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Diário da Cuesta

NA DEFESA DO MEIO AMBIENTE E DA CIDADANIA EM BOTUCATU

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“Os 200 Anos da Primeira Constituição Brasileira: Legado e Estabilidade”

A "Noite da Agonia", em 11 de junho de 1823, marcou a dissolução da Assembleia Constituinte, que tentava elaborar uma Constituição mais liberal, e deu início à elaboração da Constituição de 1824, outorgada pelo imperador.

Em 2024, celebramos o bicentenário da outorga da Primeira Constituição Brasileira, assinada por Dom Pedro I em 25 de março de 1824. Este marco histórico não só representou um passo fundamental na construção da nação, mas também lançou as bases para a estabilidade jurídica e institucional do Brasil ao longo de 65 anos, até a Proclamação da República em 1889.

CONHEÇA BOTUCATU!

O lançamento do livro “Memórias de Botucatu 4”, apresenta o Histórico Institucional da cidade de Botucatu e importantes reportagens jornalísticas sobre Botucatu, sua história e sua gente. O livro pioneiro, o primeiro “Memórias de Botucatu” é de 1990 - há 35 anos! Agora, o “Memórias 4”. Sucesso! E o Diário da Cuesta destaca esse livro do Armando Moraes Delmanto como o início da campanha: CONHEÇA BOTUCATU!

Memórias de Botucatu4

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CONHEÇA BOTUCATU: a coleção dos Livros “Memórias de Botucatu” são de 1990, 1993, 1995, 2000 e 2025. E viva o povo botucatuense! Que é tão rico em seu passado, e soube assim fazer o seu presente incomparável!

Memórias de Botucatu4

Apresentação

Do jornal impresso ao nascimento de um novo jornalismo

A imprensa brasileira passou por uma transformação profunda nas últimas décadas. Entre 1995 e 2005, a Folha de S. Paulo — que já foi a maior em circulação no país — viu sua tiragem encolher 49%. Esse dado é emblemático. Ele marca o início de um novo tempo: o da consolidação da internet como principal plataforma de acesso à informação.

Não foi um processo abrupto, mas foi decisivo. As bancas de jornal perderam espaço, e os hábitos de leitura mudaram. O jornal impresso, com suas páginas amplas e leitura pausada, passou a enfrentar o desafio de se adaptar ao ritmo frenético do mundo digital. Alguns jornais tentaram resistir à mudança. Outros desapareceram. Mas alguns souberam entender a nova linguagem que se formava.

Foi nesse contexto que nasceu o Diário da Cuesta, em 2020 — não contra a internet, mas dentro dela. Desde o início, nosso projeto teve como meta viabilizar um jornalismo comprometido com a qualidade e a agilidade, adequado ao formato digital. Compreendemos que a leitura online exige objetividade, concisão e leveza. Por isso, optamos por um modelo de jornal “pocket”, um diário compacto, de fácil leitura e que circula diretamente nas redes sociais.

Essa escolha não foi uma simples adaptação técnica: foi uma mudança de paradigma. Postar, sim — esse é o verbo certo. Um jornal online precisa falar a linguagem da internet, sem abrir mão da apuração séria, da ética jornalística e do compromisso com a comunidade.

Cinco anos depois, podemos dizer com orgulho: deu certo. O Diário da Cuesta encontrou seu público, firmou-se como fonte confiável de informação e provou que é possível fazer jornalismo de qualidade na era digital.

O futuro dos jornais não está no papel. Está na capacidade de se reinventar — e de permanecer essencial.

Hoje, na apresentação do MEMÓRIAS DE BOTUCATU 4, vimos apresentar o Histórico Institucional da cidade de Botucatu e importantes reportagens jornalísticas sobre Botucatu, sua história e sua gente. E tudo na linguagem do webjornalismo. Chegando online, de forma “pocket”, a seus leitores internautas. É uma vitória! AVANTE!

Armando Moraes Delmanto

“Os 200 Anos da Primeira Constituição Brasileira: Legado e Estabilidade”

Em 2024, celebramos o bicentenário da outorga da Primeira Constituição Brasileira, assinada por Dom Pedro I em 25 de março de 1824. Este marco histórico não só representou um passo fundamental na construção da nação, mas também lançou as bases para a estabilidade jurídica e institucional do Brasil ao longo de 65 anos, até a Proclamação da República em 1889.

A Constituição de 1824 foi uma resposta às complexas demandas políticas e sociais que emergiram após a Independência do Brasil em 1822. Inspirada por influências liberais, a Carta Magna de Dom Pedro I estabeleceu um modelo monárquico constitucional, onde o Imperador detinha significativos poderes, mas também existia uma estrutura de freios e contrapesos, que incluía o Poder Legislativo, o Poder Executivo, o Poder Judiciário e o Poder Moderador, este último um conceito inovador destinado a arbitrar conflitos entre os poderes.

Este documento pioneiro foi essencial para a consolidação do Estado brasileiro. Através dele, foram instituídas garantias fundamentais, como a liberdade de religião, a inviolabilidade do domicílio e o direito à propriedade. Além disso, a Constituição de 1824 garantiu a centralização administrativa necessária para a manutenção da unidade territorial, em um país de dimensões continentais e de grande diversidade regional.

Durante seus 65 anos de vigência, a Constituição de 1824 desempenhou um papel crucial na promoção da estabilidade institu-

DEFESA

cional. Apesar dos desafios e das crises políticas, como as rebeliões regionais e as tensões entre liberais e conservadores, a Carta Magna proporcionou uma estrutura jurídica que permitiu a resolução de conflitos e a continuidade do governo. O período conhecido como o Segundo Reinado, sob o Imperador Dom Pedro II, é frequentemente citado como um tempo de relativa paz e progresso, facilitado em grande parte pela estabilidade proporcionada pela Constituição No entanto, o fim da Monarquia em 1889 e a subsequente Proclamação da República trouxeram uma nova era para o Brasil. A Constituição de 1824 foi substituída pela Constituição Republicana de 1891, que refletia os novos ideais republicanos e federativos. Apesar das mudanças, o legado da primeira Constituição brasileira permanece inegável, sendo um testemunho do esforço para construir uma nação independente e soberana.

Comemoramos, portanto, os 200 anos da Constituição de 1824 não apenas como um marco histórico, mas também como um símbolo de um período crucial em que se firmaram os alicerces da nossa identidade nacional Ela nos lembra da importância da estabilidade jurídica e institucional para o desenvolvimento de uma sociedade justa e próspera. Em um tempo de rápidas mudanças e desafios constantes, olhar para trás e reconhecer as lições do passado pode nos ajudar a construir um futuro mais sólido e equitativo para todos os brasileiros.

DIRETOR: Armando Moraes Delmanto

EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes

A DIREÇÃO

O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação se reserva o direito, por motivos de espaço e clareza, de resumir cartas, artigos e ensaios.

“Passeio na Rua Amando”

Vi uma foto preto e branco daquelas antigas da nossa Rua Amando de Barros, e viajei no tempo.

Trabalhei 21 anos no Banco Itaú e grande parte desses anos foi ali, aonde ainda funciona a agência, em pleno coração da cidade.

Caminhei por aquela rua diariamente por anos a fio.

Além do trabalho durante a semana, quando chegava o sábado ainda gostava de andar por suas calçadas, visitar as lojas, comer uma coxinha lá na Formiguinha.

Aliás paradinha obrigatória.

Ainda sinto o cheiro e a textura daquela coxinha.

Crocante por fora e bem recheada.

Nos sábados especialmente a Rua Amando ficava intransitável, principalmente no começo do mês, quando o pessoal recebia o pagamento do salário e ia pagar contas, ou fazer novas compras.

Era inevitável encontrar colegas, parentes, conhecidos e principalmente amigos.

Como trabalhava em Banco conhecia muita gente, e passava pela rua cumprimentando aqui e ali, acenando para um e outro conhecido

Não tínhamos Shopping ainda.

Tinha uma conhecida que trabalhava na Associação Comercial e perguntei a ela porque não tínhamos um Shopping ainda, pois

seria ótimo para o crescimento da cidade.

Até Lençóis Paulista e Jau já tinham um A resposta que recebia era sempre a mesma: “O comércio de Botucatu não comporta um Shopping !” Na verdade existia algo por trás disso.

A Rua Amando era o nosso principal centro comercial, seguida pela Rua Major Matheus, na Vila dos Lavradores

A Avenida Dom Lúcio foi aos poucos se tornando uma ótima opção de compras, com cafés, lanchonetes, restaurantes.

A cidade cresceu e se desenvolveu e a Avenida Vital Brasil despontou com a loja do Pão de Açúcar e o Mac’Donalds.

Nos sábados a tarde era muito agradável passear por lá e acabar tomando aquele “Mac’lanche feliz” com a criançada.

Não podia faltar aqueles brinquedinhos que vinham de brinde. A cidade cresceu a tal ponto que o “escombro” de um prédio que ficou por ali numa das esquinas centrais da Amando, ficou por décadas inacabado, virou uma super loja o: “Torra Torra”, que após uma grande reforma, e dá empregos a muitos dos nossos jovens. Lembro que antes disso até evitava passar perto, com medo que desmoronasse.

Hoje temos tantas lojas de chineses que logo teremos que aprender a falar o mandarim.

Dia desses entrei numa dessas grandes lojas lotadas de produtos chineses e depois de escolhidas as minhas compras me dirigi ao caixa, situada bem no fundo daquela loja.

Como tinha algumas pessoas na fila, vi um senhor chinês que estava em frente de uma das caixas registradoras e falei com ele. -”O senhor também é caixa?”

Ele me olhou assustado sem responder, olhando para as outras caixas atendentes e saiu rapidamente de lá.

Percebi que não compreendia e nem falava uma palavra do nosso idioma. A despeito da opinião daquela funcionária da Associação Comercial , Botucatu se desenvolveu e muito, a ponto de termos 2 Shopping, inúmeras super lojas de Supermercados, lojas imensas de utilidades domésticas.

A Havan majestosa na entrada da cidade com sua estátua da Liberdade, quase defronte a linda e enorme loja do Confiança onde circulam muitas pessoas todos os dias.

Um desenvolvimento fantástico de Botucatu , provando que a concorrência é muito salutar, e não o contrário como temiam os nossos velhos e temerosos lojistas. Guardo ótimas lembranças das minhas andanças pela Rua Amando, como tropeçar de vez em quando com caminhantes curiosos: ciganas a caráter oferecendo a leitura da “buena dicha”, um curioso homem carregando uma grande e assustadora cobra, alguns pastores evangélicos gritando a plenos pulmões bem ali no jardim do Bosque, sobre a salvação das almas dos fiéis, vendedores de rifas e do Mais Saúde . As feirinhas de artesanato montadas ali em ocasiões especiais para o comércio como Natal, Páscoa, Dia das Mães. Fizemos muito “footing” na Rua Amando com as amigas, nas noites após a sessão de cinema do Cassino. Lógico que respeitávamos o horário de retorno para casa pré estabelecido pelos nossos pais cuidadosos. Foi e continua sendo a rua dos desfiles de 7 de setembro, escolas de samba e blocos carnavalesco, passeatas. Belos e saudosos tempos.

Ela continua lá, a querida Rua Amando, revitalizada, bonita com floreiras coloridas a cada esquina, firme, forte e muito frequentada pelo povo botucatuense.

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