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Quase metade dos empregos na região é no setor de serviços

Apesar desse número, indústria é quem ‘traz’ dinheiro de fora e forma a base da economia da região

Sul Fluminense

O setor de serviços é o responsável por 44,36% dos empregos existentes na região Sul Fluminense. Esse ramo inclui empresas que vão de hotéis a escolas, passando por áreas frequentemente confundidas com o comércio, como bares, restaurantes e estabelecimentos que consertam aparelhos eletrônicos como celulares e smart TVs. Os dados desta reportagem se referem à quantidade de empregos formais em cada setor, e só são significativamente afetados após uma sequência de resultados mensais.

O efeito de um único mês, como o divulgado nesta quinta (27) pelo Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) muda pouco o quadro geral.

O turismo também faz parte do setor de serviços, o que explica o fato desse segmento ser responsável por quase dois terços dos postos de trabalho existentes em Paraty, a cidade da região onde o turismo tem o peso mais importante na economia.

A cidade, inclusive, foi declarada recentemente como o primeiro patrimônio mundial da humanidade misto (natural e cultural).

Agro

A agropecuária é o oposto do setor de serviços; em quase todos os municípios da região, é o segmento da economia que menos emprega. As exceções são Rio Claro, onde o setor detém mais de 1/3 dos empregos (33,86%) e Quatis, onde os 5,42% de empregos agrícolas são mais do que os 1,98% da Construção Civil e quase empatam com os 6,00% da indústria.

De acordo com uma pesquisa feita pela Agência Alemã de Cooperação Internacional, pela Universidade do Rio Grande do Sul (UFRGS) e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), o setor precisa de 178,8 mil profissionais.

O dado foi informado em uma reportagem publicada no site do jornal “O Estado de São Paulo”.

INDÚSTRIA

O setor industrial é a base da economia da maior parte da região, mesmo não sendo o que tem a maior quantidade de empregos. Isso ocorre porque ele é o ramo de atividade que “traz” dinheiro para a cidade, pois o recurso usado para pagar os salários vem de vendas feitas, na grande maioria das vezes, para outros municípios.

O presidente da Firjan Sul Fluminense, Henrique Nora, concorda com isso, e explica melhor o papel da indústria na economia local:

— A indústria é fundamental para o Sul Fluminense, pois é um setor de grande aporte de investimentos e gerador de renda para a região. Desta forma, promove o desenvolvimento local, acarretando na evolução de outros setores, como o de serviços, cuja boa parte de suas atividades são de suporte à cadeia industrial — disse..

Com Rcio

O setor de comércio é aquele que mais depende do “bolo” formado pela renda da população local. É com esse dinheiro que se compra praticamente tudo. A exceção fica com os atacadistas, que muitas vezes vendem produtos para varejistas em locais distantes. E, como muito dificilmente uma localidade, por menor que seja, sempre terá um estabelecimento comercial, o percentual de empregos apresenta um baixo desvio em relação à média. O vice-presidente da Fecomércio-RJ, Essiomar Gomes, confirmou esse papel, lembrando que a rede de relacionamentos que as pessoas formam ajuda muito nesse campo:

“Muitas vezes, o pai de um jovem conhece o dono de algum estabelecimento comercial, mesmo que de pequeno porte, e é ali que o estudante, às vezes ainda no ensino médio, começa sua carreira profissional. Isso é importante como experiência e muitas ajuda a compor a renda familiar”, explica.

Essiomar acrescentou que o comércio, ciente desse papel, trabalha para qualificar não apenas os empregados do setor, mas também os empreendedores, que muitas vezes escolhem esse segmento para iniciarem suas carreiras de empresários.

Constru O

O setor onde a variação é menor em relação à média é a construção civil. Na região, a média é de 3.94%, com o menor percentual (1,41%) em Pinheiral e o maior (6,20%), em Barra do Piraí. Em alguns locais, quando grandes obras governamentais estão em andamento, esses números sal- tam. É o que deve acontecer com as obras de Angra 3 entrando no ritmo normal em Angra dos Reis. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil do Sul Fluminense, Zeomar Tessaro, explicou que essa variação no contingente empregado pelo setor acontece por vários motivos:

— A construção civil é sempre a primeira a sentir, nos cortes de pessoal, a chegada das crises econômicas. Também é a primeira a sentir a recuperação. Ninguém faz nada por impulso nesse setor. Nem o político que começa uma obra, nem o empresário que resolve construir uma fábrica, o empreendedor que decide erguer um condomínio... Também não conheço ninguém que tenha comprado um apartamento ou casa sem pensar. Essas pessoas avaliam a situação da economia, se vai haver recurso, qual a tendência da taxa de juros ou se vai haver taxa fixada no contrato. Então, no primeiro sinal de problema, elas “tiram o pé” do acelerador, e na recuperação, “pisam fundo” primeiro, porque agir antes, nesse ramo, é vantagem – disse. Ele acrescenta que o sindicato procura ajudar o trabalhador a sentir menos essa instabilidade oferecendo qualificação profissional.

Mário Esteves manda começar obras da Escola Municipal Maria Gonzaga de Oliveira

Barra do Piraí

O prefeito Mario Esteves assinou nesta quinta (27) a Ordem de Serviço para o início das obras da Escola Municipal Maria Gonzaga de Oliveira. No momento,o colégio está em funcionamento do bairro Santa Bárbara. O prédio ganhará uma nova arquitetura, diferente da que existia desde a sua fundação, em 1977, e estava em estado precário.

De acordo com informações da Secretaria de Obras, a escola vai ganhar três novas salas de aula. Antes da reforma, eram apenas quatro, que acomodavam os alunos. Além disso, sala de professores, secretaria, quatro banheiros, pátio coberto também fazem parte da nova composição. Há possibilidade de o Governo Municipal entregar o novo colégio em até dez meses.

“Estivemos aqui nessa escola no início do ano e ela estava completamente condenada, tanto em estrutura quanto em saúde dos alunos.

Até a Vigilância em Saúde do Estado condenou a situação precária dessa unidade de ensino. Sabemos dos transtornos porque passam as famílias, mas queremos tranquilizá-las, pois, a nova unidade será algo surpreendente ao bairro, aos profissionais da educação e aos alunos”, frisa o secretário interino de Educação, Wanderson Barbosa.

O prefeito Mario Esteves foi ao local e conversou com a comunidade escolar e dos alunos. Disse que a escola vai seguir os padrões das outras 26 que já foram entregues. O chefe do Executivo ainda relembrou que novos profissionais de educação foram contratados para suprir a necessidade de diferentes unidades escolares, e que o Maria Gonzaga de Oliveira também será agraciado.

“Zeramos, pela segunda vez, o déficit educacional em Barra do Piraí. Ao longo dos últimos anos, além dos profissionais da educação do concurso público de 2016, que chamamos a partir de

2018, promovemos processo seletivo para abarcar estas necessidades. E esta escola será agraciada com mais uma estrutura padrão de qualidade. Papais e mamães podem ter certeza que, pela educação nesta escola, servirá para o seu filho ser uma pessoa ainda melhor num futuro”, aponta Mario Esteves.

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