Seleção de poemas: Jorge Luis Borges
De ontem pra hoje escolhi esses 10 poemas do Borges para ler, transcrever e publicar no Issuu, seguindo meu projeto de colocar textos legais e caprichados nessa plataforma. Meu amigo Gilberto Caldat teve a pronta intuição de que o Borges poeta é incrivelmente prosaico, enquanto o prosaico é muito mais poético. Concordei de cara. Ou seja, são poemas de leitura fácil. (Os títulos dos poemas começam sempre com minúsculas.) Comentando-os aleatoriamente, entre os 10, o primeiro, “o ingênuo”, foi o que mais gostei. Que exatidão de imagens e leveza...! Coloquei também o curioso “a fama” em que o escritor fala de si mesmo. “invocação a joyce” é o que conheço há mais tempo e quem me conhece sabe o quanto gosto dos dois escritores. “duas formas da insônia” recomendo a todos a leitura, mas especialmente a quem sofre de problemas com o sono, é claro. Os poemas “tu” e “a prova” dão as famosas chacoalhadas metafísicas borgeanas no apego à individualidade. O poema “o inquisidor” fala do ponto de vista de um inquisidor (ou verdugo, em palavra menos conhecida), lindamente. “eu nem mesmo sou pó” fala do ponto de vista da pessoa “civil” por trás de Dom Quixote, Alonso Quijano. “a meu pai”: o título diz tudo, e é lindo demais. “correr ou ser” traz uma linda divagação metafísica típica de Borges, mas com uma clareza e leveza bastante, vamos dizer, pedagógicas. A edição que tenho é o “poesia” da Cia das Letras, com tradução da Josely Vianna Baptista. Meu critério foi selecionar a leitura primeiro pelo título do poema, segundo uma ideia de clareza ou apelo pra divulgar na internet, no que selecionei um pouco mais que o dobro de poemas, para a partir daí chegar aos 10. Peço desculpas caso haja algum erro de espaçamento, vírgula ou mesmo troca de palavras, o que para alguns leitores de poesia e poetas é um crime, sobretudo nesse gênero. Pra mim também, e por isso vou fazer mais revisões nos próximos dias. Recomendo muito esse exercício, pra quem estuda literatura ou simplesmente lê e gosta. Nossa visão dos poemas muda quando nos tornamos seus editores e divulgadores. A quantidade de sites da internet que não estão nem aí pra um rigor de cópias (ou mínimo bom gosto para templates de blog) é absurda. Boa leitura! Diogo Araujo