Diário da Cuesta

O botucatuense Edil Gomes fará palestra e lançará o livro “A Terra do Ouro”, na Assembleia Legislativa de Goiás e no 16º Encontro Nacional de Numismática que acontece em Goiânia. Página 2

O botucatuense Edil Gomes fará palestra e lançará o livro “A Terra do Ouro”, na Assembleia Legislativa de Goiás e no 16º Encontro Nacional de Numismática que acontece em Goiânia. Página 2
Hoje, dia 22 de maio de 2025, as 19h30, na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (ALEGO), e depois durante o 16º Encontro Goiano de Numismática, que ocorrerá nos dias 23 e 24 de maio de 2025, no San Marino Suite Hotel, será lançado o livro “A Terra do Ouro” do autor botucatuense Edil Gomes em parceria com Eliezer Fernandes. O livro conta a história da trajetória dos 55 anos da Sociedade Goiana de Numismática, fundada em 21 de abril de 1969 e declarada de utilidade pública.
No dia 22 de maio de 2025, quinta-feira, as 19h30, na Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (ALEGO), e depois durante o 16º Encontro Goiano de Numismática, que ocorrerá nos dias 23 e 24 de maio de 2025, no San Marino Suite Hotel, será lançado o livro “A Terra do Ouro” do autor botucatuense Edil Gomes em parceria com Eliezer Fernandes. O livro conta a história da trajetória dos 55 anos da Sociedade Goiana de Numismática, fundada em 21 de abril de 1969 e declarada de utilidade pública. Através do registro das atas da SGN, foi possível percorrer cronologicamente os eventos, conquistas e desafios da entidade, conhecer os sócios fundadores, muitos com histórico de atuação em Goiânia e que se tornaram referência nacional.
Traz também informações da primeira casa de fundição e cunhagem de Goiás, onde as barras de ouro foram fundidas e marcadas, além das moedas de cobre imperiais cunhadas para circular na província, com a letra monetária “G”, muito procuradas pelos colecionadores. Descreve o projeto da Sociedade Numismática Brasileira, “Resgatando as Casas Cunhadores,” etapa Goiás; uma medalha cunhada pela entidade em 2010; lançamento de cartões telefônico, carimbos e bilhete de loteria comemorativos; registro fotográfico de diversos eventos; a história de um goiano que chegou à presidência da SNB e uma variante rara de 960 que por duas vezes surgiu em coleções de Goiás. Conta a história sobre a filatelia goiana que andava de braços dados com a numismática em diversos períodos.
Para complementar essa história, os autores selecionaram 30 pessoas ligadas diretamente à entidade, seja por suas coleções, pela atuação na diretoria ou por ter sua história entrelaçada com Goiânia e a entidade, personagens vivos que além de mostrarem seus pontos de vista sobre a numismática, relatam momentos de como começaram e o que colecionam.
Na ausência de alguns, procuramos seus familiares, que nos passaram relatos importantes, que agora ficarão registrados.
“Foi uma maratona e corrida contra o tempo para realizar todas as entrevistas num curto espaço de tempo. No início seria um livro com a história através das atas, mas percebemos que muitos personagens dessa história poderiam nos relatar com detalhes, afinal estavam presentes em muitos dos acontecimentos envolvendo a SGN e eram suas memórias reais. Fizemos questão que tudo fosse gravado para que posteriormente pudesse ser disponibilizado”, relata o autor Edil Gomes.
Através dessas histórias, os autores também resgataram a lembrança de como cada um iniciou sua coleção, tornando-se assim um livro de agradável leitura, onde se pode comparar com fatos semelhantes. Cada entrevistado tem um tipo de coleção ou forma de armazenamento, sendo uma troca de experiência. Assim, os autores sintetizaram a história da Sociedade Goiana de Numismática entrelaçada com várias informações que podem ajudar na coleção individual de cada um.
Goiânia sempre foi o local onde despontaram grandes colecionadores e coleções, tendo vários que se destacaram no cenário nacional, como Dr. Wilson Honorato Rodrigues, que foi presidente da Sociedade Numismática Brasileira. Seria difícil citar tudo o que o leitor vai encontrar nas 352 páginas desse livro, em edição de luxo, totalmente colorido, em papel couchê brilho e capa dura e tiragem limitada.
No fim, não é a história de uma Sociedade Numismática, mas sim a história de pessoas que dedicaram suas vidas à numismática, a terra do ouro com pessoas que valem ouro.
Para mais informações e reservas, pode ser feito diretamente pelo WhatsApp dos autores Edil Gomes (14) 99609-2337 e Eliezer Fernandes (62) 99113-9899.
Posfácio - Janelas abertas
Vez por outra escutamos alguém dizer que, passados os 50 anos, a pessoa deve procurar uma atividade nova para praticar e, assim, manter jovem a mente. E emenda que ela bem poderia ser, por exemplo, aprender uma língua estrangeira, tocar um instrumento ou coisa que o valha.
Como esse é o caso numerológico deste escriba, chegada a hora, graças ao livro, vejo que poderia me valer da Numismática, que é, em si mesma, um mundo à parte, no qual, ao penetrar, vamos descobrindo territórios e nuances até então nunca imaginados. A história se expande e o mundo fica maior. É a essa conclusão que chego ao tomar conhecimento do cuidadoso trabalho desta dupla de autores, Eliezer Fernandes e Edil Gomes.
Para os notoriamente leigos, como eu, a primeira coisa que este livro faz é abrir a percepção de como é fascinante esse novo mundo, com sua diversidade de informações, possíveis de ser extraídas a partir de uma única moeda, por exemplo, pois, nesse novo mundo, que é para mim a Numismática, ainda há as cédulas, os brasões, as comendas e as medalhas em geral.
Já para os iniciados, colecionadores e pesquisadores de longa data, este livro haverá de lhes trazer informações importantes, que podem complementar o contexto de suas pesquisas e, em especial, tecer de forma pioneira as primeiras linhas da Numismática no panorama não apenas do Estado de Goiás, seu principal mote, mas de todo o Centro-Oeste, a Terra do Ouro.
Nesse sentido, é um livro que devemos saudar também pelo seu caráter pioneiro. E, para a felicidade do leitor, ele se apresenta de forma completa no que ele se propõe e, ao mesmo tempo, de forma extremamente satisfatória, oferecendo uma leitura prazerosa, como se fosse um diário representativo dos numismatas em Goiás, tendo como epicentro a Sociedade Goiana de Numismática (SGN), criada nos estertores da década de 1960.
Ademais, é um livro que chama a atenção por ser fartamente ilustrado. Dados não lhe faltam, as informações são trazidas em detalhe, comprovando que seus autores não mediram esforços para contextualizar o assunto, tendo um deles, Eliezer Fernandes, se desdobrado repetidamente em entrevistador, para dar conta do planejamento de abordar e registrar a história da forma mais ampla possível.
São por entregas e atitudes assim - não importando a carência inicial de informação histórica ou por menor que seja a peça ou o fato em questão - que podemos medir a paixão que a atividade desperta em quem a pratica. Vista dessa maneira, testemunhando de perto a abordagem de quem a vive intensamente, a Numismática é uma paixão contextualizada e plenamente justificada.
Afinal, esses pequenos objetos tão louvados pelos numismatas - moedas, cédulas, brasões e medalhas em geral - nos surpreendem não só pela raridade que possam ter - e têm! -, mas também pela capacidade de condensar tantas informações, pois uma peça numismática nunca se apresenta de forma isolada, traz com ela dados relevantes de sua época, por vezes apagados ou esquecidos. É por isso que, mais do que simplesmente ilustrar, essas peças, muitas vezes, são capazes de definir novos rumos para a história.
Sem dúvida alguma, podemos constatar, a cada página, que a Numismática é uma ciência e uma atividade por meio da qual a mente mantém-se jovem, pois exige de seu portador o conhecimento de detalhes cumulativos, que vão formando narrativas complexas e, com elas, podemos perceber e interpretar contextos históricos e nos aprofundar não somente no rastreamento desses pequenos e simpáticos objetos de valor financeiro de outrora (e de hoje muito mais!). Propriamente, a Numismática nos abre as portas de novos entendimentos sociais e, com eles, uma nova maneira de ver o nosso país e as regiões políticas e geográficas que o compõem. Depois de ler este livro, que informa sobre a atividade no Estado de Goiás e preenche lacunas de uma narrativa nacional, posso afirmar, de forma aliviada, que a Numismática não é mais, para mim, apenas um nome de sonoridade extravagante e com um significado cercado de interrogações, como era antes. Agora declaro ser ela amiga de um território acolhedor, em que só temos benefícios ao nela adentrar. Até mesmo o de rejuvenescimento da mente, pode apostar!
Os autores
Px Silveira (José Peixoto da Silveira Jr.) Diretor-presidente do Instituto ArteCidadania. Produtor Cultural, biógrafo e escritor. Membro emérito do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás (IHGG) e da União Brasileira de Escritores (UBE-GO).
Edil Gomes, filatelista e numismata, designer gráfico, coordenador de diagramação da Revista Numismática Brasileira e do Boletim da SNB, desenvolve o material de divulgação da SNB e da Rio2025. Possui diversos livros publicados: “Catálogo Ilustrado de Erros em Moedas”, “Manual de Erros em Moedas”, “Série Coleções: erros e anomalias, 640 réis e 320 réis”, “Medalha Calendário”, “1825P: moeda emergencial para a Província do Grão Pará”, “1932: IV Centenário da Colonização do Brasil”, dentre outros, e artigos sobre Numismática em periódicos, além de entrevistas e palestras em eventos e sites. Em três edições do Prêmio Literário Florisvaldo dos Santos Trigueiros, organizado pela SNB, teve 21 indicações e sete premiações, sendo duas como autor do ano. Recebeu o Prêmio de Mérito Numismático pelo Clube Numismático do Estado do Rio de Janeiro e obteve menção honrosa da Academia de Letras de Botucatu. No campo profissional, é formado em Contabilidade, trabalha com editoração de revistas e artigos científicos na plataforma Scielo e edita livros de diversos autores, incluindo de Numismática, bem como jornais e revistas. É associado da SNB, da SNP, da AVBN, da SGN e do Departamento Filatélico e Numismático do CCB, sendo membro honorário da AFNB e da APEB. É diácono com formação em Teologia e músico. Casado com Celma Victor Possani, tem um filho Leonardo (17) e dois netos Lucas (11) e Valentina (4).
Eliezer Fernandes da Silva, numismata goiano, nascido em 25 de junho de 1981, em Iporá, Goiás, cresceu e viveu na cidade vizinha, Fazenda Nova, até os 17 anos, quando se mudou para Anápolis para cursar Química Industrial na Universidade Estadual de Goiás (UEG). Filho de Walter Veloso da Silva e Ilta Maria Fernandes da Silva, Eliezer é o primogênito entre os três irmãos, seguido por Loide e Thiago. É casado com Jaqueline Maria de Jesus Lemes Silva, pai de Gabriela Lemes Silva (22 anos) e Davi Fernandes Lemes (10 anos). Possui formação superior em Química Industrial e Administração, com MBA Executivo em Negócios Financeiros e Gestão de Pessoas. É funcionário concursado do Banco do Brasil há 17 anos. Atualmente, exerce o cargo de gerente geral de uma agência em Goiânia, função que ocupa há seis anos. Entusiasta da Numismática, iniciou sua coleção de moedas ao ensinar seu filho Davi sobre o valor do dinheiro e a importância da economia. Desde então, expandiu seu interesse e se tornou colecionador de cédulas e moedas, com ênfase em 960 réis, bases de patacão, moedas brasileiras, peruanas e romanas, moedas com erros, moedas de cobre, inclusive as de Goiás. É criador do canal Numismática Brasil (@numismaticabrasil1), presente no YouTube e em demais plataformas digitais, em que compartilha conhecimentos sobre moedas, cédulas e eventos. Atua na comunidade numismática, sendo diretor da SGN e sócio da SNB, pela qual foi indicado para compor a Comissão Nacional de Divulgação da V Convenção Internacional de Historiadores e Numismatas - Rio2025. Também é associado à AFNB.
DIRETOR: Armando Moraes Delmanto
EDITORAÇÃO E DIAGRAMAÇÃO: Gráfica Diagrama/ Edil Gomes
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“Você
Maria De Lourdes Camilo Souza
Nesses dias que vivemos com a morte do Papa Francisco, o conclave e a eleição do Papa Leão XIV, relembrei com saudade dessa viagem.
Constatei que já vi muitos novos Papas, olha só: João XXIII, João Paulo II ( de longe o meu preferido, que me perdoem os demais), Bento XVI, Francisco e agora vejo eleito um americano: Papa Leão XIV.
Pois é, fui a Roma e não vi o Papa!
Mas,como foi isso? A pergunta que não quer calar. Na época que estive em Roma, o querido Papa João Paulo II, como é de vasto conhecimento, viajava bastante.
Como não marcamos com ele um “prévio apuntamento”, ficamos na vontade de vê-lo.
Itália, um grande sonho de consumo.
Ao chegarmos na sua fronteira, já ouvimos Carlos, o seboso, nosso “simpático e querido” guia espanhol dizer: “os brasileiros vão se sentir em casa por a cá”.
Vínhamos da sua terra, a Espanha, e nesse ponto, infelizmente ele tinha uma certa razão.
Atraso na conferência de passaportes, banheiros sujos,”e otras cositas más”
Como brasileira senti aquele ranço mas, como estava chegando na terra dos meus ancestrais, “que venga el toro pero en forma de bifes”.
Roma, Cidade eterna, linda.
em seus uniformes engomados, tão bonitas que eram.
No meu costumeiro reconhecimento das redondezas, fui até a estação de trens, enorme e cheia de lojinhas, onde comprei um anel relógio, isso mesmo: um anel que também era relógio, e que vinha com pequenos aros plásticos de várias cores, que você podia trocar e enfeitavam o mostrador das horas.
Era um pouco largo para o meu dedo, então com medo de perde-lo o levava no indicador.
Vocês devem ter ouvido falar dos hábitos dos italianos galanteadores?
É vero.
Levei um beliscão no traseiro sim.
Ficamos aonde? Num hotel perto da Estação de trens, claro!
Vamos começar pelo prédio, que era meio antigo e em nada parecido com “a pensione da contessa”.
Mas o gerente do hotel era um italiano vero, aff..quase aos pés de Rossano Brazzi, belo e elegante em seu terno impecável, amabilíssimo.
Como disse, o prédio era antigo, mas as instalações contavam com modernidades, como nos corredores tinham as luzes se acendiam com o movimento das pessoas.
Cartão com chip para abrir a porta do quarto.
Nem preciso dizer, que a caipira de Botucatu, nunca tinha visto tal coisa, e precisei da “ajuda dos universitários “.
Ao se inserir o cartão no orifício, da forma correta, acendia-se uma luzinha verde e a porta se abria.
As arrumadeiras do hotel pareciam modelos de passarela,
Ali mesmo, perto do hotel. Mas, como estava frio eu usava roupas grossas de lã, quase não senti.
Os garçons italianos tentaram fazer piada com a nossa tentativa de falar sua língua, mas acabamos nos entendendo.
Comprei frutas de uma venda numa das esquinas: pequenas mandarinas muito maduras e deliciosas.
Fizemos os maravilhosos passeios : Coliseu, Roma antiga, aquedutos, Vaticano.
Piazza della la boca de la veritá: enfiei a mão naquele buraco, já sentindo por antecedência uma mordida.
La fontana di Trevi aonde joguei a moeda para retornar a Roma.
Muita pasta e muito vinho, e o famoso gelato, os cannolli deliciosos.
Uma tarde sai a passeio com a amiga de Barretos e sua filha.
Numa rua de comércio, entramos numa loja de malas, porque ela precisava comprar malas para por as inúmeras compras e despachá-las para o Brasil.
Ela tinha uma loja na sua cidade, e comprava muitas coisas para vender.
Nem imagino como foi a sua passagem pela alfândega.
Aproveitei e comprei uma malinha de rodinhas para colocar as inúmeras lembrancinhas para os meus.
Ao chegarmos á Piazza, ela me perguntou, aonde será que estamos e eu respondi: Piazza di Spagna. Ela me olhou surpresa e perguntou?
-”Como você sabe?”
Eu respondi, sentando-me cansada num daqueles muitos degraus para descansar: Vi no filme Candelabro Italiano.