Jornal Em Foco – Abril/ 2021 – Edição 151 – Ano XV

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EM Ano XV | Edição 151

FOCO DIOCESE DE PIRACICABA

ABRIL DE 2021

Dom Devair ordenará novos diáconos

P.03 SAV

Dom Devair Araújo da Fonseca celebra sua primeira Semana Santa à frente da Diocese de Piracicaba P.06 e P.07

Tríduo acontece em preparação aos 70 anos do Carmelo em Piracicaba P.09 PAULO GOMES

PAULO GOMES

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EDITORIAL

PALAVRA DO BISPO

Uma Igreja em movimento

Cristo ressuscitou! Aleluia! FELIPE BARRETO

Estamos acompanhando o fenômeno que se chama “mudança”. Sim, mudamos a todo o momento, as roupas, a direção... mudamos até de opinião. O que não muda é o fundamento de nossas ações cristãs, ou seja, nosso fundamento é o único Mestre e Senhor, Jesus Cristo. Movidos pelo Espírito Santo, vamos sempre viver em constante mudança, porque “o Espírito sopra onde quer” (cfr. Jo 3,8), e quem não nasce de novo (cf. Jo 3,3), ou melhor, quem não muda, acaba ficando para trás. As mudanças que acontecem no cotidiano de nossas vidas e de nossas paróquias são de extrema importância, principalmente num contexto no qual muitos dizem que “perdemos um ano”; na realidade, não é bem assim, pois só o perdeu quem deixou de se atualizar e conduzir pelo Espírito, que não deixou e nem deixa de continuar a soprar. É preciso ter um coração aberto para acolher o novo, que vem, que chega, e sem mandar nenhum aviso prévio. Nós também estamos em mudanças, na linguagem, nas imagens e no conteúdo; a essência, porém, será sempre a mesma: comunicar com caridade e na fraternidade diocesana. ARQUIVO/ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

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alegria e a tristeza fazem parte do cotidiano da vida. Não podemos controlar todos os acontecimentos e muitas vezes sofremos as consequências de situações inesperadas. O tempo de pandemia é umas dessas situações que fogem ao nosso controle, trazendo consequências de sofrimento e angústia para todos nós. Tudo o que está acontecendo vai além da imaginação, mas a páscoa chegou. Pelo segundo ano consecutivo celebramos a páscoa com nossas igrejas vazias, sem presença do povo, sem a alegria dos cantos e sem o brilho das velas acesas pelo fogo novo. Pelo segundo ano, as restrições e as medidas sanitárias deixaram as pessoas isoladas e as famílias separadas. Também não está sendo um bom tempo para a indústria e nem para o comércio, há muitos desempregados. Com tudo isso, o mais trágico é a perda de tantas vidas, de tantas histórias, de tantos anciãos e jovens, de pais e mães. Em meio a toda essa tristeza, chegou a páscoa. O tempo da páscoa é momento de alegria, de celebrar a vida plena que vem pela fé na ressurreição. Cristo é nossa páscoa, Ele é o caminho a verdade e a vida, todo

aquele que n’Ele crer não será decepcionado. Nesse momento se misturam a nossa tristeza e a nossa alegria. De uma parte pesam as dores da pandemia, de outra, nos sustentam a fé e a esperança. Na mesma celebração é possível encontrar uma palavra de consolo e um canto de alegria e vitória. A celebração da páscoa reanima a fé, impulsionando a continuidade da vida. Na cruz, Jesus, o Filho de Deus, abriu seus braços e de seu lado perfurado pela lança, escorreu sangue e água, sinais da nova e eterna aliança. Na sua morte, a morte foi vencida, mas no seu caminho, o Filho de Deus encontrou alguém que o ajudou a carregar a cruz. Simão de Cirene foi auxílio no caminho para o Calvário. Nesse tempo marcado pela tristeza, quem está alegre, ajude a consolar os tristes, quem está de pé, ofereça ajuda a quem está caído ou desanimado. Vamos celebrar a Páscoa ajudando a enxugar as lágrimas, a curar as feridas e espalhando a esperança. Cristo ressuscitou. Aleluia, aleluia. Dom Devair Araújo da Fonseca Bispo de Piracicaba

Bispo diocesano: Dom Devair Araújo da Fonseca Coordenador Diocesano de Pastoral: Pe. Kleber Fernandes Danelon Diretor de Comunicação: Pe. Anselmo Cardoso Martiniano (MTb 0088747/SP) Conselho Editorial: Pe. Anselmo Cardoso Martiniano, pe. Kleber Fernandes Danelon, pe. Marcelo Sales, Edison Carone, Sonia Maria Bernardino Benato e Paula Elisa Vaz Rissatto Françóia. Redatores: Pe. Anselmo Cardoso Martiniano e Paula Elisa Vaz Rissatto Françóia. Revisora: Sonia Maria Bernardino Benato Projeto Gráfico/ Diagramação: Skanner Projetos Gráficos Administração e Redação: Av. Independência, 1.146 - Bairro Alto PIRACICABA - SP – Cep: 13.419-155 - Fone: (19) 2106.7556 www.diocesedepiracicaba.org.br - emfoco@diocesedepiracicaba.org.br comunicacao@diocesedepiracicaba.org.br Circulação On-line Publicação oficial da Diocese de Piracicaba

No meio das contradições e incompreensões que temos de enfrentar todos os dias, esmagados e até atordoados por tantas palavras e conexões, esconde-se a voz do Ressuscitado que nos diz: A paz seja convosco!”

Os artigos são de inteira responsabilidade de seus autores. Permitida sua reprodução desde que se mencione a fonte.

(Twitter 13 de abril de 2021)


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ORDENAÇÕES

Dom Devair ordenará novos diáconos Celebrações serão transmitidas pela Internet

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ela imposição das mãos do bispo diocesano Dom Devair Araújo da Fonseca, o seminarista Aramis Bastos da Silva, 34 anos, será ordenado diácono no dia 25 de abril, às 15h, durante missa solene na Igreja Matriz da Paróquia São Francisco de Assis, em Rio Claro. Já no domingo, 2 de maio, também às 15h, o seminarista Henrique Dionisio Assi, 29 anos, receberá o sacramento da Ordem no grau do diaconado. A Celebração Eucarística será na Igreja Matriz da Paróquia São João Batista, em Santa Bárbara d’Oeste. Devido à pandemia da Covid-19, as missas terão presença restrita de fiéis e a transmissão ao vivo, através do YouTube no canal da TV ORAÇÃO. Aramis escolheu como lema para sua ordenação diaconal “Pela caridade, colocai-vos a serviço uns dos outros” (Gl 5,13). Segundo ele, o diácono é aquele que serve e, por isso, se identificou com esse versículo: “eu gosto de ajudar, de servir e espero poder ajudar mais como diácono”, afirma Aramis.

Devido à pandemia da Covid-19, as missas terão presença restrita de fiéis e a transmissão ao vivo, através do YouTube no canal da TV ORAÇÃO Inspirado no Evangelho de Marcos, o seminarista Henrique escolheu como lema “Dai-lhes vós mesmos de comer” (Mc 6,37). Ele explica que o trecho faz parte da narrativa da multiplicação dos pães e contém o pedido que Jesus faz aos discípulos de oferecer o alimento à multidão faminta e também o pedido de oferecerem eles mesmos àqueles que precisam. “Tomo este duplo mandato de Jesus, de servir o alimento espiritual e material aos irmãos e de oferecer a própria vida em serviço ao próximo, sob a forma de amor/doação aos irmãos, como inspiração para minha caminhada vocacional e para o meu futuro ministério diaconal”, declara Henrique. Após a ordenação diaconal, Aramis atuará na Paróquia São João Batista, em Capivari e Henrique será diácono na Paróquia São José, em Piracicaba. VOCAÇÃO - Aramis Bastos da Silva é natural da cidade de Bandeirantes (PR), mas desde os 2 anos mora em Rio Claro. Nasceu no dia 8 de outubro de 1986, filho de Ademário e Isabel, tendo como irmãos Fábio e Sabrina. Nascido em berço católico, desde

Aramis e Henrique serão ordenados diáconos

pequeno já participava das missas com seus pais. Em 2007, participou dos encontros vocacionais na diocese e, no ano seguinte, ingressou no Seminário Propedêutico “Imaculada Conceição”. No final de 2009, já residindo no Seminário Filosófico “São João XXIII” em Campinas e tendo terminado o 1º ano de Filosofia na PUC Campinas, decidiu deixar o processo de formação, retornando ao seminário em 2014. No período que ficou afastado da caminhada vocacional, continuou a participação na Igreja, na Paróquia São Francisco de Assis, em Rio Claro. Para Aramis, o desejo de ser padre já existia em seu coração, quando ainda era adolescente. Ele conta que, certa vez, vendo um padre falando de Deus para as pessoas que estavam na missa e entregando a hóstia (naquela época nem sabia o que era), percebia que as pessoas ficavam felizes. Disse para si mesmo: “quero ser igual àquele padre”. “Hoje, eu sei que Deus usou desse momento para me chamar. É claro que só fui tendo essa clareza, conforme fui crescendo na espiritualidade”, esclarece Aramis. Nascido em Santa Bárbara d’Oeste, no dia 2 de maio de 1991, Henrique Dionisio Assi é o primeiro dos

três filhos de José Carlos Assi e Rosana Dionisio Assi (já falecida). São seus irmãos: Caroline Dionisio Assi (24 anos) e Vinícius Dionisio Assi (22 anos). Iniciou sua caminhada vocacional na adolescência, após receber o sacramento da Crisma na Paróquia São João Batista, quando começou o engajamento nos trabalhos pastorais da comunidade. Embora não pensasse em ser padre - na época, inclusive, cursava faculdade de Análise de Sistemas na Fatec de Americana - o padre Luís Carlos de Siqueira Martins que, na ocasião, era seminarista e fazia estágio pastoral na paróquia, percebeu sinais de vocação em Henrique e o convidou para fazer os encontros vocacionais. Foi no mês de setembro de 2011 que Henrique começou a participar das reuniões. No ano seguinte fez todo o ciclo dos encontros vocacionais e concluiu a faculdade. À medida que participava, passou a não se identificar mais com a profissão que havia escolhido e sim com a proposta do seguimento a Cristo Bom Pastor, por meio do ministério ordenado. Henrique lembra que durante o período de discernimento, antes do ingresso no seminário, pôde contar com o pároco da época, padre Paulo Haenraets,

OPraem., que o auxiliou na tomada de decisão. “Na minha caminhada ele se tornou um grande testemunho de presbítero que se coloca a serviço de Deus, por meio do serviço ao outro”, enfatiza Henrique. Também faz questão de agradecer pelo testemunho do próprio padre Luís Carlos, que observou os sinais de vocação e pela oportunidade de fazer estágio pastoral com ele, bem como os formadores e demais padres das paróquias em que fez pastoral. EXPECTATIVA – Para Aramis, apesar de ter certo receio de não agradar a Deus em seu ministério, como ser humano limitado que é, sabe que a graça de Deus é o bastante. “Eu confio n’Ele, sei que Deus me capacitará. Em suma, estou muito feliz. Tudo o que deixei é por amor ao Reino”, afirma. Para Henrique, a espera pela ordenação é motivo de grande alegria e graça, porque o importante momento da caminhada se aproxima. “Também é possível colher os frutos de minha trajetória formativa e perceber o carinho dos amigos e conhecidos, com que pude conviver nas paróquias em que fiz pastoral”, finaliza o seminarista.


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TRIBUNAL

Tribunal Diocesano tem novos membros

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esde o início deste ano, o Tribunal Diocesano de Piracicaba passou por algumas alterações na sua composição. Também oferece agora o serviço de WhatsApp para agilizar o atendimento. O Tribunal Eclesiástico, de acordo com o Código de Direito Canônico (CDC), é um tribunal da Igreja que realiza a justiça canônica e direciona os caminhos corretos a serem seguidos em determinadas situações da vida da Igreja. A sua instalação nas dioceses tem como objetivo agilizar os processos de declaração de nulidade matrimonial, visando também atender o que recomenda a Carta Apostólica em forma de ‘Motu Proprio’ Mitis Iudex Dominus Iesus (O Senhor Jesus, Juiz Clemente), promulgada pelo Papa Francisco em agosto de 2015, que justamente tenta, sem minimizar a santidade do sacramento do Matrimônio, agilizar e simplificar o julgamento dos processos. O Tribunal Diocesano de Piracicaba foi criado em dezembro de 2016 e instalado oficialmente em 8 de março de 2017. Ele funciona no prédio da Cúria diocesana, localizado na avenida Independência, 1146, em Piracicaba, de segunda a sexta-feira, das 8h às 11h30 e das 13h às 17h.

ARQUIVO/ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

Tribunal Diocesano de Piracicaba Fone e WhatsApp: (19) 2106-7573 | tribunal@diocesedepiracicaba.org.br Vigário Judicial: Padre Sidney Wilson Basaglia Auditores: Padre Carlos José Coltri, Padre Willian Bento, Padre Robson Luís Natis, Padre Eugenio Pessato, Padre Mauro Bombo, SDB, Padre Emerson Correr, CSS, Diácono José Roberto Cury Ferreira e Diácono Luís Alberto Scarazzatti Auditores suplentes: Padre João Carlos da Cunha e Padre Rodrigo Simões Anholetto Defensor do Vínculo: Padre José Clementino da Silva Notária: Débora Aparecida Detoni Cucolo Notários adjuntos: Padre Renato Luís Andreatto, Cônego André Bortolucci Saggioro, Padre Celso de Jesus Ribeiro, Diácono Silvio Luiz Plotegher, Diácono Carlos Alberto Vila, Sr. Henrique Dionisio Assi, Sr. Adryadson Flabio Nappi e Sr. Antônio Enedi Boaretto Advogada: Dra. Cecília Travaglini Penteado Perito: Padre Claudemir Aparecido da Rocha Assessores: Padre Carlos José Coltri e Diácono Luís Alberto Scarazzatti Colégio Judicante: Juiz Presidente: Pe. Me. Sidney Wilson Basaglia Juiz Adjunto: Pe. Claudemir da Silva Juiz Adjunto: Me. Carlos Enrique Nunez González Juiz Ponente: Pe. Me. Sidney Wilson Basaglia

TUTELA DE MENORES

Diocese de Piracicaba nomeia comissão para aplicação do Motu Proprio “Vos estis lux mundi” Acolhendo as diretrizes do Papa Francisco em sua Carta Apostólica sob forma de “Motu Proprio” «Vos estis lux mundi», Dom Fernando Mason, OFMConv, agora bispo emérito, decretou a criação de uma equipe de “Auditoria” diocesana. Em 2019 esta equipe foi criada para acolher eventuais denúncias de crimes

de abusos sexuais de menores e de pessoas vulneráveis, por clérigos ou membros de Institutos de Vida Consagrada ou de Sociedades de Vida Apostólica, presentes no território da Diocese de Piracicaba, e nomeou membros para este colegiado diocesano. Esta Comissão Diocesana tem por objetivo a aplicação

dos protocolos e medidas de prevenção contra abusos sexuais de menores e pessoas em situação de vulnerabilidade, e de abuso de autoridade para a prática de delitos contra o 6º Mandamento do Decálogo. A pedido de Dom Devair Araújo da Fonseca foi realizada uma revisão desta comissão que agora passa a ser formada

por clérigos, religiosos e leigos, preferencialmente peritos em Direito Canônico, Direito Civil e Penal, Psicologia, Assistência Social e Pastoral, como está orientado no Motu Proprio. As competências e atribuições destes membros nomeados pelo Bispo Diocesano estão descritas na Carta Apostólica sob forma de “Motu Pro-

Aniversariantes NATALÍCIO 04 - 1940 - Dom Irineu Danelon, SDB 08 - 1966 - Pe. Paulo Roberto Saraiva de Brito 14 - 1968 - Pe. Newton José Furtado Pereira, PODP 16 - 1981 - Pe. Robson Luís Natis 19 - 1962 - Frei Adalto Antônio, OFMCap 20 - 1974 - Pe. Marcelo Sales 24 - 1964 - Pe. Vicente Batista de Paiva, SJC

prio” «Vos estis lux mundi», nos documentos pontifícios e da CNBB, nas leis do Código de Direito Canônico, na legislação complementar da CNBB, e também no Decreto Diocesano Prot. 064/2021. Esses documentos podem ser acessados na íntegra no site da diocese, www.diocesedepiracicaba.org.br.

ABRIL 2021 24 - 1982 - Pe. Jorge Luiz Cardoso Pinheiro, CMF 27 - 1938 - Frei José Sales Ramos, OFMCap ORDENAÇÃO 03 - 1971 - Presb - Dom Fernando Mason 07 - 2002 - Diácono Natalino de Jesus Chirelli 14 - 2012 - Frei Maurício José da Silva dos Anjos, OFMCap 19 - 2009 - Pe. Carlos José Coltri


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MUDANÇA

Pastoral da Criança tem nova coordenadora diocesana N

o último dia 1º de abril, Marina Rodrigues dos Santos Nascimento de Carvalho assumiu interinamente a coordenação diocesana da Pastoral da Criança da Diocese de Piracicaba. Embora tenha ocorrido a Assembleia Diocesana Eletiva nos dias 6 e 7 de janeiro de 2021, o bispo diocesano Dom Devair Araújo da Fonseca constatou que a lista tríplice não apresentava três nomes viáveis. Sendo assim, para que não houvesse prejuízo no trabalho pastoral desenvolvido pela Pastoral da Criança e conforme sugestão apresentada pela Coordenação Estadual da Pastoral da Criança, o bispo decidiu pela nomeação de uma coordenadora interina, pelo prazo de um ano. Marina atua na Pastoral da Criança há 21 anos, atualmente exerce a função de capacitadora de missão e gestão da diocese e fazia parte da equipe do núcleo Campinas que compõe seis dioceses como referencial de Missão. A sua função se realizará pelo período de um ano,

ARQUIVO/ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

prazo em que será convocada uma Assembleia para a indicação de nova coordenação mediante lista tríplice, cumprindo as competências do Regimento Interno da Pastoral da Criança, conforme o artigo 45: “No caso de vacância da coordenação, em qualquer nível e independente do motivo, a escolha do novo coordenador será feita no prazo de 30 dias. Item 1 – Caso não haja 3 nomes viáveis, os coordenadores estaduais devem entrar em contato com a Coordenadora Nacional para, junto com o bispo diocesano, escolher um/a coordenador/a interino/a até que a Assembleia Geral tenha condições de propor 3 nomes viáveis”. Para auxiliar no desenvolvimento dos trabalhos, a nova coordenadora conta também com a Equipe diocesana que, além do animador da Pastoral da Criança, padre Luís Carlos de Siqueira Martins, é composta por Maria Elena Berchmans Canto Curi, Nilzete Santos Silva e Yara Cacilda Abdalla.

Coordenadora de Núcleo Campinas, Maria Aparecida Mesquita; Coordenadora diocesana, Marina Carvalho; Bispo diocesano, Dom Devair Araújo da Fonseca e o animador da Pastoral da Criança, padre Luís Carlos de Siqueira Martins

HISTÓRIA

Fundadora da Pastoral da Criança recebe visita do bispo diocesano ARQUIVO/ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

Maria Elena e Maria Teresa junto com dona Bergue e Dom Devair

Uma das fundadoras da Pastoral da Criança na Diocese de Piracicaba, Maria Berchmans Canto (dona Bergue) juntamente com suas filhas, Maria Elena e Maria Teresa recebeu no dia 7 de abril, em sua residência, a visita do bispo diocesano Dom Devair Araújo da Fonseca. Criada há 34 anos na Diocese de Piracicaba, por iniciativa do terceiro bispo diocesano Dom Eduardo Koaik, do casal Antonio Ferraz do Canto e Maria Berchmans Canto (dona Bergue) e a assistente social Maria Elizabeth Papini Nardin, a Pastoral da Criança já salvou centenas de milhares de vida com sua atuação. HISTÓRIA – Criada oficialmente em 8 de abril de 1987, a Pastoral da Criança nasceu pequenina, na Paróquia São Francisco Xavier, nas comunidades Jardim Glória e Jardim das Flores, onde foram capacitadas as primeiras líderes comunitárias. No dia 4 de julho de 1987, na Capela Cristo Operário, no Jardim das Flores, Dom Eduardo presidiu a

celebração da missa e entregou o certificado de conclusão do curso de capacitação a 18 líderes comunitárias, iniciando assim a caminhada. No mês de setembro do mesmo ano, a Pastoral da Criança foi implantada em Santa Bárbara d´Oeste, na Paróquia Nossa Senhora Aparecida e na Capela Curada (hoje Paróquia) São Sebastião, e também em Rio Claro e Capivari, sendo que no final de 1987, já estava presente em 24 paróquias da diocese, com 255 líderes capacitados atuando em 24 comunidades, no atendimento de 3.409 crianças de zero a seis anos e 180 gestantes. Com 34 anos de caminhada, a Pastoral da Criança da Diocese de Piracicaba está presente em 11 dos 15 municípios que compõem a diocese, no total de 50 paróquias, atingindo 149 comunidades. São 555 líderes atuantes e capacitados, 270 apoiadores que acompanham 4.346 crianças de zero a seis anos, 126 gestantes e 3.742 famílias.


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SEMANA SANTA

Dom Devair Araújo da Fonseca celebra sua primeira Semana Santa à frente da Diocese de Piracicaba

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á poucos meses Dom Devair Araújo da Fonseca foi empossado como sexto bispo diocesano de Piracicaba, e em um ano ainda marcado pela pandemia da Covid-19,

foram muitas as atividades realizadas neste primeiro trimestre, entre elas o centro do calendário litúrgico: a Semana Santa. A primeira Semana Santa de Dom Devair foi celebrada em

Piracicaba, na Catedral Santo Antônio. Devido às restrições sanitárias, a participação do povo foi proibida, permitindo apenas a presença dos auxiliares na liturgia, em suas funções

de serviço litúrgico. Trazemos nestas fotos um pouco dos registros deste momento importante na vida da Igreja e de nossa diocese. A presença dos fiéis foi auto-

rizada apenas no domingo de Páscoa, o que permitiu a uma parcela do povo de Deus estar presencialmente celebrando o domingo da Páscoa do Senhor, no dia 4 de abril. FOTOS: PAULO GOMES

Domingo de Ramos

Missa da Ceia do Senhor

Sexta-feira Santa

Adoração da Cruz


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SEMANA SANTA FOTOS: PAULO GOMES

Sábado Santo

Dom Devair celebrou a Páscoa com a presença de fiéis

Solene Vigília Pascal


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RCC

RCC diocesana tem nova coordenação A RCC (Renovação Carismática Católica) da Diocese de Piracicaba tem nova liderança para o biênio 2021-2022. A nova coordenadora diocesana é Isabel Cristina Pimenta da Silva e padre Josenildo Carlos da Silva continua como animador do movimento. A seguir, a composição completa dos coordenadores e seu respectivo ministério. FOTOS: FACEBOOK.COM/RCCPIRACICABA

4º Encontro da Pascom Nos dias 24 e 25 de abril, a Pascom da Sub-região pastoral de Campinas organizará um encontro on-line permitindo a participação de todos os coordenadores paroquiais que atuam na comunicação.


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CELEBRAÇÃO JUBILAR

Tríduo acontece em preparação aos 70 anos do Carmelo em Piracicaba

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o dia 28 de abril, as irmãs carmelitas, do Carmelo do Imaculado Coração de Maria e de São José, em Piracicaba, festejam 70 anos de presença na Diocese de Piracicaba. Para celebrar a data, de 25 a 27 de abril está programado um tríduo preparatório (ver programação completa no quadro abaixo) que tem como tema “Com José e Com Maria, o Carmelo rejubila: há 70 anos fazendo de Piracicaba um novo Nazaré”. E, em ação de graças, no dia 28, com início às 17 horas e com transmissão ao vivo pelo canal da TV Oração no YouTube, será celebrada missa presidida pelo bispo diocesano Dom Devair Araújo da Fonseca. As Irmãs Carmelitas Descalças chegaram a Piracicaba em 1951, convidadas pelo então bispo diocesano, Dom Ernesto de Paula e provenientes do Carmelo de São Paulo. O Mosteiro do Imaculado Coração de Maria e de São José foi fundado em 11 de abril de 1951, funcionando provisoriamente na antiga residência episcopal, na Rua 13 de Maio, no centro de Piracicaba. Em 15 de agosto de 1954, Dom Ernesto benzeu a primeira pedra do novo mosteiro, localizado no bairro São Dimas, para onde as religiosas se mudaram no dia 17 de abril de 1956. A inauguração oficial ocorreu no dia 1º de maio.

FOTOS: PAULO GOMES

Todos os mosteiros procuram inserir-se na própria Igreja particular, sabendo que fazem parte da família diocesana e que é seu dever oferecer nela o peculiar testemunho de vida contemplativa. Esta comunhão com a Igreja particular se manifesta na estima e obediência filial ao próprio Bispo, na solicitude pelos problemas e iniciativas da diocese e na oração por todos os seus membros, especialmente pelos sacerdotes. A vocação das Carmelitas Descalças é essencialmente eclesial e apostólica. O apostolado que Santa Teresa quis para suas filhas consiste na oração e imolação com a Igreja e pela Igreja. A clausura é uma disposição requerida pela vida contemplativa que, em sua estrutura, opta por uma contínua busca de Deus, na solidão e no silêncio. As irmãs carmelitas dividem suas atividades diárias em oração e trabalho, refeições e momentos de convivência comunitária. Em Piracicaba, também há a confecção das alfaias para igrejas e produção e comercialização de pães e biscoitos para ajudar nos gastos com a manutenção do mosteiro. Atualmente a comunidade – dirigida pela priora, Madre Maria Constantina do Sagrado Coração de Jesus – é formada por 14 irmãs professas de votos solenes e duas noviças de votos temporários.

Carmelo do Imaculado Coração de Maria e de São José

Dom Devair celebrou o Dia Mundial da Vida Consagrada junto com as irmãs carmelitas no dia 2 de fevereiro

Tríduo Preparatório – Programação Missas com a presença restrita de fiéis

Tema: “Com José e Com Maria, o Carmelo rejubila: Há 70 anos fazendo de Piracicaba um novo Nazaré” Dia 25 de abril - 8h -Frades Capuchinhos - Tema: A vocação religiosa contemplativa Dia 26 de abril - 17h - Padre Claudemir Aparecido da Rocha - Tema: A mística da vida de oração das Carmelitas Dia 27 de abril - 17h - Bispo emérito Dom Fernando Mason - Tema: Qual a importância do Carmelo para a diocese Carmelo do Imaculado Coração de Maria e de São José Rua José Ferraz de Camargo, 72 – Bairro São Dimas CEP 13.416-060 – Piracicaba (SP) Fone: (19) 3422-4337 e-mail: monjascarmelitaspiracicaba@gmail.com


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ESPIRITUALIDADE

Jesus e Judas: a frustração de um encontro que tinha tudo para dar certo

Pe. Antonio César Maciel Mota Pároco da Paróquia São João Batista em Rio Claro - Docente do Curso Diocesano de Teologia theologia.amoris@gmail.com

As narrações evangélicas, conforme vimos refletindo nos artigos anteriores, apresentam os encontros realizados entre Jesus e as pessoas, geralmente em seus próprios territórios. Assim, na perspectiva da narração de Marcos, o Senhor encontra-se, num primeiro momento, com os pescadores, junto ao mar da Galileia; depois, já em uma pequena comunidade, vai

ao território dos pecadores a partir da coletoria de Levi; e, posteriormente, já com uma comunidade composta por pescadores e pecadores convocados, adentra o território das multidões. De todos esses territórios, Ele escolhe, chama e elege a comunidade dos Doze Apóstolos, com quem compartilha e a quem entrega sua missão. Cada um dos Apóstolos são, portanto, pessoas escolhidas, chamadas e eleitas pelo mestre. Se levarmos em consideração os primeiros encontros de Jesus com aqueles homens da Galileia, vemos nitidamente essa dinâmica: «Enquanto caminhava à beira do mar da Galileia, Jesus viu Simão e André, o irmão de Simão. Eles estavam lançando a rede ao mar, porque eram pescadores. Jesus lhes disse, venham após mim, eu farei de vocês pescadores de gente. E, deixando as redes, eles imediatamente, o

seguiram» (Mc 1, 16-18). Assim, aconteceu com Tiago e João (cf. Mc 1, 19-20) e com Mateus (cf. Mc 2, 13-14). Indo para junto da multidão, os que dela terá chamado, possivelmente tenha seguido a mesma pedagogia. O fato é que dos muitos que escolhera (Jesus viu) e chamara, depois, elege os Doze, entre os quais está Judas Iscariotes (cf. Mc 3, 13-20). Judas é, portanto, um discípulo considerado por Jesus e mesmo visto em suas qualidades pessoais. Não é à toa que cuidava das finanças da primeira comunidade, pois se era o Mestre a delegar o papel dos discípulos (cf. Mt 16, 18-19), a partir de sua capacidade de ver o homem por dentro (cf. Jo 2, 25), haverá de ter sido o próprio Jesus a encarregá-lo dessa missão. Desta forma, da parte de Jesus, a partir do encontro com Judas, houve uma pro-

funda atitude de abertura e acolhida, à qual esse discípulo não teve a capacidade de corresponder, colocando-se diante do mestre com uma postura de desconfiança e reserva, não se permitindo a abertura necessária para uma relação de amadurecimento, como se deu no caso da relação entre Jesus e Pedro. Por isso, Judas não pôde conhecer Jesus. Também Pedro traiu Jesus, mas teve um destino diferente de Judas, por ter tido a coragem de se abrir à relação com o mestre, podendo conhecer o seu coração e saber que o Senhor tinha a capacidade de perdoar sua falta. Judas não pôde conhecer o coração de Jesus e, por isso, não pode abrir-se ao perdão, terminando por auto condenar-se. Sua autocondenação é o ponto alto de um caminho de fechamento. De fato, segundo as sugestões dos evangelhos, Judas é um homem

que vai se deixando dominar pela cobiça (cf. Jo 12,1-8), é apresentado como um discípulo que parece não ter coração, com rosto diabólico (cf. Jo 6,70) e que procura se disfarçar com aparência de bom. Todavia, também ele está entre os destinatários do “Lava-pés”, em que Jesus explica o seu gesto com as seguintes palavras: «Quem se banhou não tem necessidade de se lavar, porque está inteiramente puro. Vós também estais puros, mas não todos”. Ele sabia, com efeito, quem o entregaria e, por isso, disse: “Nem todos estais puros”» (Jo 13,10-11). Naquele misterioso gesto, que expressava dramaticamente um encontro que tinha tudo para acontecer, mas não aconteceu, Jesus, além de querer nos ensinar a reciprocidade do amor, se inclina para lavar os pés sujos dos Apóstolos, mesmo os pés de Judas.

CHAMADO DE DEUS

Vocação: dom de amor que se renova

Pe. Rodrigo Stefanini Françoia Reitor do Seminário Filosófico São João XXIII e Animador Diocesano da Pastoral Vocacional

No IV Domingo da Páscoa, dia em que celebramos o Domingo do Bom Pastor, a Igreja nos convida a celebrar, sincronicamente, o 58º Dia Mundial de Oração pelas Vocações. Mais do que um dia de oração pelas vocações, a Igreja nos desperta para a necessidade de manter a constância nessa súplica a Deus, de que Ele “envie operários para a messe, pois a messe é grande e os operários são poucos” (Mt 9, 38). A vocação nos chama a

um amor livre, que não toma posse de coisas, nem de pessoas, mas que oferece a si mesmo como dom. Esse dom de si mesmo revela a beleza, o amor, a felicidade que o chamado de Deus nos proporciona. Revela-nos ainda o sentido que a vida tem, à medida que somos capazes de doar e não reter em nós mesmos esse bem tão precioso que recebemos de Deus: o próprio existir. Muitas vezes, ficamos esperando algo de extraordinário, uma resposta grandiosa para os nossos questionamentos acerca da vocação. No entanto, é a partir de nossa história, de nossa cotidianidade que Deus nos convoca para sermos seus colaboradores, nas mais diversas necessidades que se apresentam a nós e que nos permitem colaborar com o Reino de Deus que já está no meio de nós. Quando estamos atentos ao que Deus pede de nós, um pequeno sinal é mais que suficiente para percebermos seu cha-

mamento e sua presença constante em nossa história. Temos que ter a clareza de que a vocação é dom de Deus para nós. É chamamento de Deus, para que possamos contribuir com seu projeto de amor e salvação. O Papa Francisco, em sua mensagem para o 58º Dia Mundial de Oração pelas vocações, destaca que as vocações são chamadas a ser “as mãos operosas do Pai em prol dos seus filhos e filhas”. E salienta, ainda, que “a vocação, como a vida, só amadurece através da fidelidade de cada dia”. Desta forma, somos impulsionados a dar o nosso “sim”, de forma corajosa, destemida. Uma vez que a fidelidade a Deus nos permite reconhecer sua presença junto de nós, mesmo em dias difíceis. Em cada luta, em cada conquista podemos afirmar: “sei que o Senhor está comigo” (Sl 16, 8). Essa constância do afeto, que marca a nossa ligação com Deus, é o que nos faz as-

sumir sempre a vontade Dele em nossa vida, com alegria e docilidade de coração. Permitamo-nos viver a experiência desse amor/ doação, que nos possibilita encontrar sentido na vida e desvelar a grandeza e pre-

ciosidade deste mistério. Renovemos nossa adesão ao projeto de Deus, voltemos sempre às fontes desse Amor que nos atrai e nos transforma. Afinal, vocação é o ato de apaixonar-se constantemente.


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FOCO

DIOCESE DE PIRACICABA

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CONHECENDO A BÍBLIA

Para ler a Primeira Carta de São Paulo aos Coríntios

Pe. Demetrius dos Santos Silva Presbítero da Arquidiocese de Campinas - Biblista e docente do Curso Diocesano de Teologia pe_demetrius@icloud.com

A Cidade. Corinto era uma cidade portuária. Havia gente de muitas nações e muitas religiões com os seus deuses. Muitas escolas e sábios. Havia também muitos problemas. Corinto tinha 500.000 habitantes. Destes, 340.000 eram escravos e escravas. Prostituição e muita miséria. E uma forte presença do Império Romano. Em Corinto, Paulo, Priscila e Áquila testemunharam

o Evangelho de Cristo e despertaram muita gente para o seguimento de Cristo: escravos e escravas, pobres e humildes, judeus e gregos, e alguns sábios e ricos. Era uma comunidade cheia de dons e talentos, mas também cheia de conflitos e divisões. Paulo soube que o clima na comunidade de Corinto estava mal e escreveu a carta para resolver os conflitos, mostrando que só em Cristo é que a comunidade pode semear a paz. A comunidade. Na comunidade de Corinto, havia muitos pobres, escravos e analfabetos. Mas também havia alguns ricos e estudados. Alguns destes assumiram a liderança na comunidade e começaram a fazer de seu serviço um meio de aparecer. Falavam difícil, rezavam de forma esquisita, faziam um verdadeiro show! Falavam muito de Deus, mas não viviam o amor de Cristo. Cristo

não estava aparecendo. São Paulo sabia que Jesus estava ao lado dos pequenos e humildes e não com os sábios e entendidos (Mt 11,25-30; Lc 10,21-24). Por isso, escreveu à comunidade, mostrando que “quem serve o Cristo deve ser humilde e agir como Jesus agiu”, amando como Ele amou. Isso é loucura para o mundo, mas é sabedoria de Deus. Só Cristo é o alicerce e n’Ele somos templo do Espírito Santo. A Eucaristia. A carta aos Coríntios é o testemunho mais antigo sobre a Eucaristia. Paulo escreveu no ano 56 d.C. Naquele tempo, a Eucaristia era celebrada dentro de um jantar, como Jesus fez na Ceia Pascal. As pessoas traziam comida e bebida e partilhavam entre si. Os mais pobres traziam pouco. Os mais ricos traziam muito. Todos comiam e bebiam. No final, se consagrava a eucaristia. E até

sobrava comida para os pobres levarem para casa e alimentarem os doentes. Mas a comunidade de Corinto estava dividida. Ricos e sábios queriam privilégios. Os pobres tinham dificuldade de chegar cedo na comunidade, pois trabalhavam até tarde. Quando eles chegavam, os ricos já tinham comido tudo. E o pouco que os pobres traziam não dava para alimentar os famintos e doentes. Diante disso, Paulo percebe que essa comunhão não era para a vida, mas para a condenação. A Eucaristia é vida. Ela nos torna irmãos e iguais em Cristo. Os dons e o amor. Na comunidade de Corinto as pessoas tinham muitos dons e talentos. As brigas e a luta pelo poder enfraqueceram o corpo que é a Igreja. Irmãos e irmãs se separaram, porque valorizavam alguns dons e desprezavam os outros dons mais humildes.

Paulo mostra que todos os dons são dados por Deus e que somente o amor é o dom maior. Nenhum dom, talento ou serviço é importante, sem o amor, pois o amor é a fonte de humanidade que Jesus revelou em sua entrega total na cruz. Todos os dons dependem do amor. O amor é a força de Deus que sustenta cada cristão. Mesmo a fé e a esperança dependem do amor. Sem o amor a comunidade se torna um grupo de pessoas que apenas fala de Deus. É o amor que dá sentido a todas as coisas. Nosso mundo vive a crise da falta de amor. Nunca se falou tanto de amor como em nosso tempo, mas vemos, a cada momento, sinais de que “o amor não é amado”. Corrupção, justiça falida, abortos, traições. Somente o amor conduz à vida. A comunidade deve ser um sinal claro do amor, porque Deus é amor.

DÍZIMO

O Dízimo dentro do Tempo Pascal

Pe. Celso de Jesus Ribeiro

Animador Diocesano da Pastoral do Dízimo cj.ribeiro1@gmail.com

Feliz e Santa Páscoa a todos! Jesus ressuscitou e venceu o poder da morte. O tempo pascal é o momento propício para avaliar nossos passos, repensar nossas atitudes e certificar se estamos vivendo, com o objetivo de deixar algo de edificante neste mundo, no sentido da nossa preocupação com o próximo. Jesus venceu a morte para permanecer sempre conosco. Sua ressurreição é sinal de esperança para toda humanidade. A Páscoa é uma época de renovação, crescimento e aprendizagem, de sair de nós mesmos e ir ao encontro dos outros. Todos os nossos esforços que visem levar mais vida às pessoas oprimidas e sofredoras é, além de obra de misericórdia, sinal concre-

to do acontecimento central da fé cristã: a ressurreição de Jesus. Esta fé na páscoa de Jesus e na nossa futura páscoa deve nos levar a um sentimento de profunda gratidão a Deus Pai que nos perdoou e nos deu vida nova em Cristo. Gratidão que expressa a positividade da fé e que mantém em nós a esperança viva de um mundo transformado pela morte e pela ressurreição de Jesus. Nossa fé no Cristo vivo e ressuscitado nos impulsiona a ir ao encontro dos irmãos e irmãs, despertando-os para a beleza de viver o caminho da felicidade, da Boa Nova do Evangelho de Jesus. E você, fiel cristão dizimista, é “sal da terra e luz do mundo”, pois sua contribuição faz chegar às pessoas, principalmente às crianças e os jovens, a alegria do Evangelho (cf. Mt 5, 13-16). “Sacrificarás, como oferta de Páscoa ao Senhor, o teu Deus, um animal dos teus rebanhos de bois ou ovelhas, no local que Yahweh escolher para habitação do seu santo Nome (cf. Dt 16, 2)”. Todos os anos, por ocasião da Páscoa, os judeus se dirigiam ao templo em Jerusalém para realizar sacrifícios pacíficos a Yahweh Deus. Esses sacrifícios eram oferecidos por

aqueles que desejavam expressar adoração e louvores a Deus, bem como sua paz e gratidão para com Ele. O local que Deus escolheu para habitação do Seu santo nome antes era o templo e atualmente são as Igrejas. E é na Igreja, onde habita Deus, que eu devo oferecer meu sacrifício, isto é, meu dízimo. Ao doar a sua vida na cruz por nós, num único e eterno sacrifício, Jesus aboliu a necessidade desses sacrifícios pacíficos e, por isso, temos uma dívida impagável com

Deus e devemos a Ele nossa eterna gratidão. A gratidão é uma virtude sempre presente em quem está evoluindo espiritualmente. Agradecer abre espaço para novas graças que Deus tem para derramar na sua vida. E o seu dízimo tem esta finalidade, ou seja, retribuir ao Senhor Deus um pouco do muito que ele nos dá. “Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o Senhor dos

Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes” (cf. Ml 3, 10). Dízimo não é esmola, pois Deus não precisa dela, Ele não precisa das nossas sobras. Dízimo é um ato de amor, de fé e de gratidão. Faça a experiência de ser um fiel dizimista na sua Paróquia e você sentirá de um modo mais intenso a ternura do amor de Deus para com você e sua família.


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AGENDA

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Visitas de Dom Devair

m nossas redes sociais frequentemente postamos as visitas e atividades da agenda do nosso Bispo Diocesano, Dom Devair Araújo da Fonseca. As visitas consistem numa proximidade aos párocos e comunidades, e a presença do bispo mesmo neste tempo de pandemia é

extremamente importante, fortalece a identidade diocesana, a pertença a este corpo que é a igreja diocesana, e claro fortalece a relação e fraternidade entre o pastor e suas ovelhas, incluindo o clero presente em nossa diocese. As atividades podem ser direcionadas ao contexto social

de várias cidades, pois sempre que possível Dom Devair visita também às prefeituras municipais estreitando diálogo com os governantes. Estas visitas permitem ao bispo conhecer as diversas realidades sociais das cidades, dos bairros e famílias mais necessitadas. Dom Devair tem prezado

pela proximidade mesmo neste contexto pandêmico que estamos vivendo. Pelas redes sociais convocou todas as paróquias para um trabalho conjunto de solidariedade. No domingo de Páscoa, 4 de abril, através de um vídeo, o bispo diocesano sensibilizou os diocesanos para que

fizessem uma campanha para ajudar na arrecadação de alimentos para famílias que passam por dificuldades, e a resposta foi imediata. No site você pode ter acesso a mais informações a respeito de todas as ações realizadas durante as visitas de Dom Devair nas paróquias.

Trazemos nesta edição algumas imagens dessas visitas do bispo diocesano FOTOS: ARQUIVO/ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO

31/03 – Acompanhou o grupo da Campanha do Kilo, nos bairros Três Porquinhos e Sabiá II, em Piracicaba

01/04 – Visitou padres idosos em Piracicaba (Monsenhores Jorge e Rubens)

06/04 – Visitou a paróquia Santo Antônio em Santa Bárbara d’Oeste, e o pároco Pe Genildo

Visitou a Paróquia São Francisco Xavier e a comunidade do Jd Glória, onde morou Frei Sigrist

07/04 – Visitou a UTI do Hospital Unimed onde atende casos de covid-19. Visitou a paróquia São Pedro em Piracicaba, e o pároco José Ailton

08/04 – Acompanhou o “Exército Forguinhas” e realizou uma visita social aos bairros: Vera Cruz-Algodoal (100 familias), Bosque dos Lenheiros (100 famílias) e Comunidade União do Gilda (65 famílias)

08/04 – 17h30 – Visitou o pároco Pe Santo Macedo e à paróquia Nossa Senhora Aparecida

08/04 – Às 16h30 visitou a prefeitura municipal de Rio das Pedras, e concedeu uma bênção ao Prefeito Marcos Buzetto e à primeira dama Suely Buzetto, também ao presidente da Câmara Municipal Edison Donizete Marconato.

09/04 - Encontro com os Padres com 10 anos de ministério, em Capivari


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