Agenda Cultural DDC - Novembro e Dezembro/2019

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AGENDA C U LT U R A L

Novembro Dezembro 2019


HOMENAGEM

P R Ê M I O C E N T R O C U LT U R A L

NOVEMBRO

Minha geração aprendeu a admirar o Luis Fernando Verissimo pela qualidade do seu texto, que um amigo uma vez comparou aos dribles do Garrincha: a gente sabe pra onde ele vai, e pensa que sabe como, mas quando vê está sentado no chão, e ele com a bola. Todo mundo acha que consegue fazer igual, e por isso a internet e o mundo real estão cheios de falsos verissimos e falsos ponteiros direitos, cujo principal mérito é validar seus modelos originais. Verissimo é admirável também por seus personagens inesquecíveis, por seus temas e seu talento de cronista, sua capacidade de estar sempre antenado com a conjuntura; por sua cultura e conhecimento de mundo, indissociáveis de sua ligação com Porto Alegre. Ser colorado, no caso, é um bônus; nem precisava. Aos poucos, junto com as novas gerações, fomos descobrindo que havia muito mais pra admirar no Verissimo: a ironia que não se confunde com sarcasmo, o rir-com-o-outro sempre acima do rir-do-outro, no limite o rir-de-si-mesmo; e por trás de tudo, claro, o humanismo generoso e solidário de quem sabe que os tempos podem ser distópicos, mas que a utopia, como ensinou Galeano, sempre serve para seguir andando. Giba Assis Brasil, montador e professor de cinema.

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O Centro Cultural da Universidade Federal do Rio Grande do Sul foi inaugurado em agosto de 2018 com o objetivo de preservar e valorizar as práticas culturais e artísticas nas suas mais diversificadas manifestações. Desde então, vem se dedicando a oferecer programações que promovam a circulação de conhecimentos e o debate de ideias em um movimento constante de interação com a comunidade gaúcha. É nessa perspectiva que o Centro Cultural da UFRGS cria o Prêmio Centro Cultural, uma homenagem anual para personalidades que contribuem, de modo significativo, para a difusão da cultura e arte. O prêmio deste ano será outorgado ao escritor e cronista Luis Fenando Verissimo no dia 12 de novembro, às 19h, em uma cerimônia que contemplará leituras de textos escritos ao longo de sua trajetória, selecionados por Giba Assis Brasil, e apresentações musicais. Participam do encontro artistas como Anderson Vieira, Ilana Kaplan, Jorge Furtado e Mirna Spritzer; Claudio Levitan e Fernando Corona e Luiz Fernando Rocha e Ras Vicente.

PRÊMIO CENTRO CULTURAL Data: 12 de novembro, terça-feira, às 19h Local: Centro Cultural da UFRGS


Fotografia: Maciel Goelzer

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INAUGURAÇÃO

C A F E T E R I A P E S .T O NOVEMBRO

Cafeteria Pes.to tem evento de abertura com show dedicado a compositoras brasileiras O mais novo espaço do Centro Cultural da UFRGS, a cafeteria Pes.to, abre as portas para uma de suas principais ideias formadoras: a promoção de arte e cultura. No próximo dia 13, quarta-feira, às 19h, a cafeteria convida o público para seu evento de abertura que, em parceria com o Centro Cultural, recebe os músicos Dudu Sperb (voz), Nico Bueno (baixo), Antonio Flores (guitarra) e Fernando Sessé (percussão) para uma homenagem à obra de compositoras brasileiras. O show, intitulado ‘Elas por Eles’, inaugura o palco da cafeteria, contemplando no repertório grandes nomes, como Ceumar, Adriana Calcanhoto, Rita Lee, Dolores Duran e Marisa Monte.

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A ideia do grupo é reunir canções que evidenciem a presença marcante das mulheres na história da música brasileira. De Chiquinha Gonzaga até os nossos dias, as mulheres têm presença marcante e fundamental na história da música brasileira, tanto como intérpretes, quanto como compositoras.Entretanto, sobretudo como criadoras, elas são bastante menos lembradas que os homens. O espetáculo Elas por Eles busca justamente comentar um pouco da importância dessas grandes artistas, reunindo canções de algumas delas.


INAUGURAÇÃO DA CAFETERIA PES.TO Data: 13 de novembro, quarta-feira, às 19h Local: Centro Cultural da UFRGS

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F E S T I VA L D A C A N Ç Ã O A L I A N Ç A F R A N C E S A NOVEMBRO

Salão de Atos da UFRGS recebe a grande final do Festival da Canção Aliança Francesa O Festival da Canção Francesa surgiu, pela primeira vez, em 2008, por iniciativa da Aliança Francesa de Porto Alegre. Devido ao seu grande sucesso, o evento tornou-se uma referência em matéria de música contemporânea francesa e francófona no país e passou a acontecer em escala nacional. Organizado em três etapas, candidatos de todo o Brasil, têm a chance de interpretar canções em francês e concorrer a uma viagem com acompanhante para Paris. O concurso é gratuito e aberto a cantores amadores e profissionais e visa promover a descoberta de novos talentos e divulgar a diversidade do repertório musical em francês. Para participar, não é necessário o domínio da língua francesa, o importante é caprichar na interpretação e na pronúncia. A Final Nacional do Festival da Canção Aliança Francesa 2019 é realizada pela Aliança Francesa

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de Porto Alegre, com o patrocínio da Timac Agro, o financiamento da Secretaria de Estado da Cultura do Rio Grande do Sul, coprodução com o Departamento de Difusão Cultural da Universidade Federal do Rio Grande do Sul e o apoio do Consulado Geral da França em São Paulo, Club Med, Air France, Estúdio Musitek e Pubblicato. O concurso tem como objetivo dar visibilidade a imensidão cultural existente por trás da língua francesa, através das performances exclusivas de músicas em francês. A ideia do projeto, além de valorizar o idioma, consiste em expandir as concepções restritas à cultura francesa para países africanos, americanos e europeus que também possuem o francês como língua oficial ou dominante. A grande final terá a apresentação de dez


candidatos que vieram de outras seis capitais para competir pelo visado primeiro lugar. O ganhador será prestigiado com duas passagens para Paris, pela Air France, e com seis noites de hospedagem e café da manhã incluso. Além da viagem, a premiação contempla quatro horas de gravação da música vencedora no Estúdio Audio Porto e um ano de francês na Aliança Francesa de Porto Alegre. O segundo lugar será presenteado com um final de semana em um clube de férias, o ClubMed, para duas pessoas, enquanto o terceiro classificado apreciará um jantar no valor de R$500,00, escolhido pela comissão do Festival, na cidade do premiado.

Elisa Freese Fernanda Abbott Fernanda Copatti Gabriel Mazzini João Arthur Moschen Juliano Barreto Maria Cláudia Sanchotene

INAUGURAÇÃO DA CAFETERIA PES.TO Data: 30 de novembro, sábado, às 20h Local: Salão de Atos da UFRGS Av. Paulo Gama, 110 Entrada franca, mediante 1kg de alimento não perecível.

Confira a lista de participantes Bruna Caselani Cristina Fernández Eduardo Fronckowiak

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UFRGS 85 ANOS

Fotografia: Luiz Carlos Felizardo

E XPOSIÇÃO LUIZ CARLOS FELIZ ARDO NOVEMBRO O renomado fotógrafo Luiz Carlos Felizardo retorna à UFRGS em novembro para mais uma exposição. A realização é uma parceria com o Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul - MAC RS, através da cedência de parte do acervo de fotografias emolduradas que serão expostas no Centro Cultural. A curadoria é de Alexandre Santos. Felizardo dedica-se à fotografia há mais de 40 anos. Formou-se em Arquitetura pela UFRGS em 1972 e passou a dedicar-se à fotografia. Integrou diversas mostras coletivas e individuais no Brasil, América Latina Estados Unidos e Europa, e sua obra compõe coleções em diversos países. Também faz parte do grupo de 18 fotógrafos brasileiros que tiveram suas obras adquiridas para o acervo inicial da Coleção MASP/Pirelli de Fotografias. Além de fotógrafo é autor de dois livros, O Relógio de Ver e IMAGO. Em 2017, Felizardo foi homenageado pela UFRGS com a exposição O Percurso de um Olhar, exposta no pátio do Campus Centro, com 30 painéis que representavam sua trajetória.

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A Difusão Cultural da UFRGS apresenta ao público no dia 28 um catálogo de 30 fotos reunidas para a exposição O Percurso de um Olhar, exibida há dois anos na frente da Faculdade de Educação da UFRGS. A obra de mesmo nome da exposição contará com textos escritos por Luiz Carlos Felizardo. Neles, o veterano fotógrafo descreve e conta a história de cada captura feita por sua câmera à época, em uma espécie de mergulho em seu passado e em sua própria criação.

LANÇAMENTO DO CATÁLOGO O PERCURSO DE UM OLHAR, DE LUIZ CARLOS FELIZARDO Data: 28 de novembro, às 20h Local: Centro Cultural da UFRGS Entrada Franca

EXPOSIÇÃO LUIZ CARLOS FELIZARDO: O DESENHO DA IMAGEM Abertura: 28 de novembro, às 20h Visitação: 29 de novembro a 30 de janeiro Horário: de segunda a sexta, das 09h às 19h Local: Centro Cultural da UFRGS


P E R C U R S O D O A R T I S TA NOVEMBRO

Inéditos de Teresa Poester na Sala Fahrion Teresa Poester (Bagé, 1954) é a próxima convidada do projeto Percurso do Artista, promovido pelo Departamento de Difusão Cultural da UFRGS, com curadoria de Eduardo Veras, professor do Instituto de Artes da UFRGS. A exposição, na Sala Fahrion, no prédio da Reitoria, apresentará apenas trabalhos inéditos, concebidos especialmente para a mostra. Ao mesmo tempo, deve funcionar como uma espécie de apanhado do trabalho da artista ao longo dos últimos dois anos. Desde que se aposentou como professora do Instituto de Artes da universidade, no início de 2018, ela está morando na França, país em que já havia cursado o doutorado (na Universidade de Paris I, Sorbonne) e o pósdoutorado (na Université de Picardie Jules Verne, onde também foi professora de desenho). Nesse período, sua produção desdobrou-se de modo profícuo e foi exibida em galerias parisienses. Reconhecida pela trajetória como pintora e desenhista, Teresa vem explorando nuances mais experimentais do desenho e do gesto de desenhar, fundindo essa linguagem com outras possibilidades estéticas, como gravura, fotografia e impressão digital, realizando ações performativas e dedicando-se à videoperformance e, mais recentemente, a um tipo peculiar de videoanimação.

Fotografia: Acervo Pessoal de Teresa Poester

Teresa Poester – O Percurso do Artista exibirá duas séries de grandes dimensões, construídas parte no ateliê de Eragny-sur-Epte, na Normandia, parte em Porto Alegre, combinando lápis de cor e pigmento, em um emaranhado de forte gestualidade. A mostra também vai incluir vídeos experimentais desenvolvidos em parceria com os músicos Wagner Cunha, no Brasil, e Januibe Tejera, na França. Para o pergolado que acompanha a Sala Fahrion, Teresa planeja um desenho a ser elaborado de maneira colaborativa, com canetas esferográficas. Além de exposições no Brasil e na França, Teresa já realizou individuais na Argentina, na Espanha e na Bélgica.

PERCURSO DO ARTISTA | TERESA POESTER Data: novembro a maio de 2020 Horário: de segunda a sexta, das 08h às 18h Local: Sala João Fahrion - Reitoria UFRGS

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UFRGS 85 ANOS

O C U PA Ç Ã O X I C O S T O C K I N G E R NOVEMBRO “É preciso pensar muito, não propriamente para executar a obra, mas pensar o que você vai fazer, como você vai fazer e por que você vai fazer. Quer dizer, tem que ter sempre uma intenção. Sem intenção, é difícil fazer.” Xico Stockinger No mês de novembro a Universidade Federal do Rio Grande do Sul se engaja nas comemorações do Estado do RGS fazendo a sua homenagem a Xico Stockinger. O Instituto Estadual de Artes Visuais, ao lançar o selo comemorativo aos 100 anos do artista, acaba por fazer um chamamento a todos que admiram e respeitam a sua obra; assim, a UFRGS atende ao chamado e engaja muitas pessoas em seus equipamentos culturais com diferentes formas de homenageá-lo. No Centro Cultural reuniremos esculturas, fotografias e narrativas. Ao percorrer os espaços do Centro Cultural, Stockinger estará presente convivendo com os visitantes. As esculturas que integram o percurso foram cedidas por Francisco Stockinger, que abriu seu acervo pessoal para ser compartilhado com a Universidade e com a cidade; os professores Luiz Eduardo Robinson Achutti e Eduardo Vieira da Cunha também participam. Achutti realiza um recorte das fotos que integraram a exposição e o livro “A matéria encantada – Xico Stockinger por Achutti”, em 2008. As fotos capturadas no atelier do artista estarão dialogando com as esculturas. Eduardo Vieira da Cunha compartilhará com todos os convidados um percurso pelos espaços narrando sua relação com as esculturas e com Xico. A Sala Redenção se une com o documentário “Xico Stockinger”, do diretor Frederico Medina, exibindo-o em duas sessões. A homenagem da UFRGS é marcada por afetos do filho que compartilha seu acervo; por Achutti, que exibe os momentos captados no

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processo criativo e por Eduardo Vieira da Cunha compartilhando através de seu relato a admiração pelo artista, mas sobretudo enfatizando as obras que ocupam o Centro Cultural para que todos sintam e apreciem a força e a sensibilidade em cada uma das formas escolhidas pela UFRGS para celebrar o trabalho e a vida de Stockinger. Claudia Boettcher, Diretora do DDC

Ocupação Xico Stockinger: Esculturas Stockinger Conversa Eduardo Vieira da Cunha Exposição Stockinger por Achutti Exibição do Documentário “Xico Stockinger”

OCUPAÇÃO XICO STOCKINGER Data: novembro a janeiro Horário: de segunda a sexta, das 09h às 19h Local: Centro Cultural da UFRGS


Fotografia: Luiz Eduardo Achutti

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UFRGS 85 ANOS

E XPOSIÇÃO CRÍTICOS E CUR ADORES Artistas, Historiadores e Críticos: Uma Perspectiva a Partir do Acervo da Pinacoteca Barão de Santo Ângelo Tendo por missão “conservar, restaurar, ampliar e divulgar o patrimônio artístico e documental do Instituto de Artes da UFRGS”, a Pinacoteca Barão de Santo Ângelo, em estreita associação com o Departamento de Difusão Cultural da UFRGS, apresenta o resultado da associação de profissionais de instituições internacionais e nacionais, com vistas ao conhecimento e ao estudo da coleção de arte na UFRGS. O projeto tem ênfase na produção plástica, privilegiando o olhar sobre as relações da produção e de seus autores com o campo das artes, com especial destaque para o Rio Grande do Sul, tanto pelos artistas escolhidos quanto pelo papel que esses artistas e suas obras desempenharam na consolidação do campo das artes no Estado. Isso nos remete para o ano de 2014, momento em que o projeto de difusão do acervo do Instituto de Artes integrou as ações dos 80 anos. Naquele momento a proposta era a de criar formas de difusão do acervo da Pinacoteca Barão de Santo Ângelo. A parceria com o Instituto de Artes resultou em uma exposição dividida em um primeiro módulo – pintura e escultura – exposta no Salão de Festas e um segundo módulo – gravuras e fotografias – vista no Museu da UFRGS. Para que as ações fossem realizadas, vários movimentos foram desencadeados, sendo que o começo foi o da curadoria, que fez a escolha das obras e, a partir daí, as ações de higienização e restauro das peças indicadas, os projetos de museografia e sinalização e, finalmente, após meses de trabalho, a exposição, a publicação do catálogo e a efetiva difusão do acervo artístico do Instituto de Artes. Agora, como parte integrante de um projeto cujo principal objetivo é articular os interesses dos pesquisadores convidados e sua relação com os objetos de pesquisa — as obras pertencentes à Pinacoteca —, a presente exposição apresenta uma seleção de obras indicadas por insignes pesquisadores, majoritariamente pertencentes a quadros de profissionais de instituições fora dos limites da UFRGS. A exposição tem a indicação das obras efetuada pela professora e historiadora Ana Lucia Araújo, da Howard University (Washington, EUA), o

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crítico de arte e diretor de estudos Jacques Leenhardt, da EHESS (École des Hautes Études en Sciences Sociales — Paris, França), o artista visual, crítico de arte e curador independente Rolf Külz Mackenzie, da Freie Universität (Berlim, Alemanha). Dentre os atuantes no Brasil, conta com o crítico de arte Teixeira Coelho, professor titular da USP, a professora emérita e historiadora Sônia Gomes Pereira, da UFRJ, a professora e crítica de arte Neiva Maria Fonseca Bohns, da UFPel e, completando o grupo, a professora e crítica de arte Icléia Borsa Cattani, do Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais da UFRGS. Esta exposição apresenta obras de artistas (ou grupo de artistas)que foram objetos de estudos desenvolvidos pelos autores citados, com vistas à publicação de um volume de ensaios que teve como objeto a coleção da Pinacoteca Barão de Santo Ângelo. Essa é uma instituição que, conforme já amplamente demonstrado em pesquisas acadêmicas e publicações, tem grande importância no universo das coleções universitárias de arte do país por sua representatividade nominal, assim como pela excelência das obras inscritas em seu inventário. O presente projeto curatorial, promovido pelos curadores convidados, apresenta parte da multiplicidade de investigações em linguagens, formas, suportes, materiais, temáticas e processos que revelam o dinamismo da produção plástica nacional e local, ultrapassando os estreitos limites da ortodoxia formal e da temática, gerando interrogações e propondo problemas que constituem parte de suas poéticas. A obra de Carlos Pasquetti, Carlos Scliar, Elida Tessler, Maria Lidia Magliani, Regina Silveira e Wilson Tibério, como muitas outras, é exemplar na expressão das particularidades de seus autores e abre possibilidades de novas formulações teórico/conceituais. São obras e artistas que tem como característica distintiva a excelência e a ênfase nos problemas da sua contemporaneidade, alinhadas, na medida do possível, com as manifestações das vanguardas, mas sempre demonstrando, de modo enfático, o domínio das técnicas e dos modos de operar


adequados aos projetos individuais, assim como uma preocupação constante com os resultados a serem alcançados na boa articulação entre forma e conteúdo. Por fim, considera-se que a presente exposição, e os estudos decorrentes dela, elucidarão relações inéditas entre as obras, seus autores e o sistema na qual foram produzidas, justificando plenamente a missão de uma coleção universitária, de seu acervo e dos seus agentes.

ARTISTAS, HISTORIADORES E CRÍTICOS: UMA PERSPECTIVA A PARTIR DO ACERVO DA PINACOTECA BARÃO DE SANTO ÂNGELO Data: outubro de 2019 a janeiro de 2020 Local: Salão de Festas - Reitoria da UFRGS

Paulo Gomes, Professor do Instituto de Artes da UFRGS

FAHRION, João Auto-retrato

TIBÉRIO, Wilson Auto-retrato

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MODOS DE FA ZER, CRIAR E VIVER

S E N T I D O S D O PÃ O Farinha, água e fogo; vivências, saberes e afetos. O projeto Os Sentidos do Pão é realizado mensalmente no Centro Cultural, desde maio deste ano. Seu objetivo é proporcionar a experiência coletiva dos processos de feitura do pão, em formato de oficina ministrada por convidados relacionados às temáticas específicas de cada encontro. Até agosto, foram realizados quatro encontros, contando com 14 oficineiros e mais de 160 participantes. A cada edição, a oficina atrai novos interessados que se reúnem em torno das mesas para compartilhar receitas, saberes e histórias. Desde a primeira edição, a oficina conta com um grande número de inscritos. São disponibilizadas 13 vagas por receita, para garantir a viabilidade

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da preparação dos pães, que são assados e compartilhados entre os integrantes da oficina. As receitas são escolhidas e disponibilizadas antecipadamente pelos oficineiros, para que sejam divulgadas aos interessados em participar. Mesmo seguindo o mesmo formato, a cada mês a oficina é uma experiência diferente, não apenas pelas receitas, mas pelas vivências dos participantes em cada etapa da atividade. Conhecer ingredientes, sentir as formas, moldar o pão. Seguir receitas, sem dispensar a criatividade para acrescentar e criar. Em mais três edições neste ano haverá a oportunidade de sentir e alimentar-se dos sentidos que produzem o pão.


Fotografia: Verônica Becker

PROGRAMAÇÃO 19/11 | Pão e Cidade - Elaine Engraxate - Laura Backes - Guilhermina Braga Cabral e Zezé Cabral

PÃO E CIDADE Data: 19 de novembro de 2019 Horário: terças, às 19h Local: Centro Cultural da UFRGS

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IDEIAS

C O N F E R Ê N C I A S U F R G S 2 019 Jane Tutikian encerra Conferências UFRGS 2019: “Se eu não respeito a cultura, eu não respeito o povo como ele é” Vice-reitora e professora de Literatura na UFRGS, Jane Tutikian tem uma vasta trajetória na escrita. Lançou 19 obras e participou como organizadora de outras tantas, dentre elas a clássica Antologia Poética, de Fernando Pessoa (2012, L&PM). Recebeu diversas premiações ao longo de sua carreira. O mais importante deles, o Jabuti, por A cor do azul (1984), alavancou uma promissora trajetória construída com base na literatura infanto-juvenil, contos, ensaios e outros estilos. Nesta quarta-feira, 13 de novembro, às 19h, Jane Tutikian vai falar no Centro Cultural da UFRGS sobre um tema que conhece como poucas: cultura. Na décima e última conferência com a temática cultural, a vice-reitora da UFRGS fará um apanhado de todas as discussões trazidas. Desde abril deste ano, o Conferências UFRGS debateu, ao longo de nove encontros, a formalização de uma política cultural para a universidade. O Departamento de Difusão Cultural conversou com a professora sobre a necessidade de a UFRGS adotar um modelo de cultura que possa perpassar gestões, a importância das universidades na sociedade brasileira e o debate em torno do governo e de projetos polêmicos, como o Future-se. Confira: Em relação às outras palestras, a senhora fará uma compilação dos temas trazidos nas discussões?

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Eu acompanhei todas as conferências. Então, a ideia agora é de recolher aquilo que as pessoas trouxeram para poder delinear uma política cultural para a universidade. A minha palestra vai ter uma parte histórica, onde eu vou mostrar toda a evolução do ponto de vista cultural do Século XX, que foi um século transgressor. Então venho para a parte filosófica, quando a cultura é transformada em indústria cultural, onde falarei sobre a modernidade líquida. Por fim, parto para uma proposta mais prática. Quão importante é uma política cultural universitária? É um instrumento necessário para uma espécie de proteção caso ocorra uma mudança brusca de rumos da gestão na universidade? Eu acho fundamental, sobretudo se pensarmos no momento em que estamos vivendo. Eu gosto muito do Octavio Paz (poeta e ensaísta mexicano, 1914-1998) quando ele diz que nós estamos vivendo uma crise geral de valores. Valores éticos, estéticos, políticos, ideológicos, filosóficos e tal. E de fato estamos vivendo essa crise. Quando o Jameson (Fredric Jameson) esteve no Salão de Atos, ele deu um exemplo sobre o que é o nosso tempo. Até o início do século XX, quando você olhava para uma obra, lá estava o criador da obra. Você identificava traços característicos. A partir de meados do século XX, alguma coisa começou a mudar nas artes. E


o que muda, segundo o Jameson, é que hoje na arte o artista não é mais o criador. Ele passa a ser um rearranjador de coisas prontas. Ele está falando sobre a instalação. Toda essa mudança de valores traz mudanças de comportamentos. Hoje, somos mais individualistas. Falamos pelo celular. Trocamos o toque humano pela tela do celular. Então, respondendo à sua pergunta. O que nós queremos com uma política cultural, se entendermos que a cultura é toda ação do homem na natureza. Eu vou entender o seguinte: o maior valor que pretendemos resgatar é o próprio homem. É o valor do homem com seus valores pétreos. Temos novas discussões ao longo das últimas décadas, como as questões LGBT, raciais… Inúmeros assuntos são relativamente novos, como as discussões étnicas pós-Segunda Guerra Mundial, a questão da dignidade humana e direitos humanos com a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Essas questões devem estar contempladas na política cultural da universidade? Sem a menor sombra de dúvida! Como você mencionou, essas discussões começam na Segunda Guerra Mundial, com o conceito de nação. E aparece de uma forma muito forte nas artes e na literatura nos anos 1980. São aqueles que ficavam à margem do poder e que começam a ter voz. É o que chamamos de globalização da economia e multiculturalismo do ponto de vista humano. Mas esse multiculturalismo precisa respeitar a diversidade. Toda a sua amplitude. Embora falemos sobre isso, a xenofobia está em voga, principalmente na Europa. No Brasil, temos o mais alto índice

de feminicídio. Então, isso tudo está colocado como aspecto cultural. Quem deve dar conta das migrações do século XXI? É a cultura. Então por isso que eu disse que em última análise é esse resgate do homem em sua essência humana que deve ser buscado. O governo vem reduzindo de maneira drástica o orçamento universitário e está em voga uma retórica agressiva contra as instituições federais de ensino. Até que ponto a cultura e a extensão de maneira geral são importantes para melhorar a percepção na sociedade da universidade pública? Eu acho importante a sua pergunta, até porque ela me permite mostrar o que na universidade nós entendemos como cultura. Nós entendemos que cultura é também artística. Mas temos também a cultura científica, que não podemos abrir mão de discutir dentro de uma política cultural. Essa conversa entre esses dois eixos é de responsabilidade da própria universidade. Eu, particularmente, penso que esse governo está totalmente equivocado. Eu acho que ele precisava ter um inimigo para se afirmar como governo. Que melhor inimigo que a própria universidade? Toda universidade é comunista? Não! A universidade, na sua grande diversidade, é pluripartidária. Ela tem diferentes posições ideológicas. Por outro lado, o outro grande inimigo é a cultura. Até por isso, o governo extinguiu o Ministério da Cultura. Eu vejo isso com muita preocupação. Nós tivemos um ano muito difícil, mas como as universidades federais têm um potencial muito grande conseguem segurar [esse ímpeto]. Aquilo que elas fazem é muito maior

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do que faz um governo. Quando se mata ou se tenta matar a cultura de um povo, tentamos criar artificialmente uma identidade. Se eu não respeito a cultura, eu não respeito o povo como ele é. Sempre que identidades artificiais foram criadas, vivemos em regimes totalitários. Eu vou dar dois exemplos fora do Brasil: Hitler tentou forjar uma identidade ariana. Ela não se sustenta, pode até durar décadas. A mesma coisa fez o Salazar em Portugal (professor Antonio Salazar, ditador do país ibérico entre 1932 e 1968), passando filmes, dizendo que o governo estava cuidando do povo, dando casas, isso e aquilo. Quando temos a ideia de forjar uma outra identidade de um povo, se corre um perigo muito grande, pois pode durar gerações, mas isso termina. E a reconstrução daquilo que nós somos essencialmente é muito difícil. Então, o governo nesse sentido, em vez de fazer o bem para o povo, ele faz um mal. Quando não se reconhece que a universidade faz 95% das pesquisas, não se reconhece que a universidade é responsável pelo desenvolvimento do país. Quando se corta toda a verba – como foi cortada – para a extensão, se desconhece que a universidade é a mentora e a executora de um programa de justiça social que deveria ser do próprio governo. Então, quando você elimina o desenvolvimento com justiça social você não tem muito a esperar de um país. E essa é a grande responsabilidade das universidades. Há uma discussão acerca da necessidade de as

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universidades incrementarem as parcerias com as fundações de apoio e a iniciativa privada. O que a senhora pensa sobre isso? Reduziria a autonomia universitária em prol do interesse privado? A melhor resposta para isso é o Future-se. O primeiro projeto do Future-se colocava uma OS (organização social) para gerir a universidade, desde o que acontece na sala de aula até a alta gestão. Bom, isso é absolutamente inviável. Uma universidade pública tem que ter autonomia de gestão, autonomia didático-pedagógica. Não vejo que um convênio com uma empresa vá trazer alguma dificuldade na autonomia da universidade. Veja, a UFRGS, a PUCRS e a Unisinos estão na aliança, no pacto de Porto Alegre pelo desenvolvimento. Isso faz parte da universidade. Ela deve guardar determinados valores, mas ela tem que acompanhar para poder servir a própria universidade. Eu não vejo como impedimento. A universidade tem convênios com N empresas. Mas sempre resguardando a autonomia. A universidade não é uma empresa privada, e não pode ser uma empresa privada. Se ela se tornar, ela perde toda a autonomia e passa a cobrar como tal. O Future-se tentava transformar a universidade em uma empresa híbrida, público-privada. Isso tira a característica da própria universidade. Se tem uma coisa pela qual não podemos abrir mão é da nossa própria autonomia. E aí não importa se é uma OS, uma fundação ou uma empresa. Se isso interferir na


autonomia, não pode passar. O governo, aparentemente, ataca em várias frentes, seja na questão das OS, do Escola sem Partido, Future-se… Ele pretende minar o poder das universidades em âmbito nacional? Ele tenta tirar o poder, mas ainda é um pouco pior. Sempre que você tem uma determinação de cima para baixo no Brasil. Ou seja, sem respeitar a autonomia e a diversidade, eu sempre termino pensando no filme Tempos Modernos, do Charles Chaplin. Eu estarei formando pessoas que não precisam pensar, pois o pensamento vem de cima para baixo. Quando o Chaplin está numa fábrica apertando parafusos, ele, subitamente, está apertando no ar. Isso é muito perigoso de se fazer com o povo. Isso significa um atraso em todo e qualquer setor de atividade industrial ou comercial. Para as universidades, também. A válvula de escape acaba sendo a própria universidade. Temos que entender que a universidade é um patrimônio público. Cabe a sociedade – não só aqueles que estão dentro – lutar por um patrimônio que é seu. A Patrícia Fagundes, por outro lado, disse que seria importante criar e manter um corredor cultural no país através de associações e grupos. Especialmente nesse momento de ataque às IFs seria importante vincular a política cultural delas? Como a senhora pensa que seria possível? Eu acho que isso é fundamental. O nosso ponto de partido é a América Latina. Chamamos essas redes de Redes Solidárias e Compartilhadas. Vamos pensar na extensão. A extensão coloca a universidade na sociedade e traz a sociedade para a universidade. Ela acolhe os diferentes saberes. Quando você acolhe os diferentes saberes, você modifica o seu próprio saber. Na América Latina, temos uma sintonia que não é completa. Ela só vai se completar se tomarmos como missão essas redes solidárias e compartilhadas. Não somente na questão de justiça social, mas na questão de desenvolvimento científico-tecnológico. A pergunta que se faz é a seguinte: por que em cada país temos que inventar a roda se ela já inventada e melhorada? Então, é o momento se se fazer uma rede.

DDC-UFRGS, que mesmo que nós possamos a ter limites, isso não vai absolutamente desaparecer. Nós temos talentos na universidade, temos uma força criativa muito grande. Isso vai prevalecer. A nossa necessidade de cultura é muito forte. A formalização de uma política cultural na UFRGS pode vir a ser um grande legado que essa administração quer deixar? Qual o principal pensamento ou eixo que deve constar obrigatoriamente no documento a ser redigido? A política cultural, seja ela artística, seja científica, tem que ter uma meta. E essa meta é o homem. O homem é o centro irradiador e o centro que apara a própria cultura. É isso que temos que entender. No momento que nós compreendemos, estaremos contribuindo também para uma mudança na sociedade através da cultura. Entrevista realizada por João Vitor C. Novoa, coordenador de comunicação do DDC.

JANE TUTIKIAN | CONFERÊNCIAS UFRGS Data: 13 de novembro de 2019 Horário: quarta-feira, às 19h Local: Centro Cultural da UFRGS Av. Eng. Luiz Englert, 333

A cultura tem um papel de resistência e de diálogo entre diversos campos. A gestão de vocês foi uma das que mais valorizou o campo da cultura. Você teme mudanças bruscas de direção a partir do ano que vem? Eu acho que a universidade é muito forte. Ela é mais forte do que qualquer gestão. Não temo pelo fim da cultura. Temo pela questão orçamentária. Já foi anunciado que ano que vem a verba anunciada será muito menor do que a verba deste ano, e que já foi praticamente insustentável. A extensão não recebe mais nada. Isso me preocupa muito. Agora, seja quem for que esteja aqui, o aspecto cultural está tão consolidado no Museu, Centro Cultural, no

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MÚSICA

Fotografia: Divulgação

PIANO ABERTO “Cidade presente- a cidade que se vê, a cidade que se escuta”. Essa é a proposta não só dos concertos do Unimúsica 2019, mas também de todas as intervenções que o projeto realizará durante o segundo semestre. Uma das ações que já podem ser percebidas pela comunidade é o piano localizado no saguão do prédio da Reitoria da UFRGS. Para tocar, o único critério é a vontade de produzir algum som. Para ouvir, basta estar de passagem pelo local. O chamado “Piano Aberto”, uma parceria do Departamento de Difusão Cultural com a Person Pianos, tem como ideia o livre acesso ao instrumento, sem a formalidade de um teatro, sem o rigor de um concerto, sem a necessidade da técnica. A intenção pode ser apenas a da ludicidade, a de brincar com as sonoridades e a de perceber que podemos pertencer aos locais que transitamos. Em 26 de julho, o piano recebeu uma intervenção artística realizada pelo Studio P, grupo de pesquisa e extensão em pintura coordenado pela professora do Instituto de Artes da UFRGS

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Marilice Corona. O grupo organizou uma colagem de adesivos coloridos que reproduzem visualmente as notas emitidas pelo piano. A personalização de pianos localizados em espaços públicos é uma ideia que vem sendo espalhada ao redor do mundo desde 2008, quando o jovem britânico Luke Jarram criou o projeto “Play me, I’m Yours” para colocar pianos em ambientes urbanos. Após 11 anos desde a primeira intervenção de Luke, 1900 instrumentos já foram colocados em mais de 60 cidades. A ideia foi responsável por incentivar o surgimento de inúmeros projetos semelhantes, como o “Piano Livre”, realizado em 2015 em Porto Alegre. Na época, pianos foram instalados em locais como o Mercado Público, a Estação Rodoviária e o Restaurante Universitário do campus central da UFRGS e receberam intervenções de dez artistas da cidade. Anna Ortega, Bolsista de comunicação do DDC


SOLO PIANO

O projeto Solo Piano fará emanar pelo saguão do Centro Cultural da UFRGS, a cada última segunda-feira do mês, o som do instrumento que tem há séculos encantado gerações. Com um repertório vasto que vai desde os tempos de Bach até os dias de hoje, o piano tem sido dos raros instrumentos capazes de gerar plena atenção e satisfação ao ouvinte com seu poder de imitar as sonoridades dos outros instrumentos, da voz humana e da orquestra. Esses vários papéis consolidaram a história da escrita para teclado, construindo e expandindo seu próprio idioma. Em meio a tempos de automação e de tantos avanços tecnológicos, ouvir algo exclusivamente feito pelas mãos, integrando corações e mentes, é uma das formas de plena expressão do humanismo característico da atividade musical, em um movimento dinâmico, conciliando tradição com inovação.

O projeto concebido pela Difusão Cultural, traz alunos pianistas de destaque do Programa de Pós-Graduação em Música da UFRGS, e também eventuais convidados, oferecendo ao público a oportunidade de ouvir o trabalho interpretativo dos alunos, enquanto esses ganham um espaço para expandir suas plateias e suas vivências de performance. Ney Fialkow, curador do projeto

SOLO PIANO Data: 25 de novembro e 16 de dezembro Horário: às 12h30 Local: Centro Cultural da UFRGS

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MĂšSICA

Identidade Visual: Larissa Ely

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U N I M Ú S I C A 2 019 Série cidade presente – a cidade que se vê, a cidade que se escuta Cidades se constroem e se transformam não apenas na materialidade visível das edificações e dos traçados urbanos, mas também (e, talvez, sobretudo) nos modos de sociabilidade, nas diferentes práticas de interação entre grupos, pessoas, personagens. Seus pequenos rituais, suas festas, suas celebrações, sejam cotidianas ou extraordinárias, são marcas que revelam certos modos de vida. A cidade – obra coletiva de milhares de individualidades, perene e efêmera – é, a um só tempo, um lugar e a ação que nele e para ele se realiza. A série cidade presente – a cidade que se vê, a cidade que se escuta do Unimúsica 2019 foi pensada para Porto Alegre. Ou melhor, foi pensada por Porto Alegre: em seu interesse, em sua defesa. A programação, que marca também os 85 anos da UFRGS, teve como ponto de partida as múltiplas cenas e distintas geografias da música. Ao todo, serão oito concertos inéditos, concebidos conjuntamente – em uma espécie de “curadoria transversal” – pela grande equipe de diretoras e diretores, curadoras e curadores que aqui atuam. De um certo modo, o que veremos e escutaremos no palco do Salão de Atos é a própria cidade, com suas zonas de convergência e divergência, suas sobreposições de tempos, suas visibilidades e invisibilidades, suas tensões e cintilações. É trabalho, é força da vontade e é também promessa. Lígia Petrucci

Curadoria: Ana Laura Colombo de Freitas Andressa Ferreira Juarez Fonseca Lígia Petrucci Roger Lerina

PROGRAMAÇÃO RITMOS UNEM MUNDOS | 06 de junho Direção e curadoria do concerto: Biba Meira e Negra Jaque POR ENTRE OS SONS | 04 de julho Direção e curadoria do concerto: Pedro Figueiredo e Ras Vicente NOTAS PARA PORTO ALEGRE: SONS, MEMÓRIA E RESISTÊNCIA | 05 de julho Direção e curadoria do concerto: Ana Fridman e Catarina Domenici TOCANDO ALTO | 01 de agosto Direção e curadoria do concerto: Leo Henkin e Luciano Leães FLUXOS: MUSICALIDADES EM TRÂNSITO | 05 de setembro Direção e curadoria do concerto: Gutcha Ramil e Hique Gomez PAGO REVISITADO | 03 de outubro Direção e curadoria do concerto: Clarissa Ferreira e Daniel Sá COM SOTAQUE DO SUL | 07 de novembro Direção e curadoria do concerto: Antonio Villeroy e Paola Kirst SAMBA E CHORO PEDEM PASSAGEM | 12 de dezembro Direção e curadoria do concerto: Mathias Pinto e Pâmela Amaro

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MÚSICA

U N I M Ú S I C A 2 019 NOVEMBRO

Com sotaque do Sul – Antonio Villeroy e Paola Kirst Diferentes temporalidades convivem em uma cidade. Coisas que ouvimos falar, outras que presenciamos como espectadores e, por fim, as situações em que também somos protagonistas, atuando no presente para coproduzir o que, um dia, também se transformará em memória. Isso também se dá com a música. Buscando homenagear alguns nomes que fizeram história e ainda reverberam os nossos sentidos, representando parte do Rio Grande do Sul no ofício da canção, convidamos um time de artistas da pesada para compor o elenco do espetáculo Com Sotaque do Sul. Instrumentistas e intérpretes de diferentes gerações formam um elenco tão diverso quanto nosso próprio sotaque. E reunimos canções singulares que marcaram diferentes épocas tornando-se popularmente conhecidas, junto a outras tantas que ainda não alcançaram a devida dimensão, e que merecem ser ouvidas.

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Poesia, corpo, som, diálogo, imagem, expressão. A canção é infinitamente vasta. Ela quer gritar, comunicar, denunciar e promover sentido. Na tentativa de ressignificar as possibilidades sonoras e traduzir com personalidade o que foi, o que é, e o que tem sido fazer música em Porto Alegre, nós passeamos por diferentes referências. Assim a cidade está presente, sendo atravessada por influências rítmicas produzidas em todo o Brasil e pelos países vizinhos. Procuramos percorrer, revirar, e misturar diferentes gerações, no intuito de traçar um recorte da identidade da canção feita aqui, por músicxs que também atuam como compositorxs na cena local atual de Porto Alegre. Suas presenças reforçam a questão da visibilidade para a nova geração de artistas. Reverenciamos talentosos cancionistas, como Bebeto Alves, Gelson Oliveira, Mário Falcão, Nelson Coelho de Castro, e Nico Nicolaiewsky. Além disso, nomes como Ana Mazzotti, Gisele de Santi e Lúcia


Identidade Visual: Vinícius Strack

Helena trazem maior representatividade da atuação das mulheres na música gaúcha. O equilíbrio entre gerações e gêneros serviu de prumo para nossas escolhas. Esperamos que vocês se emocionem e se divirtam tanto quanto nós.

Pedro Cassel, voz Thayan Martins, percussão Thays Prado, voz Participações especiais: Bernardo Zubaran, harmônica cromática

Antonio Villeroy e Paola Kirst Elenco: Antonio Villeroy, voz Gabriel Romano, acordeom Glau Barros, voz Dúnia Elias, piano Jéssica Berdet, baixo e/ou violão Lucas Kinoshita, bateria Marcelo Delacroix, arranjos vozes Paola Kirst, voz

UNIMÚSICA – COM SOTAQUE DO SUL | ANTONIO VILLEROY E PAOLA KIRST Data: 07 de novembro (quinta-feira), às 20h Local: Salão de Atos da UFRGS Retirada de senhas através da troca de 1kg de alimento não perecível por ingresso de 04 de a 07 de novembro, das 9h às 18h, no Centro Cultural da UFRGS ou no dia 04, das 9h às 17h, no ILEA (Campus do Vale).

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MÚSICA OUTUBRO

Samba e Choro pedem passagem – Mathias Pinto e Pâmela Amaro A última edição da série cidade presente – a cidade que se vê, a cidade que se escuta do Projeto Unimúsica 2019 promove um encontro histórico entre a velha guarda do carnaval porto-alegrense e uma nova geração de sambistas e chorões. Com direção e curadoria de Mathias Pinto e Pâmela Amaro, que também participam como intérpretes, o concerto evoca o Dia Nacional do Samba, comemorado em 02 de dezembro. A proposta dos curadores Pâmela e Mathias traz à cena grandes nomes do samba e do choro gaúcho como Marcelo Amaro, Maria do Carmo Carneiro, Wilson Ney,

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Samuca do Acordeon, Fábio Azevedo e Guilherme Sanches, além da OCPA (Orquestra de Choro de Porto Alegre) e de percussionistas do grupo Alabê Oni. Elenco: Carol Milan, sax Eliseu Rodrigues, clarinete e clarone Fábio Azevedo, cavaquinho Guilherme Sanches, percussão Lucian Krolow, sax e flauta Marcelo Amaro, percussão


Maria do Carmo Carneiro, voz Mathias Pinto, violão 7 cordas Pâmela Amaro, voz Pingo Borel, percussão Samuca do Acordeon, acordeom Tutti Rodrigues, percussão Wilson Ney, voz Participações especiais: Oficina de Choro

UNIMÚSICA – SAMBA E CHORO PEDEM PASSAGEM | MATHIAS PINTO E PÂMELA AMARO Data: 12 de dezembro (quinta-feira), às 20h Local: Salão de Atos da UFRGS Retirada de senhas através da troca de 1kg de alimento não perecível por ingresso de 09 a 12 de dezembro, das 9h às 18h, no Centro Cultural da UFRGS ou no dia 09, das 9h às 17h, no ILEA (Campus do Vale).

Identidade Visual: Vinícius Strack

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MÚSICA

NÚCLEO DE E STUDOS DA CANÇÃO NOVEMBRO

A escuta, a canção e o silêncio: matéria da educação - Simone Rasslan Em sua última edição de 2019, O Núcleo da Canção da UFRGS recebe a artista e educadora musical Simone Rasslan para uma palestraperformance em que apresenta sua pesquisa de Doutorado em Educação pela UFRGS. Este trabalho é um estudo que articula silêncios e constituição de si por dentro de práticas documentadas numa coleção de canções populares brasileiras. É um exercício de escuta. É com ele que produzo com as canções dois ambientes que formam, igualmente, diferentes formatos de registro: um trabalho de escritura e uma experiência de releitura. Escrevo sete textos ensaísticos e sete arranjos musicais gravados em áudio. Tal resultado será compartilhado com o público num formato de sarau/recital. Com as canções me posiciono. Pode parecer “cafona”, mas o fato é que elas são em mim, eu sou nelas. O tema do silêncio, espalhado sob várias formas – como fala, como escritos, como imagem –, também se faz ouvir na tessitura das canções, por dentro delas. Tal aproximação – entre canção e silêncio – atribui à escuta a condição para o nascimento deste trabalho: juntamente com a escrita ensaística, a escuta atua, de modo central, como método que vai sendo inventado, na medida em que se faz. Percebo, como professora de música e como artista, que o fazer musical, ao reconhecer o silêncio como sua produção intrínseca, exercita a invenção de sujeitos determinados. Tal reconhecimento se amplia para os modos de aprender e de ser em relação com o outro, em transubstanciação com o meio, em confronto erótico com o mundo. Um mundo que é silêncio e som e que “grita” cada vez mais para ser ouvido como se, em nossa anestesia, tivéssemos perdido tal capacidade. Cogito reconhecer o silêncio, desde o ponto de vista da arte, como espaço de constituição de si, que pode ser praticado na música e daí lançado para outros espaços da vida, de modo a constituir um ethos, sendo assim conhecimento útil, ethopoiético. O que as artes, especialmente a música, estão fazendo nesse sentido? Simone Rasslan

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NÚCLEO DE ESTUDOS DA CANÇÃO | A ESCUTA, A CANÇÃO E O SILÊNCIO: MATÉRIA DA EDUCAÇÃO COM SIMONE RASSLAN | MEDIAÇÃO DE CAROL ABREU E LÍGIA PETRUCCI Data: 21 de novembro, às 19h Local: Centro Cultural da UFRGS Entrada Franca


Fotografia: Vanessa Schwartzhaupt

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MÚSICA

S E X TA D E G R A U O Centro Cultural é um espaço ainda novo, em constante construção e reinvenção. Dar vida a este lugar é um desafio que requer um olhar criterioso e criativo, buscando trazer diferentes movimentos para dentro deste local. Parte deste processo envolve também atentar para as particularidades do espaço. O prédio, construído em 1924 e recém-revitalizado, possui uma grande importância arquitetônica, compondo os cenários imagéticos que ficam na memória de todos que vêm a este bairro.

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Construir uma programação que faça jus a este lugar requer uma boa dose de experimentação. Com isso em mente, nasceu, fruto de uma parceria entre o Departamento de Difusão Cultural e o Instituto de Artes, o Sexta Degrau. Explorando a escadaria do Centro Cultural espaço pouco evidenciado, posto que se localiza nos “fundos” do prédio -, o objetivo do projeto é construir um ambiente de convivência através da arte e da cultura, promovendo espetáculos musicais e outras ações que dialoguem com a proposta.


Fotografia: Vitor Cunha

Partindo desta premissa, procuramos montar uma programação pautada por alguns elementos norteadores, como a valorização da cena independente, experimentação, construção coletiva e compartilhamento. Confira e venha construir este projeto conosco!

PROGRAMAÇÃO: 08/11: Oferenda

Vitor Cunha, Bolsista do DDC

SEXTA DEGRAU Horário: sextas, às 18h Local: Centro Cultural da UFRGS

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ARTES VISUAIS

NOSSO LUGAR AO SOL Exposição Nosso Lugar ao Sol propõe discutir a fetichização e a censura ao corpo feminino Desenvolvida em três eixos, a exposição Nosso Lugar ao Sol discute uma nova leitura das imagens que serão exibidas a partir de 29 de novembro no Centro Cultural da UFRGS. Por meio das dualidades juventude e impermanência; natural e artificial; desejo e consumação; efêmero e permanente; e vida e morte, a mostra traçará uma perspectiva dos trabalhos desenvolvidos pela fotógrafa Rochele Zandavalli (Garibaldi, RS, 1980), buscando também dialogar sobre a fetichização e outros aspectos do corpo feminino. O primeiro eixo da exposição terá como mote a série Todos esses novos adoradores do sol, projeto desenvolvido desde 2013 com os princípios da dualidade mencionados e que retratam imagens de um jovem que perambula em meio à vegetação, observando tudo através de uma lupa. No caso, a lupa é a representação da câmera fotográfica. Outra série que abordará a temática será Morangos mofam. A questão em torno da fetichização da mulher girará em torno da apropriação de fotografias antigas e de uma sequência de intervenções nas imagens, como incisões, cortes, bordados, justaposição a suportes como pequenas toalhas de crochê, além de utilizar esmaltes de unhas como recursos imagéticos. A partir dessas representações, Zandavalli indaga ao espectador o motivo de certos objetos serem valorizados, ao passo que são usados especialmente para

embelezar tecidos mortos, como as unhas. Nas palavras da artista, unhas lixadas e pintadas aludem, simbolicamente, às “garras civilizadas”: “Uma camada de falso verniz, um artifício superficial e frágil, que domestica nossas presas animais”, explica. Em seu último núcleo, a exposição penetra ainda mais na discussão sobre o corpo feminino, através da reprodução do vídeo Freethenipple, um comentário crítico à censura imposta aos mamilos femininos em redes de compartilhamento de imagens. Produzido a partir da captação de centenas de imagens censuradas nas plataformas digitais, o vídeo evidencia como o corpo da mulher vem sendo constantemente violentado. “As intervenções censurantes utilizadas para garantir a circulação das fotografias são muitas, desde poses e objetos em frente aos seios, passando por tarjas, riscos, emojis, pixeis, blur, até o ponto de ocorrer a completa retirada digital do mamilo. Resta um seio artificializado, ultrajado e negado. E isso significa muito”, ilustra Zandavalli. Nosso lugar ao sol conta com a curadoria da professora do Instituto de Artes Paula Ramos e com realização do Departamento de Difusão Cultural da UFRGS. O vernissage ocorre em 28 de novembro de 2019, às 19h, com entrada livre.

EXPOSIÇÃO NOSSO LUGAR AO SOL | UNIFOTO Visitação: novembro de 2019 a fevereiro de 2020 Horário: de segunda a sexta, das 8h às 21h e sábado, das 9h às 17h Local: Centro Cultural da UFRGS

Fotografia: Fábio Zambom

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E X P O S I Ç Ã O 10 X15 : M O M E N T O S D E N Ã O C A L A R Quantas vezes nós sentimos algo e não contamos? Quantas vezes escondemos um sentimento por medo? É isso que o projeto 10x15: momentos de não calar busca ajudar a problematizar. Um desabafo, um tsunami de sentimentos que não queremos silenciar, bons momentos que queremos compartilhar, em formato 10x15, como em um cartão postal. Na exposição, são apresentadas novas e subjetivas definições a determinadas palavras, acompanhadas de sua arte, pela técnica da gravura produzida em formato de carimbo pelos artistas-estudantes.

da Silva Soares, Henryque Rios dos Santos, Isabele Souza Pereira, Isabelle Marques Stankowiski, João Gabriel F. Okraszewski, João Vitor Mendes Cardoso, João Vitor Gomes, Layslla Alves Daitx, Lucas Rafael Rocha Oliveira, Luiza Tolfo dos Santos, Mariana Serpa Linkewez, Miguel Rodrigues Alves, Nicole Couto Leal, Paulo Eduardo R. Saraiva, Rafaela Peres Flor, Renan Brum Correia Z. da Silva, Ruan Gonçalves Alves, Sofia Roza Teixeira Lopes Vieira, Sophia Paranhos de Oliveira, Thales Corrêa Castro, Yasminn da Costa Lencines. Artista convidado: Vital Lordelo.

O projeto foi desenvolvido por alunos do sexto ano do Ensino Fundamental do Colégio de Aplicação (CAp/UFRGS), em 2018, junto aos professores de Artes Visuais (Karine Storck) e Literatura e Língua Portuguesa (Caroline Becker e Marcelo Maciel), e foi motivado pelo trabalho artístico de Vital Lordelo - “Isso já foi longe demais”. Tudo começou com a atividade do projeto de extensão da Semana de Línguas/CAp-UFRGS, a qual tinha como tema “Para o que você se cala?”. O que era para ser apenas uma oficina, se estendeu e ganhou novos caminhos. Em 2019, uma proposta foi submetida ao edital do Centro Cultural da UFRGS com a intenção de expor os trabalhos em outros ambientes que não as paredes escolares, ocupando os diferentes espaços da nossa universidade.

Texto produzido pelos curadores e alunos participantes do projeto

A exposição 10x15: momentos de não calar, fruto da parceria entre o Centro Cultural da UFRGS e o Colégio de Aplicação da UFRGS, acontecerá de outubro a dezembro e apresentará novos estudantes-artistas - os quais organizaram, coletivamente, o texto que você está lendo. Estudantes envolvidos no projeto: Amanda Mirela Grando, Antônio Ezequiel Macedo Mateus, Arthur Dornelles Rodrigues, Arthur Gonçalves de Oliveira, Arthur Schoch Martins, Artur Ribeiro da Rosa, Bruno de Araújo Bernardes, Carlos Eduardo R. de Farias, Eduardo Menezes Dias, Eric Brum Correia Z. da Silva, Gabriel Fontela Moreira, Gabriel Moreira Santos, Geovana dos Santos Ramos, Giovanna Ramos Niffa, Guilherme Lampert Pinheiro, Helena

EXPOSIÇÃO 10X50: MOMENTOS DE NÃO CALAR Data: de 11 de outubro a 20 de dezembro Horário: segunda a sexta, das 9h às 18h e sábados, das 9h às 17h Local: Centro Cultural da UFRGS

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ARTES VISUAIS

B AUH AUS NO GR A FI T E DE GIZ

O projeto Grafite de Giz, com curadoria de Laura Castilhos, tem na sua programação do ano de 2019 nove ilustrações feitas com giz em um quadro negro de 6m x 3m, no Centro Cultural da UFRGS. A proposta conta com a participação de artistas oriundos do Instituto de Artes: Caju Galon, Kelvin Koubik, Teresa Poester, Téti Waldraff, Adriane Hernandez, Jéssica Becker, Marilice Corona, Lilian Maus e Helena Kanaan. Um dos estilos ícones da geração modernista do século XX, a Bauhaus conquistou diversos admiradores ao longo das décadas. Com um estilo que valorizava a forma e as cores, foi (e ainda é) tendência nos campos do design e arquitetura. Um dos ícones do estilo no mundo é a capital federal.

Fotografia: Verônica Becker

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Oscar Niemeyer projetou a cidade de Brasília com inspiração na escola Bauhaus. No Dia da Cultura na UFRGS, 7 de dezembro, o Centro Cultural receberá um grupo talentoso de artistas para desenvolver um desenho no saguão do prédio em comemoração ao centenário do movimento artístico. Com o tema “Estudo da Bauhaus que comemora 100 anos neste 2019”, Helena Kanaan e seu grupo participarão do projeto Grafite de Giz. Nele, o artista utiliza gizes sólidos (comuns) e pastosos para confeccionar obras em um painel negro de MDF. “A Bauhaus nos ensinou a integrar as artes, experimentar, compartilhar ideias. Participar de


projetos com colegas de áreas afins, em lugares de abrangência múltipla, nos enriquece e nos estimula. Estamos programando uma ação performática para o dia da execução do grafite, utilizando elementos de cores fortes com as formas básicas da Bauhaus e, um exercício sensorial que nos proporcionará a forma a ser seguida na parede”, explica Kanaan sobre a performance. Participantes: Amanda Charao Ario Gonçalves Andréa Moreira Bruno Tamboreno Caroline Veilson

Camila Pereira Helena Kanaan Laura Bittencourt Luiza Reginato Gregori de Sá Juliana Becker Sara Winckelmann

BAUHAUS NO GRAFITE DE GIZ Data: 7 de dezembro Visitação: 7 de dezembro de 2019 a 20 de janeiro de 2020 Horário: Das 9h às 18h Local: Centro Cultural da UFRGS

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ARTES DA CENA

PROJETO CENA S MÍNIMA S NOVEMBRO

Cross-cap - Luciano Tavares, Renata de Lélis e Viviane Lencina Cross-cap performance é uma derivação da videodança Cross-cap, que explora a ideia de estruturas impossíveis, inspiradas em M.C. Escher, criando composições com corpos e espaços abandonados e desenvolvendo uma edição coreográfica de tempo não linear. Brincamos com os limites de dentro/fora, adiante/reverso, presente/ passado, indivíduo/múltiplo, o eu/o outro, lidando com o binômio corpo presente/ corpo virtual.

Fotografia: Marcelo Freire

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Ficha Técnica: Performers: Luciano Tavares, Renata de Lélis e Viviane Lencina Videodança: Direção: Lícia Arosteguy Performers/criadores: Luciano Tavares, Renata de Lélis, Viviane Lencina Direção de Fotografia: Lícia Arosteguy Trilha Sonora Original e Sound Design: Caio Amon (Eroica Conteúdo) VFX: Fernando Branco (Bardanha) Montagem e Color Grading: Lícia Arosteguy Produção: Lícia Arosteguy, Renata de Lélis, Viviane Lencina


CENAS MÍNIMAS | CROSS-CAP COM LUCIANO TAVARES, RENATA DE LÉLIS E VIVIANE LENCINA Data: 18 e 19 de novembro, às 19h Ingresso: Contribuição espontânea diretamente aos artistas Local: Centro Cultural da UFRGS

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IDEIAS

DEZEMBRO

Dia da Cultura na UFRGS tem dezenas de apresentações e reúne arte de diferentes áreas Um dos principais projetos anuais do Departamento de Difusão Cultural da UFRGS acontece no dia 7 de dezembro. Após a primeira bem-sucedida edição de 2018, o Centro Cultural da UFRGS, Sala Redenção e os demais espaços expositivos gerenciados pelo DDC sediam mais um Dia da Cultura na UFRGS. Dezenas de apresentações artísticas, yoga, feira gráfica, oficinas de aquarela, o projeto Grafite de Giz e diversos outros artistas mostrarão seus trabalhos neste dia que busca difundir a arte e a cultura em todas as suas expressões pelo Campus Centro da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. A entrada é livre para todas as atividades – ocorrem das 12h à meia-noite.

ARTES CÊNICAS

CINEMA - Faça a Coisa Certa (1989, EUA) | Dir. Spike Lee - Idioma Desconhecido (2018, Brasil) | Dir. José Marques de Carvalho Jr. - A noite amarela (2019, Brasil) | Dir. Ramon Porto Mota - Lembro mais dos corvos (2018, Brasil) | Dir. Gustavo Vinagre - Mostra de vídeo-arte | Dir. Diversos - Koyaanisqatsi (1982, EUA) | Dir. Godfrey Reggio - Rocky Horror Picture Show (1975, EUA) | Dir. Jim Sharman

DANÇA

- Festival do Shakespera: edição acústica Bem-te-vi (dirigido por Clarissa Cavalli – teatro de miniatura em caixa) - Peça O Cachorro – teatro de cena (dirigido por Clarissa Cavalli) - Peça Cinza Tropical (Louise Pierosan) - Cenas Mínimas – peça Obs.cenas, com Marco Fronchetti e Arlete Cunha - Antes que o Baile Acabe – SobreVivo (direção de Sandino Rafael)

- Oficina de danças ciganas - Oficina de introdução à dança flamenca, com professora Lisete Arnizaut - Degustação de Movimentos com o Mímese – professora Luciana Paludo - Oficina Diversos Corpos Dançantes - Dança, Criação e Educação Somática, com as professoras Cibele Sastre e Laura Backes (espetáculo ‘Em pé de árvore’) - BIDAM – Baile de Improviso em Dança, Artes e Música

ARTES VISUAIS

DESIGN

- Lançamento de obra sobre a carreira de Maria Lucia Cattani - Exposição digital Cicatrizes do Abandono, de Luiz Horácio - Exposição Nosso Lugar ao Sol, por Rochele Zandavalli - Exposição Luiz Carlos Felizardo – O desenho da imagem

- Feira gráfica Polegar

- Exposição Xico Stockinger – 100 anos

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GASTRONOMIA - Sentidos do Pão – edição especial (elaboração de pão) - Sentidos do Pão – edição especial (elaboração de pizza) - Degustação de Movimentos com o Mímese – professora Luciana Paludo


INTERVENÇÕES

OFICINAS

- Projeto Grafite de Giz – 100 anos da Bauhaus - Instalação de bonecas com Lia Menna Barreto - Geladeira Literária, com Bina e Jaque Vieira - Planetário inflável - Oficina de capoeira – grupo Africanamente

- Oficina Aquarelando Sereias e o Mar, com a professora Laura Castilhos - Oficina com Aline Daka: as narrativas poéticas das bonecas de papel - Oficina de slackline - Oficina de iniciação à aquarela para adultos – professora Laura Castilhos - Oficina Teórica e Prática de Histórias em Quadrinhos, com Lobo - Oficina de coloração de fotos com Rochele Zandavalli - Narrativas Curtas, por Ícaro Carvalho – Oficina de escrita e leitura de contos e histórias curtas, debatendo obras e exercitando a escrita

MÚSICA Palco ao Ar Livre – com Serenata Iluminada e Baile Brasileiro - Justa Causa - Rivadavia - Slam com grupo Poetas Vivos - Zanzar - Encruzilhada do Samba - Slam com Atena Beauvoir - Proveta + Baile Brasileiro - Cosmobloco

Mais informações em https://www.ufrgs.br/ difusaocultural/diadaculturaufrgs2019/

Palco Centro Cultural - Encontro de dois coros – Coral da UFRGS e Viva la Vida - Rafael Lopes (guitarrista) - Rimas em Arco – Recital de Violoncelo e Poesia com Lucas Duarte e Gonçalo Ferraz Sexta Degrau - Flor de Júpiter - Nosotros Quem - Flor ET - Cardamomo - Oferenda

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CINEMA

Francisco, direção de Teddy Falcão.

SAL A REDENÇÃO C I N E M A U N I V E R S I TÁ R I O NOVEMBRO

3ª Mostra SESC de Cinema A Mostra é resultado do edital nacional lançado para seleção de filmes nas modalidades curta, média e longa-metragem. O projeto tem o intuito de contribuir na difusão da produção cinematográfica brasileira e incentivar a linguagem audiovisual. Desta maneira,

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possibilita reconhecimento, visibilidade e janelas de exibição às produções. A programação inclui 50 filmes divididos nos Panoramas Brasil, Infanto Juvenil e Rio Grande do Sul.


PANORAMA BRASIL

A BESTA POP (Dir. Artur Tadaiesky, Fillipe Rodrigues e Rafael B Silva | 2018 | 81min | Pará) Em um futuro distópico durante o último dia que antecede o apocalipse, em meio a implementação de um governo totalitarista e a alienação social, um grupo de jovens decide burlar o toque de recolher buscando escapar do tédio de suas vidas. E tem seus destinos entrelaçados no melhor lugar para estar no fim do mundo, a festa A Besta Pop. +

ALMOFADA DE PENAS (Dir. Joseph Specker Nys | 2018 | 12min | Santa Catarina) Logo após sua lua de mel, Alicia contrai uma doença inexplicável, enquanto seu marido Jordão presencia tudo de modo indiferente. Algo oculto a está enlouquecendo. A doença faz a jovem mulher mesclar a realidade com alucinações monstruosas. 01 de novembro | 6ª feira | 14h 08 de novembro | 6ª feira | 16h

ILHA 01 de novembro | 6ª feira | 16h 08 de novembro | 6ª feira | 19h (Dir. Ary Rosa e Glenda Nicácio |

2018 | 92min | Bahia) Emerson, um jovem de periferia, quer fazer um filme sobre sua história na Ilha, lugar onde quem nasce nunca consegue sair. Pra isso, ele sequestra Henrique, um premiado cineasta. Juntos, eles reencenam a própria vida, com algumas licenças poéticas. O plano começa e a partir de então não há mais limites, afinal, cinema também é jogo.

PARQUE OESTE (Dir. Fabiana Assis e Glenda Nicácio | 2018 | 70min | Goiás) Depois de ser vítima de violência do Estado, em Goiânia, Brasil, uma mulher constrói sua vida, transformando seu luto em luta. +

CATADORA DE GENTE (Dir. Mirela Kruel | 2018 | 18min| Rio Grande do Sul) Catadora de Gente é Maria Tugira Cardoso. Há 30 anos a personagem do filme dedica sua vida a catação de lixo. Com sua fala lúcida a respeito da vida e de suas complexidades, Tugira narra sua história e propõe ao espectador uma reflexão profunda sobre as desigualdades sociais do Brasil. 01 de novembro | 6ª feira | 19h 11 de novembro | 2ª feira | 14h

MATEUS (Dir. Dea Ferraz | 2017 | 79min | Pernambuco) Jurema e Bandeira sobem num fusca 78 a caminho da zona da mata norte pernambucana, em busca dos palhaços da cultura popular: os Mateus, dos grupos de cavalo-marinho, companheiros da brincadeira de fazer sorrir. Quantos Mateus se escondem no corte da cana? Como vivem esses palhaços? O que sonham? Porque o sorriso? Com um cenário móvel carregado no capô do fusca, Jurema e Bandeira transformam esses encontros em cenas reais de mundos imaginários. +

O CÉU DOS ÍNDIOS DESÂNA E TUIUCA (Dir. Flávia Abtibo e Chicco Moreira | 2017 | 26min | Estado Amazonas) Desâna e Tuiuca dominam o conhecimento do céu para saber como complementar às suas vidas na terra. Este olhar peculiar estabelece uma relação de cumplicidade entre a terra e o céu que a cultura ocidental tem dificuldades em firmar. Através da observação, os índios utilizam as Constelações do Homem Velho, da Ema, da Surucucu, para plantar, migrar, caçar, pescar... Um conhecimento que vem sendo esquecido pelas novas gerações. 04 de novembro | 2ª feira | 14h 11 de novembro | 2ª feira | 16h

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CINEMA

EULLER MILLER ENTRE DOIS MUNDOS (Dir. Fernando Severo | 2017 | 76min | Paraná) Euller Miller é um jovem indígena brasileiro da etnia kaiwá que sai de sua pequena aldeia nos arredores de Dourados (MS) para cursar odontologia em uma universidade pública na populosa capital do estado do Paraná. O filme acompanha sua complexa transição entre dois mundos contrastantes e a busca de novos horizontas que não impliquem na perda de suas raízes indígenas. +

FABIANA

ORIN: MÚSICA PARA OS ORIXÁS

04 de novembro | 2ª feira | 19h 12 de novembro | 3ª feira | 16h (Dir. Brunna Laboissière | 2018 | 89 min | São Paulo) Fabiana, mulher trans, vive como uma nômade caminhoneira por todo o Brasil durante mais de trinta anos. Porém, a aposentadoria se aproxima e ela deverá deixar para trás suas aventuras na estrada.

(Dir. Henrique Duarte | 2018 | 73 min | Bahia) Os cantos e ritmos de origem africana têm grande influencia na Música Popular Brasileira. ‘Orin’ é o nome iorubá dado às cantigas do Candomblé, que fazem a comunicação entre o mundo material e espiritual. O documentário mostra a trajetória de Iuri Passos, professor de atabaque no terreiro do Gantois e primeiro alabê a conquistar o título de mestre em etnomusicologia pela UFBA. +

NAVIOS DE TERRA

MAJUR (Dir. Rafael Irineu | 2018 | 20min | Mato Grosso) A pedido de Majur, o documentário foi gravado em segredo da família. LGBTQ, é porta-voz e responsável pela Chefia de Comunicação em uma aldeia indígena no interior de Mato Grosso. Acompanha, assessora e traduz do Bororo para Português. Assim foi gravado um breve processo de sua vida pessoal e profissional. 04 de novembro | 2ª feira | 16h 11 de novembro | 2ª feira | 19h

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(Dir. Simone Cortezão | 2017 | 70min | Minas Gerais) Há anos a montanha é deslocada entre dois países - Brasil e China. Rômulo, um ex- minerador, segue levando parte da montanha e vai ao encontro de outra. Na imensidão do mar, ele conhece outros viajantes, e em momentos febris encontra as memórias e o espírito da terra. +

QUILOMBO MATA CAVALO (Dir. Jurandir Amaral | 2018 | 15min | Mato Grosso) No Quilombo Mata Cavalo, quilombolas distribuídos em seis comunidades resistem para preservar seus traços culturais, manter a integração comunitária e conquistar a regularização das terras herdadas de seus ancestrais. 05 de novembro | 3ª feira | 16h 18 de novembro | 2ª feira | 14h

NO RIO DAS BORBOLETAS (Dir. Zeudi Souza | 2017 | 21min | Amazonas) Uma escolha, uma consequência. Quando duas irmãs ficam em um impasse se vão ou não em busca de ajuda para sua mãe enferma, a decisão muda para sempre o destino das quatro mulheres, Erasmia e Doriana, as duas capazes de decidir; Kallima, irmã mais nova é autista e vive em um mundo a parte; e Rosa, impotente, só aceita a decisão de embarcarem em uma canoa em busca de ajuda. 05 de novembro | 3ª feira | 19h 13 de novembro | 4ª feira | 16h


FRANCISCO (Dir. Teddy Falcão | 2018 | 20min | Acre) Francisco tenta viver a sua vida longe de tudo o que lhe faz lembrar um episódio específico na sua infância: a morte de seu pai, que fora vítima de um crime de ódio difícil de superar. Mas ao encontrar seus documentos antigos em arquivos velhos em casa, passa a entender o seu papel como homem negro e a importância da luta contra o racismo no Brasil. +

épocas diferentes revelando muita sensibilidade. O filme traduz uma história de amor, de perda, espera e de aceitação. 06 de novembro | 4ª feira | 16h 19 de novembro | 3ª feira | 14h

o trabalho com a música, a dança ou a poesia. Batalhas de slam, feiras livres, oficinas em escolas, marchas e shows acabam sendo para estes batalhadores um ato de resistência. +

ESTRANGEIRO

(Dir. Émerson Maranhão | 2018 | 15min | Ceará) Dois rapazes. Duas histórias que se cruzam. Duas vidas unidas por uma condição que define suas existências. Duas jornadas em busca de amor e de se reconhecerem no espelho. +

AQUELES DOIS

GUARÁ (Dir. Zeudi Souza | 2019 | 20min | Goias) A história de Carmem, que vive num apartamento no centro de Goiânia e tenta se esconder do caos da cidade. Por mais que ela queira evitar, sair de casa parece ser a única chance de encontrar a si mesma. +

06 de novembro | 4ª feira | 19h 25 de novembro | 2ª feira | 14h (Dir. Edgar Lemos Akatoy | 2018 | 115min | Paraíba) Uma viagem sensorial e poética nas memórias de Elisabete (Cecilia Retamoza), uma jovem mulher que viveu sua infância na paradisíaca praia de Tabatinga, no nordeste do Brasil. Devido a um misterioso trauma, Elisabete abandonou seu lar e nunca mais permaneceu em um só lugar. Aos trinta anos, Elisabete anseia por uma identidade. Ela não se sente confortável em sua própria pele, uma estrangeira em seu mundo.

QUANDO AS COISAS SE DESMANCHAM (Dir. Aristeu Araújo | 2018 | 21min | Paraná) Ana muda de cidade para morar com o pai que está com Alzheimer. Ana estuda para o Enem e faz vídeos. Ana não quer esquecer. +

VOZES DA MEMÓRIA

ABRINDO AS JANELAS DO TEMPO (Dir. Santiago José Asef | 2017 | 62min | Santa Catarina) Aprisionada em si mesma, a personagem central luta para encontrar-se e viver no presente. Suas confusões temporais envolvem o espectador, fazendo-o experimentar de perto essas vivências. A história se passa num vilarejo caiçara em três

ISSO ME FAZ PENSAR (Dir. Edson Lemos Akatoy | 2018 | 24min | Rio Grande do Sul) A realidade de jovens da periferia de Porto Alegre que vivem a cultura hip hop, enquanto enfrentam cotidianamente situações de preconceito, escassez e violência. Do raro protagonismo feminino em um ambiente dominado pelos homens, às dificuldades em manter

(Dir. Raíssa Dourado | 2018 | 33min | Rondônia) Lugares, Paisagens, Abordagem e tratamento plástico. Várias imagens emolduram esse trabalho: No início, o rio, a estrada de ferro, o cais do velho, os ciclos, da borracha, do ouro, e, no fim, a verticalização das moradias, as barragens, os reassentamentos, fenômeno recorrente na construção de grandes hidrelétricas. 07 de novembro | 5ª feira | 16h 21 de novembro | 5ª feira | 14h

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CINEMA

JÉSSIKA (Dir. Galba Gogóia | 2018 | 18min | Rio de Janeiro) Dirigido e estrelado por travestis, Jéssika não é mais um filme sobre prostituição; nem sobre disforias e procedimentos médicos e nem sobre violência e situações marginalizadas da população trans. Jéssika busca humanizar a vida de uma travesti. +

PLANO CONTROLE (Dir. Juliana Antunes | 2018 | 16min | Minas Gerais) O ano é 2016. Um golpe político da direita derruba a primeira mulher eleita presidente no Brasil. Nesse contexto político distópico, Marcela usa o serviço de teletransporte de seu celular para deixar o país, mas seu plano é controle. +

Em frente ao Congresso Nacional, Zé do caixão, rogará uma praga poderosa que tentará resgatar antigos filmes brasileiros sequestrados pelo “Capetal”, filmes de cineastas que previram os ataques à soberania nacional e suas riquezas, que se confirmam nos dias atuais. +

AURORA

ENTRE PARENTES (Dir. Tiago de Aragão | 2018 | 27min | Distrito Federal) Um ano após impeachment presidencial, Brasília recebe a maior mobilização indígena durante a 14ª edição do Acampamento Terra Livre, no final de abril. Enquanto isso, na mesma Esplanada dos Ministérios que abriga barracas de povos indígenas de todo o Brasil, parlamentares articulam uma agenda de retrocessos à causa indígena. Os parentes não deixarão de lutar. 07 de novembro | 5ª feira | 19h 22 de novembro | 6ª feira | 14h

CHAMANDO OS VENTOS: POR UMA CARTOGRAFIA DOS ASSOBIOS

A PRAGA DO CINEMA BRASILEIRO (Dir. William Alves e Zefel Coff | 2018 | 27min | Distrito Federal)

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que envolve entretenimento, ancestralidade, afetividade e memória. +

(Dir. Marcelo Rodrigues | 2018 | 13min | Pará) “Chamando os Ventos: por uma cartografia dos assobios” é um documentário sobre a ação imaginária de chamar os ventos por meio de assobios, uma dinâmica

(Dir. Everlane Moraes | 2017 | 15min | Sergipe) No palco de um teatro destruído assistimos a Elizabeth, Mercedes e Crisalida, três mulheres negras em diferentes etapas da vida, que revivem tudo o que sofreram com a interpretação de seus próprios conflitos na forma de monólogos interiores. +

TIPOIA (Dir. Paulo Silver | 2018 | 16 min | Alagoas) Paulo utiliza sua imobilidade advinda de uma queda de bicicleta para criar uma metáfora de algo que está partido após a derrocada política que levou Michel Temer a presidência e o início da retirada dos direitos das minorias que acabam culminando no estado político em que vivemos hoje. O signo da incerteza está presente nas conversas trocadas com amigos de profissão através de áudios do WhatsApp. +


decisão, a juíza da Corte Suprema de Taiwan recebe uma carta inesperada. 08 de novembro | 6ª feira | 14h 19 de novembro | 3ª feira | 16h

PANORAMA INFANTO JUVENIL

RASGA MORTALHA

O MALABARISTA

(Dir. Pattrícia de Aquino | 2018 | 15min | Paraíba) A história de Seu Arlindo, um senhor que vive no interior do Brasil e que passa a ouvir os rumores da vizinhança e os barulhos da coruja agourenta. Preocupado com a situação, Seu Arlindo passa a acreditar que a coruja está matando as pessoas da região, sendo assim, ele planeja a captura da ave, a fim de acabar de uma vez por todas com a tristeza da população local. +

(Dir. Iuri Moreno | 2018 | 10min | Goiás) Documentário em animação sobre o cotidiano dos malabaristas de rua, que colorem a rotina monótona das grandes cidades. +

POÉTICA DE BARRO (Dir. Giuliana Danza | 2019 | 06min | Minas Gerais) Bucólico, delicado e sensível, o curta-metragem Poética de Barro, animado em stop motion com argilas brasileiras, retrata a saga de uma pequena criatura, que precisa sobreviver às vicissitudes da vida. Se todas as barreiras serão transpostas, apenas assistindo para descobrir. +

DA CURVA PRA CÁ (Dir. João Oliveira | 2018 | 19 minutos | Espirito Santo) Dizem que quando você está sonhando, a única forma de descobrir se é um sonho é acender a luz. +

VIVI LOBO E O QUARTO MÁGICO (Dir. Isabelle Santos, Edu MZ Camargo | 2019 | 13min | Paraná) Muito prazer! Meu nome é Vivi Lobo. Essa história é sobre as portas que devemos abrir ao longo da vida, enquanto humanos, enquanto meninas. +

HORNZZ (Dir. Lena Franzz | 2019 | 05min | Rio de Janeiro) A inspiração de experiências pessoais da autora é contada através de uma linguagem surrealista. O objetivo do curta era experimentar todas as etapas de desenvolvimento de uma animação, tendo até então experiência apenas com animação 2d e rigging. +

LILY’S HAIR (Dir. Raphael Gustavo da Silva | 2019 | 14min | Goiás) Lily é uma garota negra que não gosta de seus cabelos. Com a ajuda de Caio, seu amigo cadeirante, tenta ter os cabelos do jeito que sempre sonhou. 05 de novembro | 3ª feira | 14h 13 de novembro | 4ª feira | 14h

DO OUTRO LADO (Dir. Bob Yang, Frederico Evaristo | 2018 | 14min | São Paulo) Às vésperas de uma importante

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CINEMA

PARDA

ICAMIABAS - MOQUECA

CLANDESTINO

(Dir. Tai Linhares | 2019 | 29 minutos| Rio de Janeiro) Um regime autoritário planeja restaurar a supremacia branca no Brasil. Sua primeira medida é exigir a volta ao país de todos os brasileiros brancos vivendo no exterior. Em meio ao caos político, Tai precisa provar que não é branca, mas se depara com a própria incerteza sobre sua identidade racial. +

(Dir. Otonie Oliveira | 2019 | 11min | Pará) É evidente a contundência que a lenda das Icamiabas, popularmente conhecidas como Amazonas – tribo de mulheres guerreiras que defendem uma sociedade matriarcal no coração da floresta – pode ter para os dias de hoje. Num momento de novo despertar da causa feminista não só nas redes sociais e mídias em geral, como no coração e na vida das mulheres – e, espera-se, na consciência dos homens –, essa lenda pode servir como inspiração para a atual primavera feminina. +

(Dir. Baruch Blumberg | 2018 | 24min | Sergipe) Têca é uma garota comum, com uma imaginação nada comum. No caminho para encontrar sua mãe e entregar uma encomenda muito preciosa, sua imaginação corre livre pelas paisagens do interior, enquanto ela vai viver aventuras ao lado de sua avó. 07 de novembro | 5ª feira | 14h 12 de novembro | 3ª feira | 14h

CRAVO, LÍRIO E ROSA

(Dir. Luiz Alberto Cassol | 2018 | 05 min | Rio Grande do Sul) Nem todo o grito sai da boca. +

PANORAMA RIO GRANDE DO SUL

A CÂMERA DE JOÃO (Dir. Tothi Cardoso | 2019 | 21min | Goiás) O filme acompanha a jornada do garoto João (10, Lucas Romão) que traz consigo as heranças e memórias de seu avô Zeca (68, Adilson Maghá) retratados através da curiosidade e da paixão pela fotografia. 06 de novembro | 4ª feira | 14h 14 de novembro | 5ª feira | 14h

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GRITO (Dir. Maju de Paiva | 2018 | 20min | Rio de Janeiro) Cê, uma menina de oito anos, tropeça no cadáver de uma adolescente. A aparição do corpo muda drasticamente a vida de Cê e de sua irmã mais velha, Sara. A mais nova se comunica com os mortos como válvula de escape para a solidão, enquanto a mais velha tem que lidar com o assédio e com a vulnerabilidade de seu corpo. +

BELLATRIX (Dir. Lucas Costanzi | 2019 | 52min | Rio Grande do Sul) Bellatrix significa guerreiro. Laura começa a se perguntar sobre as posições políticas que viu na televisão. A partir daí, cabe às pessoas que trabalham na questão de gênero discutir e entender melhor onde estão as diferenças sociais entre os sexos que observamos diariamente. +


VIOLADAS E SEGREGADAS

A PEDRA (Dir. Iuli Gerbase | 2018 | 19min | Rio Grande do Sul) O bote de uma família emperra durante um passeio de rafting. Pietra, a filha mais nova, é obrigada a perder um pouco de sua ingenuidade. 14 de novembro | 5ª feira | 16h 18 de novembro | 2ª feira | 19h

PEDALE COMO UMA GURIA (Dir. Thaís Brito | 2018 | 14min | Rio Grande do Sul) Em um trânsito dominado por homens dentro de carros e ônibus, torna-se um desafio ser mulher e usar um meio de transporte alternativo como a bicicleta na cidade de Porto Alegre. Pensando nesses desafios, o documentário Pedale como uma Guria busca conhecer e dar voz às mulheres ciclistas que através do coletivo “Pedal das Gurias” encontram um espaço seguro para expressarem juntas a sua resistência. +

TUDO DENTRO DA NORMALIDADE

(Dir. Tatiana Sager, Renato Dornelles | 2018 | 26min | Rio Grande do Sul) Na periferia de São Paulo, a assistente social Sônia precisa retirar o garoto Kairo da escola para uma difícil conversa. +

CARREIRA (Dir. Nelson Diniz | 2018 | 12min | Rio Grande do Sul) O encontro de dois atores, revelando o passado e o presente de suas carreiras. Uma distante cumplicidade entre eles, hoje inexistente, deixa claro o desconforto e a necessidade de se auto afirmarem enquanto profissionais. “Carreira” faz uma crítica, de maneira bem-humorada, sobre diferentes visões e realidades de uma vida artística e suas expectativas. +

MOCINHO E BANDIDO (Dir. Guto Bozzetti | 2018 | 15min | Rio Grande do Sul) Dois adolescentes são parados em uma batida policial. Róbson, o mais novo, apresenta um atestado de matrícula escolar e é liberado, mas Maicon não tem o mesmo documento. 14 de novembro | 5ª feira | 19h 18 de novembro | 2ª feira | 16h

(Dir. Leo Garcia, Zeca Brito | 2018 | 17min | Rio Grande do Sul) Porto Alegre. 24 de janeiro de 2018. Julgamento do ex-presidente Lula. A imprensa do mundo inteiro está presente. As notícias se espalham rapidamente. Tudo parece normal. +

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CINEMA

Infiltrado na Klan, direção de Spike Lee.

Desmascarando o Ódio Através dos filtros de câmera de Spike Lee em Infiltrado na Klan pode-se observar uma sociedade onde a desinformação, a ignorância e o falso nacionalismo são usados para apontar aqueles que seriam os culpados de todos os males. Eleitos os inimigos, grupos belicosos apontam os errôneos caminhos para solução através do ódio e da intolerância. O roteiro aborda um episódio verídico ocorrido nos anos setenta, nos EUA. Tema seríssimo, mas narrado com extremo bom humor. A realidade absurda do filme, um homem negro infiltrado na organização racista Klu Klux Klan, apesar de cômica, trabalha na construção de uma visão humanista de sociedade tirando as máscaras dos falsos messias. Por trás de cada risada, fica um desconforto que leva à reflexão sobre os discursos racistas, sexistas, machistas e chauvinistas dos fascismos nossos de cada dia. A Sala Redenção de Cinema Universitário e Colégio de Aplicação UFRGS convidam o público para um confronto com os preconceitos do passado e que, infelizmente, estão ainda tão presentes. Nilo Piana de Castro, Curador da mostra

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INFILTRADO NA KLAN 19 de novembro | 3ª feira | 09h* 21 de novembro | 5ª feira | 09h* 28 de novembro | 5ª feira | 19h (Dir. Spike Lee | USA | Drama | 2018 | 128 min | 14 anos | Legendado) Em 1978, Ron Stallworth, um policial negro do Colorado, conseguiu se infiltrar na Ku Klux Klan local. Ele se comunicava com os outros membros do grupo através de telefonemas e cartas, quando precisava estar fisicamente presente enviava um outro policial branco no seu lugar. Depois de meses de investigação, Ron se tornou o líder da seita, sendo responsável por sabotar uma série de linchamentos e outros crimes de ódio orquestrados pelos racistas. *Horário especial


Mostra RECAM A RECAM é um órgão do Mercosul que busca dar visibilidade a produções de seus países participantes, garantindo que o telespectador tenha acesso a obras da América Latina que abordem temas que reflitam as condições do continente. Durante o mês de novembro, a Rede de Salas Digitais do Mercosul apresenta o Ciclo Mercosul em curtas. São vários curtas-metragens de diferentes gêneros, como ficção, animação e documentário, que abordam diferentes temas e estilos. Eles são um reflexo da produção audiovisual independente dos últimos anos. Uma produção de qualidade e maior diversidade.

Encontramos três compilações de curtas-metragens pertencentes ao catálogo RSD, que incluem títulos do Uruguai, Brasil e Argentina. Temos a recente incorporação Na boca de todos, ganhador do Prêmio Recam no Festival Cine en Grande de Tierra del Fuego, uma realização coletiva de que surgiu da Red Argentina Mujeres De La Animación (RAMA). Migrante, um curta-metragem de animação colaborativa que reflete a vida dos imigrantes latino-americanos e foi produzido por mais de 50 animadores de 11 países da região. E Maracanazo, uma história de intensidade de futebol que merece ser lembrada em um bar perdido em Buenos Aires.

Antonieta, direção de Flavia Person.

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CINEMA chega uma alegria: amizade com um galo. Então o mundo se instala à sombra de uma velha árvore e toda amizade parece cantar no ar da cidade indiferente, na encosta cheia de miséria e juntos eles se tornam ativistas dos direitos dos animais. +

O MURO É O MEIO (Dir. Eudaldo Monção | Brasil | 2015 | 15 min) O documentário aborda o grafite de protesto gravado nas paredes da Universidade Federal de Sergipe. São gritos de revolta pela falta de segurança no campus, estrutura e qualidade do ensino. +

EN BOCA DE TODAS (Dir. Vários | Argentina | 2018) Trabalho coletivo realizado simultaneamente por 25 líderes de torcida que usam o método do “corpo requintado”, expressando livremente a comunicação, utilizando diferentes técnicas e motivações. +

DO QUE APRENDI COM MINHAS MAIS VELHAS (Dir. Susan Kalik e Onisajé | Brasil | 2016 | 26 min) Do que aprendi com minhas mais velhas é um documentário sobre a fé no Candomblé e como essa fé é transmitida de geração em geração. Um filme onde Egbomis, Nenguas eYalorixás contam como aprenderam com seus mais velhos e como ensinam seus mais jovens. Um filme sobre tradição, amor e religiosidade. 21 de outubro | 5ª feira | 16h

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MARACANAZO (Dir. Alejandro Zambianchi | Argentina | 2016 | 15 min) Com uma história de intensidade de futebol, Marcelo entrará no mundo de Candela para conquistar seu coração. A magia da ousadia, o exaltado antiherói pronto para lutar e uma história que merece ser lembrada, enchem a manhã de um bar perdido em Buenos Aires com misticismo. +

ANTONIETA (Dir. Flavia Person | Brasil | 2016 | 15 min) Aborda a história da filha de uma escrava libertada, ícone do movimento das mulheres negras no Brasil. +

GALUS GALUS (Dir. Clarissa Duque | Venezuela | 2013 | 12 min) O filme reúne momentos de uma pessoa em situação de rua que vive como “uma sombra que ninguém vê e vasculha o lixo para ganhar alguns centavos”, até que uma manhã

idade que mora com sua tia Mariana, uma jovem de trinta e poucos anos. Alejandro e Mariana têm um ritual conhecido, escutam e gravam cassetes para os pais que estão fora do país. Um segredo cobre a vida desses dois personagens, vítimas inocentes de conflitos estrangeiros. +

LA MAR ESTABA SERENA (Dir. Pablo Schulkin | Uruguai | 2015 | 08 min) Alejandro é um garoto de 5 anos de

TIGRE (Dir. João Borges | Brasil | 2013 | 16min) Após a morte de Arnaldo Tigre, sua vida é reconstruída por um sobrinho através de fotos, cartas e outras memórias. 22 de novembro | 6ª feira | 16h


slogan de campanha é “Terra, Vida, Justiça e Demarcação”. 22 de novembro | 6ª feira | 19h

MIGRANTE

A FESTA DOS ENCANTADOS

(Dir. Esteban Ezequiel Dalinger e Cesar Daniel Iezzi | Argentina | 2019) É um curta-metragem colaborativo de animação com uma poderosa mensagem a favor da migração, baseado em testemunhos reais que foram animados por mais de 50 animadores de 11 países da América Latina. +

(Dir. Masanori Ohashy | Brasil | 2016 | 13 min) A história de como um indiano Guajajara, que procurava o irmão perdido, encontrou um mundo subterrâneo habitado por seres encantados e lá permaneceu até aprender todos os rituais e canções de várias celebrações, sendo a mais importante o Festival do Mel deles. Com a nostalgia da família, ele voltou para sua aldeia e continuou contando as histórias e ensinando, em sua aldeia natal, tudo o que havia aprendido com os deleitados. Antes disso, segundo a lenda, os Guajajara não realizavam festas. +

FOTODOCUMENTO (Dir. Antonella Defranza | Argentina | 2015) Olivia trabalha em uma casa de família em algum bairro de Buenos Aires. É verão em meados dos anos 90 e faz muito calor. Os meninos que moram na casa assistem TV e jogam enquanto passam os últimos dias de férias e a mãe trabalha. Olivia precisa se comunicar com a Bolívia, onde seus filhos moram, mas os cartões em telefones públicos e redes de comunicação dificultam a ligação. No final de semana, voltando para casa de trem, como de costume, ele conhece um conhecido que muda sua maneira de ver, seus desejos e se reúne com seu local de origem. +

ÍNDIOS NO PODER (Dir. Rodrigo Arajeju | Brasil | 2017 | 21 min) Mario Juruna, primeiro índio parlamentar na história do país, não consegue se reeleger para a Constituinte (1987/88). Sem representante no Congresso Nacional desde a redemocratização, as Nações Indígenas sofrem ataques da Bancada Ruralista aos seus direitos constitucionais. O cacique Ládio Veron, filho de liderança Kaiowa e Guarani executada na luta pela terra, lança candidatura a deputado federal nas Eleições 2014, sob ameaças do Agronegócio. Contra a PEC 215, seu

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CINEMA

Rara, direção de Pepa San Martín.

Semana do Cinema Chileno O projeto “Semana de Cinema Chileno em Porto Alegre 2019” tem como horizonte trazer para o público uma mostra das temáticas sociais, políticas e de gênero, as quais serão levadas à tela pelos cineastas chilenos, premiados em diferentes fóruns da sétima arte. O Departamento de Difusão Cultural da UFRGS acolheu com muito esmero o projeto da Semana de Cinema Chileno, idealizado pelo Centro Cultural e Social Chileno de Porto Alegre (CCSC) que é uma associação sem fins lucrativos, comprometido em

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difundir a cultura chilena e as suas manifestações no Brasil. O CCSC entende que o cinema é um rico veículo de transmissão e compartilhamento da cultura e da produção de conhecimentos dos povos, seja pela temática abordada, seja pela linguagem utilizada e/ou ainda pela explanação do pensamento ético, moral, político, científico, entre outros. O evento terá lugar na Sala Redenção da UFRGS, de 25 a 29 de novembro e será gratuito para todo o público. Os filmes Violeta foi para o céu e Uma Mulher Fantástica, são em parceria com o Sesc-RS.


VIOLETA FOI PARA O CÉU

UMA MULHER FANTÁSTICA

25 de novembro | 2ª feira | 16h 28 de novembro | 5ª feira | 16h (Dir. Andrés Wood | Chile | Drama | 2011 | 105 min | 12 anos | Legendado) Intratável, terna, boêmia, áspera, contundente, frágil e indomável. Violeta Parra foi uma das artistas mais emblemáticas do Chile - e ainda assim, profundamente ignorada por décadas de uma cultura controlada pela ditadura de Pinochet.

25 de novembro | 2ª feira | 19h 26 de novembro | 3ª feira | 16h (Dir. Sebastián Lelio | Chile | Drama | 2017 | 104 min | 14 anos | Legendado) Marina é uma mulher trans. Quando seu parceiro morre, ela se vê diante da raiva e do preconceito da família dele. Ela luta por seu direito de sofrer - com a mesma energia ininterrupta que ela exibiu quando lutou para viver como uma mulher.

RARA 26 de novembro | 3ª feira | 19h 27 de novembro | 4ª feira | 16h (Dir. Pepa San Martín | Chile | Drama | 2017 | 86 min | 12 anos | Legendado) Sara (Julia Lübbert) é uma menina prestes a completar 13 anos. Depois da separação, sua mãe Paula (Mariana Loyola) agora mora com a nova esposa, Lia (Agustina Muñoz). O cotidiano é como o de qualquer outra família: tem problemas, mas muito amor. Victor (Daniel Muñoz), o pai das meninas, desaprova o novo relacionamento da ex-esposa e passa a interferir de maneira mais agressiva na vida das filhas, abalando a harmonia entre Sara e sua mãe.

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CINEMA

Histórias Praieiras A sessão Histórias Praieiras tem como tema a poesia visual das águas do litoral sul e nordeste brasileiros a partir do ponto de vista de três artistas mulheres em diálogo com suas gentes. Serão exibidos os filmes: “Travessia” (14min) e “Processo de criação: Travessia” (11min), ambos de Lilian Maus com direção de Muriel Paraboni (RS), além de “Sombra do Tempo” (20min), de Naiana Magalhães e Cecília Shiki (CE).

Após a sessão dos filmes será realizada a leitura de um dos contos do novo livro de Maria Helena Bernardes (RS): “A Dança do Corpo Seco”, editado pela Confraria do Vento com fotografias de Rosana Almendares (PE) e que será lançado no evento.

Sombra do Tempo, direção de Naiana Magalhães.

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conflitos com o modo capitalista e gentrificador de ser da cidade litorânea. O filme é um registro sensível desta experiência. 28 de novembro | 5ª feira | 19h

TRAVESSIA (Dir. Lilian Maus, Muriel Paraboni) Travessia é resultado da parceria entre os artistas Muriel Paraboni e Lilian Maus, cuja pesquisa em torno das lagoas de Osório, envolvendo mitos, relatos, personagens fictícios e reais, inspira a concepção do roteiro. O filme foi criado a partir da performance da própria Lilian Maus e do pescador José Ricardo de Queiróz, em um ano de captações na região. O filme conta a história de um pescador se lança em águas incógnitas, onde os peixes há muito se foram, envoltos por silencioso mistério. Nesta viagem sem volta a paisagem faz às vezes do outro e o outro logo se revela o avesso ou espelho de si na inelutável solidão do horizonte. Travessia é livremente inspirado na lenda da noiva da Lagoa dos Barros, que remonta a inúmeros relatos populares observados desde o período colonial e que chega ao século XX com a morte da jovem Maria Luiza Häussler pelo noivo, Heinz Werner João Schmeling, que ocultou o corpo na Lagoa dos Barros, em Osório, Rio Grande do Sul, em agosto de 1940. +

SOMBRA DO TEMPO (Dir. Naiana Magalhães) Durante o ano de 2016, Naiana Magalhães (CE) acompanhou a pesca artesanal no estado do Ceará. Sob a pergunta norteadora: “E depois que a jangada sai, o que acontece?”. A artista lançou-se ao alto mar acompanhando os pescadores, mas à medida que adentrava o mundo da pesca, também adentrava os

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CINEMA

O Homem Mosca, direção de Fred C. Newmeyer e Sam Taylor.

PARCEIROS DA SAL A REDENÇÃO

Clube de Cinema A 13 de Abril de 1948, o crítico de cinema Paulo Fontoura Gastal, reunido com jornalistas, cinéfilos e intelectuais de Porto Alegre, fundou o Clube de Cinema de Porto Alegre, dedicado à expansão da cinefilia na cidade, no estado e no país. Desde então e até hoje nosso Clube é ativo e persistente em promover mostras e festivais ao longo de sua história, sem esquecer de uma boa conversa após cada sessão sobre o filme recém visto. O Clube de Cinema recebeu da ACCIRS, Associação de Críticos de Cinema do Rio Grande do Sul, o prêmio Luiz César Cozzatti – Destaque Gaúcho de 2018, destinado à valorização da produção audiovisual e a da cultura do RS. Convidamos a cinefilia brasileira para juntar-se a nós nesta longa e divertida aventura que o CINEMA proporciona. #ClubeDeCinema #CCPA1948 #SessaoCCPA Diretoria do Clube de Cinema de Porto Alegre

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O HOMEM MOSCA 12 de novembro | 3ª feira | 19h (Dir. Fred C. Newmeyer, Sam Taylor | EUA | Comédia | 1927 | 70 min | Livre) Um garoto do interior vive grandes confusões morando na cidade grande, a ponto de ficar pendurado em um relógio nas alturas. Após a sessão haverá um bate papo com integrantes do Clube de Cinema.


CineDHebate Direitos Humanos O CineDHebate Direitos Humanos é uma parceria entre a Liga dos Direitos Humanos da Faculdade de Educação da UFRGS e a Sala Redenção – Cinema Universitário. Cada exibição é seguida de debate com a participação de convidados, dos organizadores e do público.

UM CORPO QUE CAI 13 de novembro | 4ª feira | 19h (Dir. Alfred Hitchcock | EUA | Suspense | 1958 | 128 min | 14 anos | Legendado) Em São Francisco, um detetive aposentado (James Stewart) que sofre de um terrível medo de alturas é encarregado de vigiar uma mulher (Kim Novak) com possíveis tendências suicidas, até que algo estranho acontece nesta missão. Após a sessão haverá um debate com Nycolas Friedrich Correa Motta, doutorando em Filosofia na UFRGS e curador da mostra.

Um Corpo que Cai, direção de Alfred Hitchcock.

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CINEMA

Procura-se Susan Desesperadamente, direção de Susan Seidelman.

Sessão ACCIRS Duplo de um Filme, segundo ciclo da Sessão ACCIRS em 2019, apresenta filmes que desdobram, comentam e refazem de diversas maneiras outras obras da história do cinema. Não são refilmagens literais, mas novas criações que usam outras como modelo e estabelecem diálogos instigantes com diferentes períodos históricos, abordagens e culturas. O filme Procura-se Susan Desesperadamente, de Susan Seidelman, é inspirado em Celine e Julie vão de Barco (1974) de Jacques Rivette e será comentado pelos associados da Accirs Daniela Strack e Fatimarlei Lunardelli.

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PROCURA-SE SUSAN DESESPERADAMENTE 19 de novembro | 3ª feira | 19h (Dir. Susan Seidelman | EUA | Comédia | 1985 | 104 min | 12 anos | Legendado) Procura-se Susan Desesperadamente (Desperately Seeking Susan) é uma comédia que se passa em Nova York sobre a interação entre duas mulheres bem diferentes. Rosanna Arquette é uma dona de casa entediada que acompanha as aventuras da amalucada Susan, vivida por Madonna em seu primeiro papel importante no cinema. O filme capta o ambiente boêmio do início da década de 80 em Nova York.


Sessão UNAPI As sessões de cinema da parceria entre UNAPI (Universidade Aberta para Pessoas Idosas) e Sala Redenção – Cinema Universitário ocorrem mensalmente. Nelas, busca-se integrar os idosos ao cotidiano cultural universitário. Em todas as sessões, são promovidos debates relacionados ao tema escolhido para cada filme exibido. Esta sessão é uma parceria com Sesc-RS.

SABOR DA VIDA 20 de novembro | 4ª feira | 14h (Dir. Naomi Kawase | Japão | Drama | 2015 | 113 min | Livre | Legendado) Sentaro dirige uma pequena padaria que serve dorayakis - panquecas recheadas com pasta de feijão vermelho doce. Quando uma senhora de idade, Tokue, se oferece para ajudar na cozinha, ele relutantemente aceita. Mas Tokue prova ter um toque de mágica quando se trata de fazer “an”. Graças à sua receita secreta, o pequeno negócio logo floresce e com o tempo, Sentaro e Tokue abrem seus corações para revelar velhas feridas.

Sabor da Vida, direção de Naomi Kawase.

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CINEMA

Invictus, direção de Clint Eastwood.

Inovação nas Telas O Parque Zenit, a Difusão Cultural - UFRGS e a Sala Redenção organizam mensalmente a sessão Inovação nas Telas, uma série de cinedebates que reúne no mesmo evento inovação, networking e cinema! As sessões exibem longas relacionados à temática do empreendedorismo e da inovação, seguidos de um debate com palestrantes relevantes da área, que se alternam a cada edição.

INVICTUS 20 de novembro | 4ª feira | 19h (Dir. Clint Eastwood | EUA | Drama | 2009 | 133 min | Livre | Legendado) A inspiradora história de como Nelson Mandela (Morgan Freeman) uniu forças com o capitão da equipe de rúgbi da África do Sul, Francois Pienaar (Matt Damon), para ajudar a unir a nação. Recémeleito, o presidente Mandela sabe que seu país permanece dividido racial e economicamente após o fim do apartheid. Acreditando ser capaz de unificar a população por meio da linguagem universal do esporte, Mandela apóia o desacreditado time da África do Sul na Copa Mundial de Rúgbi de 1995, que faz uma incrível campanha até as finais. Após a sessão haverá um debate com os organizadores da mostra e convidados.

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Cinemas em Rede O Cinemas em Rede é uma iniciativa da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) em parceria com o Ministério da Cidadania e o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, que pretende contribuir para a criação de um circuito de exibição audiovisual nas Universidades e Instituições federais de todo Brasil. No Rio Grande do Sul, a parceria é com a Sala Redenção – Cinema Universitário.

SUBSTANTIVO FEMININO 21 de novembro | 5ª feira | 19h (Dir. Daniela Sallet, Juan Zapata | Brasil | Documentário | 2017 | 70 min | 12 anos) Substantivo Feminino é um longa documental sobre duas pioneiras na militância ambiental no Brasil e no cenário internacional. Giselda Castro e Magda Renner eram donas de casa quando começaram a militar em 1964, com ações de cidadania junto à população carente na Ação Democrática Feminina Gaúcha. Graças a elas, a ADFG se tornou o braço brasileiro da Friends of the Earth , que existe em mais de 70 países. A partir de então, percorreram o mundo, integraram organizações internacionais e o Comitê de ONGs do Banco Mundial. O documentário revela peculiaridades dessas mulheres ricas que ousaram contrariar interesses econômicos. E uma surpresa: elas foram vigiadas pelo Serviço Nacional de Informações SNI, no período militar. Após a sessão haverá um debate com Daniela Sallet, diretora do filme. Substantivo Feminino, direção de Daniela Sallet e Juan Zapata.

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CINEMA

Espaços (Sub)Traídos O Grupo de Pesquisa Identidade e Território (GPITUFRGS) e Sala Redenção - Cinema Universitário apresenta a mostra Espaços (Sub)traídos. Essas sessões surgem com intuito de fomentar o diálogo entre o público e o meio acadêmico sobre a função da imagem cinematográfica como imagem poética. As inquietações urbanas que permeiam as pesquisas dos diversos integrantes do grupo dialogam com filmes produzidos pela cena audiovisual brasileira. Tal imagem pode possibilitar uma outra de visão de mundo, aquela que constrói a diversidade do espaço contemporâneo a partir da subtração, realçando o menos, o esquecido, o invisível.

LEGALIDADE 27 de novembro | 4ª feira | 19h (Dir. Zeca Brito | Brasil | Drama | 2019 | 122 min | 14 anos) Brasil, 1961. Quando Jânio Quadros renuncia à presidência do Brasil, o vice-presidente João Goulart torna-se o sucessor natural ao cargo. No entanto, setores da sociedade, liderados pelos militares, clamavam pelo impedimento da posse de Jango, temerosos de suas posições de esquerda. Liderado por Leonel Brizola (Leonardo Machado), o movimento Legalidade é criado para garantir a posse do vicepresidente, colocando grande parte do Rio Grande do Sul contra o núcleo do exército. Em meio à turbulência política e social, um triângulo amoroso é formado entre Cecília (Cleo Pires), Luis Carlos (Fernando Alves Pinto) e Tonho (José Henrique Ligabue). Após a sessão haverá debate com integrantes do projeto e convidados.

Legalidade, direção de Zeca Brito.

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Colóquio “Apagamentos da Memória na Arte” Trata-se de um colóquio internacional que comemorará os 85 anos da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, em data que igualmente celebrará o primeiro Ciclo de Conferências que integra o acordo de cooperação internacional firmado entre a Universidade da Picardia Jules Verne (UPJV, Amiens, França) e a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS, Porto Alegre, Brasil), através de seus Programas de Pós-graduação em Artes Visuais e em História da Arte. Este colóquio ocorrerá de 28 a 30 de novembro de 2019 nas dependências da UFRGS e contará com um público de qualificados professores, estudantes de todos os níveis da escolaridade acadêmica, pesquisadores, artistas e de uma audiência interessada em arte e em assuntos culturais do mundo hodierno. Em especial, pretende-se articular a arte com questões relacionadas às novas conformações das culturas hoje e aos mais recentes modos de percepção do mundo, em sua vertiginosa aceleração. O tema central deste encontro visa colocar em xeque e discutir diferentes posições teóricas e artísticas que afloram de pesquisas que abordam essas transformações, particularmente as referentes à memória. Detém-se em especial, nos distintos modos como os artistas concretizam essas surpreendentes mutações nos seus processos de apreensão da realidade na criação de seus trabalhos artísticos. “Os apagamentos da memória na arte” buscam assim discutir os espaços escondidos, a metamorfose das geografias territoriais e humanas olvidadas na história cultural do presente, os esquecimentos, lacunas e vazios que as diversas histórias deixam entrever. Pergunta-se, pois, se teriam elas sido omitidas por carências de conhecimentos ou se seriam elas o fruto de escolhas intencionais, as que fundamentam as dimensões políticas da memória espraiadas por inúmeras partes do globo - as que transitam subterraneamente entre os ágeis movimentos das culturas hoje, através de seus fluxos desiguais de distribuição, transmissão e de apropriação.

A produção de muitos artistas leva a repensar essas articulações entre estética e política, ao denunciar, em permanência essas tensões da memória, tão presentes em nossos tempos. Ergue-se como um interesse capital ao se estudar a arte produzida no Brasil, um país que busca aos poucos construir suas próprias histórias da arte e de suas culturas que lhe são inerentes. Professora Mônica Zielinsky Programa de Pós-Graduação em Artes Visuais UFRGS ENTIDADES ENVOLVIDAS: PPGAV UFRGS Université de la Picardie Jules Verne - França Centro Cultural UFRGS PROPESQ UFRGS PROREXT UFRGS Aliança Francesa - Porto Alegre Consulat Général de France - São Paulo Goethe Institut de Porto Alegre Cine Esquema Novo Institut National d’Audiovisuel – França PROGRAMAÇÃO:

FOULES

(Dir. Robert Lapoujade | França | Animação | 1960 | 8 min) +

J’AI HUIT ANS (Dir. Yann Le Masson, Olga Poliakoff | França | 1961 | Documentário | 9 min) +

LA DISTRIBUTION DU PAIN (Dir. Cécile Decugis | França | Documentário | 2011 | 14 min) +

XADALU E O JAGUARETÊ (Dir. Tiago Bortolini, Ariel Kuaray Poty | Brasil | Documentário | 2014 | 80 min) 27 de novembro | 4ª feira | 19h

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CINEMA

Cinedebate Primeira Infância Melhor - PIM Implantado no RS em 2003, o PIM é uma política pública de promoção do desenvolvimento integral na primeira infância. Seu principal objetivo é orientar as famílias, a partir de sua cultura e experiências, para que promovam o desenvolvimento integral de suas crianças, desde a gestação até os seis anos de idade. Por meio da visitação domiciliar, o PIM promove a estimulação do desenvolvimento infantil, o fortalecimento das competências familiares e a identificação das necessidades específicas de cada beneficiário, articulando a rede de serviços, conforme as demandas que surgem no cotidiano das famílias. Atualmente o PIM está presente em 238 municípios.

NASCER NAS PRISÕES: IMPACTO SOCIAL 28 de novembro | 5ª feira | 14h (Dir. Bia Fioretti | Brasil | Documentário | 2017 | 29 min | 12 anos) O documentário Nascer Nas Prisões, produzido pela Fiocruz, em 2017, e dirigido por Bia Fioretti, traça um inédito perfil da população feminina encarcerada que vive com seus filhos em unidades prisionais femininas das capitais e regiões do Brasil. Com falas de profissionais e de mulheres privadas de liberdade, a obra aborda as características e as práticas relacionadas à atenção, à gestação e ao parto durante o encarceramento. Após a sessão haverá debate com Renata Dotta, coordenadora da Política Estadual de Atenção Básica à Saúde das Pessoas Privadas de Liberdade no Sistema Prisonal da Secretaria Estadual da Saúde.

Nascer nas Prisões: Impacto Social, direção de Bia Fioretti.

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CINEMA

Narcisa, direção de Daniela Muttis.

DEZEMBRO

Mostra RECAM A RECAM é um órgão do Mercosul que busca dar visibilidade a produções de seus países participantes, garantindo que o telespectador tenha acesso a obras da América Latina que abordem temas que reflitam as condições do continente. Durante o mês de dezembro, a Rede de Salas Digitais do Mercosul apresenta o Ciclo Artistas do Mercosul, que inclui dois documentários que falam sobre a vida e obra de dois artistas do cinema e da música.

NARCISA 02 de dezembro | 2ª feira | 16h 06 de dezembro | 6ª feira | 19h (Dir. Daniela Muttis | Argentina | Documentário | 2014 | 61 min | Livre) Narcisa Hirsch produziu na Argentina um trabalho que, desde o final dos anos 60, possui uma amplitude estética, conceitual e cinematográfica que poucos cineastas experimentais conseguiram alcançar. Às vezes, tenciona a relação entre o visual e o verbal, outras vezes como uma paisagista alucinada de pura iconicidade, e outras, a partir de uma concepção

musical da imagem, suas obras evocam a partir do título, aquele ponto de “brilho intolerável” onde convergem o universo real e o imaginado, ou seja, a vigília e o sonho.O caso foi o gatilho não apenas para a mobilização de outras comunidades, mas principalmente para expor as fraquezas de um projeto de segurança pública militarizado.

FATTORUSO 02 de dezembro | 2ª feira | 19h 06 de dezembro | 6ª feira | 16h (Dir. Santiago Bednarik | Uruguai | Documentário | 2017 | 90 min | Livre) O filme aborda a vida atual de Hugo Fattoruso em busca de contar sua história em um diálogo entre cenas de sua vida cotidiana, documentos de arquivo e entrevistas coletadas. Esta é uma história de amor para a música. A dedicação e o compromisso absoluto de uma pessoa que coloca sua alma a serviço da arte, deixando uma marca profunda na música universal e em todas as pessoas que a conhecem.

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CINEMA

A.L.F.: Animal Liberation Front, direção de Jérôme Lescure.

2ª Mostra Animal de Porto Alegre O ser humano, apesar de esquecer com frequência, faz parte do reino animal. Por se entender como superior, instrumentaliza seres complexos, independentemente do sofrimento causado. Com isso, bois, porcos, frangos e peixes são transformados em alimento; ratos e coelhos servem para testes de cosméticos; raposas e chinchilas viram vestuário; cães e gatos são comercializados em vitrines. O tratamento é baseado no especismo, um preconceito análogo ao racismo e ao sexismo, em que os humanos desconsideram moralmente outros animais apenas por suas características serem diferentes.

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Desde 2009, a Sociedade Vegetariana Brasileira promove a Mostra Animal em diversas cidades do país. A proposta é abrir discussões sobre comportamentos naturalizados em relação às outras espécies. A partir de obras nacionais e internacionais, busca tornar o conhecimento acessível e proporcionar discussões relacionadas à exploração animal, a impactos socioambientais e à nutrição vegetariana. Em Porto Alegre, o evento acontece pela segunda vez, após grande sucesso em 2018.


PLANEAT

ESPECISMO

09 de dezembro | 2ª feira | 15h (Dir. Shelley Lee Davies, Or Shlomi | Inglaterra | Documentário | 2010 | 87 min | Livre | Legendado) A busca por uma alimentação que não seja nociva para a saúde, nem para o meio ambiente. Cientistas questionam hábitos ocidentais, mostrando como os problemas enfrentados atualmente podem ser resolvidos.

10 de dezembro | 3ª feira | 19h (Dir. Mark Devries | EUA | Documentário | 2013 | 94 min | Livre | Legendado) Um jovem investiga o submundo da pecuária. Assim, descobre um crescente movimento político e intelectual que repensa a relação humana com outros animais.

FANTASMAS NA NOSSA MÁQUINA 09 de dezembro | 2ª feira | 19h (Dir. Liz Marshall | Canadá | Documentário | 2013 | 92 min | Livre | Legendado) Os animais estão escondidos nas sombras de um mundo altamente mecanizado. O filme ilumina a vida desses seres, através das lentes da fotógrafa Jo-Anne Mc Arthur.

A.L.F.: ANIMAL LIBERATION FRONT 10 de dezembro | 3ª feira | 15h (Dir. Jérôme Lescure | França | Drama | 2012 | 96 min | Livre | Legendado) Um professor de teatro inofensivo é posto na prisão. Ele é membro de um grupo que esquece das leis quando precisa agir de forma ética.

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CCIINNEEM MAA

Os Primeiros Anos da Cahiers Du Cinéma Não nos basta assistir aos filmes de forma passiva. O cinema é uma arte que trabalha conflitos e relações entre as imagens. Portando é importante que se confronte essas obras. Existem, na linguagem cinematográfica, possibilidades de diferentes entendimentos e leituras de determinadas sequências de imagens. É esse tipo de análise que a crítica de cinema alimenta. Observar o filme na sua totalidade, respeitando o universo ali apresentado, porém com disposição de desviá-lo de seu objetivo original.

de 50 fundou, juntamente com Jacques DoniolValcroze e Lo Duca, a revista Cahiers Du Cinéma. Essa importante publicação serviu como porta de entrada para vários jovens críticos no chamado “mercado cinematográfico”, além de influenciar a crítica e o olhar no cinema contemporâneo, pois segue ativa até hoje. Suas listas de melhores do ano geram certas discussões com frequência, seja pelo seu desapego do convencional ou pela aceitação de alguma obra maldita.

Esse tipo de exploração das possibilidades que os filmes proporcionam foi bastante difundida pelo crítico francês, André Bazin, que no início da década

Recentemente, o longa brasileiro Bacurau (Kleber Mendonça Filho, 2019) estampou a capa da publicação, mostrando o caráter abrangente da

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Juventude Transviada, direção de Nicolas Ray.

revista, que olha para o cinema muito mais instigado em pensar sobre as contribuições culturais de uma obra, do que com interesse no êxito comercial. Isso é um reflexo, ainda que distante, da influência de Bazin, que esteve sempre atento ao que se produzia ao redor do mundo e disposto a identificar tendências que iam surgindo no cinema do pós-guerra. Como forma de celebrar essa grande publicação e esse importante crítico, cuja relevância permanece forte – inclusive seu livro “O Que É O Cinema?” foi a primeira obra escolhida a ser estudada pelo Grupo de Leitura, da parceira Cinemateca Capitólio -, a Sala Redenção fará uma pequena revisão das primeiras

listas de Melhores do Ano da revista, exibindo entre os dias 03 e 20 de dezembro, cinco filmes de diferentes países e que estiveram presentes nas listas e mais tarde tornaram-se clássicos do cinema dos anos 50. Victor Souza, Bolsista da Sala Redenção e curador da mostra. Os filmes O batedor de carteiras e O ascensor para o cadafalso, são em parceria com a Aliança Francesa de Porto Alegre e o IfCinéma/Cinemateca da França.

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JUVENTUDE TRANSVIADA

CREPÚSCULO DOS DEUSES 04 de dezembro | 4ª feira | 16h 13 de dezembro | 6ª feira | 19h 16 de dezembro | 2ª feira | 16h (Dir. Billy Wilder | EUA | Drama | 1950 | 110 min | Livre | Legendado) Uma estrela veterana do cinema mudo se recusa a aceitar que seu reinado acabou. Então ela contrata um jovem roteirista para ajudá-la a reconquistar o sucesso. O escritor acredita que pode manipular a atriz, mas percebe que está redondamente enganado.

03 de dezembro | 3ª feira | 19h 12 de dezembro | 5ª feira | 16h 18 de dezembro | 4ª feira | 16h (Dir. Nicolas Ray | EUA | Drama | 1955 | 111 min | 14 anos | Legendado) Jim Stark (James Dean) é um jovem problemático, e por sua causa, os pais se mudam de uma cidade para outra, até se fixarem em Los Angeles. Certo dia ele é preso por embriaguez e desordem, e no distrito policial, conhece Judy (Natalie Wood), uma jovem revoltada com o pai e um rapaz que atirou em alguns cães. Após ser libertado, tenta se aproximar de Judy, mas cria um desentendimento com o namorado de Judy, que é o líder de uma gangue do colégio. Esta rivalidade vai gerar algumas situações com trágicas consequências.

JANELA INDISCRETA

NOITES DE CABÍRIA

05 de dezembro | 5ª feira | 16h 16 de dezembro | 2ª feira | 19h 17 de dezembro | 3ª feira | 16h (Dir. Alfred Hitchcock | EUA | Suspense | 1954 | 112 min | 12 anos | Legendado) Em Greenwich Village, Nova York, L.B. Jeffries (James Stewart), um fotógrafo profissional, está confinado em seu apartamento por ter quebrado a perna enquanto trabalhava. Como não tem muitas opções de lazer, vasculha a vida dos seus vizinhos com um binóculo, quando vê alguns acontecimentos que o fazem suspeitar que um assassinato foi cometido.

13 de dezembro | 6ª feira | 16h 18 de dezembro | 4ª feira | 19h 29 de dezembro | 5ª feira | 16h (Dir. Federico Fellini | Itália | Drama | 1957 | 118 min | 16 anos | Legendado) Uma prostituta procura, incansavelmente, seu verdadeiro amor nas ruas de Roma. Após muitas decepções, encontra o pretendente dos sonhos no local e hora mais inapropriados.

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ASCENSOR PARA O CADAFALSO 19 de dezembro | 5ª feira | 19h 20 de dezembro | 6ª feira | 16h (Dir. Louis Malle | França | Suspense | 1958 | 91 min | 12 anos | Legendado) Casada com o milionário Simon Carala, mas apaixonada por outro, a enigmática Florence Carala decide matar o marido com a ajuda do amante Julien Tavernier. Tavernier é um ex-militar que trabalha como espião na Indochina para o marido de Florence. Planejado para parecer um suicídio, as coisas começam a dar errado quando Tavernier decide buscar uma corda no terraço e fica preso no elevador.

O BATEDOR DE CARTEIRAS 03 de dezembro | 2ª feira | 16h 20 de dezembro | 6ª feira | 19h (Dir. Robert Bresson | França | Drama | 1959 | 75 min | 12 anos | Legendado) Michel é um homem amargurado e depressivo que tenta sua sorte nas ruas de Paris, roubando bolsas e carteiras. Filmada de uma forma inteiramente impessoal e controlada, como um teatro de marionetes, toda a tensão do filme não está no que ocorre durante as cenas, mas no que não ocorre.


PARCEIROS DA SAL A REDENÇÃO

Clube de Cinema

O INQUILINO 17 de dezembro | 3ª feira | 19h (Dir. Alfred Hitchcock | Reino Unido | Suspense | 1927 | 89 min | 14 anos | Legendado) Um serial killer inicia uma série de assassinatos em Londres, tendo como elemento comum o fato de suas vítimas serem todas mulheres loiras. Um novo hóspede, Jonathan Drew chega ao hotel do casal Bounting (Marie Ault e Arthur Chesney), em Bloomsbury e aluga um quarto. Sessão musicada ao vivo. Após a sessão teremos um batepapo com integrantes do Clube de Cinema e convidados.

Espaços (Sub)Traídos

pessoais e aprender a conviver com pessoas que, apesar de diferentes, enfrentam juntos a vida nas ruas. Após a sessão haverá um debate com integrantes do evento e convidados. Este filme é uma parceria com o Sesc/RS.

CineDHebate Direitos Humano

BRILHO ETERNO DE UMA MENTE SEM LEMBRANÇAS 11 de dezembro | 4ª feira | 19h (Dir. Michel Gondry | EUA | Drama | 2004 | 108 min | 14 anos | Legendado) Ao descobrir que sua ex-namorada se submeteu a um tratamento experimental para apagá-lo de suas lembranças, Joel decide passar pelo mesmo processo. Porém, durante a experiência, ele percebe que não quer esquecê-la.

Sessão Especial

ERA O HOTEL CAMBRIDGE 04 de dezembro | 4ª feira | 19h (Dir. Eliane Caffé | Brasil | Drama | 2016 | 99 min | 12 anos) Refugiados recém-chegados ao Brasil dividem com um grupo de sem-tetos um velho edifício abandonado no centro de São Paulo. Além da tensão diária que a ameaça de despejo causa, os novos moradores do prédio terão que lidar com seus dramas

11 de dezembro| 4ª feira | 16h A Sala Redenção abrirá espaço mensalmente para algumas sessões especiais que poderão ser o lançamento de um filme ou a exibição de um título inédito. O filme escolhido será sempre divulgado nas redes sociais e no site da Difusão Cultural alguns dias antes da sessão.

Sigma Cinema VILA FLORES 05 de dezembro | 5ª feira | 19h (Dir. Marcelo Monteiro, Juliano Ambrosini, Nando Rossa)

O Documentário Vila Flores: Território e Memória apresenta a história do centro cultural e educacional e núcleo de práticas criativas e colaborativas Vila Flores, localizado no bairro Floresta, em Porto Alegre - RS. O conjunto, construído entre os anos 1925 e 1928 pelo engenheiro-arquiteto Joseph Franz Seraph Lutzenberger, é um complexo arquitetônico formado por 3 edificações e um pátio em um terreno de 1.415 m2. Após a sessão haverá um debate com Bia Kern, fundadora da ONG Mulher em Construção e uma das empreendedoras sociais Alumni da Womanity Foundation; Cibele Vieira Figueira, Doutora em Arquitetura e Urbanismo pela Universidade Politécnica da Catalunha; e Antonia Wallig, gestora cultural e co-fundadora do Vila Flores.

DEMOCRACIA EM VERTIGEM 12 de dezembro | 5ª feira | 19h (Dir. Petra Costa | Brasil | Documentário | 2019 | 121min |16 anos) Uma narrativa cautelosa em tempos de crise da democracia - o estopim pessoal e político para explorar um dos mais dramáticos períodos da história do Brasil. Combinando acesso exclusivo a líderes do passado e do presente (incluindo os ex-presidente Dilma Rousseff e Luiz Inácio Lula da Silva) a relatos da biografia complexa de sua própria família, a diretora Petra Costa (Elena) testemunha a ascensão e a queda de políticos e o que restou do país, tragicamente polarizado. Apos sessão ocorre debate com participação de Gabriela Sevilla, doutoranda e mestra em Educação pelo Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade.

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P ON TO S CULT UR A I S L O C A L I Z E- S E AT R AV É S D A A R T E E D A C U LT U R A

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Universidade Federal do Rio Grande do Sul Reitor Rui Vicente Oppermann Vice-Reitor e Pró-Reitor de Coordenação Acadêmica Jane Fraga Tutikian

Difunda essa cultura de forma consciente

LEIA E PASSE ADIANTE

Pró-Reitora de Extensão Sandra de Deus Vice-Pró-Reitora de Extensão Claudia Porcellis Aristimunha

Programação sujeita a alterações.

Diretora do Departamento de Difusão Cultural e Centro Cultural Claudia Mara Escovar Alfaro Boettcher Equipe do DDC e Centro Cultural Edgar Wolfram Heldwein – Administrador da Sala Redenção – Cinema Universitário Guilherme Staszak Baldez – Administrador do Centro Cultural João Vitor Cassela Novoa – Coordenador de Comunicação Lígia Petrucci – Coordenadora e curadora do Projeto Unimúsica e Coordenadora de Programação do Centro Cultural Rafael Derois – Coordenador de Projetos Expográficos Vladimir Ferreira dos Santos – Gerente de Espaço Físico Rochele Porto – Coordenadora do Núcleo Educacional/Mediação Paulo Ricardo Nunes – Técnico em Contabilidade Bolsistas Ana Carolina Vieira Anna Ortega Caroline Marques Ellen Kambara Karoline Cardoso Kelvin Machado Marcelo Freire Marina Carvallho Marrieni Duarte Matheus Laux Melissa Chassavoimaister Nicolas Collar Nívia Souza Renan Sander Victor Souza Vitor Cunha

www.ufrgs.br/centrocultural /centroculturalUFRGS @centroculturalUFRGS Centro Cultural da UFRGS

/salaredencao

Projeto gráfico Katia Prates Revisão João Vitor Cassela Novoa Diagramação Matheus Laux

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Parceria institucional:

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2020 umรณtimo

paratodos

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Universidade Federal do Rio Grande do Sul Pr처-Reitoria de Extens찾o Departamento de Difus찾o Cultural Rua Eng. Luiz Englert, 333 - Porto Alegre-RS (51) 3308.3034 e 3308.3933 difusaocultural@ufrgs.br www.ufrgs.br/difusaocultural @ difusaoculturalufrgs issuu.com/difusaoddc/stacks ufrgs_difusao ddc.ufrgs Departamento de Difus찾o Cultural UFRGS

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