diariodocomercio.com.br JOSÉ COSTA FUNDADOR
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DESDE 1932 - EDIÇÃO 23.532 - R$ 2,50
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BELO HORIZONTE, QUINTA-FEIRA, 11 DE JANEIRO DE 2018 ALISSON J. SILVA
Minas Gerais gera 25% da energia de fonte solar da matriz nacional
Com deflação de 4,05% no ano passado na Grande Belo Horizonte, os alimentos pressionaram o índice de preços do IBGE para baixo
Inflação na RMBH fecha 2017 com alta de 2,03% Abaixo da média nacional, IPCA foi o menor dos últimos 19 anos A inflação na Região Metropolitana de Belo Horizonte subiu apenas 2,03% em 2017, abaixo do piso da meta fixada pelo Banco Central, de 3% para o ano. O IPCA da RMBH foi o menor dos últimos 19 anos. Entre as outras 13 áreas pesquisadas pelo IBGE, o índice de preços na RMBH foi o segundo menor em 2017, inferior
à média nacional (2,95%). A queda nos preços dos alimentos, que têm um peso de 25% na composição do orçamento familiar, foi fundamental para o arrefecimento. A deflação nos produtos alimentícios chegou a 4,05% na RMBH no ano passado, enquanto que no Brasil a variação negativa ficou em 1,87%.
Os itens do grupo que mais pressionaram o IPCA para baixo na Grande Belo Horizonte em 2017 foram: frutas (-26,83%), feijão carioca (-49,65%), carnes (-4,84%) e açúcar (-18,59%). Entretanto, com a previsão de redução de 10% na safra, a tendência é de inflação maior em 2018. Pág. 3
Bard é incorporada pela BD por US$ 24 bilhões DIVULGAÇÃO
A aquisição da Bard pela também norte-americana BD por US$ 24 bilhões deve gerar oportunidades de crescimento e desenvolvimento de novas tecnologias nas unidades da multinacional no Brasil, inclusive na de Juiz de Fora, na Zona da Mata. A transação transformará a BD em uma das cinco maiores empresas mundiais de tecnologia médicas. Com 60 anos de atividades, a fábrica mineira tem 60 funcionários e produz seringas descartáveis e de vidro, cateter descartável e agulhas para os mercados interno e externo. Pág. 11 Com planta em Juiz de Fora, a BD passa a ser uma das cinco maiores do mundo em tecnologia médica DIVULGAÇÃO
Agronegócio tem grande potencial de crescimento até 2027 em MG
Licenciamento de indústrias ganha maior agilidade na capital mineira
Minas Gerais tem grande potencial para ampliar a produção de grãos e proteínas e, assim como o Brasil, ampliar o mercado para atender à crescente demanda mundial de alimentos. O documento “Projeções do Agronegócio Mineiro 2017 a 2027”, elaborado pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), prevê que a produção do Estado cresça de forma significativa até 2027 com emprego de novas tecnologias e aumento da produtividade. A expansão de forma sustentável exigirá planejamento, estruturação e políticas públicas eficazes. Pág. 14 O uso de novas tecnologias estimula a produção agrícola no Estado Dólar - dia 10
Euro - dia 10
Comercial
Compra: R$
Compra: R$ 3,2348 Venda: R$ 3,2353
3,8905
TR (dia 11): ............................. 0,0000% Venda: R$ 3,8915
Poupança (dia 11): ............ 0,3994%
Turismo
Ouro - dia 10
IPCA-IBGE (Dezembro): ... 0,44%
Compra: R$ 3,2400 Venda: R$ 3,3700
Nova York (onça-troy): US$ 1.319,30
IPCA-Ipead (Dezembro): ... 0,60%
R$ 136,50
IGP-M (Dezembro): ................. 0,89%
Ptax (BC) Compra: R$ 3,2461 Venda: R$ 3,2467
BM&F (g):
O licenciamento da atividade industrial ganhou maior agilidade em Belo Horizonte. Processos que demoravam em média oito meses para ser analisados, passaram a ser concluídos em apenas três meses. Em 2017, 30 novas indústrias fizeram pedido de licenciamento pelo processo sumário, destinado a empresas que não geram alto impacto ambiental. Com quatro mutirões realizados pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente no ano passado, foram licenciadas cerca de 300 empresas. Pág. 4
BOVESPA +0,84 +0,54 +0,39 -0,65 -0,84 04/01 05/01
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Responsável por um quarto da potência gerada em usinas de fonte solar fotovoltaica na matris nacional, Minas Gerais alcançou a marca de 250 megawatts (MW) em 2017. Com um grande complexo na região Norte, o Estado fica atrás somente da Bahia na geração no País, com 618 megawatts contratados, dos quais 233 MW já estão em operação. A legislação estadua estimula aportes do segmento por meio de isenção fiscal e incentivos de fundos de fomento. Pág. 5
EDITORIAL As previsões para o Brasil, nesse início de ano, no que se refere ao andamento da economia, são no geral positivas, indicando consolidação do processo de recuperação, após três anos de baixa. Como já foi dito, a variável que pode alterar a curva dos gráficos diz respeito à conjuntura política, cujos rumos estão ainda distantes de qualquer definição clara, por mais curto que seja o prazo para cumprimento do calendário eleitoral. Nas avaliações que vêm sendo feitas e nas quais as previsões de expansão da economia têm sido sistematicamente revisadas para mais, hoje com previsão de que o crescimento do PIB possa chegar aos 3% este ano, uma outra variável deve ser considerada. Estamos falando da conjuntura externa, das expectativas com relação ao comportamento da economia global, consequentemente da demanda e das variações de preços das commodities que mais de perto interessam ao Brasil. “As paredes vão subindo”, pág. 2
OPINIÃO Gerou grande polêmica na mídia o anúncio de um acordo de 3 bilhões de dólares para encerrar a ação coletiva ajuizada pelos investidores na Bolsa de Nova York. Diante da importância do tema e para registrar a verdade dos fatos, evitando que seja distorcida por aqueles com interesses questionáveis, é importante esclarecer as razões pelas quais tal ação (a “Class Action”) representou um divisor de águas na proteção da ética empresarial brasileira e, efetivamente, ajudou a salvar a Petrobras. A Petrobras sempre foi motivo de orgulho para o povo brasileiro desde sua criação, em 1953, por Getúlio Vargas, devido ao sucesso da campanha em defesa do monopólio estatal, capitaneado pelo lema “O petróleo é nosso”. Dessa forma, a imagem da empresa sempre se confundiu, em parte, com a própria identidade econômica do Brasil. (André de Almeida Rodrigues), pág. 2