Cesario Verde



CuRI SOBRE
INDICE I BIOGRAFIA: IMAG

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2 CoNT TUALIZACAO LI

BIOGRAFIA
José Joaquim Cesário Verde Nasceu no dia 25 de fevereiro de 1855 e morreu no dia 19 de julho de 1886.
Foi um poeta português do século XIX. A sua obra, embora praticamente ignorada durante a sua vida e ainda hoje pouco conhecida fora das fronteiras do país, é geralmente considerada uma das mais importantes da poesia portuguesa e amplamente ensinada nas escolas.

"Amimoquerod e iaEoque mepreocupa"PAH !
José Joaquim Cesário Verde nasceu em plena Baixa Lisboeta, a 25 de fevereiro de 1855, dia litúrgico de São Cesário, sendo óbvia a responsabilidade do Santo no nome do menino. Os seus pais, José Anastácio Verde e Maria da Piedade dos Santos, eram um casal ligado ao comércio retalhista de ferragens. O casal tinha uma loja na Rua dos Fanqueiros. O ulterior «poeta negociante» era o primeiro filho do casal. O menino José Joaquim fora talhado, de acordo com a tradição e os contextos familiares, para se dedicar ao comércio na loja paterna, o que, a seu tempo, viria a acontecer. A família Verde veria a sua fortuna pela herança da quinta de Linda-a-Pastora, que pertencera ao tio de José Anastácio. Assim, a Cesário Verde se lhe abriram os caminhos do comércio das ferragens e da exploração agrícola da quinta familiar. E nesse sentido foram orientados os projetos familiares e, naturalmente, a educação do pequeno Cesário. Aprendeu línguas estrangeiras, o inglês e o francês, e rudimentos de comércio nos colégios que em Lisboa ia havendo. Aos 17 anos inicia pontualmente a sua carreira na loja paterna. Decerto com um horário apertado: o pai-patrão era homem de costumes e princípios severos. E de então até ao fim da sua vida breve, morreria com 31 anos, Cesário não foi profissional senão do comércio.
Quanto à poesia… seria essa a sua fundamental e mais ou menos vocação oculta. Cesário fez a sua outra edu-
cação, em termos políticos, culturais e literários. Republicano, agnóstico e discípulo da «livre escola de Coimbra», Cesário procurou assumir-se mediante a expressão poética, a qual, devido aos cuidados de amigos, logo principiou a tornar-se pública, em Lisboa e no Porto. Na capital, Eduardo Coelho, antigo caixeiro na loja da família Verde e agora diretor do Diário de Notícias, revela em novembro de 1973, três poesias de Cesário Verde. E para não lhe ficar atrás o «amigo para a vida e para a morte» não se demora a expedir para o portuense Diário da Tarde mais poemas de Cesário. Depois em 1874, ano de juvenil facúndia poética, Cesário dá a público 15 composições, a maior parte publicadas em periódicos portuense. Esse batismo lustral de provocação poética assumiu aspetos de escândalo público.
O que pessoalmente, decerto, o magoou e lhe provocou problemas de ordem familiar e profissional.
A partir desse breve e agitado período,
Cesário, ao entrar no juízo dos 20 anos, procuraria antes revistas e jornais de pouca circulação, por onde ia dando a lume poesias tais como: Deslumbramentos, Humor-

ismos de Amor ou Ironias do Desgosto. Uma forma hábil de, a um mesmo tempo, prosseguir a sua busca estética mas sem escândalos nem arrelias familiares e pessoais. À medida que as palavras se lhe iluminavam de sentido e se lhe cristalizavam os versos, Cesário Verde deseja e procura o silêncio e até mesmo o anonimato. Cadências Tristes, no dobrar de 1874, e Noitada, de 1879, são publicadas sob pseudónimo. Margarida e Cláudio, respetivamente. E isto não aconteceu por acaso, mas por intrínseca necessidade de, em sossego, prosseguir uma busca essencial à sua própria vida, mais profunda. E se tenta reincidir em publicar poesia no seu próprio nome, como aconteceu em 1878 com Num bairro moderno, o facto é logo objeto de críticas contundentes e humilhantes.
Mas o melhor ainda estava por vir. Em 1879, Cesário Verde vê-se obrigado a desafiar para um ajuste pelas armas a criatura que
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se ocultava pelo pseudónimo de Juvenal Pigmeu e um outro jornalista qualquer. Ora imagine-se que Juvenal Pigmeu era nem mais nem menos que Angelina Vidal, a pedagoga, a denotada lutadora pela emancipação das gentes humildes e humilhadas, a sua correligionária. Depois deste episódio, Cesário sentiu-se não só extremamente infeliz como vagamente ridículo.Foge uma vez mais de Lisboa para publicar no Porto, em 1880, O Sentimento de um Ocidental , a sua obra prima. Claro, o poe ma passou completamente despercebido.«Uma poesia minha recentemente publicada numa folha bem impressa, comemorativa de Camões, não obteve um olhar, um sor-
"Nos nao vivemos so de coisas belas Nem tudo corre como num romance"
riso, um desdém, uma observação.»Pouco depois, lançase à composição de Nós, a sua últimagrande poesia. Publicá-la-ia em dezembro de 1884, com 29 anos, e não são conhecidas quaisquer reações públicas que se traduzissem pela consagração do poeta, cujo ciclo vital se encaminhava rapidamente para o ocaso.
A partir de 1877 Cesário Verde começa a queix-
enorme» que lhe devorara uma irmã com 19 anos e um irmão com 24. Esse «cancro» tinha agora Cesário na sua mira. Mesmo no seu período dionisíaco a morte era já em Cesário a vera efígie das coisas:
«Eu passo tão calado como a morte nesta velha cidade tão sombria. Chorando aflitamente a minha sorte e
prelibando o cálix da agonia»

Depois, em 1875 im põe-se-lhe: «O sossegado espetro angélico da Morte!» A tuberculose, que lhe ceifara os irmãos, instalara-se também nos pulmões do poeta

"
" Nao me sinto bem em parte nenhuma e ando cheio de ansiedade de coisas que nao posso nem sei realizar.
comerciante que em 1883 fizera a sua única viagem ao estrangeiro, mais precisamente a Paris e a Bordéus, para tratar da exportação de vinhos portugueses.
Em maio de 1886, o médico Sousa Martins informava Silva Pinto que «o poeta Cesário Verde estava irremediavelmente perdido». A pedido de Cesário «o amigo para a vida e para a morte» fora conversar com
o grande médico. E levava um recado extremamente subtil. «O Dr. Sousa Martins perguntou-me qual era a minha ocupação habitual. Eu respondi-lhe naturalmente: empregado de comércio. Depois ele referiu-se à minha vida trabalhosa, que me distraía. Ora meu querido amigo o que te peço é que conversando com o Dr. Sousa Martins lhe dês a perceber que eu não sou o Sr. Verde, empregado de comércio.
Cerca de dois meses depois, a 19 de julho,pelas cinco horas da manhã, com 31 anos, CesárioVerde morre. As suas últimas palavras, recolhidas pelo único irmão sobrevivo, Jorge, foram pouco exemplares: «Não quero nada. Deixa-me dormir.»
Eu não posso bem explicar-te, mas a tua amizade compreende os meus escrúpulos. Sim?»
Claro que Silva Pinto compreendera perfeitamente, e a seu modo, o recado. Talvez Cesário desejasse ter dito: «Eu não sou o Sr. Verde, empregado de comércio; sou um poeta a debater-se com a morte, a qual, como objeto em si, cantei nos meus versos; agora porém ela é a agente e transporta-me nos seus braços para o abismo.»
VTrabalhosde portugues,
"Despertam-me umdesejo absurdode sofrer"MEU!!



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CoNTEXTuALIZAcAO LitERaRiA
I IDo ponto de vista político-social, a época em que Cesário Verde viveu, a segunda metade do século XIX, é marcada por vários acontecimen- tos: rápido aumento popu- lacional das cidades provocado pelo êxodo rural; bipolarização do país visível no contraste entre o desenvolvimento das cidades e o atraso do campo; nascimento do proletariado urbano, com operários da indústria, da construção civil (o mais importante e numeroso setor obreiro), dos transportes, calafates, tanoeiros. falta de organismos de proteção social, quer a nível da saúde (a tuberculose atinge vastas camadas da população), quer a nível das situações de desemprego; contraste acentuado entre ricos e pobres, entre governantes e governados; desenvolvimento contra-
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"EDAo-tEUmtrabalhodePortugUes agoraestristeesOcomoumcipreste,Ecomoacampajazesfriaemuda."
Vditório e desumanizado da cidade (os candeeiros a gás e a eletricidade, a água canalizada a par das ruas de terra batida, malcheirosas e escuras, a falta de higiene e uma precária saúde pública); fomento agrícola; expansão do setor terciário, pelo desenvolvimento industrial e comercial; facilitação na comercialização dos produtos; crescente desenvolvimento dos transportes e vias de comunicação; aumento do consumo, do luxo e das classes trabalhadoras; aparecimento dos bairros burgueses e dos subúrbios populares; nascimento e propagação da causa republicana e dos movimentos operários de inspiração socialista, consequência do clima de descontentamento político-social que dominava o país; despertar do anticlericalismo. […] o tempo histórico de Cesário Verde é o momento privilegiado de vivência coletiva de tensões sociais, fruto de conflitos mais ou menos patentes, como o que opõe a modernização da indústria a um persistente conservadorismo económico; o que confronta modos de vida urbanos e cosmopolitas com modos de vida rurais e provincianos; e de um modo geral, tudo o que estabelece o contraste entre o que é artificial com o que é natural.
Campos, mas para lá se caminha, porque a sociedade vai mudando e, com essa mudança, o sujeito interroga-se sobre o seu lugar e dimensão nessa sociedade. Essas interrogações passam não raro pela via de diferentes (por vezes antagóni-
cas) questionações ideológicas. O tempo de Cesário é o tempo em que começam a multiplicar-se os “ismos” que no fim do século […] hão de cruzar-se de forma quase patética. As grandes orientações que atravessam a Geração de 70 – positivismo, socialismo proudhoniano –, orientações nem sempre convergentes ou harmoniosamente congraçadas, tentam ser a alternativa para a apatia ideológi- co-social em que estagnará a Regeneração fontista, ao que hão de suceder-se propostas tradicionalistas como o neogarrettismo; tudo isto a par da crescente divulgação do ideário republicano, por vezes aproveitando habilmente eventos como o tricentenário de Camões (em 1880) ou, já depois da morte de Cesário, o Ultimato. Carlos Reis, “Cesário Verde: Realismo e criação poética”

fábrica”, como dirá Álvaro de
Curiosidades sobre o autor
"Eu FaLO INglES E FraNCeS MEu PuTO"


"FoGOPa!eU MOrRi A S 30 Anos" I

"Eu escrEvi 37 PoeMAs,BRO!"
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IIMAGENS

Afrontam-me, no resto, as íngremes subidas,
as costureiras, as floristas Descem dos magasins, causam-me sobressaltos


E saio. A noite pesa, esmaga.


E de uma padaria exala-se, inda quente, Um cheiro salutar e honesto a pão no forno.
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E as frotas dos avós, e os nómadas ardentes,

MemORia descritiva I
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Para esta imagem escolhi tirar uma foto do rio tejo perto do cais do sodré, pois o sujeito poético refere-se ao rio neste verso, e eu quero mostrar a sua beleza.
Nesta primeira parte do poema, eu sinto, me sempre perto do mar, e do rio tejo por isso escolhi tirar as fotos perto do rio ou até mesmo no rio.
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Nesteverso pus a foto da florista do Time-Out porque os preços dela assustadoressão
Para esteverso pus um elétrico pois o poema faz me sentir mesmo no meio da cidade, e não existe nada mais tradicional que um elétrico
Para este verso fotografei o rio a partir do barco do meu pai, este verso chamou-me a atenção porque durante 3 anos fiz vela.
Neste verso tirei foto da lua para mostrar que começa a anoite- cer no poema, como vemos na página a seguir onde o poeta evoca cada vez mais a escuridão
Para este verso fotografei a rua de minha casa, pois esta é de facto uma Íngremesúbida.
Para este verso usei uma foto que tirei com os meus amigos á noite, a foto está desfocada para tentar capturar o sentimento da noite que pesa
Neste verso tirei foto da padaria portuguesa, pois sempre que passo perto duma sinto o cheiro do pão quente como Cesário Verde diz.
Para esteverso pus o Cle a estrangular-me porque ele me assustou e nunca vi um caleche na minha vida então não tinha como tirar fotodeum:)
Para este verso tirei uma foto da maior descida que conheço. a de minha casa, todos os dias desço esta rua de skate
Nesteversoutilizeiuma fotodoBlakeedoseu namorado,porqueeles sãounstristesbebedores. Estafotofoitiradana festadeanosdoCle.
Neste verso usei uma foto que tirei no concerto dos coldplay porque no dia aseguir era o intarturmas e trabalhei até as 8 da noite com 2 horas de sono.
Para esteverso pus uma foto que tirei com os meus avós e a minha irmã na festa dela para mostrar uma família que é a forma como cesáriovê dos portugueses
Para este verso ustilizei a minha cadela, Pixie.



"Incrivel! Ja fumei tres macos de cigarros Consecutivamente."