Salmo 119 o alfabeto de ouro charles haddon spurgeon

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( w . 169-176)

Que meu clamor, ó Senhor, chegue diante de ti; dá-me entendimento segundo tua palavra. Que minha súplica chegue diante de ti; livra-me segundo tua palavra. Meus lábios proclamarão louvores, quando me tiveres ensinado teus estatutos. Minha língua falará de tua palavra; porque todos teus mandamentos são justiça. Que tua mão me socorra; porque tenho escolhido teus preceitos. Tenho suspirado, ó Senhor, por tua salvação; e tua lei é meu deleite. Que minha alma viva, e ela te louvará; e que teus juízos me ajudem. Tenho me desviado como uma ovelha perdida; busca teu servo, porque não me esqueço de teus man­ damentos. O salmista está agora na última seção do Salmo, e suas peti­ ções ganham ainda mais vigor e mais fervor; é como se tivesse rompido o círculo íntimo da comunhão divina e se precipitado aos pés do grande Deus cujo auxílio se põe a implorar. Essa proximi­ dade gera a mais abjeta visão de si próprio e o leva a concluir o Salmo, prostrando-se no pó, na mais profunda humilhação pesso­ al, rogando que fosse buscado, à semelhança de uma ovelha perdida. [v. 169]

Que meu clamor, ó Senhor, chegue diante de ti; dá-me compreensão segundo tua palavra. Que meu clamor, ó Senhor, chegue diante de ti. Ele está tre­ mendamente temeroso de não ser ouvido. Está cônscio de que sua oração em nada é melhor que o ‘clamor’ de um pobre filho, ou o gemido de um animal ferido. Ele teme não fazer-se ouvir pelo Al­ tíssimo; porém com muita ousadia ora para que possa chegar-se diante de Deus, para que seja por ele ouvido, estar sob sua obser­ vação e contemplado por sua aceitação. Aliás, ele avança mais e • 222 •


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