Diário do Comércio

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DIÁRIO DO COMÉRCIO

sábado, domingo e segunda-feira, 16, 17 e 18 de julho de 2011

e

19 Christof Stache/AFP

Neco Varella/AE

ADILSON GOSTOU Novo técnico do São Paulo assistiu vitória sobre o Inter (3 a 0) e será apresentado hoje. Pág. 21

sporte

ESSAS SABEM CHUTAR Nos pênaltis, japonesas vencem americanas e conquistam o primeiro título mundial para seu país. Pág. 22

SEM COMENTÁRIOS

Paulo Whitaker/Reuters

F

Após não conseguir fazer um gol no Paraguai em 120 minutos, nem na cobrança de pênaltis, o Brasil deixa o gramado eliminado pelo Paraguai nas quartas de final da Copa América

Omar Torres/AFP

URUGUAI

PERU

Nos pênaltis, time de Diego Forlán eliminou heroicamente a Argentina

PARAGUAI

Com dois gols na prorrogação, os surpreendentes peruanos passaram pela Colômbia

Juan Medina/Reuters

Martin Acosta/Reuters

S

em Brasil nem Argentina, a Copa América continua amanhã, com Peru e Uruguai jogando em La Plata por uma vaga na decisão. Na quarta, Paraguai e Ven e z u e l a e n f re n t a m - s e e m Mendoza. Os perdedores decidem o terceiro lugar no sábado, em La Plata, e os vencedores fazem a final em Buenos Aires, no domingo. De todos os semifinalistas, a surpreendente Venezuela é a única que jamais foi campeã — aliás, a classificação para a semifinal de uma competição, após os 2 a 1 de domingo sobre o Chile, já é o melhor resultado da história do futebol do país. Adversário dos venezuelanos, o Paraguai ganhou duas Copas América, em 1953 e em 1979. Maior campeão da história da competição, ao lado da Argentina, com 14 títulos cada, o Uruguai terá a chance de se isolar de seu rival nessa condição. O Peru, adversário dos uruguaios, também foi duas vezes campeão sul-americano, em 1939 e 1975.

Marcos Brindicci/Reuters

Um aspirante e três ex-campeões

A festa deles também veio nos pênaltis, após segurar o Brasil

VENEZUELA

A zebra chegou às semifinais fazendo 2 a 1 no Chile

oram quatro pênaltis, todos perdidos, por Elano, Thiago Silva (o único que não chutou fora, dando algum trabalho ao goleiro Villar), André Santos e Fred. Isso após 120 minutos, sendo 90 no tempo normal mais 30 na prorrogação, sem conseguir furar a retranca do Paraguai. Com o 0 a 0 e a derrota por 2 a 0 nos pênaltis, o Brasil acabou eliminado nas quartas de final da Copa América, domingo, em La Plata, na Argentina. O time do técnico Mano Menezes foi, de fato, melhor que o adversário durante praticamente o tempo todo, mas o nervosismo brasileiro acabou falando mais alto. Havia 16 anos que o Brasil não perdia uma decisão por pênaltis em competições oficiais. A última havia sido em 1995, na final da Copa América diante do Uruguai. Em 2001, o Brasil foi eliminado da Copa América pela inexpressiva Honduras e, um ano depois, foi campeão mundial. Em 2004 e 2007, venceu a competição sul-americana, mas foi mal nas duas edições da Copa. Esse retrospecto foi a justificava de jogadores como o atacante Robinho e o goleiro Julio Cesar para manter o otimismo após a eliminação frente ao Paraguai. “Todas as derrotas servem para tirar lições. Em 2007, a gente foi campeão. Chegou na Copa do Mundo, a gente perdeu. Vamos ganhar a Copa do Mundo no nosso país”, garantiu Robinho. “Não é questão de ser supersticioso, mas o objetivo maior é sempre a Copa do Mundo”, completou Julio Cesar. Já o meia Elano citou o problema com o campo, mas disse que isso não justifica o pênalti batido muito por cima. "Senão, fica passando por desculpa", explicou. Substituído ainda no segundo tempo, Neymar disse que o Paraguai teve méritos nos pênaltis, ignorando que o Brasil perdeu as quatro cobranças, e lamentou as falhas de finalização com a bola rolando. “Isso se chama futebol. Você tenta, tenta, tenta e acaba perdendo”, afirmou o jovem jogador. Expulso na prorrogação, junto com o paraguaio Alcaraz, após uma confusão envolvendo vários jogadores das duas seleções, Lucas Leiva acredita não ter merecido o cartão vermelho: “Não fui com o intuito de brigar, mas apartar, proteger o Lúcio, que estava no chão. O árbitro escolheu dois e me escolheu.” Para o técnico Mano Menezes, o time, renovado, em formação, conseguiu ir mais além. “Não se pode dizer que o jogador brasileiro não tem habilidade para fazer gols”, explicou. Num auditório pequeno e lotado, ele falou pausadamente e já parecia orientado pela Assessoria de Imprensa da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) a defender a continuidade do trabalho de renovação da equipe. “Temos um caminho e temos de ser fortes na construção desse caminho”, avisou. Mano também culpou a grama irregular da marca do pênalti como determinante para a eliminação da Seleção. “Dois atletas nossos (dos quatro que desperdiçaram cobranças) reclamaram. No local do pé de apoio, a grama estava alta”, disse o treinador. O problema teria afetado Elano, Fred e André Santos - Thiago Silva assumiu sua falha e não culpou o gramado. Mas não foi relatado por Estigarribia e Riveros, os autores dos gols paraguaios na decisão por pênaltis - o Paraguai errou apenas com Barreto, o primeiro a cobrar.


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