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EDITORIAL | Nesta

edição dedicada ao mês da Bíblia, espero que os artigos ajudem os leitores a fortalecerem a dimensão do Pilar da Palavra proposto pelas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil 2019-2023, que é o instrumento de trabalho da assembleia diocesana de pastoral em Guarulhos e base de projetos neste jubileu de quarenta anos da Diocese, pois afirma o documento: “Para formar discípulos missionários, é urgente aproximar mais as pessoas e as comunidades da leitura orante da Palavra de Deus. Não basta ler ou estudar a Sagrada Escritura, pois a “inteligência das Escrituras exige, ainda mais do que o estudo, a intimidade com Cristo e a oração. Igualmente, é indispensável uma leitura orante comunitária, que evite “o risco de uma abordagem individualista,

FORTALECER O PILAR DA PALAVRA tendo presente que a Palavra de Deus nos é dada precisamente para construir comunhão, para nos unir na Verdade no nosso caminho para Deus. Sendo uma Palavra que se dirige a cada um pessoalmente, é também uma Palavra que constrói comunidade, que constrói a Igreja” (DGAE - n.91). Outro assunto abordado nesta edição que é um acontecimento inédito na Diocese de Guarulhos é a primeira ordenação do diácono permanente, que Dom Edmilson, faz questão de destacar em sua editoria, a voz do pastor. Dar boas notícias é fácil e agradável, mas comunicar uma dor não é nada bom, como a dor do povo do Afeganistão. É hora de nos unirmos em oração. Também é muito dolorido comunicar que o nosso irmão e grande colaborador Luiz Marcelo Gonçalves, diagramador da

ENFOQUE PASTORAL | Amados diocesanos neste mês

celebramos a Palavra de Deus. Aqui no Brasil há cinquenta anos nossa Igreja celebra em setembro o mês da Bíblia. Em nossa Diocese de Guarulhos também temos a tradição de realizar por forania e também nas paróquia a ‘Escola da Palavra’, que tem sido um tempo de estudo e espiritualidade para o povo de Deus. Também é bom lembrar que em algumas paroquias e na Forania Aparecida a ‘Escola da Palavra’ acontece em mais que um mês por ano. Bendito Seja Deus! Ao celebrar o Mês da Bíblia, a Igreja nos convida a conhecer mais a fundo a Palavra de Deus, a amá-la cada vez mais e a fazer dela, a cada dia, uma leitura meditada e rezada. Se queremos ser discípulos e missionários de Jesus Cristo é indispensável o conhecimento profundo e vivencial da Palavra de Deus.

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Voz do Pastor

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Vida Presbiteral

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Bíblia

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Pe. Marcos Vinícius Clementino

Jornalista e Diretor Geral

“A Palavra de Deus é viva e eficaz” (Hb 4,12)

O Papa Francisco diz que: “É importante recordar que o Espírito Santo, o Vivificador, gosta de agir através da Escritura. Com efeito, a Palavra transmite ao mundo o sopro de Deus, infunde no coração o calor do Senhor. É necessário o Espírito Santo para que a Bíblia arda no coração e se torne vida Mas a Bíblia não é uma bonita coletânea de livros sagrados a estudar, é Palavra de vida a semear, dádiva que o Ressuscitado pede para acolher e distribuir, a fim de que haja vida no seu nome (cf. Jo 20, 31).” A Igreja nos ensina a Lectio Divina, uma prática de leitura orante, que deve ser feita diariamente para que a Palavra do Senhor penetre no coração do leitor e produza os efeitos necessários. A leitura Orante da Bíblia é um modo de refletirmos a Palavra de Deus, que nos permite meditar, refletir e rezar ao mesmo tempo. Quero convidar os dioce-

Folha Diocesana de Guarulhos | Setembro 2021

Folha Diocesana, passou por mais uma cirurgia no combate ao tumor na cabeça e luta neste momento pela vida. É hora de nos unirmos em oração, como sinal de gratidão por todo bem que este nosso irmão realiza na Igreja através do dom maravilhoso do uso da tecnologia para a evangelização. Que este nosso amigo e toda a família recebam o nosso carinho e abraço neste momento de luta. Enfim, a vida é constituída desta forma de alegria e dor, esperança e angústia, conquista e perda, não importa em que fase nos encontramos, é necessário ter a Fé e a vida em comunidade como base para agradecer e superar. Boa leitura, não esqueça de curtir e compartilhar!

EDIÇÃO | SETEMBRO 2021

sanos a praticar esta experiencia diariamente. Vejamos os passos: 1) Leitura: no primeiro momento esforce-se para captar o sentido do texto do modo mais pleno possível. O que diz o texto? 2) Meditação: a meditação vai responder à pergunta: “O que é que Deus, através deste texto, tem a nos dizer hoje?”. 3) Oração: é o momento de expressar o que o texto nos leva a dizer a Deus. 4) Contemplação: enxergar, saborear, agir. A contemplação ajuda a enxergar o mundo de maneira nova. Roguemos a Virgem Maria, Mãe de Deus e nossa, para que inspirados e movidos pela Palavra de Deus, testemunhemos no mundo o Reino de Deus. Coragem! Pe. Marcelo Dias Soares

Coordenador Diocesano de Pastoral

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DIACONATO PERMANENTE MISSÃO E VOCAÇÃO

O PADRE: MISERICORDIOSO, MISERICORDIADO

SER LIVRE EM CRISTO, EIS A NOVIDADE DE PAULO

Escola da Palavra

FORMAÇÃO BÁSICA SOBRE A BÍBLIA AOS LEIGOS

Aconteceu

MISSA DIOCESANA DA SEMANA NACIONAL DA FAMÍLIA

Notícias da CNBB ORDENAÇÃO DIACONAL DE DOIS SEMINARISTAS

EXPEDIENTE Jornalista Responsável PE. MARCOS V. CLEMENTINO MTB 82732 Orientação Pastoral PE. MARCELO DIAS SOARES Editoração Eletrônica DENIS SAVIANI FILGUEIRAS Tiragem: ON-LINE CÚRIA DIOCESANA DE GUARULHOS Av. Gilberto Dini, 519 - Bom Clima, Guarulhos - 07122-210 | 11 2408-0403 www.diocesedeguarulhos.org.br folhadiocesana@diocesedeguarulhos.org.br


VOZ DO PASTOR

Diaconato Permantente - Missão e Vocação que se destinam ao presbiterado. Os diáconos, confortados pela graça do Sacramento da Ordem, servem ao povo de Deus na diaconia da liturgia, da palavra e da caridade. Destas três dimensões da diaconia, a eles cabe especial lugar a dimensão da caridade, sem prejuízo das outras.

Neste ano em que comemoramos os

40 anos da diocese de Guarulhos, um acontecimento inédito, que não estava na programação jubilar, terá lugar neste mês de setembro: no dia 25, às 10h00 no Santuário São Judas Tadeu, será ordenado o primeiro diácono permanente na diocese de Guarulhos, o Sr. Márcio Eduardo da Silva. Será o segundo diácono permanente do clero da nossa diocese. Sim, o diácono faz parte do clero. Quando se trata somente dos padres utilizamos o termo presbitério. Este acontecimento em nossa diocese dá-se após 06 anos da criação da Escola Diaconal São Lourenço que tem se ocupado na formação dos diáconos permanentes em Guarulhos. A formação filosófico-teológica é realizada na PUC SP, curso de teologia, como para os seminaristas que se destinam ao presbiterado. Atualmente temos mais de 20 candidatos se preparando para esta missão. O Diaconado permanente foi restabelecido na Igreja latina, como grau próprio e permanente, pelo Concílio Vaticano II, podendo ser conferido “a homens de idade madura, mesmo casados, ou a jovens idôneos; mas para estes últimos mantém-se em vigor a lei do celibato.” (cf. LG 29). Trata-se, portanto, de um grau do Sacramento da Ordem que estamos acostumados ver ser conferido com o adjetivo de transitório aos

caridade e da administração.” (cf LG 29)

4. “...os diáconos não serão “meios-sacerdotes” ou padres de segunda categoria, nem “acólitos de luxo”, não, não se pode caminhar nesta estrada; serão servos atenciosos que trabalham a fim de que ninguém seja excluído e para que o amor do Senhor No último dia 19 de junho o Papa toque concretamente a vida das pessoFrancisco, recebendo em audiência os as.” diáconos permanentes da diocese de Roma, com suas esposas e filhos, elu5. “...espero que sejais humildes. cidou alguns pontos importantes que É triste ver um bispo e um padre pavoreporto aqui, que servirão seguramente nearem-se, mas é ainda mais triste ver para o nosso esclarecimento: um diácono que se quer colocar no centro do mundo, ou no centro da liturgia, 1. “ O Diaconado, que no concei- ou no centro da Igreja. to anterior foi reduzido a uma ordem de passagem para o sacerdócio, recupera 6. “espero que sejais bons espoassim o seu lugar e a sua especificida- sos e bons pais. E bons avós. Isso dará de....ajuda a superar o flagelo do cle- esperança e conforto aos que casais ricalismo, que coloca uma casta de sa- que atravessam momentos de fadiga...” cerdotes “acima” do Povo de Deus...Os diáconos, precisamente porque se de7. “espero que sejais sentinelas: dicam ao serviço deste Povo, lembram não só que saibais avistar os pobres e que no corpo eclesial ninguém se pode distantes – isto não é difícil – mas que elevar acima dos outros. Se há alguém ajudeis a comunidade cristã a avistar que é grande na Igreja, é Ele, (Cristo) Jesus nos pobres e distantes, enquanque se fez o mais pequeno e o servo de to bate à nossa porta através deles. É todos. também uma dimensão catequética e profética da sentinela-profeta-catequis2. “Os diáconos recordam à Igreja ta que sabe ver além e ajudar os outros que aquilo que Santa Terezinha desco- a ver além, e a ver os pobres que estão briu é verdade: a Igreja tem um coração longe....Qualquer que seja a necessidaqueimado pelo amor. Sim, um coração de, vejamos o Senhor. Assim também humilde que palpita de serviço...como o vós vedes o Senhor quando, em todos diácono São Francisco de Assis, trazem seus irmãos mais pequenos, ele pede aos outros a proximidade de Deus sem para ser alimentado, acolhido e amase imporem, servindo com humildade e do.” alegria. Não deixemos de rezar por esta 3. “A diminuição do número de vocação em nossa diocese. sacerdotes levou a um compromisso predominante dos diáconos com tarefas de substituição que, por muito imDom Edmilson portantes que sejam, não constituem a A. Caetano, O. Cist. natureza específica do Diaconado...são Bispo Diocesano sobretudo consagrados aos ofícios da de Guarulhos

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VIDA PRESBITERAL | O PADRE: MISERICORDIOSO, MISERICORDIADO

No exercício sacerdotal, o padre recebe de

Deus a função de perdoar pecados em nome dEle. No rito de posse de um novo pároco, geralmente, o comentário da entrega da estola diz: “uma das tarefas mais importantes do pároco consiste em administrar o sacramento da penitência; por meio deste sacramento realiza-se a reconciliação dos pecadores com Deus”. Imaginemos irmãos, que grande graça e que sorte a nossa. Sabendo da fragilidade própria de cada um de nós, nosso Senhor institui um sacramento de retorno à sua plena comunhão outrora rompida pelo pecado. Neste mesmo rito de posse, o bispo diz: “recebe a estola roxa, veste usual para administrar o sacramento da Penitência. Sê zeloso

neste ministério e distribui aos pecadores as riquezas infinitas da misericórdia de Deus.” Me recordo de Pedro: “até sete vezes” e de Jesus: “até setenta vezes sete” (Mt18,21-22). Grande é a misericórdia de Deus. É como uma grande represa cujas comportas são abertas pelo sacramento da confissão. Quantas vezes você já foi à confissão? Se for um fiel devoto, com certeza várias vezes. E sempre encontrou um sacerdote disposto a te acolher e te fazer retornar à comunhão com Deus. Ao te atender, não fez nenhuma espécie de julgamento, apenas lhe mostrou o caminho da vida nova. Como o Pai da parábola do pai misericordioso que fez festa com a sua chegada. Sua culpa foi redimida. Sua dívida de condenação foi perdoada. Oh, que felicidade ter um sacerdote que vive a nobre missão de confessar! Mas, e se o penitente for um Padre? Muitas vezes diante das quedas dos sacerdotes, vemos os juízes, ávidos de condenação, se levantarem para condená-los. Frases como: Mas, ele não é padre? Gente, como pode um padre…! Qual é o caminho que devemos percorrer? Lembro-me da homilia de Papa Francisco, no ano passado, por ocasião da Missa da Ceia do Senhor (Lava-pés). Disse o santo padre: “hoje tenho-vos muito presente no meu coração e levo-os ao altar. Sacerdotes caluniados, sacerdotes pecadores que, juntamente com os bispos pecadores e

o Papa pecador, não se esquecem de pedir perdão e aprendem a perdoar, porque sabem que precisam pedir perdão e precisam perdoar. Todos somos pecadores. Sacerdotes que sofrem crises, que não sabem como fazer, estão na escuridão...” Os que dispensam a misericórdia de Deus, isto é, os padres precisam também ser misericordiados, carecem, após suas quedas, serem trazidos à comunhão. Cessem os julgamentos e abram-se para abraçar os que erram, independente de quem sejam. Tanto os pastores quanto as ovelhas precisam do sacramento da misericórdia. Muitos não estão acostumados a ver seus padres se confessando, mas isto não quer dizer que não se confessam. Também nós, padres, nos apresentamos aos nossos confessores, pois estamos na mesma luta que vós. Desejamos viver a vontade de Deus mas, por vezes, nossas fraquezas são maiores. Também no confessionário, choramos nossas culpas e prometemos a Deus nos emendar. Portanto irmãos, os que oferecem a misericórdia de Deus no sacramento da penitência são também os que dele se valem para curar as suas feridas.

Pe. Cristiano Souza Pastoral Prebisteral

FALANDO DA VIDA | SUICÍDIO E SAÚDE MENTAL

A luta pela vida na Campanha do Setembro Amarelo.

O mês de setembro, é marcado pela campa-

nha “Setembro Amarelo” dedicada à prevenção do suicídio; uma boa razão para refletir um pouco sobre esse tema que está intimamente ligado à saúde mental. Segundo a OMS, ocorrem cerca de 800 mil suicídios por ano no mundo e o Brasil é o oitavo em números absolutos com cerca de 12 mil suicídios ao

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ano. É importante saber que 96 % das pessoas que cometem o ato contra a própria vida sofriam de algum transtorno. Na verdade, a pessoa que fala em suicídio está pedindo ajuda e provavelmente em algum momento da vida já pensou ou tentou fazê-lo. O simples fato de ser ouvida com atenção, pode ajudá-la a aliviar as tensões e angústias com um efeito positivo no seu quadro depressivo. Infelizmente a ideia de que ela só quer chamar a atenção, contribui muito para aumentar os riscos. Temos que saber que quem fala em suicídio tem que ser levado a sério, pois está com problemas e precisa de apoio. Existe uma ambivalência no estado mental do suicida, pois na verdade o que ele busca, não é a morte, mas sim o alívio, pois não suporta mais estar consciente do próprio sofrimento. Em última análise ele quer dar fim a consciência do sofrimento mesmo que para isso tenha que destruir todo o resto. Todo ser

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vivente carrega dentro de si um instinto poderoso em favor da vida desde as plantas até os animais. Podemos dizer que, instintivamente, nenhum ser humano quer morrer. O suicídio não é um processo pacífico e sim uma luta interna entre consciente e inconsciente. Um lado quer morrer, mas o outro, luta desesperadamente para se manter vivo. Essa luta está presente nos quadros graves de depressão. É maravilhoso quando o instinto pela vida vence, apoiado por amigos, familiares, médicos, psicólogos, igreja, etc. Por outro lado é triste saber que uma consciência desolada, perturbada e sem fé em mais nada, numa atitude impulsiva e irreversível, dá fim ao bem mais precioso que Deus nos deu: a vida. Precisamos nos mobilizar para que isso deixe de acontecer e que a vida vença em todos os sentidos.

Romildo R. Almeida Psicólogo Clínico


LITURGIA | NOS PASSOS DE JESUS Setembro é o mês em que nos dedicamos

a um estudo mais profunda sobre a Sagrada Escritura, vamos portanto, aproveitar a oportunidade para fazermos uma caminhada seguindo os passos de Cristo pelos Evangelhos de cada domingo. Neste 23º Domingo do tempo comum, no Evangelho (Mc 7,31-37), Jesus sai da região de Tiro, e vai até a região da Decápole. Seu primeiro encontro é com um “homem surdo que falava com dificuldade”. Jesus leva o homem para fora da multidão, colocando “os dedos nos seus ouvidos, cuspiu e com a saliva tocou a língua dele. Olhando para o céu, suspirou e disse Efatá que quer dizer abra-te” (Mc 7 33-34). A língua do homem se soltou e ele voltou a falar sem dificuldade. “O gesto de Jesus narrado pelo Evangelho torna-se atual num gesto feito na Igreja para a iniciação dos catecúmenos” (missal dominical). Jesus devolve ao homem a dignidade, agora ele pode falar e ouvir. “Este é um gesto messiânico(...), e toda comunidade de Jesus Cristo produz sinais messiânicos. Ela é feita de irmãos e irmãs, sem discriminação de pessoas. Procuram que entre eles não haja necessitados, e todos estão atentos ao “estrangeiro, ao órfão e a viúva”, símbolos do pobre desamparado. Eles se tornam a boca do mudo, o ouvido do surdo, as pernas do coxo” (Cônego Celso Pedro da Silva). Continuando sua caminhada, neste 24º Domingo do Tempo Comum, no Evangelho (Mc 8, 27-35), Jesus vai até os povoados Cesareia de Filipe juntamente com os seus discípulos e ali quis saber o que dizem os homens a seu respeito. Depois de algumas respostas, a pergunta é direcionada aos discípulos: ”E vós, quem dizeis que eu sou?”. Até os dias de hoje Jesus

continua fazendo esta pergunta a cada um de nós. Ele deseja que de fato, O reconheçamos como Messias, o nosso Salvador, assim como respondeu corretamente Pedro. Porém, não devemos ser contraditórios ao pregarmos o Messias achando que Ele é um Cristo de sombra e água fresca. Todos os dias temos que perder a nossa própria vida por amor a Cristo. Estamos no 25º Domingo do Tempo Comum, Evangelho (Mc 9, 30-37), e Jesus continua sua caminhada; agora é revelado aos discípulos que “o Filho do homem vai ser entregue nas mãos dos homens e eles o matarão”( Mc 9, 31), porém, parece que essa notícia não abalou aos discípulos, pois enquanto Jesus falava de sua Paixão, Morte e Ressurreição, eles discutiam entre si, pra ver quem era o maior. O comportamento dos discípulos nos mostra que até os dias de hoje podemos cair na tentação da busca de poder e prestígio quando o essencial já é o próprio Cristo na nossa vida. “Importa, pois, falar dele; ele é ‘o centro vivo da

fé. Só por meio dele os homens podem salvar-se’” (Missal dominical). Chagamos ao 26º Domingo do Tempo Comum, Evangelho (Mc 9, 38-43.45.4748). João reclama que tem um homem que não pertence ao grupo dos discípulos e está expulsando demônio em nome de Jesus. A resposta talvez não o agradou: “não proibais”. Jesus deixa claro: “quem não é contra nós é a nosso favor” (Mc 9, 40). Ou seja, o poder para praticar o bem, a caridade e a justiça, não é exclusividade de uma pessoa de um grupo ou de uma instituição. Quanto mais existem pessoas dispostas a fazerem o bem, veremos o mundo mais transformado. Que durante todo esse mês de Setembro deixemo-nos tocar pela Palavra de Deus e que ela produza em nossa vida, muitos santos frutos.

Pe .Ednaldo Oliveira

Comissão Diocesana de Liturgia

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BÍBLIA SER LIVRE EM CRISTO, EIS A NOVIDADE DE PAULO

exatos 50 anos, a Igreja no Brasil, animada pela nossa querida CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) segue firme na organização do mês da Bíblia. Para o ano de 2021, a carta de Paulo aos Gálatas foi o livro escolhido. Nessa carta, escrita pelas próprias mãos do apostolo, o tema da liberdade é essencial. Diz Paulo: “Não há judeu nem grego, não há escravo nem livre, não há homem e mulher: pois todos vós sou UM só em Cristo Jesus” (Gl 3,28). A Galácia está situada entre a Capadócia e o Ponto – hoje a cidade tem o nome de Ancara, capital da Turquia. A partir do ano de 279 a.C. (antes de Cristo), a Galácia começa a receber inúmeros imigrantes vindos da Gália – França, Bélgica e Itália – e passam a residir nessa parte central da Turquia. A região é propícia ao cultivo de uvas, cereais e, suas terras facilitam a criação de animais de médio porte como ovelhas e cabritos. Por essa condição natural, a Galácia se transformou em um forte centro comercial. Em 189 a.C., os romanos conquistam a região e, no ano 25 a.C., a cidade de Ancira se torna capital da província romana. No ano 50 d.C. (depois de Cristo), Paulo evangeliza na região, mas pelo que

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lemos, não teve muito sucesso, em sua segunda viagem (cf. At 16,6). Três anos mais tarde, volta a visitar as comunidades e, dessa vez, teve sucesso, tendo ficado um tempo junto aos irmãos: “Passado algum tempo, partiu de novo e percorreu sucessivamente o território da Galácia e da Frígia, confirmando todos os discípulos (cf. At 18,23). A vida e obra do apóstolo Paulo pode ser reconstruída seguindo os conteúdos das sete cartas, consideradas autenticas e, nas informações contidas no livro dos Atos dos Apóstolos. Não é tarefa fácil e consensual traçar as viagens, os escritos e as teorias utilizadas por Paulo, no anúncio do evangelho. Após sua vocação, descoberta no caminho de Damasco, ocorrida nos anos 32 ou 34 (At 9,3-16), até sua morte em Roma, segundo os escritos de São Clemente Romano, no ano 56/57, Paulo teve uma vida dedicada na animação das comunidades. Na carta aos Gálatas, escrita entre os anos de 55/57 d.C., já, próximo de sua morte, Paulo está convencido que o tempo da Lei não significa mais nada. A Lei evidencia o período em que apóstolo se dedicou, com todo seu vigor e entusiasmo, ao estudo e prática do judaísmo de seu tempo. Assim, ele mesmo argumenta:

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“Por que, então a Lei? Foi acrescentada em vista das transgressões”. Ao contrário da força e tradição da Lei está a força e a graça da fé: “Chegada, porém, a fé, não estamos mais sob o pedagogo – ensino da lei; vós todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus” (Gl 3,26). Fundadas a partir da pregação paulina, as igrejas da Galácia, passam por uma crise de identidade. O ponto principal de discussão e de crise é “outro evangelho”, o qual “distorce o evangelho de Cristo” (Gl 1,7). O grupo judaizante radical insiste: o seguidor e a seguidora de Jesus devem submeter-se à prática de todas as leis judaicas, como a circuncisão e as leis alimentares, para alcançar a salvação (Gl 2,11-21). Essa volta ao passado irrita Paulo. Sua crítica é direcionada aos “falsos” convertidos que estavam prestes a se submeter à Lei de Moisés (Gl 4,1) e a rejeitar o evangelho da graça anunciado por ele (Gl 1,6; 5,4). A falta de clareza na fé e na força do evangelho ensinado levam sofrimentos a Paulo: “Meus filhos, por vocês eu sofro de novo as dores de parto, até que Cristo se forme em vocês” (Gl 4,19). No mês de setembro, todo ele dedicado ao estudo da Bíblia, nossas comunidades de base, círculos bíblicos, grupos de pastorais ao lerem a carta aos Gálatas têm a oportunidade de descobrir a riqueza do evangelho na vida de Paulo. A força do anúncio da mensagem de Jesus crucificado. E, nesse contato com a carta aos Gálatas, perceber que crises ou dificuldades não são motivos para destruir ou abandonar projetos de comunhão ou compromissos comunitários, mas, sim, ocasiões de promover amadurecimento e crescimento. Ter uma fé adulta, coesa e libertadora. Não é para ser servo, mas servidor; não para ser escravo, mas para a liberdade que Cristo nos libertou (Gl 5,1). Pe. Antônio Carlos Frizzo Vigário da Paróquia Santa Rita de Cássia – Jardim Cumbica


ESCOLA DA PALAVRA FORMAÇÃO BÁSICA SOBRE A BÍBLIA, A PALAVRA DE DEUS PARA LEIGOS

Deus

seja louvado pela nossa Escola da Palavra. A nossa gratidão à equipe de cristãos leigos, e, leigas, de nossas comunidades, que a assume com tanto esforço, dedicação, e ardor missionário. Muito obrigado a vocês. A escola da Palavra tem como objetivo principal oferecer formação básica sobre a Bíblia, a Palavra de Deus para lideranças leigas das pastorais de nossas comunidades eclesiais. Temos procurado atender ao desejo da Igreja no Brasil que exorta os discípulos e discípulas de Jesus Cristo do nosso tempo a se deixarem alcançar pela palavra de seu Mestre e Senhor. Cria-se um espaço de partilha e aprofundamento da Palavra de Deus onde, à luz das experiências vividas e da pratica pastoral, os cristãos leigos e, leigas possam aprofundar a fé cristã para serem testemunhas de Jesus Cristo na sociedade e na Igreja, sendo luz, sal, e fermento. Esse ano, mais uma vez, por causa da pandemia nossa escola não será de forma presencial, mas on line (lives). Nem por isso deixará de ter a sua importância. Devido a importância, e a necessidade de investir na formação bíblica de nossos agentes de pastoral, a ultima assembléia diocesana aprovou como uma de suas prioridades pastorais a Escola da Palavra em toda a Diocese. O subsídio usado para essa formação é

do centro bíblico verbo, e a cada ano é estudado o livro bíblico indicado pela CNBB, para reflexão no mês da Bíblia, que acontece em setembro. Neste ano a Carta de Paulo aos Gálatas foi o livro bíblico escolhido para iluminar nossa caminhada no mês da Bíblia. Estamos tendo dois momentos na Escola da Palavra deste ano: Um com reflexão feita por biblistas do Centro Bíblico, pelo facebook, e pelo youtub do CNLB, e o outro com partilha de aprofundamento das lives, pelo gogle meet. Está sendo uma ótima experiência. A exortação apostólica pós – sinodal do Papa Bento XVI nos convida a um esforço pastoral particular para que a Palavra de Deus apareça em lugar central na vida da Igreja, e nos recomenda que se incremente a pastoral bíblica, não em justaposição com outras formas de pastoral, mas como animação bíblica da pastoral inteira. Portanto a ação evangelizadora não pode acontecer desvinculada da Palavra de Deus. A Palavra de Deus precisa estar sempre presente nos encontros, e nas mais variadas reuniões. A Igreja funda-se sobre a Palavra de Deus, nasce e vive dela. O Povo de Deus encontrou sempre nela sua força e, também hoje, a comunidade eclesial cresce na escuta, na celebração e no estudo da Palavra de Deus. Nos Atos dos Apóstolos dizem que a Igreja crescia em número cf At 9,31. Na verdade o que crescia era o número dos que acolhiam a Palavra, pois só se torna discípulo no acolhimento à Palavra. Na mensagem sobre a Palavra de Deus e a animação bíblica de toda a pastoral, em maio de 2010, nossos bispos nos convidaram: “Deixemo-nos cativar pela Palavra. Ela faz arder nossos corações, abri nossas mãos, e torna velozes os nossos pés na missão”. Nas atuais Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora, a Palavra de Deus é colocada como Pilar de sustentação da

Comunidade Eclesial missionária. Nas Diretrizes anterior, era uma das 5 urgências, embora a Palavra de Deus, é uma das atividades permanentes que a Igreja deve oferecer ao povo de Deus, juntamente com a Eucaristia, e os demais Sacramentos, e a Caridade Fraterna. Para formar discípulos missionários, é urgente aproximar mais as pessoas e as comunidades da leitura orante da Bíblia. Não basta ler ou estudar a Sagrada Escritura, pois a “inteligência das Escrituras exige, ainda mais do que o estudo, a intimidade com Cristo e a oração”. É importante a leitura orante comunitária, que evite o risco de uma abordagem individualista, tendo presente que a Palavra de Deus nos é dada precisamente para construir comunhão. Bento XVI na Verbum domini, expressa o vivo desejo de que floresça “uma nova estação de maior amor pela Sagrada Escritura da parte de todos os membros do Povo de Deus, de modo que, a partir da sua leitura orante e fiel no tempo, se aprofunde a ligação com a própria pessoa de Jesus”. É necessário ajudar a ler e interpretar corretamente a Escritura, “chegar à interpretação adequada dos textos bíblicos e empregá-los como mediação de diálogo com Jesus Cristo”. Para aprofundar o Pilar da Palavra, a CNBB em sua 58ª Assembléia Geral, aprovou o documento de Estudo: “E a Palavra habitou entre nós” (Jo 1,14), Animação Bíblica da Pastoral a partir das comunidades eclesiais missionárias. Vamos motivar a leitura, e a reflexão deste livro. Ele quer contribuir para que a Igreja no Brasil avance ainda mais na relação com a Palavra de Deus, alimentando pessoas, grupos, comunidades, pastorais, e demais associações, bem como estimulando o espírito missionário.

Pe. Tarcísio Anatólio de Almeida Escola da Palavra

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ESPECIAL |

PEREGRINAÇÃO DA IMACULADA CONCEIÇÃO

SANTUÁRIO SÃO JUDAS TADEU

PARÓQUIA SANTO ANTÔNIO DO PARQUE

PARÓQUIA NOSSA SENHORA APARECIDA - JD. VILA GALVÃO

PARÓQUIA SÃO PEDRO 8

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ORAÇÃO E HINO

Oração e Hino Oração do Jubileu de Esmeralda 1981 - 2021

HINO 40 ANOS – 1981 – 2021

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DIREITO E FAMÍLIA |

A Igreja Católica nasce da vontade de Jesus,

a Palavra de Deus, alicerçada nos apóstolos, com a missão de ir a todo o mundo e fazer discípulos, batizando-os, em nome do Pai, do filho, e do Espírito Santo, e ensinando-lhes a observar os mandamentos de Jesus (Mt. 16, 18-19). O Brasil, como toda a civilização oriental, nasceu das mãos da Igreja, em cumprimento à referida ordem. Seu descobrimento foi resultado de um heroico esforço apostólico do Reino de Portugal que, também com interesses comerciais e econômicos, se aventurou pelos mares com o ardente desejo de levar aos cantos do mundo a luz e a cruz de Cristo, com a difusão da verdadeira fé.

BRASIL: UM PAÍS CATÓLICO Por isso, o primeiro nome do Brasil foi Terra de Santa Cruz, sua primeira bandeira ostentava a Cruz de Cristo e o primeiro ato solene que marcou sua identidade foi a celebração da Santa Missa. Em decorrência, muitas cidades e Estados carregam nomes de santos. Não poucas cidades foram fundadas por sacerdotes e religiosos católicos, a exemplo de São Paulo, antiga Vila de Piratininga, fundada por religiosos jesuítas. A Igreja Católica foi, inicialmente, a única responsável pela educação no país, e ainda hoje mantém centenas de escolas e universidades; também, no exercício de sua missão social, é responsável direta por muitos hospitais, instituições de caridade que promovem o bem atendendo anualmente milhares, senão milhões de brasileiros e estrangeiros. Apesar de nada haver de tão importante na história do Brasil como o dedo singular da Igreja, é verdade que há uma tendência atual em todo o mundo em desconstruir a identidade católica e os valores fundamentais cristãos. Os defensores das ideologias e do relativismo moral tentam, para disseminar a mentira, fazer com que a Verdade saia de cena, perseguindo os cristãos – em especial os valores da família -, em ataque à liberdade religiosa, sob o pretexto de manter um Estado laico.

Ora, Estado laico é justamente aquele que, não se investindo de religião oficial, respeita profundamente as religiões, garantido sua plena liberdade de culto, sem jamais avançar nos seus respectivos campos. Importante termos em mente que, para colaborar com a garantia da liberdade religiosa no nosso país, investindo a Igreja de mecanismos jurídicos que possam garantir seus bens, sua liberdade, e principalmente sua missão evangelizadora, o Brasil, em 11 de fevereiro de 2010, firmou um Tratado com a Santa Sé. A história mostra a importância desses acordos porque não foram poucos os trágicos momentos em que governos tirânicos usurparam bens da Igreja, tentaram sufocar suas ações, inibiram a propagação da fé e prenderam, feriram até mesmo mataram sacerdotes, religiosos e fiéis leigos. Na nossa próxima edição da Folha Diocesana, convido você, querido leitor, a se deter conosco, nesta coluna, em alguns dos principais pontos estabelecidos no Tratado Brasil-Santa Sé, cujo conhecimento, para nós, cidadãos católicos, é fundamental.

Marcos Antônio Favaro

Procurador Jurídico, Pós-Graduado em Teologia, Mestre em Direito na PUC-SP

PROPEDÊUTICO | A HUMILDADE COMO VIRTUDE PARA O ESTUDO

Poucos discordam que o estudo é um bem de

grande valor seja para um objetivo específico como um concurso, seja em maior amplitude para a formação pessoal. Ao mesmo tempo, muitos concordam sobre o quanto é difícil estudar e aprender. É nesse sentido que a tradição católica pode contribuir, porque, servidora da humanidade

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que é, procura sempre apontar para o mais profundo dos sentidos humanos. Nessa rica tradição, encontra-se uma figura cujo resgate tem se dado aos poucos, o Beato Hugo de São Vitor (1096-1141), monge que dirigiu os estudos de uma importante escola monástica na Idade Média e escreveu um opúsculo sobre como aprender. Dentre tantas importantes respostas às angústias de quem estuda, pretende-se destacar apenas a primeira de suas afirmações do opúsculo: “A humildade é o princípio do aprendizado”. Na tradição, a humildade é tida como uma virtude. Bom, antes é importante observar o que é “virtude”. Tomás de Aquino responde positivamente à pergunta sobre se a virtude é um hábito, o que significa que é a perfeição das operações, ou daquilo que hoje podemos chamar de ações. De forma resumida, pode-se dizer que virtude é uma boa prática, por um bom motivo que vise um bom fim, por isso, uma ação perfeita. Em que consiste esse bem? No desapegado desejo de ser melhor, para o bem de todos e em plena conformidade com sua realidade, com a verdade a que chegar, mediante o esforço do ato de estudar. São Bernardo de Claraval, em seu “Os graus da humildade e da soberba” oferece três graus para a virtude da humildade: o mais baixo corresponde ao conhecimento de si mesmo, o mediano ao conhecimento do outro pela caridade e, por fim, o conhecimento mesmo de Deus e das

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coisas divinas. Ou seja, a humildade começa com o autoconhecimento, daí passa-se ao exercício de escuta e de diálogo com todos e, enfim, encontra-se a Verdade, o objeto de todo estudo. Por isso, faz todo o sentido, nessa literatura medieval, reconhecer na humildade o princípio de todo o conhecimento, uma vez que ele corresponde exatamente ao hábito de aprender. Assim, quando o beato Hugo começa seu escrito apontando para a humildade como princípio do aprendizado e, portanto, de toda a ciência, está a reafirmar que a busca pelo conhecimento se dá pela consciência da incompletude humana (como de sua ignorância), daí começar por si mesmo e encerrar na mais abstrata ciência. Enfim, muito antes das condições materiais, dos conhecimentos prévios ou enciclopédicos, antes mesmo de buscar o objetivo de cada conhecimento, aquele que se dispõe a aprender sobre qualquer coisa precisa dispor-se a aprender sobre si mesmo. Em reconhecer sua incompletude e sua vocação ao bem, na busca pelo melhor de si mesmo no cotidiano e, por fim, em fazê-lo para o bem de si, de todos e em conformidade com toda ciência e verdade a que pôde chegar. Eis a humildade, exercício para quem se dispõe a aprender.

Victor Hugo Ramão Fernandes Professor, Mestre em Língua Portuguesa pela PUC-SP, candidato ao Diaconato Permanente.


ACONTECEU MISSA DIOCESANA - ABERTURA DA SEMANA DA FAMÍLIA 2021

No dia 07 de agosto às 18h, a coordenação diocesana da Pastoral

Familiar, sob a assessoria eclesiástica do Padre Carlos Vicente, reunida com os coordenadores paroquiais, participaram da missa de abertura da Semana Diocesana da Família, presidida por Dom Edmilson Amador Caetano no Centro Diocesano de Pastoral. Com base no subsídio anual Hora da Família com o lema “Alegria do amor na família”, o bispo enviou os membros da pastoral familiar para realizarem os encontros nas comunidades conforme organização de cada paróquia, levando em consideração os protocolos de segurança devido a situação de pandemia Covid-19.

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ASSUNTOS CNBB |

REZE PELO AFEGANISTÃO:

CNBB PROMOVE JORNADA DE ORAÇÃO E MISSÃO DEDICADA À PAZ NO PAÍS

Na última quarta-feira, 1º de setembro, a

Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e a Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que sofre (ACN), convidou todos os cristãos de boa vontade a rezar pelo Afeganistão em mais uma edição da Jornada de Oração e Missão pela Paz. Desta vez, a corrente de oração se fez ainda mais importante pois o povo afegão tem vivido desde 15 de agosto, quando o Talibã tomou a capital Cabul, dias de guerra com muitas mortes e violência. O grupo islâmico vem reconquistando territórios no Afeganistão desde maio, quando os Estados Unidos começaram o processo de retirada dos militares norte-americanos da região depois de 20 anos de ocupação. Segundo o Vatican News, o Talibã é um regime que infelizmente entrou para a história, caracterizado por uma visão fortemente conservadora do Islã. Desde a invasão soviética em 1979, o Afeganistão não conhece a paz e agora o país sofre mais uma vez com a guerra, o exílio forçado e a fome.

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O arcebispo do Luxemburgo e presidente da Comissão dos Episcopados Católicos da União Europeia (COMECE), dom Jean-Claude Hollerich, disse ao Vatican News nesta quinta-feira, 26 de agosto, que os bispos da UE estão preocupados com as pessoas“que estão desespera das e querem sair do Afeganistão”, com medo da opressão, e pede compaixão e acolhimento. “É muito claro que os Estados da União Europeia – e a própria União Europeia – têm de fazer tudo o que é possível para salvar o maior número de pessoas e também para recebê-los dentro dos países membros”, disse dom Jean-Claude. No Afeganistão não tem representação católica. Apenas a Missio sui iuris no Afeganistão – missão independente comandada pelo padre barnabita Giovanni Scalese, que depois de quase sete anos no país asiático, voltou à Itália e, com ele, outros católicos, como as irmãs de várias Congregações que até agora exerciam seu silencioso, mas frutífero serviço e cuidado com os mais frágeis. O sacerdote foi

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repatriado como milhares de pessoas forçadas a fugir depois que o Talibã assumiu o poder. Em entrevista ao Vatican News, nesta sexta-feira, 27 de agosto, padre Giovani disse que se houver condições, eles vão retornar a Cabul. “Se nos for dada a possibilidade de regressar, por que não? Não cabe a nós decidir quem deve governar o país”. O religioso contou que conclui uma presença iniciada por desejo do Papa Pio XI há cem anos no país asiático. Segundo ele, em 13 de outubro de 2017, “con sagramos a missão e o Afeganistão” ao Imaculado Coração de Maria. Estou “convencido de que Nossa Senhora zelará por este país como ela zelou por nós”, disse padre Giovanni A Jornada de Oração e Missão fez parte de uma série, que coloca o valor da oração como “agir missionário” e propõe que cada cristão católico dedique um tempo do dia para rezar pelo país.

Fonte: Imprensa CNBB


VAI ACONTECER PEREGRINAÇÃO DA IMAGEM DA IMACULADA CONCEIÇÃO – 2021 FORANIA IMACULADA

PEREGRINAÇÃO DA IMACULADA

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VAI ACONTECER Agenda do Bispo | Setembro 2021 01

09h30 – Economato

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Manhã – Reunião on-line

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14h30 – Atendimento Cúria

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14h30 – Atendimento Cúria

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07h00 – Seminário Propedêutico

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19h00 – Crisma Santuário São Judas

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09h30 – Atendimento Cúria

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11h15 – Missa Catedral

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11h15 – Missa Catedral

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Assessoria no Retiro do clero de Três Lagoas em Agudos-SP

05

16h30 – Missa no “Viva a vida”

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Assessoria no Retiro do clero de Três Lagoas em Agudos-SP

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08h00 – Missa pela Pátria – Catedral

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Assessoria no Retiro do clero de Três Lagoas em Agudos-SP

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Ausente

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Assessoria no Retiro do clero de Três Lagoas em Agudos-SP

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09h30 – Conselho de presbíteros

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Assessoria no Retiro do clero de Três Lagoas em Agudos-SP

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09h30 – Atendimento Cúria

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15h00 – Seminário Lavras

10h00 – Ordenação diaconal do Sr. Márcio Eduardo da Silva Santuário São Judas

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Ausente

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19h30 – Missa paróquia São Francisco – Nações

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10h00 – Missa paróquia Santa Cruz e NS Aparecida

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11h15 – Missa Catedral

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19h00 – Missa paróquia Santa Cruz e NS do Carmo

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17h30 – Missa Escola Diaconal – Lavras

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09h00 – Presidência do Regional Sul 1 da CNBB

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09-12h – Reunião dos bispos da Província Eclesiástica

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10h00 – Catedral da Sé – 100 anos de D. Paulo Evaristo Arns

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18h00 – Missa Capelania Stella Maris

19h30 – Missa comunidade São Vicente paróquia NS Aparecida – Cocaia

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09h30 – Reunião do clero – Lavras

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18h00 – Missa Capelania Stella Maris

20h00 – Instalação da paróquia São Paulo Apóstolo Jd. Continental

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09h30 – Economato

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14h30 – Atendimento Cúria

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08h00 – Missa Capelania Stella Maris

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18h00 – Missa capelania Stella Maris

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09h30 – Formadores da Escola Diaconal – Cúria

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19h30 – Missa paróquia São Francisco - Uirapuru

Aniversariantes | Setembro 2021 DESEJAMOS A TODOS FELICIDADES E MUITAS BÊNÇÃOS EM SUAS VIDAS

PARABÉNS!! 14 Folha Diocesana de Guarulhos

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