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57 anos

DIÁRIO DE PETRÓPOLIS

quarta-feira, 23 de maio de 2012

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cidade

Alan Alonso

Quintanilha garante que falta de professores está sanada

Fotos: Divulgação

n Vinicius Henter viniciushenter@diariodepetropolis. com.br

Farmácia Popular do estado, na Rua General Osório, no Centro

Poucos medicamentos na Farmácia Popular estadual Pacientes que precisam da Farmácia Popular do Estado, na Rua General Osório, no Centro, continuam reclamando da falta de medicamentos e, principalmente, da fralda geriátrica tamanho M na unidade. Para tentar resolver a situação, manifestantes estarão hoje, a partir de 8h, e permanecerão durante todo o dia no calçadão do Colégio Estadual Pedro II (antigo Cenip) para recolher assinaturas que irão compor um abaixo assinado pedindo a reposição do estoque da farmácia e ainda que ela não seja fechada, já que alguns funcionários informaram que há possibilidade de fechamento da unidade. Em nota, o Instituto Vital Brazil informou que seriam entregues 500 fardos de fralda ainda ontem e mais 100 hoje em Petrópolis. Disse ainda que “não procede a informação de que a Farmácia Popular irá fechar”. Em todo o estado, alguns medi-

camentos estão em falta nas Farmácias Populares do Estado. São eles: carbamazepina, hioscina, sinvastatina e benzoato de benzila. Da mesma forma, a Farmácia Popular está com falta de fralda geriátrica. Apenas a unidade de Resende tem fralda tamanho G em estoque. O tamanho M pode ser encontrado nas unidades de Bangu, Campo Grande, Méier, Niterói, Nova Friburgo, Resende e Volta Redonda, ainda de acordo com o instituto. A falta de fraldas se deve a um problema com a matéria-prima, segundo o fabricante. Esta não é a primeira vez que pacientes reclamam da falta de produtos na unidade de Petrópolis. Na semana passada, uma mulher chegou a instalar uma faixa na Praça Dom Pedro pedindo a reposição das fraldas e remédios. De acordo com uma mãe de um paciente, ela não encontra fraldas no tamanho M na farmácia desde o último dia 2.

Wagner quer mudanças no projeto do Instituto Koeler n Vinicius Henter

O vereador Wagner Silva (PPS) voltou a criticar o projeto que criará o Instituto Júlio Koeler, com funções semelhantes às da Secretaria Municipal de Planejamento e Urbanismo. A entrega do projeto da prefeitura à Câmara estava prevista para a última sexta-feira (18), mas foi adiada para esta semana pelo secretário de Governo, Charles Rossi, com a justificativa de que o governo pretende realizar uma grande cerimônia para marcar o ato. Wagner, no entanto, espera que o governo mude de ideia em relação à criação do instituto. Para o vereador, o ponto mais polêmico do projeto é a criação de 15 cargos comissionados, que ainda estarão no instituto no próximo governo. Ele ainda comparou o instituto com as agências reguladoras, aprovadas pelo governo de Rubens Bomtempo e que teriam funcionários comissionados para além da duração dos governos. Porém, antes mesmo de serem postas em práticas, a criação das agências foi cancelada. - Acredito que o prefeito tenha tido um bom senso – disse Wagner, referindo-se ao fato de a prefeitura não

ter enviado o projeto à Câmara. – É mais uma autarquia sendo criada. Se aprovarmos, o próximo prefeito vai ter que engolir esses 15 cargos. Acho que não vamos estar sendo éticos se fizermos isso. Como foi com as agências reguladoras, não podemos cometer esse erro. No dia 19 de novembro do ano passado, foi criada uma coordenadoria com prazo de seis meses para apresentar estudos sobre a fundação do instituto. Como o prazo terminou na sextafeira, a coordenadoria já foi extinta. Os vereadores descartaram, na semana passada, a votação em regime de urgência do documento. Eles afirmaram que pretendem dar tramitação normal ao projeto, passando por todas as comissões, para que a matéria possa ser votada com profundidade. Uma das preocupações dos vereadores é com a possibilidade de os cargos comissionados terem mandatos mais longos do que prefeito e vereadores. Também na semana passada, Charles Rossi declarou, no entanto, que, ao contrário do que os vereadores demonstraram, o governo não deverá ter dificuldade em aprovar o projeto na Câmara.

A secretária Municipal de Educação, Cláudia Quintanilha, se reuniu ontem por quase duas horas, a portas fechadas, com os vereadores para dar esclarecimentos sobre a falta de professores e o fechamento de escolas do município. Segundo vereadores que participaram da reunião, ela garantiu que, desde a última sexta-feira (18), o problema já vem sendo sanado, com a contratação de professores e com a extensão temporária de jornada (ETJ) dos professores que já faziam parte da rede. Na saída da reunião, Cláudia Quintanilha não quis falar com a imprensa, que a aguardava na Câmara. Fugindo dos microfones e andando com pressa em direção ao estacionamento do Legislativo, ela somente afirmou que a falta de professores “já está suprida” e que a conversa com os vereadores foi positiva. Quintanilha prometeu que explicará na próxima sexta-feira (25) à imprensa as medidas que vem sendo realizadas pela pasta. - O que ela garantiu é que toda a demanda apresentada até então foi sanada. Então nós vamos verificar através da Comissão de Educação da Câmara – disse o presidente da Câmara, vereador Paulo Igor (PMDB). Reclamação em Secretário Em relação ao último concurso público realizado pela prefeitura, Quintanilha afirmou aos vereadores que solicitou à Secretaria de Administração a convocação dos aprovados. Nos próximos dias, ela se reunirá com diretores das escolas para

A secretária de Educação, Cláudia Quintanilha, observada pelo presidente Paulo Igor na reunião

apresentar uma planilha com um plano de reposição das aulas das turmas que ficaram sem professores. Do lado de fora da reunião, membros do Sindicato Estadual dos Profissionais da Educação (Sepe) e mães de alunos protestaram, com cartazes pedindo a saída de Quintanilha do cargo e eleições diretas para a direção de escolas. - Já estamos no mês de maio, o primeiro semestre está se esvaindo. Queremos uma solução para agora – disse Rose Silveira, diretora do Sepe. – A solução é a chamada dos concursados e, em alguns casos, reverter o fechamento das escolas. As escolas precisam de reforma e atenção, e não serem fe-

chadas. A maioria das mães presentes na Câmara era de Secretário. Lá, três escolas foram fechadas: Benjamin Simas, José Neves e Major Teófilo de Carvalho. Alunos e servidores foram transferidos para a Escola Barros Franco. A Secretaria de Educação argumenta que o fechamento das escolas é para “otimizar” a rede, já que turmas estavam com poucos alunos. A empregada doméstica Ana Maria da Costa era uma das mães que reclamavam na Câmara do fechamento de escolas. O filho dela, de oito anos, cursava o 3º ano do ensino fundamental na Escola Major Teófilo de Carvalho, em uma turma de 14 alunos.

Ele foi transferido para a Escola Barros Franco, para uma turma com cerca de 40 estudantes. Ana Maria, no entanto, admite que não está faltando transporte escolar para o filho. - Mal atendido, ele não está sendo, mas a escola não tem estrutura para receber quatro escolas – disse Ana Maria. – A escola está sobrecarregada. Tem sala com 30, 40 alunos. O vereador Samir Yarak (PSC) afirmou que a otimização da rede deveria ser feita no fim do ano, e não no meio. Ele também criticou o fato de as mudanças terem sido postas em prática sem que a secretária consultasse pais, alunos e professores.

Paredão construído em 1988 no São Sebastião sofre com o tempo Em 1988, nas enchentes, o bairro São Sebastião foi um dos mais duramente atingidos pelas chuvas. Uma das soluções para a segurança dos moradores foi a construção de um muro de contenção. Desde então, a manutenção não é feita. Vegetação, rachaduras e sujeira estão comprometendo o muro de seis metros de altura na Rua Vital Brasil que protege quem passa pelo local. Um abaixo assinado, com 300 nomes, feito pelos moradores, foi endossado pelo vereador Baninho (PSD) e entregue à prefeitura com pedido de urgência para o serviço. O documento foi enviado há dois meses e não houve resposta. - A obra, pós-enchente de 88, foi estrutural para o bairro. Esse apelo público que fazemos vai garantir a segurança dos moradores. A encosta não recebe o cuidado necessário e a vegetação está pressionando a estrutura – apontou Baninho. O pedreiro Paulo César Eccard, 62 anos, é dos organizadores do abaixo-assinado encaminhado por Baninho à Comdep. Ele conta que há cerca de um ano um engenheiro da prefeitura esteve no local: - Ele veio aqui, olhou, foi embora e nada foi feito. Temos medo dos riscos, afinal, o cimento está estourando. Além disso, fica um

aspecto feio, descuidado e que atrai bichos – reclamou o morador. Baninho, residente do São Sebastião, acredita em uma obra de baixo custo. - É preciso que um especialista avalie o estado da encosta para apontar o que deve ser feito para que a obra nos dê segurança por mais 20, 30 anos – ressaltou o vereador. O pedreiro Paulo Roberto Medeiros, 41 anos, é um dos que caminha diariamente pela rua em frente ao paredão de cimento com o filho pequeno. - É uma vergonha. Lá para cima deve estar tudo rachado, acredito que seja preciso refazer algumas partes. Esperamos providências urgentes – pontuou. Estrutura de quadra de esportes ameaça cair Outra solicitação do vereador feita através de ofício encaminhado ao órgão há seis meses diz respeito à quadra esportiva localizada na Rua Capitão Paladini, do bairro São Sebastião, cuja estrutura de ferro ameaça cair. - A quadra, que é usada diariamente, até mesmo por crianças, está com a estrutura de ferro inclinada, podendo desabar a qualquer momento. É muito preocupante. São situações que requerem

Baninho (E) observa o paredão: cobranças por manutenção

manutenção. A conservação de obras e equipamentos é uma economia para os cofres públicos. Deve ser encarada dessa maneira – alertou o vereador. A quadra é um dos poucos locais de lazer do bairro, por isso, mesmo diante do perigo, os moradores não deixam de usá-la. O eletricista Bruno Macedo, 34 anos, conta que muitas crianças frequentam a área. - Eu mesmo jogava futebol aqui depois do trabalho,

mas agora não tem mais como vir à noite, já que a energia teve que ser cortada porque, se isso cai estando energizado, a tragédia seria ainda maior – disse o eletricista, ressaltando que o serviço não é complexo, já que os tubos podem ser aproveitados, bastando serem desentortados. – Fora isso é só trocar alguns pedaços de tela e então a luz pode ser religada, já que eu mesmo vedei alguns cabos para evitar que alguém levasse um choque.


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