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As obras mais icónicas de vhills

1.Compact Life - Lisboa, Portugal, 2006

A história de Alexandre Farto começa na rua aos 13 anos, contudo rapidamente passou para um espaço museologico quando aos 17 anos teve a sua primeira exposição com a galeria de arte Vera Cortês. Com a ideia de criar um negócio de agenciamento de artistas, principalmente jovens em ascensão surgiu em 2003, Vera Cortês Art Agency. O conceito correu bem o suficiente para apostar na abertura de uma galeria própria, em 2006. Com um grande optimismo Vera Cortês, nesta época de grande furor criativo acompanhou artistas – muitos deles na altura pouco conhecidos, como Alexandre Farto (Vhils), e Daniel Blaufuks, com foco na internacionalização da galeria. Vhils e a galerista Vera Cortês conheceram-se em 2004. Alexandre Farto afirmou: “Apostar num artista tão novo “foi um risco”. Na altura, Vhils estava à procura de uma galeria que “respeitasse o meu trabalho. Não queria estar a fazer telas”, recorda. Vera Cortês deu-lhe a oportunidade, em 2005, de fazer uma exposição pequena, arrancando com uma parceria que dura até hoje.

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2.Scratching the Surface

Um dos conceitos fundamentais da obra de Vhils reside no ato de destruição enquanto força criativa, um conceito que trouxe do graffiti – um processo de trabalho através da remoção, decomposição ou destruição ligado à sobreposição de camadas históricas e culturais que nos compõem. Em 2008 participou no Cans Festival, em Londres, onde a sua inovadora técnica de escavação – que forma a base da série “Scratching the Surface” – foi exposta a um público internacional pela primeira vez, tendo sido aclamada pela crítica. Vhils afirmou: “Acredito que, de forma simbólica, se removermos algumas destas camadas, deixando outras expostas, podemos trazer ao de cima algo daquilo que deixámos para trás”.

Usa explosivos e martelos pneumáticos para esculpir e dar textura, técnica que tem vindo a desenvolver. Mas não só, também usa lixívia, produtos de limpeza, ácidos corrosivos e café juntamente com os tradicionais

Calçada (Portrait of Amália Rodrigues), 2015 Vhils ficou conhecido pelos rostos de desconhecidos mas também de figuras importantes para a história de Portugal. Exemplo disso, é a encomenda pública, uma peça única criada em calçada portuguesa que presta homenagem à falecida diva do Fado Amália Rodrigues (1920-1999). Localizada no centro da cidade de Lisboa, a peça intitulada “Calçada” é uma colaboração com a equipa de pavimentos da Câmara Municipal. Evocando o Fado – o género musical urbano português por excelência – e a cidade de Lisboa que Amália tão bem cantou, é também uma homenagem aos próprios pavilhões enquanto artistas urbanos mais antigos da cidade responsáveis pelo desenvolvimento de uma arte decorativa singular que se tornou A identidade

4.Portugal, Retrocesso ao Futuro, 2016

“Portugal, Retrocesso ao Futuro”, uma extensa instalação multidisciplinar de Vhils e MaisMenos, aproveita a decadência poética das antigas instalações de uma serralharia no centro de Viseu para tecer uma reflexão marcante que parte da realidade de um resgate pós-financeiro de Portugal para refletir sobre a sua condição de refém das instituições internacionais e perda de autogoverno, sobre a incerteza que envolve o seu futuro, mas também sobre a sua relação com a Europa e o próprio futuro desta em um momento em que pressões internas conflitantes parecem tê-lo levado à beira do abismo, revivendo tensões históricas que se pensavam resolvidas e enterradas no conforto de um modelo abrangente e harmonioso. Uma reflexão que ganha atualidade na realidade pós-referendo britânico, que também explora temas como o ressurgimento do populismo, da divisão norte-sul, da xenofobia e da demagogia, da relativização das conquistas do modelo europeu que, apesar de tudo, de suas falhas, precisa ser reformado por dentro. Uma reflexão, em suma, sobre as possibilidades de futuro de Portugal e da Europa num momento histórico crítico.

5.Rupture

Vhils apresentou os seus trabalho em mais de 40 países em exposições individuais e coletivas, intervenções de arte site-specific e projetos em vários contextos –desde trabalhar com comunidades em Lisboa, Rio de Janeiro e Xangai até colaborações com instituições de arte como o Centre Pompidou (Paris ), Barbican Centre (Londres), CAFA Art Museum (Pequim), MAAT (Lisboa), Palais de Tokyo (Paris), Le Centquatre-Paris, (Paris), Victoria & Albert Museum (Londres), entre outros. Um ávido experimentalista, Vhils vem desenvolvendo sua estética pessoal numa pluralidade de meios, além da sua técnica de escultura: da pintura em estêncil à gravura em metal, de explosões pirotécnicas e vídeo a instalações escultóricas. Também dirigiu vários videoclipes, curtas-metragens e duas produções teatrais. Vhils esta presente analogicamente mas também no virtual, com alguns NFTs. O primeiro consistiu num vídeo que capturava o momento exato em que os explosivos que o artista português usa no seu trabalho – destruíam em forma de criação. O vídeo foi filmado através de slow motion avançado, incluindo 2000 frames por segundo, o que oferece uma experiência e perspetiva única sobre o processo de criação único de Alexandre Farto. “Rupture” faz parte da METAVERSE: A CRYPTO ART EXPERIENCE IN 3 METAVERSES, uma ação da BEYOND THE STREETS que visou promover a comunidade artística no blockchain através de exposições, lançamentos de peças, colaborações exclusivas de artistas e conversas no ClubHouse e YouTube. Vhils tem vindo a usar de tudo, desde bisturís e cinzéis a brocas, britadeiras e até explosivos para destruir paredes em ruínas, revelando rostos realistas de moradores locais e muitas vezes marginalizados. Agora o artista passou esta mensagem para os NTFS, sendo a primeira experiência em Portugal com estes criptoativos.

todos os conteudos deste livro são da autoria de Vhills.

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