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domingo, 11 de setembro de 2011

DIÁRIO DE PETRÓPOLIS

especial

Polo de moda da Rua Teresa tem as piores vendas do ano

Arquivo

nGabriela Pales Especial para o Diário

Responsável por movimentar R$ 90 milhões por mês na economia de Petrópolis e pela geração de 40 mil empregos diretos e indiretos, a Rua Teresa ainda não se recuperou dos efeitos do temporal de 12 de janeiro deste ano. Comerciantes, industriais e seus empregados reclamam do menor fluxo de compradores, embora o 1º distrito não tenha sido diretamente atingido. A esse problema, juntam-se outros, antigos: a Rua Teresa queixa-se de sofrer concorrência desleal de feiras populares instaladas em Duque de Caxias e em Areal, principalmente. Estas feiras ofereceriam mercadorias de coleções passadas – muitas fabricadas na própria Rua Teresa – a preços baixos. Segundo os lojistas, o mês de agosto foi considerado o pior do ano em vendas, embora a maioria das lojas esteja oferecendo roupas de inverno com preços promocionais. Os descontos chegam a 70%, para liquidar estoques, antes do lançamento da coleção Primavera/Verão. A vendedora Paula Simas, que trabalha há três anos na Rua Teresa, diz que as vendas vêm piorando, nos últimos anos. - A Rua Teresa era conhecida por seus preços baixos, mas hoje a estrutura não é a mesma. A realidade não é das melhores e apesar disso, o estado tenta transpa-

Movimento do comércio: segundo os lojistas, o mês de agosto foi pior

recer normalidade em uma rua com várias deficiências estruturais - reclama. A falta de estacionamentos gratuitos é uma das maiores reclamações dos turistas. O presidente da Associação da Rua Teresa (Arte), Eduardo Dias, acredita que muitos também desconhecem que na sede da associação, localizada no início da rua, há banheiros, fraldários e bebedores disponíveis. Para dar mais conforto aos compradores, será inaugurado, em outubro, no número 608, um novo centro da associação. O empresário Paulo Roberto Ferreira considera o momento crítico. - A sociedade precisa se unir para atrair os turistas. Para não vermos o fim do polo de modas, este é um momento em que temos que esquecer as diferenças. Precisamos fazer um trabalho para agradar os clientes, o

governo precisa fiscalizar os estabelecimentos que não pagam impostos, pois concorrem de forma desleal – diz. Para atrair os turistas, a Associação da Rua Teresa está investindo em propaganda, divulgando o polo de modas em várias regiões do Brasil. Segundo Eduardo Dias, um acordo firmado entre a Arte e a Fundação de Cultura e Turismo inclui em seu material de divulgação a Rua Teresa como uma das atrações da cidade, o que acaba despertando a curiosidade dos turistas que visitam o município. Apesar das dificuldades, ainda há otimismo. Com a mudança de estação no dia 21 de setembro, os lojistas esperam recuperar o movimento de vendas, já que a temperatura fica amena e as mil e duzentas lojas estarão com suas novas coleções Primavera/Verão nas vitrines.

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