DC 22/05/2012

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Conclusão: 23h40

Ano 87 - Nº 23.629

www.dcomercio.com.br

Jornal do empreendedor

R$ 1,40

São Paulo, terça-feira, 22 de maio de 2012

Fórmula 300% Primeiro, a presidente lembrou da crise internacional e disse que estamos "300% preparados" para enfrentá-la. Depois, o ministro da Fazenda anunciou medidas para estimular o consumo, principalmente de veículos, que incluem corte de impostos, de juros e financiamentos maiores. Ele espera redução de 10% no preço dos carros. Pág. 11

Ordem de despejo para os camelôs do Centro O prefeito Kassab deu 30 dias para a retirada dos camelôs legais de seus bolsões no Centro. Eles deverão ganhar novo local em shoppings populares na área do Pátio do Colégio. Preservação e urbanidade são as justificativas. Pág. 9

E quem apura a verdade de Stálin? Em tempos de Comissão da Verdade, Luiz Carlos Lisboa pergunta: Stálin, um assassino, ficará incólume? Página 3

Bicheiro depõe hoje na CPI

Evelson de Freitas/AE

STF recusou 2º pedido de adiamento e Cachoeira terá de aparecer. Resta saber se abrirá o bico. Página 5 Reuters

DIA LIVRE DE IMPOSTOS

Gênios da tecnologia sob a luz dos negócios

Brasileiro vai trabalhar 150 dias para satisfazer a fome do Leão – um recorde. Na terça-feira, 29, o cerco do Fisco deixará o cidadão em paz pela 1ª vez em 2012. Confira as contas do sufoco na pág. 14.

HOJE

ISSN 1679-2688

23629

Sol com algumas nuvens. Não chove. Máxima 24º C. Mínima 13º C.

AMANHÃ 9 771679 268008

Sol com algumas nuvens. Não chove. Máxima 26º C. Mínima 14º C.

Empresas e universidades se unem para ensinar novos talentos a empreender. Pág. 21

'Aviso' da Al-Qaeda no Iêmen: 96 mortos. Rede assumiu atentado de homem-bomba e avisou que objetivo era matar o ministro da Defesa. Pág. 8


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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terça-feira, 22 de maio de 2012

Estancar o processo de desintermediação financeira em curso na Grécia não resolverá os problemas do país. Roberto Fendt

pinião

Yiorgos Karahalis/Reuters

PAULO SAAB

NOSSOS TRAÇOS NACIONAIS

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Deixar quebrar o sistema bancário grego não resolve o problema: agravará as dificuldades existentes e pode contagiar outros países.

Crises bancárias: desta vez é diferente?

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pífio desempenho da economia brasileira no primeiro semestre está sendo creditado por muitos economistas às restrições ao crescimento do crédito bancário e ao agravamento da crise na zona do euro. As restrições internas estariam travando o aumento do consumo, enquanto a ampliação da crise externa estaria gerando incertezas e limitando o crescimento das exportações. Curiosa explicação. Na Caixa Econômica Federal, por exemplo, a carteira de crédito teve expansão de 7,7% entre janeiro e março deste ano e cresceu 41% nos últimos doze meses. O estoque de empréstimos chegou a R$ 270 bilhões e sua participação no mercado de crédito subiu de 10,9% para 13% de 2010 para 2011. O BNDES e o Banco do Brasil afirmam que continuam apoiando o crescimento da economia através de suas operações de crédito. Além disso, a CEF e o BB já anunciaram reduções nas taxas de juros cobradas. Mesmo admitindo-se que tenha ocorrido uma retração do crédito nos bancos privados nos últimos 30 dias, isso não explicaria porque caem as estimativas do PIB nos últimos três meses. Não explica também porque os demais bancos públicos não estariam seguindo a política da CEF e aumentando sua fatia de mercado à custa do espaço deixado livre pelos bancos privados. Parece mais sensato apelar para uma explicação alternativa: a queda da demanda – e não da oferta – do crédito bancário aos consumidores. Essa explicação é mais simples e crível; os consumidores estão já muito endividados, pelo

ROBERTO FENDT maior comprometimento de sua renda com a prestação da casa própria e com o automóvel da família, para ficar apenas com dois itens. Se o crédito está se contraindo pelo lado da demanda dos consumidores por mais financiamento, estimular o aumento do crédito interno, por exemplo, por meio da redução dos depósitos compulsórios dos bancos junto ao Banco Central, seria no mínimo inócuo.

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alvez fosse mais eficaz reduzir a absurda carga tributária incidente sobre o consumo e a produção. A pesadíssima tributação da eletricidade, por exemplo, reduz a competitividade das empresas instaladas no País em relação às empresas estrangeiras, que para cá exportam. Os tributos incidentes sobre a telefonia tornam a nossa comunicação das mais caras do mundo. E por aí vai. Na zona do euro, a questão

está colocada de forma distinta. Lá, quase toda a discussão centra-se na oposição "austeridade" (ou seja, redução do deficit fiscal por aumento de impostos e diminuição de gastos) e "crescimento" (entre outros motivos meritórios, para aumentar a arrecadação e estancar o crescimento das dívidas públicas).

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iferentemente da discussão brasileira, falase menos lá do que aqui no sistema financeiro. O foco do debate na oposição entre austeridade e crescimento não tem permitido explicar porque a "austeridade" não está produzindo nem ajuste fiscal nem crescimento. Para ficarmos somente com o caso da Grécia, desde 2010 o crédito bancário vem se contraindo. Essa redução do estoque de empréstimos está reduzindo o capital de giro das empresas, e por seu intermédio, encolhem a pro-

Evitar que o processo de redução do crédito bancário prossiga deve ser a preocupação número um das autoridades monetárias nacionais e do Banco Central Europeu.

dução e o emprego. Evitar que o processo de redução do crédito bancário prossiga deveria ser a preocupação número um das autoridades monetárias nacionais e do Banco Central Europeu. A instituição custou a perceber que um banco central é emprestador de última instância, a exemplo do que fez o seu congênere americano, o Federal Reserve, evitando a quebra do sistema financeiro dos Estados Unidos.

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e a Grécia deixar a zona do euro, certamente o fará em decorrência de uma corrida bancária, nos moldes do que já está se ensaiando, mais do que por problemas decorrentes da "austeridade". Ao contrário do que muitos supõem, crises bancárias ocorrem de tempos em tempos e têm mais similitudes do que diferenças. Carmem Reinhart e Kenneth Rogoff escreveram um fascinante livro que teve por título This time is different ("Desta vez é diferente"), mostrando exatamente isso. Conseguir estancar o processo de desintermediação financeira que está em curso na Grécia não resolverá todos os problemas do país e da zona do euro. A Grécia continuará não competitiva e o seu déficit fiscal não desaparecerá da noite para o dia. Reformas estruturais precisarão ser postas em prática no país. Mas deixar quebrar o sistema bancário grego não resolverá problema algum – apenas agravará as dificuldades existentes e, por contágio, afetará não somente a área do euro mas também países distantes, como o nosso. ROBERTO FENDT É ECONOMISTA

Presidente Rogério Amato Vice-Presidentes Alfredo Cotait Neto Antonio Carlos Pela Carlos Roberto Pinto Monteiro Claudio Vaz Edy Luiz Kogut Érico Sodré Quirino Ferreira Francisco Mesquita Neto João de Almeida Sampaio Filho João de Favari Lincoln da Cunha Pereira Filho Luciano Afif Domingos Luís Eduardo Schoueri Luiz Gonzaga Bertelli Luiz Roberto Gonçalves Nelson Felipe Kheirallah Nilton Molina Paulo Roberto Pisauro Renato Abucham Roberto Faldini Roberto Mateus Ordine

hamei já a atenção dos leitores, algumas vezes, sobre a necessidade de o Brasil traçar um plano nacional único de educação, em torno do qual toda a nação deve se unir para buscar objetivos –acima dos interesses partidários e grupais – a serviço do País. Não me considerando utópico nem sonhador, sei da dificuldade disso vir a acontecer, mas não descanso na missão de conscientizar os brasileiros de que o único modo de acabarmos com os cachoeiras, os valérios, os delúbios, os dirceus da vida, é elevar qualitativamente (e quantitativamente) o grau de instrução, educação, cidadania, da população. A luta é secular. Já mencionei também o que disse Frei Vicente do Salvador em carta de 20 de dezembro de 1627, dizendo que os habitantes do Brasil deviam o que tinham, pisavam na água que bebiam e que deixavam de tratar do bem comum para cuidar do particular. O relato está na página 227 da 4ª edição de meu livro 1500, A Grande Viagem.

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conta é simples: 2012 menos 1627. Igual a 385 anos de manutenção de uma situação decorrente da falta de educação, em todos os sentidos, do povo pátrio. O tempo nada mudou. No livro A carne e o sangue, em que Mary Del Priore descreve o Brasil de Dom Pedro I, sua esposa D. Leopoldina e sua amante Domitila (Marquesa de Santos), o relato se passa em novembro de 1823, 196 anos após Frei Vicente do Salvador e 189 antes de nós. E diz: "Tudo aqui (Rio de Janeiro) vai devagar. A corrupção e a impostura já eram motivo de lamento... religiosos, funcionários e famílias abastadas possuíam privilégios e distinções". Pouco difere o Brasil colônia do Brasil vice-reino, do Brasil República de hoje. Remedia-se aqui, faz-se algo ali, mente-se em todo lugar para o povo e desvia-se dinheiro público de forma assustadora. Os governantes e políticos, desde a chegada de Cabral, exploram a ingenuidade e a ignorância popular, dando, à exemplo de Roma, pão e circo e algumas mesadinhas humilhantes pelo valor, mas que perpetuam a dependência de muitos do

Remedia-se aqui, faz-se algo ali, mente-se para o povo e desvia-se dinheiro público. Governantes e políticos, desde Cabral, exploram a ingenuidade e a ignorância da população.

pouco que se oferece em troca de voto e da manutenção da situação que eterniza a corrupção e a impostura descritas em 1627 e em 1823.

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orrupção todos sabemos o que é: nós a sentimos na pele e vemos na mídia cotidiana. Impostura já é mais sofisticada. Uma arte, da qual, desde o descobrimento, os mais espertos se valem para obter privilégios e fortuna. Da era Lula até agora, é quase uma espécie de lema oficial e da chamada base aliada (aliada na arte da impostura e da corrupção). Impostura é a "ação de enganar com falsas aparências ou falsas imputações." Incrível, não? Define os réus do mensalão e imensa parte das celebridades da vida nacional (política, artística, educacional, o que for) e define o modo de agir da maioria dos integrantes do poder público, notadamente de dez anos para cá. Mas isso vem desde as raízes do patropi. Essa mesma impostura acentuou a si própria e a corrupção com a chegada ao poder de quem se elegeu propagando combater aquilo que os alimenta. Fica a questão: esses mesmos comensais beneficiários da corrupção e da impostura detêm o poder e os meios de transformar o País através da educação. Isso, todavia, os tiraria do patamar alcançado com a corrupção e a impostura. Esse é o dilema shakespeariano do nosso país. Em vez de "ser ou não ser?", vale para nós "educar ou não educar?". A resposta fica sempre abaixo da necessidade de revolucionar os costumes por meio do conhecimento. E viva "nóis". PAULO SAAB É JORNALISTA

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E ESCRITOR


DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 22 de maio de 2012

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pinião

OS CRIMES DA ERA STÁLIN NUNCA FORAM DISCUTIDOS, APESAR DOS NÚMEROS MONSTRUOSOS.

THOMAS L. FRIEDMAN

Mesmo após a queda do Muro de Berlim, quando a ideologia comunista deixou de ser pretexto para a repressão política, não se cogitou uma estância julgadora para apontar culpados e restabelecer a justiça na Rússia.

É

espantoso que aquele que foi talvez o maior assassino da história moderna não tenha merecido um estudo apurado e isento das barbaridades que cometeu durante mais de 70 anos no país que ele mesmo batizou de União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Se no Chile e na Argentina os desaparecimentos políticos, a tortura e a morte foram e são exaustivamente investigados, e se no Brasil foi instaurada recentemente uma comissão encarregada de verificar o que foi feito durante os governos militares a partir de 1967, por que na Rússia de Stálin nada se fez de parecido? Há muitas respostas para esta pergunta, mas duas se destacam: primeiro, naquele país muitos dos culpados pela perseguição política e pelos homicídios de responsabilidade do Estado ainda estão no poder, e, segundo, porque ali faltou a motivação ideológica que pôs em marcha as acusações que, em outros países, criaram as comissões da verdade e apontaram os culpados. Quando o ex-presidente Raul Alfonsin criou na Argentina a Comissão Nacional sobre o Desaparecimento de Pessoas (Conadep), reinaugurando no mundo, muitos anos depois dos julgamentos de Nuremberg, as investigações e os processos sobre crimes políticos, ficou claro que a existência de vítimas sobreviventes era essencial para o êxito das apurações. Eram cerca de 600, então, os argentinos que haviam testemunhado pessoalmente as torturas e mortes investigadas. Graciela Meijide, ex-ministra argentina, lembrou mais de uma vez, em entrevistas, que a existência e o depoimento de sobreviventes aumentava a qualidade das provas que se acumulavam contra os carrascos. Um grande número de livros denunciou os quase 70 "anos de chumbo" soviéticos, depois do famoso discurso de Nikita Krutchev, de fevereiro de 1956, em que ele acusou Stálin pela condenação, tortura e morte de milhões de inimigos políticos, reais e imaginários. Mas essa denúncia não imobilizou, ao que se saiba, o rolo compressor soviético – e depois disso nunca foram denunciadas a morte e a tortura. Mesmo após a queda do Muro de Berlim, quando a ideolo-

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TODOS OS OVOS EM DUAS CESTAS

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Comissão da Verdade para Rússia de Stálin gia comunista deixou de ser pretexto para a repressão política, não se cogitou da criação de uma estância julgadora capaz de apontar culpados e de restabelecer a justiça na Rússia – como se milhões de pessoas não tivessem morrido nas prisões do país pelo simples pecado da dissidência política.

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mbora parte dos arquivos da polícia secreta soviética, a KGB, tenham sido franqueados a pesquisadores, ninguém foi mencionado como autor dos horrores cometidos nas sete décadas em que Stálin reinou como senhor absoluto da Rússia. E à medida que o tempo passa as testemunhas dos crimes vão morrendo, para alívio de seus carrascos. O Livro Negro do Comunismo: Crimes, Terror, Repressão, editado por Stéphane Courtois, diretor do Centre national de la recherche scietifique, em Paris, reuniu estudos de professores e pesquisadores universitários da Europa sobre o extermínio em massa ordenado por Stálin. A obra foi lançada por ocasião dos 80 anos da Revolução Russa de 1917. Nela é feito um levantamento da repressão política movida por regimes autodenominados marxistas-leninistas, incluindo execuções extrajudiciais, deportações e perseguição policial implacável. Publicado primeiro em 1977, na França, o Livro Negro tem como autores acadêmicos e especialistas europeus respeitáveis, como Nicolas Werth, pesquisador do Institut d'Histoire du Temps Présent (IHTP) em Paris; Jean-Lous Panné, especialista no movimento comunista internaciona; Andrzej Paczkowski, dire-

LUIZ CARLOS LISBOA tor do Instituto de Estudos Políticos da Academia Polonesa de Ciências e membro da comissão arquivadora do Ministério Polonês de Assuntos Internos; Karel Bartošek (19302004), historiador checo e investigador no IHTP; Jean-Louis Margolin, pesquisador da Universidade da Provença e do Instituto de Investigação do Sudeste Asiático; Sylvain Boulougue, pesquisador associado do GEODE, Universidade de Paris X; Pascal Fontaine, jornalista especializado em América Latina; Rémi Kauffer, especialista em história dos serviços secretos, terrorismo e operações clandestinas; Pierre Rigoulet, pesquisador do Instituto de História Socia e Yves Santamaria, historiador.

A

introdução da obra, a cargo do editor Courtois, declara que "os regimes comunistas tornaram o crime em massa uma forma de governo". A seguir mostra estimativas não oficiais (porque nada se fez na Rússia a respeito) e apresenta um total de mortes que chega a 94 milhões, descontados os decréscimos de população motivados pela queda das taxas de natalidade. O número de mortes por condenações secretas é chocante: 20 milhões somente na União Soviética, 1 milhão nos estados comunistas do

Leste Europeu e 10. 000 mortes resultantes das ações do movimento internacional comunista e de partidos comunistas fora do poder. A obra mostra que os regimes ditos socialistas de inspiração soviética foram responsáveis por um número maior de mortes do que qualquer outra ideologia ou movimento político, incluindo o fascismo. As estatísticas referem-se a execuções sumárias após julgamentos simulados, fomes intencionalmente provocadas, mortes resultantes de deportações e trabalhos forçados. Uma lista parcial minuciosa de crimes cometidos na União Soviética durante os regimes de Lênin e Stálin e jamais julgados ou sequer divulgados no processo chamado de desestalinização, inclui as execuções de dezenas de milhares de reféns e prisioneiros, e a de centenas de milhares de operários e camponeses rebeldes entre 1918 e 1922.

S

oma-se a isso a Grande Fome russa de 1921, premeditada pelas autoridades, que levou à morte cinco milhões de pessoas, tal como a deportação e o extermínio dos cossacos do Rio Don, em 1920 e o extermínio de dezenas de milhares em campos de concentração de trabalho entre 1918 e 1930. Aida mais, um grande expurgo exterminou 690.000 pessoas naquele ano, junto com a deportação dos chamados "kulaks" entre 1930 e 1932. É de se mencionar também o genocídio de 10 milhões de ucranianos – chamados de "Holodomor" -- e de 2 milhões de pessoas em 1932 e 1933. A deportação de poloneses, ucranianos, bálticos, moldavos e bessarabianos em 1939 e 1941 foi seguida de uma outra em 1944 e 1945, no final da Segunda Guerra Mundial. E houve igualmente a deportação dos alemães do Volga, ao mesmo tempo que a deportação dos tártaros da Criméia em 1943 e a remoção forçada dos chechenos em 1944, paralela com a dos inguches naquele mesmo ano. Em Nuremberg os criminosos de guerra morreram na forca; já na Rússia de Putin eles morrem nos hospitais de luxo de Moscou e de São Petersburgo. LUIZ CARLOS LISBOA É JORNALISTA E ESCREVE DE PRINCETON, EUA

assei a semana passada viajando por dois dos maiores centros de inovação dos Estados Unidos – Vale do Silício e Seattle – e a viagem me deixou com uma sensação mista de alegria e medo. A animação é não só por ver a quantidade impressionante de inovações, mas também porque as novas ferramentas, como o fundador da Amazon.com, Jeff Bezos, me disse, "estão eliminando todos os intermediários" – tornando mais fácil e mais barato do que nunca publicar o próprio livro, fundar a própria empresa e escolher seu próprio sonho. Nunca as pessoas tiveram tanto poder, e ainda estamos no começo dessa tendência. Graças à computação em nuvem para as massas, qualquer um, em qualquer lugar, pode, por uma pequena taxa/hora, alugar as mais poderosas ferramentas de cálculos e memória na "nuvem" da Amazon para testar qualquer algoritmo, fundar uma empresa ou publicar qualquer livro. "Dezesseis dos 100 principais best-sellers no Kindle, hoje, foram edição própria", informou Bezos. Isso significa nenhum agente, nenhuma editora, nenhum papel – só um autor (que recebe a maioria dos direitos), a Amazon e o leitor. Por isso, diz Bezos, a função de líder de uma empresa está mudando rapidamente: "Você tem de pensar em si mesmo não como um projetista, mas como um jardineiro", – semeando,

cuidando, cultivando as ideias que vêm de baixo e depois se certificando de que as pessoas vão executá-las. As principais empresas liderando essa tendências – Amazon, Facebook, Microsoft, Google, Apple, LinkedIn, Zynga e Twitter – têm sede e são negociadas na bolsa nos EUA.

E

ntão por que o receio? É que estamos saindo de uma era de mais ou menos 50 anos, na qual ser presidente, governador, prefeito, reitor, era, no fundo, dar algo às pessoas, e entrando numa era – que ninguém sabe quanto vai durar – na qual ser presidente, governador, prefeito ou reitor será, no fundo, tirar algo das pessoas. E se não fizermos a transição de modo inteligente, essa tendência não vai se difundir como deveria. O que temos de preservar é a mistura mágica de educação superior de ponta, pesquisa financiada pelo governo e imigração de tomadores de risco com alto QI. Elas, combinadas, são a galinha de ovos de ouro dos EUA, que está pondo todos esses ovos em Seattle e no Vale do Silício. A China está com uma galinha neste momento. Ela só precisa fazer as tarefas que já inventamos, e de forma mais barata. Os Estados Unidos

têm de inventar novos empregos – e isso exige preservar a galinha. A Microsoft ainda realiza mais de 80% de suas pesquisas nos EUA, mas fica cada vez mais difícil continuar assim quando um impasse no Capitólio a impede de conseguir vistos para trabalhadores com o conhecimento de que precisa, já que as universidades americanas não os estão produzindo em número suficiente. Talvez não haja outra opção a não ser transferir mais pesquisas para outros países.

É

assustador ver como cortes no orçamento da Califórnia estão reduzindo uma das joias da coroa da educação norte-americana – o sistema da Universidade da Califórnia – a uma sombra do que já foi. E temo que os cortes estejam apenas começando. Quando reduzimos investimentos em educação superior e em pesquisas, "atiramos em nossos dois pés", observou K.R. Sridhar, fundador da Bloom Energy, empresa de pilhas de combustível do Vale do Silício. O Departamento do Trabalho divulgou há duas semanas que mesmo com nossa taxa nacional de desemprego em alta, as empresas anunciaram 3,74 milhões de vagas em março.

Trata-se, em parte, de uma incompatibilidade de habilidades. Num esforço para resolver isso e ajudar a preencher os buracos nos financiamentos para a educação superior no Estado de Washington, Boeing e Microsoft recentemente apoiaram um plano pelo qual o Estado – que estava cortando fundos para universidades estatais, mas não permitia que elas aumentassem as taxas de matrícula – permitiria às faculdades um aumento gradual das taxas, enquanto as duas empresas contribuiriam, cada uma, com US$ 25 milhões para bolsas de estudo a alunos que quisessem estudar ciências e tecnologia. Investimentos em nossas instituições coletivas e em oportunidades são a única forma de atenuar as desigualdades de renda que podem surgir de um mundo onde um funcionário do Facebook pode se tornar bilionário da noite para o dia, ao mesmo tempo em que as universidades que os formaram têm de cortar bilhões da noite para o dia. Como tenho dito, os países que não investem no futuro tendem a não se dar bem quando ele chega. THOMAS L. FRIEDMAN É COLUNISTA DO NEW YORK TIMES. TRADUÇÃO: RODRIGO GARCIA


DIÁRIO DO COMÉRCIO

4 -.GERAL

GibaUm

3 O ex-ministro Nelson Jobim 3 MAIS: se o candidato for insiste, em encontros do PMDB, que o partido deve apresentar candidatura própria em 2014.

gibaum@gibaum.com.br

k Essa coisa de Banco Central independente já acabou. É uma coisa ridícula.

terça-feira, 22 de maio de 2012

DELFIM NETTO // ex-ministro da Fazenda, sobre o controle de Dilma em cima do BC

Fotos: Fernando Scheapfer

ele, melhor. O vice Michel Temer, que quer continuar no cargo, até passa mal com essas histórias.

Missa dominical 333 No domingo, na missa do meio dia, na igreja de São José, no Jardim Europa, em São Paulo, conhecida como igreja dos bacanas, devido a quantidade de pessoas famosas que freqüentam o templo, o empresário Abílio Diniz, com sua mulher Geise e as duas filhas, rezava compenetrado e participava da coroação de imagem de Nossa Senhora, jogando pétalas de rosas brancas. Católico fervoroso, o semblante de Abílio lá era de serenidade – e certamente, preparação para mais uma semana de combate com os franceses.

SAIA JUSTA Salários à mostra 333 Depois de uma resistência inicial, Senado e Câmara Federal deverão seguir o Executivo e divulgar salários dos servidores públicos. Há uma discussão em torno do sigilo bancário e dentro de dias, uma decisão do Supremo Tribunal Federal poderá criar jurisprudência em torno do assunto. Chile, Peru e México são alguns países da América que divulgam salários dos servidores. Os salários dos funcionários da Casa Branca também estão disponíveis para consulta. No Brasil, desde 2009, a informação é disponibilizada pelo site da Prefeitura de São Paulo, pioneira na área.

EFEITO GRAÇA A Petrobras patrocinava há dez anos o Festival de Cinema Brasileiro de Nova York, que deveria começar dia 9 de junho e que acaba de ser cancelado. Motivo: a estatal suspendeu o patrocínio de R$ 1,5 milhão, o que já pode ser entendido como conseqüência da ação de Graça Foster também na área de marketing da Petrobras. Ela acha que a empresa torra uma dinheirama por ano em ações promocionais e de propaganda sem nenhum retorno para sua imagem. Detalhe: a Petrobras vai cancelar outros tantos patrocínios este ano. 333

Michele Umezu era dançarina de pole dance no Japão e teve um affair de uma única noite com o ex-jogador Ronaldo Fenômeno. Da relação (com proteção, ela é capaz de jurar) nasceu Alex, o filho extracasamento do atual presidente da empresa 9ine. E tudo aconteceu dentro de uma boate em Tóquio: “Eu me lembro de todos os detalhes. Ele não é bonito, mas tem pegada”. Agora, resolveu tirar a roupa (quase tudo) para o Paparazzo. Michele e o filho moram num flat de 80 metros quadrados, em São Paulo, esperando que o ex-craque compre um apartamento para eles.

Éamãe do Alex

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333 “Você sabe com quem está falando?” – essa é a pergunta que, há muito tempo, simboliza a famosa carteirada vigente no Brasil, onde alguém, para tirar vantagem em algum lugar, exibe algum tipo de identidade que, supostamente, lhe concede importância e privilégios. Muitas vezes, a modalidade sucumbe de cara; em outras, dá muito certo. A novidade é que, nos círculos políticos, já está sendo detectada novo tipo de carteirada. Para tentar convencer outros políticos do que pretende que seja realizado, para garantir qualquer ação ou mesmo para reivindicar verbas ou favores, a figura fala que “está fazendo o que Lula mandou” ou “é assim que Lula quer que seja feito”. Em algumas situações, até tem o dedo do ex-presidente; em 90%, não.

Uma nova carteirada

A Globo pretende explorar outras histórias surpreendentes de seus mais famosos contratados, dando seqüência a um suposto filão que teve nova fase inaugurada por Xuxa. Duas matérias estão quase prontas: uma delas é sobre conhecida atriz que apanhava do marido e silenciava; outra é de veterano ator, sempre discreto, que assume seu homossexualismo e revela as perseguições sofridas. Quem viver, verá.

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Mão de linguiça Aos 28 anos, Paula Fernandes faz 25 shows pelo país por mês, vendeu mais de 1,6 milhão de copias de seu último CP e prepara novo trabalho, Meus Encantos. Canhota, como Paul McCartney e Jimi Hendrix, ela vê nisso grande vantagem: “Toco com as cordas invertidas. O que é muito bom porque no churrasco ninguém vem com a mão suja de lingüiça pegar no meu violãozinho”. 333

333 Ivete Sangalo, Luan Santana e Thiaguinho foram as atrações de um espectáculo na Arena Anhembi, em São Paulo, em comemoração aos 100 anos da marca de chocolate Lacta. Na platéia, famosos de todos os tipos, tamanhos e cores garantiam o pão nosso de cada dia dos paparazzi. Entre tantos, a operada modelo Lea T. (esquerda), aguardando as semanas de moda do Rio e São Paulo; Kaká e Caroline Celico (centro), em temporada de férias (dois meses) no Brasil; e à direita, o vitorioso Thiago Abravanel, que se prepara para estrear na Globo.

Platéia colorida

O que Xuxa não falou As redes sociais estão cheias de comentários – e de todos os tipos – sobre o depoimento de Xuxa ao Fantástico (30 pontos de audiência), confessando que sofreu vários abusos quando tinha 13 anos de idade. Entre os que abusaram, um amigo de seu pai e um homem que ia se casar com a avó dela. Mas, Xuxa também confessa que até hoje não consegue avaliar até que ponto tinha culpa na história. Não há dados oficiais no Brasil sobre volume de crianças abusadas. As estatísticas dizem que 38% dos casos é por conta do pai, 29% pelo tio, vizinhos e por desconhecidos que não são denunciados (a própria família prefere abafar). Xuxa não contou que, aos 17 anos, era candidata a Pantera, em quente baile pré-carnavalesco no Rio e também precocemente, exibia sua nudez em Ele, Ela. Não citar o pai de Sasha, Luciano Szafir, é coisa de seu lado de majestade. 333

h IN Madeira.

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NOVO FILÃO

MISTURA FINA O PRESIDENTE da J&F, Joesley Batista, 39 anos, dono de super-fortuna, que coordenou pessoalmente com Fernando Cavendish a compra da Delta, está oficializando sua união com a apresentadora do Jornal da Band, Ticiana Villas-Boas, baiana, 31 anos. 333

333 SE o PSD ganha no TSE acesso ao Fundo Partidário, será o sétimo partido em volume de recursos, atrás do PT, PMDB, PSDB, PR, PSB e PP. O DEM é o que mais perde dinheiro: sua fatia cai de 7,05% para 4,94%. Os demais partidos não chegam a reduzir 1% de sua participação no fundo.

EMBORA a presidente Dilma Rousseff repita que a CPI do Cachoeira é assunto do Congresso, um olheiro especial do Planalto acompanha tudo o que acontece lá: é Paulo Argenta, subchefe de Assuntos Parlamentares do Ministério de Relações Institucionais. Desde as CPIs dos Bingos e dos Correios, entre 2005 e 2006, ele é o braço direito de Ideli Salvatti.

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Bonita e gostosa 333 Ivete Sangalo acaba de voltar de um show no Paraguai e se prepara para novas apresentações na Itália, Portugal, Espanha e França. Está adorando sua nova fase de atriz: depois de um dos episódios da série As Brasileiras, será Maria Machadão no remake de Gabriela. Domingo próximo, comemora 40 anos. “Todo mundo vai envelhecer. Estou belíssima. Se estivesse um bagulho... Hoje, me olhei no espelho e falei: 40 anos, bonita e gostosa. Que mulher! Liguei para o meu marido e falei: você é um sortudo!”.

333 Alguns ministros do Supremo confessam seu constrangimento diante da posição do colega Antonio Dias Toffoli, que já foi advogado de Lula e que até agora não se declarou impedido para julgar o mensalão diante do fato de que sua namorada Roberta Rangel defende alguns petistas mensaleiros. Entre eles, José Dirceu, Professor Luizinho e Paulo Rocha.

OUT

Plástico

Organizações Kakay 333 Nem só da defesa de estrelas cadentes e ascendentes – seus clientes mais recentes são Demóstenes Torres, Carolina Dieckmann e Duda Mendonça – vive o advogado mineiro Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay. Além do escritório de advocacia que tem em Brasília, onde mora, ele é sócio do restaurante Piantella, tradicional na cidade e na Expand, empresa que importa e comercializa vinhos. É também sócio de José Sarney numa fazenda, a Divitex e da empresa Data Traffic, especializada em lombadas eletrônicas.

O SENADOR Aécio Neves (PSDB-MG) conversou, na semana passada, com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), no Recife. Tricotaram sobre o prefeito de Belo Horizonte, Marcio Lacerda (PSB), cujas relações estão estremecidas com Aécio. Primeiro, há aliança com o PT na vice de Lacerda que é o mais citado para governador em 2014 e principal concorrente dos tucanos na sucessão de Antonio Anastásia. 333

O PREFEITO Gilberto Kassab, de São Paulo, acaba de nomear para a Secretaria de Participação e Parceira, a professora Vera Bussinger. É mais um lance para impedir que os socialistas apoiem a candidatura de Fernando Haddad.

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NAS ÚLTIMAS pesquisas de intenção de votos para a prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad (PT), favorito de Lula, aparece com 3%. Agora, o marqueteiro João Santana encomendou novas pesquisas onde o nome de Haddad aparece como “apoiado por Dilma e Lula”. Aí, sobe para 17%, o que resulta em empate com Celso Russomano, candidato do PRB.

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Colaboração: Paula Rodrigues / A.Favero

CHARGE DO DIA


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 22 de maio de 2012

5 CALHAMAÇO Para acusar Cachoeira, a PF precisou de 90 mil páginas.

olítica

OPERAÇÃO VEJA Collor volta a pedir convocação de Civita e Policarpo Júnior na CPMI.

Roosevelt Pinheiro/ABr - 13.06.05

STF autoriza depoimento. Agora é com Cachoeira. A dúvida é saber se ele vai falar, pois o tribunal lhe dá o direito de ficar quieto para evitar autoincriminação.

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pesar dos pedidos de novo adiamento, o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou ontem o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, a depor hoje na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, a CPMI do Cachoeira, que investiga as suas relações com agentes públicos e privados. A defesa de Cachoeira, que deverá ser ouvido a partir das 14 horas, alegou que não teve tempo de acessar as mais de 90 mil páginas dos inquéritos das operações Vegas e Monte Carlo, da Polícia Federal. Na semana passada, Celso de Mello havia concedido à defesa o direito de acesso aos documentos, adiando a ida de

Cachoeira. Agora, disse que a Apesar de ter rejeitado o seCPMI garantiu esse direito. gundo pedido de adiamento, o De acordo com o ministro, ministro ressaltou na decisão apesar disso a CPMI informou que, pela jurisprudência do que não houS T F , n i nve interesse guém é obridos advogag a d o a p r odos em conduzir provas Toda pessoa sultar em contra si convocada por uma p ro fu nd id amesmo. Ou de os dados. s e j a , C aCPMI (...) tem de "É de assinachoeira podizer a verdade e lar, por relederá optar tem o direito ao vante, que por não ressilêncio para evitar se propiciou, ponder as ina autoincriminação. d a g a ç õ e s a o s o r a i mpetrantes, que possam CELSO DE MELLO, DO STF mesmo nesprovocar aute fim de setoi ncrim inamana, amplo acesso a todos ção. O ministro afirmou que os elementos e documentos qualquer pessoa convocada (...) não havendo notícia de por uma CPMI tem um dever que eles tenham se utilizado triplo: "comparecer, responde tal faculdade", afirmou. der às perguntas e dizer a verCarlos Humberto/SCO/STF dade. No entanto, está resguardado o direito ao silêncio como forma de evitar a autoincriminação", explicou. Até agora a CPMI não teve nenhum depoimento aberto e seu presidente, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), chegou a admitir que a comissão estava "meio devagar". A ida de Cachoeira poderá dar novo ânimo às investigações. Testemunha – O advogado Ruy Cruvinel, arrolado como testemunha de defesa do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO), comunicou Celso de Mello reconsidera decisão tomada: Cachoeira pode falar. ontem que não irá prestar de-

Collor volta a pedir Civita, Policarpo e Gurgel na CPMI. Senador diz que convocação é para esclarecer ligações com o crime organizado

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senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL) defendeu ontem, pela segunda vez, a tomada de depoimentos do procurador-geral da República, Roberto Gurgel; do dono da Editora Abril, Roberto Civita; e do jornalista Policarpo Júnior, diretor da Veja em Brasília, pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, a CPMI do Cachoeira. Para o senador, está em curso "mais uma tentativa de manipulação da opinião pública". Ele acredita que o objetivo é "fazer a sociedade acreditar que há uma campanha de cerceamento à liberdade de imprensa e de controle dos meios de comunicação, simplesmente por se tentar investigar ligações da Veja com o crime organizado, por se tentar ouvir o jornalista Policarpo Júnior e o senhor Roberto Civita numa CPMI". De acordo com Collor, "nada mais retrógrado, dissimulado e miasmático do que a velha e conhecida tática de desviar o foco do debate para encobrir a realidade", afirmou. Ele disse haver "fortes indícios" de que a revista, há quase uma década, vem "mantendo ligações Ed Ferreira/AE

Fernando Collor: para senador, seções da Veja viraram caçaníqueis, como nos cassinos. Ele diz que ninguém quer cercear a imprensa, mas esclarecer crimes cometidos.

escusas e suspeitas com uma organização criminosa por meio de troca de favores, de troca de informações e tráfico de influências". Segundo o parlamentar, é preciso ficar claro até que ponto há uma "coabitação perniciosa que extrapola uma mera relação jornalista e fonte".

Há fortes indícios de que a Veja, há quase uma década, vem mantendo ligações escusas com organização criminosa. FERNANDO COLLOR DE MELLO Collor defendeu que "investigar essa coabitação" não tem nada a ver com cerceamento de liberdade. 'Falamos de crime e não de ferir a livre manifestação", justificou. Na visão do senador, "Civita encarna a figura do próprio departamento comercial" e sua revista "passou a viver do lobby editorial, para beneficiar

outros grupos, e da necessidade de fabricar escândalos". Para ele, a revista se equivale a um "autêntico cassino", no qual suas diversas seções são utilizadas como máquinas de caça-níqueis". Collor afirmou que Policarpo Júnior, "vezeiro em escusos encontros no Parque da Cidade", em Brasília, antecipa-se à ação e planeja com a fonte as informações a serem obtidas, "sempre com a aquiescência de seu patrão". Em sua avaliação "é isso que precisa ser investigado, já que tudo indica que esse esquema é uma das teias mais intricadas, sofisticadas e importantes da rede supostamente criminosa de Carlinhos Cachoeira". Collor lembrou que Policarpo já testemunhou em favor de Cachoeira, em 2004, na CPI da Loterj, no Rio. O parlamentar cobrou que "até agora ninguém explicou" o porquê de o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, e sua esposa, a subprocuradora Cláudia Sampaio Marques, não terem tomado qualquer providência quanto ao inquérito da Operação Vegas. A sociedade espera uma resposta". (Agência Senado)

poimento hoje no Conselho de Ética do Senado. A informação foi dada pelo presidente do colegiado, senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE). O advogado de Goiás alegou que quer "preservar a família". A defesa do senador havia classificado como "imprescindível o depoimento" de Cruvinel. "Ocorre que o conselho não tem poder coercitivo de trazer testemunha", justificou Valadares. A decisão de Cruvinel será comunicada oficialmente aos integrantes do conselho na reunião de hoje para que decidam em conjunto que rumo dar às investigações. "O advogado alegou motivo de privacidade, não quer se expor. Vou levar o assunto ao conselho e ver que decisão será tomada", disse Valadares. O senador Demóstenes é suspeito de usar o mandato para favorecer Cachoeira. Ao final do processo, o conselho pode ou não recomendar a perda de mandato. A decisão será dos 81 senadores. Delta – A J&F Participações, nova controladora da Delta Construções, pediu ontem mais prazo para defender a empreiteira em processo no qual poderá ser declarada inidônea. O recurso foi apresentado à Controladoria Geral da União (CGU), que já havia autorizado cinco dias de prorro-

gação, que se encerraram ontem. No novo pedido, a J&F alegou que precisará de mais tempo, pois acabou de assumir a empreiteira. Já o procurador da República Edson Abdon, que preside o inquérito civil público sobre a compra da Delta pelo J&F, decretou o sigilo das investigações, em reação a vários pedidos de acesso aos autos. Além disso, reunião realizada ontem à noite, na casa do deputado Maurício Quintela

Carlinhos Cachoeira pode entrar mudo e sair calado da CPMI. Seus advogados dizem que não tiveram tempo para preparar a defesa do contraventor. Os inquéritos têm 90 mil páginas.

(PR-AL), acertou acordo entre os partidos aliados para não deixar as investigações atingirem a Delta. A estratégia é poupar a empreiteira. O temor é de que apuração mostre a relação próxima de outros políticos com a Delta. (Agências)


p Improbidade pode ter foro privilegiado DIÁRIO DO COMÉRCIO

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terça-feira, 22 de maio de 2012

Não concordamos com anistia e não concordamos com tratamento igual a desiguais. Pepe Vargas, ministro do Desenvolvimento Agrário.

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Mudança beneficiaria o ministro Guido Mantega e réus do mensalão mineiro, como o ex-governador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) e o publicitário Marcos Valério.

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inistros do Supremo Tribunal Federal (STF) articulam-se para ampliar o alcance do foro privilegiado. O objetivo é tirar dos juízes de primeira instância as ações de improbidade contra agentes públicos suspeitos de enriquecimento ilícito e trazêlas decisões no Supremo. Os primeiros beneficiados da mudança, caso aconteça, seriam o ministro da Fazenda, Guido Mantega, e os réus do mensalão mineiro, como o exgovernador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) e o publicitário Marcos Valério. Os ministros querem rediscutir amanhã jurisprudência firmada pelo próprio STF: ações de improbidade são julgadas na primeira instância, o réu tendo ou não foro privilegiado. A tese foi confirmada pelo STF em 2005. Uma nova decisão definiria onde as ações de improbidade devem ser julgadas. Apesar da decisão de 2005, a dúvida sobre quem deve processar esses casos levou o STF a suspender o inquérito que seria aberto contra o ministro Mantega por suspeita de improbidade. O Ministério Público Federal queria investigar se ele foi

Celso Júnior/AE - 27.10.05

omisso em relação ao suposto esquema de corrupção na Casa da Moeda, o que levou à demissão do presidente do órgão, Luiz Felipe Denucci Improbidade - A nova decisão do STF valerá também para a ação civil pública por atos de improbidade aberta contra réus do mensalão mineiro, processo que corre em paralelo à ação penal contra Azeredo

Trazer para os tribunais essa competência originária é consagrar a impunidade. CARLOS VELLOSO, NO JULGAMENTO DE 2005.

e Valério. O ministro Carlos Ayres Britto, relator do processo, entendeu que não cabia ao STF julgar o processo e o encaminhou para a Justiça Estadual de MG. Azeredo recorreu da decisão na tentativa de manter o caso no STF. Trata-se de um debate apaixonado, que resultou em bateboca entre os ministros Joa-

quim Barbosa, contra o foro privilegiado nesses casos, e Gilmar Mendes. Impunidade - O efeito prático de tirar dos juízes de primeira instância e levar para os tribunais superiores ações de improbidade foi resumido pelo então ministro Carlos Velloso. "Trazer para os tribunais essa competência originária é consagrar a impunidade", disse, no julgamento de 2005. Para ele, o STF demoraria para julgar ações como essas e punir responsáveis. Na semana passada, o assunto voltou a plenário. Mas os ministros definiram apenas se a decisão de 2005, que julgou inconstitucional a lei aprovada no governo Fernando Henrique Cardoso que estabeleceu o foro privilegiado para esses processos, anularia as ações já abertas e em vias de julgamento. No entanto, agora os ministros querem rediscutir o ponto principal da questão: se as ações devem tramitar em primeira instância ou no STF. Pelo menos três ministros já deram sinais públicos que devem votar desta forma: Luiz Fux; Gilmar Mendes e Dias Toffoli. Mas o número de apoiadores é maior, segundo apurou a reportagem. (AE)

Marcos Valério, considerado o pivô do mensalão mineiro: em outra instância de julgamento?

STJ julga recurso contra Roriz Corte analisa hoje acusação contra ex-governador do DF por uso de helicóptero

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STJ (Superior Tribunal de Justiça) vai analisar um recurso especial contra os ex-governadores Joaquim Roriz (PSC-DF) e Maria de Lourdes Abadia (PSDB), do Distrito Federal. Os dois são acusados de improbidade administrativa pelo uso indevido do helicóptero do governo. Maria Lourdes era vice-governadora de Roriz no mandato de 2003 a 2007 e assumiu em 2006 quando Roriz deixou o cargo para disputar uma vaga no Senado. Inicialmente, o Ministério Público do Distrito Federal ajuizou ação civil pública contra os acusados, sob a alegação de que, em 2006, mesmo após renunciar ao cargo de governador do DF, Roriz continuou a utilizar helicóptero de propriedade pública distrital para fins meramente eleitorais. Segundo a promotoria, isso aconteceu com a colaboração da sucessora de Roriz. A assessoria de imprensa de Roriz confirma que o ex-governador distrital teria utilizado a aeronave "uma ou duas

Leo Fontes/O Debate/AE

vezes" sempre de carona com a então governadora. Segundo informa assessoria, os dois saíram da região do Plano Piloto de Brasília e seguiram no helicóptero para a fazenda de Roriz, em Luiziânia (GO), para

Roriz usava a aeronave para a sua comodidade, apanhando-o e levando-o à residência ou à fazenda. NOTA DA PROMOTORIA realizar uma reunião de trabalho, para que a governadora pudesse "se inteirar dos assuntos". A reportagem deixou recado no celular da ex-governadora, mas não conseguiu falar com ela até às 12h35. Com a ação, o MP pretende o "ressarcimento integral e solidário do dano causado ao patrimônio do DF", no valor de todos os gastos referentes aos

deslocamentos de Roriz, a partir de 31 de março de 2006 (quando deixou o cargo), além de pagamento de multa civil de até 100 vezes o valor do salário como governador. Em 2010, a Justiça condenou os dois por improbidade, mas eles recorreram. A promotoria interpôs recurso especial para o STJ, o qual não foi admitido em exame prévio pelo Tribunal de Justiça do DF. Entrou, então, com agravo no STJ, insistindo para que o caso fosse analisado na instância superior. Sustentou, de novo, que estaria comprovado que o ex-governador "usava a aeronave para a sua comodidade, apanhando-o e levando-o à residência ou à fazenda – mesmo na companhia da governadora da época". Com isso, informa o STJ, estariam tipificadas a lesão ao erário e a utilização de bem público em proveito particular. A decisão que admitiu o processamento do recurso foi proferida pelo ministro Mauro Campbell Marques, da Segunda Turma. (Folhapress)

Manifestantes em BH: pedidos à presidente para que vete o texto final do Código aprovado pela Câmara.

No Pará, 17 condenações por desvios.

Código Florestal: Dilma estuda onde vetar.

Três ex-prefeitos e um ex-senador deverão devolver recursos aos cofres públicos

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ezessete pessoas – entre elas três exprefeitos e um ex-senador – foram condenadas pela Justiça Federal por desvio de recursos públicos. As condenações são baseadas em investigações do Ministério Público Federal (MPF) do Pará. Segundo o MPF, os familiares do ex-prefeito de São Sebastião da Boa Vista, na Ilha de Marajó, Benedito Odival

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s ministros do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, e da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, disseram ontem que Dilma ainda não definiu exatamente o que fará com o novo texto do Código e aguardam a sanção presidencial. Ela está fazendo "uma análise detalhada e meticulosa" do tema, explicam.

Vargas reconhece que há avanços no texto, mas há coisas que não podem ficar como estão. O projeto, portanto, será alvo de veto, mas não se sabe se será total ou parcial. "Não concordamos com anistia e não concordamos com tratamento igual a desiguais. Nós entendemos que há necessidade de ter um tratamento diferenciado para pe-

SECRETARIA DA SAÚDE AUTARQUIA HOSPITALAR MUNICIPAL Torna público que realizará no dia e hora a seguir determinado: Pregão Presencial n°: 093/2012 - Processo nº 2012-0.106.569-7 Objeto: CONTRATAÇÃO DE EMPRESA PARA FORNECIMENTO EM CONSIGNAÇÃO DE MATERIAIS PARA CIRURGIAS NEUROLÓGICAS - CRÂNIO 2 - COM COMODATO DE EQUIPAMENTOS, MATERIAIS E INSTRUMENTAIS A SEREM UTILIZADOS NAS UNIDADES HOSPITALARES PERTENCENTES À AUTARQUIA HOSPITALAR MUNICIPAL. Data Abertura: 04/06/2012 - às 09:00 horas Endereço: Rua Frei Caneca, 1398/1402, 2º andar - Consolação - São Paulo Capital. Custo do Edital: R$ 6,45 Pregão Presencial n°: 094/2012 - Processo nº 2012-0.057.615-9 Objeto: AQUISIÇÃO DE MEDICAMENTOS DIVERSOS, PARA USO NAS UNIDADES DA AUTARQUIA HOSPITALAR MUNICIPAL. Data Abertura: 05/06/2012 - às 10:00 horas Endereço: Rua Frei Caneca, 1398/1402 - 2º andar - Consolação - São Paulo Capital. Custo do Edital: R$ 5,25 Pregão Presencial n°: 099/2012 - Processo nº 2012-0.118.054-2 Objeto: CONTRATAÇÃO DE EMPRESA PARA FORNECIMENTO EM CONSIGNAÇÃO DE MATERIAIS PARA CIRURGIAS ORTOPÉDICAS - TRAUMA 4 - COM COMODATO DE EQUIPAMENTOS, MATERIAIS E INSTRUMENTAIS A SEREM UTILIZADOS NAS UNIDADES HOSPITALARES PERTENCENTES À AUTARQUIA HOSPITALAR MUNICIPAL. Data Abertura: 04/06/2012 - às 09:00 horas Endereço: Rua Frei Caneca, 1398/1402 - 2º andar - Consolação - São Paulo Capital. Custo do Edital: R$ 5,85 O edital do pregão poderá ser consultado e/ou obtido no site: http://e-negocioscidadesp.prefeitura.sp.gov.br ou no Núcleo de Licitações da Autarquia Hospitalar Municipal, situada na Rua Frei Caneca, nº 1398/1402, 9º andar - Consolação - São Paulo - Capital das 09:00 às 16:00 hs ou mediante depósito em nome da Autarquia Hospitalar Municipal - Conta Corrente: 5.415-1 Agência: 1.897-X (Banco do Brasil) - (Apresentar comprovante do depósito).

quenas propriedades rurais", disse Vargas. "Nesse texto há brutais contradições, que não tem a nossa concordância. O produto final infelizmente não permite a sanção". Carvalho acrescentou que Dilma poderá usar todo o prazo (até sexta-feira) para analisar o texto. Esta semana, a presidente ainda deve se reunir com a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. Equilíbrio – Para Vargas, o texto do Senado é "muito mais equilibrado" que o aprovado pela Câmara, pois reconhecia a diferença entre a pequena e a grande propriedade. "Qualquer pessoa de bom senso vai admitir que não podemos fazer as mesmas exigências ambientais a uma propriedade com 5 ou 10 hectares, comparativamente com uma de 1.000, 2.000 ou 5.000". Para o ex-ministro e atual secretário de Meio Ambiente do Rio, Carlos Minc, a presidente irá vetar entre 12 e 14 artigos do Código Florestal. Segundo ele, o veto não será total porque a decisão precisa ter sustentabilidade política: "Não adianta a presidenta fazer bonito, vetar tudo e o veto ser derrubado". Em Belo Horizonte, ambientalistas e estudantes pediram, em ato público, que a presidente não vete trechos, mas o texto todo. (AE)

Oliveira Gomes, deverão devolver ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério (Fundef) R$ 1,8 milhão. Também por desvio de verbas do Fundef foram condenados a ex-prefeita de São Sebastião da Boa Vista, Violeta de Monfredo Borges Guimarães, e servidores municipais. O grupo terá de devolver R$ 1,5 milhão.

O ex-prefeito de Ponta de Pedras, Bernardino de Jesus Ferreira Ribeiro, foi condenado a 6 anos de reclusão por desvio de R$ 37 mil de um convênio ambiental. O ex-senador Luiz Otávio de Oliveira Campos e outros ex-integrantes do grupo Rodomar foram denunciados pelo desvio de R$ 12 milhões da Agência Especial de Financiamento Industrial (Finame). (AE)

Ale Vianna/Brazil Photo Press/AE

Presidente se reúne com ministros, mas ainda não se sabe qual será sua decisão.

LULA, CIDADÃO PAULISTANO – O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu mais um título ontem, além de ter recebido a Medalha Anchieta e o Diploma de Gratidão da Cidade de São Paulo: tornou-se cidadão paulistano, em cerimônia na Câmara Municipal.


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DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 22 de maio de 2012

Nada foi decidido a não ser conversar primeiro com o presidente da Comissão de Anistia (Paulo Abrãao). Ministro Gilson Dipp, coordenador da Comissão da Verdade.

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Andre Dusek/AE

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Comissão da Verda- que aconteceu na semana de fez ontem sua pri- passada, quando também esmeira reunião ex- tavam presentes o advogado traordinária, ape- geral da União, Luis Inácio nas com a presença de quatro Adams, e a ministra-chefe da dos sete membros. A reunião Casa Civil, Gleisi Hoffman, Gilfoi no Centro Cultural do Ban- son Dipp justificou que ele foi co do Brasil (CCBB), onde o oferecer ajuda burocrática. grupo ganhou um espaço para "Nada foi decidido a não ser trabalhar, e contou, mais uma conversar primeiro com o prevez, com a presença do minis- sidente da comissão de Anistro da Justiça, José Eduardo tia (Paulo Abrãao)", disse Cardozo. Apesar da presença Dipp, acentuando que não se do ministro, discutiu tanto ele questão de quanto o comérito. ordenador da E l e l e mcomissão, brou que a lei Não há orientação Gilson Dipp, diz que a Copara a comissão. negam que missão da É uma comissão haja interfeVerdade porência do goderá usar disde Estado, que verno federal posições já não se subordina e d a p r e s idisponíveis a ninguém. dente Dilma na comissão MINISTRO GILSON DIPP Rousseff nos de anistia e trabalhos. de mortos e Dipp negou de sap are cique o grupo já tenha definido o dos políticos "e este será o fofoco do trabalho e que a presi- co inicial". Ele explicou que dente tenha orientado que ainda estão verificando onde "encontrar informações sobre irão trabalhar, quem irão noos desaparecidos" seria a sua mear para o apoio e só depois prioridade, conforme revelou definirão o que investigarão, um dos integrantes da comis- já que "a lei é muito ampla" e são, José Paulo Cavalcanti. estas duas instituições já dis"Não há orientação para a põem de muitos documentos comissão", reagiu o ministro e depoimentos. do STJ, Gilson Dipp, irritado Autonomia – O ministro José com a insistência da imprensa Eduardo Cardozo também nede questionar se a comissão gou que o Planalto esteja inserá "tutelada" pelo Planalto. terferindo nos trabalhos da co"É uma comissão de Estado, missão. "O governo não irá que não se subordina a nin- participar das reuniões. A coguém", declarou ele, negando missão é autônoma e age com que a presidente tenha lhe fei- liberdade", disse. "O governo to recomendações também, a dará apenas suporte". exemplo do que disse CavalEle justificou a sua presença canti. "Não tenho esta orienta- ali na primeira reunião exção. Não me foi pedido nada. traordinária da comissão coNunca foi pedido nada, abso- mo "meramente administratilutamente, a não ser cumprir- va" e para "verificar e ajudar mos a lei e recuperarmos a his- em tudo que eles precisarem tória e a memória do Brasil", para trabalhar". Ele explicou acrescentou. ainda que iria falar com Paulo Sobre a presença do minis- Abrão para que ele se reunisse tro da Justiça na reunião desta ainda ontem com os membros segunda-feira, a exemplo do da Comissão da Verdade.

Integrantes da comissão deixam sede do CCBB, em Brasília: apenas quatro participaram da primeira reunião.

Comissão da Verdade nega ingerência Ministros dizem que nem governo federal nem Dilma irão interferir nos trabalhos do grupo, iniciados ontem.

Marinheiro pede reintegração à Marinha, aposentadoria e indenização como anistiado.

Cabo Anselmo: o mais famoso agente duplo brasileiro quer reparação do governo.

Masao Goto Filho/Época

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ção à Marinha como suboficial. Ele também quer receber aposentadoria e indenização como anistiado. Os novos elementos reforçam a tendência de o pedido ser negado pelo governo. Anselmo diz que, para não morrer, passou a colaborar com os militares em 1971, quando foi preso pelo delegado Sérgio Fleury. Suas delações teriam levado à morte diversos militantes de esquerda, inclusive sua própria mulher, a paraguaia Soledad Barrett, em 1973. Os documentos – ao lado de outras provas reunidas no processo, que será relatado pelo ex-ministro de Direitos Huma-

nos Nilmário Miranda – contradizem o ex-militar. Entre essas provas está depoimento do ex-delegado Cecil Borer, publicado pela Folha em 2009, segundo o qual Anselmo já era informante antes mesmo de 1964. Nos novos papéis, encaminhados pelo Arquivo Nacional em abril, há o depoimento de Siglia Piedade Pinto Monteiro, ex-secretária do marechal Henrique Teixeira Lott. Ela afirma que um "grupo de militares sabe onde está Cabo Anselmo". O depoimento foi dado ao Cisa (órgão de inteligência da Aeronáutica) em maio de 1966, menos de dois meses depois da fuga de Anselmo de uma delegacia no Alto da Boa Vista, no Rio. Siglia disse ter sido "olhos e ouvidos" de Lott em reunião com um grupo de 12 militares em Petrópolis (RJ). O documento do Cisa relata que "fora dada fuga ao Cabo Anselmo", sem entrar em detalhes -confirmando declarações de Cecil Borer de que a fuga de Anselmo foi uma farsa. Os papéis reforçam a versão da esquerda de que Cabo Anselmo foi um agente provocador e colaborou com os militares desde o golpe de 1964. Após fugir da cadeia, ele foi para Cuba, de onde só voltou no fim dos anos 1960. Outro lado – Anselmo não foi localizado ontem. Seu advogado, Luciano Blandy, disse que não conseguiu falar com ele. "Não posso comentar sobre esses papéis", afirmou Blandy. "A comissão juntou esses novos documentos sem comunicar a defesa". O pedido de anistia de Anselmo foi protocolado no ministério da Justiça em 2004. O caso será julgado dias após a instalação da Comissão da Verdade. (Folhapress)

O ministro da Justiça disse que "não teme" que a apreciação pela comissão de anistia de casos como o do cabo Anselmo crie precedentes para que militares passem a entrar também com recursos pedindo indenizações. "Não posso temer que a lei seja aplicada", disse o ministro, acrescentando que "a comissão de anistia

existe para julgar o pleito de qualquer interessado em obter anistia". O ministro lembrou que "muitas vezes esse pedido é reconhecido e aprovado e outras vezes é negado. Vamos ver amanhã como será o julgamento". Cabo Anselmo, ex-marinheiro, que atuou dos dois lados durante a ditadura, esta-

ria pleiteando a condição de anistiado político e indenização única de R$ 100 mil (veja mais na matéria abaixo). A primeira reunião ordinária do grupo será na próxima segunda-feira. Ontem, só estavam presentes no grupo Gilson Dipp, Rosa Maria Cunha, Cláudio Fonteles e José Carlos Dias. (AE)

TJ analisa recurso de coronel Ustra

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Tribunal de Justiça de São Paulo julga hoje o recurso do coronel da reserva Carlos Brilhante Ustra contra a sentença na qual foi apontado como torturador de presos políticos. A sentença inicial foi proferida em 8 de outubro de 2010. A ação é movida pela família Teles e envolve o período em que o coronel comandou o DOI-Codi (Destacamento de Operações de Informações – Centro de Operações de Defesa Interna) do 2o. Exército, entre 1970 e 1974. A sessão começa às 13h30, na sede do TJ, na Praça da Sé. Ex-presos políticos e familiares de mortos e desapareci-

Tasso Marcelo/AE - 07.08.08

Questionado sobre divergências entre os integrantes , ele disse que "a lei fixa com muita clareza a busca pela verdade". E emendou: "Quem vai ser ouvido, qual a estratégia de investigação e qual a perspectiva de atuação são coisas que serão decididas pelos membros da comissão, com autonomia".

Comissão de Anistia julga hoje indenização de Cabo Anselmo ocumentos secretos produzidos pelo serviço de inteligência da Aeronáutica no regime militar (1964-85) indicam que o marinheiro de primeira classe José Anselmo dos Santos, o mais famoso agente duplo brasileiro, já era informante nos primeiros anos do golpe. Os papéis a que a Folha de S. Paulo teve acesso integram processo de Cabo Anselmo na Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, que vai julgar hoje seu pedido de reintegra-

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Ustra Bilhante: hoje, nova decisão da Justiça. dos no período do regime militar vão se reunir no local. Maria Amélia e César Teles estiveram presos no DOI-

Codi durante 11 meses, em 1973. À Justiça, declararam que foram torturados em diversas ocasiões. (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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terça-feira, 22 de maio de 2012

TENSÃO Presidente do Mali é ferido após manifestantes invadirem palácio

nternacional

COLÔMBIA Confrontos entre Exército e Farc deixam 12 mortos perto da Venezuela

A VINGANÇA DA AL-QAEDA Homem-bomba se infiltra em parada militar na capital do Iêmen, matando 96 soldados e ferindo outras 300 pessoas. Yemen TV/Reuters

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m homem-bomba com uniforme militar detonou explosivos que carregava presos ao corpo no meio de um ensaio de uma apresentação militar acompanhado por autoridades em Sanaa, ontem, matando pelo menos 96 soldados e ferindo outras 300 pessoas. Foi o maior atentado deste tipo desfechado na capital iemenita e a violência foi assumida pela Al-Qaeda na Península Arábica, o ramo da rede terrorista que opera no Iêmen. O objetivo do terrorista era assassinar o ministro da Defesa, o major-general Mohammed Nasser Ahmed, que chegou ao local apenas alguns minutos antes do atentado e escapou. O ataque é mais um indicador das dificuldades enfrentadas pelo país após a onda de revoltas iniciada no ano passado que derrubou em fevereiro o ditador Ali Abdullah Saleh. Ele estava havia 33 anos no poder. A parada militar, marcada para hoje com o objetivo de celebrar a unificação do país em 1990, seria um evento para mostrar a força do governo do presidente interino, Abd-Rabbu Mansour Hadi. De acordo com testemunhas, o ataque foi realizado por um homem que estava vestido de militar e aconteceu momentos antes de o ministro da Defesa saudar as tropas. O ministro, que estava a cerca de 30 metros da explosão, não teria ficado ferido. A ação chama ainda mais atenção porque um único ho-

mem conseguiu matar tantas pessoas. A explosão não teria sido grande, mas a pouca distância em relação às vítimas tornou-a mais letal. Foi um verdadeiro massacre", disse Ahmed Sobhi, um dos soldados que estava no local. "Há corpos despedaçados por todo lado. É inacreditável." Vingança - Mais tarde, a AlQaeda na Península Arábica assumiu a autoria do ataque e disse que a ação foi uma vingança contra a ofensiva militar do Exército iemenita, que nos últimos dias retomou várias cidades na província de Abyan, no sul do país, que estavam sob controle dos extremistas. "Esse é apenas o começo da jihad (guerra santa)", afirmou o grupo extremista em comunicado. "Mesmo que o ministro da Defesa e seus assessores tenham escapado desta operação, nós não descansaremos... estamos em guerra para defender o nosso sangue que foi violado em Abyan. A guerra apenas alimenta a guerra", disse a Al-Qaeda. Aviões teleguiados dos Estados Unidos que fazem incursões no sul do Iêmen também foram criticados pelo grupo. "Nós lembramos aos colaboradores que lideram o Exército e as forças de segurança no Iêmen de que a guerra dos EUA em Abyan, na qual aviões norte-americanos e da Arábia matam nossas mulheres e crianças, não acontecerá enquanto vocês se sentem seguros na capital. Nós nos vingaremos", alertou a Al-Qaeda. (Agências)

Imagem da TV iemenita mostra oficiais correndo ao local do atentado para ajudar colegas que participavam de apresentação militar Khaled Abdullah/Reuters Shawki Haj/Reuters

Policial forense recolhe bonés de soldados mortos no ataque

Libaneses queimam pneus em protesto contra morte de clérigo Jamal Saidi/Reuters

Otan diz adeus ao Afeganistão Cabul assume segurança em 2013 e tropas de combate deixarão país até fim de 2014

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s líderes da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) selaram um acordo histórico ontem para passar o controle do Afeganistão às próprias forças de segurança até meados do ano que vem, colocando a aliança ocidental em uma trajetória "irreversível" para sair de uma guerra impopular que já dura mais de uma década. A cúpula da Otan em Chicago endossou formalmente uma estratégia apoiada pelos Estados Unidos que pede a retirada gradual das tropas de combate estrangeiras até o fim de 2014, mas deixou sem respostas questões importantes sobre como evitar que o Afeganistão mergulhe no caos e a ressurgência do Taleban depois que os aliados partirem. "Nós estamos retirando nossas forças de forma gradual e responsável para concluir a missão até 31 de dezembro de 2014", disseram os líderes em declaração. Os integrantes da Otan frisaram, porém, que a partir de 2015 será lançada uma nova missão no país, que terá como objetivo formar e assessorar as

Larry Downing/Reuters

Otan tentam mostrar aos eleitores que o fim da guerr a d o A f e g anistão já pode ser vislumbrado e aos afegãos que o país não será a b a n d on a d o . O conflito tem c om pr om et id o o s o r ç amentos dos países do Ocidente. A t u a l m e nte, a aliança tem 130 mil soldados no Afeganistão, dos quais 90 mil são norteComando: no telão, o líder afegão, Hamid Karzai. americanos. O rascunho da declaração da cúpula diz forças de segurança afegãs. "Estamos dispostos a lide- que um "modelo preliminar" rar uma nova missão de for- para o futuro tamanho das formação, assessoria e assistên- ças afegãs prevê "uma força cia", indicou o secretário-ge- de 228.500 homens com um ral da Otan, o dinamarquês o r ç a m e n t o e s t i m a d o d e US$ 4,1 bilhões". Anders Fogh Rasmussen. Os países da Otan também O presidente dos EUA, Barack Obama, e os parceiros da concordaram em financiar as

tropas e policiais afegãos. No entanto, os EUA disseram que o subsídio não será eterno e que, a partir de 2015, o governo afegão começará a assumir o gasto com US$ 500 milhões, soma que aumentará progressivamente. Apesar do anúncio de retirada, Obama insistiu que continuará a "apoiar" o Afeganistão, país que os EUA invadiram após os atentados de 11 de Setembro porque o governo à época, encabeçado pelo movimento Taleban, abrigava a rede terrorista Al-Qaeda. "Nossa coalizão está comprometida com o plano de levar a guerra do Afeganistão a um final responsável", disse. Segundo o mandatário, a transição começa já: "Estamos vendo progresso, e 75% dos afegãos vivem em áreas que logo serão controladas pelas forças afegãs". O anúncio não desfaz as dúvidas sobre o processo. A principal é sobre a capacidade das forças locais, já que as mortes de civis em decorrência de ataques de insurgentes têm aumentado nos últimos três anos. (Agências)

Reuters - 01/07/11

Em maus lençóis. Novamente.

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romotores franceses anunciaram ontem que abriram inquérito relativo a acusações por estupro coletivo realizado pelo ex-diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) Dominique Strauss-Kahn e três amigos, como parte de uma investigação sobre suas ligações com uma suspeita rede de prostituição na cidade de Lille. O político francês está sob investigação para verificar se ele sabia que estava lidando com prostitutas e cafetões, quando frequentava festas de sexo em Lille, Paris e Washington em 2010 e 2011. Os investigadores pediram aos promotores para estender o inquéri-

to após uma prostituta dizer-lhes em seu depoimento que Strauss-Kahn e amigos forçaram-na a ter relações sexuais em grupo, quando chegou a Washington para encontrá-lo, em dezembro de 2010. A mulher não apresentou uma queixa formal. Ainda assim, o promotor de Lille disse que tem o dever de investigar supostos crimes. Uma vez cotado para a corrida presidencial de 2012 da França, StraussKahn foi forçado a abandonar seus planos e teve que se demitir do cargo de chefe do FMI após ser acusado de tentar estuprar uma camareira de hotel em Nova York em maio do ano passado. (Agências)

Ativistas e estudantes dizem 'não à guerra' em Beirute

Violência na Síria ultrapassa fronteiras e chega a Beirute Duas pessoas morrem em confrontos no Líbano

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conflito civil na Síria parecia transbordar novamente ontem para o Líbano, com uma multidão furiosa que compareceu ao funeral do clérigo islâmico sunita Ahmed AbdulWahid, contrário ao governo sírio e que foi morto no domingo em um posto de controle do Exército libanês perto de Trípoli. Na madrugada de ontem, choques entre muçulmanos sunitas contrários e favoráveis ao presidente sírio, Bashar al-Assad, tomaram conta do bairro de Tarik Jadidah em Beirute. Pelo menos duas pessoas foram mortas e 15 feridas. O xeque Ahmed AbdulWahid, opositor de Assad, foi sepultado em Akkar, no norte do Líbano, um dia depois de ser baleado e morto em um posto de controle do Exército libanês, em uma parte do país onde a simpatia sunita pelos rebeldes sírios é particularmente forte. O caixão de seu guardacostas, Muhammed Mraib, a outra vítima, estava coberto com as bandeiras do Movimento Futuro e do Exército Sírio Livre, força rebelde que atua contra Assad.

Manifestantes bloquearam ruas e queimaram pneus em Akkar. Em Beirute, houve confrontos com metralhadoras e granadas de propulsão. Houve incidentes violentos também em Trípoli, no norte do país, onde dois moradores do bairro de Jebel Mohsen, reduto da seita alauita, que apoia Assad, foram feridos por um foguete. Os confrontos ocorridos durante a noite em Beirute foram os mais sérios na capital desde 2008. As ruas estavam mais calmas na manhã de ontem, mas algumas lojas permaneceram fechadas e muitos pais não levaram os filhos para a escola. O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, disse estar "extremamente preocupado" com a possibilidade de guerra civil na Síria e com "o surgimento da violência correlata" no Líbano. Em meio à deterioração da situação libanesa, governos do Catar, Bahrein e dos Emirados Árabes Unidos recomendaram aos seus cidadãos que não viajem ao Líbano. (Agências)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 22 de maio de 2012

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Alf Ribeiro/AE - 16/01/2012

ESPAÇO PÚBLICO Decreto assinado pelo prefeito busca "promover o reordenamento do espaço público, assegurando a acessibilidade aos pedestres e preservando a paisagem urbana e o patrimônio histórico".

idades

Kassab dá 30 dias para camelôs desocuparem o centro da cidade Decreto municipal extingue bolsões para vendedores ambulantes legalizados, criados em 1997 pelo então prefeito Celso Pitta. As áreas estavam situadas em regiões como a rua 25 de Março e Praça da República. Em troca, a Prefeitura propõe criar shoppings populares próximos ao Pátio do Colégio. Fotos de Evelson de Freitas/AE

Ivan Ventura

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prefeito Gilberto Kassab deu 30 dias para que vendedores ambulantes legais (que têm o Termo de Permissão de Uso - TPU) deixem os bolsões exclusivos para camelôs, criados em 1997 pelo ex-prefeito Celso Pitta. Para compensar a extinção desses espaços, a Prefeitura quer abrigar os ambulantes em shoppings populares a serem criados nas proximidades do Pátio do Colégio. Os bolsões estão localizados na área central da cidade, especialmente na região da rua 25 de Março. A determinação do prefeito foi publicada no último sábado, no Diário Oficial do município. No texto, a Prefeitura argumenta que a extinção dos bolsões para ambulantes visa "adotar medidas que melhor garantam a urbanidade e o bem-estar da população". Além disso, a medida se propõe a "promover o reordenamento do espaço público, assegurando a acessibilidade aos pedestres e preservando a paisagem urbana e o patrimônio histórico". No decreto, a Prefeitura argumenta que a extinção dos bolsões para camelôs legalizados também se deve à dificuldade de controle desse comércio. No início do mês passado, dezenas de camelôs que trabalham nesses bolsões estiveram na Câmara Municipal, preocupados com a não renovação de suas licenças. O TPU é essencial e autoriza o trabalho do ambulante de maneira legal nas ruas da cidade. Normalmente, ele é concedido as pessoas que têm

Os camelôs legalizados podem ser identificados por suas barracas cobertas com lona azul. Eles estão instalados em regiões como a rua 25 de Março e Praça da República: terão de sair em 30 dias.

algum tipo de deficiência, seja ela física ou visual. O documento é renovado anualmente, mas desde 2005 Prefeitura tem limitado o acesso à renovação. Segundo as autoridades municipais, o fim dos bolsões pretende incentivar o camelô a se trans-

formar em um microempreendedor, resultando no fim da ocupação do espaço público e no aumento da arrecadação de impostos e tributos municipais - entre eles o ISS. A Prefeitura não informou o número de TPUs ainda válidos na cidade, mas sabe-se que

quase 200 termos de permissão foram suspensos desde o início do ano. Muitos desses TPUs eram autorizações de comércio ambulante nas regiões da rua 25 de Março e República, entre outras. Operação delegada - Ou tra ação da Prefeitura reforça o

empenho contra o comércio ambulante. Em 2009, o prefeito Gilberto Kassab assinou um convênio com o Governo do Estado e criou a Operação Delegada. Em linhas gerais, o governo do Estado cede policiais militares de folga para atuar no combate ao comércio ambulante ilegal em pontos viciados da cidade, entre eles a região da rua 25 de Março. Em troca, a Prefeitura paga pelo dia de trabalho do policial. Alguns chamam a medida de "bico oficial". A ação foi bem sucedida e

rapidamente se espalhou pelos principais pontos de concentração de comércio ambulante ilegal na cidade, como o Largo 13 de Maio, em Santo Amaro. Nesse ponto, aliás, o comércio ambulante foi praticamente extinto. Por ora, uma das últimas resistências do comércio ambulante é a região do Brás, mais especificamente a rua Oriente. É lá que ocorre quase todos os dias a chamada Feira da Madrugada, que reúne centenas (às vezes milhares) de camelôs.

Alex Falcão/Futura Press/AE Rahel Patrasso/Frame/AE

Ó RBITA

OUTRA FALHA

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ma falha em um trem na estação Anhangabaú reduziu a velocidade na Linha 3Vermelha do metrô às 16h50 de ontem. A companhia informou que o problema foi resolvido por volta das 17h40. O trem, que seguia sentido Corinthians-Itaquera, foi esvaziado e encaminhado para uma área de estacionamento na estação Belém. A circulação de trens na Linha 1-Azul também ficou prejudicada. (Folhapress)

RECUPERAÇÃO

RECOMEÇA A VACINAÇÃO ANTIRÁBICA

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campanha de vacinação antirrábica foi retomada ontem (foto), após dois anos de suspensão. Em agosto de 2010, o Estado interrompeu a ação depois de relatos de mortes e efeitos colaterais graves em animais. Em 2011, não houve campanhas porque o Ministério da Saúde

não distribuiu as vacinas para São Paulo. Na avaliação do governo, o Estado não era uma das áreas de risco. Mesmo assim, houve registros da doença. A cidade terá 2.064 postos volantes de vacinação, sendo 17 fixos. O serviço é gratuito. (AE)

Liberada ponte dos Remédios

Raimundo Valenti,/EFE

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edro Leonardo Dantas da Costa, filho do cantor sertanejo Leonardo, continua internado na UTI do Hospital Sírio-Libanês. Anteontem ele acordou do coma e reclamou de fortes dores na perna, onde sofreu uma fratura no acidente de carro ocorrido no dia 20 de abril. Segundo assessores, Pedro reconheceu a mãe e até respondeu a algumas perguntas dos médicos. Ele será submetido a uma nova cirurgia na perna ainda esta semana. (Folhapress)

Ponte dos Remédios esteve em obras desde novembro do anos passado, quando houve queda de mureta

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CHEIA AMAZÔNICA – No Amazonas, 77.348 famílias já foram afetadas pela cheia dos rios no Estado. Três cidades estão em situação de calamidade: Anamã, Careiro da Várzea e Barreirinha.

a manhã de ontem, a ponte dos Remédios, situada na zona oeste de São Paulo, foi totalmente liberada para o tráfego. Ela passou por uma série de obras desde novembro do ano passado, quando parte da mureta de proteção caiu. Até então, a ponte tinha esquema especial de trânsito. Logos de pois da queda, quando cerca de 30 metros de mureta de concreto vieram ao chão, houve a liberação de uma das pistas

para a passagem de veículos. A liberação parcial do outro sentido, porém, apenas aconteceu em janeiro deste ano. A ponte dos Remédios vinha operando com revezamento do sentido do trânsito nos horários de pico. De acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), a ponte recebeu melhorias na sinalização e na passagem de pedestres. Com a liberação total dos dois sentidos, voltará a ser implantada a faixa

reversível no sentido Centro das 6h às 9h de segunda a sexta, para melhorar o fluxo de veículos. Linhas de ônibus poderão retomar seus itinerários pela ponte e veículos de carga ficarão liberados para trafegar na via, em qualquer horário. Em março deste ano, segundo informações do site G1, um operário morreu ao cair de um andaime erguido na ponte. Ele trabalhava nas obras de reparo e sofreu uma queda de uma altura de 10 metros. (Agências)


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10 -.LOGO

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www.dcomercio.com.br

Encontro raro Imagens registradas no Japão e nos Estados Unidos mostram vários momentos de um raro evento astronômico em que o Sol e a Lua se alinharam na noite de domingo. O eclipse anular obscureceu partes da Ásia e da América do Norte e criou por instantes um anel de fogo no céu. Esse foi o primeiro eclipse anular que pôde ser visto nos EUA desde 1994, e o próximo será em 2023. O fenômeno ocorre quando a Lua está no seu ponto mais distante da Terra e, ao passar diante do sol, cobre mais de 90% dos seus raios. Ao lado, uma foca em Tóquio e gueixas em Kioto, com olhos protegidos dos raios do sol.

Fotos: Reuters

T ECNOLOGIA D ESIGN

Identificado pelo iPhone

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m novo aplicativo para o iPhone, o KLiK, realiza reconhecimento facial em tempo real e identifica pessoas em fotos. "É a mais recente evolução da plataforma e do produto ao consumidor que ofereceremos", disse Gil Hirsch, presidente-executivo da plataforma de tecnologia de reconhecimento facial Face.com, que lançou o aplicativo. Ao conectar-se ao Facebook, o aplicativo examina fotos de amigos para desenvolver

Cadeira para quem não fica quieto Você não fica quieto na cadeira, adora apoiá-la apenas nas pernas de trás e, é claro, acaba caindo. Um design que certamente já passou por isso mais de uma vez na vida criou a solução para o problema: uma cadeira com apoios extras na parte de trás. O site não menciona o nome do criador da segurança para inquietos, mas lembra que uma cadeira dessas é o sonho dos estudantes entediados.

um perfil facial de todos os integrantes de uma rede de usuário. O app identifica as pessoas ao comparar os rostos mostrados pelas fotos a esses perfis. Como o app depende da conexão com o Facebook, apenas os membros da rede de amigos de um usuário serão identificados. "Não será possível fotografar um desconhecido na rua e conseguir sua identidade", disse Hirsch. O aplicativo inclui também um modo de "aprendizado" para uso com amigos que não participam do Facebook. Nes-

se modo, os usuários "ensinam" ao aplicativo a identidade de uma pessoa ao apontar a câmera para ela e registrar manualmente seu nome. Nas fotos seguintes em que a pessoa aparece, ela será identificada. Os usuários também podem usar filtros ao estilo do Instagram e compartilhar fotos via Facebook e Twitter. Ainda que o app só possa identificar amigos do Facebook ou pessoas registradas manualmente, alguns críticos se preocupam com questões de privacidade. (Reuters)

F UTEBOL

João Havelange recebe alta O ex-presidente da Fifa João Havelange recebeu alta ontem, depois de passar pouco mais de dois meses internado, por causa de uma infecção, no Hospital Samaritano, no Rio de Janeiro. Havelange, que completou 96 anos neste mês, foi tratado com antibióticos e drenagens cirúrgicas no tornozelo. O ex-dirigente foi também membro do Comitê Olímpico Internacional, mas se desligou em 2011.

Tasso Marcelo/AE

http://bit.ly/JJiH45

M ARKETING

Wi-fi grátis

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No centro do cartaz, batatinhas alinhadas formam o símbolo da conexão Wi-fi. Ideia dos publicitários da DDB Sydney para anunciar que a rede é livre nas lojas do McDonald’s na Austrália.

MAR REVOLTO - Pessoas que passeavam ontem pela enseada de Botafogo, na zona sul do Rio, entre elas uma freira, foram atingidas pelas ondas durante a ressaca. O fenômeno deve afetar o mar no Rio de Janeiro também nesta terça-feira. As ondas no local podem chegar até 2,5 metros de altura.

E VENTO E M

C A R T A Z

DEBATE

O músico Thedy Côrrea, da banda 'Nenhum de Nós', é o convidado da filósofa Marcia Tiburi para o debate Rock, Filosofia, Indústria Cultural e Juventude. Centro Cultural Banco do Brasil. Rua Álvares Penteado, 112, Centro, tel.: 3113-3651. 19h30. Grátis.

L OTERIAS

Networking é foco de ação do FJE A

contece hoje, das 19h às 23h, na KIA Comart o evento Business Experience, promovido pelo Fórum de Jovens Empreendedores (FJE) da Associação Comercial de São Paulo. Trata-se de uma oportunidade para o networking entre jovens empresários e empreendedores da cidade

de São Paulo, reunindo exmembros e ex-coordenadores do fórum com a atual gestão para a troca de experiências e contatos. Para proporcionar um ambiente descontraído, será realizada uma degustação de cervejas gourmet e um especialista falará brevemente sobre

os tipos de cervejas e a harmonização com pratos. Para os apreciadores de charuto, haverá uma degustação de produtos da Monte Pascoal. O evento tem apoio da Artefato, Cerveja Gourmet, Coletiva Web, Concept Blindagens, HZ Eventos, Jazz Masters, Monte Pascoal e By Kamy.

Concurso 755 da LOTOFÁCIL 01

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Concurso 2902 da QUINA 42

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

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11 MUNDO OIT estima em 75 milhões os desempregados entre 15 e 24 anos

conomia

Governo lança medidas para acelerar o consumo Dida Sampaio/AE

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governo anunciou ontem uma série de medidas para estimular o consumo, principalmente de veículos, e a aquisição de bens de capital (máquinas e equipamentos), que incluem a redução de impostos, aumento de prazos de financiamentos e corte de juros. Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, as ações implicarão em uma redução de cerca de 10% no preço dos automóveis. "O resultado esperado com essas medidas é reduzir os custos do investimento no País", afirmou. O Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), cobrado em todos os financiamentos para consumo, cairá de 2,5% para 1,5%. Já o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) será reduzido até 31 de agosto em até sete pontos percentuais, de acordo com o modelo e a cilindrada do veículo. Além disso, o Banco Central vai liberar parte do chamado depósito compulsório – valor que as instituições têm que deixar depositadas– para financiamentos de veículos. "As medidas são resultado de um compromisso inédito assumido entre governo, setor produtor e setor financeiro", disse Mantega.

Guido Mantega, ministro da Fazenda, durante o anúncio das novas medidas de estímulo à economia.

Ministro da Fazenda, Guido Mantega, anuncia um pacote de R$ 2,7 bilhões para estimular o consumo e baratear o crédito. Assim como fez na crise de 2008 e 2009, o governo corta impostos, libera mais dinheiro para empréstimos, reduz os custos das linhas de financiamento e aposta na redução do IPI dos veículos para acelerar a economia brasileira. a alíquota cairá de 37% para 30%. No caso de empresas instaladas no Brasil, para veículos de 1.000 cilindradas (1.0) a 2.000 mil cilindradas (2.0), a alíquota para carros a álcool e "flex" (álcool e gasolina) será reduzida de 11% para 5,5%. Para os veículos importados, a alíquota será reduzida de 41% para 35,5%. Já para carros a gasolina de 1.000 a

2.000 mil cilindradas, o IPI cairá de 13% para 6,5% para carros produzidos no Brasil e de 43% para 36,5% para veículos de fora do Mercosul e México. No caso dos utilitários, a alíquota será reduzida de 4% para 1% e, para os importados, cairá de 34% para 31%. Além disso, Mantega informou que o setor privado se comprometeu a dar descon-

tos sobre as tabelas em vigor. Segundo ele, o desconto será de 2,5% para carros de até 1.000 cilindradas, de 1,5% para automóveis de 1.000 a 2.000 cilindradas e de 1% para utilitários e comerciais. O objetivo de todas estas medidas é de reduzir o custo dos carros em aproximadamente 10% nas revendedoras. Também foi fechado um acordo com os

Para a aquisição de automóveis, o governo informou que as empresas que estão instaladas no Brasil terão seu IPI para carros de até 1.000 cilindradas (1.0) reduzido de 7% para zero até o fim de agosto deste ano. Para carros importados de fora do Mercosul e México,

Dilma garante: 'nosso futuro está preservado'. presidente Dilma Rousseff aproveitou ontem uma cerimônia pública em Santa Catarina para lembrar que a crise internacional mostrou sinais de recrudescimento nos últimos dias, principalmente, na Europa. E garantiu: "Estamos ainda mais fortes do que estávamos em 2008, 2009. Agora, para ter uma ideia, temos cerca de US$ 370 bilhões de reservas (internacionais) . Naquela época, nós tínhamos US$ 205 bilhões, e isso é uma garantia, porque você ter US$ 370 bilhões é uma proteção contra o que quer que aconteça no sistema financeiro internacional", afirmou a presidente. Dilma disse que, antes, "o mundo espirrava lá fora e pegávamos pneumonia". "Hoje não pegamos pneumonia. Na crise de 2008, 2009, fomos atingidos pelas suas consequências, mas durou muito pouco", afirmou. Diante da crise atual, a presidente afirmou que o Brasil "fica muito bem" e foi bastante aplaudida pelos presentes à cerimônia de assinatura da ordem de serviço das obras de construção da ponte sobre a Lagoa de Imaruí (BR 101). "O Brasil, em vez de estar parado esperando a crise, está ativo, fazendo investimentos", afirmou. "Nós vamos resistir à crise criando emprego, investindo em infraestrutura, investindo em atividades sociais." Europa – A presidente ressaltou que o Brasil é diferente da Europa, lembrando que os

Roberto Stuckert Filho/ ABr

Posso assegurar para vocês que estamos

100% preparados, 200% preparados, 300% preparados para a crise internacional. DILMA ROUSSEFF

europeus estão enfrentando a crise, sem buscar o crescimento, mas produzindo uma das "maiores recessões que se tem notícia, a ponto de alguns países terem taxa de desemprego que sequer concebemos". Para Dilma, tamanho enxugamento do mercado de trabalho na Europa é um "absurdo", penalizando principalmente os mais jovens. "Metade da população jovem não tem emprego, uma coisa que é um absurdo". Ela reforçou que o Brasil tem um bom grau de proteção para evitar o contágio. "Nós no Brasil não precisamos encostar nenhum tostão do orçamento

para expandir o crédito. Temos no Banco Central em torno de R$ 400 bilhões a título de depósito (compulsório) que os bancos são obrigados a colocar no BC como garantia do sistema financeiro, público e privado. Portanto, nós temos R$ 400 bilhões para enfrentar qualquer emergência de crédito", garantiu. "O nosso futuro está preservado. Temos um compromisso com a geração de empregos", afirmou. Ainda sobre a crise na Europa, Dilma foi enfática: "Posso assegurar para vocês que estamos 100% preparados, 200% preparados, 300% preparados". (AE/Folhapress)

acordo. Para os modelos importados, continua valendo o aumento de 30 pontos percentuais no IPI. "Isso atende à demanda do setor", afirmou o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Cledorvino Belini. "Os estoques estão altos e é preciso fazer girar a máquina da indústria automobilística."

TAXAS DE JUROS DO BNDES

REDUÇÃO DO IPI DOS VEÍCULOS

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TRANSPORTES BNDES prevê aportes de até R$ 131 bilhões em três anos

Estamos ainda mais fortes do que estávamos em 2008, 2009. Agora, temos cerca de US$ 370 bilhões de reservas. IDEM

Nós no Brasil não precisamos encostar nenhum tostão do orçamento para expandir o crédito. IDEM

bancos, pelo qual eles vão reduzir o valor da entrada e taxa de juros, além de alongar os prazos de pagamento. Em troca, serão liberados recursos que hoje as instituições têm de manter depositados no Banco Central, o compulsório. Mesmo com esse impulso adicional, Mantega avaliou que será difícil crescer 4,5% este ano. Ele avaliou que a crise internacional se agravou, e foi por essa razão que o governo adotou esse conjunto de estímulos. "O governo decidiu agir porque a indústria automobilística tem impactos importantes em toda a economia brasileira", justificou. A redução vale até o final de agosto e o governo estima que deixará de arrecadar R$ 1,2 bilhão no período. As montadoras se comprometeram a não demitir durante a vigência do

O ministro anunciou ainda a redução dos juros de financiamentos do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Linhas para o pré-embarque terão taxas reduzidas de 9% ao ano para 8% e para o financiamento de ônibus e caminhões, de 7,7% para 5,5%. Para a compra de máquinas equipamentos, os juros caem de 7,3% para 5,5% e para o financiamento de projetos de obras, de 6,5% para 5,5% ao ano. A redução também valerá até 31 de agosto e custará aos cofres públicos uma renúncia de R$ 619 milhões.

IOF PARA PESSOAS FÍSICAS A alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) dos empréstimos para pessoas físicas caiu de 2,5% para 1,5%. Com isso, a arrecadação federal vai diminuir cerca de R$ 900 milhões em um período de três meses. Esse corte, ao contrário dos outros, não tem prazo para acabar. Mantega encomendou ainda à Caixa Econômica Federal que simplifique a linha de crédito para a compra de material de construção. (Agências)

Tombini: perda do real segue outras moedas.

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alta recente do dólar é generalizada e o real tem uma desvalorização em linha com as demais moedas. A avaliação foi feita ontem pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, durante palestra ao Grupo de Líderes Empresariais (Lide), na capital paulista. Desde a terça-feira passada, a moeda norte-americana passou a oscilar na marca de R$ 2,00. Tombini avisou que a autoridade monetária vai atuar no mercado de câmbio sempre que necessário. O governo, frisou, tem instrumentos para que o câmbio "funcione dentro da normalidade". Para o executivo, o repasse da alta do dólar para a inflação vem recuando nos últimos anos. De acordo com ele, no curto prazo, o repasse tem ficado em torno de 3% e, no médio, 8%. Tombini ponderou que um repique na inflação depende muito do momento econômico e, atualmente, acredita que "o repasse será moderado". Depois da palestra, na fase de perguntas e

Niels Andreas/ Folhapress

Alexandre Tombini, do BC respostas, ele descartou que haja no governo a intenção de alterar o regime de metas inflacionárias. "Não se estuda alterar o regime, nem no final deste mês, no final do ano e nem no próximo." O sistema estipula inflação de 4,5% para este ano, com faixa de flutuação de dois pontos percentuais. Inflação – Tombini disse que o governo federal tem tomado uma série de medidas para ampliar a competitividade da indústria nacional e manter a inflação sob controle. Nesse contexto, o preço da eletricidade é importante e será reduzido. "Temos estudos para reduzir a carga tributária sobre energia elétrica", afirmou. Quanto ao mercado de trabalho, ele prevê que o Brasil deverá criar 1,4 milhão de empregos ao ano. (AE)


12 -.ECONOMIA

DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 22 de maio de 2012


DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 22 de maio de 2012

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13 Analistas de mercado preveem corte de 0,5 ponto percentual na taxa básica de juros neste mês, de acordo com a pesquisa Focus, do Banco Central.

conomia

Eduardo Knapp/Folhapress – 29/7/11

Governo tem risco calculado para inflação Na avaliação de economistas, conjuntura interna e externa favorece queda de juros sem ameaça aos preços. Evandro Monteiro/Hype – 4/12/09

Renato Carbonari Ibelli Queda menor do preço do café em grão pressionou IPA-M

IGP-M tem alta de 1% na segunda prévia do mês

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Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) subiu 1% na segunda prévia de maio, após ter registrado alta de 0,71% em igual prévia de abril. O resultado, anunciado ontem pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), ficou acima das estimativas dos analistas, que esperavam elevação entre 0,85% e 0,96%. A FGV informou ainda os resultados dos três indicadores que compõem o IGP-M. O IPA-M subiu 1,24% na segunda prévia, o que representa aceleração em relação ao resultado de igual medição de abril (0,77%). O IPC-M teve alta de 0,41% (0,52% na segunda prévia do mês passado) e o INCC teve taxa positiva de 0,81% (o indicador teve elevação de 0,82% na segunda prévia de abril). A FGV identificou repasses dos preços do petróleo e da valorização do dólar ante o real como fatores de pressão sobre o índice. O farelo de soja (alta de 13,85%, ante 9,07% em igual prévia de abril), por exemplo, influenciou o aumento na inflação do atacado (IPA-M), mas outros itens também começaram a subir, disse Salomão Quadros, coordenador de análises econômicas do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre). Um exemplo é café em grão (de -6,14% para -0,4%).

"Há outros fatores de alta, principalmente na indústria química, que passou de uma taxa de inflação de 1,17% na segunda prévia de abril para 2,71% na segunda prévia de maio", destacou Quadros. "Isso tem um pouco do dólar, mas tem também repasse dos preços do petróleo." O coordenador explicou que, nas últimas duas semanas, a instabilidade no cenário internacional derrubou os preços do petróleo, das commodities e as bolsas ao redor do mundo. "Mas o que o índice está captando é essa subida do petróleo no primeiro trimestre, sobretudo na petroquímica e em alguns derivados, como querosene de aviação." O impacto do dólar ainda não é o principal motivo para a alta de preços na prévia de maio, mas deve influenciar mais as próximas leituras do indicador. "A tendência da soja é aliviar um pouco, mesmo caso das commodities. Em sentido contrário, talvez se registre um pouco mais de repasse dessa alta do dólar", previu Quadros. O câmbio acaba afetando os preços das próprias commodities, como soja, celulose e minério de ferro. O minério de ferro subiu de 0,66% na segunda prévia de abril para 2,87% na segunda prévia de maio. (AE)

Mercado eleva previsão para o IPCA de 2013, mostra pesquisa Focus.

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mercado financeiro elevou a previsão para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2013, de 5,53% para 5,6%, segundo pesquisa Focus divulgada ontem pelo Banco Central (BC). A nova estimativa se distancia do previsto há um mês, quando o mercado trabalhava com 5,5% de alta para o índice. Para 2012, no entanto, a mediana das expectativas para o IPCA foi no sentido contrário, recuando ligeiramente, de 5,22% para 5,21% na comparação dos dois últimos levantamentos. Apesar da leve baixa, o número esperado é maior do que o projetado há um mês, quando a expectativa de inflação era de 5,8%. No regime de metas atualmente em vigor, o BC deve fazer o indicador fechar 2012 e 2013 com taxa de inflação anual de 4,5%, com intervalos de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. O mercado diminuiu a previsão para o juro básico (Selic) em 2013. A mediana das projeções para o fim do período caiu pela segunda vez seguida, passando de 9,75% ao ano para 9,5% ao ano. Um mês atrás, o número era 10%. Para 2012, nada mudou: os analistas financeiros continuam prevendo Selic em 8% anuais. Para a reunião deste mês, os analistas mantiveram a previsão de corte de 0,5 ponto percentual, o que levaria a taxa para 8,5% ao ano, um novo mínimo histórico. (AE)

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controle da inflação pela taxa básica de juros (Selic) fez parte da cartilha das equipes econômicas que se sucederam no governo desde 1999. Essa lógica parece ter mudado. A rédea curta foi afrouxando à medida que a Selic baixava para o improvável patamar de um dígito. A gestão Dilma inverteu o discurso ao priorizar o estímulo à economia com juros baixos, ainda que a inflação sinalize tendência de alta no curto prazo. Um risco calculado, segundo economistas, respaldado pelas conjunturas interna e externa favoráveis. Nos últimos 12 meses, a Selic caiu de 12% para os atuais 9% ao ano. No período, a inflação oficial acumulada, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foi de 5,1%, um pouco acima do centro da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para 2012, de 4,5% (com tolerância para o teto até 6,5%). A dinâmica do consumo em 2012 ajuda a explicar a segurança do governo na redução dos juros. Mesmo com bons níveis de emprego e renda, o consumo está mais moderado que nos últimos dois anos. Um comportamento ainda não completamente decifrado, mas que, para o economista Sílvio Campos Neto, da consultoria Tendências, "tem no elevado nível de endividamento da população uma justificativa". Com o consumidor em marcha lenta, ficam reduzidas as pressões nos preços. Com a desaceleração verificada no consumo, a perspectiva de Campos Neto para 2012 é de que seja possível reduzir a Selic a 8,25% anuais mantendo a inflação no patamar de 5,1% – isso em um cenário de

Evaldo Alves, professor da FGV: cenários interno e externo permitem ao Brasil deixar a economia "mais solta". Para ele, uma inflação entre 5% e 6% neste ano seria aceitável. crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,5%. Exterior – O ambiente externo também é favorável à redução dos juros no Brasil. A Europa em crise está consumindo menos. O mesmo acontece com os EUA, que experimentam uma recuperação econômica mais lenta do que se esperava. A China também reduz o ritmo da economia. "A desaceleração das economias mundiais faz com que parte da produção da indústria brasileira que seria destinada à exportação seja direcionada ao mercado interno", diz o analista Felipe Queiroz, da consultoria Austin Rating. Essa oferta extra de bens dá ainda mais folga aos preços. Além disso, em certa medida, a desaceleração da economia mundial contribui para redu-

ção do valor das commodities, cujos preços são formados no mercado externo. Mesmo com o dólar se valorizando em relação ao real, é esperado que insumos e produtos agrícolas tenham preços menores, o que também ajuda a reduzir a pressão inflacionária. Confiança – Na avaliação do economista Evaldo Alves, professor da Fundação Getúlio Vargas (FGV), a situação da economia brasileira é reconhecidamente estável, ao passo que mercados antes confiáveis, como o europeu e o dos Estados Unidos, perderam confiabilidade. "Essa mudança nos cenários interno e externo permite ao Brasil deixar a economia mais solta", diz. Para ele, uma inflação entre 5% e 6% neste ano seria totalmente aceitável.

O economista da FGV explica que o grande problema do regime de metas está no fato de ele limitar o crescimento. Isso porque, sempre que houver aquecimento da demanda que pressione a inflação, o governo eleva os juros para frear a atividade. "O que deveria reduzir a inflação de maneira saudável é o aumento da oferta de bens e serviços. Claro que não é tão simples, a indústria não responde tão rápido quanto o consumidor." O governo tem adotado medidas pontuais e setoriais para dar fôlego à indústria. O ideal para garantir um crescimento sustentável, segundo o professor da FGV, seria melhorar a infraestrutura do País, reduzir a carga tributária e o excesso de burocracia que impedem que a industria cresça.


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e Brasileiro vai trabalhar 150 dias para o Leão em 2012 conomia

terça-feira, 22 de maio de 2012

Os trabalhadores com rendimento entre R$ 3 mil e R$ 10 mil vão destinar 159 dias de trabalho para o fisco

Tributos vão consumir 40,98% da renda do trabalhador neste ano até o dia 29 de maio.

E

m 2012, os brasileiros terão que trabalhar quase cinco meses inteiros somente para pagar toda a carga tributária exigida pelo governo, como desembolsos com previdência, tributação sobre o consumo e sobre o patrimônio. De acordo com estudo elaborado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT), neste ano, os consumidores deverão trabalhar 150 dias, ou 4 meses e 29 dias, para pagar os impostos. O total de dias é bem superior ao de décadas anteriores. Nos anos 1970, por exemplo, em média, eram 76 dias (dois meses e 16 dias) dias trabalhados por ano para pagar tributos. Na década de 1980, a média subiu para 77 dias (dois meses e 17 dias) e, na década de 1990, ela atingiu 102 dias (três meses e 12 dias). "Em 2011, o brasileiro trabalhou 149 dias; em 2010, foram 148 dias; em 2009, 147 dias; e em 2008,148 dias", afirma o presidente executivo do Instituto, João Eloi Olenike. Pelo levantamento do IBPT, conforme a faixa de renda, o contribuinte terá de trabalhar mais dias no ano para ficar quites com o Leão: os que têm rendimento mensal de até R$ 3 mil trabalharão 143 dias; os que possuem rendimento de R$ 3 mil a R$ 10 mil, 159 dias, e aqueles que ganham acima de R$ 10 mil, 152 dias. O estudo faz uma compara-

ção com a situação em outros países. "O Brasil fica atrás apenas da Suécia, onde o contribuinte destina 185 dias para o pagamento dos tributos. Na França, são necessários 149 dias; nos EUA, 102 dias; e no México, 95 dias", diz Olenike. Além da tributação incidente sobre os rendimentos, formada pelo Imposto de Renda Pessoa Física, pela contribuição previdenciária e pelas contribuições sindicais, o cidadão brasileiro paga imposto sobre o consumo, que já vem embutido no preço dos produtos e serviços, como o Programa de Integração Social (PIS), Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e Imposto sobre Serviços (ISS). Há ainda os tributos incidentes sobre o patrimônio, como Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). De todo o rendimento, o brasileiro terá que destinar 40,98% em 2012 para pagar os tributos. Em 2003, a média foi de 36,98% do rendimento, ante 37,81% em 2004, 38,35% em 2005, 39,72% em 2006, 40,01% em 2007, 40,51% em 2008, 40,15% em 2009, 40,54% em 2010 e 40,82% em 2011. (Agências)

Fisco não abre mão de aduana Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr

Barreto, da Receita, afirmou que no Brasil há uma forte comunicação dos tributos internos com os tributos aduaneiros.

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secretário da Receita Federal do Brasil (RFB), Carlos Alberto Barreto, mostrou-se ontem contrário à ideia do ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, de separar a área da aduana do setor da receita que cuida da arrecadação de tributos. Barreto afirmou que teve conhecimento da proposta pela imprensa e que o assunto ainda não foi discutido entre a Receita Federal e o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Em entrevista, Pimentel defendeu a criação de uma aduana independente para melhorar a estrutura de fiscalização. O ministro disse que o Brasil tem atualmente a mesma es-

trutura de quando as exportações oscilavam de US$ 40 bilhões a US$ 50 bilhões, mas que agora o País exporta quase US$ 300 bilhões. De acordo com Pimentel, está sendo discutida a hipótese de realizar uma mudança "mais estrutural". Barreto, no entanto, argumentou que a estrutura pode ser fortalecida, com a atuação da aduana da forma como é atualmente. "Os tributos de comércio exterior e os tributos internos têm correlação muito grande. Isso permite que o órgão, funcionando conjuntamente, possa ter maior eficiência. Isso é uma tendência mundial", afirmou o secretário, que participou, em Brasília, do 5º Seminário do Simples Nacional.

Segundo ele, já são mais de 40 países onde a área de arrecadação de tributos funciona de maneira conjunta com a aduana. Barreto destacou que o último país a ingressar nessa modalidade foi Portugal. O secretário da Receita ressaltou que a aduana funciona de forma separada nos Estados Unidos e no Canadá, mas afirmou que nesses dois países o foco é diferente. "O problema deles não é de defesa comercial, é de segurança. Eles atuam muito mais pelo aspecto da segurança interna, como o terrorismo, do que no aspecto comercial, daí a separação", explicou. Barreto disse que no Brasil há uma forte comunicação dos tributos internos com os tributos aduaneiros como, por exemplo, a cobrança também na importação de Programa de Integração Social (PIS), Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI). "Isso traz mais eficiência se a aduana funcionar junto com os tributos internos, como é o modelo do Brasil desde 1969", defendeu. (AE)

Previsão de alta na arrecadação é mantida

O

secretário da Receita Federal do Brasil (RFB), Carlos Alberto Barreto, disse ontem que, apesar da frustração na arrecadação de receitas administradas no primeiro quadrimestre deste ano, está mantida a previsão de alta da arrecadação em 2012, entre 4,5% e 5,5% em relação a 2011. No entanto, ele destacou que essa previsão pode ser revista. Isso porque a Receita calculou a estimativa com base nos indicadores macroeconômicos encaminhados pela área econômica do governo e que prevê um crescimento da economia de 4,5% neste ano. O relatório bimestral de receitas e despesas, divulgado na semana passada pelo Ministério do Planejamento, diminuiu em R$ 10 bilhões a projeção de receitas administradas, com base nos dados do primeiro quadrimestre. "São questões pontuais, pois a atividade econômica se manteve bem no primeiro quadrimestre deste ano", afirmou. Barreto disse que ainda não recebeu da área econômica do governo nenhum dado de revisão da previsão de aumento da economia em 2012. Há informações na imprensa de que o governo revisará a projeção de 4,5% para cerca de 3%. "É difícil mudar a nossa perspectiva para a arrecadação sem uma sinalização clara de mudança nos indicadores macroeconômicos", afirmou o secretário. (AE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 22 de maio de 2012

ECONOMIA/LEGAIS - 15

SOCIEDADE DAS FILHAS DE NOSSA SENHORA DO SAGRADO CORAÇÃO - CNPJ nº 60.470.960/0001-47 BALANÇO PATRIMONIAL PARA OS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E DE 2010 - (Valores expressos em Reais) ATIVO CIRCULANTE Caixa e equivalentes de caixa Valores a receber Subvenções a receber Outros créditos Despesas antecipadas

Nota

2011

2010

4 5

4.879.834,51 3.511.140,49 128.497,03 787.222,96 15.323,59

5.503.226,21 3.063.159,51 151.283,30 527.586,26 21.064,94

9.322.018,58

9.266.320,22

– 3.322,27 – 0,01 126.003.807,16 158.541,49

6.644,10 3.322,27 94,16 0,01 126.990.210,93 97.884,95

126.165.670,93 135.487.689,51

127.098.156,42 136.364.476,64

6

TOTAL DO ATIVO CIRCULANTE NÃO CIRCULANTE Créditos diversos Títulos de longo prazo - aplicações financeiras Despesas antecipadas Investimentos Imobilizado Intangível

TOTAL DO ATIVO NÃO CIRCULANTE TOTAL DO ATIVO

7 7

PASSIVO CIRCULANTE Financiamentos e empréstimos Fornecedores Obrigações sociais, trabalhistas e tributárias Obrigações fiscais - parcelamento de tributos Obrigações c/ convênios privados Subvenções a realizar Receitas antecipadas TOTAL DO PASSIVO CIRCULANTE CIRCULANTE Financiamentos e empréstimos Obrigações fiscais - parcelamento de tributos TOTAL DO PASSIVO NÃO CIRCULANTE PATRIMÔNIO SOCIAL Patrimônio social Recebimento doações bens do ativo imobilizado Ajuste de avaliação patrimonial (Deficit) Superavit acumulados TOTAL DO PATRIMÔNIO SOCIAL TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO SOCIAL

Nota

8

9

10

11 7 e 11a)

2011

2010

97.520,80 74.535,90 1.395.722,90 174.569,93 55.094,94 334.337,77 754.462,32 2.886.244,56

98.834,42 101.911,25 1.498.580,30 102.606,69 18.261,64 209.857,55 934.536,32 2.964.588,17

– 149.508,07 149.508,07

14.554,96 291.147,19 305.702,15

47.272.556,89 39.288,00 86.072.701,62 (932.609,63) 132.451.936,88 135.487.689,51

51.285.455,40 39.288,00 86.072.701,62 (4.303.258,70) 133.094.186,32 136.364.476,64

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO SOCIAL DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31/12/2011 E DE 2010 - (Valores expressos em Reais)

Saldo em 1º de janeiro de 2010 Incorporação do superavit de 2009 Superávit e/ou (Deficit) do exercício Incorporação de doação ao patrimônio social Avaliação pelo custo atribuído Saldo em 31 de dezembro de 2010 Incorporação do deficit de 2010 Superavit e/ou (Deficit) do exercício Ajuste de resultado de exercício anterior Saldo em 31 de dezembro de 2011

Patrimônio social 50.477.712,57 804.710,83 – 3.032,00 – 51.285.455,40 (4.012.898,51) – – 47.272.556,89

Ajuste de Avaliação Patrimonial – – – – 86.072.701,62 86.072.701,62 – – – 86.072.701,62

Recebimento Doação Ativo Imobilizado 42.320,00 – – (3.032,00) – 39.288,00 – – – 39.288,00

Superavit (Deficit) acumulado 804.710,83 (804.710,83) (4.303.258,70) – – (4.303.258,70) 4.012.898,51 (925.786,91) 283.537,47 (932.609,63)

Total do Patrimônio Social 51.324.743,40 – (4.303.258,70) – 86.072.701,62 133.094.186,32 – (925.786,91) 283.537,47 132.451.936,88

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E DE 2010 - (Valores expressos em Reais) 1. CONTEXTO OPERACIONAL: A SOCIEDADE DAS FILHAS DE NOSSA SENHORA DO SAGRADO CORAÇÃO (“Entidade”) é uma associação civil de direito privado, de caráter educacional, cultural, filantrópico e de assistência social, sem fins lucrativos e de duração indeterminada. A Entidade é possuidora do Título de Utilidade Pública Federal pelo Decreto 56969 de 01/01/1965, Estadual pelo Decreto 3088 de 21/12/1973 e o Municipal pelo Decreto 38359 de 23/09/1999. A Entidade é portadora do certificado de Entidade Beneficente de Assistência Social conforme processos 71010.001349/2003-49 e 71010.003762/2006-91, ambos os processo aprovados pela Resolução CNAS nº 3 de 2009 e 71.000.102.770/2009-81 aprovado pela portaria 51/2011 da Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação. A Entidade tem por finalidade: i. Educação Fundamental e Ensino Superior; ii. Assistência Social. 2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS: Base de preparação - As principais políticas contábeis adotadas na elaboração das demonstrações contábeis estão definidas abaixo. As políticas foram aplicadas em consistência com todos os exercícios apresentados, a menos que declarado o contrário. Essas demonstrações contábeis foram elaboradas de acordo com os Pronunciamentos de Contabilidade emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), em especial o CPC PME (R1) aprovado pela NBC TG 1000, conforme adotado no Brasil pela aprovação do Conselho Federal de Contabilidade (CFC), consubstanciadas principalmente nas normas aplicáveis às Fundações, Entidades Sindicais e Associações de Classe e Entidades sem finalidade de lucros, respectivamente NBC T 10.4, 10.18 e 10.19. A elaboração das demonstrações contábeis em conformidade com o CPC PME (R1) exige a utilização de determinadas estimativas contábeis essenciais. Requer, ainda, que a Administração da Associação julgue da maneira mais apropriada a aplicação das políticas contábeis. As demonstrações contábeis são apresentadas em Reais, moeda funcional e de apresentação, exceto de outro modo indicado. A emissão dessas demonstrações contábeis foi autorizada pela Administração, em 08 de maio de 2012. 3. RESUMO DAS PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS: a) Caixa e equivalentes de caixa - Referem-se a saldos positivos em conta movimento, aplicações financeiras de curto prazo, de alta liquidez, prontamente conversíveis em um montante conhecido de caixa e que estão sujeitas a um insignificante risco de mudança de valor e são registradas ao custo de aplicação, acrescido dos rendimentos auferidos em base “pro rata temporis” até a data do balanço, não superando o valor de mercado. b) Estimativas contábeis - A elaboração de demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil requer que a Administração da Entidade use de julgamentos na determinação e no registro de estimativas contábeis. Ativos e passivos sujeitos as estimativas e premissas incluem valor residual do ativo imobilizado, provisão para redução ao valor recuperável de ativos, provisão para devedores duvidosos, provisão para contingências, mensuração de instrumentos financeiros básicos, e ativos e passivos relacionados a benefícios a empregados. A liquidação das transações envolvendo essas estimativas poderá resultar em valores diferentes dos estimados em razão de imprecisões inerentes ao processo da sua determinação. A Entidade revisa as estimativas e as premissas pelo menos anualmente. c) Instrumentos financeiros básicos - Instrumentos financeiros não-derivativos incluem aplicações financeiras, contas a receber e outros recebíveis, caixa e equivalentes de caixa, assim como contas a pagar e outras dívidas. Instrumentos financeiros não-derivativos são reconhecidos inicialmente pelo valor justo acrescido, para instrumentos que não sejam reconhecidos pelo valor justo através de resultado, quaisquer custos de transação diretamente atribuíveis. Posteriormente ao reconhecimento inicial, os instrumentos financeiros não derivativos são mensurados conforme descrito seguir. d) Contas a receber - As contas a receber de clientes são registradas pelo valor faturado e correspondem aos valores a receber de clientes pela prestação de serviços no decurso normal das atividades da Entidade. A provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa (PCLD) foi constituída em montante considerado suficiente pela Administração para suprir as eventuais perdas na realização dos créditos. e) Demais ativos circulantes e não circulantes - São demonstrados ao custo, incluindo, quando aplicável, os rendimentos auferidos e as variações monetárias, que não excedem ao valor de realização. f) Imobilizado - Estão demonstrados pelo custo de aquisição, formação e/ou construção, deduzidos da depreciação acumulada e de perdas por desvalorizações acumuladas, se aplicáveis. Os gastos subseqüentes à entrada do ativo em operação são reconhecidos imediatamente no resultado, respeitando-se o regime de competência. Gastos que representem melhorias no ativo (aumento da capacidade instalada ou da vida útil) são capitalizados. A depreciação é calculada pelo método linear, utilizando as taxas fiscais. g) Obras em andamento - As construções em andamento são constituídas pelo custo do projeto, mão-de-obra e aquisições de materiais. h) Impostos e contribuições - Por ser uma entidade sem fins lucrativos, a Entidade goza da isenção de impostos e contribuições incidentes sobre seu resultado. O Imposto de Renda Retido na Fonte - IRRF para rendimentos sobre aplicações financeiras, conforme Art. 14 do Código Tributário Nacional, parágrafos I, II e III e atende aos requisitos do Art.12 e seus parágrafos 2º letras “d”, “e”,”g” e “h” e 3º da Lei nº 9.532, de 10 de dezembro de 1.997. Para a quota patronal do INSS, a Entidade é isenta por atender aos requisitos estabelecidos na Constituição Federal no Art.195, III, §7º. Exceto para o imposto sobre serviços - ISS, Programa de Integração Social – PIS sobre a folha de pagamento e Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - CO-

FINS sobre notas fiscais emitidas. i) Provisões - Uma provisão é reconhecida em decorrência de um evento passado que originou um passivo, sendo provável que um recurso econômico possa ser requerido para saldar a obrigação. As provisões são registradas quando julgadas prováveis e com base nas melhores estimativas do risco envolvido. j) Passivos circulantes e não circulantes - Provisões para obrigações sociais e fiscais - Constituídas e apropriadas ao resultado em regime de competência, principalmente para suprir compromissos com férias vencidas e proporcionais, encargos sociais e outras obrigações trabalhistas. Outros passivos - São demonstrados pelos valores conhecidos ou calculáveis, acrescidos quando aplicável dos encargos e apropriações monetárias incorridas. k) Reconhecimento da receita - A receita compreende o valor justo da contraprestação recebida ou a receber pela comercialização de serviços no curso normal das atividades da Entidade. A receita é apresentada líquida dos impostos, das devoluções, dos abatimentos e dos descontos. A receita pela prestação de serviços é reconhecida tendo como base os serviços realizados até a data do balanço. l) Apuração do Superávit e/ou (Déficit) - Receitas e Despesas - O resultado foi apurado segundo o Regime de Competência, exceto pelas doações espontâneas. As receitas de prestação de serviços são mensuradas pelo valor justo (acordado em contrato - valores recebidos ou a receber) e reconhecidas quando for provável que benefícios econômicos futuros fluam para a entidade e assim possam ser confiavelmente mensurados. Os rendimentos e encargos incidentes sobre os Ativos e Passivos e suas realizações estão reconhecidas no resultado. 4. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA: O saldo do caixa e equivalentes de caixa inclui caixa em poder da Entidade, depósitos bancários e aplicações financeiras. O saldo dessa conta no final do exercício, conforme registrado na demonstração dos fluxos de caixa pode ser conciliado com os respectivos itens da demonstração da posição financeira, como demonstrado a seguir: 31/12/2011 31/12/2010 Caixa 52.968.65 51.220,24 Banco Contas Movimento 239.632,54 424.451,80 Aplicações Financeiras 4.587.168,97 5.001.912,07 Outras Aplicações temporárias – 25.642,10 Total 4.879.834,51 5.503.226,21 Os equivalentes de caixa são mantidos com a finalidade de atender a compromissos de caixa de curto prazo e não para investimento ou outros fins. As aplicações financeiras de curto prazo, de alta liquidez, mantidas junto a instituições financeiras de primeira linha, que são prontamente conversíveis em um montante conhecido de caixa e que estão sujeitos a um insignificante risco de mudança de valor. Esses investimentos financeiros referem-se substancialmente a certificados de depósitos bancários e fundos de renda fixa, remunerados a taxas de mercado. 5. VALORES A RECEBER: Os valores a receber são decorrentes das mensalidades dos alunos, distribuídos da seguinte forma: 31/12/2011 31/12/2010 Mensalidades a receber do exercício de 2011 1.305.944,38 – Mensalidades a receber ensino superior 17.252,61 9.332,91 Mensalidades a receber anos anteriores 1.602.153,63 2.537.124,32 Mensalidades a receber do exercício de 2011 (Filial 228) 125.317,74 – Mensalidades a receber do exercício de 2010 – 53.374,70 Mensalidades a receber do exercício de 2009 – 174.598,35 Mensalidades a receber do exercício. de 2008 27.753,64 129.339,79 Mensalidades a receber do exercício de 2007 83.071,74 83.071,74 Mensalidades a receber do exercício de 2006 130.373,69 130.373,69 Mensalidades a receber do exercício de 2005 83.406,41 83.406,41 Mensalidades a receber do exercício de 2004 110.625,05 110.625,05 Acordos extra judiciais 151.798,10 151.798,10 (-) Provisão p/ crédito de liquid. duvidosa (113.426,62) (386.755,37) (-) Juros a apropriar (13.130,18) (13.130,18) Total 3.511.140,19 3.063.159,51 6. OUTROS CRÉDITOS 31/12/2011 31/12/2010 Títulos a receber 170.749,59 29.301,15 Créditos com funcionários 407.276,88 282.418,41 Créditos diversos 201.310,21 198.357,87 Impostos a recuperar 7.886,28 17.508,83 Total 787.222,96 527.586,26

7. IMOBILIZADO E INTANGÍVEL - O Ativo Imobilizado está demonstrado ao custo de aquisição, deduzido dos encargos de depreciação, estando composto da seguinte forma: Saldo inicial em 01/01/2011 Aquisições Baixas Terreno 69.244.902,00 – – Imóveis 50.341.528,58 – – Mov. e utensílios 2.442.606,73 156.361,65 – Veículos 282.572,49 169.454,90 (90.990,00) Máquinas e equipamentos 184.839,73 26.711,80 – Equipamentos de informática 765.465,74 135.798,52 – Instalações 92.216,41 145.761,18 – Telefone 4.929,96 389,70 – Jazigos 18.361,27 20.000,00 – Biblioteca 18.231,50 1.072,15 – Material de Laboratório 10.300,00 8.714,00 – Fanfarras 1.595,16 6.641,70 – Material Didático 54.214,93 74.488,68 – Parque infantil 5.846,31 – – Aparelhamento 56.829,00 34.405,07 – Sub - total 123.524.439,81 779.799,35 (90.990,00) Obras em andamento 3.465.771,12 787.354,29 – Sub - total 3.465.771,12 787.354,29 – Total 126.990.210,93 1.567.153,64 (90.990,00) Total imobilizado 126.990.210,93 1.567.153,64 (90.990,00) Em dezembro de 2010 a Entidade efetuou a avaliação dos imóveis com o objetivo de reconhecer o custo atribuído. A empresa responsável pela avaliação do imóvel emitiu laudo no valor de R$ 86.072.701,62, com data de 31 de dezembro de 2010. Os direitos classificados no intangível são avaliados pelo custo incorrido na aquisição deduzido do saldo da respectiva de amortização e se refere basicamente a softwares: Saldo inicial em Saldo em 01/01/2011 Aquisições Amortização 31/12/2011 Software 85.081,04 105.438,55 (42.200,50) 148.319,09 Telefone 25,91 – (25,91) – Outros 12.778,00 – (2.555,60) 10.222,40 Total 97.884,95 105.438,55 (44.782,01) 158.541,49 8. OBRIGAÇÕES SOCIAIS, TRABALHISTAS E TRIBUTÁRIAS: O saldo estava assim composto: 31/12/2011 31/12/2010 Obrigações decorrentes da folha de pagamentos 605.406,45 421.007,42 Provisão de férias e seus encargos 684.000,77 902.974,75 Impostos retidos a recolher 106.315,68 172.836.94 Outras obrigações – 1.668,13 Total 1.395.722,90 1.498.580,30 9. RECEITAS ANTECIPADAS: O saldo de R$ 754.462,32 (R$ 934.536,32 em 2010) refere-se à parcela de anuidades recebidas antecipadamente neste exercício, reconhecidas no passivo circulante, por se tratar de receitas de exercícios seguinte. 10. OBRIGAÇÕES FISCAIS (PASSIVO NÃO CIRCULANTE): O saldo de R$ 149.508,07 (R$ 291.147,19 em 2010) refere-se ao parcelamento do PIS em 60 parcelas. Em 31/12/2011 foi pago a parcela de número 23 do processo 13804 003642/2003-16. 11. PATRIMÔNIO SOCIAL: O patrimônio social é constituído de acordo com o estatuto social da Entidade e pelos superávits (déficits) apurados, além dos bens recebidos através de doações patrimoniais e os ajustes de avaliação patrimonial considerados, enquanto não computados no resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos ou diminuições de valor atribuído a elementos do ativo e do passivo, em decorrência da sua avaliação e preço de mercado. (a)Ajuste de Avaliação Patrimonial – R$ 86.072.701,62. Essa conta inclui o ajuste por adoção do custo atribuído do ativo imobilizado efetuado com base nos laudos de 31 de dezembro de 2010. 12. DÉFICIT DO EXERCÍCIO: O déficit do exercício será suportado pelo saldo existente na conta patrimônio social após aprovação da Assembleia Geral das Associadas. 13. SUBVENÇÕES E CONVÊNIOS PÚBLICOS: A Entidade para a contabilização de suas subvenções governamentais, atendeu a Resolução nº. 1.305/10 do Conselho Federal de Contabilidade – CFC que aprovou a NBC T 19.4 – Subvenção e Assistência Governamentais. A entidade recebeu no decorrer do período subvenções do Poder Público Municipal de Campinas e de São Paulo. Esta tem como objetivo principal operacionalizar projetos e atividades pré – determinadas. Periodicamente, a Entidade presta conta de todo o fluxo financeiro e operacional aos órgãos competentes, ficando também toda a documentação a disposição para qualquer fiscalização. A Entidade recebeu os seguintes valores da Prefeitura do Município de Campinas e da Prefeitura do Município de São Paulo a título de subvenção: 31/12/2011 31/12/2010 Prefeitura Municipal de Campinas 921.593,65 672.980,90 Prefeitura do Município de São Paulo 19.869,61 54.321,96 Total 941.463,26 727.302,86 Com referência aos valores recebido da Prefeitura Municipal de Campinas do valor recebido de R$ 921.593,65 (R$ 672.980,90 em 2010), o montante de R$ 789.516,66 (R$ 559.158,34 em 2010) refere-se à área de educação e o restante, R$ 132.076,99 (R$ 113.822,56 em 2010), refere-se a área de assistência social. 14. CONVÊNIOS PARTICULARES (FILANTRÓPICOS): A Entidade manteve durante o ano de 2011 convênios com as entidades Fundação Nossa Senhora Auxiliadora e a Federação de Entidades Assistências de Campinas (FEAC) e da Fundação Salvador Arena. A Entidade registrou os convênios em conformidade com as resoluções do CNAS 188/2005 e 049/2007 e artigo 3º decreto 7.237/2010. Os valores recebidos e aplicados constam do quadro abaixo: Recebido Aplicado Recebido Aplicado 31/12/2011 31/12/2011 31/12/2010 31/12/2010 Fund. Nossa Sra. Auxiliadora – (9.612,56) 63.272,00 (63.272,00) Fund. de Ent. Assist. de Campinas 193.581,37 (193.581,37) 199.927,00 (187.145,85) Fundação Salvador Arena – – 6.720,00 (6.720,00) Total 193.581,37 (203.193,93) 269.919,00 (257.137,85) 15. BASE DE CÁLCULO DA FILANTROPIA: ASSISTÊNCIA EDUCACIONAL E SOCIAL: Em atendimento aos seus objetivos estatutários e em aderência aos preceitos estabelecidos na Constituição Federal no Art. 195, III., §7º, que concede a isenção da Contribuição Social ( INSS) às entidades beneficentes de assistência social que atendem as exigências estabelecidas em lei. A Lei nº. 8212 de 24/07/91 - Lei do Custeio da Previdência Social, em seu Art. 55, o Decreto 2.536 de 06/04/98 e o Decreto 3048 de 06.05.99. A Instituição no atendimento aos seus objetivos aplicou um percentual de seus recursos, maior do que o exigido em Lei, fixado pelo Artigo 3º, Inciso VI, do Decreto 2.536.

Depreciação exercício 2011 – (1.923.306,89) (261.069,00) (45.337,70) (21.550,66) (167.488,72) (18.588,41) (454,24) (1133,34) (2.237,57) (1.465,70) (303,90) (12.171,06) – (7.459,92) (2.462.567,11) – – (2.462.567,11) (2.462.567,11)

Saldo em 31/12/2011 69.244.902,00 48.418.221,69 2.337.899,38 315.699,69 190.000,87 733.775,54 219.389,18 4.865,42 37.227,93 17.066,08 17.548,30 7.932,96 116.532,55 5.846,31 83.774,15 121.750.682,05 4.253.125,41 4.253.125,41 126.003.807,46 126.003.807,46

O exposto no parágrafo anterior está demonstrado quadro abaixo onde está demonstrada as gratuidades concedidas pela entidade no exercício de 2011 e 2010, bem como a receita base: 2011 2010 Mensalidades/Anuidades a receber no início do exercício 3.063.159,51 – Receita com ensino fundamental - alunos pagantes 23.588.685,43 21.768.078,49 Receita com ensino fundamental - alunos gratuitos 5.627.279,24 5.349.239,29 Receita com ensino fundamental - alunos bolsistas de funcionários 1.395.796,71 1.275.731,32 Receita com ensino fundamental - bolsista de outras escolas 24.614,40 24.756,90 Receita com ensino superior - bolsistas ProUni 124.465,00 98.550,00 Receita com ensino superior – alunos pagantes 292.868,00 – Receita com ensino superior – alunos gratuitos 373.028,10 – A - Total 34.489.896,39 28.516.356,00 Deduções (-) Descontos concedidos (2.038.596,05) (1.192.571,00) (-) Devolução de mensalidades (49.969,25) (5.671,50) (-) Bolsa a filhos de funcionários (1.395.796,71) (1.275.731,32) (-) Bolsa de sindicato a filhos de pais de outras escolas (24.614,40) (24.756,90) (-) Gratuidade integral (100%) (3.276.501,31) (3.594.681,74) (-) Gratuidade parcial (50%) (2.350.777,93) (1.300.478,15) (-) Outras gratuidades – (454.079,40) (-) Gratuidade ProUni (124.465,00) (98.550,00) (-) Gratuidade integral Ensino Superior (100%) (209.843,90) – (-) Gratuidade parcial Ensino Superior (50%) (163.184,20) – (-) Anuidade a receber no final do ano (superior e fundamental) (3.511.140,19) (1.242.877,08) B – Total (13.144.888,94) (9.189.397,09) C - Total (A) – (B) 21.345.007,45 19.326.958,91 D - Aplicação mínima exigida 20% (C * 20%) 4.269.001,49 3.865.391,78 G - Gratuidade Educacional realizada: - Assistência educacional (bolsa de estudos) 5.864.255,08 4.895.159,89 - Bolsas ProUni 124.465,00 98.550,00 - Ação social na educação infantil 271.515,10 209.411,55 H - Gratuidade na Assistência social 1.512.541,74 258.208,26 I - Total aplicado em gratuidade (G + H) 7.772.776,92 5.461.329,70 J - Percentual realizado (%) (I / C) 36,41% 28,26% Isenção do INSS usufruída 3.671.701,03 3.478.091,38 Isenção do COFINS usufruída 734.060,12 685.339,89 Total de isenções usufruídas 4.405.761,15 4.163.431,27 Em atendimento aos seus objetivos estatutários e em aderência aos preceitos estabelecidos no artigo 13 da Lei 12.101/2009, a entidade aplicou uma parcela substancial dos seus recursos em projetos de concessão de gratuidades educacionais e outras ações de caráter filantrópico, conforme se encontra resumido no quadro acima. Custo da isenção usufruída do exercício de 2011 foi de R$ 3.671.701,03 (R$ 3.478.091,38 em 2010). 16. GRATUIDADES CONCEDIDAS: As gratuidades concedidas pela Entidade através de seus programas e projetos se encontram registradas na contabilidade pelo seu custo, quanto as assistenciais e as educacionais como redução de receita. As gratuidades concedidas são: a) Escolar: que se refere à concedida a famílias necessitadas que mantém os filhos nos colégios da Entidade. O beneficio foi concedido levando em conta o Decreto 7.237/2010. b) Assistencial: concessão de doações em dinheiro, alimentos, medicamentos, doação de dinheiro com o objetivo de colaborar com a locomoção do carente, colaboram com pagamento de contas de serviços públicos de pessoas carentes, colabora na formação humana do carente sem cobrar nada, com realização de palestras e cursos de formação humana e cursos de formação profissional. Estas Atividades são realizadas nas localidades onde a Entidade mantém suas unidades. 17. DEMONSTRAÇÃO DA BASE DE CÁLCULO DO PROUNI: A entidade aderiu ao PROUNI em 30 de novembro de 2005, concedendo gratuidades pelo Pro- uni e pelo Decreto 7.237/10. 18. ADEQUAÇÃO DA RECEITA COM ENSINO SUPERIOR EM RELAÇÃO ÀS DESPESAS DE PESSOAL: A entidade aplicou aproximadamente 45,35 % (52,02% em 2010) de sua receita com anuidades escolares de ensino superior relação com as despesas com pessoal, conforme demonstrado a seguir: 31/12/2011 31/12/2010 Receita de anuidades/ semestralidade 790.361,10 712.881,15 Despesas com pessoal 358.429,43 370.782,89 Percentual: 45,35% 52,02% 19. DOAÇÕES RECEBIDAS: Eventualmente a entidade recebe doações de pessoas físicas, jurídicas, bem como do exterior. No ano de 2011 a entidade recebeu as seguintes doações:

DIRETORIA JANETE DE FATIMA ALVES - DIRETORA PRESIDENTE - CPF/MF Nº 944.007.258-04 MARIA DA PARICIDA FREITAS DOS SANTOS - TESOUREIRA - CPF/MF Nº 012.412.078-44

LUIZ CEZAR MARQUES CONTADOR - CRC 1 DF 002619-O “S”-SP - CPF/MF Nº 038.686.801-87

A Diretoria da SOCIEDADE DAS FILHAS DE NOSSA SENHORA DO SAGRADO CORAÇÃO São Paulo – SP Examinamos as demonstrações contábeis da SOCIEDADE DAS FILHAS DE NOSSA SENHORA DO SAGRADO CORAÇÃO (“Entidade”), que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2011 e as respectivas demonstrações do déficit do exercício, das mutações do patrimônio social e dos fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, assim como o resumo das principais práticas contábeis e as demais notas explicativas. Responsabilidade da administração sobre as demonstrações contábeis A administração da Entidade é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas demonstrações contábeis de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis às Entidades sem fins lucrativos e pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração de demonstrações contábeis livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou por erro. Responsabilidade dos auditores independentes Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações contábeis com base em nossa auditoria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelo auditor e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações contábeis estão livres de distorção relevante. Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e das divulgações apresentados nas demonstrações contábeis. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações contábeis, independentemente se causada por fraude ou por erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor consi-

dera os controles internos relevantes para a elaboração e adequada apresentação das demonstrações contábeis da Entidade para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles internos da Entidade. Uma auditoria inclui também a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião com ressalva. Base para opinião com ressalva Conforme nota explicativa nº 5, a Entidade possui R$ 3.511.140,19 registrado como valores a receber decorrentes das mensalidades dos alunos. Conforme demonstrado na nota o saldo está composto de valores de exercícios anteriores que se encontram em processo de cobrança. A realização deste ativo está condicionada ao sucesso do processo de cobrança. Em virtude do fato de que o procedimento encontra-se em andamento, não nos foi possível, nas circunstâncias, efetuar procedimentos alternativos de auditoria que nos possibilitassem concluir quanto à adequação do referido saldo registrado nas demonstrações contábeis de 31 de dezembro de 2011. Opinião Em nossa opinião, exceto pelos possíveis efeitos do assunto descrito no parágrafo Base para opinião com ressalva, as demonstrações contábeis acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da SOCIEDADE DAS FILHAS DE NOSSA SENHORA DO SAGRADO CORAÇÃO, em 31 de dezembro de 2011, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis às Entidades sem fins lucrativos.

DEMONSTRAÇÃO DOS DEFICITS DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2011 E DE 2010 - (Valores expressos em R$ 1) Nota Receita com ensino Deduções da receita bruta (-) Devolução de mensalidades (-) Descontos concedidos (-) Outras gratuidades e benefícios a empregados (-) PROUNI (-) Gratificações escolares totais e parciais (-) Gratificações escolares outras Custos diretos dos serviços prestados - Gastos com educação Receita líquida das atividades Ação social na educação social Gastos com assistência social Gastos com ação social e assistência educacional Resultado após gastos com ação social e assistencial Receitas e (Despesas) operacionais Despesas operacionais Desp. de isenção de contribuições sociais 15 Doações recebidas 19 Receita com verba de subvenções Gasto com verba de subvenções Receita c/ convênios filantrópicos Gastos c/ convênios filantrópicos Outras receitas (despesas) operacionais Resultado após receitas (despesas) operacionais Resultado operacional antes das desp. e receitas financeiras e antes da receita de isenção de contribuições sociais Receita de isenção de contribuições sociais 15 Resultado financeiro Deficits do exercício 12

2011 31.416.199,62

2010 29.004.501,69

(42.990,85) (2.038.596,05) (1.545.926,11) (124.465,00) (5.864.255,08) – (10.754.758,66) 11.045.207,87 (279.870,16) (1.464.299,72) (1.744.169,88) 9.301.037,99

(5.671,50) (1.192.571,00) (1.300.488,22) (98.550,00) (4.895.159,89) (454.079,40) (12.307.829,80) 8.750.151,88 (209.411,55) (258.208,26) (467.619,81) 8.282.532,07

(12.039.932,65) (3.671.701,03) 807.585,22 768.838,20 (848.564,62) 193.581,37 (203.193,93) 447.580,71 (14.545.806,73) (5.244.768,74)

(13.736.361,49) (3.478.091,38) 755.547,52 866.527,77 (866.527,86) 257.137,75 (257.137,85) 88.762,77 (16.370.142,77) (8.087.610,70)

3.671.701,03 647.280,80 (925.786,91)

3.478.091,38 306.260,62 (4.303.258,70)

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31/12/2011 E DE 2010 - (Valores expressos em Reais) 2011 Fluxos de Caixa das Atividade Operacionais Deficit dos exercícios Ajuste para Conciliar o Resultado às Disponibilidades Geradas pelas Atividades Operacionais Depreciações e amortizações Valor residual do imobilizado Avaliação por custo atribuído Bens recebidos em doação Resultado venda de imobilizado Ajuste de exercícios anteriores Provisão para créditos de liquidação duvidosa Variações nos Ativos (Aumento) Redução contas a receber (Aumento) Redução outros créditos (Aumento) Redução subvenções a receber (Aumento) Redução despesas antecipadas (Aumento) Redução contas a receber longo prazo Variações nos Passivos Aumento (Redução) fornecedores Aumento (Redução) obrigações fiscais, trabalhistas e sociais Aumento (Redução) obrigações com convênios privados Aumento (Redução) subvenções a realizar Aumento (Redução) receitas antecipadas Aumento (Redução) obrigações fiscais - parcelamentos Aumento (Redução) obrigações de longo prazo DISPONIBILIDADES LÍQUIDAS GERADAS E APLICADAS NAS ATIVIDADES OPERACIONAIS Fluxo de Caixa das Atividades de Investimentos Aquisição de imobilizado e intangível Baixa de bens imobilizados por venda Baixa em investimentos de longo prazo Fluxo de Caixa das Atividades de Financiamentos Financiamentos contraídos DISPONIBILIDADES LÍQUIDAS GERADAS APLICADAS NAS ATIVIDADES DE INVESTIMENTO E FINANCIAMENTO AUMENTO (REDUÇÃO) NAS DISPONIBILIDADES Saldo inicial de caixa Saldo final de caixa AUMENTO (REDUÇÃO) NAS DISPONIBILIDADES

(925.786,91)

2.507.349,12 – – – 32.066,67 283.537,47 17.031,44

2010 (4.303.258,70)

1.527.951,35 (35.061,93) 4.712.557,42 (500,00) – – –

(447.980,98) (259.636,70) 22.786,27 5.741,35 6.738,26

(21.591,10) (191.630,42) (34.351,25) (4.696,13) 19.986,75

(27.375,35) (102.857,40) 36.833,30 124.480,22 (180.074,00) 71.963,24 (156.194,08)

16.137,39 (257.183,13) 12.781,25 228.898,98 118.022,29 – –

1.008.621,92

1.788.062,77

(1.672.592,19) 90.990,00 –

(1.952.578,56) 63.400,00 5.400,00

(50.411,43)

(224.752,88)

(1.632.013,62) (623.391,70) 5.503.226,21 4.879.834,51 (623.391,70)

(2.108.531,44) (320.468,67) 5.823.694,88 5.503.226,21 (320.468,67)

31/12/2011 31/12/2010 247.323,81 667.658,93 25.915,05 87.888,59 36.525,00 – 497.821,36 – 807.585,22 755.547,52 20. INFORMAÇÕES POR SEGMENTO: Em cumprimento as normas que regem a certificação de entidade beneficente de assistência social seque abaixo as informações por segmento da Entidade: SEGMENTO SEGMENTO EDUCACIONAL ASSISTENCIAL ATIVO 2011 2011 ATIVO CIRCULANTE 4.400.505,09 479.329,42 CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA 4.400.505,09 479.329,42 CREDITOS 4.169.224,17 272.959,53 VALORES A RECEBER 3.524.270,37 128.497,03 (-) PROV CRED LÍQ DUVIDOSA (113.426,62) (687,81) SUBVENÇÕES A RECEBER – 20.122,03 OUTROS CREDITOS 752.448,94 115.636,17 DESPESAS ANTECIPADAS 5.931,48 9.392,11 ATIVO NÃO CIRCULANTE APLICAÇÕES FINANCEIRAS – 3.322,27 INVESTIMENTOS 0,01 – IMOBILIZADO LÍQUIDO 103.267.753,51 22.736.053,95 INTANGÍVEL LÍQUIDO 155.081,61 3.459,88 TOTAL DO ATIVO 111.992.564,46 23.495.125,05 SEGMENTO SEGMENTO EDUCACIONAL ASSISTÊNCIAL PASSIVO 2011 2011 PASSIVO CIRCULANTE 2.184.340,55 701.904,01 FINANCIAMENTOS/EMPRÉSTIMOS – 97.521,00 FORNECEDORES 45.090,99 1.446,25 OBRIGAÇÕES DIVERSAS 1.384.787,24 213.503,05 OBRIGAÇÕES COM CONVÊNOS PRIVADOS – 55.095,94 SUBVENÇÕES A REALIZAR – 334.337,77 RECEITA ANTECIPADA 754.462,32 – PASSIVO NÃO CIRCULANTE – 149.508,07 FINANCIAMENTOS/EMPRÉSTIMOS – 149.508,07 PATRIMÔNIO LIQUIDO 109.808.223,91 22.643.712,97 PATRIMÔNIO SOCIAL 40.159.391,12 7.188.496,43 DOAÇÕES DO ATIVO PERMANENTE – 39.288,00 AJUSTE DE AVALIAÇÃO PATRIMONIAL 67.863.639,44 18.133.731,52 SUPERÁVIT OU DÉFICIT DOS EXERCÍCIOS 1.785.193,35 (2.717.802,98) TOTAL DO PASSIVO 111.992.564,46 23.495.125,05 SEGMENTO SEGMENTO RESULTADO DAS OPERAÇÕES CONTINUADAS EDUCACIONAL ASSISTENCIAL RECEITA OPERACIONAL 2011 2011 RECEITA COM ENSINO 31.416.199,62 – RECEITA COM CONVÊNIOS, VERBAS E SUBVENÇÕES 962.419,57 (-)DEVOLUÇÃO DE MENSALIDADES (42.990,85) – (-)DESCONTOS CONCEDIDOS (2.038.596,05) – (-)OUTRAS GRATUIDADES E BENEFÍCIOS A FUNC. (1.545.926,11) – (-)PROUNI (124.465,00) – (-)GRATIFICAÇÕES ESCOLARES TOTAIS E PARCIAIS (5.864.255,08) – GASTOS COM A EDUCAÇÃO (10.715.198,70) (39.559,96) GASTOS COM AÇÃO SOCIAL E ASSIT.EDUC. – (1.744.169,88) DOAÇÕES RECEBIDAS – 807.585,22 RECEITA COM SUBVENÇÕES E AUXÍLIOS – 768.838,20 GASTOS COM VERBAS DE SUBVENÇÕES – (848.564,62) RECEITA COM CONVÊNIOS FILANTRÓPICOS – 193.581,37 GASTOS COM CONVÊNIOS FILANTRÓPICOS – (203.193,93) DESPESAS OPERACIONAIS (10.267.727,29) (2.734.624,93) DESPESA DE ISENÇÃO DE CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS (3.355.362,03) (316.339,00) RECEITA DE ISENÇÃO DE CONTRIBUIÇÕES SOCIAIS 3.355.362,03 316.339,00 OUTRAS RECEITAS E DESPESAS OPERACIONAIS 360.788,28 86.792,43 RESULTADO FINANCEIRO 607.364,53 39.916,27 SUPERÁVIT (DÉFICIT) DO EXERCÍCIO 1.785.193,35 (2.710.980,26) 21. CERTIFICADO DE ENTIDADE BENEFICENTE DE ASSISTÊNCIA SOCIAL: A Entidade protocolou em 19/12/2000 o processo de numero 44006.005362/2000-59 referente à renovação do CEAS, a Entidade, também, protocolou de forma tempestiva o processo 71010.001349/2003-49 que se refere à renovação do CEAS do triênio 2000 a 2002 e em 28/11/2006 a Entidade formalizou de maneira tempestiva o processo 71010.003762/2006-91 que se refere à renovação do CEAS do triênio de 2003 a 2005. Os últimos dois processos estavam ainda aguardando analise, enquanto o primeiro estava aguardando documentação complementar para analise conclusiva. O Instituto Nacional do Seguro Social formalizou através do processo 44006.000499/2002-41 representação fiscal propondo anulação da decisão de deferimento do CEAS no processo 44006.002739/1997-31 e o indeferimento do processo 44006.005362/2000-59. O Conselho Nacional de Assistência Social através da resolução 218 de 04 de dezembro de 2007 resolveu arquivar o processo de representação fiscal, mantendo dessa forma o certificado do triênio 1994 a 1996 e concedeu o certificado para o triênio 1997 a 1999. Porém a Secretaria da Receita Federal através dos processos 44000.000282/2008-86 e 44000 000281/2008-31 interpuseram recursos ao Ministro da Previdência Social contra a decisão do Conselho Nacional de Assistência Social. Em 2009 o Conselho Nacional de Assistência Social deferiu os processos 71010.001349/2003-49 e 71010.003762/2006-91, concedendo a Entidade o CEBAS através da resolução CNAS 03 de 23 de janeiro de 2009. O processo 71.000.102.770/2009-81 que refere - se a prestação de conta do triênio 2006 a 2008 foi deferido em 11 de janeiro de 2011 pela portaria 51/2011 da Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação. A referida Portaria certificou a Entidade como Entidade Beneficente de Assistência Social, pelo período de 01/01/2010 a 31/12/2012. Os processos 44000.000282/2008-86 e 44000 000281/2008-31, segundo o sistema SICNAS, foram extintos em 22/03/2010. 22. CONTINGÊNCIAS: A Empresa não possui processos trabalhistas e/ou cíveis com necessidade de provisão ou divulgação nos termos da Seção 21 do CPC PME (R1). 23. COBERTURA DE SEGUROS: A Entidade passou a adotar no exercício de 2011a política de contratar cobertura de seguros para os bens sujeitos a riscos por montantes considerados suficientes para cobrir eventuais sinistros, considerando a natureza de sua atividade. As premissas de riscos adotadas, dada a sua natureza, não fazem parte do escopo de uma auditoria de demonstrações financeiras, consequentemente não foram examinadas pelos nossos auditores independentes. 24. OUTROS ASSUNTOS: 24.1 FORMALIDADE DA ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL - A entidade mantêm um sistema de escrituração uniforme dos seus atos e fatos administrativos, por meio de processo eletrônico. Os registros contábeis contem o número de identificação dos lançamentos relacionados ao respectivo documento de origem externa ou interna ou, na sua falta, em elementos que comprovem ou evidenciem fatos e a prática de atos administrativos. As demonstrações contábeis, incluindo as notas explicativas, elaboradas por disposições legais e estatutárias, serão transcritas no “Diário” da Entidade, e posteriormente registrado no Cartório de Registros de Pessoas Jurídicas. 24.2 DOCUMENTAÇÃO DA ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL - Quanto à documentação contábil da Entidade é composta por todos os documentos, livros, papéis, registros e outras peças, que apoiam ou compõem a escrituração contábil. A documentação contábil é hábil, revestida das características intrínsecas ou extrínsecas essenciais, definidas na legislação, na técnica-contábil ou aceitas pelos “usos e costumes”. A entidade mantém em boa ordem a documentação contábil. 25. EVENTOS SUBSEQUENTES: Os eventos subsequentes ao período contábil a que se referem às demonstrações contábeis incluem todos os eventos até a data em que as mesmas são autorizadas para emissão, mesmo que esses eventos ocorram após o anúncio público de lucros ou de outra informação financeira. Não houve eventos subsequentes relevantes que ocasionassem ajustes ou divulgações especiais, de acordo com o disposto na Seção 32 do CPC-PME (R1). São Paulo, 31 de dezembro de 2011.

Pessoa física Pessoa jurídica Pessoa jurídica - exterior Doações gêneros alimentícios e outros bens

RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS Ênfase Conforme nota explicativa nº. 01, a Entidade não tem finalidade lucrativa e obtém de terceiros as receitas de doações e contribuições. Pelo fato das doações e contribuições serem espontâneas, as mesmas são identificadas quando recebidas e registradas nos livros contábeis. Por esses motivos, nossas verificações das receitas registradas no exercício de 2011 ficaram restritas, exclusivamente, aos valores constantes nos registros contábeis. Outros assuntos Auditoria dos valores correspondentes ao exercício anterior Os valores correspondentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2010, apresentado para fins de comparação, foram examinados por outros auditores, cujo relatório datado de 30 de setembro de 2011, não apresentava qualquer qualificação.

Brasília - DF, 08 de maio de 2012.

AUDIGER AUDITORES & CONSULTORES S/S CRC - DF 507/O “S”- SP

Hélio do Vale Ribeiro Contador CRC - 1SP 162.349/O “S”-SP


DIÁRIO DO COMÉRCIO

16 -.ECONOMIA/LEGAIS

terça-feira, 22 de maio de 2012

e JAC troca porto de Vitória pelo baiano O desembarque de 1 mil carros na Bahia foi celebrado pelas autoridades locais como o fim da 'guerra dos portos'

conomia

Uso do porto no Estado da Bahia faz parte de acordo de incentivos fiscais firmado entre o governo local e a montadora chinesa para a construção de fábrica

A

montadora chinesa JAC Motors encerrou ontem suas operações no porto de Vitória, no Espírito Santo, e passou a utilizar Salvador (BA) como base de suas importações no Brasil. O desembarque de 1 mil carros no Estado da Bahia foi celebrado ontem pelas autoridades locais como o fim da 'guerra dos portos' e das importa-

ções da montadora pelo Espírito Santo, um dos Estados mais afetados pelo fim da disputa de receita tributária entre as unidades da federação. Resolução aprovada no mês passado no Senado Federal fixou a alíquota de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) em 4% para operações interestaduais de produtos importados a partir de 2013, inviabilizan-

do a concessão de incentivos fiscais por Estados para atrair importações. Acordo – A exigência do uso de portos baianos para as importações faz parte do acordo de incentivos fiscais firmado entre a Bahia e os chineses para a construção de uma fábrica no município de Camaçari, na região metropolitana de Salvador. Na cidade, também está instalada uma unidade da

montadora Ford. "Não somos apenas um corredor de importações. Tudo está vinculado à construção da fábrica", declarou Jaques Wagner (PT), governador do Estado da Bahia. Ele elogiou a decisão do Senado e criticou Estados que concedem incentivos fiscais para importadores. "Não dá para ficar dando vantagem fiscal para quem

Vanguarda Agro S.A. - Cia. Aberta - CNPJ/MF 05.799.312/0001-20 - NIRE 35.300.380.657 Ata da Reunião do Conselho de Administração de 26/04/2012 1. Data, Hora e Local: Realizada às 9 h do dia 26/04/2012, na sede da Cia., localizada na Cidade de São Paulo/SP, na Av. Brig. Faria Lima 1461 - 4º - Torre Sul - Pinheiros, CEP 01452-921. 2. Convocação e Presença: Convocação efetuada na forma do art. 17 do Estatuto Social da Cia., reuniram-se os membros do Conselho de Administração da Cia.: Srs. Katia Martins Costa, Rodrigo Geraldi Arruy, Otaviano Olavo Pivetta (Teleconferência) e Neusa Lúcia Pivetta (teleconferência). 3. Mesa: A Reunião foi presidida pela Sra. Katia Martins Costa e secretariada pelo Sr. Cristiano Soares Rodrigues. Presentes, ainda, o Sr. André Pannúzio, representante da empresa de auditoria externa Pricewaterhousecoopers. Havendo quorum suficiente, foi instalada a presente Reunião. 3. Mesa: A Reunião foi presidida pela Sra. Katia Martins Costa e secretariada por Cristiano Soares Rodrigues. 4. Ordem do Dia: (i) Deliberar sobre as Demonstrações Financeiras e Notas Explicativas, relativas ao 1º Trimestre de 2012. 5. Deliberações Tomadas por Unanimidade dos Presentes: Os membros do Conselho de Administração deliberaram, por unanimidade de votos: 5.1. Aprovar as Demonstrações Financeiras e Notas Explicativas relativas ao exercício findo em 31/03/2012, devendo ser mantido o absoluto sigilo até sua divulgação ao mercado. 6. Encerramento: Nada mais havendo a ser tratado e inexistindo qualquer outra manifestação, foi encerrada a presente reunião, da qual lavrou-se a presente ata que, lida e aprovada, será circulada para a assinatura de todos os membros do Conselho de Administração. São Paulo, 26/04/2012. Conselheiros: Katia Martins Costa, Otaviano Olavo Pivetta, Rodrigo Geraldi Arruy e Neusa Lucia Pivetta. Confere com o original lavrado em livro próprio. Katia Martins Costa - Presidente. Cristiano Soares Rodrigues - Secretário. JUCESP nº 195.222/12-0 em 09/05/2012. Gisela Simiema Ceschin - Secretária Geral.

Vanguarda Agro g g S.A. - Cia. Aberta - CNPJ/MF nº 05.799.312/0001-20 - NIRE 35.300.380.657 Edital de Convocação - Assembleia Geral Extraordinária Ficam os Srs.Acionistas da Vanguarda Agro S.A.sociedade anônima de capital aberto, com sede na Cidade de São Paulo/SP na Av.Brig.Faria Lima nº 1.461, Torre Sul, 4º and., Pinheiros, CEP: 01452-921, convidados para a AGE da Cia., em 2º convocação, que se realizará no dia 30/05/2012, às 10hs, na sede social da Cia., a fim de suprimirem o endereço da sede da Cia.no artigo 2º do Estatuto, dando assim mais agilidade à Cia.quanto à mudança da sua sede dentro da mesma Cidade.Disposições Gerais:(i) Os acionistas da Cia.deverão depositar, com 72 horas de antecedência, na sede da Cia., os seguintes documentos: (a) documento de identidade, (b) comprovante da respectiva posição acionária, expedido pela instituição depositária, e (c) na hipótese de representação do acionista, o respectivo instrumento de procuração formalizado nos termos da lei;(ii) A representação do acionista mencionada no item (i) (c) acima, deverá ser precedida de depósito do respectivo instrumento de procuração (cuja minuta encontra-se no Manual de Assembleia, disponível na website da Cia., www.v-agro.com.br/ri), podendo, ainda, ser enviada por e-mail para ri@v-agro.com.br. Os originais dos documentos referidos, ou suas cópias, dispensada a autenticação e o reconhecimento de firma, deverão ser exibidos à Cia. até o momento da abertura dos trabalhos da respectiva Assembleia Geral Extraordinária.São Paulo, 22 de maio de 2012. Salo Davi Seibel - Presidente do Conselho de Administração Eudmarco S.A. Serviços e Comércio Internacional CNPJ/MF nº 58.138.058/0001-86 - NIRE nº 35.300.012.178 Ata de Assembleia Geral Ordinária Data/Hora/Local: 20/04/2012, às 8h00, à Ave. Dr. Cardoso de Melo, 1470, conj. 302, S. Paulo/SP. Presença: Totalidade do Capital Social. Mesa: Jersé Passos Cerqueira, presidente; e Francisco Cassiani Filho, Secretário. Ordem do Dia/Deliberações: “Aprovadas, por unanimidade” (i) Balanço Patrimonial e demais Demonstrações Financeiras encerrados em 31/12/2011, publicados nos jornais “DOESP e DC” em 13/04/2012; (ii) Tendo em vista, que o lucro registrado foi utilizado para absorver os prejuízos acumulados, não houve distribuição de dividendos; (iii) Os diretores, presentes à Assembléia, face aos prejuízos acumulados, renunciaram à remuneração, a qualquer tipo de pagamento, retirada “pro labore” ou gratificação; (iv) a reeleição e nomeação dos diretores, com mandato até 30/04/2015: Diretor Presidente: Jersé Passos Cerqueira, brasileiro, RG nº 19.535.647 SSP/SP e CPF/ MF nº 100.081.418/19; e cumulando o cargo de Diretor de Operações, Diretor Administrativo e Financeiro e Diretor Comercial, o Sr. Segundo João Modolin, brasileiro, RG nº 2.040.082 SSP/SP e CPF/MF nº 030.999.898-00, os quais aceitam suas indicações e declaram não estar condenado em nenhum dos crimes cujas penas vedem o acesso a cargos de direção em empresas mercantis. Encerramento: Formalidades legais foram devidamente arquivadas e registradas na JUCESP n° 199.690/12-1 em 17/05/2012.

Jardim Indústria e Comércio S/A - CNPJ - MF Nº 60.676.996/0001-81 ASSEMBLÉIA GERAL ORDINÁRIA - CONVOCAÇÃO Convocamos os acionistas para se reunirem em AGO a ser realizada em 05.06.2012, às 10hs., na sede social, R.Arary Leite, 826,Vila Maria,SP/SP, a fim de discutirem e deliberarem a seguinte ordem do dia:a) Prestação de contas dos administradores, exame, discussão e votação das demonstrações financeiras relativas ao exercício social encerrado em 31.12. 2011; b) Destinação do resultado do exercício findo; c) Outros assuntos de interesse da Sociedade. Comunicamos que se encontram à disposição dos acionistas, na sede os documentos do art.133 da Lei 6.404/76 com alterações da Lei 10.303/2001, do exercício encerrado em 31.12.2011. SP, 21.05.2012. Aroldo de Lara Cardoso - Diretor Presidente. (22,23,24) EXTRAVIO Touch Comércio de Alimentos Ltda-EPP, CNPJ 06.968.337/0001-73, I.E 116.898.917.115, comunica o EXTRAVIO da N.F série D-1 mod. 2 do nº 2944 e 2945.

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo, foram ajuizados no dia 21 de maio de 2012, na Comarca da Capital, os seguintes pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial: Requerente: Importadora de Ferramentas Rocha Ltda. Requerido: J. Racec Comércio de Ferramentas e Ferragens Ltda. Rua Alberto Colombero, 42 – Penha de França - 2ª Vara de Falências.

quer ficar exportando empregos brasileiros", afirmou o governador baiano. O presidente da JAC Motors no Brasil, Sergio Habib, disse que a mudança do porto atende à necessidade logística de criar uma rede de distribuição nacional, a partir da Bahia, onde a companhia passará a fabricar veículos em 2014. O investimento na fábrica é de R$ 900 milhões. (Folhapress)

Não dá para ficar dando vantagem fiscal para quem quer ficar exportando empregos brasileiros. JAQUES WAGNER, GOVERNADOR DA BAHIA

BENS DE RAIZ PARTICIPAÇÕES S.A. CNPJ/MF nº 07.717.193/0001-45 Relatório da Diretoria Senhores Acionistas: Em obediência às determinações legais e estatutárias, temos a satisfação de submeter à apreciação de V.Sas. o Balanço Patrimonial e demais Demonstrações Financeiras referentes ao ano de 2011. Colocamo-nos à disposição dos Senhores Acionistas para quaisquer esclarecimentos complementares. São Paulo, 14 de maio de 2012. A Diretoria Demonstrações de Resultados Exercícios Findos em 31/12/2011 e 2010 0 Balanços Patrimoniais em 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Em reais, sem centavos, exceto o lucro por ( p ação)) ((Em reais,, sem centavos)) Ativo 2011 2010 Passivo 2011 2010 2011 2010 Receitas operacionais: Disponibilidades 1.940 101.827 Circulante: Impostos a recolher 495 441 Resultado da equivalência patrimonial 6.839.190 4.880.883 Aplicações financeiras 704.224 5.449.822 Dividendos a pagar – 1.980.000 Financeiras 392.408 268.588 Dividendos a receber 2.030.107 1.419.604 495 1.980.441 Outras receitas 15 6.317 Não circulante: Imposto de renda a compensar 271.789 192.708 7.231.613 5.155.788 4.267.791 1.760.000 Não Circulante: 3.008.060 7.163.961 Conta corrente acionistas Despesas operacionais: Cessão de crédito a pagar 6.800.000 – Realizável a longo prazo: 11.067.791 1.760.000 Administrativas e gerais (654.302) (967.461) C/C com empresa controlada 1.242.008 960.000 Patrimônio líquido: Tributárias (10.722) (14.264) Capital social 18.000.000 18.000.000 Investimentos 34.927.805 17.209.685 Financeiras (3.427) (13.667) Reserva de lucros 943.444 615.286 Imobilizado 204.682 157.902 (668.451) (995.392) Reserva estatutária 9.370.825 3.135.821 Lucro líquido do exercício 6.563.162 4.160.396 36.374.495 18.327.587 28.314.269 21.751.107 39.382.555 25.491.548 39.382.555 25.491.548 Lucro por ação do capital final 0,36 0,23 Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 (Em reais, sem centavos)) ( Reserva Reserva de lucros estatutária Capital Reserva Reserva para Lucros social legal investimentos acumulados g Saldos em 1º de janeiro de 2010 18.000.000 407.266 1.163.445 – Lucro líquido do exercício – – – 4.160.396 Proposta para destinação do lucro líquido: Reserva legal – 208.020 – (208.020) Dividendos propostos (Nota 5.3) – – – (1.980.000) Reserva para investimentos (Nota 5.2) – – 1.972.376 ((1.972.376)) Saldos em 31 de dezembro de 2010 18.000.000 615.286 3.135.821 – Lucro líquido do exercício – – – 6.563.162 Proposta para destinação do lucro líquido: Reserva legal – 328.158 – (328.158) Reserva para investimentos (Nota 5.2) – – 6.235.004 ((6.235.004)) Saldos em 31 de dezembro de 2011 18.000.000 943.444 9.370.825 –

Total 19.570.711 4.160.396 – (1.980.000) – 21.751.107 6.563.162 – – 28.314.269

Notas Explicativas N E li i às Demonstrações D Fi Financeiras i Exercícios E i Fi Findos d em 31 d de Dezembro D b d de 2011 e 2010 (Em reais, sem centavos) 1 - Contexto Operacional - As atividades da Companhia compreendem, basicamente, a participação em outras sociedades e a aplicação de recursos financeiros em valores mobiliários ou bens móveis. 2 - Elaboração das Demonstrações Financeiras - Apresentação - As demonstrações financeiras foram elaboradas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, em consonância com a Lei das Sociedades por Ações, incluindo as alterações promovidas pela Lei nº 11.638/07 e pela Medida Provisória nº 449/08, posteriormente convertida na Lei nº 11.941/09, bem como dos pronunciamentos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis – CPC. Os pronunciamentos, as interpretações e as orientações do CPC, aprovados por resoluções do Conselho Federal de Contabilidade – CFC estão substancialmente convergentes às normas internacionais de contabilidade (IFRS) emitidas pelo IASB. Essas demonstrações financeiras foram preparadas usando o custo histórico como base de valor e, quando aplicável, ajustado ao valor justo de transação. A aplicação retroativa de tais práticas não gerou efeitos sobre o resultado e patrimônio. Descrição das principais práticas contábeis - As principais práticas contábeis descritas a seguir foram aplicadas de forma consistente para todos os exercícios apresentados. a. Moeda funcional - Os itens incluídos nas demonstrações financeiras são mensurados utilizando-se a moeda do ambiente econômico primário na qual a Companhia atua. Essas demonstrações estão apresentadas em Reais (R$), que é a moeda funcional e de apresentação das demonstrações financeiras da Companhia. b. Apuração do resultado - O resultado das operações é apurado em conformidade com o regime contábil de competência. Uma receita não é reconhecida se há alguma incerteza quanto a sua realização. c. Estimativas contábeis - A elaboração de demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e as IFRS requer que a Administração use de julgamento na determinação e registro de estimativas contábeis, as quais baseiam-se na experiência histórica e em outros fatores, incluindo expectativas de eventos futuros considerados razoáveis para as circunstâncias. Ativos significativos sujeitos a essas estimativas e premissas incluem o valor residual do ativo imobilizado. A liquidação das transações envolvendo essas estimativas poderá resultar em valores diferentes dos estimados, devido a imprecisões inerentes ao processo de sua determinação. A Companhia revisa as estimativas e premissas anualmente e que, por definição, raramente são iguais aos respectivos resultados reais. d. Ativos circulante e não circulante - • Aplicações financeiras Registradas ao custo acrescido dos rendimentos incorridos até a data do balanço, que não supera o valor de mercado. • Demais ativos circulantes - São apresentados pelo valor líquido de recuperação. • Realizável a longo prazo - Registrado e demonstrado pelos valores incorridos e conhecidos. • Investimentos - Representado por participações em empresas controlada e coligada e inclui o deságio e ágio apurados, respectivamente, na conferência e na aquisição dessas ações. Referidos investimentos foram avaliados pelo método de equivalência patrimonial. O investimento em imóvel foi avaliado pelo custo de aquisição. • Imobilizado - Demonstrado ao custo de aquisição. A depreciação foi calculada pelo

método linear, com base no tempo de vida útil estimado dos bens. e. Passivos circulante e não circulante - • Provisões - As provisões são reconhecidas no balanço quando a Companhia possui uma obrigação legal ou a constitui como resultado de um evento passado e é provável que um recurso econômico seja requerido para saldar a obrigação. • Imposto de renda e contribuição social. O imposto de renda e a contribuição social foram calculados de acordo com a legislação fiscal vigente. • Demais passivos circulantes e não circulantes. São demonstrados pelos valores conhecidos ou calculáveis, atualizados à taxa de juros ou variação cambial, nos termos dos contratos vigentes, de modo a refletir os encargos incorridos até a data do balanço. 3–Investimentos 2011 2010 Investimentos em controlada e coligada 32.137.073 20.482.078 Deságio na conferência de investimento (4.893.603) (4.893.603) Ágio na aquisição de investimento 7.048.742 985.617 Investimento em imóvel 635.593 635.593 34.927.805 17.209.685 Os investimentos na controlada Fazenda Palmeiras do Ricardo S.A. e na coligada Richard Saigh Indústria e Comércio S.A. estão representados por: Fazenda Richard Palmeiras do Saigh Ind. Total Ricardo S.A. e Com.S.A. 2011 2010 Quant. total de ações do capital social 57.885.100 22.000.000 Quantidade de ações adquiridas 57.799.816 10.388.382 Part. no cap. social (%) 99,85 47,22 Patrimônio líquido em 31/12/2011 11.115.764 44.552.567 Valor da participação 11.099.387 21.037.686 Lucro líq. do exercício 519.385 13.280.069 Participação no lucro da investida 518.619 6.270.838 Movim. dos investim. na controladora: Saldos em 01/01/2011 4.147.521 16.334.557 20.482.078 17.001.605 Complem. dos divid. a receber (2.037.327) – (2.037.327) (1.894) Aquisição 8.883.240 – 8.883.240 21.088 Dividendos a receber (462.399) (1.567.709) (2.030.108) (1.419.604) Ganho sobre aumento de participação 49.733 – 49.733 – Resultado da equival. patrimonial 518.619 6.270.838 6.789.457 4.880.883 Saldos em 31/12/2011 11.099.387 21.037.686 32.137.073 20.482.078 O deságio apurado na conferência das ações e o ágio apurado na aquisição, por não estarem justificados pelos fundamentos previstos no artigo 14 da Instrução nº 247/96, da Comissão de Valores Mobiliários, serão amortizados por ocasião da baixa ou alienação dessas participações.

RAUL RAPHAEL SAIGH Diretor Presidente

D I R ET O R I A LAILA RACY SAIGH Diretora

Demonstrações dos Fluxos de Caixa Exercícios Findos 31/12/11 e 10 ((Em reais,, sem centavos)) 2011 2010 Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais Lucro líquido do exercício 6.563.162 4.160.396 Ajustes p/ reconc. o lucro líq. do exerc. c/ o cxa aplicado nas atividades operacionais: Resultado da equivalência patrimonial (6.839.190) (4.880.883) Depreciações 52.220 47.958 (Aumento) redução nos ativos operacionais: Impostos a compensar (79.081) (29.076) Aumento (redução) nos passivos operacionais: Impostos a recolher 54 ((43.868)) Caixa aplicado nas atividades operacionais (302.835) (745.473) Fluxo de Caixa das Atividades de Invest. Amortização de conta corrente acionistas / empresa controlada (296.253) – Aquisição de imobilizado (99.000) (29.149) Aquisição de participação societária em contr. (8.883.240) (21.088) Ágio na aquisição de part. societária em contr. (6.063.125) (192.124) Dividendos recebidos de coligada 1.144.939 1.214.245 Cxa (aplicado nas) ger. pelas ativ. de invest. (14.196.679) 971.884 Fluxo de Cxa das Atividades de Financiam. Distribuição de dividendos – (1.350.000) Cessão de crédito com acionistas 6.800.000 – Recursos recebidos de empresa controlada 1.669.237 395.192 Créditos recebidos de acionistas 1.184.791 1.760.000 Caixa gerado pelas atividades de financiam. 9.654.028 805.192 (Red.) Aum. Líq. do Cxa e Equival. de Caixa (4.845.486) 1.031.603 Caixa e Equivalentes de Caixa No início do exercício 5.551.649 4.520.046 No final do exercício 706.163 5.551.649 (Red.) Aum. Líq. do Caixa e Equiv. de Caixa (4.845.486) 1.031.603 4 - Imposto de Renda e Contribuição Social - O imposto de renda foi calculado à alíquota de 15% mais adicional de 10% sobre o lucro tributável e a contribuição social foi calculada à alíquota de 9%, sendo considerada para efeito das respectivas bases de cálculo a legislação vigente, pertinente a cada encargo. Os encargos tributários e as contribuições apuradas e recolhidas pela Companhia, bem como as respectivas declarações de rendimentos e os registros fiscais e contábeis, estão sujeitos à revisão por parte das autoridades fiscais em prazos prescricionais variáveis. 5 - Patrimônio Líquido - 5.1 - Capital social - O capital social subscrito é de R$ 18.000.000, estando representado por 18.000.000 de ações ordinárias, sem valor nominal. Cada ação ordinária confere a seu titular direito a um voto nas deliberações da Assembléia Geral. 5.2 - Reserva para investimentos - Esta reserva tem como finalidade assegurar os recursos suficientes para preservar a integridade do patrimônio social e a capacidade de investimento da Sociedade, sendo destinado para esta reserva até 50% do lucro líquido ajustado. Os administradores da Sociedade vão propor à Assembléia Geral Ordinária a ser realizada oportunamente, a destinação de R$ 6.235.004 (R$ 1.972.376 em 2010) do lucro líquido do exercicio para manutenção desta reserva, considerando não haver neste exercício proposta para distribuição de dividendos. 5.3 - Dividendos - A administração irá propor o não pagamento de dividendos do exercício de 2011 visando à manutenção de seu capital de giro em níveis considerados adequados. No exercício de 2010 foi proposta a destinação de R$ 1.980.000 do lucro líquido do exercício para pagamento de dividendos. 6 - Instrumentos Financeiros - A Companhia participa de operações envolvendo instrumentos financeiros, todos registrados em contas patrimoniais, que se destinam a atender suas atividades operacionais. A administração desses riscos é efetuada estrategicamente através do estabelecimento de sistemas de controles e determinação de limites de posições. O valor contábil dos instrumentos financeiros da Companhia, representados substancialmente por títulos e valores mobiliários, equivale, aproximadamente, ao seu valor de mercado na data do encerramento de balanço. JOSNEY FERRAZ Contador CRC - 1SP 131588/O-9


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e País precisa de novas fontes de energia O excesso de regulação pode ter criado novas obrigações acessórias. Roberto Macedo, coordenador do Conselho de Economia da ACSP

conomia

Especialista propõe a criação de uma câmara de compensação eletroenergética mundial para incentivar novas matrizes e regular o seu uso Paula Cunha

L.C.Leite/LUZ

Podemos aproveitar as lições de diversos países. O Canadá adotou a exploração de fontes diferentes de energia.

O

Brasil precisa buscar fontes de energias alternativas, aperfeiçoar as regras de regulamentação do setor energético e reduzir seus altos custos que são ainda mais elevados pela cobrança de impostos em toda a cadeia produtiva. Uma das soluções para superar estes desafios pode ser a exploração de diferentes tipos de matrizes energéticas em cada região do País, de acordo com suas características, dada a sua dimensão continental, e utilizálas alternadamente para diminuir as distâncias e reduzir os custos de transmissão. Estas são algumas das conclusões apresentadas pela economista Virgínia Parente na reunião do Conselho de Economia da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), coordenado pelo economista Roberto Macedo, ontem na sede da entidade. Atualmente, para cada um ponto percentual de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), a necessidade de energia é elevada em 1,2 ponto percentual. Além disso, aumentar os esforços para reduzir os impostos que incidem sobre a cadeia energética e a racionalização da cobrança de tarifas para mostrar que temos uma tributação sobre o megabite de energia bem maior que a de outros países já contribuíram para o crescimento do setor. Parente, que é economista e também participa do Conselho de Administração da Ele-

Itaú e Santander cortam taxas

O

s bancos Itaú e Santander anunciaram ontem uma redução nas taxas de administração de fundos de investimento e do valor mínimo exigido para aplicações, acompanhando os cortes feitos por Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil e, mais recentemente, Bradesco. No Santander, as reduções já estão valendo. As taxas de administração de três fundos de investimento caíram: o Extra Plus DI (de 3% para 2% ao ano), o Recompensa Max (de 1,9% para 1% ao ano) e o Fundo Liquidez Simples (de 3% para 2,5% ao ano). Quatro dos fundos oferecidos pelos bancos terão a aplicação mínima reduzida. O valor passou de R$ 1.000 para R$ 100 nos fundos Sênior DI, Supremo DI e Sênior RF. No TOP RF, passará de R$ 100 para R$ 1. O presidente do Santander Brasil, Marcial Portela, justificou as medidas como uma "forma de estimular o crescimento do País". No caso do Itaú, as taxas de administração de fundos de investimento de renda fixa e DI serão reduzidas a partir do dia 1 de junho. A taxa anual de administração do Uniclass DI, por exemplo, passará de 2,3% ao ano para 2%. Já os fundos Uniclass Renda Fixa e Maxi DI passarão de 1,75% para 1,60% ao ano. Os valores mínimos para aplicação em fundos passarão, no caso do fundo Super DI, de R$ 500 para R$ 100. Outros fundos também tiveram reduções na aplicação mínima que chegam a 50%. Em nota, o banco Itaú ressaltou o seu comprometimento com o "crescimento econômico positivo do País" e afirmou que já estava se preparando para a redução "há algum tempo". (Folhapress)

VIRGÍNIA PARENTE

Economista Virgínia Parente, na ACSP: cada ponto percentual a mais no PIB eleva em 1,2 ponto percentual a necessidade de energia trobras, defende os investimentos em infraestrutura para eliminar os gargalos no setor elétrico e a adoção de um sistema de redes inteligentes para a utilização de equipamentos adequados de melhor aproveitamento de energia. Estabilidade – Segundo ela, os investimentos no setor energético são de longo prazo e, por isso, os investidores brasileiros e estrangeiros acabam por levar mais em conta a qualidade institucional que a macroeconômica do País. Parente citou a consultoria A.T.

Kearney, especializada em gestão estratégica global, que listou como principais fatores de atratividade para investimento em todo o mundo o tamanho do mercado (83%), estabilidade política (54%), ambiente regulatório (52%), estabilidade macroeconômica (43%), presença de competidores (41%), qualidade de infraestrutura (30%), repatriação de lucros (29%), custo e qualificação de mão de obra (28%), acesso ao mercado exportador (23%) e apoio ao governo local (23%).

Ela analisou, também, as políticas adotadas pelos governos para o setor energético nos últimos 20 anos, quando houve crescimento no PIB e na população. Entretanto, ponderou que os investimentos na construção de usinas diminuíram ao mesmo tempo em que os níveis dos reservatórios caíram em razão das instabilidades climáticas ocorridas no período. Parente lembrou que, para agravar este quadro, a partir do Plano Real, o poder aquisitivo da população cresceu e o governo dimi-

nuiu os investimentos, optando pela privatização de setores como energia e telefonia. Alternativas – Na opinião da economista, o quadro alterouse a partir dos anos 2000, pois o governo federal buscou alternativas como a energia a gás, com o acordo com a Bolívia, e retomou os investimentos de longo prazo para a construção de usinas hidrelétricas e os de curto prazo para a construção de termelétricas. Hoje, existe uma convergência entre estas duas modalidades, mas existe a consciência

de que o Brasil ainda explora poucas fontes de energia. "Podemos aproveitar as lições de diversos países. Entre eles, a do Japão, de não se apoiar na fonte mais barata de energia sob pena de enfrentar problemas geopolíticos com países vizinhos, e a do Canadá, que adotou o modelo de exploração de fontes diferentes de energia em regiões distintas do país e realizar intercâmbios entre elas conforme a necessidade do momento. Isso ajudou a reduzir os custos", explicou Parente. A economista e pós-graduada em energia pela Universidade de São Paulo (USP) concluiu que uma das soluções para eliminar os gargalos do setor tanto aqui quanto em outros países seria a criação de uma câmara de compensação eletroenergética mundial para incentivar os investimentos e pesquisas em novas matrizes energéticas e, ao mesmo tempo, regular o seu uso. Para Roberto Macedo, "o evento foi positivo, pois mostrou que o sistema é complexo e que o excesso de regulação pode ter criado novas obrigações acessórias que podem afetar o setor energético".


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As políticas do acordo levariam ao colapso da Grécia e sua possível saída da zona do euro. Alexis Tsipras, líder grego da Coalizão da Esquerda Radical

conomia Wilton Júnior/AE

Casa de câmbio no Rio de Janeiro: escalada do dólar continua. Ontem, a valorização foi de mais 1,09% e moeda está com maior valor desde maio de 2009.

Bolsa sobe, mas não reverte tendência. Apesar de ter fechado em em alta de 3,81%, indicador está longe de recuperar perdas acumuladas. E a cotação do dólar voltou a subir, para R$ 2,042.

S

e na semana passada o Ibovespa, principal indicador do mercado brasileiro, zerou os ganhos do ano e acumulou declínio de 8,3% – a maior queda semanal desde agosto de 2011 –, nesta semana começou diferente, com a bolsa renovando máximas, sobretudo nas últimas horas da sessão de ontem. O pregão foi influenciado positivamente pelo vencimento de opções sobre ações, o que já havia ajudado a BM&FBovespa a fechar no positivo na sexta-feira. O dólar, porém, manteve a tendência de alta ontem. A moeda norte-americana fechou cotada a R$ 2,042, com alta de 1,09%. Esse é o maior valor desde 18 de maio de 2009, quando ficou em R$ 2,076. Notícias vindas da Grécia, durante o fim da semana, também deram fôlego para o principal índice da bolsa recuperar o patamar dos 56 mil pontos, perdidos na última terça-feira. No fim de semana, líderes europeus afirmaram que farão esforço especial para manter a Grécia na zona do euro. Ontem, o Ibovespa encerrou com valorização de 3,81%, aos 56.590,24 pontos. No mês, a bolsa acumula queda de 8,46% e, no ano, declínio

de 0,29%. Bolsas da Europa e dos Estados Unidos também fecharam em alta (veja reportagem nesta página). Segundo especialistas, a expressiva valorização está longe de ser uma reversão da tendência de baixa que fez o Ibovespa operar no vermelho por oito sessões consecutivas. "Não parece que este comportamento seja permanente. É uma correção, não chega nem perto de reverter a tendência", avalia o operador da Icap Brasil, Rodrigo Falcão. Grécia – O primeiro-ministro interino da Grécia, Panagiotis Pikrammenos, se encontrou ontem com os líderes dos principais partidos políticos do país para se preparar para a cúpula da União Europeia (UE) que será realizada amanhã. Embora Pikrammenos não tenha poderes decisórios no país, a reunião ocorre antes das eleições legislativas marcadas para 17 de junho, quando a população poderá eleger um governo que rejeite o acordo fechado em março com a UE, o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Central Europeu (BCE). A eleição de 17 de junho é vista como uma chance para os gregos decidirem se querem ficar na zona do euro. A

eleição de 6 de maio não apresentou vencedor claro e levou à crise política. O líder do Nova Democracia, Antonis Samaras, afirmou que o país deveria continuar na zona do euro. "Agora que a Europa está mudando e está adotando incentivos ao crescimento, nós devemos ficar na zona do euro para atingir um desenvolvimento econômico imediato", comentou Samaras. Ele também disse que a criação de um bônus comum da zona do euro (eurobônus) pode ajudar a Grécia a financiar obras públicas extremamente necessárias. A Nova Democracia foi o partido mais votado em 6 de maio e obteve 22% dos sufrágios, o que não foi suficiente para formar uma maioria de governo. Ontem, o partido recebeu o apoio da Aliança Democrática, que obteve 2,5% dos votos no dia 6. "A ideia de um eurobônus é e sempre foi uma boa ideia, se fornecer dinheiro mais barato e com condições melhores do que aquela da reestruturação da dívida e do segundo pacote de resgate", afirmou o líder do Partido Socialista (Pasok), Evangelos Venizelos. Já o líder da Esquerda Democrática, Fotis Kouvelis, entregou para Pikrammenos uma

Gonzalo Fuentes/Reuters

O líder de esquerda da França, Jean-Luc Mélenchon (à esq.), recebe em Paris o político grego Alexis Tsipras. lista de quatro iniciativas que o premiê interino deveria defender na cúpula da UE: um afrouxamento das metas fiscais para a Grécia, a emissão de eurobônus, o financiamento direto de membros da zona do euro pelo BCE e o aumento dos recursos disponíveis para o Banco Europeu de Investimento (BEI). "Essas propostas são mais realistas do que nunca e é necessário ressaltar sua aceitação na cúpula." O líder da Coalizão Esquer-

Ações do Facebook caem 10,9%

O

s principais índices acionários dos Estados Unidos fecharam em alta ontem, interrompendo uma série de seis pregões de perdas para o S&P 500 e se recuperando a partir da maior queda semanal em quase seis meses. O Nasdaq teve sua maior alta de 2012 em termos percentuais. Ainda assim, a ação do Facebook despencou 10,9% em seu segundo pregão, após uma estreia desapontante na sexta-feira da semana passada. O papel da Apple, por sua vez, disparou 5,8%. O índice Dow Jones, referência da bolsa de Nova York, avançou 1,09%, para 12.504 pontos. O índice Standard & Poor's 500 teve valorização de 1,6%, para 1.315 pontos. O termômetro de tecnologia Nasdaq subiu 2,46%, para 2.847 pontos. Papéis do setor de tecnologia estiveram entre as ações de melhor performance, com o índice relativo à área do S&P 500 subindo 2,8% por

Andrew Testa/NYT

Bolsa Nasdaq, nos EUA, subiu 2,46% ontem, recuperando perdas registradas ao longo da semana passada.

conta da força da Apple, que também impulsionou o Nasdaq a seu maior ganho percentual diário desde dezembro de 2011. Rede social – O Facebook, gigante das mídias sociais cuja performance ficou aquém das expectativas de investidores em sua estreia na bolsa na semana passada, não teve melhores resultados ontem. A ação da empresa caiu para US$ 34,03 em sua segunda sessão, bem abaixo de seu

preço de emissão de US$ 38. "Compradores institucionais não foram tão atraídos pelo Facebook quanto investidores de varejo, então não é uma surpresa que eles tenham transferido sua liquidez para outras áreas", disse o diretor-administrativo do Oakworth Capital Bank, John Norris. Investidores – O sentimento dos investidores melhorou no fim de semana após líderes do Grupo dos Oito (G8), que reú-

ne os países mais ricos e a Rússia, darem apoio verbal à permanência da Grécia na zona do euro e destacarem que sua "prioridade é promover crescimento e empregos", inclusive na Europa. As bolsas de Frankfurt, Londres e Paris reagiram favoravelmente ontem. O índice Stoxx Europe 600 teve alta de 0,54%, para 240,17 pontos, após queda de 5,2% na semana passada. Na Bolsa de Frankfurt, o índice DAX teve alta de 0,95%, fechando a 6.331,04 pontos. Também animaram os mercados os comentários do governo da China de que não quer uma desaceleração da economia do país. (Reuters)

da Radical (Syriza), Alexis Tsipras, estava ontem em Paris, onde deu uma entrevista à imprensa na Assembleia Nacional da França. A Syriza ficou em segundo lugar nas eleições de 6 de maio e pesquisas indicam que pode vencer as eleições de 17 de junho. Tsipras disse ser uma contradição pensar que as políticas do segundo pacote e a ideia de manter a Grécia na zona do euro são duas coisas conciliáveis. "As políticas do

acordo levariam ao colapso da Grécia e sua possível saída da zona do euro", afirmou. Tsipras defende a anulação das medidas de austeridade exigidas pela UE, BCE e FMI. Ele discursou ao lado do líder de esquerda francês Jean-Luc Mélenchon, que afirmou que não existe nada nos tratados da União Europeia que permita expulsar um país da zona do euro, então isso não deveria ser usado para ameaçar o povo grego. (Agências)

Consultoras vão avaliar bancos espanhóis

O

governo espanhol incumbiu as consultoras Roland Berger e Oliver Wyman da avaliação dos balanços dos bancos do país, exame que deve estar concluído na segunda metade de junho. O Ministério de Economia da Espanha informou ontem a designação dessas duas consultoras internacionais, que serão contratadas pelo Banco Central da Espanha. O objetivo da iniciativa, solicitada pela União Europeia (UE), é aumentar a transparência e espantar de forma definitiva qualquer dúvida existente sobre a avaliação dos ativos bancários na Espanha, assinalou o Ministério da Economia. Em uma primeira fase, as consultoras avaliarão de forma geral os balanços bancários das entidades espanholas e sua capacidade de resistência perante um cenário adverso. Porém, o projeto de avaliação dos bancos espanhóis contempla outra fase para contrastar as perdas esperadas pela deterioração de ativo de cada banco. De acordo com o Ministério da Economia, essa tarefa levará mais tempo e o resultado será anunciado "nos próximos meses". O ministro da Economia da Espanha, Luis de Guindos, assegurou ontem que os bancos espanhóis não precisam de ajuda externa para culminar seu saneamento e que, em caso contrário, o capital necessário seria fornecido pelo próprio Estado por meio do organismo público Fundo de Reestruturação Ordenada Bancária (FROB). (EFE)


DIÁRIO DO COMÉRCIO

terça-feira, 22 de maio de 2012

ECONOMIA/LEGAIS - 19 Zabo Engenharia S.A.

BrasilAgro - Companhia Brasileira de Propriedades Agrícolas

Vanguarda Agro S.A. Companhia Aberta de Capital Autorizado Companhia Aberta de Capital Autorizado CNPJ/MF 05.799.312/0001-20 CNPJ/MF 07.628.528/0001-59 FATO RELEVANTE A Vanguarda Agro S.A. (VAGR3) (“V-Agro”) e a BrasilAgro - Companhia Brasileira de Propriedades Agrícolas (AGRO3) (“BrasilAgro”), em cumprimento ao disposto no artigo 157, §4º, da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976, conforme alterada, e na Instrução da Comissão de Valores Mobiliários (“CVM”) nº 358, de 3 de janeiro de 2002, conforme alterada, comunica aos seus acionistas e ao mercado em geral o que: As administrações das duas Companhias, visando aproveitar melhor suas estruturas e sinergias, optaram por encerrar a Joint Venture celebrada em 18 de janeiro de 2007 pela BrasilAgro e a Maeda S.A. Agroindustrial (“Maeda”), subsidiária integral da V-Agro, que visava compartilhar experiências e resultados do investimento em uma fazenda localizada na Rodovia BR-020 Km 304, no município de Jaborandi, Estado da Bahia, com 31.606 hectares (“Fazenda Jatobá”). A referida Joint Venture consistia nas seguintes sociedades: (a) Jaborandi Propriedades Agrícolas S.A., sociedade detentora da Fazenda Jatobá, cujo capital social era até a presente data distribuído entre as sócias na proporção de 90% para a BrasilAgro e 10% para a Maeda; e (b) Jaborandi Agrícola Ltda., sociedade que tem como objetivo desenvolver e cultivar a Fazenda Jatobá, cujo capital social era até a presente data distribuído entre as sócias na proporção de 65,61% para a BrasilAgro e 34,39% para a Maeda. Como parte desta operação, a BrasilAgro adquiriu, nesta data, a totalidade das participações detidas pela Maeda nas sociedades Jaborandi Propriedades Agrícolas S.A. e Jaborandi Agrícola Ltda. pelo preço total de R$ 19.960.524,59 (dezenove milhões, novecentos e sessenta mil, quinhentos e vinte e quatro reais e cinquenta e nove centavos). São Paulo, 21 de maio de 2012. Bento Moreira Franco - Diretor Presidente e de Relações com Investidores da Vanguarda Agro. Julio Toledo Piza - Diretor Presidente e de Relações com Investidores da BrasilAgro.

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

FDE AVISA: TOMADAS DE PREÇOS A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que se acha aberta licitação para execução de Obras: TOMADA DE PREÇOS Nº - OBJETO - PRÉDIO - LOCALIZAÇÃO - PRAZO - ÁREA (se houver) - PATRIMONIO LÍQUIDO MÍNIMO P/ PARTICIPAR - GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO - ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 69/00281/12/02 - Reforma de Prédio Escolar - EE Profª Yvete Gabriel Atique - Rua Votuporanga, 3.225 - Cep: 15043040 - Eldorado - São José do Rio Preto/SP - 120 - R$ 45.113,00 - R$ 4.511,00 - 09:30 - 11/06/2012. 69/00379/12/02 - Construção de Ambientes Complementares e Reforma de Prédio Escolar - EE Pref. Décio Prata Rua Clovis Gomes de Oliveira, 648 - Cep: 15320-000 - Centro – Floreal/SP - 120 - 62,00 - R$ 37.306,00 - R$ 3.730,00 - 10:00 - 11/06/2012. 69/00424/12/02 - Construção de Cobertura de Quadra em Estrutura Mista e Reforma de Prédios Escolares - EE Gustavo Marcondes - Av Almeida Garret, 787 - Cep: 13087-291 - Prq Taquaral – Campinas/SP; EE Profa Maria Rita Araujo Costa - Rua Ernesto Bergamasco, 665 - Cep: 13183-080 - Vila S Pedro – Hortolândia/SP - 300 - R$ 84.776,00 - R$ 8.477,00 - 10:30 - 11/06/2012. 70/00282/12/02 - Reforma de Prédio Escolar - EE Maj. José Marcelino da Fonseca - Rua Sold Bentinho, 87 - Cep: 02418-090 - Sta Ines - São Paulo/SP - 120 - R$ 18.228,00 - R$ 1.822,00 - 11:00 - 11/06/2012. 70/00353/12/02 - Reforma de Prédio Escolar - EE Chác. Camponesa/Jd Vassouras - Rua São Domingos/Rua Hawai, s/nº - Cep: 07790-000 - Chácara Camponesa - Francisco Morato/SP - 120 - R$ 15.605,00 - R$ 1.560,00 - 11:30 11/06/2012. 70/00469/12/02 - Construção de Cobertura de Quadra em Estrutura Mista e Reforma de Prédios Escolares - EE Profa Haidee Hidalgo - Rua dos Lírios, 80 - Cep: 08380-480 - Limoeiro - São Paulo-SP; EE Chb Aguia de Haia I - Rua Borja de Castro, 231 - Cep: 08223-340 - Cid. A.E.Carvalho - São Paulo/SP; EE Dep. Manoel de Nobrega - Av Nordestina, 1646 - Cep: 08020-010 - Vila Americana - São Paulo/SP - 150 - R$ 136.055,00 - R$ 13.605,00 - 14:00 - 11/06/ 2012. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE, na Supervisão de Licitações, na Av. São Luís, 99 - República - CEP: 01046-001 - São Paulo/SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 22/05/2012, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 40,00 (quarenta reais). Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo a PROPOSTA COMERCIAL e os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO deverão ser entregues, juntamente com a Solicitação de Participação, a Declaração de Pleno Atendimento aos Requisitos de Habilitação e a garantia de participação, no Setor de Protocolo da Supervisão de Licitações - SLI na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, ao estabelecido no edital. JOSÉ BERNARDO ORTIZ Presidente

Ocrim S.A. Produtos Alimentícios CNPJ/MF nº 61.065.199/0001-20 – NIRE 35.3.0001151-1 Ata das Assembléias Gerais Ordinária e Extraordinária realizadas em 16 de abril de 2012 Local e Horário: Sede da sociedade à Rua Santo Eurilo nº 62, na cidade de São Paulo, estado de São Paulo, às 09h00. Presença: Acionistas representando a totalidade do capital social conforme se verifica pelas assinaturas no Livro de Presença de Acionistas. Mesa: Presidente: Vittorio Asinari Di San Marzano, Secretário: Amedeo H.G.M. Asinari Di San Marzano. Edital de Convocação: Dispensado nos termos do Art. 124-Parágrafo 4º da Lei nº 6.404/76. Ordem do Dia: A. Leitura e discussão do Relatório da Diretoria, Balanço Patrimonial e Demonstrações Financeiras, relativos ao exercício social encerrado em 31 de Dezembro de 2011, publicados no D.O.E. de 05/04/2012 e no Jornal Diário Comercial de 05/04/2012; B. Deliberar a destinação do lucro líquido e distribuição de dividendos; C. Alteração dos Artigos 10º e 15º do Estatuto Social; D. Eleição da Diretoria e fixação do montante anual de remuneração. Deliberações: Tomadas por unanimidade de votos hábeis, sem ressalvas ou restrições: A) Aprovados, o Balanço Patrimonial, o Relatório da Diretoria, e as Demonstrações Financeiras, referentes ao exercício social encerrado em 31 de Dezembro de 2011; B) Para o lucro liquido do exercício no valor de R$ 8.101.877,79 a seguinte destinação: 1) R$ 405.093,89 para reserva legal; 2) R$ 3.000.000,00 para juros sobre o capital próprio, conforme AGE de 19/12/2011; 3) R$ 822.790,78 para reserva de lucros – Incentivos fiscais; e 4) R$ 3.873.993,12 para Reserva de Lucros. C) Artigo 10º – A sociedade será administrada por uma diretoria constituída de 5 (cinco) membros residentes no país, eleitos e destituíveis a qualquer tempo pela assembléia geral, assim designados: 1 (um) Diretor Presidente, 1 (um) Diretor Vice-Presidente, 1 (um) Diretor Industrial, 1 (um) Diretor Administrativo e Financeiro e 1 (um) Diretor Comercial; Artigo 15º – Compete ao Diretor Presidente: a) presidir as reuniões da diretoria e as mesas das assembléias gerais; b) representar a sociedade ativa e passivamente em juízo ou fora dele; c) orientar a ação dos demais diretores, promovendo para isso todas as medidas indispensáveis ou aconselháveis à boa marcha da administração e à defesa dos interesses sociais; d) estabelecer as diretrizes dos setores: administrativo, financeiro, comercial e industrial da sociedade. Compete ao Diretor Vice-Presidente: a) Realizar todas as funções pertinentes ao Diretor Presidente, na ausência do mesmo; b) Coordenar a execução dos planos estratégicos; c) identificar oportunidades no mercado, avaliando a viabilidade sobre novos produtos e clientes, visando o retorno positivo para a empresa; d) manter contato com outras empresas concorrentes e entidades de classe, sindicatos, procurando obter informações que se traduzam em benefícios para a empresa, clientes, o mercado e a comunidade em geral; Compete ao Diretor Industrial: a) substituir os Diretores Presidente e Vice-Presidente em suas ausências temporárias, em suas funções representativas e não operativas; b) gerir o setor industrial da sociedade; c) planejar e coordenar as operações de suprimento da matéria-prima; d) coordenar e supervisionar o controle de qualidade; e) planejar e coordenar a ampliação e a manutenção do parque industrial; f) atuar de acordo com as diretrizes estabelecidas pela presidência; Compete ao Diretor Administrativo e Financeiro: a) gerir o setor administrativo; b) coordenar e executar a política e a estratégia financeira da empresa; c) atuar de acordo com as diretrizes estabelecidas pela presidência; Compete ao Diretor Comercial: a) gerir o setor comercial; b) coordenar e executar a politica e a estratégia comercial da empresa; c) atuar de acordo com as diretrizes estabelecidas pela presidência; D) Eleição da Diretoria. Foram eleitos para membros da Diretoria os quais tomarão posse à partir de 01/06/2012, e com mandato para vigorar até 31/05/2013: Diretor Presidente: Vittorio Asinari di San Marzano, RG nº 6.101.692-5 e CPF nº 535.043.218-49; Diretor Vice-Presidente: Amedeo H.G.M. Asinari di San Marzano, RG nº 22.282.568-6 e CPF nº 223.587.938-17; Diretor Industrial: Ruy Cassio Toledo Zanardi, RG nº 10.826.443-9, e CPF nº 050.198.368-69; Diretor Administrativo e Financeiro: Fernando Augusto Ribeiro de Sousa, RG nº 4.316.946-6 e CPF nº 050.804.368-91; Diretor Comercial: Fernando Martin Perez Draghi, RNE nº W520682-F e CPF nº 183.453.308-27; d-1) Os Diretores ora eleitos declaram neste ato, que não estão incursos em nenhum dos crimes previstos em lei que os impeçam de exercer atividades mercantis. d-2) Os honorários globais da Diretoria, para o exercício de 2012, serão de R$ 4.148.000,00; d-3) Por decisão unânime dos acionistas foi dispensada a convocação do Conselho Fiscal. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, o senhor presidente deu por encerrados os trabalhos, autorizando a lavratura da presente ata, a qual lida e aprovada, passa a ser assinada pelos presentes. São Paulo, 16 de abril de 2012. aa) MVJA Participações Ltda.; TMFC 2009 Participações Ltda.; Xandra S.A. -pp) Vittorio Asinari di San Marzano. Certificamos que a presente ata é cópia fiel da original lavrada em livro próprio. Vittorio Asinari Di San Marzano – Presidente; Amedeo H.G.M. Asinari Di San Marzano – Secretário. Junta Comercial do Estado de São Paulo. Certifico o registro sob o nº 200.506/12-2 em 17/05/2012. Gisela Simiema Ceschin – Secretária Geral.

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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

FDE AVISA: CONCORRÊNCIAS A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que se acha aberta licitação para execução de Obras: CONCORRÊNCIA Nº - OBJETO - PRÉDIO - LOCALIZAÇÃO - PRAZO - ÁREA (se houver) - PATRIMONIO LÍQUIDO MÍNIMO P/ PARTICIPAR - GARANTIA DE PARTICIPAÇÃO - ABERTURA DA LICITAÇÃO (HORA E DIA) 70/00405/12/01 - Reforma de Prédio Escolar e Construção de Ambientes Complementares com Fornecimento, Instalação, Licenciamento e Manutenção de Elevador - EE Ibrahim Nobre - Rua Prof. Djalma Bento, 155 - Cep 4678020 - Jardim Luanda - São Paulo/SP - 210 - 200,60 - R$ 173.927,00 - R$ 17.392,00 - 09:30 - 22/06/2012. 70/00414/12/01 - Reforma de Prédio Escolar e Construção de Ambientes Complementares com Fornecimento, Instalação, Licenciamento e Manutenção de Elevador - EE Eng. Octávio Marcondes Ferraz - Av. Waldemar Tietz, 1477 - Cep 3589-001 - Conjunto Habitacional Padre José de Anchieta - São Paulo/SP - 210 – 37,65 - R$ 202.907,00 - R$ 20.290,00 - 10:00 - 22/06/2012. 70/00439/12/01 - Reforma de Prédio Escolar e Construção de Ambientes Complementares com Fornecimento, Instalação, Licenciamento e Manutenção de Elevador - EE Salvador Moya - Rua Itaiara, 51 - Cep: 04320-110 - Cid. Vargas - São Paulo/SP - 210 – 62,47 - R$ 183.814,00 - R$ 18.381,00 - 10:30 - 22/06/2012. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital e o respectivo Caderno de Encargos e Composição do BDI na SEDE DA FDE, na Supervisão de Licitações, na Av. São Luís, 99 - República - CEP: 01046-001 - São Paulo/SP ou através da Internet pelo endereço eletrônico www.fde.sp.gov.br. Os interessados poderão adquirir o Edital completo através de CD-ROM a partir de 22/05/2012, na SEDE DA FDE, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, mediante pagamento não reembolsável de R$ 50,00 (cinquenta reais). Todas as propostas deverão estar acompanhadas de garantia de participação, a ser apresentada à Supervisão de Licitações da FDE, conforme valor indicado acima. Os invólucros contendo a PROPOSTA COMERCIAL e os DOCUMENTOS DE HABILITAÇÃO deverão ser entregues, juntamente com a Solicitação de Participação, a Declaração de Pleno Atendimento aos Requisitos de Habilitação e a garantia de participação, no Setor de Protocolo da Supervisão de Licitações - SLI na SEDE DA FDE, até 30 minutos antes da abertura da licitação. Esta Licitação será processada em conformidade com a LEI FEDERAL nº 8.666/93 e suas alterações, e com o disposto nas CONDIÇÕES GERAIS PARA A REALIZAÇÃO DE LICITAÇÕES E CONTRATAÇÕES DA FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE. As propostas deverão obedecer, rigorosamente, ao estabelecido no edital. JOSÉ BERNARDO ORTIZ Presidente

PREFEITURA MUNICIPAL DE CASTILHO/SP PROCESSO LICITATÓRIO Nº 42/12 – TOMADA DE PREÇOS 01/12 Objeto: Contratação de empresa especializada para execução de obra de perfuração de poço, construção de alambrado e reservatório metálico para a implantação do Distrito Industrial. Edital de Rerratificação. 1 – Fica acrescido no Edital o item 3.1.5, com a seguinte redação: “3.1.5 - Comprovação de capacitação técnico-profissional, mediante comprovação do licitante de possuir em seu quadro permanente, na data prevista para entrega da proposta, um geólogo e/ou engenheiro de minas detentores de atestado de responsabilidade técnica por execução de obra de características semelhantes, observando-se como parcela de maior relevância e valor significativo do objeto a perfuração e instalação de poços tubulares profundos. 2 – Fica acrescido no Edital o item 3.1.6, com a seguinte redação: “3.1.6 – atestado de visita a ser fornecido pela Divisão de Obras da Prefeitura do Município de Castilho, em que conste que o licitante visitou o local da execução deste objeto e tomou conhecimento de todas as informações e das condições locais para o cumprimento do objeto da licitação. 3 – Fica acrescido no Edital o item 3.1.6.1, com a seguinte redação: “3.1.6.1 – o licitante deverá agendar visita com o Diretor da Divisão de Obras da Prefeitura do Município de Castilho, Eng. Willian Ricardo Corrêa Calestini, através do telefone (18) 3741-1671, ou, pessoalmente, na Rua José Manoel de Ângelo, 898, nesta cidade, até o penúltimo dia e realizá-la até o último dia que antecedem a data prevista no item 2.1 do instrumento convocatório. 4 – O prazo previsto no item 2.1 do edital passa a ser 11 de junho de 2012, às 14 horas. As demais cláusulas e condições permanecem inalteradas. Castilho – SP, 18 de maio de 2012. Antonio Carlos Ribeiro – Prefeito. A Debitar (22.05.12) PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PEDRO/SP AVISO DE LICITAÇÃO - Tomada de Preços nº. 004/2012 De conformidade com solicitação de Secretaria Municipal de Obras, faço público, para conhecimento dos interessados, que se acha aberta, na Prefeitura deste Município, a Tomada de Preços nº 004/ 2012, para a execução de obras visando o recapeamento asfáltico de ruas no Município de São Pedro, com fornecimento de materiais e mão de obra, pelo tipo de menor preço, regida pela Lei Federal nº 8.666/93, suas alterações e demais dispositivos legais expressos no Edital. Os envelopes dos licitantes com a documentação e a proposta deverão ser entregues no Departamento de Compras e Licitações, sito à Rua Valentim Amaral, 748, nesta cidade, até às 11:00 horas, do dia 12 de junho de 2012. O início da abertura dos envelopes será será às 15:30 horas, do dia 12 de junho de 2012, na Sala de Abertura de Licitações, sita à Rua Valentim Amaral, 748, nesta cidade. Para participar da presente licitação as empresas interessadas deverão efetuar garantia prévia de R$ 5.300,00 (cinco mil e trezentos reais), correspondente a 1% do valor estimado da licitação, em uma das modalidades previstas no “caput” e parágrafo 1º do artigo 56, da Lei Federal nº 8.666/93, até o dia 06 de junho de 2012. Os Licitantes interessados deverão realizar visita técnica com vistas à elucidação de dúvidas e verificação do local das obras, devendo para tanto agendá-la junto ao Departamento de Engenharia desta Prefeitura, através do Fone: (19) 3481-4833, com a Engª Mariana Pessoti. Para conhecimento do público, expede-se o presente Edital, que será publicado pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, do Município de São Pedro, em jornal de grande circulação no estado e no Município e afixado em Quadro de Avisos, no saguão do Paço Municipal. São Pedro, 18 de maio de 2012. EDUARDO SPERANZA MODESTO - Prefeito Municipal.

Monte Santo Mineradora e Exportadora S/A. CNPJ n° 62.644.505/0001-46 Edital de Convocação para Assembléia Geral Ordinária e Extraordinária Ficam convocados os Senhores Acionistas desta sociedade para a Assembleia Geral Ordinária e Extraordinária que se realizará no dia 31 de Maio de 2012, às 10 horas, em 1ª convocação, na Avenida São Paulo, n° 239, 2° andar, sala 03, Bairro Centro, na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, CEP 01035-000, para deliberar sobre a seguinte Ordem do Dia: 01) Aprovação das contas do exercício de 2011; 02) Mudança da sede social; 03) Eleição da Diretoria; 04) Outros assuntos de interese social. Desde já ficam os Srs. Acionistas advertidos que as deliberações que vierem a ser tomadas na referida Assembleia, vinculará todos os acionistas, ainda que ausentes ou dissidentes. São Paulo, 15/05/12. Monte Santo Mineradora e Exportadora S/A., João Dias - Dir. Presidente. 18,19,22/05/2012

CNPJ/MF 07.258.168/0001-40 Relatório da Administração Srs. Acionistas: Em cumprimento às disposições legais e estatut., submetemos à aprec. de V.Sas. as demonstr. financ. do exercício findo em 31/12/2011. Permanecemos à disposição p/quaisquer inform. que se julgarem necessária. Balanços patrimonias encerrados em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 (Valores expressos em Reais) Ativo Controladora _____________________ Consolidado Passivo e Patrimônio Líquido Controladora _____________________ Consolidado _____________________ _____________________ Ativo circulante Notas __________ 2011 __________ 2010 __________ 2011 __________ 2010 Passivo circulante Notas __________ 2011 __________ 2010 __________ 2011 __________ 2010 _____ _____ Caixa e equivalentes de caixa 3.3 611.871 726.738 9.261.146 3.261.353 Empréstimos e financiamentos 3.8 16.631.265 9.665.909 18.435.083 12.931.452 Promitentes compradores de imóveis 3.4 5.014.208 6.818.861 35.692.825 32.084.178 Fornecedores 65.910 9.131 2.063.365 4.546.197 Imóveis destinados à venda 3.5 3.318.986 4.779.137 181.774.379 92.393.608 Obrigações tributárias e trabalhistas 792.154 867.438 3.860.153 3.062.894 Contas a receber com partes relacionadas 3.16 590.738 2.618.104 4.323.171 Contas a pagar por aquisição de imóveis 631.280 7.669.960 15.438.076 Outros créditos 360.651 __________ 907.068 __________ 650.031 __________ 943.428 Adiantamentos de clientes 3.4 - 102.190.466 62.265.030 __________ 1.124.031 362.660 1.336.021 648.223 Total do ativo circulante 9.896.454 __________ 13.231.804 229.996.485 __________ __________ 133.005.738 __________ Outras contas a pagar Obrigações com rescisões contratuais 1.532.024 2.080.557 1.886.018 2.797.204 Didivendos a pagar 4.2 __________ 10.079.800 __________ 9.498.286 __________ 14.729.533 __________ 12.006.520 Total do passivo circulante 30.225.183 __________ 23.115.261 __________ 152.170.600 __________ 113.695.596 __________ Passivo não circulante Empréstimos e financiamentos 3.8 17.696.480 10.974.793 38.233.197 17.821.838 Ativo não circulante Contas a pagar com partes relacionadas 3.16 91.344.975 65.970.503 13.621.395 11.377.657 Contas a receber com partes relacionadas 3.16 109.223.288 75.218.559 5.518.114 1.069.483 Contas a pagar por aquisição de imóveis 663.078 663.078 Promitentes compradores de imóveis 3.4 3.205.062 6.255.500 25.677.700 32.886.190 Provisão para perdas com investimentos 2.336.791 Imóveis destinados à venda 3.5 - 27.022.880 65.424.949 Provisão para contigências 5 800.000 500.000 800.000 500.000 Outros créditos 73.351 __________ 50.328 __________ 73.351 __________ 692.328 Provisão para garantia de obras __________ 37.198 85.668 145.712 280.979 112.501.701 81.524.387 58.292.045 100.072.950 Obrigações tributárias 215.701 420.995 1.681.288 2.365.795 Investimentos 3.6 104.051.443 78.975.094 7.500 Outras contas a pagar 1.069.330 __________ 975.674 __________- __________- __________ Imobilizado 3.7 __________ 578.578 __________ 971.376 __________ 12.360.379 __________ 2.027.337 Total do passivo não circulante 112.431.144 __________ 77.951.959 __________ 56.214.001 __________ 33.985.021 __________ 104.630.021 79.946.470 12.360.379 2.034.837 Patrimônio líquido Capital social 4.1 6.200.000 6.200.000 6.200.000 6.200.000 Reserva de capital 133.101 133.101 133.101 133.101 Reserva legal 4.2 1.240.000 1.240.000 1.240.000 1.240.000 Reserva de lucros 4.2 76.798.747 66.062.340 76.798.747 66.062.340 __________ __________ __________ __________ Participação de acionistas não controladores 3.15 __________- __________- __________ 7.892.460 __________ 13.797.467 Total do ativo não circulante 217.131.722 161.470.857 70.652.424 102.107.787 __________ __________ __________ __________ 84.371.848 __________ 73.635.441 __________ 92.264.308 __________ 87.432.908 __________ Total do ativo 227.028.176 174.702.661 227.028.176 __________ 174.702.661 __________ 300.648.909 __________ 235.113.525 __________ __________ 300.648.909 __________ 235.113.525 __________ Total do passivo e patrimônio líquido __________ As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. Demonstrações do resultado para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 (Valores expressos em Reais) Controladora _____________________ Consolidado Controladora _____________________ Consolidado _____________________ _____________________ Notas __________ 2011 __________ 2010 __________ 2011 __________ 2010 _____ Notas __________ 2011 __________ 2010 __________ 2011 __________ 2010 _____ Despesas financeiras (5.039.382) (2.324.672) (7.715.592) (4.019.806) Receita da venda de imóveis e Receitas financeiras 1.135.729 __________ 2.094.229 __________ 5.679.095 __________ 8.525.010 __________ serviços prestados 2.786.599 9.711.807 87.711.525 62.302.936 (3.903.653) __________ (230.443) __________ (2.036.496) __________ 4.505.204 __________ (-) Impostos incidentes (177.911) (525.194) (3.729.997) (2.535.205) (=) Lucro antes do imposto de renda e da (-) Custo dos imóveis vendidos e contribuição social 14.575.332 __________ 21.719.274 __________ 18.865.103 __________ 27.131.579 __________ serviços prestados (1.475.755) __________ (4.241.608) (53.361.285) __________ __________ (31.692.059) __________ (=) Resultado bruto 1.132.933 4.945.005 30.620.243 28.075.672 (-) Provisão para imposto de renda e contribuição social 3.12 (260.125) (386.417) (2.784.783) (2.487.352) (+/-) Despesas (receitas) operacionais (=) Lucro líquido do exercício atribuível Despesas administrativas (4.995.326) (4.914.745) (6.360.556) (5.284.699) ao controlador 14.315.207 __________ 21.332.857 __________ 16.080.320 __________ 24.644.227 __________ Despesas comerciais 3.11 (397.260) (106.816) (892.661) (140.066) (=) Lucro líquido do exercício atribuível Despesas tributárias (6.076) (17.578) (1.765.114) __________ (3.311.370) __________- __________- __________ Resultados de equivalência patrimonial 3.6 25.178.708 22.030.331 4.236 aos não controladores 14.315.207 __________ 21.332.857 __________ 14.315.207 __________ 21.332.857 __________ Outras despesas e receitas operacionais (2.440.069) __________ (4.058) __________ (2.459.350) __________ (11.190) (=) Lucro líquido do exercício __________ 3.13 __________ 2,31 __________ 3,44 17.346.052 17.004.712 (9.718.644) (5.449.297) Lucro por lote de mil ações (em Reais) As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. Demonstrações dos fluxos de caixa para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 (Valores expressos em Reais) Controladora _____________________ Consolidado Controladora _____________________ Consolidado _____________________ _____________________ 2011 __________ 2010 __________ 2011 __________ 2010 2011 __________ 2010 __________ 2011 __________ 2010 __________ __________ Das atividades operacionais Caixa líquido proveniente das (aplicados nas) Lucro líquido antes do imposto de renda e atividades operacionais (3.048.621) __________ 2.121.028 __________ (1.617.124) __________ 10.745.851 __________ da contribuição social 14.575.332 __________ 21.719.274 __________ 17.099.990 __________ 23.820.209 Fluxo de caixa das atividades de investimento __________ Ajustes para conciliar o resultado às disponibilidades Adição (redução) de investimentos, líquida 102.359 6.029.963 7.500 (3.264) geradas pelas atividades operacionais: Adição (redução) do imobilizado, líquida (31.992) __________ (790.983) (10.757.829) (1.846.945) __________ __________ __________ Depreciações e amortizações 184.088 210.513 184.088 210.513 Caixa líquido aplicados nas atividades de investimento__________ 70.367 __________ 5.238.980 (10.750.329) (1.850.209) __________ __________ Resultado de equivalência patrimonial (25.178.708) (22.030.331) (4.236) Fluxo de caixa das atividades de financiamento (líquidas) Baixa com venda de ativo imobilizado, líquida 240.702 240.702 - Captações (amortizações) de empréstimos, líquidas 13.687.044 13.673.019 25.914.990 8.775.259 Participação de acionistas não controladores - (1.765.114) (3.311.370) Caixa líquido proveniente das (aplicados nas) __________ __________ __________ __________ Provisão para garantias (48.470) (257.848) (135.267) (713.628) atividades de financiamentos 13.687.044 __________ 13.673.019 __________ 25.914.990 __________ 8.775.259 __________ Provisão para contingências 300.000 300.000 Das atividades de financiamento com acionistas Decréscimo (acréscimo) em ativos Lucros distribuídos (3.578.801) (18.333.214) (3.578.801) (18.333.214) Promitentes compradores de imóveis 4.855.091 2.023.001 3.599.843 (1.236.732) - (4.139.893) 799.753 Imóveis destinados à venda 1.460.151 6.040.195 (50.978.702) (50.541.598) Participação de acionistas não controladores (34.956.118) (28.582.377) (3.142.117) (4.852.954) Outros créditos 884.045 (736.427) 1.310.928 (1.335.143) Contas a receber de partes relacionadas Contas a pagar para partes relacionadas 27.711.262 26.507.328 3.313.067 7.381.915 (Decréscimo) acréscimo em passivos __________ __________ __________ __________ Fornecedores 56.779 (70.799) (2.482.832) 3.378.725 Caixa líquido utilizado pelas atividades de (10.823.657) (7.547.744) (15.004.500) __________ (20.408.263) __________ __________ __________ Obrigações trabalhistas e tributárias (280.578) (40.909) 112.752 596.696 financiamento com acionistas Contas a pagar por aquisição de imóveis (631.280) 631.280 (7.768.116) 5.805.517 Aumento (Redução) líquido de caixa e (114.867) __________ 624.764 __________ 5.999.793 __________ 2.666.401 __________ Adiantamento de clientes - (9.267.612) 39.925.436 29.182.931 equivalente de caixa Dividendos a pagar 581.514 4.754.616 2.723.013 6.458.014 Caixa e equivalentes de caixa 726.738 101.974 3.261.353 594.952 Obrigações com rescisões contratuais (548.533) (620.670) (911.186) 95.977 No início do exercício 611.871 726.738 9.261.146 3.261.353 Outras contas a pagar 761.371 __________ 153.162 __________ (287.876) __________ 827.328 No final do exercício __________ __________ __________ __________ __________ Caixa aplicado (proveniente) das operações (2.788.496) __________ 2.507.445 __________ 1.167.659 __________ 13.233.203 Aumento (Redução) líquido de caixa e __________ (114.867) __________ 624.764 __________ 5.999.793 __________ 2.666.401 Imposto de renda e contribuição social (260.125) __________ (386.417) __________ (2.784.783) __________ (2.487.352) equivalente de caixa __________ __________ As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras. Demonstrações das mutações do patrimônio líquido para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010 (Valores expressos em de Reais) Controladora Consolidado ________________________________________________________________________________ __________________________ Capital Reserva Reserva Retenção Lucros Patr. Líquido Partic. Não Total do p g q Notas social de capital legal de lucros acumulados da Controladora Controladores Patr. Líquido _____ _________ _________ _________ ___________ ___________ ______________ ____________ ___________ Saldos em 31 de dezembro de 2009 6.200.000 133.101 1.240.000 63.062.698 70.635.799 16.309.084 86.944.884 _________ _________ _________ ___________ _________________________ ____________ ___________ Lucro líquido do exercício 4.2 21.332.857 21.332.857 (3.311.370) 18.021.487 Lucros distribuídos 4.2 (13.000.000) (5.333.215) (18.333.215) (18.333.215) Retenção de lucros 4.2 15.999.642 (15.999.642) Participação de acionistas não controladores 3.15 799.753 799.753 ___________________________________________________________________________ ___________ Saldos em 31 de dezembro de 2010 6.200.000 133.101 1.240.000 66.062.340 73.635.441 13.797.467 87.432.908 _________ _________ _________ ___________ _________________________ ____________ ___________ Lucro líquido do exercício 4.2 14.315.207 14.315.207 (1.765.114) 12.550.093 Lucros distribuídos 4.2 (3.578.800) (3.578.800) (3.578.800) Retenção de lucros 4.2 10.736.407 (10.736.407) ( ) ( ) Participação de acionistas não controladores 3.15 (4.139.893) (4.139.893) ___________________________________________________________________________ ___________ Saldos em 31 de dezembro de 2011 6.200.000 133.101 1.240.000 76.798.747 84.371.848 7.892.460 92.264.309 _________ _________ _________ ___________ _________________________ ____________ ___________ As notas explicativas são parte integrante das demonstrações finaceiras. Notas explicativas às demonstrações financeiras para exercícios findos em 31 de dezembro de 2011 e 2010 1. Contexto operacional: A Zabo Engenharia S.A. foi constituída em 2005 tos auferidos até as datas de encerramento dos exercícios. 3.4 Promitentes Passivos contingentes são provisionados quando as perdas forem avaliadas com sede na capital de São Paulo, e tem por objetivo a incorporação imo- compradores de imóveis: Os créditos a receber de clientes são provenien- como prováveis e os montantes envolvidos forem mensuráveis com suficienbiliária em imóveis próprios ou de terceiros, construção em geral, compra e tes das vendas de unidades dos empreendimentos residenciais ou comer- te segurança. Os passivos contingentes avaliados como de perdas possíveis venda de imóveis próprios, a realização de loteamento em imóveis, a par- ciais, sendo o valor do saldo devedor dos contratos atualizados em confor- são apenas divulgados em nota explicativa e os passivos contingentes avaticipação direta ou indireta em empreendimentos imobiliários de qualquer midade com suas respectivas cláusulas. Os recebimentos superiores aos liados como de perdas remotas não são provisionados e, tampouco, divulgasaldos de contas a receber de clientes, ou cujas vendas estejam sob cláusu- dos; • Obrigações legais são registradas como exigíveis independentes da natureza e a participação em outras sociedades, correlatas ou não. 2. Políticas contábeis: As demonstrações financeiras individuais e consoli- las suspensivas e os recebidos antecipados são registrados como adianta- avaliação sobre as probabilidades de êxito, de processos em que a Compadadas para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2011 e 31 de dezem- mento de clientes. São observados os procedimentos estabelecidos pelos nhia questionou a inconstitucionalidade de tributos. 3.15 Base de consolibro de 2010 foram preparadas de acordo com as práticas contábeis adota- pronunciamentos, Orientações e Interpretações do Comitê de Pronuncia- dação: As demonstrações financeiras consolidadas incluem as demonstradas no Brasil que compreendem os pronunciamentos, orientações e inter- mentos Contábeis (CPC) inerentes aos contratos de construção e aos con- ções financeiras da Companhia e de suas controladas em 31 de dezembro pretações do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC), aprovados pelo tratos de construção do setor imobiliário. 3.5 Imóveis destinados à venda: de 2011 e 2010. Os exercícios sociais das controladas incluídas na consoliConselho Federal de Contabilidade (CFC). As demonstrações financeiras O custo dos imóveis é formado por gastos com aquisição de terrenos (nume- dação são coincidentes com os da controladora e as práticas e políticas individuais e consolidadas foram elaboradas com base em diversas bases rário ou permuta física avaliadas ao valor justo), materiais, mão-de-obra contábeis foram aplicadas de forma uniforme e são consistentes com aquede avaliação utilizadas nas estimativas contábeis. As estimativas contábeis aplicada e despesas com incorporação, bem como juros decorrentes dos las utilizadas no exercício anterior. Assim sendo, são eliminadas as particienvolvidas na preparação das demonstrações financeiras foram baseadas financiamentos para produção. 3.6 Investimentos em controladas: Os in- pações recíprocas, os saldos de contas patrimoniais, as receitas e despesas em fatores objetivos e subjetivos, com base no julgamento da administração vestimentos em Sociedades controladas são registrados pelo método de e os lucros não realizados entre as empresas consolidadas, quando aplicápara determinação do valor adequado a ser registrado nas demonstrações equivalência patrimonial. De acordo com este método, a participação da vel em conformidade com o procedimento de consolidação, destacando-se financeiras. Itens significativos sujeitos a estas estimativas e premissas in- Companhia no aumento ou na diminuição do patrimônio líquido das contro- a parcela da participação de acionistas não controladores. 3.16 Partes Recluem a provisão para redução ao valor recuperável de ativos, provisão para ladas, após a aquisição, em decorrência da apuração de lucro líquido ou lacionadas: A Companhia participa de desenvolvimento de empreendimendevedores duvidosos, impostos diferidos ativos, provisão para contingên- prejuízo no período é reconhecida como receita (ou despesa) operacional. A tos de incorporação imobiliário em conjunto com outros parceiros de forma cias, percentual de andamento de obra, resultado de incorporação e venda demonstração do resultado reflete a parcela dos resultados das operações direta ou por meio de partes relacionadas, mediante participação societária. de imóveis e imposto de renda sobre receitas corrente e diferido, mensu- das controladas. Quando uma mudança for diretamente reconhecida no pa- A estrutura de administração destes empreendimentos e a gerência de cairação de instrumentos financeiros, assim como da análise dos demais ris- trimônio das controladas, a Companhia reconhecerá sua parcela nas varia- xa são centralizadas na empresa líder do empreendimento, que fiscaliza o cos para determinação de outras provisões, inclusive para contingências. A ções ocorridas e divulgará este fato, quando aplicável, na demonstração das desenvolvimento das obras e os orçamentos. Assim, o líder do empreendiliquidação das transações envolvendo estas estimativas poderá resultar em mutações do patrimônio líquido. Os ganhos e perdas não realizados, resul- mento assegura que as aplicações de recursos necessários sejam feitos e valores significativamente divergentes dos registrados nas demonstrações tantes de transações entre a Companhia e as controladas, são eliminados alocados de acordo com o planejado. As origens e aplicações de recursos financeiras devido ao tratamento probabilístico inerente ao processo de esti- de acordo com a participação mantida nas controladas. 3.7 Imobilizado: do empreendimento estão refletidas nestes saldos, com observação do resmativa. A Companhia revisa suas estimativas e premissas pelo menos anu- Registrado pelo custo de aquisição. As depreciações acumuladas são com- pectivo percentual de participação, os quais não estão sujeitos à atualização almente. A Companhia adotou todas as normas, revisões de normas e inter- putadas pelo método linear, levando em consideração a vida útil e econômi- ou encargos financeiros e não possuem vencimento predeterminado. pretações emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e ór- ca dos bens e reconhecidas no resultado do exercício. 3.8 Empréstimos e 4. Patrimônio líquido: 4.1 Capital social: O capital social subscrito e ingãos reguladores que estavam em vigor em dezembro de 2011. As demons- financiamentos: São atualizados pelas variações monetárias incorridas até tegralizado em 31 de dezembro de 2011 e 2010 é de R$ 6.200.000, repretrações financeiras foram preparadas utilizando o custo histórico como base a data do balanço e os juros transcorridos estão provisionados. 3.9 Demais sentado por 6.200.000 de ações nominais, no valor de R$ 1,00 cada. 4.2 de valor. A moeda funcional da Companhia e de suas controladas é o Real. ativos e passivos (circulantes e não circulantes): Um ativo é reconhecido Destinação do lucro e política de dividendos: O lucro líquido do exercício 3. Principais práticas contábeis adotadas: 3.1 Apuração e apropriação no balanço patrimonial quando for provável que seus benefícios econômicos se destinará após as compensações e deduções previstas em lei: • 5% para do resultado de incorporação imobiliária e venda de imóveis: Na apro- futuros serão gerados em favor da Companhia e seu custo ou valor puder a reserva legal, até o limite de 20% do capital social integralizado; • 25% priação do resultado com incorporação imobiliária e venda de imóveis são ser mensurado com segurança. Um passivo é reconhecido no balanço patri- do saldo, após a apropriação da reserva legal, serão destinados como diobservados os procedimentos estabelecidos pelos Pronunciamentos, Orien- monial quando a Companhia possui uma obrigação legal ou constituída videndo mínimo obrigatório. O saldo remanescente de lucros acumulados tações e Interpretações do Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) como resultado de um evento passado, sendo provável que um recurso eco- em 31 de dezembro de 2011 está sendo transferido para conta Reserva de inerentes aos contratos de construção e aos contratos de construção do nômico seja requerido para liquidá-lo. São acrescidos, quando aplicável, dos retenção de lucros e permanecerá à disposição da Assembleia geral que setor imobiliário, especificamente relacionados ao Pronunciamento CPC 17 correspondentes encargos e das variações monetárias ou cambiais incorri- deliberará sobre sua destinação. - Contratos de Construção, à Orientação - OCPC 01 - Entidades de Incorpo- das. As provisões são registradas tendo como base as melhores estimativas 5. Contingências: A declaração de rendimento da Companhia está sujeita à ração Imobiliária, à Interpretação I CPC 02 - Contrato de Construção do do risco envolvido. Os ativos e passivos são classificados como circulantes revisão e aceitação final pelas autoridades fiscais, por período prescricional Setor Imobiliário e à Orientação OCPC 04 - Aplicação da Interpretação Téc- quando sua realização ou liquidação é provável que ocorra nos próximos 12 de cinco anos. Outros encargos tributários e previdenciários, referentes a nica ICPC 02 às Entidades de Incorporação Imobiliária. Nas vendas de uni- meses. Caso contrário, são demonstrados como não circulantes. 3.10 Ajus- períodos variáveis de tempo, também estão sujeitos a exame e aprovação dades não concluídas de empreendimentos imobiliários são adotadas as te a Valor Presente dos ativos e passivos: Os ativos e passivos monetá- final pelas autoridades fiscais. Para fazer face à eventuais contingências, foi seguintes premissas: É apurado o percentual do custo incorrido das unida- rios são ajustados pelo seu valor presente no registro inicial da transação, constituída provisão, registrada no passivo não circulante. des vendidas (incluindo o terreno), em relação ao seu custo total orçado, levando em consideração os fluxos de caixa contratuais, a taxa de juros ex- 6. Seguros: A Companhia mantém seguros para as obras que possuem sendo este percentual aplicado sobre a receita das unidades vendidas, ajus- plícita, e em certos casos implícita, dos respectivos ativos e passivos e as financiamentos imobiliários, cobertura esta considerada suficiente pela Adtada segundo as condições dos contratos de venda, sendo assim determi- taxas praticadas no mercado para transações semelhantes. Subsequente- ministração para cobrir os riscos possíveis de seus ativos e/ou responsanado o montante das receitas a serem reconhecidas; Os montantes das re- mente, estes efeitos são realocados nas linhas de receita com venda de bilidades. Os demais ativos não possuem cobertura, pois a Administração ceitas de vendas apuradas, incluindo a atualização monetária, líquido das imóveis, despesas e receitas financeiras, no resultado, por meio da utiliza- entende que o risco de perda com esses ativos é considerada remota. As parcelas já recebidas, são contabilizados como contas a receber, ou como ção do método da taxa efetiva de juros em relação aos fluxos de caixa con- apólices estão em vigor e os prêmios foram devidamente pagos. Consideadiantamentos de clientes, quando aplicável; Os encargos financeiros dire- tratuais. 3.11 Despesas comerciais: As despesas com vendas incluem ramos que temos um programa de gerenciamento de riscos com o objetivo tamente relacionados aos empreendimentos imobiliários, correspondentes gastos com propaganda, publicidade e promoções, são apropriadas ao re- de delimitar os riscos, buscando no mercado coberturas compatíveis com o a contas a pagar por aquisição de terrenos e as operações de crédito imobi- sultado no mesmo período em que incorrem. A despesa com estandes de nosso porte e operações, sendo a nossa cobertura de seguros consistentes liário, incorridos durante o período de construção, são apropriados ao custo venda e apartamentos modelos também são registradas neste grupo. 3.12 com as outras empresas de dimensão semelhante operando no setor. incorrido dos empreendimentos imobiliários e refletidos no resultado por Imposto de renda e contribuição social sobre o lucro: a) Impostos cor- 7. Instrumentos financeiros: Gerenciamento de riscos e instrumentos ocasião da venda das unidades do empreendimento imobiliário a que foram rentes: O imposto de renda (25%) e a contribuição social (9%) são calcula- financeiros: A Companhia restringe sua exposição a riscos de crédito asapropriados. Nas vendas de unidades concluídas de empreendimentos imo- dos pela Companhia observando-se suas alíquotas nominais, de acordo sociados a bancos efetuando seus investimentos em instituições financeiras biliários, o resultado é apropriado no momento em que a venda é efetivada, com os critérios estabelecidos pela legislação fiscal vigente. Conforme facul- de primeira linha. As controladas e coligadas restringem sua exposição aos independente do prazo de recebimento do valor contratual. 3.2 Utilização tado pela legislação fiscal, controladora e controladas em conjunto optaram riscos de crédito por meio de faturamento para uma base ampla de clientes de estimativas: A elaboração das demonstrações contábeis requer a ado- pelo regime de lucro presumido. Para essas sociedades, a base de cálculo e de análises de crédito contínuas. Em 31 de dezembro de 2011, não havia ção, por parte da Administração, de estimativas e julgamentos que afetam do imposto de renda é calculada à razão de 8% e a da contribuição social à nenhuma concentração de risco de crédito relevante associado a clientes. A os valores reportados de ativos e passivos, a divulgação dos ativos e passi- razão de 12% sobre as receitas brutas e sobre a totalidade da receita finan- Companhia não operou com derivativos durante os exercícios findos em 31 vos contingentes na data das demonstrações contábeis e receitas e despe- ceira, sobre os quais se aplicam as alíquotas regulares de imposto de renda de dezembro de 2011 e 2010 A Administração entende que o valor contábil sas nos exercícios demonstrados. As estimativas são usadas para, entre e da contribuição social. b) Impostos diferidos: O imposto de renda e a dos instrumentos financeiros na data do balanço, representados substanoutros, a determinação da vida útil de bens e equipamentos, provisões ne- contribuição social são diferidos em decorrência das diferenças temporárias cialmente por caixa e equivalentes de caixa, empréstimos e financiamentos, cessárias para passivos contingentes, Provisão para Devedores Duvidosos apuradas entre o regime de caixa adotado fiscalmente e o regime de com- obrigações por aquisição de imóveis, operações com partes relacionadas, (PDD), provisão para distratos a realizar, os custos e as receitas orçadas petência contábil e são registrados no passivo circulante e não circulante, se aproximam dos valores estimados de mercado. Os principais riscos finanpara os empreendimentos, impostos, provisão para garantias e outros en- conforme projeção de sua realização. 3.13 Lucro por ação: O lucro por ceiros são: Risco de taxas de juros: As receitas e despesas da Companhia cargos similares. Baseado neste fato, os resultados reais podem ser diferen- ação é calculado considerando-se o número de ações em circulação nas são afetadas pelas mudanças nas taxas de juros devido aos impactos que tes dos resultados considerados por estas estimativas. 3.3 Caixa e equiva- datas de encerramento dos exercícios. 3.14 Ativos e passivos contingen- essas alterações têm nas despesas de juros provenientes dos instrumentos lentes de caixa: Inclui caixa, saldos positivos em conta movimento e aplica- tes e obrigações legais: As práticas contábeis para registro e divulgação de dívida com taxas variáveis. Risco de liquidez: A Companhia gerencia o ções financeiras com possibilidade de resgate no curto prazo (inferior a 90 de ativos e passivos contingentes e obrigações legais são as seguintes: • risco de liquidez efetuando uma administração baseada em fluxo de caixa, dias) e sem risco de mudança de seu valor de mercado. As aplicações finan- Ativos contingentes são reconhecidos somente quando há garantias reais mantendo uma forte estrutura de capital e um baixo grau de alavancagem ceiras são representadas por certificados de depósitos bancários com liqui- ou decisões judiciais favoráveis, transitadas em julgado. Os ativos contin- quando deduzida a dívida junto ao acionista. Além disso, eventuais descasadez diária, demonstradas ao custo de aquisição, acrescidas dos rendimen- gentes com êxitos prováveis são apenas divulgados em nota explicativa; • mentos entre ativos e passivos são constantemente monitorados. Gilberto Zaborowsky - Diretor Presidente

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PEDRO/SP AVISO DE LICITAÇÃO - Concorrência Pública nº 005/2012 De conformidade com solicitação de Secretaria Municipal de Obras, faço público, para conhecimento dos interessados, que se acha aberto, na Prefeitura deste Município, o Edital de Concorrência Pública nº 005/ 2012, Obras de Construção da Escola Estadual do Bairro Jardim Botânico, com fornecimento de materiais e mão de obra, pelo tipo de menor preço, regida pela Lei Federal nº 8.666/93, suas alterações e demais dispositivos legais expressos no Edital. Os envelopes dos licitantes, com a documentação e a proposta, deverão ser entregues no Departamento de Compras e Licitações, sito à Rua Valentim Amaral, 748, nesta cidade, até às 11:30 horas, do dia 28 de junho de 2012. O início da abertura dos envelopes será às 15:00 horas, do dia 28 de junho de 2012, na Sala de Abertura de Licitações, sita à Rua Valentim Amaral, 748, nesta cidade. Para participar da presente licitação as empresas interessadas deverão efetuar garantia prévia de R$ 28.000,00 (vinte e oito mil reais), correspondente a 1% do valor estimado da licitação, em uma das modalidades previstas no “caput” e parágrafo 1º do artigo 56, da Lei Federal nº 8.666/ 93, até a data limite de 26 de junho de 2012. Os Licitantes interessados poderão realizar visita técnica com vistas à elucidação de dúvidas e verificação do local das obras, devendo para tanto agendá-la junto ao Departamento de Engenharia desta Prefeitura, através do Fone: (19) 3481-4833, com a Engª Mariana Pessoti. O Edital e seus respectivos anexos deverão ser retirados a partir do dia 23 de maio de 2012 no Departamento de Compras, sito à Rua Valentim Amaral nº 748, Centro Cívico desta cidade, o qual será fornecido das 12:00 às 17:00 horas. Para conhecimento do público, expede-se o presente Edital, que será publicado pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, do Município de São Pedro, em jornal de grande circulação no Estado e no Município e afixado em Quadro de Avisos, no saguão do Paço Municipal. São Pedro, 18 de maio de 2012. EDUARDO SPERANZA MODESTO - Prefeito Municipal.

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PEDRO/SP AVISO DE LICITAÇÃO – Concorrência Pública 002/2012 De conformidade com a necessidade pública e baseado na justificativa apresentada, faço público, para conhecimento dos interessados, que se acha aberta, na Prefeitura deste Município, o Edital de Concorrência Pública 002/2012, contratação de empresa especializada para prestação de serviços de disponibilização de um sistema de ensino composto por material didático para alunos e professores da rede municipal de educação, bem como assessoria pedagógica e cursos de formação de professores a partir do ano letivo de 2012, pelo tipo “técnica e preço”, regida pela Lei Federal nº 8.666/93, suas alterações e demais dispositivos legais expressos no item 4, deste Edital. Os envelopes dos licitantes com a documentação e a proposta deverão ser entregues no Departamento de Compras e Licitações, sito à Rua Valentim Amaral, 748, nesta cidade, até às 14:00 horas do dia 12 de julho de 2012. O início da abertura dos envelopes será às 15:00 horas do dia 12 de julho de 2012, na Sala de Abertura de Licitações, sita à Rua Valentim Amaral, 748, nesta cidade. A Prefeitura fornecerá, à Rua Valentim Amaral, 748, Centro, São Pedro/SP, cópia deste Edital com seus elementos constitutivos, mediante o recolhimento da taxa de R$ 50,00 (cinquenta reais). Para conhecimento do público, expede-se o presente Edital, que será publicado pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, do Município de São Pedro, em jornal de grande circulação no Estado e no Município e afixado em Quadro de Avisos, no saguão do Paço Municipal. São Pedro, 18 de maio de 2012. EDUARDO SPERANZA MODESTO - Prefeito Municipal

Marcelino Cruz Silva - Diretor contábil - CT CRC 1SP 161.396/O-0

PREFEITURA MUNICIPAL DE PEREIRA BARRETO/SP Processo nº 2617/2012 - Pregão nº 015/2012 RESUMO DO EDITAL ARNALDO SHIGUEYUKI ENOMOTO, prefeito de Pereira Barreto, faz saber que se acha aberta até às 09h00min do dia 04 de junho de 2012, o Pregão nº 015/2012, que tem por objeto Contratação de empresa do ramo pertinente para fornecimento de materiais de escritório, para uso em diversos setores desta municipalidade, sendo do tipo “menor preço por item” de acordo com a Lei Federal nº 10.520/2002. Maiores informações no Dep. de Licitações desta Prefeitura, pelo fone/fax (18) 3704-8505, pelo e-mail licitacao@pereirabarreto.sp.gov.br, ou ainda no Edital completo no website www.pereirabarreto.sp.gov.br. Pereira Barreto, 21 de maio de 2012. Arnaldo Shigueyuki Enomoto - Prefeito Municipal PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PEDRO AVISO DE LICITAÇÃO Tomada de Preços nº 003/2012 De conformidade com solicitação de Secretaria Municipal de Obras, faço público, para conhecimento dos interessados, que se acha aberta, na Prefeitura deste Município, a Tomada de Preços nº 003/2012, visando a execução de obras para construção de Quadra Poliesportiva na EMEF Ondina Mendes Parreira, com fornecimento de materiais e mão de obra, pelo tipo de menor preço, regida pela Lei Federal nº 8.666/93, suas alterações e demais dispositivos legais expressos no Edital. Os envelopes dos licitantes com a documentação e a proposta deverão ser entregues no Departamento de Compras e Licitações, sito à Rua Valentim Amaral, 748, nesta cidade, até às 09:30 horas, do dia 11 de junho de 2012. O início da abertura dos envelopes será às 10:00 horas, do dia 11 de junho de 2012, na Sala de Abertura de Licitações, sito à Rua Valentim Amaral, 748, nesta cidade. Os Licitantes interessados deverão realizar visita técnica com vistas à elucidação de dúvidas e verificação do local das obras, devendo para tanto agendá-la junto ao Departamento de Engenharia desta Prefeitura, através do Fone: (19) 3481-4833, com a Engª. Mariana Pessoti. Para conhecimento do público, expede-se o presente Edital, que será publicado pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, do Município de São Pedro, em jornal de grande circulação no estado e no Município e afixado em Quadro de Avisos, no saguão do Paço Municipal. São Pedro, 18 de maio de 2012. EDUARDO SPERANZA MODESTO - Prefeito Municipal


DIÁRIO DO COMÉRCIO

20

e

terça-feira, 22 de maio de 2012

Eu não quero ter nada que as pessoas possam observar. Robert D. Brownstone, advogado da Califórnia

conomia

Falar demais é arriscado no mundo dos negócios Conversas sobre a empresa em viagem de trem, em corridas de táxis ou no celular podem custar caro. No universo do dinheiro, as paredes têm ouvido. David Wallis*

P

eter Cochrane, consultor de tecnologia, empreendedor e blogueiro, normalmente se livra das tensões com café, biscoitos e um jornal, no trem entre Ipswich, onde mora, e Londres. Mas, durante uma viagem memorável em março de 2006, os passageiros que viajavam ao seu lado atrapalharam seus rituais de relaxamento, comportando-se de maneira completamente antibritânica: eles eram barulhentos. É verdade que os ingleses cantam nos estádios de futebol, mas, nos trens, eles normalmente são silenciosos. Cochrane lançou um olhar frio a seus agitados vizinhos, mas não teve sorte. Então, ele chegou à conclusão de que, se não podia vencê-los, era melhor se juntar a eles. Ele começou a prestar atenção no que os consultores do outro lado do corredor diziam, durante uma reunião de negócios via celular. "Depois de alguns minutos, eu já sabia quem eles eram, quem era o seu cliente, que tipo de negócio estavam fazendo e qual era seu volume de negócios", afirmou Cochrane. "E sabia até o tipo de dificuldade que eles estavam enfrentando." O consultor responsável anunciou uma chamada em conferência com um cliente. "Esse é o número para o qual você precisa ligar, e essa é a senha", contou Cochrane, que foi "incapaz de resistir" e também entrou na chamada. Ele digitou a senha que ouviu e monitorou a conversa entre seus colegas de poltrona e uma empresa aeroespacial de capital aberto. "Se eu não fosse bonzinho", afirmou Cochrane, "poderia ter ganhado algum dinheiro". Falar demais em uma viagem de negócios pode causar problemas. Em 2009, Robert B. Robbins, sócio da filial de Washington da Pillsbury Winthrop Shaw Pittman, anunciou inadvertidamente aos demais passageiros da Amtrak que seu escritório de advocacia pretendia mandar embora vários de seus associados. Em uma ligação pelo celular, o advogado citou o nome dos colegas que estavam prestes a perder o emprego. A falta de discrição impressionou um estudante de Direito que estava no trem, levando-o a alertar o blog Above the Law. Notícias a respeito da gafe fizeram com que o escritório de Robbins se desculpasse pelo "modo infeliz pelo qual as nossas deliberações sobre

cortes de pessoal chegaram ao público". Robbins não perdeu o emprego, mas ganhou um novo apelido: Acela Bob, em homenagem aos trens de alta velocidade que ligam Washington a Boston. Em uma era de hiperconectividade, quando diversas companhias aéreas possibilitam o uso de celulares durante o voo e um número cada vez maior de ônibus, trens e até táxis fornecem acesso Wi-Fi à internet, pessoas em viagens de negócios expõem informações confidenciais com grande frequência. "As pessoas são incrivelmente relapsas" quanto às práticas de segurança de informação, afirmou Cynthia Cheng Correia, que dá um curso no Simmons College, em Boston, sobre inteligência competitiva, que é o monitoramento ético dos rivais econômicos e profissionais.

Cheng Correia destaca que você pode entregar o jogo sem dizer sequer uma palavra. Durante um voo, ela se sentou ao lado de um gerente de vendas que estava trabalhando em uma base de dados chamada "clientes". Cheng Correa estava vendo fotos em seu celular naquele momento e poderia ter tirado uma foto da tela do computador de seu colega de assento. "Ele não teria nem percebido", afirmou.

Olhar por sobre o ombro ou observar sorrateiramente os documentos ou o laptop de um desconhecido são práticas comuns. Uma pesquisa realizada pela 3M do Reino Unido com 400 executivos em 2007 revelou que 80% deles espiavam discretamente. Ainda assim, quando elas são o alvo dessa atenção indesejada, mais da metade das pessoas questionadas afirmou simplesmente ignorar o acontecido. Cheng Correia comentou que o aparecimento casual de um colega de assento causa nos viajantes uma falsa sensação de segurança. "Não podemos dizer que estamos seguros apenas porque estamos cercados por bobões", afirmou, acrescentando que os maiores curiosos se escondem na classe econômica: "Há mais olhos na classe econômica do que na primeira classe ou na executiva."

Dieta – Richard Plansky, diretor executivo sênior de inteligência empresarial e investigação na Kroll, em Nova York, aconselha os viajantes preocupados com os olhares indiscretos a passarem por uma "dieta de dados", antes de uma viagem de negócios. "Você realmente precisa de um laptop, um iPhone e um pen drive?", questionou Plansky. Aos clientes que viajam à China ou à Rússia, ele adverte

que a resposta a essa pergunta deve ser não. Especialistas em segurança corporativa acusam agentes de segurança de ambos os países pela tentativa de roubo de segredos comerciais de viajantes de negócios. Ele aconselha os clientes que viajam para países de alto risco a levar laptops e celulares que não possuam informações valiosas. "Você não pode perder aquilo que não tem", afirmou Plansky. Ken Rygler, consultor do setor de microeletrônica, se preocupa mais com os olhares sorrateiros dos companheiros de assento do que com agentes da inteligência chinesa. Quando viaja de avião, ele evita usar o PowerPoint "porque a fonte é muito grande". Às vezes, Rygler observa seus companheiros de assento, em especial durante voos entre centros de alta tecnologia. Ele se lembra de ter desco-

berto informações interessantes durante um voo entre Austin, no Texas, e San Jose, na Califórnia. Rygler descobriu que um dos concorrentes de seu cliente teve dificuldades em solucionar um problema em sua fábrica. "Não era uma informação pública", afirmou Rygler. "Mas era uma informação útil." Alguns investigadores particulares ficam nos lobbys de aeroportos próximos à sede

Andrew Testa/NYT

de determinada empresa para coletar dados de funcionários que e s t e j a m v i ajando. Plansky, da Kroll, afirmou que tais métodos são ineficientes, ainda que ele considere que conferências e feiras de n e g ó c i o s s ejam destinos "especialmente arriscados" para viajantes que tenham propriedade intelectual a proteger. Leonard Fuld, da empresa Fuld & Company, de Cambridge, Massachusetts, afirmou que os profissionais de inteligência competitiva têm mais a ver com bibliotecários do que com espiões, mas admitiu que uma expedição de espionagem nas proximidades de um centro de conferências pode ser valiosa. "Desenhe círculos concêntricos em torno do local onde será realizada uma feira de negócios ou uma conferência, pois você sabe que os restaurantes e hotéis da região estarão lotados de pessoas que participarão do evento, e isso pode ser útil", afirmou Fuld. Alguns participantes são facilmente identificáveis. Eles utilizam crachás com seus nomes do lado de fora dos centros de conferência e roupas estampadas com o logo de suas empresas. Além disso, funcionários de grandes empresas podem ficar tentados a falar abertamente sobre negócios em eventos de seu setor, já que eles talvez enxerguem apenas colegas de outros escritórios nessas convenções. A revelação de dados não surpreende Robert D. Brownstone, advogado na Fenwick & West, em Mountain View, Califórnia, que ministra palestras sobre segurança de informação em conferências. Ele se lembra que, antes de um discurso em uma conferência sobre leis do trabalho na Flórida, utilizou um computador reservado para pessoas inscritas. Um documento do Microsoft Word intitulado "Separação.doc" estava na área de trabalho. "Ao passar o cursor sobre o ícone do documento, na área de trabalho, apareceu uma caixa de diálogo amarela com o nome da empresa de advocacia nela", afirmou Brownstone. "Eu abri o documento e

RH Build UP - Terceirização e Assitência em Recursos Humanos S.A. CNPJ nº 00.921.928/0001-09

Ativo Circulante Caixa e equivalentes de caixa Contas a receber Tributos a recuperar Adiantamentos Despesas antecipadas Total do Ativo Circulante Não Circulante Créditos com partes relacionadas Impostos de renda e CSLL diferidos Imobilizado Intangível Total do Ativo não Circulante Total do Ativo

31/12/2011

Passivo e Patrimônio Líquido Circulante Fornecedores Obrigações sociais e trabalhistas Obrigações tributárias Tributos parcelados Outras obrigações Imposto de renda e contribuição social a recolher Total do Passivo Circulante Não Circulante Outras contas a pagar Impostos de renda e CSLL diferidos Total do Passivo não Circulante Patrimônio Líquido Capital social Reservas de lucros Lucros (prejuízos) acumulados Resultado do exercício apurado Total do Patrimônio Líquido dos Acionistas Controladores Participação dos não controladores Total do Patrimônio Líquido Total do Passivo e Patrimônio Líquido

Diretoria

31/12/2010

291 2.313 697 34 3.334

899 720 678 217 2.514

1.778 157 511 238 2.684 6.019 31/12/2011

39 763 243 1.045 3.559 Controladora 31/12/2010

284 1.905 1.324 196 3.710

248 376 1.183 193 370 2.370

51 622 673

-

60 12 969 596 1.636 1.636 6.019

60 28 1.101 1.189 1.189 3.559

José Leovigildo de Melo Coelho Filho Vice-Presidente de Desenvolvimento de Negócios CPF 037.987.744-98

Receita Líquida Custo dos Produtos e Serviços Vendidos Lucro Bruto Receitas (Despesas) Operacionais Despesas administrativas Receitas financeiras Despesas financeiras Outras receitas/despesas operacionais Resultado da equivalência patrimonial Total Lucro antes da Contribuição Social, Imposto de Renda e Participações dos não Controladores Imposto de renda e contribuição social Imposto de renda diferido Lucro atribuível aos acionistas não controladores Lucro Líquido do Período

Fluxos de Caixa das Atividades Operacionais Lucro líquido do exercício Ajustes para Reconciliar o Lucro Líquido com o Caixa Gerado pelas (Aplicado nas) Atividades Operacionais: Depreciação e amortização Resultado de venda do ativo permanente Provisão para créditos de liquidação duvidosa Provisão de tributos não recolhidos Juros e correção monetária de ativos Juros e correção monetária de passivos Provisão para riscos tributários, cíveis e trabalhistas Demais provisões Imposto de renda diferido Variações nos ativos operacionais Contas a receber de clientes Tributos a recuperar Clentes diversos Adiantamentos Despesas antecipadas Depósitos judiciais Crédito com parte relacionada Outros valores a receber

31/12/2011 18.859 (16.477) 2.381

31/12/2010 18.028 (710) 17.318

(824) 162 (494) (106) (1.262)

(16.782) 241 (32) 8 (16.565)

1.119 (203) (321)

753 (450) (33)

596

270

31/12/2011

31/12/2010

596

270

362 150 (130) 356 51 321 1.706

328 (181) (39) 378

(1.581) 20 2 170 11 (1.648) -

27 111 226 14 -

Saldos em 31 de Dezembro de 2008 Lucro líquido do exercício Saldos em 31 de Dezembro de 2009 Dividendos pagos Lucro líquido do exercício Saldos em 31 de Dezembro de 2010 Lucro líquido do exercício Dividendos obrigatórios Saldos em 31 de Dezembro de 2010

Capital social 60 60 60 60

Reservas de lucros Legal 28 28 28 (16) 12

Variações nos passivos operacionais Fornecedores Obrigações trabalhistas Obrigações tributárias Imposto de renda e contribuição social sobre o lucro Outras contas a pagar Caixa Líquido Gerado pelas (Aplicado nas) Atividades Operacionais Fluxos de Caixa das Atividades de Investimentos Adição de aplicações financeiras Resgate de aplicações financeiras Adição dos investimentos Ágio na aquisição de investimento Aquisição do imobilizado e intangível Aumento do diferido Caixa Líquido Aplicado nas Atividades de Investimentos Fluxos de Caixa das Atividades de Financiamentos Captação de empréstimos e financiamentos Liquidação de empréstimos e financiamentos Pagamento de dividendos Caixa Líquido (Aplicado nas) Gerado pelas Atividades de Financiamentos Aumento (Redução) do Saldo de Caixa e Equivalentes de Caixa Caixa e equivalentes de caixa no fim do exercício Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício Aumento (Redução) do Saldo de Caixa e Equivalentes de Caixa

Geraldo Tomazelli Contador - CRC SP 196806/O-4 CPF 037.987.744-98

Lucros acumulados 1.202 936 2.138 (1.307) 270 1.101 612 (149) 1.564

Total 1.290 936 2.226 (1.307) 270 1.189 596 (149) 1.636

31/12/2011 (90) 654 203 (354) (907)

31/12/2010 (70) 23 30 78 50 867

256 256

(180) (52) (232)

42 (149) (107) (608) 291 899 (608)

(1.307) (1.307) (672) 899 1.571 (672)

Depois de alguns minutos, eu já sabia quem eles eram, quem era o seu cliente, que tipo de negócio faziam. PETER COCHRANE, CONSULTOR, DURANTE VIAGEM DE TREM

pude ver a versão final ou o rascunho de um acordo de separação. Era alguém que veio à conferência para se tornar um melhor advogado trabalhista, e que acessou seu computador ou o e-mail do trabalho, baixou algum arquivo e o deixou ali." Quando está viajando, Brownstone utiliza um protocolo rigoroso para proteger informações. Ele utiliza um programa, o Better File Rename, para fazer com que seus documentos pareçam inofensivos, e carrega um scanner portátil para digitalizar documentos. "Eu não quero ter nada que as pessoas possam observar", afirmou Brownstone. Ele evita falar ao celular com clientes quando está viajando. "Sou advogado há 25 anos; só me lembro de ter feito uma ligação para um cliente." Quando ele fala com colegas de trabalho fora do escritório, Brownstone pratica o que pode ser chamado de criptografia verbal. Ele comenta que trabalhou em Nova York nos anos 1980 e 1990 em casos de destaque, como a defesa de Michael R. Milken, que acabou sendo condenado por fraude contra os valores mobiliários, e o caso civil movido contra Claus von Bulow por seus enteados. "Se estivéssemos indo para o tribunal, um associado sênior e eu pegaríamos um táxi para chegar ao tribunal federal", afirmou ele. "Nós utilizaríamos codinomes para os principais envolvidos no caso. Você não sabe quem o motorista acabou de levar ou levará logo em seguida." Brownstone admite timidamente que não utiliza filtros de privacidade na tela de seu laptop. Mas ele não está sozinho. Pesquisa feita pela empresa de segurança People Security, em 2010, com 800 participantes de uma conferência de tecnologia da informação, revelou que apenas 13% deles utilizavam filtros de privacidade que impedem os olhares curiosos de pessoas ao lado. Portanto, antes de conversar com um colega de trabalho – seja na rua ou no trem – lembre-se do peso que estará colocando sobre os ombros do ouvinte, que pode estar prestando atenção. "Você não pode voltar atrás naquilo que ouviu", afirmou Cheng Correia, a professora do Simmons College. "Você pode desviar os olhos, mas não dá para tampar os ouvidos e ficar gritando 'lálá-lá-lá-lá'." * The New York Times


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terça-feira, 22 de maio de 2012

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O medo de falhar é um entrave para os alunos de TI Rubem Saldanha, gerente de Educação da Intel do Brasil

nformática Com apoio de grandes empresas, como Intel, universidades brasileiras ensinam a novos talentos o espírito empreendedor, de transformar ideias em negócios. Especialista diz que muitos criadores de startups precisam vencer o temor de falhar.

Não basta ter a ideia. Há de empreender. FERNANDO PORTO

E

m seu sétimo semestre no curso de ciência da computação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), André Ferraz, de 20 anos, já deu seus primeiros passos para transformar suas ideias talentosas em seu próprio negócio. Criou uma solução tecnológica a partir de sua dificuldade como consumidor em shoppings e grandes lojas, quando perdia boas ofertas por falta de informações. Batizado de Ubee, sua invenção procura garantir uma experiência de compras melhor para os consumidores, ao mesmo tempo que gera informações preciosas ao lojista, através de uma plataforma de comunicação e de monitoramento dos hábitos desses clientes. Mas André não vem tendo na universidade apenas um aprendizado aprofundado de tecnologia da informação (TI) para desenvolver invenções como o Ubee. É nesse mesmo mundo acadêmico que o estudante está aprendendo a transformar a ideia em negócio, sem medo de rejeição. Pois esse temor é que impede muitos talentos brasileiros de prosperarem. Essa espécie de "complexo de vira-lata" da tecnologia – como dizia Nelson Rodrigues em relação ao nosso futebol da era pré-títulos – é o principal foco de combate das enti-

dades que apoiam novos talentos e podem ajudar o País a multiplicar o número de startups de sucesso e formar jovens empreendedores milionários, como o paulista Michel Krieger, do Instagram – o aplicativo vendido ao Facebook por US$ 1 bilhão. "Temos de fomentar as universidades para que elas cobrem para o varejo foram levados atitudes empreendedoras pela Intel Brasil mês passado dos alunos", defende Rubem para o Entrepreneurship BoSaldanha, gerente de educa- otcamp, um workshop de emção da Intel do Brasil. A ques- preendedorismo de uma setão do medo do empreende- mana, promovido pela Unidorismo, segundo ele, já foi versidade de Stanford, no Vaassunto no ano passado em l e d o S i l í c i o . O o b j e t i v o : conversar evento paracom os maiolelo ao World r e s e s p e c i aEconomic Folistas para rum. Na ocatransformar sião, um estuideias tecnodo mostrou lógicas em que latinomilhões de dólares foi n e g ó c i o s . a me ri ca no s, A l é m d e j oem geral, têm a parte que o paulista vens alunos medo de fraMichel Krieger criadores de cassar. recebeu na venda do startups, a In"E o medo tel levou os de falhar é um Instagram para o professores entrave. EnFacebook por das três unitão, a aula de versidades US$ 1 bilhão e m p r e e n d eq u e i n c e n t idorismo, covaram os promo disciplina jetos – Universidade Estaem um curso de TI, não deixa de ser também um trabalho d u a l d e C a m p i n a s ( U n ipsicológico; de que os alunos camp), Universidade Federal podem errar uma, duas ve- de Pernambuco (UFPE) e Unizes... Mas uma hora vai funcio- versidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos). Dessa fornar", explica Saldanha. André Ferraz e sua solução ma, diz Saldanha, os profes-

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sores puderam aprender mais e aperfeiçoar a disciplina de plano de negócios ministrada para os alunos de computação. "A experiência em Stanford foi incrível, um período muito intenso de aprendizado, networking e validação do negócio. Notamos alguns padrões interessantes nas empresas e no discurso dos investidores de risco como, por exemplo, o valor da cultura da empresa durante o crescimento e a importância da velocidade no processo de validação do negócio. Ficamos muito felizes pelos feedbacks que recebemos e pelo interesse em nossa startup", conta o jovem André Ferraz. O nome Ubee é uma corruptela do termo de computação ubíqua, que se refere à presença da tecnologia no cotidiano. "Bee", de abelha, dá ideia de trabalho e criação constante. A Ubee, segundo Saldanha, já está em um estágio acima do que ele chama de fase "power point" (do mundo teórico acadêmico) e começa a

abrir para o mercado de investidores-anjos. Por essa razão, as chances de sucesso aumentam, já que a ideia é muito promissora. Outra startup que participou do treinamento em Stanford foi a Kryptus, especialista em segurança da informação, criada em 2003, a partir do Computer Systems Laboratory (LSC) da UNICAMP. "O maior ganho na experiência, de maneira geral, foi a mudança de visão: é importante mirar mercados de volume onde possa haver crescimento explosivo. Este é o espírito. Também é posição unânime que um plano de negócios clássico não tem utilidade neste cenário, pois as incertezas são muito grandes", afirma Roberto Gallo, diretor da Kriptus. "Essa startup já está num estágio mais amadurecido de negócio", analisa Saldanha, da Intel. Ele diz que o processo de tornar a startup tecnológica uma grande empresa pode levar de quatro ou cinco anos. Segundo Saldanha, hoje já existem diversas asso-

ciações de investidores-anjos no Brasil. O investimento em uma ideia inovadora varia de R$ 50 mil a R$ 150 mil. Conforme a startup evolui, passa por maiores patamares de investidores: venture capital e private equity. "Hoje, China e Coreia já chegam a dois dígitos de patentes registradas por ano. O Brasil ficou para trás. Para recuperar esse tempo, o caminho é o reforço no mundo acadêmico, do conceito de empreendedorismo. Dessa forma é que as pesquisas podem virar um negócio", acrescentou o executivo.

S ERVIÇO Serviço Para quem deseja mais informações sobre as startups citadas e como investir: www.ubee.in contato: André Ferraz, e-mail: hi@ubee.in www.kriptus.com – contato: Roberto Gallo; e-mail: gallo@kryptus.com www.intel.com/educacion

Teste a maturidade de sua empresa P

ara micro e pequenas empresas brasileiras que buscam melhores práticas de gestão, foi lançado o MahaGestão, portal totalmente gratuito, que possibilita aos empresários avaliar, a partir dos fundamentos básicos da administração, o nível de maturidade da gestão das empresas. O MahaGestão tem a proposta de "medir e evoluir" a forma como as empresas são geridas, apresentando planos de melhoria personalizados de acordo com as necessidades de cada companhia. A iniciativa do portal é do Instituto MahaGestão, que atua como uma instituição especializada em estudo e pesquisa, visando fornecer estatísticas e conteúdo técnico de diversos setores. De acordo com Fábio Tulio, criador e diretor do MahaGestão, a expectativa é que o por-

Reprodução

tal auxilie, já em seu primeiro ano de atuação, mais de 50 mil empresários em todo País. "É um modelo único e inovador, que utiliza uma linguagem simples, ao alcance de todos", destaca. "O Brasil conta com mais de seis milhões de micro e pequenas empresas, mas muitas delas encontram dificuldades de sobrevivência e rentabilidade por problemas de gestão. O MahaGestão permite que o gestor avalie a maturidade da gestão do negócio e faça comparações utilizando um índice que leva em consideração as mais modernas teorias da administração e as melhores práticas de mercado", destaca. Os interessados em conhecer o projeto devem entrar no portal e responder questões sobre alguns processos-chave, como compras, vendas, estoque, pagamento, recebi-

mento, entre outros. Com base nas informações, o portal gera, instantaneamente, a partir de algoritmos especialmente desenvolvidos para o projeto, o Índice MahaGestão, que aponta o atual estágio de maturidade da gestão da empresa. O portal também faz uma análise detalhada com gráficos de desempenho dos processos do negócio, apontando também as oportunidades de melhoria identificadas. Fábio Túlio explica que, após o diagnóstico e a análise dos gráficos apresentados, o MahaGestão sugere planos de ação, de acordo com as necessidades de evolução da empresa, disponibilizando uma série de alertas para que o gestor possa controlar a execução das tarefas propostas. Faça o diagnóstico em: www.mahagestao.com.br

Após o diagnóstico e a análise dos gráficos apresentados, o MahaGestão sugere planos de ação, de acordo com as necessidades de evolução da empresa


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terça-feira, 22 de maio de 2012

O MyEyes é um novo aplicativo para streaming de imagem e som no Facebook. nformática

n IMAGEM

APLICATIVOS

Filmes no Windows Phone

Tevê dispensa controle remoto

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Samsung lançou no mercado brasileiro os primeiros televisores que dispensam o uso do controle remoto. O Smart Interaction traz uma alternativa ao uso do controle remoto. Apenas dizendo “Olá, TV”, o sistema composto por microfones duplos e uma câmera HD embutida é ativado e abre as portas para navegação. Reage também aos gestos das mãos para executar as tarefas como mudar de canal, aumentar ou diminuir volume, navegar na internet ou acessar aplicativos. Os preços sugeridos vão de R$ 6.499 (46", da série Slim LED ES8000) a R$ 8.199 (55", da série Slim LED ES7000).

SOFTWARES

A

ssinantes da Netflix Brasil já podem assistir a séries de TV e filmes online também nos aparelhos Windows Phone. O aplicativo, que ganhou uma versão internacional atualizada, está disponível no Marketplace gratuitamente. "Os usuários podem agora assistir a séries de TV e filmes quando estiverem fora de casa ou viajando", disse Greg Peters, vice-presidente de desenvolvimento de produto da Netflix. A Netflix está disponível em todos os aparelhos com Windows Phone, incluindo aqueles fabricados pela HTC, LG, Nokia e Samsung. Os usuários podem baixar o aplicativo da Netflix gratuitamente no Windows Phone Marketplace.

SMARTPHONES

Segurança na farmácia popular

A

Megasul Sistemas lançou um software direcionado ao programa federal Farmácia Popular do Brasil, que efetua os processos de autorização do programa, funcionando de forma integrada à solução SPDV - Frente de Caixa. A ferramenta valida as operações do sistema de copagamento. A integração do sistema elimina as redigitações, além de conferir segurança de informação. "Os valores autorizados pelo programa são armazenados pelo sistema, o que permite a realização de conferências e a integração de valores a receber no fluxo de caixa", diz Michele Tiergarten, diretora da Megasul Sistemas.

SEGURANÇA

Elegância e melhor funcionalidade

O

LG Optimus L3 já chegou às lojas de todo o País. Além de contar com design elegante, o aparelho vem equipado com Android 2.3, tela de 3.2 polegadas, câmera de 3.2MP, memória interna de 2GB, conexão Wi-Fi e A-GPS e bateria de longa duração (1.500mAh). Também está disponível a versão que opera dois SIM cards de forma simultanea. Preço médio nas operadoras: a partir de R$ 429.

Um bom vigia eletrônico

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HDL, empresa do Grupo Legrand do segmento de tecnologia de segurança, apresentou a nova câmera SPEED DOME HM-550 PTZ 37X. O diferencial do equipamento é a capacidade de zoom de 444 vezes, sendo 37 vezes de zoom óptico e 12 vezes zoom digital que permite ao usuário aproximar uma imagem para capturar melhor o ambiente ou objeto monitorado, aumentando assim o nível de segurança e identificação do local protegido, pois a qualidade e a nitidez da imagem são mantidas. A nova câmera permite a criação de 127 presets (posições predefinidas) diferentes, nas quais se pode escolher o ponto crítico a ser focado, e a câmera ficará programada para visualizá-los. Indicada para os mais diversos ambientes como residências, condomínios e empresas. Preço sob consulta no site www.hdl.com.br

APLICATIVOS

Seus vídeos em tempo real no Facebook

O

MyEyes é um novo aplicativo para streaming de imagem e som no Facebook. Pode ser acessado pela página do Google Play para que o internauta faça download de sua versão para smartphone, ou ainda utilizá-lo via Facebook myeyesapp. O aplicativo permite ao usuário publicar suas gravações a partir de desktops ou dispositivos móveis em tempo real, sem limite de espaço, com apenas um clique e o internauta pode ter todos seus vídeos armazenados em servidores do Facebook. O MyEyes está disponível em plataformas Android e já estão sendo trabalhadas as versões para BlackBerry e iOS (iPhone).


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