

UA conta com mais seis vagas paranovosalunos
Nome do CursoVagas 2022Vagas 2021Nota último colocado 1.ª Fase 2021 (cont. geral)
Universidade de Aveiro AdministraçãoPública5555147.4 Biologia9898162.0 BiologiaeGeologia2424147.8 Bioquímica6060171.0
Biotecnologia5858171.0
CiênciasdoMar3030140.0 Design5151168.4 Economia4848162.0 EngenhariaCivil2020126.0 EngenhariadeMateriais2525128.8 EngenhariadoAmbiente2022118.2
EngenhariaeGestãoIndustrial7474166.6 EngenhariaFísica4040160.0 EngenhariaInformática7569167.8 EngenhariaMecânica101101155.3
EngenhariaQuímica4040149.2 Física2020150.5 Geologia2020122.6 Gestão4040168.8
LínguaseEstudosEditoriais2525147.6
LínguaseRelaçõesEmpresariais7070154.0
Línguas,LiteraturaseCulturas2929146.6 Matemática3333140.8
Meteorologia,OceanografiaeGeofísica2020118.0 Psicologia3333166.0 Química2020129.6 Tradução3535148.8
CiênciasBiomédicas7772176.8
EngenhariaBiomédica3535170.3 EducaçãoBásica4442136.8 GestãoePlaneamentoemTurismo2626141.2
EngenhariadeAutomaçãoIndustrial40------
EngenhariaEletrotécnicaedeComputadores5683113.0 EngenhariadeComputadoreseInformática9185139.0
EngenhariaAeroespacial4530186.4
EngenhariaComputacional2525137.0
MultimédiaeTecnologiasdaComunicação74------
Ainda que ligeiramente, a Universidade de Aveiro (UA) vê aumentar o número de vagas disponíveis para novos alunos no próximo ano letivo.

Em 2022//2023, a academia aveirense terá mais seis lugares disponíveis para novos estudantes, quando comparado com os números apresentados no ano passado.
Resumidamente, passará de 2.261 para 2.267 vagas em aberto.
O prazo de candidatura à primeira fase do concurso nacional de acesso ao ensino superior público decorre entre a próxima segunda-feira e o dia 8 de agosto, depois de as vagas disponíveis terem sido dadas a conhecer, ontem, pela Direção-Geral do Ensino Superior (DGES).

Em comunicado, a entidade do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior dá conta que a candidatura pode ser apresentada através do sistema “online”, no “site” da DGES na Internet (http://www. dges.gov.pt), informando, ainda, que, para acesso ao sistema, os candidatos podem utilizar a autenticação com o cartão de cidadão ou chave móvel digital.
Aumento de 2,6 por cento
Em termos nacionais e em relação ao número total, há a registar um aumento de 2,6 por cento face ao número de vagas inicialmente disponibilizadas no ano anterior.
Importa explicar que as 721 vagas destinadas aos concursos locais correspondem a
procedimentos concursais realizados diretamente nas instituições de ensino superior para ingresso em cursos de música, teatro, cinema e dança.
Nos dados divulgados ontem, os 37 cursos da UA disponibilizam 1.677 vagas, enquanto os seis cursos do Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Aveiro (UA) oferecem 208 lugares.
Quanto à Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda (UA), os seis cursos contam com 153 vagas em aberto, com a Escola Superior de Saúde de Aveiro (UA) a ter 169 lugares em quatro cursos.

Os dois cursos da Escola Superior de Design, Gestão e Tecnologia de Produção de Aveiro-Norte disponibilizam 60 lugares. |
Números
Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Aveiro (UA)
vagas disponibilizadas em todo o país, no âmbito do regime geral de acesso
Marketing(regimepós-laboral)2020137.9 Contabilidade9595140.6 Finanças2020158.1 Marketing3333160.5 Contabilidade(regimepós-laboral)2020112.5 Finanças(regimepós-laboral)2020111.9
Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda (UA)
TecnologiasdaInformação2625115.2 GestãodaQualidade2323128.9 SecretariadoeComunicaçãoEmpresarial2424141.1 GestãoComercial3030144.9 GestãoPública2020135.3 EletrónicaeMecânicaIndustrial3024148.5
Escola Superior de Saúde de Aveiro (UA)

Enfermagem8282163.2 Fisioterapia4040171.0 TerapiadaFala2222144.6 ImagemMédicaeRadioterapia2525157.4
Escola Superior de Design, Gestão e Tecnologia da Produção de Aveiro-Norte
após 18h30)

«O desemprego é sempre uma preocupação para o IEFP, independentementedasuadimensão»
Empregabilidade Para António Costa, delegado Regional da Delegação Regional do Centro IEFP – Instituto do Emprego e Formação Profissional, I.P. (IEFP), «o desemprego tem vindo a decrescer de uma forma consistente» e ininterruptamente até ao início de 2020. Apresentou uma subida nesse ano «devido à pandemia»
Diário de Aveiro: O desemprego na região Centro é uma preocupação?


António Costa: O desemprego é sempre uma preocupação para o IEFP, independentemente da sua dimensão, intensidade e variáveis. Aliás, o mais correto não é dizer que é uma preocupação, mas a preocupação, porque somos o serviço publico de emprego, e uma pessoa desempregada é motivo bastante de inquietude e busca de soluções. Se observarmos no mero ângulo estatístico, relacionado com a dimensão, o que podemos necessariamente dizer é que na Região Centro –como de uma forma geral no país -, o desemprego tem vindo continuamente a decrescer de uma forma consistente: ininterruptamente durante um longo período até ao início de 2020, subiu nesse ano devido à pandemia, e neste momento já
atinge em muitos territórios valores inferiores aos de 2019.

Qual é o panorama atual? Para se ter uma ideia, no mês de maio do já longínquo ano de 2013, o número de pessoas desempregadas registadas, na Região Centro, era de 98.365, enquanto atualmente, no mesmo mês, o valor era de 38.619. Ou seja, quase menos 50.000 desempregados, o que não deixa de ser impressionante. Mas é muito importante retermos que o desemprego tem uma história, que aí residem momentos dramáticos, como o de muitas pessoas que nunca imaginaram estar na situação de desemprego e que de repente se confrontaram com os seus impactos, não só ao nível económico, mas ao nível social e das identidades pessoais. Portanto, não podemos abrandar na escolha de caminhos que
potencialmente evitam ou atenuam os seus efeitos. Aqui, o serviço público de emprego tem e deverá ter sempre um papel relevante, particularmente para a população mais vulnerável, nomeadamente os jovens, os menos qualificados, os desempregados de longa duração, as pessoas com deficiência.
Que medidas têm adotado para diminuir o número de desempregados?



A diminuição do desemprego relaciona-se com um número elevado de variáveis, desde logo a atividade económica e empresarial e as soluções disponibilizadas por um conjunto vasto de serviços públicos. A consulta à página institucional do IEFP permite visualizar um conjunto muito vasto de prestações, desde as relacionadas diretamente com a gestão da
oferta e procura de emprego, às medidas de emprego e de formação profissional. Mesmo neste contexto de descida do desemprego, pode-se observar que o IEFP não só não diminuiu como aumentou o seu esforço na qualificação das pessoas, sendo a assunção desta centralidade e intensidade a resposta que em primeiro lugar quero realçar. Esta resposta tem tido como âncora quatro medidas complementares: implementação da formação a distância; aumento de serviços de proximidade às pessoas e às empresas; diversificação de percursos formativos, permitindo responder a problemas concretos; estímulo à aprendizagem ao longo da vida; estímulo à mobilidade profissional e à reconversão de pessoas desempregadas; estímulo à integração em ofertas formativas de elevada empregabilidade.
E quanto às medidas de emprego?
Claro que não posso deixar de sublinhar a importância das nossas medidas de emprego. Por exemplo, os estágios profissionais, os apoios à contratação, os incentivos à normalização da atividade empresarial, os apoios à mobilidade geográfica e o programa regressar. Estas medidas foram criadas, ou têm vindo a ser, adaptadas para se adequarem mais fortemente aos novos desafios que se nos colocam, como o relacionado, por exemplo, com o digital. Podendo todas estas medidas ser incluídas nas respostas aos públicos considerados de alguma maneira como mais vulneráveis, pode-se ainda destacar, na área da reabilitação profissional, o Programa de Apoio ao Emprego e à Qualificação de Pessoas com Deficiência e Incapacidade, onde se incluem

medidas tão importantes como o emprego apoiado em mercado aberto, adaptação de postos de trabalho e de barreiras arquitetónicas. Finalmente, destaco ainda que as nossas respostas às pessoas são também respostas e apoios às empresas: não há emprego por geração espontânea, não há emprego sem empresas.
A formação é cada vez mais uma escolha?
Sim. A formação é amiga da empregabilidade e das competências, e isso é cada vez mais visível para todas as pessoas. A centralidade da educação e da formação nas nossas vidas é cada vez mais incontornável, e os investimentos e esforços que têm sido concretizados são enormes. A generalidade dos estudos efetuados realça devidamente o seu impacto: a qualificação de pessoas desempregadas au-
menta em muito a possibilidade de acederem a um emprego, bem como a de se manterem e de progredirem; os salários de pessoas com qualificações superiores são normalmente bastante superiores, quando comparados com pessoas com qualificações mais baixas; quando em situação de desemprego, as pessoas sem qualificações ou qualificações mais baixas têm
uma maior probabilidade de se tornarem desempregadas de longa duração; os investimentos em formação para ativos empregados têm um elevado retorno em produtividade e competitividade.
Os refugiados têm sido uma problemática? Qual é a capacidade de resposta da região de Aveiro?
Os refugiados significa que existem mais pessoas que carecem de bem-estar e conforto. É, nesta medida, e no respeito das suas vontades, que ajudamos em tudo o que se relaciona com a nossa atividade e missão, cooperando com outras entidades, designadamente autarquias e os serviços de Segurança Social. Os nossos Centros de Emprego e Formação Pro-
fissional de Aveiro e Águeda, que abarcam 11 concelhos, têm uma elevada capacidade de resposta, demonstrada em integrações diretas no mercado de trabalho e no número elevado de ações de formação relacionadas com a aprendizagem do português – Português Língua de Acolhimento.

Quais são as áreas prioritárias para a região Centro no período de 2022-2023?
Existem prioridades definidas a nível nacional, e que, portanto, devem ser concretizadas em todas as situações, e prioridades que são definidas em acordo com as necessidades específicas dos diferentes territórios e empresas. Entre as primeiras posso referir, por exemplo, as prioridades relativas ao digital e as relacionadas com os objetivos dos Centros Qualifica. No âmbito do digital, a nossa oferta é neste momento, muito ampla, procurando responder a diferentes necessidades e estados das competências, indo dos níveis básicos aos mais avançados.

No que respeita aos Centros Qualifica e ao caráter estratégico que é concedido aos seus objetivos, realço a recente medida Acelerador Qualifica, que tem como objetivo incentivar a população adulta a concluir percursos de qualificação e que se aplica a todos as pessoas que concluíram os processos de RVCC a partir de janeiro de 2021 e os que já iniciaram em 2022. Num outro plano, as áreas prioritárias articulam-se necessariamente com as necessidades concretas de empresas, com os planos regionais, onde as Comissões de Coordenação Regional assumem um papel central, e ainda um conjunto vasto de atores relevantes: associações empresariais, autarquias, instituições de ensino e formação. Apesar das diferenças, existem setores da atividade económica onde a nossa atenção tem sempre que ter particular acuidade, podendo citar como exemplos a Metalurgia e Metalomecânica, a Confeção e Vestuário, a Cerâmica, o Agroalimentar, a Hotelaria e Restauração
Qual é a grande aposta para esta década? Como é que o IEFP se está a preparar para o desafio?
Não me cabe anunciar o modo como o IEFP se está a preparar ou sequer arrojar augúrios. Mas posso destacar que o IEFP, em sucessivos períodos, mais ou menos conturbados, sempre demonstrou elevada versatilidade e adaptabilidade, como o exemplo muito recente de, durante o período de recolhimento associado à pandemia, ter implementado e disseminado o regime de formação a distância.
Posso também destacar a centralidade da educação e formação, nomeadamente nas áreas do digital, do ambiente, e de uma forma geral nas áreas que são definidas como estratégicas para o emprego e a atividade económica.
Retenha-se ainda uma meta da Comissão Europeia: até 2030: pelo menos 60 por cento da população, entre os 25 e os 64 anos, deve participar anualmente em atividades formativas. |

UA abre nova licenciatura eaumenta
Para o próximo ano letivo, a Universidade de Aveiro (UA) apresenta-se ao Concurso Nacional de Acesso com a proposta de 53 licenciaturas, incluindo a abertura da licenciatura em Engenharia de Automação Industrial no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência, com a fixação de 40 vagas. Esta nova proposta formativa envolve os departamentos de Engenharia Mecânica (DEM) e de Eletrónica, Telecomunicações e Informática (DETI). É de salientar que esta licenciatura em Engenharia de Automação Industrial é uma oferta formativa única em Portugal que tem em consideração as necessidades criadas pela nova revolução industrial, designada por “Indústria 4.0”.
Como tal, a UA frisa que é «premente a formação de profissionais com conhecimentos e competências técnicas e cien-
tíficas para intervir na automatização de processos, equipamentos e sistemas industriais e na interligação entre os sistemas produtivos e os mecanismos e processos de digitalização da indústria».


Esta licenciatura carateriza-se por uma formação de banda larga complementada com as ferramentas modernas da digitalização dos processos e sistemas, e tem como objetivo formar os futuros licenciados com conhecimentos perenes e resistentes à evolução tecnológica para desenvolverem soluções de Automação Industrial numa abordagem de engenharia. «O licenciado em Engenharia de Automação Industrial estará preparado e habilitado para intervir em sistemas avançados de fabrico, como o fabrico interligado e inteligente, incluindo questões de rastreabilidade industrial e manufatura

vagasnoscursosmaisprocurados
distribuída», avançam ainda. Mais informações sobre este curso em: www.ua.pt/pt /curso /470 .
Vagas aumentam nos cursos mais procurados
Nos casos de licenciaturas que visam formação em competências digitais (Engenharia de Automação Industrial; Engenharia de Computadores e Informática; Engenharia Eletrotécnica e de Computadores; Engenharia Informática; Multimédia e Tecnologias da Comunicação; Eletrónica e Mecânica Industrial; Tecnologias da Informação) propõe-se um total de 392 vagas, correspondendo a um aumento cinco por cento face ao ano letivo que termina.

Há, ainda, um aumento das vagas nos dois cursos com maior número de candidatos em primeira opção com médias de entrada muito eleva-
UA abre mestrado profissionalizante e outros cinco mestrados
NOVIDADE Um novo formato de mestrado, de caráter profissionalizante, começará em 2022/2023, na Universidade de Aveiro (UA).

De acordo com a academia aveirense, trata-se de um curso mais curto que o formato convencional, em dois semestres.
O novo curso em Competitividade e Desenvolvimento de Negócios é proposto pelo Instituto Superior de Contabilidade e Administração da UA (ISCAUA). Há, ainda, outras novas propostas ou reajuste em planos de estudo de mestrados já existentes. A segunda fase de candidaturas decorre até 3 de agosto.
O novo mestrado de caráter profissionalizante corresponde a 60 ECTS (unidades de crédito de formação segundo o sistema europeu) e não 120 ECTS, como é típico nos mestrados convencionais, de acordo com o legalmente definido. Este curso tem como objetivo principal «proporcionar uma formação sólida e atualizada a profissionais com cinco ou mais anos de expe-
riência, tornando-os capazes de contribuir para o desenvolvimento das empresas através da aplicação de competências técnicas avançadas na área da gestão, que abrangem: diagnóstico
dos problemas a solucionar; seleção das ferramentas e modelos de aplicação adequados; e aplicação em contexto empresarial», sustenta a UA.
Coerente com as necessida-
des e exigências das empresas, são aprofundados temas fundamentais da gestão, competitividade, marketing, internacionalização e desenvolvimento dos negócios, «estimulando a
aprendizagem ativa, a iniciativa e a autonomia».
Pretende-se, explica a universidade, «facilitar o exercício de atividades de resolução de problemas e a tomada de decisão
das, nomeadamente a licenciatura em Ciências Biomédicas, que aumenta para 77, e Licenciatura em Engenharia Aeroespacial que aumenta para 45. Regista-se, também, um aumento do número de vagas para a licenciatura em Engenharia Informática (75 vagas), igualmente, um dos cursos mais procurados.
«Sendo a UA uma instituição em melhoria contínua também na sua oferta formativa, essa caraterística reflete-se, necessariamente, em reestruturações com vista atualizar os planos de estudo durante os processos de avaliação que decorrem anualmente, respondendo às necessidades dos estudantes e do mercado», remata a instituição. Mais informações sobre as licenciaturas da UA disponíveis através do seguinte “site”: https://www. ua.pt/pt/cursos/tipo/licenciaturas. |
OUTROS NOVOS MESTRADOS E CURSOS DE ESPECIALIZAÇÃO NO FORMATO TRADICIONAL

- Ambiente e saúde (proposta dos departamentos de Ambiente e Ordenamento e de Ciências Médicas, DAO/DCM);
- Assessoria de direção e comunicação nas organizações (lançado pela Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda, ESTGA);
- Enfermagem comunitária na área de enfermagem de saúde familiar (curso proposto pela Escola Superior de Saúde, ESSUA);
- Projeto de estruturas (no Departamento de Engenharia Civil, DECivil);
- Sistemas de comunicação aeroespaciais (no Departamento de Eletrónica, Telecomunicações e Informática, DETI).
num ambiente global, fortemente influenciado pela Economia Digital e necessidades de ajustamento relacionadas com a Indústria 4.0, entre outros fatores». |
DEGEIT tem «excelente reputação por esse mundo fora»
Universidade de Aveiro Economia, Gestão, Engenharia Industrial e Turismo são algumas das áreas de referência nacional. Os mestrados têm uma forte procura

O Departamento de Economia, Gestão, Engenharia Industrial e Turismo (DEGEIT) da Universidade de Aveiro (UA) foi criado em 1988 e conta «com uma história e um portefólio notáveis nas áreas do ensino, investigação, cooperação com a sociedade e internacionalização». De acordo com a instituição de ensino aveirense, as médias de entrada nos cursos do departamento contam-se «entre as mais elevadas da Universidade de Aveiro e do país». Os mestrados, por sua vez, possuem «forte procura» e os seus doutoramentos incluem mais de duas centenas de alunos distribuídos por seis programas doutorais. Na investigação, os
docentes do DEGEIT agrupamse em unidades de investigação que «têm sido avaliadas pelo Governo entre Muito Bom e Excelente».
A UA realça ainda a cooperação com as empresas e com outros países. «O DEGEIT tem vindo a estabelecer relações de amizade e de produção académica, científica e cultural que merecem relevo especial. É hoje um departamento fortemente respeitado e internacionalizado, com excelente reputação por esse mundo fora», refere.
A área de estudos em Turismo apresenta-se como «pioneira no sistema de ensino superior público» nacional com a criação da primeira licenciatura
(1988), do primeiro mestrado (2001) e do primeiro doutoramento (1995). O DEGEIT forma «profissionais para um trabalho qualificado e inovador num setor muito competitivo e de relevância estratégica para Por-
tugal». A UA foi «também pioneira» na criação da primeira revista científica em turismo de língua portuguesa, em 2004.
Na Economia, a formação proporcionada pelo departamento «oferece uma ampla va-
riedade de oportunidades profissionais». «Os alunos tendem a gostar de Economia pois este curso permite-lhes aplicar e desenvolver competências críticas, analíticas e de avaliação, não os limitando a conhecimento adquirido», refere a universidade.
A Engenharia e Gestão Industrial é outra área do DEGEIT. Os seus diplomados adquirem uma «formação polivalente, com aptidão para desempenhar funções em empresas industriais, nos mais diversos subsetores, empresas de serviços ou organismos públicos».

O desenvolvimento de «competências alinhadas com as necessidades do mercado de tra-
balho» é uma das prioridades.
A possibilidade de, no último ano, realizar um projeto em contexto industrial/empresarial, onde os estudantes são confrontados em ambiente real com problemas e desafios típicos da área, permite-lhes tomar contacto com as funções de um profissional desta área. Segundo a UA, os mestres em Engenharia e Gestão Industrial têm uma «taxa de empregabilidade muito elevada».
A Gestão, finalmente, incide em competências como Estratégia, Marketing, Recursos Humanos e Liderança, Gestão da Qualidade, Inovação e Empreendedorismo, Contabilidade e Finanças, Controlo de Gestão ou Gestão de Projetos. A relação universidade-empresa é uma aposta e exemplo dessa dinâmica são os estágios curriculares em empresas e outras instituições e o programa de empreendedorismo “Learning to Be”, «considerado pela Comissão Europeia como um dos melhores programas europeus que fazem a ponte entre universidades e empresas. |

Cursos Técnicos Superiores Profissionais
tabilidade e Administração (ISCA), em Aveiro, oferecerá Gestão de Vendas e Marketing (pós-
laboral); Informática e Comunicação Organizacional (diurno); e Técnicas e Gestão de Tu-
rismo (pós-laboral), que aguarda aprovação pela DGES.
Em Oliveira do Bairro, o IS-
CA oferecerá Informática e Comunicação Organizacional (diurno). |
A frequência e conclusão do CTeSP - Cursos Técnicos Superiores Profissionais, formação de dois anos com estágio curricular integrado, confere um diploma equivalente ao nível 5 do Quadro Nacional de Qualificações (QNQ). Este ano, estão a concurso 499 vagas, num esforço enquadrado no projeto Aveiro Education and Social Alliance, enquadrada nas medidas Impulso Jovens STEAM e Incentivo Adultos, do Programa de Recuperação e Resiliência de Portugal.


As 499 vagas distribuem-se por 18 cursos, mais quatro do que no ano passado, a funcionar em três escolas politécnicas da UA de diferentes municípios do distrito. As novidades ao nível da oferta formativa são os novos CTeSP em Cibersegurança (em Águeda) e Design e Comunicação Digital de Produto (em Oliveira de Azeméis), bem como uma nova turma do CTeSP em Desenvolvimento de Software, em Estarreja, que aguarda autorização de funcionamento de nova turma pela Direção Geral do Ensino Superior (DGES), e do CTeSP em Informática e Comunicação Organizacional, em Oliveira do Bairro. Aumenta também o nú-

mero de vagas em alguns cursos para responder à elevada procura verificada em anos anteriores.
A Escola Superior de Design, Gestão e Tecnologias da Produção Aveiro Norte (ESAN) oferece, em Oliveira de Azeméis, Automação, Robótica e Informática Industrial (pós-laboral); Desenvolvimento de Software (regime diurno), que aguarda autorização de funcionamento pela DGES; Design e Comunicação Digital de Produto (póslaboral); Gestão de Processos Industriais (pós-laboral) e Projeto de Moldes (pós-laboral).
Em Estarreja, a ESAN oferece Desenvolvimento de Software (pós-laboral), a aguardar decisão de funcionamento, e Sistemas Mecatrónicos e de Produção (pós-laboral).
Na Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda (ESTGA) funcionarão os cursos de Cibersegurança (pós-laboral); Gestão de PME (diurno); Instalações Elétricas e Automação (pós-laboral); Manutenção Industrial (diurno); Programação de Sistemas de Informação (pós-laboral); Redes e Sistemas Informáticos (diurno) e Tecnologia Mecânica (pós-laboral).
O Instituto Superior de Con-
ESTGA-UA aliateoriaàprática de«olhospostosnofuturo»
No ano em que comemora 25 anos de existência, a Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Águeda (ESTGA) já se encontra a preparar o ano letivo de 2022/2023. O instituto explica que apresenta ofertas formativas ligadas às necessidades da região e que tem apostado em abordagens pedagógicas inovadoras e centradas no estudante, «permitindo aliar a teoria à prática não apenas através da colaboração entre áreas científicas, mas também da interação entre a escola e a comunidade envolvente». Os cursos lecionados seguem o Mo-

delo de Aprendizagem Baseado em Projetos (MABP) e que se tem vindo a relevar «um sucesso». Já os restantes cursos
da ESTGA-UA têm adotado estratégias pedagógicas e curriculares devidamente ajustadas às competências que se pre-

tende que os estudantes desenvolvam, de que é exemplo o recurso a aulas invertidas (ou, em inglês, “flipped learning”). As au-

las invertidas assentam na aprendizagem ativa, onde os estudantes devem interagir com materiais de apoio em casa ou fora das horas de contacto. Ainda neste âmbito, a ESTGA-UA salienta a integração de unidades curriculares de estágio ou projeto individuais nos diversos planos curriculares.
A presença de especialistas de várias áreas, em seminários e aulas abertas, também tem sido uma constante aposta. Recentemente, em virtude da pandemia, com a adoção do ensino à distância, a ESTGA-UA tem reforçado a internacionalização.
No próximo ano letivo, a oferta formativa será consolidada, mas «continuaremos a trilhar um percurso de constante evolução». Além de um novo mestrado em Assessoria de Direção e Comunicação nas Organizações, esta escola politécnica vai apostar em cinco cursos de especialização. Da oferta formativa consta também uma proposta de um novo Curso Técnico Superior Profissional em Cibersegurança, que está, de momento, a aguardar registo pela Direção Geral do Ensino Superior. «Ingressar na ESTGAUA significa escolher um modo particular de aprender e de perspetivar o saber e a respetiva aplicação», refere a escola, acrescentando ainda que «este tipo de ensino exigente implica que os estudantes desta escola politécnica estejam em permanente mudança, em crescimento, em desenvolvimento, preparando o ingresso num mercado de trabalho cada vez mais competitivo, no qual a flexibilidade e a capacidade de adaptação são essenciais». |
Águeda No próximo ano letivo, terá um mestrado em Assessoria de Direção e Comunicação nas Organizações. Está a aguardar o registo pela Direção Geral do Ensino Superior do Curso Técnico Superior Profissional em CibersegurançaA ESTGA-UA éumdospólosdaUniversidadedeAveiro
Vale de Cambra ofereceseisCursos deEspecializaçãoTecnológica

A Escola Tecnológica de Vale de Cambra (ETVC) está autorizada a lecionar seis Cursos de Especialização Tecnológica (CET’s): Aplicações Informáticas de Gestão; Gestão da Qualidade, Ambiente e Segurança; Gestão de Redes e Sistemas Informáticos; Tecnologia Mecatrónica; Gestão da Produção; e Automação Robótica e Controlo industrial.
Também leciona formações modulares nas seguintes áreas: Metalurgia e Metalomecânica; Eletrónica e Automação; Ciências Informáticas; Construção Civil e Engenharia; Enquadramento na Organização de Empresa; e Hotelaria e Restaura-

ção. Refira-se que todos estes cursos não têm uma periodicidade definida. Os interessados podem fazer uma pré-inscrição, com a ETVC a informar, depois, se as formações avançam e quando.
A ETVC leciona cursos, tais como Aplicações informáticas de gestão e Gestão de qualidade, ambiente e segurança
A Escola Tecnológica de Vale de Cambra foi criada para «resolver a carência de quadros

intermédios e de pessoal especializado sentida pelas indústrias Metalúrgica e Metalomecânica, na sua área geográfica de influência».
Constituída 16 de janeiro de 1995, pelos esforços conjuntos da ACIC - Associação Comercial e Industrial de Vale de Cambra, da Câmara Municipal de Vale de Cambra, do INETI - Instituto Nacional de Engenharia e Tecnologia Industrial, do IAPMEI - Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e ao Investimento e do Instituto Politécnico do Porto, a FORESP - Associação para a Formação e Especialização Tecnológica veio a constituir a ETVC. |
Novos Media e Criação Artística sãoosdoisnovosprogramas
Para o próximo ano letivo de 2022/2023, a Universidade de Aveiro (UA) apresenta dois novos programas doutorais: Novos Media e em Criação Artística, propostos pelo Departa-
mento de Comunicação e Arte, destacam-se entre meia centena de cursos do 3.º ciclo.
Estas duas propostas de formação, de acordo Artur Silva, vice-reitor da instituição, «re-
sultam da investigação que se vem desenvolvendo em unidades de investigação da área de artes e tecnologias, que formarão profissionais que têm e continuarão a ter uma grande
procura por parte dos empregadores».

Uma das grandes missões da UA é desenvolver «programas de doutoramento de excelência», incluindo alguns em par-
cerias nacionais e internacionais, enquanto que simultaneamente implementa medidas específicas para aumentar a empregabilidade dos detentores de grau de doutoramento com base nas necessidades de formação e as necessidades do mercado. Existe também uma grande preocupação em «dotar os estudantes de competências transversais e transferíveis, o que explica a oferta de unidades curriculares com este cunho, na maioria dos programas doutorais». «A criação destes dois ciclos de estudo, constitui mais um exemplo da aposta da UA na criação de cursos de formações inovadoras e “fora da caixa”», referiu o vice-reitor para a Investigação, Inovação, 3.º Ciclo e Acreditação de Ciclos de Estudos na UA. O vice-reitor realçou «são formações ao nível do 3.º ciclo que resultam da investigação que se vem desenvolvendo em algumas unidades de investigação da área da artes e tecnologias, que formarão profissionais que têm e continuarão a ter uma grande procura por parte dos empregadores».

Programa doutoral em Novos Media
O ciclo de estudos tem por objetivo a formação avançada de especialistas e investigadores na área de Novos Media, tendo por finalidade o planeamento e a realização de investigação relativa ao estudo, à conceção, ao desenvolvimento e à validação de aplicações e dispositivos infocomunicacionais multimédia de suporte à
mediação digital da atividade dos indivíduos e das organizações em diversos contextos da atividade humana (por exemplo, educação, entretenimento e saúde), recorrendo ao conhecimento mais atual no que respeita a métodos e técnicas nas diferentes dimensões do trabalho de investigação e adotando uma perspetiva interdisciplinar.
Programa doutoral
em Criação Artística
Este programa doutoral, conjunto entre a UA, Instituto Politécnico de Leiria e Instituto Politécnico do Porto, promove uma estratégia transdisciplinar para o desenvolvimento de pensamento experimental criativo, acolhendo candidatos com interesse em práticas criativas, nomeadamente, nas áreas de Artes Plásticas, Artes Sonoras, Artes Visuais, Dança, Teatro e Música. Este ciclo de estudos nasceu dos intercâmbios entre os investigadores das instituições envolvidas, quer no âmbito de projetos científicos que partilharam, quer no âmbito de diversas iniciativas como congressos, festivais, exposições, colóquios ou outros eventos.
Tanto na UA, como nas instituições parceiras deste ciclo de estudos, as aulas nos diversos contextos acima referidos serão garantidas por artistas, profissionais, investigadores e professores de reconhecido mérito nacional e internacional; assim sendo, os estudantes terão uma oportunidade única de estudar/praticar criação artística num ambiente de excelência académica e profissional. |

ISVOUGA comumaofertadiversificada
O ISVOUGA também
O Instituto Superior de Entre Douro e Vouga (ISVOUGA), com sede na cidade de Santa Maria da Feira, proporciona a frequência de cinco licenciaturas: Contabilidade, Engenharia de Produção Industrial, Gestão de Empresas, Marketing, Publicidade e Relações Pública, e Solicitadoria.
Também oferece um mestrado, em Gestão de Empresas, e três pós-graduações: Direito e Fiscalidade da Empresa, Marketing Digital e e-Commerce, e Recursos Humanos e Relações Laborais.
Junte-se, ainda, à oferta um MBA, em Inovação & Transformação Digital e dois Cursos Técnicos Superiores Profissionais: Criação e Gestão de Negócios, e Gestão de Turismo.
Os “maiores de 23 anos”, podem inscrever-se para a realização das provas especialmente adequadas para avaliar a capacidade de frequências das licenciaturas.
Devem ter completado os 23
anos até ao dia 31 de dezembro do ano que antecede a realização das provas.
O ISVOUGA (www.isvouga. pt) conta com uma Unidade de Investigação e Internacionalização e os seus estudantes


podem participar no programa “Erasmus +”.

Os estudantes têm, ainda, durante o ano, a oportunidade de participar em formações e eventos, nomeadamente em seminários e colóquios, sobre
temas relacionados com a oferta académica e formativa, mas não só.
«Após dois anos atípicos é grande a expectativa em relação ao próximo ano letivo», salientou Adelina Portela, a dire-
tora do Instituto. Assinalou que se mantêm as ofertas ao nível dos cursos de licenciatura, mestrado e cursos técnicos superiores profissionais, realçando a nova pós-graduação em Direito e Fiscalidade da Empresa.
«Propomo-nos ainda criar novas formações de curta duração, na procura constante de ir ao encontro das necessidades das empresas e das organizações», disse.
A Fundação Terras de Santa Maria é a entidade titular do Instituto Superior de Entre Douro e Vouga, que, há três décadas, assumiu a missão de «criar e reforçar competências suscetíveis de impulsionar o desenvolvimento económico e social do País e, em particular, da região de Entre o Douro e Vouga». |

Copiar nos exames
preender as habilidades pessoais de cada um; em averiguar o potencial que cada um ainda não conseguiu demonstrar.
É este tipo de avaliação que é feita na vida real! Porque a vida não é um laboratório!
preciso preparar bem os seus alunos para as provas. Aquela escola não podia deixar de estar na frente do ranking nacional!
Sermos avaliados em conhecimentos significa que alguém, a partir de uma bitola pré-definida, testa as nossas capacidades de reproduzir coisas, de retransmitir conhecimentos adquiridos. A esse tipo de avaliação – que eu considero básica! –, devem juntar-se, por princípio, outros conhecimentos que são importantes ser testados: capacidade para avaliar, para criticar, para transformar, para inovar, para empreender.
Mas a avaliação é muito mais do que avaliar conhecimentos e capacidades, deve pretender muito mais do que isso. Ela pode e deve servir para compreender as pessoas na sua diversidade e nas muitas competências que a distinguem. E, por isso, existe nas diversas comunidades, sejam elas de que tipo forem, uma preocupação crescente em conhecer e em com-

Ora, a escola é aquele local único onde se julga que se examina por excelência. Um local onde se julga de modo artificial e obstinado, conhecimentos e capacidades individuais.

Nalguns lugares, nalgumas turmas-feitas-àmedida, nem se fazem intervalos nem pausas letivas para que os alunos treinem sem cessar a coletânea de exames. Noutros lugares, prolongam-se as horas semanais às disciplinas de matemática e de português, repetindo exercícios e dando “a matéria toda que vai calhar no exame”.

É como a estória daqueles irmãos que faltaram às aulas na véspera do teste para estudar para ele. E como o caso daquela escola que é das primeiras nos rankings: deixou de ‘dar as aulas’ (deixou de ‘dar matéria’), com a justificação de que os exames estavam à porta e era
Tudo isto, portanto, em nome de um tal ranking que seleciona, que separa os bons e os maus, os mais capazes dos menos capazes –como se na sociedade uns fossem mais precisos que outros. Como se a vida a sério devesse estar fora da escola.
A escola é muito importante para a vida de cada um. Sabemo-lo. E o que é feito na escola pode e deve ser fundamental para uma certa vida de uma certa comunidade. Deve por isso ser na escola que tudo o que a vida proporciona deve ser experimentado, deve ser avaliado, deve ser testado, deve ser examinado. É a vida na escola! Para que a escola sirva para a vida! (Se não, a escola está a mais na vida de todos.)
Eu não só não acredito na utilidade apregoada, ao longo de décadas, sobre os exames escolares nacionais, como entendo que eles servem de quase nada para o que se pretende da escola nos dias que correm. Melhor: se eles não exis-
tissem, fazia-se melhor a avaliação do que a vida a sério precisa da escola.
Entendo que não valem de nada os exames que avaliam reproduções. Para quê os exames que testam a memória? O que se deve reproduzir de bom não precisa de ser examinado, basta copiar! E copie-se bem o que está bem feito! O que não presta, esqueça-se ou destruase! |
A escola é muito importante para a vida de cada um. Sabemo-lo. E o que é feito na escola pode e deve ser fundamental para a vida da comunidade

Procurapeloscursosprofissionais tem vindo a aumentar

Entrevista O presidente avança que os maiores desafios para o ensino profissional são: tirar partido da experiência de 33 anos das Escolas Profissionais de matriz privada, a criação de Serviços de Orientação Escolar e Profissional, o incremento das ofertas e a revisão e atualização das tabelas de custos unitários

A Associação Nacional de Escolas Profissionais (ANESPO) espera que, futuramente, além da abrangência do PRR a um elevado número de escolas até 2026, também se encontrem outros mecanismos de financiamento no PT2030, com vista a uma melhoria das instalações e equipamentos nas escolas. José Luís Presa, presidente da ANESPO, fez um pouco de situação sobre os cursos profissionais e o futuro das escolas profissionais.
Diário de Aveiro: Os cursos profissionais têm sido mais procurados pelos jovens que terminam o ensino básico?
José Luís Presa: Aprocura dos cursos profissionais por parte dos jovens que terminam o ensino básico tem permitido registar, especialmente em algumas zonas do país, um ligeiro aumento do número de alunos e turmas mas, atendendo à diversidade das ofertas formativas constantes do CNQ – Catálogo Nacional de Qualificações, os alunos e as famílias deveriam ter mais informação sobre o leque de ofertas que existem a nível regional e local e deveriam ser melhor orientados vocacionalmente.
Considera que há um défice em matéria de informação e orientação vocacional? Sim. Sem qualquer dúvida. Os jovens deveriam de ser informados ao longo do terceiro ciclo do ensino básico e orientados de acordo com as tendências vocacionais. Infelizmente os Serviços de Psicologia e Orientação não fazem esse trabalho ou fazem-no de forma condicionada seguindo as orientações das escolas que duplicam e triplicam as ofertas de cursos científico-humanísticos, ou seja, fazem exatamente ao contrário do que é feito nos países mais desenvolvidos em que se privilegiam os encaminhamentos para o ensino profissional.
Então, temos um problema de inadequação às necessi-

dades das empresas às ofertas das escolas?
Não tenho qualquer dúvida disso. Quase todos os dias chegam queixas de escolas profissionais que referem que as escolas públicas não encaminham os alunos para os cursos profissionais e se preocupavam em orientar os alunos para os cursos gerais, sem ter em conta as necessidades das empresas e os centros de interesse vocacionais dos alunos. As informações que nos chegam de muitas escolas levam-nos a concluir que há uma grande insatisfação por parte das empresas e que muitos alunos são pressionados para frequentar cursos cientifico-humanísticos, mas que não é isso que querem. Esta situação é recorrente e aparece que ainda não se percebeu que um frequenta um curso que gosta é, normalmente, um aluno de sucesso, quer no ensino secundário, quer no ensino superior.
Mas as escolas profissionais não conseguem inverter esta situação que seria benéfica para as escolas secundária e superiores?
Temos feito muita pedagogia à volta desta temática e não há reunião nenhuma com a tutela que não sublinhemos a necessidade de criar SPOs fora das Escolas Básicas e Secundárias para que funcionem de forma autónoma e livres das pressões dos gestores das Escolas onde estão integrados. Até agora nada foi feito para inverter esta situação o que significa que, todos os anos, as Escolas Profissionais são forçadas a fazer um esforço redobrado para divulgar as suas ofertas formativas.
Temos a expectativa de que quando entrarem em funcionamento os Centros Tecnológicos Especializadas, que vão abarcar cerca de metade das atuais ofertas, o governo faça alguma coisa para inverter a situação.
Diz-se que várias universidades não estão a abrir vagas para alunos vindos do ensino
profissional. É o que está a acontecer? Qual é o impacto de tal medida?
Em muitos países da Europa os percursos de qualificação de nível 5, correspondentes aos CET e CTESP, são organizados sequencialmente nas próprias escolas que fazem o nível 4, havendo em alguns casos Protocolos com as Universidades e Politécnicos e em Portugal também deveria ser assim. Uma vez que os alunos são obrigados a escolher uma instituição de ensino superior para se especializar ou fazer um percurso de ensino mais qualificado importaria que as vagas a abrir nos Politécnicos e nas Universidades tivessem em conta a especificidade destes cursos. Não faz sentido que os alunos que frequentam estes cursos, com um plano curricular tão equilibrado entre as componentes sociocultural, científica e técnica, a que acresce a formação em contexto de trabalho e as Provas de Aptidão Profissional, apresentadas perante um júri externo, não sejam priorizados nas instituições de ensino superior.
O reforço de verbas e implementação de sistemas de garantia de qualidade são aspetos da governação de grande significado para as escolas profissionais? Em que medida?
A generalidade das escolas profissionais está certificada pelo EQAVET que comporta o referencial de qualidade desenvolvido e aplicado a nível europeu e que garante a qualidade da formação efetuada pelas escolas profissionais que podem exibir o “Selo da Qualidade”. Os problemas decorrentes do subfinanciamento desta modalidade de ensino no período programação que agora finda não permitiu grandes avanços em termos financeiros. Espera-
mos que agora essa situação seja debelada. As escolas profissionais o que esperam do governo é a correção dos valores das tabelas e os apoios para melhoria de instalações e equipamentos.

















































Continua a haver necessidade de melhorar as instalações e os equipamentos das escolas?
A melhoria das instalações e equipamentos era tida em conta em cada período de programação, mas em bom rigor a
não houve grande apoio com essa finalidade. O PRR vem definir agora as prioridades e elegeu a informática, as indústrias, as renováveis e o digital e multimédia com grande destaque para a informática e indústrias que abarcam mais de dois terços das verbas. Está em causa essencialmente a aquisição de equipamentos e marginalmente a melhoria das instalações. Esta prioridade em termos de recursos do PRR parece muito importante e positiva mas ainda não está claro se o financia-
nal, constituídos por equipas multidisciplinares e não apenas por psicólogos, independente das direções das escolas, o incremento das ofertas para que o país se aproxime das metas da União Europeia em que a média de alunos a frequentar cursos profissionais é de 55 por cento, que compara com os 35 por cento do nosso país, e a revisão e atualização das tabelas de custos unitários, por turma, repondo o corte que foi feito há vários anos, para além da correção dos valores anualmente em função da inflação. Espera-
mero de escolas até 2026, se encontrem outros mecanismos de financiamento no PT2030 para melhoria das instalações e equipamentos, não só destas,
Escola Superior de Saúde de OliveiradeAzeméiscomnovasapostas
No próximo ano letivo, a Escola Superior de Saúde Norte vai lecionar uma nova licenciatura em Fisioterapia
A Escola Superior de Saúde Norte (ESSN) da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP), localizada em Oliveira de Azeméis, tem como uma das novidades para o próximo ano letivo a lecionação de uma nova licenciatura, em Fisioterapia. Mantém as três que já existiam: Enfermagem, Acupuntura e Osteopatia. Também há novidades no que aos mestrados diz respeito, juntando-se ao mestrado em Enfermagem Médico-Cirúrgica, nas áreas de opção de pessoa em situação crítica e de pessoa em situação perioperatória, quatro novos cursos: Enfermagem Médico-Cirúrgica em Enfermagem à pessoa em situação crónica, Enfermagem Médico-
Cirúrgica em Enfermagem à pessoa em situação paliativa, Enfermagem de Reabilitação e Enfermagem de Saúde Metal e Psiquiátrica.
Um novo mestrado está em preparação, mas permanece «no segredo dos deuses».
ANÁLISE Os dados da plataforma Brighter Future, divulgados recentemente, revelam que dos 32 cursos que no ano 2020 tiveram 100 por cento de empregabilidade para os recémdiplomados, a maioria são da área de saúde e engenharia. «Decidir o curso que queremos para a nossa vida não é uma decisão definitiva, mas tem um caráter muito importante para o futuro profissional. O Brighet Future é uma ferramenta gratuita e disponível para consulta, nomeadamente nesta altura do ano, crucial para os alunos que pretendem ingressar no ensino superior», realçou Carlos Oliveira, presidente executivo da Fundação José Neves. Entre os muitos indicadores, o Brighter Future aponta as necessidades dos empregadores e relaciona os cursos, formações, profissões e competências que respondem à procura existente, demonstrando, por exemplo, quais os cursos sem licenciados inscritos como desempregados no Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP). Neste sentido, em 2020, desta-
Em termos de pós-licenciaturas de especialização em Enfermagem, está a ser preparada
cam-se 14 cursos da área de saúde (onde 10 dizem respeito à licenciatura em enfermagem), cinco cursos, na área de engenharia, e o curso de arquitetura e construção, artes e ciências empresariais, cada uma com dois cursos. Em comunicado, Carlos Oliveira disse que os jovens enfrentam desafios no mercado de trabalho provocados pela crise pandémica, uma vez que, de 2019 para 2020, se verificou um aumento de cerca de 1,6 por cento do risco de desemprego dos recém-diplomados do ensino superior. «Quando chega o momento de decidirem em que área pretendem especializar-se, os alunos devem avaliar a facilidade ou dificuldade em encontrarem emprego após a conclusão dos estudos», pode ler-se.

Com as médias de entrada nos cursos superiores a aumentar, fruto de mudanças no panorama da educação devido às restrições impostas pela pandemia, torna-se igualmente essencial ter a máxima informação possível sobre os cursos. Os jovens lidam agora com a
diminuição do número de vagas e com a dificuldade de acesso ao ensino superior. Em 2021, registou-se uma subida de 0,4 valores nas médias de entrada. Com o objetivo de facilitar o processo, o Brighter Future disponibiliza ainda o “Guia para jovens e pais: como escolher o que estudar”.
Os jovens enfrentam desafios no mercado de trabalho provocados pela crise pandémica


É de salientar que o portal do Brighter Future é a maior base de conhecimento sobre a educação, empregabilidade e competências em Portugal, ao permitir comparar e relacionar informações sobre 4.500 cursos e formações, mais de 1.800 profissões e mais de 1.800 competências. São parceiros da FJN, no portal Brighter Future, o INE, o IEFP, a DGES, as Universidades do Minho e de Aveiro, as tecnológicas Microsoft e o Outsystems e Contentful. |
oferta – não é certo que a lecionação se inicie no próximo ano - em Médico-Cirúrgica, Saúde Mental e Psiquiátrica, Saúde Infantil e Pediatria, Saúde Materna e Obstétrica, Reabilitação e Comunitária.
As pós-graduações disponíveis são numerosas. A saber: Gestão de Serviços de Saúde, Cuidados Intensivos e Emergências, Enfermagem de Saúde Familiar, Enfermagem do Trabalho, Terapias Integrativas e Complementares no Tratamento da Dor, Enfermagem do Desporto, Emergência ExtraHospitalar, Supervisão Clínica, Reabilitação Cardíaca, Enfermagem de Endoscopia Digestiva, Enfermagem Oncológica e
Enfermagem de Estomaterapia, A Escola Superior de Saúde de Oliveira de Azeméis ainda leciona um curso técnico superior profissional, em Termalismo e Bem-Estar.
Na recente comemoração dos 20 anos da instituição, Henrique Pereira, o presidente do conselho de direcção, deixou a nova de que a candidatura a verbas do PRR (Programa de Recuperação e Resiliência) para a construção de residências para estudantes já tinha passado a primeira fase de seleção.
Também deu nota de que a ESSN apresentou ao Município de Oliveira de Azeméis «o pedido prévio para a construção de mais um edifício». |
deSaúde
leciona ainda um curso técnico superior profissional, em Termalismo e Bem-Estar
Saúde e engenharia entre as áreas com mais emprego para os recém-diplomados
CompetitividadeeDesenvolvimento deNegóciosem estreia no ISCA

O mestrado em Competitividade e Desenvolvimento de Negócios é a novidade do Ins-
tituto Superior de Contabilidade e Administração da Universidade de Aveiro (ISCA-UA) para

o novo ano letivo. De acordo com a instituição, o novo mestrado tem como objetivo prin-
cipal «proporcionar uma formação sólida e atualizada a profissionais com cinco ou
mais anos de experiência, tornando-os capazes de contribuir para o desenvolvimento das empresas através da aplicação de competências técnicas avançadas na área da gestão».
Olhando para as necessidades e exigências das empresas, são aprofundados «temas fundamentais da gestão, competitividade, marketing, internacionalização e desenvolvimento dos negócios, estimulando a aprendizagem ativa, a iniciativa e a autonomia». Com o novo curso, pretende-se «facilitar o exercício de atividades de resolução de problemas e a tomada de decisão num ambiente global, fortemente influenciado pela economia digital e necessidades de ajustamento relacionadas com a Indústria 4.0, entre outros fatores».
Na sua lista de mestrados, o ISCA-UA apresenta ainda Contabilidade, Contabilidade e Controlo de Gestão, Finanças, Marketing e Marketing e Comunicação Digital. A oferta do instituto estende-se aos cursos técnicos superiores profissionais, com Gestão Aplicada ao Desenvolvimento de Produtos Turísticos, Gestão de Vendas e Marketing e Informática e Comunicação Organizacional, e às licenciaturas, com Contabilidade, Marketing e Finanças. Em 2022/2023 a escola não irá ministrar os habituais cursos de especialização (Contabilidade e Auditoria e Contabilidade e Fiscalidade.
O instituto tem a sua origem no ano letivo de 1965/1966 com

Este, no ano letivo de 1970/1971, foi autorizado a criar a secção de Aveiro. Em 1973 nasce o Instituto Comercial de Aveiro, com a autonomização da secção de Aveiro face ao Instituto Comercial do Porto. Em 1975 esta escola de contabilidade passa a conferir o grau de bacharel e no ano seguinte passa a ensino superior com a designação de Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Aveiro, nome que vigorará até à sua integração na Universidade de Aveiro em 2000, como unidade orgânica.
O ISCA-UA apresenta-se como «uma escola de referência a nível nacional no âmbito das ciências empresariais aplicadas», assumindo-se como um interveniente «com influência decisiva no desenvolvimento regional».
A diretora, Elisabete Vieira, assume que a instituição aposta numa «maior abertura ao exterior, intensificando a relação com as empresas e outras entidades, o intercâmbio de docentes e estudantes e a internacionalização».
Além da oferta formativa, o ISCA-UA é desde 2009 responsável pela organização do atualiza-te, «hoje considerado o maior e melhor evento universitário na área do Marketing em Portugal». |
a criação da Escola Média de Comércio de Aveiro, escola particular destinada a formar contabilistas. No entanto, os seus alunos tinham que realizar exames no Instituto Comercial do Porto.ESAN oferece ensino tecnológico etransfereconhecimentoparaaregião

de Azeméis De seu nome completo “Escola Superior de Design, Gestão e Tecnologias de Produção Aveiro-Norte”, foi criada em Outubro de 2004, para se dedicar ao ensino e à investigação

Pólo da Universidade de Aveiro (UA) em Oliveira e Azeméis, a Escola Superior Aveiro-Norte (ESAN) leciona três licenciaturas, em Design de Produto e Tecnologia, Engenharia Aeroespacial (aulas nas Terras e La Salette e na UA) e Tecnologias e Sistemas de Produção, e dois mestrados, em Manufatura Aditiva de Produto e Tecnologia Digital.
Em termos de cursos técnicos superiores profissionais, o ano letivo 2022/23 traz a novidade do curso em Design e Comunicação Digital de Produto, que se junta a Automação, Robótica e Informática Industrial, a Desenvolvimento de Soft-
ware, a Gestão de Processos Industriais, a Projeto de Moldes e a Sistemas Mecatrónicos e de produção.

No início do ano começou a ser desenhado o projeto de arquitetura do futuro do Parque de Tecnologias e Inovação da ESAN
De seu nome completo “Escola Superior de Design, Gestão e Tecnologias de Produção Aveiro-Norte”, foi criada em Outubro de 2004, para se dedicar ao ensino e à investiga-
ção. Promove, ainda, a transferência para a sociedade, em especial para o tecido produtivo, de conhecimento e de tecnologia.
Instalada na Quinta do Comandante, contabiliza mais de 8.500 alunos formados, sendo frequentada por entre 350 a 400 alunos. De 2015 à atualidade, desenvolveu mais de 50 projetos com empresas e conta com mais de 350 parceiros.
No início do ano começou a ser desenhado o projeto de arquitetura do futuro Parque de Tecnologias e Inovação da ESAN.
Com um investimento que
andará pelos 60 milhões de euros, e que se baseará em candidaturas a fundos europeus, nove edifícios juntar-seão às actuais instalações na Quinta do Comandante, para ali sediar, nomeadamente, uma “Fábrica do Futuro”, que permita testar e desenvolver ideias e projetos das empresas, de alunos e de novos empreendedores. Incluirá um Centro de Inovação em Mobilidade.
Um “Berçário de Ideias”, uma Área de Acolhimento e Inovação Empresarial, um Centro de Design e Gestão e uma área para projetos estratégicos de interesse para a região também estarão na forja. |
ISCIA com três novidades paraonovoanoletivo
O Instituto Superior de Ciências da Informação e da Administração (ISCIA) foi constituído em 1989 em Aveiro, funcionando atualmente na freguesia de Santa Joana. É um estabelecimento de ensino superior do subsistema politécnico e do subsistema privado que ministra várias formações, entre elas Cursos Técnicos Superiores Profissionais (CTeSP), licenciaturas e mestrados.
O ISCIA disponibiliza «um conjunto de ofertas formativas que vão ao encontro das necessidades do mercado de trabalho e que são já uma referência em Portugal». A instituição de ensino, com mais de 30 anos de experiência, «desde sempre acompanha as tendências da sociedade e as exigências dos mercados de trabalho, nacional e internacional, no que respeita às necessidades formativas». Por outro lado, tem «excelentes relações com o tecido empresarial e instituições do setor social, através de protocolos de colaboração», havendo um «elevado número de alunos que conquistam um contrato de trabalho após a realização de estágio».
Para o próximo ano letivo, de 2022-2023, o instituto aveirense irá apresentar oito propostas nos CTeSP, que constituem uma formação mais específica e vocacional. São elas Acompanhamento de Crian-
ças e Jovens, Animação Turística e do Património Cultural e Natural, Comunicação Digital, Gestão de Unidades Desportivas e de Lazer, Psicogerontologia, Transportes e Logística, Gestão Industrial e Gestão de Alojamentos Turísticos. Estes cursos tem a duração de quatro semestres, sendo que o último é ocupado por um estágio garantido pela instituição de ensino numa empresa da área de formação. Estas formações dispõem de uma «forte componente prática».


Desta oferta, as licenciaturas em Educação Social e em Segurança e Saúde no Trabalho e o CTeSP em Gestão Industrial são novidades.
O ISCIA «dispõe de um conjunto de infra-estruturas de apoio às suas atividades educativas e de investigação que permitem que responda não só a elevados critérios de qualidade de ensino como também de conforto, acessibilidade e flexibilidade», refere a instituição de Aveiro.
Nas licenciaturas, os estudantes encontrarão quatro cursos no ISCIA no novo ano letivo: Proteção Civil, Educação Social, Gestão e Negócios e Segurança e Saúde no Trabalho. Quanto aos mestrados, Gestão de Emergência e Socorro, Higiene e Segurança Ocupacionais e Segurança, Defesa e Resolução de Conflitos é a oferta disponível. O instituto ministra igualmente pósgraduações, formação especializada e formação contínua.

As instalações, às portas da cidade, junto ao Parque de Feiras e Exposições, possuem 12 salas de aula (devidamente equipadas com videoprojetor interativo, computador com ligação à internet, sistema de som e ar-condicionado), um laboratório de física e de química aplicadas à segurança, uma biblioteca especializada, um estúdio de gravação de imagem e som e um auditório com capacidade para 150 pessoas sentadas.
O ISCIA «procura reunir os melhores profissionais em cada domínio do conhecimento, de forma a proporcionar aos seus alunos uma formação de qualidade reconhecida nos sectores dominantes», assinala. Acrescentando: «Procuramos ainda reunir as melhores condições para que os alunos se sintam bem, confortáveis e acolhidos». |
O ISCIA «procura reunir os melhores profissionais, de forma a proporcionar aos alunos uma formação de qualidade»

Serviço público obrigatório
de Almeida Castro *Aeducação é, antes de mais, uma obrigação. Obrigação para o Estado, que obriga as crianças e jovens a frequentar a escola até aos 18 anos de idade; obrigação para a sociedade que acredita na escola para mudar a vida de todos e de cada um.
É, neste sentido, que vejo a educação obrigatória: uma obrigação maior para quem a decreta; um direito maior para quem a frequenta.
Vejo a educação como a obrigação primeira do nosso país. Vejo a escola como o lugar onde a igualdade de oportunidades para todos é possível e necessária. Porque é na escola que o elevador social das nossas comunidades deverá ser evidenciado como uma realidade dita democrática.


Acredito numa escola de serviço público (devemos saber todos que o serviço público de educação é constituído por todas as escolas pú-

blicas e privadas!) capaz de incluir efetivamente as crianças e os jovens, as famílias e as não-famílias, levando todos a acreditar que vale a pena a educação. Simplesmente porque é pela educação, pela escola, que a vida vai melhorar para todos.
Para que a escola seja o que todos queremos que seja, é fundamental que a diferença seja por ela bem interpretada, e por todas as escolas a diferença seja bem lidada. E eu diria ainda um pouco mais: que a escola seja capaz de entender devidamente os comportamentos ditos difíceis de muitos; que as escolas sejam competentes na ultrapassagem das dificuldades de aprendizagem de tantos; que as escolas envolvam verdadeiramente aqueles que são portadores de necessidades especiais; que as escolas saibam, queiram e possam orientar devidamente quem tanto precisa.
E porque falamos sobre a diferença, vejo que muita coisa está ainda por fazer sobre a inclusão a sério de crianças e jovens, também na nossa comunidade. Já aqui, ao nosso lado, bem perto de nós! Olhemos!
Perante uma espécie de cegueira coletiva, surgem as utopias-tabus das questões, querendo construir o que não foi ainda feito:
- E se a educação não fosse obrigatória e fosse
antes um direito voluntário? Uma educação em que cada criança, cada jovem, cada família pudesse decidir se queria ser educada desta, daquela, ou doutra qualquer maneira?
- E se a educação não fosse obrigatória no lugar que alguém decidiu que fosse? Uma educação em que cada criança, cada jovem, cada família pudesse decidir sem amarras a escola mais capaz de educar quem dela precisa?
As questões por mais absurdas que sejam, são sempre promotoras de respostas impensadas, mas necessárias. E responder de modo diferente a questões diferentes pode ser coisa boa – a história tem-nos ensinado isso.


Enquanto vivemos num tempo de não-respostas, o meu lado de educador otimista (o melhor está para vir!) faz-me acreditar, apesar de tudo e cada vez mais, nos bons exemplos de pessoas e de instituições que tão abnegadamente – e tantas vezes incompreendidas – dão o seu melhor já hoje para que a educação a sério possa ser um dia o que deve ser para todas as crianças e jovens da nossa região, do nosso país.
Acredito, pois, num tempo de escolaridade obrigatória (até aos dezoito anos) que será, a seu tempo e com a contribuição de muitos, um direito a sério de todas as crianças e jovens, das famílias e das não-famílias de Portugal.
Acredito que haverá um tempo em que será um direito inalienável ser educado sem qualquer discriminação por um bom serviço público de educação – seja ele do Estado ou privado.
Até lá, vamos confiando e acreditando no trabalho realizado pelos bons exemplos de lugares que ajudam na educação e na reeducação séria e a sério das nossas crianças e jovens. Não existem muitos lugares desses, é certo. Mas existem alguns, e os que existem são realmente muito bons. |
Vejo a educação como a obrigação primeira do nosso país. Vejo a escola como lugar onde a igualdade de oportunidades para todos é possível

