhos de menina pidona. E vai se pendurando no meu pescoço, vai se aninhando do meu colo, vai beijando a minha boca. E vai deixando eu me perder nos teus cabelos, vai me seduzindo com teu cheiro, vai me deixando entrar no teu pijama. É impossível não galopar no teu galope, não descansar no teu descanso, não adormecer no teu sono.


É impossível não te amar intensamente...

ANJOS CAÍDOS Somos constelações sem brilho de anjos caídos buscando nossas asas. Anjos especialistas em esconder nossos pecados, e pecadores sem perdão quando tentamos exibir apenas a nudez doentia das nossas virtudes. Não culpe a falta de asas por não saber voar. Elas estão no lugar, é o peso da hipocrisia que não nos deixa levantar voo. Você será o rei dos dedos apontados se tiver a coragem de desfilar com teus defeitos. E lá na frente...


será dono de uma nova virtude. A de saber com quem contar quando precisar.

TEU BEIJO Esse meu acordar com teu beijo, é bem mais do que desejo, do que paixão, é puro amor tatuado pelo pulsar do coração. Esse meu acordar com teus lábios, abrindo um sorriso e tão carnudos depois da noite depois de tudo, é ainda estar no paraíso. Esse meu acordar com tua boca grudada na minha, esse teu gosto tão gostoso adoçado, você é meu anjo com o poder de despertar os meus pecados.


REMISSIVO Descarte a mão que bate, que fere, que faz doer e não cicatriza. Procure a mão da arte, que acaricia, que nas noites frias é uma onda de calor. A mão que exala amor, que aponta o caminho, que alcança as estrelas, que afasta os espinhos, que oferece uma flor. Descarte a mão que bate, monstruosa e trágica. Procure a mão da arte, suave... mágica!

MEUS TONS DE CINZA Os anos de chumbo, as marcas de sangue, nos porões escuros.


Os mortos, os enforcados, os desaparecidos. A estranheza... alguns ditadores atirados no inferno, outros ditadores endeusados numa ilha. Seria o sangue, os porões escuros, os mortos, os desaparecidos, os tiros ao alvo dos paredões de lá diferentes dos daqui? Onde ficaram os ecos dos gritos de Sobral Pinto, que todo o poder emana do povo e em seu nome deve ser exercido. Uma pena, eles ficaram nas imagens da chamada de um documentário de televisão. Seriam os engravatados surdos ou esquecidos? O talento para a corrupção, o caminho mais fácil para enriquecimento, as barganhas do poder.


A sociedade manipulada prisioneira dentro de casa, trabalhando para ser roubada, muitas vezes, assassinada. O gosto ruim na boca de que estamos perdendo tudo, ficando sem nada Uma educação precária, uma saúde estraçalhada, uma juventude seduzida pelas drogas, pelo mundo do crime. De repente, estamos substituindo o abraçar pelo bater. O sentimento de impotência, quase de falência, de estar na UTI, ao descobrir que a rima perfeita para a criminalidade é a banalidade.

DESEMBARQUE É gostoso de te fazer adormecer contando contos de fadas, eu desembarco com capa e espada pra ser o teu super-herói. É gostoso


de te acordar cantando o meu canto, rimando a tua nudez com as delícias dos teus encantos, quando desembarco dos teus êxtases que não têm talvez, eu sou o teu poeta. É gostoso nessa noite de chuva fininha, esquecer-se do calor do verão, desembarcar no friozinho do outono, e fazer amor com você debaixo do teu edredom.

DIABINHOS NO QUINTAL Não desliguem, depois da seleção vem aí a próxima atração. Vista um terno, compre, empreste, não se desespere nem se jogue da ponte, de repente, durante alguns meses você será importante. Lave os ouvidos para ouvir as promessas, que depressa serão esquecidas.


Estará aberto o museu dos horrores, exibindo as obras-primas dos marqueteiros. No teu quintal um amontoado de obras bizarras, nenhuma rara, de demônios travestidos de anjos. Reparem nas expressões bonitinhas e maquiadas, As bocas impecavelmente mentirosas. E quando o nojo chegar não tenha vergonha, não se importe se a urna sujar, vomite!

SEM VOCÊ Sem você os meus versos são rebuscados, os meus dias são nublados, as minhas noites são sem estrelas. Que falta do teu beijo, na minha boca no meu desejo. Sem você as luzes


não se acendem, as minhas rimas não se entendem, e passo as horas esperando no portão. Que falta dos teus braços, assim se aninhando no meu abraço. Sem você sou todinho só saudade, um perdido na cidade, com um vazio no coração. Quanta falta do teu cheiro, sempre tatuado no meu travesseiro. Sem você o meu caminho não tem chegada, só tem desvios na minha estrada, sem você... não sei voltar. Quanta falta gritando e digo, de você fazendo amor comigo.

ECLIPSE Quando você me veste


com tua pele toda nua, e me tatua com teus segredos de amor, vou me derretendo, não te resisto e todo entregue, vou me abrindo como uma flor. Quando você me enxuga depois da chuva toda inocente, e um vestido transparente revela teus segredos de mulher, vou me derretendo, não te resisto e todo entregue, vou te querendo do jeito que você me quer. Quando você enfeita a noite e dos teus olhos brilham toda a luz, e me seduz quando teus segredos eclipsam o amanhecer, vou me derretendo, não te resisto e todo entregue, vou outra vez fazendo amor com você.

SONETO DA CAÇA Então você veio adoçar a minha tarde mas do que as bolachas da vaquinha,


eu que estava no portão tão debalde esperando você chegar pra ser minha. Fomos seduzidos sem nenhum alarde por um friozinho gostoso na espinha, e os desejos loucos de uma boa tarde derreteram nos orgasmos da noitinha. E cavalgamos um prazer tão intenso, sem um fim, um meio ou um começo, voando nas asas de um unicórnio alado. De repente, a noitinha se fez madrugada, e nós caçando a última gota a ser sugada, aquela escondida no lugar mais adocicado.

ESPECTRO Como sempre, estamos deitados em berço esplêndido, E de olhos fechados para o que está acontecendo. Estamos de braços cruzados vendo a água passar sob a ponte, mesmo sabendo que elas não voltarão. Perdendo a mão, o compasso, acostumados a trocar as mãos pelos pés. Como sempre, estamos gastando demais, sofrendo demais, pra desfazer


as coisas erradas feitas durante um tempo longo demais. Perigosamente estamos perdendo a noção de liberdade, nas casas, nas ruas, nas escolas, nas cidades, sem um herói pra ensinar como se grita pela liberdade. Depois de presos nos próprios quintais, agora somos incendiados nos carros, nos ônibus, nas avenidas, perdendo o direito de ir e vir livremente. É estranho, trágico, assustador, atravessar sempre o caminho de uma bala perdida, ser adicionados e esquecidos nas estatísticas, e nas banalidades da TV. Estamos diante de uma nova realidade, de repente, como uma autoajuda


com tantos exemplos, estamos acreditando que o crime compensa. Compensando ele agrupa, enriquece e seduz meninos e meninas, e se espalha como uma epidemia. Já estamos em estado terminal e sem cura não só nos hospitais. E miseravelmente ainda não quebramos o espelho que reflete o tudo maravilhoso. Espelho espelho meu, finja e me engane outra vez, agora com a bola que rola. É diante dele, que destilamos as nossas hipocrisias diárias, teimosamente como se fossem orações de amém. É apenas diante dele, que conseguimos criar nossos monólogos fúteis sobre as bananas.


DECIBÉIS SURDOS Mandem as crianças levantarem da mesa, saírem da sala. O Rodrigo pode ir jogar jogos violentos no videogame. A Mariana, pode ir fofocar das amigas e vizinhas no Facebook. A Luciana, a mais velha aos dezesseis, pode ir ouvir o som da hora nos decibéis do fone de ouvido. Porque hoje, para uma mesa e sala vazia, vamos falar de respeito, de patriotismo, de civilidade, de solidariedade, de honestidade, de educação. Vamos falar das qualidades e virtudes, que forjam uma família, uma sociedade, um cidadão.


Que não se aprendem nos videogames, não se ensinam nas redes sociais, não se ouvem nos fones de ouvidos. São os decibéis surdos que ninguém está com muita vontade de ouvir. Nem Ricardo, Mariana, Luciana. E nem os seus pais. (Os nomes próprios do poema são fictícios)

CAMINHOS BENDITOS Contando os tic tac do relógio vou esperar a noite chegar, e antes da madrugada dançar com o amanhecer parindo o dia, quero fazer amor com você flutuando nas estrelas. Muitas delas se acenderão, num brilho que será intenso como uma supernova, com calor


da nossa paixão. Depois seguiremos além numa viagem sem fim por caminhos benditos, voando nas asas do nosso unicórnio alado. Caminhos benditos de carícias e ternura, de êxtases inesquecíveis, de madrugadas encantadas, quando nossos abraços, e nossos beijos, desenham nossas pegadas que ficarão tatuadas na eternidade.

FALSO NEON Não me corrompa com as falsas preces de pecados e inferno. Eu ainda prefiro um lobo solitário uivando ao luar nas noites de inverno. Não me corrompa com os falsos brilhos das luzes de neon. Eu ainda prefiro todo o encantamento das noites quentes estreladas de verão.


Não me corrompa com as falsas hipocrisias ou monólogos das bananas. Eu ainda prefiro respeitar o macaco com a minha essência humana.

SONETO PARA A MAMÃE E eu já me sentia tão querida com teu cantar me querendo, quando estava na tua barriga ouvindo teu coração batendo. Agora apesar dos meus dentinhos ainda sou um pedacinho de gente, nem preciso entrar num pacotinho pra dizer que eu sou teu presente. Ainda não falo, mas nem é preciso, eu digo que te amo com meu sorriso, faço mamãe chorar e sorrir de alegria. Ainda não falo, mas sei usar os braços, eu digo que te amo com meus abraços, e sou o presente que ilumina teus dias.

AMNÉSIA Pensei que meu esquecimento fosse coisa de momento, e comecei tomando Fosfosol.


Agora, estou achando que já é amnésia, e estou precisando de algum remédio tarja preta, com sabor e gosto de você. Porque pode ser de noite ou de dia, dormindo ou acordado, de pé ou sentado, ando me esquecendo de te esquecer...


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