Jornal do empreendedor
São Paulo, sábado, domingo e segunda-feira, 8 , 9 e 10 de dezembro de 2012
ESPECIAL TECNOLOGIAS MÓVEIS
Thomas Tolstrup/Image Source
MOBILIDADE o mundo todo conectado Novas opções de tablets e smartphones, serviços e aplicativos úteis ao cotidiano do usuário, mobile commerce e a chegada da rede 4G são os destaques do setor
BARBARA OLIVEIRA
A
mobilidade se transformou num mantra ou mania mundial. Todos querem ou precisam estar conectados o tempo inteiro e em qualquer lugar. E o Brasil é um gigante acordado para o uso de dispositivos móveis seja para ganhar produtividade no trabalho ou para desfrutar desse recurso nas horas de lazer. Tanto o consumidor final, como o pequeno e o grande varejo, as indústrias, empresas de serviços e governos não podem mais dispensar a tecnologia móvel se quiserem falar entre si ou com seus clientes e fornecedores. Segundo a empresa de consultoria Gartner, as vendas mundiais de smartphones cresceram 46,9% – com 169 milhões de unidades – no terceiro trimestre em comparação com o mesmo período do ano passado. A participação de smartphones no total de celulares comercializados entre julho e setembro foi de qua-
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se 40%. Samsung e Apple lideram com metade do mercado de telefones inteligentes e com 85% em participação dos sistemas operacionais (Android e iOS). No Brasil, segundo a IDC, as vendas de smartphones vão quase dobrar em relação ao ano passado, com 16 milhões de unidades e outros 3 milhões de tablets. Bruno Freitas, analista da IDC, observa que agora os aparelhos móveis estão impactando o mercado e mudando a forma de nos relacionarmos social e profissionalmente, assim como aconteceu com o PC nas décadas de 80/90. Pelo celular, podemos acessar a conta do banco, comprar um tênis numa loja online, pedir uma refeição, adquirir ingressos para o teatro, encontrar os preços mais baratos, etc.
APLICATIVOS Com a ajuda dos milhares de aplicativos disponíveis é pos-
No Brasil, as vendas de smartphones vão dobrar em relação a 2011. sível fazer uma série de operações que antes só era comum nos computadores ou por telefone. A ABI Research divulgou um estudo recente informando que cerca de 36 bilhões de aplicativos serão baixados pelos usuários no ano de 2012 no mundo todo. A mesma ABI informa que o total de dados trafegados em plataforma móveis no mundo subirá oito vezes nos próximos cinco anos.
A visualização desses aplicativos e os conteúdos novos que vão sendo agregados ao tráfego de dados exigem novos formatos para permitir conforto ao usuário. Assim, as telas de tablets e de smartphones estão mudando. Os tablets se ajustaram um pouco mais ao manuseio de uma só mão, oferecendo alternativas em 7 polegadas, enquanto os smartphones de ponta dos
principais fabricantes aumentaram um pouco o campo visual nos seus displays, passando a ter opções entre 4 e 5 polegadas. Sem falar na duração da bateria, mais longa e com ganhos de energia, e da capacidade de processamento desses dispositivos. "Quando de fala em consumo de internet, redes sociais, conteúdos de vídeos, é preciso uma boa interface, e a tela grande é a resposta a esse ecossistema", destaca o diretor de produtos de telecom da Samsung, Roberto Soboll. A fabricante norte-coreana ousou ao lançar um smartphone de 5,5 polegadas neste ano, o Galaxy Note.
NOVOS FORMATOS O formato da mobilidade não se limita aos telefones ou tabuletas eletrônicas, ele pode aparecer como um produto reversível, parecido com um notebook e com tela touch. São os equipamentos híbridos fininhos, que aceitam tecla-
dos físicos encaixados e, com um simples toque, deitam o display e viram um tablet. Vários fabricantes, como a Dell, a Lenovo, a Asus, trazem esses novos modelos conhecidos como ultrabooks reversíveis. A Intel entrou nesse segmento de ultrabooks (marca criada por ela) há pouco mais de dois anos, para oferecer uma opção ao usuário que precisa de mobilidade, mas não abre mão de um computador robusto. Os chips dos ultrabooks são de última geração, com baixo consumo de energia e baterias que duram mais de 10 horas, além de permitirem interação maior com o usuário. Para 2013, uma quarta geração de processadores montada na arquitetura Haswell vai equipar esses portáteis, prometendo uma interface mais sofisticada, pois vai responder a gestos, voz e reconhecimento facial do usuário. A Intel também ingressou no mercado de chips para celulares e tablets.