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CAUBY PEIXOTO
Cauby Peixoto, falecido em 15 de maio de 2016, foi um cantor brasileiro considerado um dos maiores e mais versáteis intérpretes da música brasileira. Iniciou sua carreira artística no final da década de 40... e a partir dos anos 1960 virou um grande cantor da noite. Cantou em tudo quanto foi churrascaria, inferninho e boate — até na famosa Drink, que arrendou com os irmãos no Leme, entre 1964 e 1968. Foi o Rei da Noite na época que os holofotes da mídia pareciam ter se apagado para ele. Mas eis que em 1979, Elis Regina o convida para cantar “Bolero de satã” em seu disco. Daí que não por acaso, no ano seguinte, João Araújo da Som Livre decide reerguê-lo. Nasce o LP “Cauby, Cauby” e seu segundo maior emblema após “Conceição”: “Cantei, cantei, jamais cantei tão lindo assim”. E sua interpretação se renovou. Página 2

Embraer anuncia venda do Super Tucano para o Panamá
Embraer anunciou a venda de quatro aeronaves Super Tucano para o Serviço Nacional Aeronaval do Panamá

A Embraer anunciou durante a LAAD Defence & Security 2025, no Rio de Janeiro, a seleção do A-29 Super Tucano como a nova plataforma de vigilância e proteção do Serviço Nacional Aeronaval do Panamá
A aquisição de quatro aeronaves do modelo faz parte do programa de estruturação e expansão da capacidade operacional da entidade e visa fortalecer a segurança nacional do país, que se tornou o oitavo da América Latina a incorporar o modelo em sua frota. Outros países da região que já utilizam a aeronave incluem Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Paraguai, Uruguai e República Dominicana.
Diário da Cuesta
Cauby Peixoto

Foram 85 anos de vida e 67 de carreira, se levado em conta que o cantor – nascido na cidade fluminense de Niterói (RJ) – entrou em cena em 1949, aos 18 anos, como calouro de programa da carioca Rádio Tupi.
Foram também 65 anos de carreira fonográfica, iniciada em fevereiro de 1951 com o disco de 78 rotações que apresentou o samba Saia branca (Geraldo Medeiros, 1951) e a marcha Ai! Que carestia (Victor Somón e Liz Monteiro, 1951) na aveludada voz de barítono, de volume amplificado pelos arroubos do artista na interpretação do repertório abrasivo.
Antítese do cantor cool, Cauby pecou por excessos,
mas foi por essa abundância vocal e cênica que o intérprete criou escola de canto no Brasil. E é esse excesso de voz e talento que mantém Cauby como símbolo eterno das paixões da era do rádio.
Fosse no paulistano Bar Brahma, onde cumpriu longa temporada em fase crepuscular da carreira, fosse nas grandes casas de show, Cauby Peixoto pisava em qualquer chão – dentro ou fora de cena – como se estivesse no lendário palco do auditório da Rádio Nacional, onde reinou na áurea década de 1950.
Ele estourou em meio à geração dos cantores de rádio, na virada para os anos 1950, mas se lançou na década anterior fazendo shows em boates e programas de calouros como A Hora dos Comerciários, da rádio Tupi. Ganhou mais de dez concursos, cantando hits inesquecíveis como “Conceição” e “Blue Gardenia” – versão brasileira da canção do repertório de Nat King Cole que lhe valeu a entrada no elenco da Rádio Nacional. Cole, por sinal, foi homenageado em um dos últimos discos de Cauby, gravado no ano passado. “Nós temos o mesmo estilo de voz”, dizia, orgulhoso, sobre o cantor norte-americano, com quem se apresentou e de quem se assumia fã.
Cauby Peixoto confirmou em várias entrevistas que o gosto pelas perucas volumosas, maquiagem e roupas de show inclusive no dia a dia era seu mesmo. “Sou um cantor que assumiu o brilho, o paetê e o lamê. Gosto dessas coisas”, chegou a declarar. Ao longo da vida, o cantor mudou várias vezes de estilo, sem nunca perder o charme e a exuberância. Um documentário sobre sua trajetória – Começaria tudo outra vez, de Nelson Hoineff – fala de sua imagem e da dúvida sobre uma possível homossexualidade (que ele nunca assumiu, nem negou). Segundo o estilista responsável por seu estilo, Carlão Saade, “ele não se importava com o que diziam”. Cauby preferia falar de música, de projetos para seguir na ativa e das fãs. “Uma vez encontrei uma escondida debaixo da minha cama!”, contava, orgulhoso.

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“Guadalupe”
MARIA DE LOURDES CAMILO SOUZA
Imperfection is beautiful. To anyone who has ever felt broken beyond repair, this is for you. If you’ve ever been excluded, or told you were not enough, know that you are enough, and beautifully complete.”
Jonathan Van Ness - Over the Top: A Raw Journey to Self-Love, 2019.
Pablo Picasso - Dora Maar with Green Fingernails, 1936.
Uma destas manhãs estive pensando que os dias passam e o que pode fazer encantar e seguir a vida.
Os anos, a vida passa, e um belo dia a gente se pergunta o que pode nos apaixonar a ponto de sorrir sozinha, respirar fundo e seguir a caminhada.
Aí chegou o sol e passou pelo cristal da janela criando um prisma no piso de madeira escura.
Mindy viu o brilho bruxuleante e colorido no chão e se encantou tentando pegar aquela imagem fugidia.
Ficou por alguns minutos naquela brincadeira, tentando pegar com as patinhas tortinhas.
Não consegui deixar de me divertir com aquela imagem graciosa.
Mais tarde um novo passarinho de um belo e suave canto, pousou na primavera cheia de flores ali ficou fazendo sua apresentação por um tempo.
Depois do passarinho amarelo e preto de canto estridente que também aparece por vezes para roubar a ração das cachorras.
E aí nas primeiras horas do dia já encontrei motivo para sorrir.
Na verdade estamos sempre esperando que a alegria e a sensação de bem estar venha de um motivo externo, de outra pessoa, ganhar um prêmio em dinheiro, uma viagem, bens materiais.
A resposta está dentro de nós, o amor não é aquilo que sempre esperamos, e nem vem de elementos e pessoas externos.
Cria-se dentro de nós para os outros.

Levamos uma vida inteira muitas vezes magoados e infelizes, sempre cobrando um elemento externo quando a resposta está muito escondida dentro de nós.

Foi assim que uma tarde destas, um tico de gente passou por mim, ali no pequeno jardim florido.
O que me chamou atenção naquela menina foi a beleza dos cabelos escuros cacheados que chegavam abaixo dos ombros dando o fundo perfeito ao lindo rostinho.
Ela brincava de esconde esconde com a mãe, no meio da folhagem.
Os grandes olhos escuros e travessos riam para a mãe que fingia procurar por todos os lados.
A pequena soltava gritinhos ao ser apanhada e voltava a se esconder em outro canto mais longe e ficava espiando sorrateira, antevendo o espanto da mãe ao encontrá-la agachada com o rostinho enfiado no meio dos ramos mais altos.
A brincadeira trouxe para perto uma borboleta amarelinha que ia pousando de flor em flor.
Até que a menininha escondeu-se atrás das minhas pernas agarrando-se a elas e eu ali brincando de estátua e já participando da gostosa travessura.
Sorri para a mãe que queria desculpar-se pela filha, acalmando-a e acariciando a cabecinha de longos cachos macios perguntei como chamava aquela lindeza de menina.
Ela respondeu: "Guadalupe".
LEITURA DINÂMICA
1
– Cauby teve na música
“Conceição” o seu despertar para a fama. Hoje é difícil imaginar a repercussão que teve o cantor com essa música por todo o Brasil, em todas as classes sociais. A partir daí, tornou-se um ídolo incomparável na então poderosa Rádio Nacional.

3

2
– No Brasil, o rádio predominava: não havia televisão e muito menos redes sociais. Os cantores ou atuavam na poderosa Rádio Nacional, ou na Rádio Tupi ou Rádio Mayrink Veiga
Eram os referências maiores da população brasileira.
– E foi exatamente das aparições na Rádio Nacional que surgiu os primeiros contatos e a amizade e afinidade entre Cauby Peixoto e Ângela Maria, a Rainha do Rádio


4
– E Cauby soube se adaptar às influências musicais ao longo do tempo. Desde a fase romântica, passando pelo sucesso popular até as tendências mais sofisticadas da música no Brasil. Sua experiência nos Estados Unidos onde foi chamado de o ”Elvis brasileiro”, até a gravação que fez de Blue Gardenia e Tenderly, num perfeito inglês, com sua voz melodiosa e cativante. Tinha orgulho de sua relação de amizade com o famoso cantor norte-americano Nat King Cole que, segundo Cauby, tinha o mesmo timbre de voz dele. Cauby Peixoto passou nas últimas décadas a ser tietado pelos cantores modernos como Caetano, Gil e, especialmente, por Chico Buarque de Holanda que fez a música Bastidores, sucesso retumbante com Cauby.

5
– O espetáculo “CAUBY UMA PAIXÃO”, encenado pelo artista global DIOGO VILELA, nos dá uma amostragem da grande influência de CAUBY na vida artística brasileira. É um show teatralizado que percorre a carreira do cantor pontuada com músicas como Conceição. A Pérola e o Rubi, Molambo, Samba do Avião, Bastidores, Eu a Brisa entre outros sucessos gravados pelo artista. Sucesso total!
