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Diário da Cuesta

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PADRE ANDERSON E O PAPA LEÃO XIV

Padre Anderson Antonio Pedroso, Reitor da PUC/RJ e ex-aluno do La Salle Botucatu, ex-Cura da Catedral Metropolitana de Sant’Anna e ex-Reitor do Seminário

São José da Arquidiocese de Botucatu é amigo do novo PAPA LEÃO XIV. Esteve com o futuro Papa dois dias antes do Conclave. Página 4

O padre jesuíta Anderson Antonio Pedroso, paulistano de 47 anos, tomou posse como novo Reitor da PUC-RJ. Com profunda ligação com Bo- tucatu, onde estudou no Colégio La Salle, estabe- lecendo amizades e companheirismo entre seus colegas

Biblioteca Municipal oferece atividades nas férias de julho

Notícias de Botucatu e sua gente

da Cuesta

A Libertação da Escravatura

A abolição da escravatura é um capítulo crucial na história da humanidade, marcado por uma mobilização incansável da sociedade civil, jornalistas e políticos liberais em prol da liberdade dos escravos. Este artigo destaca os passos fundamentais desse movimento histórico e o papel crucial desempenhado pela Princesa Isabel e sua família real na luta pela emancipação.

1. Conscientização e Mobilização Social:

- Jornalistas, intelectuais e ativistas desempenharam um papel vital na conscientização da sociedade sobre os horrores da escravidão. A imprensa abolicionista promoveu debates e denunciou as injustiças do sistema escravagista, estimulando a indignação popular.

2. Atuação Política e Pressão Legislativa:

- Políticos liberais e progressistas levantaram a bandeira da abolição nos parlamentos, pressionando por mudanças legislativas que pusessem fim à escravidão Campanhas abolicionistas foram lançadas em todo o país, promovendo petições e manifestações pacíficas.

3. Papel da Princesa Isabel e da Família Real:

- A Princesa Isabel, juntamente com membros proeminentes da

família real, como o Imperador Dom Pedro II, desafiou as convenções sociais da época ao se posicionar como defensores da libertação dos escravos.

- A assinatura da Lei Áurea, em 1888, marcou o ápice desse compromisso, com a Princesa Isabel exercendo um papel fundamental como patrona da libertação. Sua coragem e determinação foram fundamentais para a conquista da liberdade para milhões de pessoas.

4. Legado e Continuidade:

- A abolição da escravatura no Brasil representou um marco na história da luta pela igualdade e justiça social. No entanto, os desafios persistiram após a abolição, com a necessidade de garantir a plena integração dos libertos na sociedade e o combate às formas contemporâneas de escravidão.

Conclusão:

A libertação da escravatura no Brasil foi resultado de uma mobilização multifacetada da sociedade, com o envolvimento ativo de jornalistas, políticos liberais e, crucialmente, da Princesa Isabel e sua família real. Seu legado perdura como um lembrete do poder da união e da persistência na luta pelos direitos humanos e pela justiça social.

A Direção

DIRETOR: Armando Moraes Delmanto
O Diário da Cuesta não se responsabiliza por ideias e conceitos emitidos em artigos ou matérias assinadas, que expressem apenas o pensamento dos autores, não representando necessariamente a opinião da direção do jornal. A publicação

13 de Maio: ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA!!!

Através da LEI ÁUREA, DE 13 DE MAIO DE 1888, que a liberdade dos negros foi finalmente alcançada no Brasil. Essa Lei, assinada pela PRINCESA ISABEL, abolia de vez a escravidão no Brasil!

E a PRINCESA ISABEL, como REGENTE DO IMPÉRIO BRASILEIRO, foi a heroína dessa importante decisão governamental

SOCIEDADE ORGANIZADA FAZ AS MUDANÇAS !

Se foi a Princesa Isabel quem assinou a Lei Áurea, a sociedade organizada foi a garantia dessa mudança que transformaria radicalmente o futuro do país, inclusive com a queda da MONARQUIA pouco tempo depois. Os grandes fazendeiros e senhores feudais se mobilizaram contra a Monarquia responsabilizada pelos prejuízos causados com o fim da odiosa escravidão.

Temos procurado dar a importância da SOCIEDADE ORGANIZADA nas grandes mudanças do país. É preciso que sejamos sinceros e objetivos: se a VANGUARDA da sociedade, se o NÚCLEO PENSANTE da INTELIGENTZIA BRASILEIRA se posiciona, e mobiliza a população é IMPOSSÍVEL que não se consiga a MUDANÇA DESEJADA. A alienação social é que permite a

existência de grandes injustiças políticas. Somente a SOCIEDADE ORGANIZADA consegue ser o vetor das mudanças sociais. E o seu NÚCLEO PENSANTE, a sua VANGUARDA é a sua ELITE! E que fique claro o óbvio: os “núcleos pensantes” da sociedade, a “vanguarda da intelligentzia brasileira” são os seus centros universitários, a imprensa, os jornalistas com colunas ou blogs, os sociólogos, as lojas maçônicas, os clubes de serviço (Rotary, Lions), a CNBB, a OAB, a ABI, as Academias de Letras de todo o país, os órgãos representativos dos profissionais liberais e tantas outras entidades representativas e com destaque junto às comunidades às quais representam.

O MOVIMENTO ABOLICIONISTA

BRASILEIRO

E foi assim o movimento abolicionista no Brasil. Alguns estados estavam à frente das iniciativas abolicionistas, os jornais, as faculdades, a classe média da época, num crescente conseguiram mobilizar a SOCIEDADE BRASILEIRA de tal forma e com tamanha intensidade que o país estava preparado para exigir a ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA.

Em 1888, destaca Laurentino Gomes em seu livro “1889”, “...a aristrocrática e imperial Petrópolis foi declarada livre da escravidão. Liderada pela princesa Isabel, uma comissão de moradores arrecadara os fundos necessários para comprar a liberdade de 102 dos 127 cativos existentes na cidade. Curiosamente, na cerimônia de entrega das cartas de alforria, apareceram mais cinquenta escravos fugitivos, pedindo para serem incluídos entre os beneficiados pela ação. Ali mesmo foi providenciada uma nova arrecadação de fundos para libertá-los.”

E afirmava com segurança: “O recado era claro: a tarefa de eliminar a escravidão passava das ruas para o trono do Brasil.”

O “cenário” era explícito: “No começo de

1888, a maré abolicionista atingira tal ímpeto que incluía ninguém menos que os filhos da princesa Isabel, netos de dom Pedro II. Amigo da família imperial, o engenheiro André Rebouças conta em seu diário que nessa época catorze escravos africanos foragidos de fazendas vizinhas a Petrópolis foram convidados a almoçar com os príncipes – supostamente de forma clandestina – no palácio imperial. Com o apoio da mãe, os príncipes também inauguraram um jornalzinho abolicionista chamado CORREIO IMPERIAL, dirigido pelo filho mais velho deles, dom Pedro Alcântara de Orleans e Bragança. Na edição de 21 de fevereiro, referindo-se `emancipação de escravos, iniciada em Petrópolis o jornal anunciava: Para coroar esta bela obra, falta somente que os senhores de escravos, inspirando-se em sentimentos generosos, facilitem por seu lado a emancipação, diminuindo, ao menos, o valor dos libertados desta cidade.”

RESUMINDO: a sociedade brasileira da época, de forma intensa e organizada, VIABILIZOU a ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA, contando não só com a simpatia MAS TAMBÉM com a MILITÂNCIA dos membros da Casa Imperial.

OS GRANDES ABOLICIONISTAS DO BRASIL! Impossível citar a todos sem esquecer de alguns. Mas a conscientização da sociedade brasileira – já que o Brasil foi um dos últimos países a abolir a escravidão – foi num crescendo. Lideranças surgiram em vários estados, nos jornais, nas lojas maçônicas, nos partidos políticos. Ficou famosa a participação de Ruy Barbosa, ainda estudante de Direito do Largo de São Francisco, na campanha abolicionista na LOJA AMÉRICA, em 1870, quando se destacou nos debates, fazendo com que seu ponto de vista a favor de que todos os membros daquela Loja Maçônica libertassem o ventre de suas escravas, prevalecesse.

Da mesma forma as ações cívicas de Luiz Gama, de Joaquim Nabuco e de José do Patrocínio. E por todo o Brasil, nos municípios, de norte a sul, a sociedade começava a se organizar vindo a viabilizar a libertação dos escravos!

JUSTIÇA À PRINCESA ISABEL E AOS BRASILEIROS!

Então, ao comemorarmos o Dia 13 de Maio como o Dia da Libertação dos Escravos, com a assinatura da LEI ÁUREA pela PRINCESA ISABEL, estaremos simplesmente, reconhecendo a importância de seu gesto que representou – COM CERTEZA! – a vontade da maioria do POVO BRASILEIRO! (AMD)

Reitor da PUC, que previu escolha do papa Leão XIV, revela sinal dado por Francisco antes da morte

O reitor da universidade do RJ e o novo papa estiveram juntos em abril, na Basílica de São Pedro, no Vaticano

O reitor da PUC-Rio, padre Anderson Antônio Pedroso, acertou semanas antes do conclave a escolha do cardeal Robert Prevost, 69, como sucessor de Francisco, apesar do agora papa Leão XIV não estar entre os mais cotados na ocasião. Alguns sinais foram fundamentais para que ele acertasse a previsão.

Para Pedroso, a principal indicação de que Prevost poderia ser escolhido foi a elevação do americano, em fevereiro, a cardeal-bispo da Diocese Suburbicária de Albano, um dos mais importantes prelados da Igreja Católica. Em janeiro de 2023, ele já havia sido nomeado por Francisco prefeito do Dicastério para os Bispos.

“Os cardeais-bispos são seis, dez, não são muitos. Eles são escolhidos diretamente pelo papa e governam a Igreja de maneira especial. Eles estão sempre no final da fila, mais próximos do papa, quando entram em posição. Eles têm predominância e grandes responsabilidades. O papa, embora já tivesse um certo número de cardeais-bispos, fez o Prevost cardeal-bispo de fevereiro. Eu prestei atenção nesses sinais”, disse Pedroso.

Gravação de programa

A previsão de Pedroso foi divulgada pelo advogado Ronaldo Lemos no WebSummit há duas semanas, no Rio de Janeiro, durante a pré-estreia do podcast Neural, a ser lançado pela Folha de S.Paulo.

Outros sinais

“Antes de vir gravar, estava com o reitor da PUC, o padre Anderson. Ele acabou de voltar de Roma e me deu uma fezinha fantástica. Na visão dele, vai ganhar o Prevost, que não aparece nas listas do Polymarket [casa de apostas]”, disse Lemos.

Pedroso disse também que pesou para a análise o perfil distante de polêmicas. “Quando eu o conheci pessoalmente, senti que era um homem espiritual. A maneira dele olhar, a maneira de falar, um homem despojado daquelas políticas. Uma pessoa profunda, que não tinha vaidade”, afirmou.

O reitor e o novo papa estiveram juntos na Sexta-Feira Santa, em 18 de abril, na Basílica de São Pedro, no Vaticano. Eles conversaram sobre o Congresso das Universidades Íbero-Americanas que será realizado no fim de maio, na PUC-Rio, “Fui conversar com ele porque ele é nosso apoiador. Na logo do congresso tem ali o apoio do dicastério que é da responsabilidade dele. Então eu fui falar com ele sobre isso e também porque ele tem muita preocupação com a democracia na América Latina”, afirmou o reitor.

Criada em 2016, a RUC foi inspirada pela Encíclica Laudato Si’ (Louvado Sejas), escrita pelo papa Francisco no ano anterior como um alerta ao agravamento da crise climática. A escolha da PUC-Rio como sede do encontro se deu na esteira da COP-30 a ser realizada em Belém.

Momentos Felizes

PORTAL

Cidades consideradas modernas são aquelas que exibem em sua principal via de entrada um portal, um obelisco, um monumento para chamar a atenção dos moradores e dos viajantes eventuais.

De chamativa beleza ou suspeito bom gosto, caminhantes param à sua frente observando os detalhes da obra ou dos dizeres insculpidos nas lápides alinhadas. Para a cidade tem o significado de amor. Para quem se aproxima ao seu derredor constata a homenagem aos moradores citadinos e da área rural. Vez por outra há uma singela reverência ao seu laborioso povo. O portal exibe a plenitude ampla do espaço e o verde das silenciosas árvores sob o vasto céu azul de nuvens brancas.

Possui também a imponência de um farol luminoso, indicando ao forasteiro as avenidas, ruas, becos, trilhas e pinguelas de uma cidade que quer ser jovem, de costumes cosmopolitas mas mantém, como lembranças, resquícios do chão de terra batida dos seus primeiros habitantes, placas registrando armazéns de secos e molhados, muitas casas exibindo arquiteturas

estrangeiras - varandas e sacadas, casas rés das calçadas, muitas vazias e outras danificadas pela voragem do tempo. As coisas que restam da cidade antiga sobrevivem num lugar da alma, lugar que atende pelo nome de saudade. Passando pelo portal e olhando para ele, repensava suas memórias mais queridas. Em frente ao portal, contemplando as nuvens, sabia que muitas pessoas, de todas as origens ali encontraram os caminhos sob a ogiva do céu na saudade dos corações. Buscando seus amores, os abraços, os sorrisos, as boas e as notícias não desejadas dissolvidas na poeira das presunções efêmeras.

No voo dos pensamentos, imagens confusas se colocam onde querem dando ao portal uma certidão de nascimento, uma visão de eternidade.

À procura do melhor endereço o caminhante lembra-se do farol...

Sente-se convidado a descansar em sua paz, como o ponto final, verdadeiro e eterno de sua peregrinação ao longo da existência.

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