Diário da Cuesta
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Francis Albert Sinatra, mais conhecido pelo seu nome artístico, Frank Sinatra, foi um cantor, ator e produtor estadunidense, sendo considerado um dos maiores artistas de todos os tempos. Conhecido mundialmente como The Voice (A Voz), embora o apelido que mais ouviu na vida foi Blue Eyes (Olhos Azuis)... Foi um dos músicos recordistas de vendas com mais de 150 milhões de cópias mundialmente. Nasceu em 12 de dezembro de 1915, falecendo em 14 de maio de 1998. Página 3


A cidade conquistou a 9ª posição nacional entre municípios de médio porte no ranking ‘As Melhores Cidades do Brasil 2025‘, da Veja Negócios.
Botucatu conquistou a 9ª colocação nacional entre as cidades de médio porte no ranking “As Melhores Cidades do Brasil 2025”, divulgado pela revista Veja em parceria com a Austin Rating, uma das principais agências de classificação de risco do país.
O município obteve índice de 241.4938, desempenho que o posiciona entre os destaques brasileiros em desenvolvimento econômico, capacidade de gestão e inclusão social e digital.
Avaliação nacional com 253 indicadores
O ranking avaliou os 5.570 municípios brasileiros por meio do Índice de Inclusão Social e Digital (IISD), metodologia exclusiva desenvolvida pela Austin Rating. O estudo utiliza 253 indicadores, organizados em quatro grandes pilares:
Fiscal – Gestão eficiente dos recursos, arrecadação e capacidade de pagamento.
Econômico – Renda, emprego, dinamismo empresarial e comércio exterior.
Social – Saúde, educação, habitação, infraestrutura urbana, juventude e responsabilidade social.
Digital – Acesso à internet, conectividade e mobilidade digital.
Embora tenha divulgado as colocações, a reportagem não deu detalhes de cada município. Os dados são extraídos de fontes oficiais como IBGE, STN, INEP, Ministério do Desenvolvimento, entre outras bases primárias de informação.
Esse resultado não aparece por acaso. Ele reflete trabalho sério, planejamento, investimentos estratégicos e, principalmente, a força de cada botucatuense que acredita na nossa cidade e faz ela acontecer todos os dias, disse o Prefeito Fábio Leite em trecho de postagem pelas redes sociais. (Acontece Botucatu)

Francis Albert Sinatra nasceu na fria manhã de 12 de dezembro de 1915
FERNANDO NAVARRO
Custa muito imaginar um mundo sem as canções de Frank Sinatra. É como imaginar Nova York de noite sem luzes. Há algo poderosamente belo e mágico em seu melhor cantor, com essa melancolia arrebatadora em sua voz terna e apaixonada, dando sentido e brilho a nossos sentimentos mais fortes.

Conhecido mundialmente como The Voice (A Voz), embora o apelido que mais ouviu na vida foi Blue Eyes (Olhos Azuis), Francis Albert Sinatra nasceu na fria manhã de 12 de dezembro há justamente um século em um humilde apartamento de Hoboken, em Nova Jersey. Foi difícil sair o homem que chegaria ao topo com sua voz aveludada: o médico o tirou com fórceps e, segundo sua avó, teve de colocá-lo com o rosto e o corpo machucados em uma bacia com água gelada para ativar sua circulação. Filho único de um casal de imigrantes italianos, o fanfarrão Sinatra sempre falou de uma infância de penúria, mas esse relato era dramatizado para se apresentar como um lutador. Fazia sentido: os vocalistas eram secundários em relação aos instrumentistas no jazz dos anos 30. Por isso, teve que de se valorizar muito desde que deixou o colégio aos 16 anos e decidiu dedicar-se à música, apesar da desaprovação do pai, que o expulsou de casa e lhe disse que acabaria sendo “um vagabundo”.
Acabou em Nova York, onde cantou em clubes até ser o vocalista da fantástica big band de Tommy Dorsey. Sob sua batuta, desenvolveu um fraseado único, inspirado nas nuances de Billie Holiday e Louis Armstrong e conseguido através de muito exercício físico, mas, tomando como modelo seu adorado Bing Crosby, deixou a orquestra e partiu para voo livre. Podia ter se saído mal, mas se tornou uma celebridade. O jovem e charmoso Sinatra era o garoto do bairro que tinha uma legião de admiradoras. Hoje poucos se lembram: Blue Eyes inaugurou o fenômeno das fãs no início dos anos 40, antes de Elvis Presley e dos Beatles. Apelidadas de bobby soxers por seu estilo colegial de saias longas e meias soquete brancas, suas seguidoras adolescentes chegaram a criar a Sighing Society of Sinatra Swooners (associação de suspiradoras desmaiadas de Sinatra). Nascia o mito do Swoonatra (jogo de palavras entre swoon, que significa desmaiar, e Sinatra) nos shows. Também dos assentos mijados porque muitas fanáticas preferiam molhar-se e continuar vendo o cantor do que ir ao banheiro. O novo ídolo era espevitado. Soube fazer da rádio o passaporte para a fama. Em tempo de Segunda Guerra Mundial, não eram muitos os que poderiam permitir-se ir ao cinema. As ondas do rádio se tornaram o meio mais eficaz para chegar ao coração de todo o país. Entre 1942 e 1955, Sinatra chegou a ser a estrela de nove programas e a voz mais popular com suas canções, mas também com sua desenvoltura acompanhando grandes humoristas como Bob Hope ou o duo de George Burns e Gracie Allen. Tudo correu bem para ele no mundo do espetáculo nesse período em que se transformou na trilha sonora dos norte-americanos, com seus discos na Columbia e na Capitol, e um dos rostos mais amados do cinema, chegando a ganhar o Oscar por A um Passo da Eternidade
Era a imagem viva da América triunfante, mas também da arrogante e hedonista. Suas explosões de temperamento e raiva eram contadas às deze-

nas, como os casos amorosos. Casado com Nancy Barbatto, mãe de seus três filhos, a popularidade o tornou um mulherengo. Protótipo do homem conquistador apegado à fama e uma garrafa, exemplificado ao máximo no grupo Rat Pack, formado com seus colegas Dean Martin, Jerry Lewis, Sammy Davis Jr, Humphrey Bogart, duas frases que se tornaram célebres em sua boca e definiram o estilo do homem que se apossou de My Way: “Só se vive uma vez, e da maneira que vivo, uma basta”, e “o álcool pode ser o pior inimigo do homem, mas a Bíblia diz que se deve amar o inimigo”. Sinatra, que se casou com Mia Farrow e Barbara Marx –viúva de Zeppo Marx–, e sabe-se de romances dele com Judy Garland, Kim Novak e Lauren Bacall, amou seu inimigo, mas não tanto como à vulcânica Ava Gardner, que o deixou louco, transformando o frívolo libertino em uma pessoa ciumenta.

Ator famoso, dançando com Gene Kelly em filme de sucesso. O músico adorava o poder, fosse legítimo ou ilegítimo. Por isso teve sua própria companhia discográfica, a Reprise, e numerosas amizades na política e na máfia, dois mundos com os quais nem sempre pôde lidar como quis. Reconhecido como um democrata progressista, que se manifestou contra o racismo, teve uma estreita relação com John F. Kennedy, que costumava hospedar-se em sua mansão de Palm Springs, na Califórnia, até que o presidente cortou os vínculos com ele por sua ligação com o capo de Chicago, Sam Giancana. O cantor nunca o perdoou e, abalado por seu assassinato e à deriva social, deu seu apoio aos republicanos Richard Nixon e Ronald Reagan.
Um passo que demonstrou também sua defasagem com a cultura popular. Desde finais dos 60, tentou manter-se à tona em um país mudado por completo social e musicalmente. E não era o porta-bandeiras da modernidade. Desde que fez seu famoso show de despedida em 1971 –nunca foi o último porque regressou dois anos depois–, passou quase três décadas sendo A Voz, uma glória viva de outro tempo. Mas já naquela época parecia que ele era o único destinado a cantar o hino da cidade que nunca dorme. New York, New York soou pletórica em sua garganta. E continua sendo, mesmo que se escute um milhão de vezes e faça parte de cada novo disco que se edite todos os anos de Sinatra nos natais. Porque, um século depois de seu nascimento, todos sabemos: o mundo não brilharia do mesmo jeito sem suas canções.

Gesiel Júnior
Considerada um testemunho do brilhantismo artístico e arquitetônico do século dezessete, a Basílica Menor de Santo André della Vale fica na Piazza Vidoni, em Roma, com acesso direto ao Corso Vitorio Emanuele II, larga avenida que cruza a Cidade Eterna no sentido leste-oeste.
Igreja planejada pela duquesa de Amalfi, ela deixou de herança aos Clérigos Regulares, ordem fundada por São Caetano de Thiene em 1524, seu palácio e a igreja adjacente de São Sebastião. Como o padroeiro de Amalfi era o apóstolo Santo André, então a futura basílica foi a ele consagrada.
A construção de Sant’Andrea della Valle começou em 1591 sob a direção de Giacomo della Porta (1532-1602), um proeminente arquiteto do final do
Renascimento. Seu projeto é uma obra-prima da estética barroca, que teve colaboração de alguns dos mais célebres artistas da época.
A fachada do templo, com as suas duas torres sineiras a ladear um pórtico central, é um exemplo notável do estilo dramático e dinâmico que caracterizou a arquitetura barroca. O jogo de luz e sombra, criado pelo jogo de curvas e contracurvas, dá uma sensação de movimento e dinamismo à fachada, atraindo o olhar para o céu.
O interior da igreja é igualmente impressionante. A nave espaçosa, adornada com afrescos intrincados, decorações ornamentadas em mármore e uma cúpula magnífica, projetada por Carlo Maderno (1556-1629), é um marco da engenharia da era barroca. A sua obra mais famosa é o monumental retábulo que representa o “Martírio de Santo André”, pintado por Domenico Zampieri (1581-1641).

Além da grandeza e beleza, que a distinguem de outras igrejas romanas, a igreja teatina acolhe desde 1623 os restos mortais de dois papas: Pio II e Pio III, as relíquias de dois santos mártires: Antônio e Fortunato, e os restos sagrados do cardeal teatino São José Maria Tomasi (16491713).
Agraciada pelo Papa São Paulo VI (1897-1978) com o título de Basílica Menor em 20 de dezembro de 1965, Sant’Andrea della Valle abriga a atual Casa Geral da Ordem dos Clérigos Regulares, os queridos Padres Teatinos, onde Regina Célia e eu, convidados, tivemos a graça de lá nos hospedarmos nas visitas que fizemos a Roma nos anos de 2006, 2007, 2008, 2012, 2014 e 2016.
Cronista e pesquisador, membro da Academia Botucatuense de Letras, é autor de 57 livros sobre a história regional.