Revista YUP

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sumรกrio

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expediente

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editorial

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colaboradores cartas do leitor

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livro

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cinema

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musica

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gadget

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tech

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internet

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games

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design

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entrevista uma conversa com PC Siqueira e Otรกvio Albuquerque

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comportamento aplicativos cresceram e o computador ficou para trรกs

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carreira trabalhar com internet pode dar certo?


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ultima página

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sexo

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relacionamento

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mente

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atitude

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estilo

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estética

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corpo

perfil

Mark Zuckerber o criador do facebook

inspiração Wanderlust: o desejo incontrolável de viajar

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viagem

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gourmet

nas ruas da cidade que mistura história e cinema

capa Ditadura Virtual: será que realmente estão acrescentando alguma coisa ao mundo e a nós mesmo? Use leitor de QRcode para ir além de nosssas páginas. junho 2013 \

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expediente

young urban professional REDAÇÃO Editor: Diego Godinho Redação: Diego Godinho Revisão de Texto: Débora Martins ARTE Diretor de Arte: Diego Godinho Editores de arte: Diego Godinho / Débora Martins Assistente de Arte: Débora Martins PRODUÇÃO Produção Executiva: Débora Martins Produção Gráfica: Diego Godinho Produção Editorial: Débora Martins COLUNISTAS

Débora Martins / Diego Assis / Eme Viegas / Fernando Russell / Frederico Mattos / Kelson Santos / Rafael Bittencourt / Ricardo Freire / Rodrigo de Blumau / Valerie Scavone / Wendel Wonka ASSINATURAS Central de Atendimento ao Cliente Telefone: (48) 9876 5432 - Fax: (48) 3210 9876 assinatura@revistayup.com.br CIRCULAÇÃO Débora Martins PUBLICIDADE Telefone: (48) 9876 5432 publicidade@revistayup.com.br Impresso em Postmix Rua João Pio Duarte Silva, nº 42 - Córrego Grande - Fpolis - SC Fone: (48) 3234-3999 Distribuição CEART UDESC 2013.1 Edição: 01 / Tiragem: 000001 www.revistayup.com.br

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editorial

a verdade está

lá fora

Este trabalho acadêmico tem por objetivo a elaboração de um projeto de Design Gráfico com a temática “Design Editorial - Revista”, com intuíto de realizar um exercício projetual que vincule o curso relacionados a esta área do Design. A revista deste projeto será destinada ao público masculino jovem, entre 20 e 35 anos, das classes B e C, cosmopolita, solteiro, com formação acadêmica e vida profissional em ascensão. Um público-alvo que busca conhecimento além do acadêmico, que querem construir seu futuro, afirma uma identidade própria. Temos a intenção de oferecer conteúdo de interesse deste público com um olhar mais crítico e responsável, contudo de maneira despojada. Tentar sair dos clichês das revistas masculinas encontradas no mercado atual. O excesso de informações se transforma em poluição, juntando-se com a já estabelecida poluição visual e sonora e por que não, digital. Tudo passa tão rápido e superficialmente na vida agitada, que não dá tempo de parar para refletir sobre o que está em volta e até mesmo o que está acontecendo com a própria vida. E a revista tem como objetivo abordar assuntos relevantes a este público multitarefa, tratando com mais profundidade, instigando-o a parar para ler, pensar e refletir de modo crítico. Apresentar uma revista com um visual limpo, com um texto leve, proporcionar um descanso, mas sem parar no tempo, ser fonte de conhecimento, entretenimento, diversão e referência que pode e deve ser posto em prática no dia-a-dia junho 2013 \

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colaboradores

diego godinho

débora martins

genilda araújo

Designer gráfico, estudante e profissional trainnee. Observador silencioso, é atraido por tudo que é belo aos olhos, e tem por missão de deixar o mundo mais bonito. Ter miopia talvez tenha influenciado essa obstinação.

Ilustradora wanna be. Uma simples garota que ama desenhar, que tenta estudar design, ama jogar, podia ficar o dia todo lendo, acorda mal-humorada, tem pavor de baratas, odeia erros gramaticais e que pretende dominar o mundo.

Professora na Universidade do Estado de Santa Catarina. Leciona a disciplina de Prática Projetual - Editorial. Diretora de criação e sócia da Claren Design e também dona de um Tumblr de coisas fofas e inspiradoras.

murilo scóz Professor na Universidade do Estado de Santa Catarina. Leciona a disciplina de Prática Projetual - Editorial. Mestre em Comunicação e Semiótica, Doutor em Design.

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carta do leitor

instagram

BOND JAMES_ para começar bem o dia: ler o jornazinho e a #RevistaYUP

MANOFFICE_ para fugir um pouco desse caos do estúdio #RevistaYUP

DMARTINS_ massa deliciosa feita com a ajuda da #RevistaYUP

Facebook

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twitter

+its_boy Esperando ansiosamente pela minha +RevistaYUP #goodreads

@solteiroporopcao Na cozinha preparando o meu jantar com ajuda da seção #gourmet da @RevistaYUP #nham-nham #gordice

Felix Khoury A Revista YUP deste mês está de arrazar, acho que vou emprestar para aquele namorado da minha irmã pra ver se ele aprende alguma coisa. Genilda Araújo Eu particulamente gostei da RevistaYUP. Achei realmente muito bacana.

e-mails

+virtual_man Agora vou deixar um pouquinho este #mundovirtual para saborear a +RevistaYUP que acabou de chegar 0/ +diegodinho A edição deste mês da +RevistaYUP está sensacional como sempre.

Itatem rat ad mos nihil et omnissita quiduntiuri de in exceaquias intior molumquiatur maximpe liquibus et maiore eris pro in plam et ex excea nisimusae eos aliquia plaborume nobis et ut aliae. Itionem lab ipsunt eius minctem et um ut untem vellaccus etur ratur accus experibus estius, sit pellatur sim quat. Ypsum, Lorem

@scoz_murilo Como o pessoal da @RevistaYUP tem certeza que não é meu irmão gêmeo na seção colaboradores? #mulheresdeareia #oclone #lausurpadora

nonononononoonononononono nononono nonononnonono ononononoonononononono noonononono no nononononono nononononononon noonononononono nononononono nonononononono nononono nono nonononononon nononononnononon nno nn no o onononon nononononon nononn. Publicitário Bacana

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cartola livro

NEURO MANCER Por Diego Assis

MUITO ANTES DE VOCÊ CONHECER A MATRIX

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que é a Matrix? Muito antes que os irmãos Wachowski, em 1999, levassem ao cinema a pergunta de US$ 1 bilhão, o escritor americano William Gibson, 55, já tinha estado lá. E o livro “Neuromancer”, é o testemunho de fé do que (pre)viu. O ano era 1984, os computadores pessoais e os primeiros sistemas de comunicação telemática ainda engatinhavam. Não havia internet. E Gibson, leitor incondicional das histórias de H.G. Wells e Júlio Verne, resolveu arriscar ele mesmo um palpite sobre o futuro.

Com “Neuromancer”, policial noir que troca o detetive por um hacker de computador e o cenário anos 30 por um futuro à “Blade Runner”, Gibson foi o primeiríssimo escritor a descrever o ciberespaço. Batizou-o de Matrix. “A Matrix teve sua origem nos primeiros jogos eletrônicos, nos primeiros programas gráficos e nas experiências militares envolvendo conectores cranianos. No monitor Sony, uma guerra do espaço bidimensional desaparecia atrás de uma floresta de brotos gerados matematicamente”, escreveu.


Ilustração: Phantandy

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Policial noir que troca o detetive por um hacker de computador e o cenário anos 30 por um futuro à “Blade Runner”

De metáfora em metáfora, “Neuromancer” faz da tecnologia o pano de fundo para a história comum de um herói de poucos escrúpulos que se presta a um trabalho de espionagem política para conseguir uma “recauchutagem” em seu organismo, entupido de drogas sintéticas. “Crio histórias sobre personagens e sociedades, a tecnologia é só uma forma de camuflagem, uma isca para os leitores”, explica o autor. A “isca” rendeu a “Neuromancer” os respeitáveis prêmios de ficção Nebula, Philip K. Dick e Hugo.

Povoada de hackers, vírus de sistemas e computadores portáteis - que só viriam a se popularizar uma década depois -, a prosa de “Neuromancer” nos transporta a um universo cada vez mais familiar à medida que o tempo passa. “Queria escrever um livro sobre uma personagem que vivesse parte de sua vida real e emocional através da internet, mas fosse jovem o suficiente para não ter que ficar pensando sobre isso. A web está lá e pronto”, diz. Enfim, nem só de profecias vive William Gibson. Testada pelo

tempo, contradita pelo final da Guerra Fria, em muitos casos, a imaginação do escritor foi até mais brilhante que a realidade: “O que os hackers fazem hoje é algo provavelmente bem mais niilista do que qualquer coisa que eu pudesse ter imaginado: pessoas entediadas tentando quebrar o sistema só para provar que podem. Em “Neuromancer”, os hackers são criminosos profissionais, eles ganham a vida com isso. E eu achando que o crime compensaria no ciberespaço!”.

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cartola CINEMA

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Divulgação O2 Filmes

Por Isabel Nobre

TUDO O QUE ELES QUERIAM ERA CONTINUAR JUNTOS. BEM JUNTOS.

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xistem alguns filmes que você assiste que ficam na sua cabeça, exercem um poder sobre sua mente, fazem você querer o possuir (o filme), querer estar dentro dele, ser ele, te sua vida baseada nele. E “os 3” é definitivamente um filme assim. Sem contar o fato que o filme é nacional, e eu, como uma patriota, não poderia deixar de me vangloriar deste aspecto. Barreiras são rompidas nesse filme, não existe o homossexual ou heterossexual. Amizade, amor, paixão, tesão, tudo se mistura nos 90 minutos de filme.


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Trama sobre Cazé (Victor Mendes), Camila (Juliana Schalch) e Rafael (Gabriel Godoy), três jovens universitários

Com um orçamento de R$ 2 milhões, Nando Olival e Thiago Dottori criaram uma trama viciante sobre Cazé (Victor Mendes), Camila (Juliana Schalch) e Rafael (Gabriel Godoy), três jovens universitários que se conheceram na porta do banheiro em uma festa, e, vindos de diferentes pontos do país, decidem morar juntos e criam entre si uma imensa amizade bem forte. Com o fim da faculdade, sem ter recursos para se sustentar, os 3 aceitam transformar seu apartamento, e consequentemente seu dia a dia, num reality show patrocinado por uma grande loja de departamentos,

que vê na juventude deles um excelente produto de marketing. Tudo o que eles usam no apartamento está à venda na internet através de um simples clique. Aos poucos, com o sucesso, a vida deles se transforma num palco cheio de verdades baseadas em mentiras e de muitas mentiras que carregam um tanto de verdade. A ficção criada por eles se embaralha com a realidade e nem eles mesmo conseguem saber no que acreditar. As filmagens duraram cerca de 3 semanas e 4 dias, ocorrendo nos meses de setembro e outubro de 2009. Foi alugado

um prédio para as filmagens, onde o 2º andar servia como locação e, no térreo, ficava a equipe técnica. Nele foi montada a ilha de edição, onde Daniel Rezende podia montar o filme praticamente simultaneamente às filmagens. O final é bastante satisfatório (coisa que eu aprecio bastante em um filme) e deixa um gostinho de quero mais, não por que o filme deixa a entender que haverá uma sequência, o que não seria uma má ideia, e sim, por que o filme é realmente muito bom.

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Daft Punk Por Wendel Wonka

duo europeu coloca a internet em estado de alerta com seu novo álbum

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aft Punk é aquela banda que todo mundo conhece. Alguns sabem exatamente quem são. Outros conhecem, mas não fazem ideia de quem sejam. Quem nunca ouviu “One More Time” nas rádios, vai ter que concordar! Mas a pergunta que todo mundo está se fazendo nos últimos dias é: cadê esse cd novo, que não vazou ainda? O motivo pra tamanho alvoroço é bastante simples. O duo francês de electro trabalha meio devagar, se é que podemos dizer assim. Seu cd de estreia, o Homework, é de 1997. Seu su-

cessor, o tão aclamado Discovery (quem nunca viu Interstella 5555?! Você? Corre pro YouTube então!) é de 2001. E o último, Human After All, é de 2005. Sim, o Daft Punk não lançou nada inédito por 8 longos anos. Mas e a soundtrack de Tron Legacy?! Ah gente, soundtrack nem vale tanto assim. Por mais que eu tenha gostado do novo filme e da trilha, não era um álbum do Daft Punk. Finalmente, temos uma data para o fim do maior hiato da dupla: 21 de maio. Mas porque esse bafafá todo com um cd de electro? Jovem, só quem gosta


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Daft Punk é aquela banda que todo mundo conhece. Alguns sabem exatamente quem são. Outros conhecem, mas não fazem ideia de quem sejam.

de Daft Punk sabe o que esse cd representa. Todas as suas músicas são envolventes e viciantes. Não importa o quão repetitivas elas sejam. Quem nunca correu pra pista quando estava no bar e ouviu os ruídos no início de “Harder, Better, Faster, Stronger”? Quem nunca achou graça em “Around The World” com seu verso único repetindo milhares de vezes? Inclusive, você sabia que essa é uma das músicas mais pedidas no Sing Star, na França? A questão é que o Daft Punk pode trabalhar lentamente, mas sabe fazer isso direito. Eles mes-

mos estão divulgando aos poucos. Inclusive, a tracklist do seu novo álbum, Random Access Memories, saiu apenas há alguns dias. E foi justamente há alguns dias que eles divulgaram as participações em seu álbum. Temos Pharrell Williams, que aparece no trecho de “Get Lucky” (que provavelmente será o 1º single), Julian Casablancas, do Strokes, Paul Williams, Todd Edwards, Panda Bear, DJ Falcon, dentre outros. Depois de muita espera, aflição e versões fakes, hoje finalmente saiu para compra no iTunes a faixa “Get Lucky” na íntegra.

De qualquer modo, é perceptível como tem gente ansiosa para o dia 21 de maio, ou por alguma alma caridosa que faça esse álbum vazar. Somado a isso, fico pensando em onde eu estava com a cabeça em 2006, pra perder o show deles no excelente – e finado – Tim Festival. Até lá, só nos resta botar a discografia deles pra rolar, ficar esperto nas notícias e esperar pelo melhor. Afinal, alguém não gostou do pouco que já foi mostrado?

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gadgets

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Gadget transforma iPhone em mouse e controle de TV no estilo Kinect Por Helena Bernardes

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onheça o The Mauz, um gadget que pode transformar seu iPhone em um mouse óptico e controle de TV no qual você pode usar movimentos, no mesmo estilo da tecnologia empregada no Kinect. O projeto está no kickstarter para poder sair do papel e promete transformar seu smartphone em um agregador, ou seja, seu iPhone irá se conectar com todos os seus dispositivos. O mouse Bluetooth Smartphone Original. Com o Mauz, o smartphone é o seu mouse sem fio. Este gadget é um acessório para smartphones que utiliza a tecnologia Bluetooth para converter seu smartphone em um mouse sem fio.

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O dispositivo se conecta à tomada de áudio na parte superior ou inferior do telefone e usa um sensor de luz LED para detectar movimento. A carcaça do Mauz é feito de plástico extremamente durável, é fácil de usar, e pode até ser adicionado a um chaveiro para acrescentar uma certa portabilidade. Portabilidade do Mauz, durabilidade e conforto nos destaca da concorrência. Estamos O Mauz e estamos aqui para revolucionar o mouse do computador. Um gadget que pode transformar seu iPhone em um mouse óptico no qual você pode usar movimentos, no mesmo estilo da tecnologia empregada no Kinect.


Tech

Kindle Paperwhite novo leitor de e-book com tela iluminada é a novidade no mercado Por Carlos A. Teixeira

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uem já pegou na mão um Kindle conhece a sensação. “Nunca mais vou ler livro impresso”, dizem alguns. Depois da primeira versão lançada nos EUA em 2007 — ainda bem trambolhenta — o leitor de e-books da Amazon foi só melhorando. Diminuiu até chegar quase ao tamanho de uma mão grande aberta, ficou levíssimo, bem fino e sumiram os botões, com a tela virando touchscreen. Só faltava uma coisa: não dava para ler no escuro. Mas em outubro de 2012, veio a solução. A Amazon lançou nos EUA o Kindle Paperwhite, com sua elegante tela luminosa de 6 polegadas com cobertura antirreflexo, um display de 212 ppi (pixels por polegada) e intensidade de luz controlável. Desembarcando no Brasil em 19 de março deste ano, via Amazon.com.br, o Paperwhite está disponível no site e em outras lojas on-line com preços sugeridos de R$ 479,00 (versão só Wi-Fi).

Dá para ler no Paperwhite tanto no escurinho do quarto de dormir quanto no sol a pino da praia. O aparelho tem 62% mais pixels e 25% mais contraste do que a versão anterior do Kindle, a bateria aguenta oito semanas e a pegada é bem agradável à mão. E quem já tentou ler e-book deitado usando um tablet grande sabe que o danado fica bem pesado depois de meia-hora de leitura. Já o Paperwhite, leve como é (213 gramas), permite leituras bem mais longas. O Paperwhite tem 2GB de espaço para livros, podendo engolir mais de 1.100 e-books, e a opção com 3G grátis permite descobrir e baixar livros digitais em mais de 100 países, sem mensalidades, contratos ou custos extras.. O sistema limita o uso de 3G grátis a 50MB de downloads por mês, o que dá e sobra para qualquer pessoa comum.Com a tecnologia Whispersync, o Paperwhite sincroniza a última página lida, além das marcações e anotações. junho 2013 \

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um ano offline você acha que conseguiria? Por Jaque Barbosa

E “I’m still here: back online after a year without the internet” é o diário de Paul Miller, o jóvem de 26 anos que ficou um ano sem internet.

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le trabalhava com a Internet todos os dias, mas houve um dia em que se cansou e disse ‘basta’. Paul Miller era jornalista e editor do The Verge mas sentia sua “alma corrompida” e se tornava “pouco produtivo” por culpa da Internet. Decidiu viver sem ela durante um ano (com “patrocínio” do The Verge, que continuou pagando seu salário como jornalista no ambiente offline) e descobriu que estava “errado”. “I’m still here: back online after a year without the internet” é o diário de um jovem que deixou algo que parecia indispensável em seu cotidiano. Os primeiros meses de “desintoxicação digital” de Miller foram de descoberta, de voltar a conviver com pessoas reais, deixando de lado as relações virtuais.

Trocou seu smartphone por um telemóvel de primeira geração, deu longos passeios de bicicleta, leu literatura grega e até se dedicou à escrita de um romance. Quando chorou ao ver um filme (“Les Misérables”) achou mesmo que se tinha tornado em alguém melhor. Até chegarem as desvantagens: o melhor amigo e um colega de trabalho foram para a China e, sem Internet, o rastro se perdeu. Com esforço, cumpriu a missão: entre 30 de abril de 2012 e 1 de maio de 2013, ele esteve desligado da rede. Mas concluiu que é lá que as pessoas estão. “O mais importante é encontrar um equilíbrio entre os benefícios da Internet e os prazeres da vida ‘offline’”, garante o jovem de 26 anos.


Games

LIMBO jogo Indie divertido... E meio tenebroso Por Bruno Guedes

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imbo tem uma história que deixa o jogador completamente no escuro(perdão, trocadilho acidental), mas que revela detalhes interessantes à medida que o jogo anda. Neste jogo, você controla um garoto caminhando no limbo à procura de... alguém. Ou algo. Não é claro no início. O que é claro é que, por alguma razão, o Limbo não quer te ver suceder nesta tarefa misteriosa. E assim você prossegue em uma sequência ininterrupta de armadilhas e quebra-cabeças. Bem-vindo ao Limbo. O estilo artístico de Limbo reflete muito bem o clima sombrio e nebuloso de sua narrativa, se é que há uma narrativa exata. A jogabilidade é ao mesmo tempo nada inovadora (poderia ser facilmente jogado com um controle de NES) mas é envolvente, principalmente no modo como trata a “morte” do jogador. Digamos que, para um jogo estrelando um rapazinho feito de sombra, é bastante realista e perturbador.

O mais interessante de Limbo é que, segundo os criadores, o jogo foi projetado para dar uma experiência única em um jogo de puzzle, em que nenhum dos desafios é igual ao anterior. É claro que existem algumas soluções semelhantes, mas diferente da maioria (quiçá todos os outros, mesmo) dos jogos do gênero, não se segue o método empregado em livros didáticos de repetir o mesmo exercício à exaustão(normalmente umas três vezes é o número mágico em jogos). É perfeitamente normal ficar agarrado em alguma parte simplesmente porque você não tem idéia do que fazer, porque não há nenhum precedente óbvio a seguir. Limbo é um jogo relativamente curto, mas desafiador. Muito desafiador. E, claro, emocionante e lindo de uma maneira incrivelmente simples. Se você curte quebrar a cabeça, compre-o o quanto antes e... Divirta-se!

Gostou do estilo do jogo? Ficou com vontade de jogar? Esse jogo está disponível para PS3, XBOX 360, PC e Mac. Título: LIMBO Gênero: Aventura, Indie. Desenvolvedor: Playdead Distribuidora: Playdead Lançamento: Agosto 2011

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ZzzZz... Mesa de escritório que vem com espaço para cochilo

Por Valerie Scavone

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irar uma pestana depois do almoço faz muito bem. Estudos apontam que diminui o estresse, estimula a concentração e, consequentemente, o aprendizado e a memorização, trazendo benefícios como disposição física e mental. Além disso, previne problemas cardíacos e ajuda a emagrecer. Pensando no bem estar o Studio NL criou uma mesa de escritório que se transforma em um espaço para tirar um cochilo. mmmPara muitos workaholics, o escritótrio em breve se tornará um lugar onde podem tanto trabalhar e viver dentro O que você diz sobre uma mesa de trabalho que pode ser transformada em uma cama em uma forma instantânea?

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Athanasia Leivaditou projetou esta peça de mobiliário conversível, que pode ser usada como uma mesa e uma cama também. Mesmo quando você está dormindo, o trabalho está bem acima de você! Talvez meio deprimente, parece que você não consegue encontrar tempo para descansar adequadamente... Maaas olhando de uma perspectiva diferente, esta mesa pode ser usado para uma sesta ou para algumas horas de sono durante a noite naqueles dias em que alguém se esforça para cumprir prazos. Quer uma dessa? Nós também!



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TIN TIN!

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ENTREVISTAMOS OS CRIADORES DE UM DOS MAIORES CANAIS CULINÁRIOS DO YOUTUBE, PC SIQUEIRA E OTÁVIO ALBUQUERQUE

Por Débora Martins Imagens: Rolê Gourmet

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omo misturar, comidas gostosas, drinks, comidas rápidas, bom humor e algumas referências nerds? Simples, com Otávio Albuquerque e PC Siqueira em um canal culinário no Youtube. Batemos um papo com eles para saber como surgiu a ideia, como é a vida deles e a relação com o canal. É aconselhável que você já tenha comido, ou esteja com alguma comida por perto. Porque a quantidade de refeições deliciosas mostradas e comentadas é grande. Como vocês começaram, como vlogueiros? Otávio: Bom, eu comecei quando o PC me convidou para criar o Rolê Gourmet. Até então, nunca tinha pensado no assunto, nem me interessava muito pela coisa, pra ser sincero. PC: Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Maecenas luctus cursus erat, eu dapibus arcu mattis ac. Nam auctor tortor id libero. Como surgiu a ideia de começar o canal? Desde o conceito, até o nome. Otávio: Foi o PC quem me convidou. Sempre gostei

de cozinhar e já cozinhava na casa dele para nossos amigos, e era praticamente o Rolê já, só que sem gravar. Aí o PC sugeriu a criação do canal. O nome veio por acaso, sugestão de um amigo. Gostamos da sonoridade e foi isso. Não teve nada planejado, mas acho que resume bem o conceito do canal. PC: Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Maecenas luctus cursus erat, eu dapibus arcu mattis ac. Nam auctor tortor id libero faucibus dignissim. Donec aliquet, risus faucibus ultricies elementum, metus mi sollicitudin erat, non blandit dui nunc sit amet mi. Vocês mantém o canal sozinhos? Otávio: Sim, eu penso nas receitas, cuido de toda a produção e o trabalho de mídias sociais. O PC entra com os equipamentos, a casa e os drinks. Temos também um câmera e um editor, dois amigos nossos que contratamos pra ajudar a gente. PC: Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Maecenas luctus cursus erat, eu dapibus arcu mattis .

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entrevista

Otávio e PC Siqueira, fazendo seus vídeos de um jeito irreverente e sem mimimis!

Vocês já tem algum patrocínio? Otávio: Não, infelizmente. Mas também porque não faríamos qualquer coisa. O Rolê é um espaço bem pessoal, onde gosto de ter liberdade e falar e fazer o que eu bem quiser. Não comprometeria isso por pouca coisa. Ou talvez por nada. Teria que ser realmente algo com uma boa ligação e afinidade com o que fazemos. PC: Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Maecenas luctus cursus erat, eu dapibus arcu mattis. Perguntinha indiscreta: Ganham dinheiro com o vlog? Otávio: Com o canal, em si, não. Com a grana do YouTube, mal empatamos nossos custos. Por outro lado, as situações em torno do Rolê Gourmet, com as pessoas conheci e oportunidades que vim a ter, me garantiram uma posição já

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mais confortável do que a que eu tinha antes, quando trabalhava com tradução. PC: Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Maecenas.

por aí. De vez em quando pintam algumas sugestões legais do público também, mas em geral, eu só improviso e tenho a ideia um ou dois dias antes da gravação.

Vocês são formados na área de gastronomia, tem algum curso, ou são curiosos gastronômicos? Otávio: Nem de longe. Mera curiosidade e paixão mesmo. Aprendi a maior parte do que eu sei no próprio YouTube. PC: Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Maecenas luctus cursus erat, eu dapibus arcu mattis ac. Nam auctor tortor id libero faucibus dignissim.

Quem ajuda nas receitas? Otávio: Somos só nós dois mesmo. PC: Lorem ipsum dolor sit amet.

Como vocês escolhem as receitas que irão para o canal? Otávio: Eu escolho da minha cabeça, de coisas legais ou gostosas que comi ou vi

Qual o papel da Tastemade com o canal? Otávio: A Tastemade surgiu em um momento muito bom pra gente. Com o Rolê, conseguimos criar uma espécie de boom da culinária no YouTube Brasil. Já tinha gente fazendo coisa legal, mas com ainda pouco público, e outros canais surgiram. Eu sempre fiz questão de indicar todos esses canais porque sabia que meu canal, sozinho, nunca seria nada se não houvesse uma CENA


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O canal já rendeu uma viagem aos EUA para gravações nos estúdios da TasteMade,palestras na Campus Party em SP e muitas outras viagens

culinária rolando no YouTube por aqui. Com a Tastemade, conseguimos dar um respaldo maior a essa organização da cena que eu já vinha tentando fazer, além de contatos no mundo todo. Através da network, conseguimos ir gravar em Los Angeles com o Sorted, um canal britânico do qual sou muito fã. E também fizemos um vídeo em colaboração com um canal japonês, RunnyRunny999. Fomos o primeiro canal brasileiro a entrar pra Tastemade. Hoje, já são 17, todos muito legais, e tenho muito orgulho de ver todo esse pessoal crescendo, e o público interessado no assunto também! PC: Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Maecenas luctus cursus erat, eu dapibus arcu mattis ac. Nam auctor tortor id libero faucibus dignissim. Donec aliquet, risus faucibus ultricies elementum, metus mi

sollicitudin erat, non blandit dui nunc sit amet mi.Maecenas luctus cursus erat, eu dapibus arcu mattis ac. O que vocês pensam sobre o canal ser um dos maiores canais gastronômicos do mundo? Otávio: Fico muito feliz e orgulhoso. De verdade. Não somos nenhum Porta dos Fundos, nem nunca seremos um prodígio como próprio Maspoxavida foi, mas sinto que criamos algo muito especial no nicho da culinária. E espero que seja só o começo. PC: Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Maecenas luctus cursus erat, eu dapibus arcu mattis ac. Nam auctor tortor id libero faucibus dignissim. Maecenas luctus cursus erat, eu dapibus arcu mattis ac. Nam auctor tortor id libero faucibus dignissim.

Na opinião de cada um, qual a melhor receita que já fizeram no canal? Otávio: Acho que o Quarteirão Mais Gostoso ficou muito bom. O Feijão Tropeiro também. O Emulador de Outback ficou uma delícia... enfim, não sei bem. Gosto muito de vários! PC: Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Maecenas . Vocês, morando sozinhos, cozinham bastante, ou gostam mais de pedir algo de delivery / sair para comer? Otávio: Eu, na verdade, desde que comecei a fazer o Rolê, passei a cozinhar muito menos em casa. Depois de testar (as vezes várias vezes) as receitas pro programa e depois gravar, acabo ficando cansado disso e prefiro só comer fora mesmo. Tem alguma dica para quem quer começar com a “vida de vlogueiro”? Otávio: Faça o que for fazer só se junho 2013 \

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REALMENTE gostar e não espere nada em volta além da satisfação de estar fazendo isso. O resto é consequência. Se for pra ser, vai rolar. O maior erro que eu vejo na galera é uma turma que cria canal “pra ficar famoso”, e nem para pra pensar muito se realmente está A FIM de fazer aquilo. Aí já começou perdendo. E sobre o futuro? Ficarão no YouTube ou pretendem ampliar e fazer um blog/site/ ou até mesmo ir para a TV? Otávio: Já temos um blog e sempre estou aberto pra fazer coisas novas, claro. Mas não tenho nenhum fetiche por TV, nem tenho isso como meta. Meu interesse é só continuar produzindo e ajudando a produzir coisas legais ligadas a culinária, seja lá onde for.

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COMPORTAMENTO

A era mobile


Aplicativos cresceram e o computador ficou para trás

por Rafael BIttencourt

StockFotos

Estes vinte poucos anos são dignos de nostalgia de tempos nem tão incríveis assim e uma quase idolatria à internet discada, fitas K7, VHS e a falta de Shazam em nossas vidas. Era uma época que me lembro muito dos bate-papos no mIRC, UOL e ICQ com pessoas que mal conhecia e a trilha sonora da conexão barulhenta do modem com as poucas mp3 que eu baixava no Napster. Era um tempo de encantamento por computadores e uma nova possibilidade de viver a tecnologia. Depois de tantos ‘uh-ohs’ do ICQ, o Orkut chegou no Brasil com muita força e desbancou os serviços de mensagem instantâneas pela possibilidade de dar personalidade pública ao usuário, com zilhões de comunidades de Eu Amo/Odeio, sem o menor propósito de comunidade. Um pouco depois, os

computadores viraram laptops, as casas passaram a ter banda larga sem fio e mais de um computador por família e o Facebook tomou conta das redes sociais, assim como o Twitter e tivemos um boom narcísico nos álbums, tweets e check-ins. Logo em seguida, começamos a viver a era do smartphone e a internet deixou de ser algo de dentro de casa, para uma companhia em tempo integral. Já é um fato que as pessoas estão explorando, cada vez mais, os espaços urbanos de uma forma mais criativa, descobrindo lugares na própria cidade. Com a internet no bolso, nada mais natural que registrar aquele momento no Instagram, certo? E por que não, também compartilhar no Facebook? O mundo virtual deixa de ter o estigma de uma pessoa isolada do mundo real, isolada num quarto, junho 2013 \

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Reproduções Tumblr

COMPORTAMENTO

sozinha, rindo por caracteres disconexos. Depois que a internet foi às ruas, esta barreira se desfez. Uma pesquisa divulgada na Reuters essa semana mostrou que os adolescentes estão deixando as redes sociais de lado, investindo fortemente em aplicativos de chat, pelo smartphone. Não me surpreende. Nos anos 80 o maior presente de um adolescente que morava com os pais eram uma linha telefônica própria. Agora, além de uma linha telefônica portátil, eles ainda podem se comunicar em silêncio e ainda têm a possibilidade de se falarem por foto. Um dos apps que mais cresce no mercado é o Snapchat, que envia imagens e vídeos para a pessoa com quem o usuário conversa, mas apaga pouco tempo depois. O Facebook anda absolutamente repetitivo, assim como toda a internet, que mais

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replica um único conteúdo, do que produz novidade. E os adolescentes querem novidades - além de, claro, privacidade. Não faz sentido alimentar perfis em redes sociais - que encantaram uma geração anterior, pelo simples fato de ser uma nova ferramenta de comunicação e tecnologia -, visto que para o adolescente, rede social faz parte da realidade dele desde sempre, logo, é clichê. Não surpreende. O adolescente explora a internet de uma forma mais destemida que a geração de 20 poucos anos, assim como o faz na vida real. Colecionar amigos com quem você não fala, como um dia foi feito no Orkut, é uma ideia tão absurda quanto não se comunicar com alguém ainda desconhecido, simplesmente pelo prazer em conhecer. Zuckerberg acaba de ficar tão 2009.


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Trabalhar com Internet pode dar certo?

por Ana Jacobs

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omo eu posso ganhar dinheiro com o meu blog? A pergunta que todo mundo quer saber! Você pode sim ganhar dinheiro com um blog, mas vai precisar de muita dedicação, disciplina e muito trabalho! E o que acontece é que muita gente anda se esquecendo disso! Você não vai ficar rico da noite para o dia mas com paciência você pode, sim, ir construindo relações com empresas e parcerias, e com certeza esse trabalho todo um dia vai lhe trazer muito retorno. Não vai ser tarefa fácil e você vai precisar aprender a receber o “não” como resposta. Mas também não é impossível! Tem muitos blogs hoje em dia se sustentando apenas com o dinheiro que vem do próprio blog. Então, pra você que quer começar a entender um pouco mais sobre como começar ganhar dinheiro com o seu blog, eu separei algumas dicas por onde você pode começar. Mas ai você me pergunta: Como chegar até lá?

Com muito, muito trabalho e dedicação! Antes de qualquer coisa, tenha certeza de que seu blog tem e traz um bom conteúdo. Tenha certeza de que suas imagens são nítidas e próprias. Eu ainda vejo muitos blogs usando imagens de outros blogs. Não tem problema uma vez ou outra usar imagens da web para fazer posts, mas autenticidade é a alma do negócio. Conforme você vai ganhando experiência, mais trabalhos e oportunidades surgirão. Ter um envolvimento nas redes sociais é de grande importância para começar a obter parcerias, e não se esqueçam que aqui no CBBlogers nós trazemos essa parceria até vocês: - Resenha de produtos: todo mundo adora resenhas. Receber um produto de uma empresa quer dizer material de conteúdo e também produto de graça. Então, resenha é sim um dinheiro que não é pago em espécie. junho 2013 \

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carreira

- Sorteios: produtos para sorteio. Outra forma de pagamento em produtos. O que você ganha com sorteios?! Muita coisa! Você deixa os seus leitores felizes e dá a eles a oportunidade de ganhar uma prenda. É também e uma maneira de crescer os seus leitores e seguidores. - Parceria diretamente com empresas: existem milhares de parcerias diretamente com empresas. Algumas oferecem parcerias com banners e porcentagem com produto vendidos. Esse tipo de parceria pode sim lhe trazer um bom retorno. - Programas de Afiliados: existem algumas plataformas de afiliações. Essas plataformas lhe oferecem uma diversidade enorme de banners e ofertas criadas por grandes empresas. - Google add: banners do Google adds que vão na sua pagina. Com o Google add você ganha por clique

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Daniele Nocce e Carlos Ruas. Ela, vlogueira de culinaria. Ele blogueiro de tirinhas de humor.

- Publieditorias: são posts patrocinados. Podem ser pagos através de mercadorias ou dinheiro. - Banners: quando um pessoa quer colocar um banner na sua pagina - Cobertura de eventos: quando você é convidado para fazer cobertura de eventos - Conferências: quando você é convidado para falar em conferências. - e outros como: escrever livros, criar a própria linha de roupas e acessórios e muito mais.mmm


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ditadura virtual Serรก que realmente estรฃo acrescentando alguma coisa ao mundo e a nรณs prรณprios? textos de Rafael Bittencourt ensaio fotogrรกfico de Kyle Thompson


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cordei com uma certa vergonha do mundo e com medo de que isso fosse uma das coisas mais arrogantes que já senti ou pensei. No caminho do trabalho cheguei à conclusões azedas, de que a atual indústria tecnológica quer nos emburrecer, assim como a televisão um dia tentou e me arrependi de ter um smartphone por alguns minutos, até cair na real e perceber que estava sendo muito radical. Talvez seja a entrada no outono com temperaturas acima de 28 graus e o trânsito da manhã em Botafogo. Ou só um saco cheio dessa afetação de semana de moda bem tediosa. Sempre tento ver as novidades com um caráter bastante otimista e procuro encontrar uma luz no fim do túnel, quando as coisas não se apresentam de uma forma tão aproveitável. A própria onda de economia criativa de energia jovem e inovadora tão reproduzida em capas de revista de novos negócios, em blogs do ramo e até mesmo em séries de TV me fez repensar nossos

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paradigmas de progresso. Bom, criar um app pode ser o hype do hype em 2013 e o número de usuários mensais pode até parecer mais importante que ações na bolsa, mas. Será que essas coisas realmente estão acrescentando alguma coisa ao mundo e aos próprios consumidores? Sinceramente, não sei até onde um app que te lembra de usar fio dental e escovar os dentes, pode te fazer uma pessoa melhor, como promete. Talvez mais limpa e mais obsessiva, mas feliz, definitivamente não. Foi nessas pesquisas virtuais que me deparei com algo ainda mais bizarro, o Instasham, basicamente o site fornece um banco de imagens para você fingir que sua vida é mais interessante no Instagram. Tudo dividido em cuidadosas categorias: Beach, Sun, Eurotrip, Window (da janela de aviões), etc. Piada ou não, só a existência já assusta, por que alguém, em algum momento, vai usar o site de verdade. O próprio sarcasmo propulsor da criação desse site acusa a futilidade postada entre X-Pro’s, hashtags e check in’s virtuais.


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O site brasileiro Namoro Fake tem função semelhante, mas neste caso, o usuário contrata um(a) namorado(a) virtual para interagir no Facebook com pacotes de preços diferenciados para ficantes, namorados e noivos. Saindo um pouco do território online, a Trident fez uma campanha nas TV’s de ônibus sugerindo que os passageiros descessem em um ponto diferente do usual para dar um refresh na rotina. Nossas vidas andam tão medíocres assim? Ou o mercado está tendo uma visão muito detestável da vida do brasileiro médio, usuário de transporte público e Instagramer? Sinceramente, descer num ponto diferente não é dar um refresh da rotina. É fugir do trânsito. Posso garantir aos criadores da tal campanha que minha vida ou a dos meus amigos, não anda assim, tão desinteressante. Sendo assim, me senti obrigado a discordar de mim mesmo e atribuí tudo isso ao mau humor matinal.

até onde um

APP

que te lembra de

usar fio dental e escovar os dentes,

pode te fazer uma pessoa

melhor, como promete?

Percebo que o ‘mercado de aplicativos’ está em um momento quase adolescente, em que qualquer coisa é digna de divulgação, assim como foi com as redes sociais nos tempos de Orkut e dos álbums com mais de 100 fotos de uma única festa. Paralelamente a toda essa micareta virtual, minha geração cria e, ao mesmo tempo, consome estes produtos virtuais e, muito provavelmente, se não fosse por nós, os livros não estariam disponíveis online ou o Netflix não existiria. Festivais de Cinema estão disponibilizando conteúdo via streaming e os museus se aproximam de seus públicos pelas redes sociais. Diversos sites e aplicativos de música apresentam novos artistas minuto a minuto. Isso comprova uma nova perspectiva de consumo cultural na qual tanta ego-trip começa a ganhar um blur com #throwbackthursday de legenda. A vantagem é que os filtros das redes sociais não se limitam ao Instagram, mas também ao feed de notícias. junho 2013 \

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O vídeo da Box1824 ‘All work and all play’ mostra muito bem esse novo cenário: a Geração Y

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Há algum tempo atrás li que era ‘muito fácil ser feliz no Rio’. Não lembro qual era a fonte, mas fiquei pensando se é fácil ser feliz em algum lugar e se não existem outros fatores que ‘facilitem’ a felicidade. Obviamente esse é um conceito muito pessoal e julgar felicidade é ser muito impiedoso, mas existem coisas na vida que são inevitáveis e o trabalho é uma delas. Passamos a vida toda pensando na profissão que teremos e estudando para tal. É um pilar da vida que já teve diversas configurações na história. Sempre percebi a diferença de entendimentos e vivências de profissões de gerações anteriores à minha. Afinal, quem tem vinte e poucos anos provavelmente disse quando criança que queria ser médico, advogado, etc, e não analista de mídias sociais ou que gostaria de ter um negócio próprio de mostardas orgânicas. Claro, a sociedade muda e seguindo a mesma lógica, analistas de mídias sociais sequer existiam quando a geração dos vinte-e-poucos tinha 10. Mas, dificilmente, os pais desta geração pensaram em pe-

quenos empreendimentos de alimentos orgânicos como carreira, ainda que seja agricultura. O cenário econômico era outro, o político nem se fala. E o que mais me encanta no atual momento é que essa geração pode tudo e, de fato, faz de tudo. Não falta criatividade nas carreiras e não faltam oportunidades. Sendo assim, percebi que o número de pessoas próximas a mim que mudaram o rumo de suas escolhas iniciais de profissão, é bem grande em relação à outras gerações. Alguns fatores contribuem para que essa coragem emerja, como o bom mercado e um bom momento econômico. Mas mais que isso, o que é realmente intrigante é como e por quê as carreiras, na maioria das vezes, se voltam para áreas criativas e ligadas a um conhecimento informal. O vídeo da Box1824 ‘All work and all play’ mostra muito bem esse novo cenário: a Geração Y encara o trabalho como parte essencial da vida. Logo, deve ser prazeroso, flexível e divertido.


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Essa geração Y, que acaba de entrar no mercado de trabalho, tem uma grande competição, os salários são simbólicos e o mercado ainda exige que ele se adeque às normas hierárquicas. Automaticamente, uma carreira que não era tão certa, pois foi escolhida aos 17, perde o encantamento, já que os prós são menores que os contras. Esse NeoYuppie (novo jovem profissional urbano) tem vontade e disposição para trabalhar e não vê o dinheiro como produto final de todo este processo, desde que ele obtenha prazer, se envolva e esteja constantemente empolgado com seus projetos. Tudo se explica quando comparamos as estruturas familiares e da própria organização do país: Não se pode exigir do NeoYuppie, que ama trabalhar, para que ele se encaixe numa estrutura à

qual ele é quase submisso, visto que os paradigmas de obediência, respeito e responsabilidade mudaram bastante nos últimos 30 anos. Antes existia uma família essencialmente patriarcal e um estado ditador. Hoje as configurações familiares são muito mais lineares que hierárquicas: a geração Y aprendeu com o diálogo e não com punição. Nunca tivemos Generais no poder e nossa atual líder política foi presa e torturada naquele governo. A Geração Y é tecnológica, hedonista e imediatista, logo, não faz sentido se sufocar num cubículo e ganhar pouco por isso se ele pode ganhar o mesmo no seu próprio empreendimento e ainda viver as vantagens de sua organização de trabalho. Afinal de contas, não se constrói famílias tão cedo quanto antigamente, o que permite que mais conhecimen-

to e experiências sejam adquiridos, ou seja, o NeoYuppie tem a oportunidade de viajar e se entorpecer com novas possibilidades vividas ao redor do mundo, assim como todo o oceano de formas de aprendizado que não apenas as cadeiras acadêmicas. A informalidade para este grupo, deixa de ter o tom de irresponsabilidade e passa a ser somente uma forma de se viver. Assuntos como correria, falta de tempo, e o uso exaustivo de redes sociais ultrapassaram os limites do clichê de hashtags da vida contemporânea. Os assuntos em questão, no entanto, são bastante contraditórios. Se não há tempo, onde fica a média de oito horas por mês que o brasileiro gasta só com o Facebook?

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São inúmeras tentações no mundo virtual. Muitas coisas a serem fomentadas com fotos, opiniões, memes e infinitos comentários insatisfeitos sobre o tempo. Ninguém fica parado e o ‘dolce far niente’ definitivamente não pegou. A moda é copiar o lifestyle cosmopolita de NY e Londres e esquecer nosso lado bon vivant, ainda que nosso ‘fazer nada’ seja gasto compartilhando fotos sobre o tal ‘fazer nada’ no Pinterest. Muitas vezes invejo fumantes assíduos justamente por isso: contemplam o tempo e o nada algumas vezes por dia, se dedicam à observação do mundo enquanto estão isolados de todo o resto, simplesmente fumando. O cigarro não prende atenção. Pode até dar uma sensação de companhia, mas não distrai. Como o número de fumantes diminuiu drasticamente nos últimos anos, substituímos estes pequenos momentos por fotos de comida no Instagram, likes e compartilhamentos.

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a gente precisa

PARAR. Dar valor à outras coisas

que não o

corre-corre, e

o ‘yuppismo’ que herdamos

tardiamente

e que, por algum momento,

nos vangloriamos.

A socialização é necessária e saudável, claro. Desde que seja espontânea e não uma tentativa desesperada de não ficar sozinho nem no caminho de casa. Por que tanta ansiedade arrebatadora em minutos que poderiam ser extremamente produtivos contemplando o nada, e simplesmente, pensar na vida? O fim do século XVIII e no século XIX, época em que os dândis e bon vivants eram o equivalente aos trendsetters de hoje - como o escritor Oscar Wilde -, foram marcados pelo prazer do descanso e contemplação da natureza como atividades diárias, assim como ler, estudar e oferecer jantares à sociedade. Um sério culto à beleza, ode ao hedonismo, grande desenvolvimento cultural e debates intelectuais mesclados à fofocas sobre a sociedade. Talvez tenha sido um grande exagero, olhando pela perspectiva atual,mas é uma boa referência de para onde estamos caminhando. Existem sites e aplicativos justamente com o


objetivo puro e simples de ‘fazer parar’. O Calm.com ainda tem música e guia de meditação-express com lindas imagens de natureza a serem escolhidas pelo visitante que a contemplará por dois minutos. E acredite, é mais difícil do que se pensa. Já o Nadismo e o Do Nothing For 2 Minutes são versões mais minimalistas, mas com o mesmo propósito. Por mais que eu ache a medida desesperada, a existência disso tudo tem um significado: a gente precisa parar! Dar valor à outras coisas que não o corre-corre, e o ‘yuppismo’ que herdamos tardiamente e que, por algum momento, nos vangloriamos. Nesse corre-corre das vidas real e virtual, esquecemos que talvez seja mais interessante tomar o café do que tirar uma foto dele. junho 2013 \

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Divulgação Facebook

a pessoa responsável pela criação da maior rede social da webesfera

por Ana Jacobs

Divulgação Facebook

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ark Elliot Zuckerberg nasceu em White Plains, no estado de Nova York, nos Estados Unidos. Ele é o programador e empresário que ficou famoso mundialmente por ser um dos fundadores do Facebook, considerada a maior rede social do mundo. Ao lado de Dustin Moskovitz, Eduardo Saverin e Chris Hughe, em 2004 Zuckerberg fundou o Facebook, quando ainda eram estudantes da Universidade Harvard. Em 2010, ele foi nomeado pela revista Time como a Pessoa do Ano e, em março de 2011, ele ficou em 36° na lista de pessoas mais ricas do mundo da Forbes, com bens estimados em 17.5 bilhões de dólares. Zuckerberg é de origem judaica, mas já se declarou ateu. Na escola, ele ganhou vários prêmios de ciências da astronomia, matemática e física e fazia parte da equipe de esgrima. Ele tem fluência em francês, hebraico, latim, grego antigo e mandarim. Mark Zuckerberg ganhou uma participação especial em Os Simpsons , O episódio foi ao ar no dia 10 de Abril de 2010 nos Estados Unidos, Zuckerberg ao contrario de como foi na participação do filme

A Rede Social, foi mostrado como um cara legal e capaz de fazer amizades, inclusive com o personagem Bart Simpson. O filme A Rede Social conta a sua história e a do Facebook. Mark é interpretado pelo ator Jesse Eisenberg. Zuckerberg doou uma quantia não revelada à Diaspora, um servidor pessoal da web de código-fonte aberto que implementa um serviço de rede social distribuída. Ele chamou de “uma ideia legal”. Zuckerberg começou a usar computadores e a escrever softwares ainda criança no ensino médio. Seu pai lhe ensinou Atari Programação Básica em 1990 e, posteriormente, contratou o desenvolvedor de software David Newman para lhe dar aulas particulares. Newman não hesitava em chamá-lo de “prodígio”, acrescentando que era “duro para ficar à frente dele.” Zuckerberg também fez um curso de pós-graduação no assunto no Mercy College perto de sua casa enquanto ele ainda estava no colégio.2 Ele gostava de criar programas de computador, especialmente as ferramentas de comunicação e jogos. Em um desses programas que criou, surgiu o “ZuckNet”, junho 2013 \

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a qual permitia que todos os computadores entre a casa e o consultório odontológico do seu pai pudessem se comunicar usando o ping para o outro. No que pode ser considerado uma versão simplificada do AOL Instant Messenger, que foi lançado no ano seguinte.2 Algumas crianças brincavam com jogos de computador que Mark criou.2 Zuckerberg recorda esse período. “Eu tinha um monte de amigos que eram artistas. Eles desenhavam coisas, e eu criava os jogos depois.”. Mais tarde ele havia se tornado o capitão da sua escola de preparação de esgrima e obteve um diploma clássicos.2 O co-fundador da Napster, Sean Parker, um amigo próximo, observa que Zuckerberg realmente aprendeu clássicos “de odisséias gregas e todas essas coisas”, lembrando que ele já citou as linhas em latim da poesia épica Eneida, de Virgílio, durante uma conferência do Facebook.2

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Durante alguns anos Zuckerberg, trabalhou em uma empresa chamada Intelligent Media Group, onde ele construiu um leitor de música chamado Synapse Media Player que usa inteligência artificial para aprender hábitos de escuta do usuário, que foi postada no Slashdot,28 e recebeu a classificação de 3 de 5 da PC Magazine.29 A Microsoft e AOL tentaram comprar o Synapse e contratar Zuckerberg, porém ele preferiu se matricular na Universidade Harvard em setembro de 2002. Zuckerberg fundou o Start-up:. fundação da Educação. Em 22 de setembro de 2010, foi relatado que Zuckerberg havia doado 100 milhões de dólares para a Newark Public Schools, o sistema de escolas públicas de Newark, Condado de Essex no estado de Nova Jersey. Os críticos notaram que o momento da doação como sendo próximo do lançamento do filme A Rede Social, que deu uma imagem um

tanto negativa para Zuckerberg, dividindo o público entre os que concordavam com sua atitude e os que o condenavam, chegando a ser considerada a hipótese de ele sofrer algum grau de Síndrome de Asperger. Zuckerberg respondeu às críticas, dizendo: “A única coisa que eu fiz foi ser mais sensível sobre a hora do filme, eu não queria que a imprensa fizesse confusão entre o filme “A Rede Social” com o projeto de Newark. Eu estava pensando em fazer isso anonimamente apenas para que as duas coisas pudessem ser mantidas separadas.” O prefeito de Newark Cory Booker afirmou que ele e o governador de Nova Jersey Chris Christie tiveram que convencer a equipe de Zuckerberg a não fazer a doação anonimamente. Em 8 de dezembro de 2010, Zuckerberg declarou que havia se tornado um dos signatários do The Giving Pledge,8 iniciativa criada por Bill Gates.


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Wanderlust desejo incontrolável de viajar

Por Rodrigo de Blumau “Linda: E o que você faz quando chove? Seth: Eu me alimento do que Gaia está me oferecendo com suas tetas de nuvem.” - Wanderlust (filme, 2012)

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claro que você provavelmente nunca pensou em se alimentar do que Gaia tem a oferecer com suas tetas de nuvem, mas o filme Wanderlust, protagonizado por Paul Rudd e Jennifer Aniston em 2012, retrata um assunto que a maioria de nós já parou pra pensar. Wanderlust, de forma aportuguesada, significa “desejo incontrolável de viajar”, mas o sentido oculto é um pouco mais profundo. Quem nunca pensou em desistir da loucura da selva de pedra, se livrar das amarras, jogar os papéis pro alto? Quem nunca pensou em romper o silêncio com palavrões impronunciáveis e ir embora andando, pra sabe-se lá onde, sem olhar pra trás? Wanderlust é o conceito principal de uma nova onda meio hippie que vem crescendo em meio a sociedade moderna. A necessidade de viver, não só existir. Liberdade de verdade e não aquela falsa sensação de fim de semana que é torturante porque tem começo, meio e fim. A grande onda do momento é vender tudo, comprar um carro confortável e ir, imperativamente, pra qualquer lugar. Talvez


Foto: kyle thompson

a história recente mais conhecida seja a de Bode – um menino, não um animal –, que inspirou o pai e a mãe a se desfazerem dos bens e rodar o mundo. A família Rehm largou os empregos e o conforto, venderam e doaram tudo o que tinham e resolveram sair em uma jornada pelo mundo, dentro de uma kombi vermelha charmosíssima. A aventura que duraria 12 meses já completa quase 4 anos, sem previsão de acabar. Você pode acompanhar a viagem no blog da família, que recentemente passou pelo Brasil. Assim como o movimento hippie dos anos 60/70, essa nova vibe é um movimento cultural onde a insatisfação é mãe e pai de todas as decisões. Ainda que um tanto quanto anticapitalista, esse novo movimento não deve ser levado como uma fuga e sim como uma contraproposta ao estilo de vida conhecido como “padrão”. Pra quem acha que largar tudo e se comprometer com essa vida beduína pra sempre pode ser um passo maior do que as pernas, acreditem, já existe uma fase de “adaptação” bem conhecida ao redor do mundo. O ano sabático (em uma referência

bíblica ao sábado, o dia de descanso após os 6 dias de Criação) vem ganhando força ao redor do mundo. Os períodos, que variam de 6 meses a um ano servem para viajar, conhecer novas culturas, relaxar sem pensar em nada – e estudos acreditam que isso melhora muito a produtividade de um indivíduo. Alguns acabam achando o segredo da vida em uma aldeia em algum lugar ermo e acabam decidindo prolongar o ano sabático ad eternum. O grande segredo do ano sabático ou de algo mais permanente é um bom planejamento, porém, não perca muito tempo ou o planejamento acabará se tornando parte integrante da ratoeira sem que você perceba, e os planos nunca sairão do papel. Pra quem curte mesmo a boa e velha comunidade alternativa, o melhor é pesquisar sobre as “Rainbow Gatherings”, criadas nos EUA na década de 70 e que agora estão espalhadas pelo mundo. São grupos nômades que vivem com leis baseadas na paz, amor, respeito, diversidade e tudo o que nós tanto queremos. junho 2013 \

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Foto: Luke Sharratt

É claro que algumas pessoas ficam de cabelo em pé só de imaginar ficar longe do celular, secador de cabelo ou do banho quente de cada dia. Algumas pessoas até gostam da vida padrão e eu não vejo problema nenhum nisso. Toda a ideia por trás do conceito reciclado de liberdade é para aqueles que se encontram infelizes vivendo no ciclo eterno “acorda, trabalha, dorme” que todos nós sabemos como termina. Não sabem? Bem, pra maioria das pessoas terminará daqui há muitas décadas, cheias de “…e se?”. A interessantíssima iniciativa continuecurioso, vem retratando com sucesso nas timelines das redes sociais histórias de pessoas que decidiram fazer o que gostam e viver de forma plena, sem imposições sociais.

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Do ponto de vista antropológico social, esse novo ideal representa uma resposta à velocidade absurda em que a sociedade moderna se movimenta. Muitas informações chegando, muitas cobranças, muito trabalho, muita gente, tudo muito rápido. Com isso a sensação é de que nada de fato está acontecendo. É como observar um pião, quanto mais rápido ele gira menos parece estar se movendo. Confuso? Quantas vezes você já sentiu que estava preso em um momento? Quantos de nós não paramos pra pensar na hora de deitar pra dormir: “Nossa, eu já estou aqui de novo? Nem vi o dia passar.” Mesmo que você tenha feito milhões de coisas durante o dia todo, fica aquela sensação de que foi em vão, como se

você não tivesse feito parte daquilo ou que aquela maratona não estivesse te levando a lugar nenhum. Você não está sozinho, querido leitor. Ainda que as pessoas se recusem a conversar sobre o assunto, ele está ali, na cabeça de quase todos. Puxe o assunto entre os amigos e espere pra ver o que acontece. O resultado quase sempre é uma conversa livre, cheia de contos sobre cachoeiras e viagens de balão. Fiz questão de introduzir o tópico em quase todas as minhas rodas de amigos e confesso que a maioria deles já começou a pensar no assunto de uma maneira diferente. A pergunta que fica é: Qual seria a hora certa pra tomar essa decisão e mudar toda a sua vida?


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Nas ruas desta cidade misturam-se história e cinema

Por Ricardo Freire

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e você é uma daquelas pessoas que sempre se perguntou por que os norte-americanos são tão patriotas, se emocionam ao tocar o hino nacional e suas bandeiras sempre aparecem nos filmes de Hollywood, bem, talvez a resposta esteja na Filadélfia, no Estado da Pensilvânia. A cidade foi muito importante no século 18 para que a nação obtivesse sua independência da Grã-Bretanha e até os dias de hoje continua sendo um dos pontos mais fundamentais para economia dos Estados Unidos. Sua população, estimada em aproximadamente 1,5 milhão, tem a sorte de poder desfrutar de grandes parques e museus. Filadélfia (em inglês: Philadelphia) é a cidade mais populosa do estado americano da Pensilvânia. É a única cidade do Condado homônimo de Filadélfia e, portanto, sua sede. É apelidada Philly e City of Brotherly Love (Cidade do Amor Fraternal). Ela é a segunda maior cidade da costa atlântica dos Estados Unidos, superada apenas por Nova Iorque.

Além de ter uma bela arquitetura e uma agitada vida cultural, a Filadélfia também é referência pop em um dos clássicos do cinema americano. Foi lá em que foi filmada a famosa cena da escadaria na franquia “Rocky”, de Sylvester Stallone. A cena se passa na frente do Museu de Arte e é um dos pontos turísticos mais visitados. O filme “O Sexto Sentido” também usou a cidade como locação. Essa escadaria é parte do Museu de Arte da Filadélfia, um dos mais reconhecidos nos Estados Unidos. Hoje, ao lado das escadas, há uma estátua de Rocky com os braços levantados e é uma foto obrigatória para qualquer turista que vai à cidade. Próxima ao museu também está a primeira penitenciária dos Estados Unidos, que teve o gângster Al Capone como um de seus presos, e hoje pode ser visitada por turístas. Ainda no oeste, atravessando o Rio Schuylkill fica a cidade universitária da University of Pennsylvania (UPenn), uma das mais tradicionais do país. A região é a que tem a noite mais agitada da Filadélfia, repleta de bares e baladas junho 2013 \

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Filadéfila ao anoitecer. Uma cidade com muita vida e muita história.

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Museu de arte da Filadélfia Museu de Arqueologia e Antropologia da Universidade da Pensilvânia Museu Rodin Fundação Barnes Museu Municipal Atwater-Kent A casa de Edgar Allan Poe National Constitution Center Independence Hall Parque Fairmount Penitenciária de Eastern State Zoológico de Filadélfia National Constitution Center Sala de concertos da Orquestra de Filadélfia Igreja Cristã Lincoln Financial Field Wells Fargo Center Citizens Bank Park

Línguas: Inglês e Espanhol Como ligar para o Brasil: 1800-3441055, 1800-283-1055 Visto: é necessário. Mais informações no www.visto-eua.com.br Saúde: sem medidas especiais de saúde Embaixada oficial no Brasil: SES - Av. das Nações, Quadra 801, Lote 03 70403900 - Brasília, DF (61) 3312-7000 Segurança - Apesar de ser tranquila durante o dia nas partes mais centrais e turísticas, é sempre bom tomar cuidado ao andar pela Filadélfia, já que a região não está livre de ladrões e trombadinhas. Voltagem e tomadas - A mais comum é de 110 volts, mas há hotéis que usam a de 220 volts. As tomadas têm três pinos, no padrão americano.

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LOVE Park no Museu de arte da Filadélfia.É uma cidade muito amor.

A Filadélfia, porém, é muito mais fascinante do que apenas uma escadaria e filmes de quem “vê gente morta”. Os símbolos da luta dos EUA pela independência estão espalhadospor toda a região. O Liberty Bell, um sino rachado que se tornou representante do combate contra as forças britânicas, e o Independence Hall, local onde foi assinada a declaração de independência americana, são alguns dos pontos históricos abertos para visitação de turistas. A cidade também tem seu prato, ou melhor, sanduíche. É o Philly Cheesesteak, composto por uma baguete, miolo de alcatra e cebolas preparadas em uma chapa e queijo cheddar derretido. Os moradores garantem que você pode comer o lanche em qualquer lugar da cidade, pois se fosse ruim, não aguentaria a concorrência.

Filadélfia possui um clima temperado. As chuvas são bem distribuídas ao longo do ano, com oito a onze dias de chuva por mês e em média, cai 52 centímetros de neve por ano . O verão é geralmente quente e úmido, sendo julho o mês mais chuvoso do ano. chuvas de verão podem sobrecarregar o Schuylkill River . As temperaturas variam, em julho, em média, entre 21C e 30C. A temperatura mais alta registrada foi de 41C em 7 de agosto de 1918. Outono e Primavera são relativamente leves, mas breve. As baixas temperaturas médias para o mês de janeiro é de -4C, a média de alta de 4C. A temperatura mais baixa registrada foi de -24C em 9 de fevereiro de 1934. A cidade também é acolhedora aos seus visitantes. Existem boas opções de hospedagem e se locomover por suas

ruas e bairros históricos é uma tarefa bem simples. Apesar de sua enorme relevância histórica, a Filadélfia é tranquila, com um clima que lembra uma pacata e rica cidade no interior. Se aprender mais sobre a história dos EUA está em seus planos, não esqueça de dar uma passadinha na Filadélfia, onde dias agradáveis estão garantidos. Você não irá se decepcionar. Filadélfia é servida por dois aeroportos. O Aeroporto Internacional de Filadélfia é atualmente o 9o aeroporto mais movimentado dos Estados Unidos em termo de movimentações de aviões (pousos e decolagens) e o 27o aeroporto mais movimentado do mundo. Existe ainda outro, o Aeroporto do Nordeste de Filadélfia.

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Philly Cheesesteak O sanduíche do rocky balboa

Por Fernando Russell

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hilly Cheesestake, também chamado de Philadelphia Cheesesteak ou, apenas Philly, é o sanduíche tradicional da cidade de Rocky Balboa. Se você for à Filadélfia, você tem que comer um desses. Mas se você não for à Filadélfia, faça essa receita em casa e aproveite. Você não vai se arrepender.

Importante que nenhuma das 3 operações acabe muito antes das outras. O ideal é que terminem ao mesmo tempo.

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Modo de preparo: - cream cheese de provolone:

Em uma panela em fogo baixo, adicione o creme de leite e o queijo provolone e misture vigorosamente. Quando criar uma consistência cremosa, desligue o fogo. - carne:

Ingredientes:

300g de contra-filet em lascas bem finas 50g de cebola cortada em anéis 50g de pimentão verde cortado em anéis 50g de pimentão vermelho cortado em anéis 50g de pimentão amarelo cortado em anéis 150g de queijo provolone ralado 200ml de creme de leite 2 mini baguettes

Tempere a carne com sal e pimenta do reino à gosto. Em uma frigideira em fogo alto, frite as lascas de carne até ficar dourada. - pimentão e cebola:

Numa panela ou wok em fogo médio, adicione o pimentão e a cebola até que fiquem bem moles. Não feche a panela, deixe os ingredientes cozinharem na panela sem tampa.


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harmonia de Cervejas quer saber qual tipo de breja combina melhor com cada prato?

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recisar não precisa. De fato, dá para saborear qualquer tipo de cerveja com qualquer tipo de petisco ou prato. Mas quando há uma feliz harmonização entre bebida e comida, o resultado é especial. É possível casar cervejas com pratos por contraste: caso de um bolinho de arroz , gorduroso, com uma cerveja mais ácida e amarga, como a pilsen tradicional, no estilo das tchecas. Também dá para juntar os dois por similaridade, caso de uma carne de sabor acentuado, como a de cordeiro , e uma cerveja com alto teor alcoólico e sabor intenso, a red ale.

Pilsen A mais popular, é refrescante e tem aroma com notas leves de malte, lúpulo e frutas. Harmoniza com queijo brie jovem, aperitivos, aperitivos, carnes vermelhas, defumados e pratos orientais. Bock Tipíca cerveja de inverno. Escura

com tom avermelhado, mas amarga e com teor alcoólico mais elevado. Harmonização: Salsichas, pretzels e mostarda.

Red Ale Cerveja densa, encorpasa e cremosa. Alto teor alcoólico. Harmoniza bem com carnes vermelhas, porco e caças. Weiss Malte feito a partir do trigo, com

espuma mais cremosa. Pouco amarga, refrescante e leve, é clara e de teor alcoólico médio. Harmoniza com queijos de cabra, frios, defumados, pratos alemães e apertivos. Stout Cerveja escura e densa, com aroma

Pale Ale Cerveja de alta fermentação, de

estilo belga. Harmoniza bem queijo roquefort e carnes fortes, como carneiro e porco.

e paladar torrado de malte e rica em lúpulo. Harmonizaça com queijo parmesão, ostras, mariscos, crustáceos e chocolate.

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jaquetas, suéters & moletons para sair bem no frio

Mostrando com exclusividade o lookbook da ultima coleção Outono/Inverno da grige Frank G, vamos mostrar o que mais interessa no inverno: casacos. São jaquetas, suéters e moletons que vão te salvar do frio e te deixar estiloso. Dotadas de uma versatilidade indiscutível, podem ser usadas por homens dos mais variados estilos e possibilita muitas combinações.

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Fotos: Divulgação FrankG

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Vale também apostar em sobreposições com cardigãs, camisas xadrez e jeans, sweaters e acessórios como lenços e cachecóis.

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E nos pés, tênis, coturnos, oxfords ou o que você preferir.

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Hoje em dia podemos encontrar não só no clássico preto ou em versões do marrom, mas também em outras cores como o vermelho.

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elimine olheiras

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semana não está fácil, você Como trabalha até mais tarde, dorme tratar do pouco e ao se olhar no espelho problema do elevador percebe que seu rosto tem em casa? uns anos mais aparentes que o resto do corpo. As olheiras estão lá e você precisa fazer alguma coisa para ameniza-las, e o legal, você nem acredita que aquele pepino pode ajudar! Vamos dar um up rápido neste semblantes e, se duvidar, você ainda pega aquela baladinha com os amigos, com o rosto digno de um príncipe. Vamos à salada, opa… Vamos à receita: Você já tomou banho gelado, deixou o rosto encharcado e nada ajudou. Corre na cozinha e pega uma batata. Pegou?

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Imagem de GetImage

estética

Corta duas rodelas finas, coloca uma em cada pálpebra e deixe por 20 minutos. Lave o rosto com mais água gelada e pronto, já ganhou uns pontos. ‘God, não tenho batata em casa!’ Calma. Hortelã salva e pode usar aquele de sache. Prepare um chá com a erva e leve-o ao freezer até ficar bem geladinho. Encharque duas bolas de algodão, coloque sobre as olheiras e deixe a compressa agir por 15 minutos. ‘Não tenho hortelã! Não gosto de chá!’ Por incrível que pareça pepino ajuda e muito. Distribua as rodelas em volta da região ocular, deixe por 10 minutos. Além de amenizar as olheiras, ele ajuda a suavizar o inchaço. Mas ainda não acabou.


Foto: Cycling Club

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om as facilidades da vida moderna, condicionao sedentarismo ganha cada vez mento físico, mais espaço no dia a dia, gerando equilíbirio ou agravando problemas de saúde. e alívio do Manter uma dieta equilibrada e introestresse duzir a atividade física na rotina são premissas básicas para ficar longe das doenças. “Exercícios simples, como caminhar ou andar de bicicleta, ajudam a prevenir doenças crônicas como obesidade, colesterol alto e hipertensão ”, diz Mauro Guiselini, professor de educação física do curso de Educação Física do Complexo Educacional FMU, de São Paulo. O ciclismo traz benefícios físicos e emocionais, contribuindo muito para a qualidade de vida. “Como atividade aeróbi-

ca, gera perda de peso, ajuda a equilibrar a pressão e os níveis de triglicérides. Também trabalha equilíbrio e confiança, além de relaxar e combater o estresse. Praticada com bom senso e na medida da forma física de cada um, a atividade quase não tem restrições”, completa Marcos Paulo Reis, treinador de corrida e ciclismo, diretor técnico da MPR Assessoria Esportiva, de São Paulo. Até usada como meio de transporte a bicicleta é boa para a saúde. “Muita gente busca essa alternativa de locomoção e acaba ganhando fôlego e bem-estar. Chegar ao escritório pedalando traz muito mais disposição para seu dia”, atesta o atleta e consultor Cleber Ricci Anderson, da Anderson Bicicletas de São Paulo. junho 2013 \

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SEXo

inocente pornozinho O que acontece no seu cérebro quando você assistE UM Pornô

Reprodução Internet

por Eme Viegas

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i, você, que está aí em frente ao computador. Você mesmo, que acabou de dar play naquela música relaxante enquanto lê o a Revista YUP. Sabia que aproximadamente 25% das buscas realizadas na internet estão relacionadas à pornografia? E que a mesma pornografia é o quarto principal motivo que conduz as pessoas para a rede mundial de computadores? Assustador, não? Sinceramente? Não. Que os dedinhos que nunca confundiram YouTube com YouPorn nos atirem a primeira pedra. Já estamos carecas – e com as mãos cabeludas – de saber que a pornografia é um notável estimulante sexual. Tanto é que inúmeros casais gostam de assistir aos filmes juntos – seja para buscar inspiração ou contrainspiração. Mas o que provavelmente você não sabe é que a pornografia vicia, exatamente como uma droga. Um XVideos e um RedTubezinho podem parecer inofensivos a princípio, mas a verdade é que, quanto mais você expõe seu cérebro a esse “gênero cinematográfico”, mais resistente você fica aos estímulos sexuais e mais compulsivo você se torna pela coisa, o que pode resultar, a longo prazo, na perda de interesse pelo seu parceiro sexual. O bom é que essa dependência não mata – e que há como desintoxicar sem o auxílio médico. Para ajudá-lo a compreender tudo o que acontece no seu cérebro conforme você cria o hábito de ver pornografia,

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separamos um vídeo bem legal. Eu, se fosse você, daria uma pequena pausa no PornHub e assistiria à nossa recomendação agora mesmo para entender o que está acontecendo com o seu corpo nesse instante. Odit voluptur, seribus dantiae. Gent occupta tations eribusam autatem quunt ra si alit asperiatem laboria dolupit dusdam es dolum autatur? Ro veliate mquost, sincia voluptatum ressereribus et vendae officim quiam es qui tem quias adi ommodit omnit, il ipsaper chicitatur sandempore officatur, quianto erum lignatestis et is doloreptatem rem es ende sit, omnihic to quam rem re secus et aliqui ut opta num. Pode não ser uma solução tranquilizadora, mas posso garantir que é a única solução: você tem que decidir que não é mais o tipo de pessoa que perde tempo com isso. Condenar, proibir, esconder – nada disso vai funcionar. O gatilho não é o desejo, é o tédio. Então, quanto antes encontrar alguma outra atividade, melhor. Quando sua esposa te pega com a mão na massa e diz que você é patético, ela só errou por algumas letras. Apático seria mais preciso e tem mais a ver com o caminho a se seguir para melhorar.


RELACIONAMENTO

AMORES VIRTUAIS relacionamento a distância pode dar certo?

Divulgação The CW

por Frederico Mattos

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internet já se tornou um dos principais canais de comunicação da atualidade. Facebook, Skype, Msn, Linkedin e e-mails são ferramentas conhecidas pela grande maioria das pessoas. Não seria estranho imaginar que o amor escaparia desse apelo tecnológico. Onde existem pessoas interagindo o amor está ali também. Muitas pessoas já me perguntaram se eu acho que um amor à distância dá certo. Por experiência própria e profissional sou categórico. Não. “Mas eu conheço um casal que ficou anos se relacionando pela internet” Ok, vamos definir relacionamento. Se relacionamento amoroso é uma troca de experiências humanas em torno de uma ideia cheia de desejo, expectativa e promessas eu concordo que esse casal se relacionou. Mas poderia dizer que o fã-clube do Roberto Carlos tem um relacionamento amoroso com ele. Relacionamento amoroso necessariamente envolve um elemento essencial que é a corporeidade. No relacionamento amoroso é preciso que dois corpos interajam de tal maneira que você impressione e pressione os sentidos da outra pessoa. Isso é tão verdade que os supostos relacionamentos à distância só se sustentam sob a promessa do contato corporal, seja ele sexual ou não. O que chamo de corpo vai desde beijar na boca, passando por comer juntos num restaurante até tropeçar um no pé do outro. Relacionamento é vida e vida é encontro de pessoas.

Os romanticos dirão que o amor é uma chama interna que pode ser sustentada por anos a fio à distância e que os poetas de antigamente faziam isso com suas musas. Pois é, pergunte para o poeta se ele pudesse escolher o que faria. A pessoa que se satisfaz só por pensamento precisa de ajuda. Ela recusa o princípio básico de eros que é a pele. A pele só existe sob o contato de algo que a pressione. É capaz que tenha uma grande ansiedade associada ao contato e só consiga se relacionar imaginariamente com os outros. A experiência amorosa deveria provocar uma cura dessa limitação e não o seu congelamento. O conflito que o convívio diário expõe o casal é altamente proveitoso para o crescimento de ambos. Viver de encontros casuais é fácil, pois toda a hostilidade presente no cotidiano fica suprimida e quando existe o encontro amoroso é só o perfume que se sente. As vísceras ficam de fora e o amor permanece para sempre paralisado num cristal de perfeição intocada. Amor também é fluido escorrendo no corpo. Ou pelo menos a promessa disso. Mas se essa promessa não se cumpre de tempos em tempos, ainda que a lealdade e a fidelidade psicológica fiquem invictas o corpo vai cobrar um preço alto pela negligência. Você consegue imaginar um casamento em que os pombinhos vivem por anos a fio em pólos diferentes da Terra nutridos pelos sentimento de amor? Se você pode escolha, aja e toque. junho 2013 \

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Conhecimento curioso Divulgação The School of Life

Como nos tornamos melhores quando aprendemos o que queremos

por Rafael BIttencourt

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om a Revolução Industrial surgiu a linha de produção e com ela a necessidade de um novo modelo de educação de massa, onde uma pessoa ensinava para grandes grupos. Ou seja, assim como a produção, a educação também começou a ser passada em séries. O problema é que seguimos este modelo secular de ensino em séries até hoje, mesmo com a quantidade de informação que temos disponível e a velocidade que as acessamos. Um modelo que desestimula os alunos a estudar, forçando a todos a aprender a mesma coisa no mesmo tempo, está fadado à ‘morte’. Vemos um reflexo disso no desinteresse que os jovens têm pela escola atualmente. Não a toa, o TED tenha crescido tanto, e outras alternativas de aprendizado estejam tão em voga e talvez até virando referência dentro das instituições um pouco menos tradicionais. A School Of Life, também é um grande exemplo de um movimento de vontade de aprender fora da classe, assuntos mais surpreendentes que álgebra ou a visão engessada de línguas. Uma das coisas que mais me surpreendeu foi o Presentation Party Night um evento que acontece no Brooklyn, mais especificamente em Bushwick, um dos núcleos mais absurdamente moderninhos da América, em que um grupo de pessoas se reúne uma vez por mês para apresentarem curtas palestras sobre qualquer tema, regadas a cerveja. Por que não?

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Além disso, diversos institutos vêm oferecendo cursos e workshops. No Rio de Janeiro, a última moda são os encontros de Psicanálise, além de aulas voltadas à moda e arte . As faculdades mais famosas do mundo também disponibilizam vários cursos online, inclusive, de graça, para todo mundo, pela plataforma Coursera, por exemplo. Segundo Marco Brandão, o realizador do TEDxRio e TEDxRIO+20 “Vivemos uma época inédita na história, onde as gerações mais novas ensinam à geração mais ‘experiente’, justamente porque estes já entendem melhor os novos meios de comunicação e com isso aprendem não o que lhes é imposto, mas o que eles querem de fato aprender. Precisamos levar isso em conta e remodelar a educação para transformá-la em uma atividade mais pessoal, curiosa, prazerosa e gratificante integrando o ensino básico com a nova tecnologiae internet, estimulando de uma maneira a potencializar essa nova geração que já nasceu autodidata.” Uma educação moldada para cada indivíduo respeitando suas facilidades e dificuldades. Hoje estima-se que mais de 75% do que utilizamos no nosso dia a dia não aprendemos na escola. O mais importante é que as pessoas estão fazendo de tudo para aprender e agregar conhecimento. O paradigma de que estudar seja algo démodé ficou nos anos 90, juntamente com a ideia de uma carreira limitada a uma escolha tomada aos 18 anos de idade. A tecnologia só vai auxiliar mais e mais a educação, basta estímulo e interesse e o desapego da ideia de que educar é impor.


ATITUDE

Geração de minorias A rebeldia ganha uma bandeira para lutar… do nosso jeito

Divulgação Fox Searchlight

por Rafael Bittencourt

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or anos Os Sonhadores foi (e ainda é) um dos meus filmes preferidos e, por isso, um dos que eu mais vi. Lembro que a primeira vez que assisti, foi meio por acaso, quando estava passando num canal a cabo de madrugada e eu zapeava procurando por alguma coisa minimamente interessante quando me lembrei que queria ver aquele filme. Quando acabou fui preenchido por aquele sentimento de “Nossa! Agora eu entendi tudo!”. Era mais uma epifania cinematográfica que ia me acompanhar diariamente e que me levaria a rever a aplaudida obra de Bertolucci diversas vezes, em busca do mesmo sentimento de compreensão universal, identificação e de pertencimento a algo maior que a cidadezinha provinciana onde morava e, claro, detestava. A verdade é que eu não entendi exatamente o motivo real de tanto encantamento, a não ser pela beleza óbvia e a magia de um filme que se passava na Primavera de 68. Algum tempo depois eu estava falando sobre o filme e todo o movimento cultural da época sob uma perspectiva psicanalítica, quando me dei conta de que, na verdade, o filme ilustrava muita coisa que eu pensava sobre o mundo. Algumas vezes discuti, quase que com ar de militante, com pessoas mais velhas que eu sobre o olhar nostálgico delas sobre a juventude. Aquele papo de “mas na nossa época era melhor”, ou “vocês são uns acomodados por não lutarem pelos direitos de vocês” não me descia - hoje eu só desdenho.

Só existe protesto se há indignação contra alguma coisa nomeada, identificada, caso contrário, seria uma rebeldia sem causa e, logo, sem futuro. Os jovens de 2013 não tinham, até então, sequer um motivo real de indignação, visto que a corrupção sempre existiu e, infelizmente, sempre existirá. Mas a corrupção nunca ofendeu diretamente a ninguém. Nunca disse que seu ídolo foi assassinado em nome de Deus, que os negros são amaldiçoados e igualou homossexuais aos piores assassinos. A indignação de hoje passou a ter nome, cargo político, endereço e diversos videos no YouTube, infinitamente compartilhados pelas minorias. O compartilhamento é uma grande arma de uma geração criada na internet. Geração esta, composta majoritariamente por diferentes tipos de minorias. E o melhor: minorias influentes. Assim como em Os Sonhadores, vivemos a vida toda numa bolha de pensamento, isolados de lutas, mas recebendo informações de outras guerras, diferentes tipos de pensamento, discutindo e nos fortalecendo contra um inimigo que desse a cara a tapa. O filme de Bertolucci mostra como esta bolha de pensamento se preparou e foi às ruas, junta de outras pequenas bolhas, explodir juntas em meio a molotovs, gritos e tiros. Não sou a favor de violência de nenhum tipo, assim como a maioria militante atual, por isso, creio que a ida às ruas seja feita de uma forma menos literal, mais criativa e sutil, e o tapa na cara desse inimigo seja um tapa de luva. Combina mais com nossa geração de minorias. junho 2013 \

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O resultado do stalkeamento Um diálogo mental que todos teremos um dia

por Kelson Santos

Queria poder te ligar e dar aquela bronca/sermão de dois minutos sobre a foto que você postou no Instagram. Ela dizia que você estava naquela famosa cafeteria que superfatura um café com chantilly, mas que todo mundo gosta. A foto parecia inocente. Era seu nome escrito no copo, com um filtro amarelado – você podia ter caprichado e ter ficado mais clichê, né? Até aí normal. Mas meu talento para stalkear me daria três medalhas de escoteiro. A foto foi postada às nove horas da noite de uma quinta feira. Tinha outro copo do lado, mas o nome não aparecia. Ninguém vai tomar um café de vinte reais sozinho numa quinta feira. A legenda da foto dizia ‘some coffee, some happiness’. Não quer ‘some socos na sua cara também’? Se fosse um amigo, ele estaria taggeado. Então, concluo que foi uma companhia que você conheceu recentemente e foi tomar um café numa quinta-feira. Se fosse sexo rápido seria uma cerveja na sexta. Se fosse amigo seria um vinho na quarta. Mas era café, de noite, numa quinta. E você compartilhou a foto só no Twitter. O que me faz acreditar que alguém no Facebook não deveria ver. Ou seja, mais uma pessoa que você está se envolvendo. Caramba, com quantas anda saindo?! E lá no Twitter um amigo seu deu reply envolvendo um comentário maldoso. E minha vontade nesse momento é de fazer uma hashtag chatiado (sic). Não tinha twittado mais cedo que iria à cafeteria, então deve ter sido um convite de última hora. Mas foi mesmo assim… O que significa que você deve estar bastante interessado na pessoa. Poderia ser eu, né? Mas não dá para te ligar… porque a gente não tem nada. Não tem como eu saber quem estava com você. OPA! Espera aí! Alguém comentou sua foto aqui. Ah, foi só um emoticon de carinha feliz. Quem é essa biscate?

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