Jornal Opinião 14 de dezembro de 2012

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ESPECIAL

JORNAL OPINIÃO n 14 de dezembro de 2012

ENCANTADO

Jovem é assassinado enquanto trabalhava Um homicídio chocou a população encantadense no final da tarde de ontem (13). Deo Agnoletto de Couto, 22 anos, foi assassinato enquanto trabalhava como servente de pedreiro na construção de um prédio na rua Eduardo Satler. Deo foi morto com disparos de arma de fogo, quatro tiros atingiram o jovem que residia com a mãe no bairro Navegantes. Os bandidos fugiram em um táxi, e até a noite de ontem (13)/fechamento desta edição, não haviam sido capturados pelos policiais.

REPORTAGEM: HENRIQUE PEDERSINI Corrida de Táxi Por volta das 16h de ontem, a dupla de bandidos foi até a residência de Talis Mazzarino. Um deles foi até a porta da casa, enquanto outro ficou na frente da casa. O homem solicitou ao taxista de 74 anos que fizesse uma “corrida”. Mazzarino entrou no carro táxi GM Cobalt acompanhado dos passageiros. O destino seria inicialmente o bairro Navegantes.

Sequestro Em uma das ruas nas proximidades do bairro Navegantes, um dos passageiros pediu ao taxista onde se encontraria um lugar que tivesse bastante mato. Foi nesse momento que Mazzarino se apercebeu do que se tratava. “Em certa altura, perto do Rio Taquari, no bairro Navegantes, eles me pediram onde tinha mato. Eu disse que se fosse mais adiante com o veículo, não conseguiria mais voltar. Foi quando um deles me mostrou uma arma e pediu para que eu saísse do banco do motorista e fosse para o lado”, descreveu o taxista. Um dos passageiros assumiu o volante e começou a desfilar pela cidade, visivelmente nervoso. “Na minha casa, eles não tinham demonstrado nervosismo, apenas quando um deles assumiu o volante e não encontrou o lugar que estava procurando. Aí eles começaram a se desesperar. Eu indiquei as proximidades do Fontana S.A, no bairro Santa Clara, e eles foram até lá pelo caminho que eu sugeri”, relatou. Mazzarino foi agredido apenas uma vez, com um tapa no rosto. Na sequência, ele foi amarrado, amorda-

çado e colocado no portamalas do veículo. “Em certo momento, nas proximidades do Fontana, eles me jogaram no porta-malas, junto com uns acessórios para levantar caixão, que acabou virando o meu travesseiro. A partir daí eu só ouvia o barulho das motos e sentia que o carro estava em movimento”, disse.

Execução Mazzarino conta que teve um momento em que sentiu um barulho, como se o carro tivesse batido. Foi nesse momento que um dos bandidos desceu do carro e efetuou os disparos contra Deo Agnoletto de Couto, popularmente conhecido como “Gordo”. Um dos tiros atingiu o pescoço da vítima, outros dois as costas e um acabou pegando no braço. Houve correria e gritaria de pessoas. Os colegas de trabalho de Deo nem tiveram tempo de socorrer o amigo. “Eu estava em cima de um andaime, quando ouvi os disparos, nem deu tempo de ver nada, o carro acabou saindo em alta velocidade”, contou um dos companheiros de Deo. O SAMU prestou o socorro a vítima, enquanto a Brigada Militar iniciou perseguição ao Táxi. Ele foi levado imediatamente para o Hospital Santa Terezinha em Encantado, onde, segundo informações, já teria chegado sem vida, em razão dos disparos. Cerca de 30 familiares e amigos estavam esperando notícias na portaria da Casa de Saúde, quando um integrante da Brigada Militar repassou a informação de que havia se confirmado o óbito. Amigos e familiares não esconderam o choro ao receberem a notícia da morte.

Rejane Bicca

Talis Mazzarino sofreu ferimentos leves

Arquivo pessoal

Deo tinha 22 anos

Familiares ficaram sabendo da morte de Deo no Hospital de Encantado

Henrique Pedersini


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