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HOJE: CONVOCAÇÃO PARA CPIECOPA.

São Paulo, quarta-feira, 7 de maio de 2014

Marcos Arcoverde/Estadão Conteúdo

Seleção dos leitores Internautas montaram um time dos sonhos para a Copa. Confira os 11 titulares escolhidos pelos Felipões do DC. Pág. 10

www.dcomercio.com.br Conclusão: 23h50

Ano 90 - Nº 24.117

Jornal do empreendedor

R$ 1,40

Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

Seleção de Renan

Seleção de Felipão

Presidente do Senado convoca sessão do Congresso para hoje à noite e sinaliza a instalação da CPI Mista da Petrobras. Será preciso escalar 32 integrantes das duas casas. PT ameaça não indicar ninguém. E CPI pode ser empurrada para depois da Copa. Pág. 5

Hoje é dia de completar o verdadeiro time do álbum de figurinhas. O técnico Luiz Felipe Scolari anuncia a partir das 11h30 o nome dos 23 jogadores da Seleção rumo ao sonhado hexacampeonato. Ele diz que, desta vez, não haverá grandes surpresas. Pág. 10

Estadão Conteúdo

Nova versão do caseiro reabre o caso Malhães

O caminho do Bolsa Família para o MEI

Caseiro que confessou o assassinato do ex-coronel Malhães volta atrás: estava amarrado na hora do crime. Pág. 7

Ex-beneficiários do programa de transferência de renda federal ampliaram ganhos ao aderirem ao MEI. Pág. 15 Tim Aubry/Arquivo/Reuters

O crime compensa. Para quem denuncia. O governador Geraldo Alckmin anuncia recompensa em dinheiro – de R$ 5 mil a R$ 50 mil – para informações sobre crimes em São Paulo. Pág. 9 ISSN 1679-2688

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Monica & Clinton - Parte 2

Cantareira: um dígito de água. Página 9

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"Eu. Me arrependo. Profundamente. Do que. Aconteceu". Assim pontuada, a frase rompe o longo silêncio da relação Monica & Clinton.Pág. 8


DIÁRIO DO COMÉRCIO

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quarta-feira, 7 de maio de 2014

A questão é saber quanto os slides serão mais fortes que a pressão dos carrinhos dos supermercados. José Márcio Mendonça

QUADROS DE

se olhar mais fundo o pronunciamento do Dia do Trabalho da presidente Dilma Rousseff e os discursos dela e do ex-presidente Lula da Silva na abertura do Encontro Nacional do PT, sexta-feira última, em São Paulo, a conclusão mais óbvia é que ela, Lula e o PT desistiram de vez de conquistar –ou reconquistar, em algumas regiões – o voto da classe média tradicional e de atrair as simpatias do que chamam, meio pejorativamente, de "elites", e também de uma parcela do empresariado. Eles parecem ter dado como perdido, definitivamente, este segmento do eleitorado e portanto vão se concentrar principalmente no seu público contumaz – "os mais pobres e a classe média" (no caso, a dita "nova" classe média de Lula), como disse Dilma no rádio e na televisão. Isto posto, estão nesta linha o anúncio da presidente do aumento de 10% nas mensalidades do Bolsa Família e a notícia de que manterá, em um possível segundo governo, o processo de recuperação do valor do salário mínimo, cujas atuais regras se extinguem em 2015. A própria alteração na tabela do Imposto de Renda no ano que vem tem este endereço.

EXCELÊNCIA

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esmo o ex-presidente Lu l a , q u e c o s t u m a acender duas velas a Deus e três ao diabo (ou viceversa) passou a ser mais contundente em suas críticas "às elites" (e, obviamente à grande mídia, que representaria esta casta social). Para os entusiasmados petistas que foram participar da sagração de Dilma como candidata do PT e aliados à própria sucessão, Lula brindou os empresários com o adjetivo de "ingratos", uma vez que reclamam apesar de 'nunca terem ganhado tanto dinheiro quanto no governo do PT". Publicamente, Lula não deve amaciar mais. A estratégia eleitoral, ensaiada na semana passada, é classificar os principais adversários, Eduardo Campos e Aécio Neves, principalmente o candidato tucano, de representantes desta "elite ingrata" e de serem contra o povo e os avanços sociais, cujo monopólio o PT devera reivindicar como nunca na campanha. Na segunda-feira, por exemplo, a presidente reuniu no Palácio do Planalto 20 ministros para ouvir uma palestra do ministro Assuntos Estratégicos, Marcelo Néri, interino até semana passada e também presidente do IPEA.

nda faltando razão e bom senso em tudo quanto é lado neste Brasil que se deixa dominar pelas tensões pré-eleições. Nesta confusão toda, governo e oposição têm seus motivos, mas, no final, todos perdem a razão. A oposição é negativista demais, por vezes exagerando nas críticas, e omissa nas propostas concretas. Por outro lado, o governo, com certa arrogância, não ouve seus próprios quadros e permanece imóvel com o "fogo amigo" dos que levantam entraves aos projetos que envolvem áreas do meio ambiente, dos índios e dos agitadores do campo. Ora, ninguém pode negar a qualidade dos quadros do setor elétrico, preservados inclusive pela presidenta Dilma, que tem gente de sua confiança e reconhecida competência na área. O mesmo ocorre com o Banco Central, BNDES e o Banco do Brasil.

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JOSÉ MÁRCIO MENDONÇA

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ELITE DE LADO

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éri, quando ainda pesquisador da FGV, foi autor de alguns dos primeiros estudos sobre o aparecimento da "nova" classe média. Néri apresentou a seus colegas de ministério, com Dilma atenta, 55 slides sobre o 'bem estar' do brasileiro e concluiu que 'a renda continua surgindo apesar da conjuntura'. É com esses argumentos que a presidente pretende, na campanha que já está no ar, exorcizar a sensação de insegurança econômica de parte

s diplomatas e militares são fornecedores tradicionais de grandes executivos no setor público. Mas forças estranhas inibem o aproveitamento destes quadros em posições estratégicas. E, no caso do Itamaraty, nem são ouvidos na política externa, que é tratada de maneira bolivariana. A própria presidenta, se não é a executiva que gostaríamos, ou que as circunstâncias políticas impediram, não é o desastre alardeado entre oposionistas, na política, na mídia e nas redes sociais. Os seus projetos, denominados PAC, são importantes. E os atrasos são devidos a um pessoal do próprio governo, que embarga, engessa e faz atrasar todos os cronogramas. Para esses é que ela deveria voltar seu gênio forte quando contrariada.

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da população, revelada nas últimas sondagens de opinião. Curiosamente, o ex-ministro Delfim Netto advoga a tese de que a eleição será decidida pela sensação de 'bem estar social' do eleitor na véspera da urna. A questão é saber quanto os slides serão mais fortes que a pressão dos carrinhos dos supermercados. s sinais de afastamento de Dilma da chamada elite já aparecem. Ela nunca foi, digamos assim, de frequentar essas rodas. Mas, de um ano para cá, pelo menos, atendendo a conselhos do ex-presidente Lula, fez vários gestos de aproximação, inclusive alterando um pouco o seu discurso, incorporando nele preocupações dos empresários e do onipresente “m erc ado”, como a questão da responsabilidade fiscal e

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cositas . Agora deu meia trava, até nos contatos diretos. Nem ela nem nenhum ministro de seu governo estiveram semana passada no Fórum de Líderes em Comandatuba. Lula chegou a participar do evento e ele sempre contou com pessoas do governo para defender suas políticas e posições. Desta vez o governismo esteve timidamente representado pelo governo da Bahia, Jaques Vagner, com papel de Estado anfitrião. oi também muito falada a ausência da presidente na Agrishow, exposição que reúne o pessoal do agronegócio, com grande presença do grupo da cana de açúcar e do álcool, área da atividade econômica nacional extremamente agastada com a política energética de Brasília. Dilma quis evitar constrangi-

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Novas pesquisas que já estão em campo e que virão ao ar neste fim de semana mostrarão para onde está indo o barco eleitoral e também o prestígio do governo.

mentos. Não evitou, porém, críticas ao governo. Tanto em Comandatuba como em Ribeirão Preto ela deixou o palco livre para os concorrentes. Talvez por se sentir em casa – afinal, nasceu em Minas Gerais – Dilma animou-se a ir a outro evento tradicional do setor, a Expozebu, em Uberaba. Foi saudada com vaias em três momentos de sua passagem pelo ambiente dos pecuaristas. Os encontros de Dilma com empresários deverão ficar, por tudo isto, mais restritos e mais fechados. estratégia popular versus elite pode funcionar – se empolgar o PT e os partidos aliados. O desafio é que a perda de confiança no governo não está somente na "elite" – nem talvez principalmente nela. Está em parte em territórios que nestes últimos anos foram cativos do petismo e de Lula. Novas pesquisas que já estão em campo e que virão ao ar neste fim de semana mostrarão para onde está indo o barco eleitoral e o prestígio do governo. Brasília esta tomada nesses de uma forte TPP – Tensão Pré-Pesquisa.

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la começou seu governo, aliás, muito bem, quando foi afastando a turma sob suspeições. Poderia voltar à "faxina", como ficou conhecida sua postura inicial. Caso não se reeleja seria um bom fecho de mandato. No mais, no mundo moderno não se governa mais ao sabor das preferências ideológicas e, sim, das conveniências reais dos povos e países. O objetivo é melhorar a vida da população. E não

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JOSÉ MÁRCIOMENDONÇA É JORNALISTA E ANALISTA POLÍTICO

ARISTÓTELES DRUMMOND

Nível alto na disputa eleitoral, mais lealdades e menos "fogo amigo" permitirão um avanço que será observado lá fora pelos investidores de que tanto necessitamos para crescer.

nos parece ser o que acontece com parceiros queridos de sua assessoria internacional, como Cuba, Venezuela, Equador, Bolívia e Argentina. a oposição, o que credencia o senador Aécio Neves não é o discurso recomendado pelos profissionais do marketing político. O que grita no ex-governador mineiro é a sua obra, a capacidade de formar equipe competente e séria, de tocar grandes projetos com sucesso. Esta é sua credencial, que inclui um excelente relacionamento com as forças produtoras de Minas Gerais. O povo sabe disso tudo. Logo, a campanha não pode nem deve ser de baixo nível, pois o

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desgaste maior é para a democracia que se tenta construir. E a politicagem do toma lá, dá cá, é repelida pela sociedade em todos os segmentos. Nível alto na disputa, mais lealdades e menos "fogo amigo" permitirão um avanço que será observado lá fora pelos investidores. Com as coisas no rumo que estão, ninguém se arriscará a apostar no nosso país. ARISTÓTELES DRUMMOND É JORNALISTA E VICE-PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DO RIO DE JANEIRO

Presidente Rogério Amato Vice-Presidentes Alfredo Cotait Neto Antonio Carlos Pela Carlos Roberto Pinto Monteiro Cesário Ramalho da Silva Edy Luiz Kogut João Bico de Souza José Maria Chapina Alcazar Lincoln da Cunha Pereira Filho Luciano Afif Domingos Luís Eduardo Schoueri Luiz Gonzaga Bertelli Luiz Roberto Gonçalves Miguel Antonio de Moura Giacummo Nelson Felipe Kheirallah Nilton Molina Renato Abucham Roberto Mateus Ordine Roberto Penteado de Camargo Ticoulat Sérgio Belleza Filho Walter Shindi Ilhoshi

Fundado em 1º de julho de 1924 CONSELHO EDITORIAL Rogério Amato, Guilherme Afif Domingos, João Carlos Maradei, Marcel Solimeo Diretor de Redação Moisés Rabinovici (rabino@acsp.com.br) Editor-Chefe: José Guilherme Rodrigues Ferreira (gferreira@dcomercio.com.br). Editor de Reportagem: José Maria dos Santos (josemaria@dcomercio.com.br). Editores Seniores: chicolelis (chicolelis@dcomercio.com.br), José Roberto Nassar (jnassar@dcomercio.com.br), Luciano de Carvalho Paço (luciano@dcomercio.com.br), Luiz Octavio Lima (luiz.octavio@dcomercio.com.br), Marcus Lopes (mlopes@dcomercio.com.br) e Marino Maradei Jr. (marino@dcomercio.com.br). Editores: Cintia Shimokomaki (cintia@dcomercio.com.br), Heci Regina Candiani (hcandiani@dcomercio.com.br), Tsuli Narimatsu (tnarimatsu@dcomercio.com.br) e Vilma Pavani (pavani@dcomercio.com.br. Subeditores: Rejane Aguiar e Ricardo Osman. Redatores: Adriana David, Evelyn Schulke, Jaime Matos e Sandra Manfredini. Repórteres: André de Almeida, Karina Lignelli, Lúcia Helena de Camargo, Mariana Missiaggia, Paula Cunha, Rejane Tamoto, Renato Carbonari Ibelli, Sílvia Pimentel e Victória Brotto. Editor de Fotografia: Agliberto Lima. Arte e Diagramação: José dos Santos Coelho (Editor), André Max, Evana Clicia Lisbôa Sutilo, Gerônimo Luna Junior, Hedilberto Monserrat Junior, Lino Fernandes, Paulo Zilberman e Sidnei Dourado. Gerente Executiva e de Publicidade Sonia Oliveira (soliveira@acsp.com.br) Gerente de Operações Valter Pereira de Souza (valter.pereira@dcomercio.com.br) Serviços Editoriais Material noticioso fornecido pelas agências Estadão Conteúdo, Folhapress, Efe e Reuters Impressão S.A. O Estado de S. Paulo. Assinaturas Anual - R$ 118,00 Semestral - R$ 59,00 Exemplar atrasado - R$ 1,60

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A S L E I S D E V E M S E R J U S TA S , M A S H Á L E G I S L A D O R E S M A I S R E A L I S TA S D O Q U E O R E I .

Prazo de validade: setenta anos. N

verdade que em muitos casos, a aposentadoria veio cedo, aos 50, 55 anos. Essa tendência, entretanto, se verifica também nas famílias que dependem menos da aposentadoria, mas cujos avós acabam sendo o sustentáculo de filhos e netos. Sendo assim, parece injusto, se não até absurdo em muitos casos, o fato de senhores e senhoras serem tratados como pessoas limítrofes ou que careçam de leis que os “protejam” de atos in-

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consequentes que eles mesmos possam vir a praticar. Refiro-me a algo bastante específico: o denominado Regime da Separação Obrigatória de Bens, determinado na lei por meio do artigo 1641 do Código Civil e seu insiso II, que dita: “É obrigatório o regime da separação de bens no casamento da pessoa maior de setenta (70) anos”.

u seja, para a lei, 70 anos é o “prazo de valid ade” do juízo dos idosos brasileiros. Esse artigo alterou a redação do inciso II do art. 1.641 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil). Antes disso, o “prazo de validade” era de 60 anos. A alteração que se deu com a lei nº 12.344 em dezembro de 2010, foi em parte devido à pressão da sociedade sobre os legisladores, por meio dos especialistas do Direito de Família. A ideia é que ao restringir a liberdade da administração de bens para casamentos após os 70 anos, se esteja protegendo os velhinhos e velhinhas das moças e moços interesseiros. Pode parecer pertinente, mas tal inciso apenas discrimina, constrange e não tem qualquer relevância prática. Por quê? Bem, imagine que um senhor de 70 anos, em juízo perfeito, portanto sem qualquer indício de que seja necessário “interditá-lo” – e eu explicarei esse termo mais adiante – pode comprar ações, vender empresas, alienar e doar imóveis, e fazer e refazer testamentos. Se assim é, não será uma lei discriminatória que o protegerá da ambição alheia. Além disso, não há idade para que se faça um testamento. Nele, o senhor ou a senhora, septuagenários apaixonados, podem designar até 50 por cento dos seus bens à pessoa amada, se desejarem. Sendo assim, o inciso II do artigo 1641 soa mais como uma necessidade doméstica, um desejo do legislador

Relato todos esses fatos para flagrar o quanto de lucidez e sabedoria são necessárias par a o rg a n i z a r o rç a m e n t o e manter a casa em pé. Mas se, enfim, senhores e senhoras decidem levar uma vida mais prazerosa e buscar a felicidade, não é raro ver filhos indignados. Ainda que sustentem e deem o melhor de si para a família, são cerceados e julgados por estes mesmos beneficiados. E é então que, como um mágico tira uma lebre da cartola, a família procura um advogado para interditar o “revoltoso”. A interdição é tema muito estudado entre profissionais do direito e da saúde mental. Trata-se de uma medida judicial que impossibilita a pessoa de gerir sua própria vida e administrar seus bens.

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e acordo com o artigo 1761 do Código Civil, são passíveis de interdição aqueles que: “por enfermidade ou deficiência mental, não tiverem o necessário discernimento para os atos da vida civil; ou que por outra causa duradoura, não puderem exprimir a sua vontade; os doentes mentais, os ébrios habituais e os viciados em tóxicos; os excepcionais sem completo desenvolvimento mental e os pródigos”. Ora, uma pessoa que trabalhou a vida toda, foi e ainda é útil à sociedade e à família e que resolve ser feliz não se encaixa em nenhuma dessas características. Portanto, não deveria ser tratado como necessitado de proteção, muito menos na hora de se casar.

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ara, 65 e Roberto, 74, são casados há 40 anos. Têm um filho, Flávio, uma nora e três netos que eles adoram. Comerciantes, com duas lojas de autopeças em bairros estratégicos da cidade de São Paulo, guardaram dinheiro suficiente para “curtir ” a vida quando se aposentassem. Entregaram a administração dos negócios ao filho e traçaram seus planos de viagem. Mas uma reviravolta modificou os planos. O filho, Flávio, se separou da esposa – ela pegou mala e cuia e foi para destino ignorado – e ele não conseguiu dar conta do trabalho e das crianças. Está em depressão profunda. Nara trouxe os três netos pequenos para casa, tem de ter cuidado redobrado, pois sentem a falta da mãe, e ainda ajuda Roberto, que reassumiu a administração das lojas. “Vou criar meus netos”, disse Roberto, “p o rque não quero que cresçam sem esperança”. Histórias como esta pululam no cotidiano das famílias. E por esse Brasil afora, há pelo menos uma década, ecoam em nossos ouvidos dados do IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – apontando a quantia de 12 milhões de lares que são sustentados pela aposentadoria, quase sempre acrescida de ganhos extras para que o orçamento dê conta. Num grupo de dez idosos, pelo menos três sustentam suas famílias.

IVONE ZEGER

IVONE ZEGER É ADVOGADA ESPECIALISTA EM DIREITO DE

que em função de alguma experiência pessoal acreditou que discriminar os idosos seria uma maneira de proteger o patrimônio das famílias. Enganou-se.

Tanto é que, ao contrário do que presume a lei, Nara e Roberto, ao invés do descanso ou momentos mais relaxados, ganharam mais responsabilidades e tarefas. Na verdade,

na maioria dos casos, os avós – casados, viúvos ou divorciados, não importa a situação civil – ajudam com prazer, e também não pesa a idade: se 50, 60, 70 ou mais anos.

FAMÍLIA E SUCESSÃO, MEMBRO EFETIVO DA COMISSÃO DE DIREITO DE FAMÍLIA DA OAB-SP, AUTORA DOS LIVROS “HERANÇA: PERGUNTAS E RESPOSTAS” E “FAMÍLIA: PERGUNTAS E RESPOSTAS” – DA MESCLA EDITORIA LWWW.IVONEZEGER.COM.BR

O CAMINHO DA DEGENERAÇÃO SXC

comportamento de nossa elite dirigente, ainda que parte ponderável dela possa ser de origem humilde, é a de enxergar na massa, especialmente a votante, um contingente de apoio que será perene quanto mais depender dos favores do poder público, especialmente, de programas de governo que garantem a subsistência miserável, tornando permanente o estado de dependência e pobreza... enquanto a maioria silenciosa da classe média em suas ramificações econômicas, pasma, assiste e paga a conta, sem perceber, o seu nível de discernimento, de indignação, vai se esvaindo, porquanto a repetição infinda de atos desabonadores no seu cotidiano a faz acreditar que aquilo é o normal, é o certo, para sobre viver... que inversão perversa de valores. A proliferação dos maus exemplos vindos dos políticos e governantes) que tendem a se estender como um organograma esquematizado vira referencial do tipo salve-se quem puder... o crime não tem limites quando sabe que não haverá punição e/ou as

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leis o favorecem...". Esse trecho foi extraído do texto "O poder e os valores", contido no livro Cidadania Já, de minha autoria (página 20 da segunda edição) lançado em março de 2010. "Está tudo errado e as pessoas encarregadas de promover a mudança, eliminar os vícios e comportamentos incorretos são seus patrocinadores e disso se beneficiam... assim tem sido assim será, enquanto a massa eleitoral não discernir entre o certo e o errado, entre o que é público e privado." – extraído do texto "Brasil, salve-se quem puder", deste colunista, publicada no Diário do Comércio em 11 de janeiro de 2011. sei dois simples exemplos, de quatro e de três anos atrás, para mostrar ao leitor que o grito de alerta, o brado de

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PAULO SAAB

s bravatas de Lula, o chororô permanente de Dilma, as catilinárias de Falcão perdem espaço a cada dia. As falsidades ideológicas de Gilberto Carvalho, os engodos de Marco Aurélio Garcia e outras "lideranças" petistas, comprometidas só com elas mesmas, provocam um movimento de indignação que cresce no Brasil – não por complôs ou motins, mas porque eles próprios se excederam tanto e há tanto tempo, na arte de ludibriar o País, que os fatos negativos, os seus malfeitos, vazam pelo ladrão, se a figura de retórica cabe aqui, sem que seja preciso existir oposição. Que, alias, ainda não existiu na era lulilma.

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indignação que está ganhando corpo na imprensa brasileira contra os métodos de governo da era lulilma, de há muito é formulado por mim e não faz parte de nenhuma conspiração, não se trata de instrumentos de ódio ao povo, nem representa qualquer tentativa das elites de desestabilizar o governo petista; enfim, não cabem nas falácias por eles utilizadas para tentar, sempre, desconstruir quem não concorda com seu projeto de poder eterno.

A cada dia mais gente enxerga o que eu já enxergava bem lá atrás. Trata-se de uma proposta de poder de um partido e nada mais. As desculpas sempre colocadas como escudo de defesa dos petistas e aliado$, de criar inimigos imaginários culpados pelos erros deles (petistas e aliado$), além de "partir para cima", agredindo ,ofendendo verbalmente quem deles ousa discordar, criando no Brasil "eles e nós", começam a perder efeito.

udo isto para dizer, sem ser, repito, nenhuma conspiração, que o País está tão cansado disso tudo

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que, se Dilma vencer novamente a eleição, à custa dos brasileiros que votam sem pensar, o Brasil não vai aguentar mais quatro anos de desmandos e ausência de rumos construtivos. Não sou profeta do apocalipse. Mas está tudo tão evidente que é facil prever que não haverá mais sustentação política, econômica e mesmo social para um novo mandato cujo objetivo é o poder pelo poder. stamos a caminho da degeneração dos costumes, valores, procedimentos éticos, educação, cidadania, pelos exemplos que vêm de cima. E não é de agora. Se eu voltar mais ainda no tempo, pesquisando o que escrevo há anos, acharei isto tudo lá atrás, nada pessoal, mas fruto da vivencia, da observação no jornalismo. O tempo só me deu razão e agora o coro nacional que se levanta contra os malfeitos do petismo, se nivela ao que mostro com objetividade há tempos. E o tempo está se esgotando. Para eles e para o País. Quem sobreviverá?

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PAULO SAAB É JORNALISTA E ESCRITOR


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gibaum@gibaum.com.br

O ministro Aloizio Mercadante, da Casa Civil, recebe R$ 19,9 mil mensais. É o mesmo salário da presidente Dilma Rousseff.

2“Somos todos humanos e todos iguais. Acho que é isso que devemos defender.”

Fotos: BusinessNews

DANIEL ALVES // que comeu a banana que lhe atiraram em campo e que não gosta da campanha Somos Todos Macacos.

Tempos escuros

O candidato petista ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, que não decola nas pesquisas, começou a empurrar para Geraldo Alckmin o rótulo de mau administrador por conta da crise hídrica que São Paulo enfrenta. Chegou a discursar com esse mote, até que alguém lhe avisou que os tucanos vinham com grande campanha sobre a crise energética que afetará todo o país, com a ameaça de racionamento. Mais: tudo por conta dos anêmicos resultados do programa federal Luz para Todos que ainda deixa um milhão de brasileiros no escuro. Hoje, nos corredores do Operador Nacional do Sistema, a conversa é que o país deve reduzir já o consumo de energia, entre 4% e 6%, para afastar o risco do fornecimento entrar em colapso.

Muito brilho, decotes, glamour, celebridades do showbiz e do mundo da mola, socialites e milionários: esse era o recheio da Baile de Gala 2014 do Metropolitan Museum, em Nova York, coordenado pela poderosa Anna Wintour, da Vogue America (primeira foto à esquerda, vestindo Chanel), que teve o centro de moda com seu nome inaugurado por Michele Obama. A festa abria a exposição sobre Charles James, primeiro nome da altacostura dos Estados Unidos. Lá, entre tantas, da segunda foto à esquerda para a direita, Gisele Bündchen (usando Balenciaga); Sarah Jessica-Parker (com Oscar de la Renta); Beyoncé, de Givenchy; e Lupita Nyong’o, vestindo Prada.

Noite de gala

A presidente Dilma Rousseff já dá sinais, tentando reverter os escândalos da Petrobras, sua festa de demissões (mais de oito mil funcionários no primeiro programa de demissão voluntária da estatal) e sua queda para o 120º lugar no ranking das maiores empresas dos emergentes (estava em 12º), que retomará antigo mote: dirá que seus rivais querem privatizar a empresa. Aécio Neves, contudo, prepara a contra-ofensiva: defenderá uma “Petrobras independente”, com gestão autônoma, apresentada como solução contra todos os males que assolam a companhia. E baterá na tecla de que essa será a saída contra “aparelhamento partidário”, “desmandos administrativos” e “corrupção generalizada”.

Receita tucana

RENDAS PUIDAS Os punhos de renda do pessoal do Itamaraty andam meio puídos. A presidente Dilma Rousseff anda se estranhando com os diplomatas especialmente no quesito de presentes para chefes de Estado que visitam o país (discutir aluguéis atrasados de consultados e embaixadas é outra coisa). Nesses dias, ela queria que fosse comprado para um visitante ilustre um presente igual ao que dera ao presidente Horácio Cartes, do Paraguai. O Itamaraty, com orçamento no chão, avisou que não tinha R$ 7 mil disponíveis para comprar o mimo.

MAIS: agora, ele ganhou de brinde um assento no Conselho de Itaipú. Receberá R$ 20 mil por mês para reuniões bimestrais.

Não é o Valério A frase é atribuída a Nestor Cerveró, ex-Petrobras e ex-BR Distribuidora e teria sido dita numa roda em Brasília, quando se comentava a disposição de Paulo Roberto Costa, também ex-Petrobras, de partir para a deleção premiada, para preservar sua família e mesmo ser incluído no Programa de Proteção a Testemunhas: “O Paulo Roberto não é o Marcos Valério, não”. Queria dizer que o ex-diretor do Abastecimento da estatal jamais agüentaria firme, sem entregar ninguém, poupar Lula e ser condenado a 37 anos de prisão.

À DISTANCIA A presidente Dilma Rousseff está mantendo Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência, à distancia. Nem pensar que ele possa participar de alguma reunião com foco na campanha. E Gilbertinho, magoado, avisa Lula que a Chefe do Governo nem o chama mais para despachos rotineiros. E ele não quer se reportar ao ministro Aloizio Mercadante.

MISTURA FINA CONVERSANDO com grupo de empresários, nesses dias, em São Paulo, o ex-ministro Delfim Netto, do alto dos seus 86 anos, soltou uma preciosidade: “Quem diz que o Lula fala uma coisa e depois diz outra em contrário por confusão mental é que não entende de geometria da política, na qual um triangulo tem quatro vértices”.

O The New York Times acaba de publicar uma matéria sobre os 850 mil brasileiros que deitaram e rolaram em compras em Nova York no ano passado, gastando nas lojas da cidade US$ 2,4 bilhões. Artigos de luxo, roupas de grife, eletrônicos, hotéis caros e espetáculos da Broadway são os maiores alvos dos turistas brasileiros, segundo o jornal que acredita que altos impostos praticados no Brasil sejam o motivo de tanto consumo no exterior.

SECRETA Aos 73 anos de idade, ainda defendendo só biografia autorizada e com o biografado participando dos lucros, Roberto Carlos disse no programa de Amaury Jr. que “tem alguém, mas não vou me casar tão cedo e não dá para dizer que é uma amizade colorida”. A eleita é mesmo a cearense Iara Andrade, que mora em Fortaleza e que costuma se encontrar em São Paulo com o cantor. Ele está saindo para uma turnê internacional de dois meses, justamente para não estar no Brasil na abertura da Copa do Mundo, onde não irá cantar.

Giovanna Antonelli, 38 anos, a Clara da novela Em Família , é a atração da nova Glamour, onde resolveu posar no estilo rock star. Na matéria, conta alguns de seus pecados: “Me entrego à luxuria quando viajo com meu marido de férias. Morro de preguiça de acordar cedo – e de gente medíocre também”. Mãe de três filhos, está acertando sua estréia na avenida, no carnaval do ano que vem, como rainha da bateria da Mocidade Independente de Padre Miguel, no lugar de Mariana Rios.

Pecados de rock star

Presença virtual A deputada distrital Liliane Roriz, filha de ex-governador Joaquim Roriz, será candidata a vice-governadora do DF na chapa de José Roberto Arruda (PR) que está em primeiro lugar nas pesquisas. Roriz, com sérios problemas de saúde (está na fila de transplante de rins), poderá não participar de eventos públicos: teria dificuldade em subir nos palanques. A novidade é que o pessoal da campanha estuda colocar Roriz em cena, via projeção holográfica.

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Farra lá fora

COM a queda de vendas no setor, as redes de varejo estão apostando em promoções às vésperas da Copa: já se pode comprar um aparelho de TV com tela fina de 32 polegadas por menos de mil reais, parcelados em até 12 vezes sem juros. É menos da metade do valor cobrado por um aparelho semelhante há quatro anos na Copa da África do Sul.

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Fotos a cores.

Mais que estresse Quando foi internado no Sírio-Libanês, há dias, devido a uma suposta crise de labirintite, os médicos de Lula (no traço de Miguel)detectaram que o ex-presidente vive período de grande estresse, agravado pela queda de Dilma nas pesquisas, a complicada entrevista na RTP portuguesa e a informação de que a Polícia Federal, insatisfeita com o tratamento que recebe do governo, abastecerá a mídia, via conta-gotas, com uma nova leva de escândalos, na Petrobras e em outros pontos. Pior: ele estaria sentindo que seu poder “está diminuindo”. Fora isso, esses mesmos médicos querem fazer novas baterias de exames com Lula.

ECONOMISTA e escritora, Eliana Cardoso lança, no mês que vem, seu primeiro romance, Bonecas Russas, pela Companhia das Letras,

SILVIO Santos quer a construção imediata de dois novos estúdios no Complexo do SBT na Anhanguera. Quer abrir – e logo – um segundo horário de novelas, com temas adultos e em parceria com a Televisa, a partir do ano que vem. A idéia é ter novelas, com o jeitão das mexicanas, que possam ser comercializadas pela América Latina.

NO PRÓXIMO dia 18, em Las Vegas, acontece a festa da Billboard Music Awards e Jennifer Lopez vai receber o Icon Award. Até agora, só receberam Neil Diamond, Stevie Wonder e Prince: ela será a primeira mulher. Mais: ao lado de Pitbull, Jennifer apresentará a músicatema da Copa do Mundo 2014, We Are One (Ola Ola), durante a festa, bem como sua nova música de trabalho, First Love.

AO CONTRÁRIO dos presidenciáveis Aécio Neves e Eduardo Campos, a presidente Dilma Rousseff não aceitará, em hipótese alguma, instituir a independência do Banco Central, por meio de lei aprovada pelo Congresso.

Colaboração:

Paula Rodrigues / Alexandre Favero

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ELES SERÃO 32 Caso seja instalada, a comissão mista terá 32 integrantes – 16 senadores e 16 deputados. Dida Sampaio/Estadão Conteúdo

CPMI da Petrobras? Ficou para hoje. Renan Calheiros convocou sessão extraordinária do Congresso Nacional para esta noite presidente do Congresso, Renan Calheiros (PMDBAL), decidiu ontem convocar para a noite de hoje uma sessão extraordinária do Congresso Nacional para decidir sobre a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras. A oposição defende um colegiado misto, com participação de senadores e deputados. Já o PT insiste em comissão exclusiva do Senado. Diante de uma série de denúncias contra a estatal do petróleo, a oposição havia protocolado dois pedidos de CPI no Legislativo. Uma mista e outra só no Senado. Originalmente, Renan havia marcado para ontem uma reunião com líderes de partidos para definir qual das duas CPIs seria instalada. No entanto, segundo sua assessoria, o presidente do Congresso cancelou a reunião de ontem e decidiu convocar a sessão do Congresso, sinalizando a intenção de instalar uma comissão mista, com presença também de deputados. Na sessão conjunta entre Câmara e Senado, Renan Calheiros vai pedir formalmente aos líderes partidários a indicação dos integrantes da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito), conforme nota divulgada pela assessoria. A indicação dos nomes é passo necessário para o andamento do colegiado. Caso seja instalada, a comissão mista terá 32 integrantes – 16 senadores e 16 deputados. Para a oposição, é possível iniciar a CPMI (mista) na próxima semana. Diante da ameaça do PT de não indicar nomes hoje, a estratégia, segundo o líder do DEM, senador José Agripino (RN), é reunir o número mínimo de integrantes (17 parlamentares) e convocar a primeira sessão,instalando o colegiado. "Independente da intenção de quem quer que seja, nossa estratégia é a de instalar a CPMI”, afirmou Agripino. O presidente do PSDB, e pré-candidato à presidência senador Aécio Neves (MG), disse que “a partir do momento em que os membros forem indicados, a CPI começa a funcionar".

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Renan Calheiros: convocação sinaliza para a comissão mista.

Pouco antes de adiar para hoje a decisão sobre a CPI, Renan Calheiros se reuniu no Palácio do Planalto com a presidente Dilma Rousseff e outros integrantes da cúpula do PMDB. Participaram o vice-presidente Michel Temer, o líder do governo no Senado, Eduardo Braga (AM) e o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN). A reunião, por volta das 12h, ocorreu poucas horas depois da reunião de líderes da base comandada pelo ministro de Relações Institucionais, Ricardo Berzoini, para tratar sobre as investigações no Congresso sobre a compra de Pasadena. O líder do PMDB no Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), participou somente por alguns minutos, já no final. RECURSO À CCJ Após breve reunião com deputados e senadores da oposição, Calheiros anunciou na sessão de hoje também responderá a questionamentos contra a instalação da CPMI feitos durante a última sessão do Congresso. A exemplo do que fez durante o processo de criação da CPI no Senado, o presidente disse que recorrerá de sua decisão à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Quando respondeu a questões de ordem sobre a abrangência das investigações no Senado, Renan posicionouse favoravelmente à investigação ampla, que contemplaria, além da Petrobras, denúncias de suposto cartel no metrô de São Paulo e na refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Ele remeteu sua decisão, porém, à CCJ e ao plenário do Senado. Na época, a comissão foi favorável à apuração ampliada, mas o plenário não analisou a questão. O recurso à CCJ não suspenderá a instalação da CPMI. Calheiros afirmou que estenderá a decisão da ministra do Supremo Tribunal Federal, Rosa Weber, à comissão mista, por isso pedirá indicação dos integrantes. A magistrada determinou que a CPI do Senado deverá ter como alvo só a Petrobras e não poderá ser ampliada a fim de investigar denúncias em São Paulo e em Pernambuco, como desejava o governo." (Ag. O Globo)

3ª etapa da 2ª fase do PAC 2: R$ 2,8 bi. presidente Dilma Rousseff lançou ontem a terceira etapa das ações para saneamento básico e tratamento de água no valor de R$ 2,8 bilhões dentro da segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2), exaltando as ações desenvolvidas desde o governo do ex-presidente Lula. Segundo ela, o governo federal investia em média R$ 1 bilhão por ano na área de esgotamento sanitário antes de Lula, entre outras coisas, em função de restrições impostas pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e pela falta de prioridade política. Segundo Dilma, as prioridades mudaram: "Hoje, eu estou me beneficiando das decisões tomadas no governo Lula. No início do segundo mandato (de Lula), nós tínhamos nos aprumado e investíamos em torno de

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R$ 20 bilhões, agora estamos chegando a R$ 37,8 bilhões. Isso mostra que avançamos bastante e mostra que temos de avançar muito mais, justamente porque no passado se investiu pouco. Agora, temos de investir muito mais. Daí a importância de avançar em parceria com as empresas e os Estados." A presidente destacou a importância das inversões em saneamento justificando que, além dos benefícios para saúde pública, elas também garantem o incentivo ao emprego e à renda. Ela também falou que no Brasil houve um descompasso entre as taxa de crescimento da renda e consumo e da oferta de serviços básicos. Segundo ela, isso ocorre porque a execução de obras nesses serviços, como saúde, educação e saneamento, demoravam mais. Dilma afirmou que com mais investimento

realizado nos últimos anos foi possível reduzir de seis anos para dois anos a média das construções sanitárias. A presidente concluiu o discurso cobrando celeridade dos prefeitos e governadores, responsáveis pela eficácia na execução das obras de saneamento, cujos recursos são liberados pelo governo federal. "Estamos nos esforçando para acabar com déficit de saneamento, que era vergonhoso". Segundo o Ministério da Saúde, a terceira etapa do PAC 2 beneficiará 635 municípios e 5,3 milhões de pessoas. Serão liberados R$ 2,8 bilhões da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) para as obras de abastecimento de água e esgotamento sanitário. Desde 2011, quando começou a segunda fase do PAC 2, a Funasa já repassou R$ 3,45 bilhões para obras de água e esgoto. (Agências)

Uéslei Marcelino/Reuters

Presidente apresentou dados sobre queda na desigualdade e liberou recursos para obras de água e esgoto.

Oposição pressiona por CPMI da Petrobras íderes de oposição do Congresso se reuniram ontem com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), para pressionar pela instalação imediata da comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) da Petrobras. Sem apresentar nomes para a CPI do Senado, a oposição defende a investigação ampla da estatal no Congresso e acusa os governistas de "boicotar" a instalação da comissão parlamentar mista. "Não há mais como postergar, como adiar", apelou o précandidato a presidente e senador Aécio Neves (PSDB-MG). Os partidos de oposição insistem que, embora, regimentalmente, seja possível a instalação de duas comissões com o mesmo foco, na prática só uma prevalecerá. "Com a criação da CPMI, teremos o esvaziamento da CPI do Senado", concluiu o líder do DEM na Câmara, Mendonça Filho (PE). As siglas de oposição afirmam que não esperarão as indicações da base aliada e que ontem mesmo apresentariam os nomes da CPMI. "O que vamos organizar agora é a ação dos líderes para que todos promovam as indicações", afirmou Mendonça Filho. (Estadão Conteúdo)

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Padilha promete mais subsídio para o transporte

André Lucas Almeida/Estadão Conteúdo

Petista diz que, se eleito, aumentará subsídio à tarifa de trens e metrô.

uestionado se pretenderia manter essa política frente à necessidade de ampliação de investimentos na rede metroviária, Alexandre Padilha respondeu que vai aumentar o subsídio para o transporte público no Estado. Essas respostas foram dadas durante uma sabatina promovida ontem, pela Folha, portal UOL (Grupo Folha), SBT e rádio Jovem Pan. O próximo a ser sabatinado será o ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab (PSD), na próxima terça-feira, dia 13. Também pré-candidatos, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e o presidente da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) Paulo Skaf (PMDB) já foram convidados para eventos semelhantes, mas não confirmaram presença oficialmente. O pré-candidato do PT ao governo de São Paulo prometeu implantar um bilhete integrado único, "que junta CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), metrô e a EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos). Isso vai significar colocar mais subsídio. Porque, em primeiro lugar, está o trabalhador que precisa do transporte" Para Padilha, o aumento do subsídio à tarifa e a ampliação da rede são investimentos di-

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ferentes, explicou. Nas parcerias público-privadas, a administração estadual firma um contrato com um agente privado para construção de obras e é pago pelo governo ou numa combinação entre tarifas cobradas dos usuários com recursos públicos. Esse é o modelo de gestão utilizado nas atuais ampliações da rede ferroviária de São Paulo. Abaixo, os comentários do pré-candidato sobre os seguintes temas: S AB ES P – "Só a Sabesp lucrou R$ 2 milhões. Se ela tivesse investido todo esse dinheiro nas obras que precisavam ser feitas, isso não estaria acontecendo. A Sabesp foi irresponsável." A L CK M I N – "Aqui em São Paulo já tem redução (no fornecimento) desde dezembro. Se eu fosse governador já teriam sido executadas as obras que estão há dez anos paradas. O racionamento já existe em São Paulo." "O Estado assumiu responsabilidade, mas nenhuma obra saiu do papel para reduzir a dependência de Cantareira. Desde 2004, é um tema persistente. Aloizio Mercadante (candidato petista ao governo do Estado em 2010), quando candidato, pautou esse tema. A ANA (Agência Nacional de Águas) apontou, em 2004, que pera preciso reali-

zar obras para evitar a dependência do Cantareira". PCC – "O PCC é uma facção criminosa. Nós temos que ter coragem de enfrentar o PCC. Temos que enfrentar o PCC e qualquer outra facção criminosa, e isso só é possível se tiver parceria com o governo federal. O PCC tomou conta dos presídios". LABOGEN – Questionado sobre a parceria entre o Ministério da Saúde e o laboratório Labogen, Padilha, que é ex-ministro da pasta, disse que criou filtros para evitar irregularidades em sua gestão e que o fato de que a instituição era de fachada viria à tona em etapas posteriores da parceria. "A vistoria é feita depois. O que é apontado no termo? Que só poderia progredir um contrato se apresentasse um relatório da vigilância sanitária, em que chegam os equipamentos, as estruturas de produção." A parceria entre Labogen e Ministério da Saúde foi intermediada pelo deputado André Vargas (sem partido-PR), que se desfiliou do PT após a revelação de que o laboratório era controlado pelo doleiro Alberto Youssef, preso em março e acusado de participar de esquema bilionário de lavagem de dinheiro. A parceria foi cancelada pela pasta a pedido de Padilha, que nega qualquer relação com o doleiro. (Agências)

Padilha, que nega qualquer relação com o doleiro Youssef, fala sobre assuntos polêmicos da cidade.

Mais Médicos: Campos critica, mas mantém. Robson Fernandes/Estadão Conteúdo

ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, pré-candidato do PSB à Presidência, criticou ontem o programa Mais Médicos, do Governo Federal, durante encontro com profissionais da área de saúde na Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), mas garantiu que não acabará com o programa caso seja eleito. "Não vamos resolver o problema da Saúde no Brasil importando médicos, mas não vamos retirar médicos de comunidades que não têm outra alternativa", disse. Mas, segundo ele, em caso de uma vitória do PSB nas eleições de outubro, os contratos com médicos cubanos serão revistos para que recebam a mesma remuneração dos médicos brasileiros. "Cubanos não podem ter um salário inferior ao dos médicos brasileiros ou de outros estrangeiros", afirmou. Campos disse ainda que o debate sobre o programa Mais Médicos "só interessa ao governo, que criou o programa porque não dispunha de nenhuma realização relevante para apresentar à população na área da Saúde", disse. Segundo ele, é preciso responder à Saúde fora do marketing político. O ex-governador foi recebido na Faculdade de Medicina por Giovanni Guido Cerri, ex-secretário de Saúde do governador Geraldo Alckmin (PSDB). Campos afirmou também que o País quer melhorar o serviço de saúde. "Queremos sistema único de padrão inglês, que foi onde nós

próximo plano plurianual, em 2015, "o País deve assumir um compromisso claro com o crescimento do financiamento à saúde pública". O pré-candidato do PSB defendeu ainda a transparência na indicação a cargos públicos da saúde e uma parceria com o setor privado, que, segundo ele, gere unidades de saúde com maior eficiência. "Temos de aumentar a rede filantrópica. Precisamos acabar com o preconceito com quem investe para remunerar seu capital."

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Eduardo Campos: Não vamos resolver importando médicos, mas não vamos retirar médicos (...)". nos inspiramos para fazer o SUS", disse durante palestra na faculdade. O pessebista defendeu novamente um enxugamento do Estado, com um novo pacto político em que receitas e verbas públicas possam ser alocadas mais adequadamente para as áreas prioritárias, como saúde e educação, atacou a gestão de hospitais federais e disse que o grande

problema da área no País é o atendimento de média complexidade . Eduardo Campos repetiu suas propostas de diminuir o fisiologismo e reduzir o número de ministérios. "Hoje gastamos mais para pagar seguro-desemprego do que com o SUS. Tem escolha, mas temos de quebrar os ovos para fazer a omelete", disse. Para Campos, no

Arlindo Chinaglia, o novo vice da Câmara. deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) foi escolhido ontem para ocupar o cargo de vicepresidente da Câmara. Em encontro fechado da bancada do partido, Chinaglia recebeu 44 votos, contra 38 do deputado Luiz Sérgio (PT-RJ) e um voto nulo, segundo informou o deputado Vicentinho (SP), líder da bancada. O cargo está vago desde que o deputado André Vargas (sem partido-PR) renunciou ao posto. Posteriormente, Vargas, que responde a processo no Conselho de

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Ética por suposto envolvimento com um doleiro preso pela Polícia Federal, se desfiliou do PT. A indicação de Chinaglia ainda terá de ser votada pelo plenário da Câmara, mas deverá ser aprovada em razão de acordo entre PT e PMDB. Partido com a maior bancada, o PT teria direito à presidência da Casa. Mas, pelo acordo, ficou com a presidência nos dois primeiros anos da atual legislatura (2011-2012) e o PMDB, segunda maior bancada, com a vice. Nos dois últimos anos (2013-2014), o

IDEOLOGIA Questionado sobre seu posicionamento ideológico, Eduardo Campos disse que se considera um político "à esquerda" do senador Aécio Neves, pré-candidato do PSDB à presidência. "Dá pra dizer isso, em função de posicionamentos históricos que adotamos e de nossas origens políticas". Mais tarde, quando perguntado novamente sobre o tema, Campos minimizou: "esquerda ou direita depende da posição de quem está vendo". O ex-governador Eduardo Campos participou ontem da feira da Associação Paulista de Supermercados (APAS), também na capital paulista. Em discurso a dirigentes da associação, criticou o governo Dilma Rousseff e repetiu: "estamos tendo o menor crescimento da história republicana brasileira". Depois do discurso, o pré-candidato visitou estandes no evento. (Agências)

PMDB ficou com a presidência e o PT, com a vice. Chinaglia foi presidente da Câmara em 2007 e 2008. Atualmente, é o líder do governo na Casa. O PT queria um único candidato, de consenso, para evitar divisões na bancada, mas isso não foi possível. Após o resultado da eleição, Chinaglia disse a jornalistas que o resultado "foi dentro da previsão", ao afirmar que "todo mundo sabia" que a votação interna da bancada do PT seria "apertada". Chinaglia disse que não vai acumular as funções de vicepresidente e líder do governo. Eleito vice-presidente da Câmara, pedirá à presidente Dilma Rousseff indicar outro deputado para a liderança.

Questionado sobre declarações do presidente da legenda, Rui Falcão, e do líder do PT na Câmara, Vicentinho, sobre possível nome de "consenso" a ser indicado, Chinaglia afirmou que caberá a ele "o dever" de unificar a bancada do partido. "A tentativa do consenso era não haver disputa interna dentro da bancada. Mas isso não foi possível. Eu acho que é meu dever, na medida em que eu fui escolhido pela bancada, encontrar esse consenso. Eu tenho o dever de fazer isso. Como vice, se for eleito, meu papel será institucional e, segundo, no que couber ao PT, construir um maior diálogo possível na bancada". (Agências)


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CASO MALHÃES

Caseiro nega participação no crime Estefan Radovicz/Agência O Dia/Estadão Conteúdo

caseiro Rogério Pires, que havia confessado à Polícia Civil envolvimento no assalto que levou à morte o excoronel Paulo Malhães, em abril, num sítio na Baixada Fluminense, negou participação e autoria no crime, na manhã de ontem para integrantes da Comissão Estadual da Verdade e Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado, na sede da Delegacia Antissequestro, no Leblon, Zona Sul do Rio. A senadora Ana Rita, presidente da Comissão de Direitos Humanos do Senado, disse que vai acompanhar de perto o trabalho da polícia e vai providenciar um defensor público para o caseiro. Ela afirmou ainda que é fundamental que Rogério Pires tenha sua integridade física resguardada. "Ele não confessou participação no crime. Ele é analfabeto, não sabe ler nem escrever. E me causa muita estranheza que nenhum defensor público tenha acompanhado até agora os depoimentos e investigações sobre o caso", afirmou Ana Rita. Segundo a comissão, um pedido oficial para o Defensor Geral do Rio de Janeiro será feito para que um advogado de defesa preste auxílio ao indiciado. Além disso, os parlamentares vão pedir uma cópia do inquérito que investiga o crime para ter acesso aos depoimentos do caseiro.

carceragem. Teremos muito a conversar com ele".

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NEGAÇÃO Rogério teria dito ao presidente da Comissão Estadual da Verdade, Wadih Damous, que, em nenhum momento, admitiu ter facilitado a entrada de criminosos no sítio. " E l e f o i p e r g u n t a d o e xpressamente por nós se, em algum momento, ele admitiu ter participado do assalto, mas ele negou. Ele disse: 'A imprensa perguntava e eu ficava calado.'" Ana Rita destacou que Rogério Pires "demonstrou firmeza no que estava falando"

Marcos Arcoverde/Estadão Conteúdo

durante a conversa com os senadores na delegacia. O caseiro foi ouvido à portas fechadas pelos parlamentares, sem a presença de policiais. Rogério Pires disse, na conversa, que reconheceu seus irmãos durante a ação, mas que permaneceu amarrado. Ele relatou aos senadores que um dos seus irmãos estava de capuz e que o reconhecimento foi feito através de uma tatuagem. Além disso, Rogério Pires teria dito que os participantes do assalto se comunicavam com outra pessoa por meio do telefone fixo do sítio, o que indicaria a participação de mais pessoas no crime. "Ele disse que os irmãos que invadiram a casa falavam por telefone com pessoas de fora e diziam que estavam aguardando alguém chegar. As ligações podem ser interceptadas, mas a polícia já deve ter essa informação", contou o senador João Capiberibe.

Caso Alstom: Marinho recebeu 'vantagens ilícitas', afirma MP.

Ministério Público Estadual afirmou ao Tribunal de Contas do Estado de São Paulo que o conselheiro Robson Marinho, exchefe da Casa Civil no governo Mário Covas (PSDB), recebeu "pagamento de vantagens ilícitas" no caso Alstom – esquema de propinas na área de energia nos anos 1990. Por ofício, a Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social da Capital é taxativa ao informar que o conselheiro recebeu valores ilícitos no âmbito do contrato Gisel, empreendimento da antiga Eletropaulo. Os promotores orientam o corregedor-geral do TCE, conselheiro Dimas Ramalho, a solicitar na Justiça e ao Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Int e rn a c i o n a l ( D RC I ) , d o Ministério da Justiça, documentos que incriminam Marinho. "Informamos que os documentos que mostram o pagamento de vantagens ilícitas a Robson Riedel Marinho se encontram sob segredo de Justiça, mas podem ser solicitados", afirmam s promotores Silvio Antonio Marques e José Carlos Blat, responsáveis pela investigação. Marinho tem US$ 1,1 milhão bloqueados na Suíça, indicando depósitos em conta secreta. A promotoria não tem mais dúvidas de que ele recebeu propina no caso Alstom. Ele foi o relator em processo no TCE que,

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em 2001, abriu caminho para contrato de extensão de garantia de equipamentos em contrato celebrado entre a Alstom e a Empresa Paulista de Transmissão de Energia (EPTE). No final de março, a Promotoria do Patrimônio pediu ao corregedor do TCE que adotasse medidas cabíveis para investigar Marinho. Naquela ocasião, a Promotoria enviou cópia do inquérito civil 204/2008, cujo alvo principal é o conselheiro Marinho. Os promotores já indicavam ao corregedor que ele poderia solicitar à Justiça os documentos contra Marinho. Em 4 de abril, o corregedor do TCE escreveu para os promotores que "não se verificam elementos objetivos ou subjetivos que suportem motivação ou conduta que incitem atuação correcional administrativa." No último dia 28, os promotores reiteraram que o corregedor poderá pedir em juízo e ao DRCI os documentos que comprovam que Marinho recebeu "pagamento de valores ilícitos". Marinho nega categoricamente ter recebido valores ilícitos. E a Alstom rebate as acusações de que tenha uma política sistemática de pagamento de propinas e afirma reiteradamente que "tem implementado, em toda a sua organização, regras estritas de conformidade e ética". (Estadão Conteúdo)

Na foto acima, Ana Rita, João Capiberibe e Randolfe Rodrigues: segundo eles, o caseiro negou qualquer participação no crime. Ao lado, ex-coronel Paulo Malhães, morto um mês depois de ter confessado à Comissão da Verdade participação em tortura de presos políticos durante o regime militar.

MEDO DE MORTE Para o senador Randolfe Rodrigues, Rogério Pires disse que "temia pela sua vida". Diante dessa informação e da importância dos depoimentos que Paulo Malhães deu à Comissão Nacional da Verdade antes de morrer, sobre torturas e mortes que contaram com a participação dele

na ditadura militar, os senadores não descartam a hipótese de que o ex-coronel tenha sido executado. "Essa é uma hipótese que nós, nessa diligência, estamos trabalhando." DESENTENDIMENTOS A Comissão de Direitos Humanos do Senado ameaçou ir embora da diligência que

acompanha as investigações da morte de Malhães pouco antes das conversas. O senador Randolfe Rodrigues (PSol-AP) disse que, apesar das tentativas de comunicação, não houve um aviso prévio à delegada de plantão de que haveria visita à especializada nesta manhã. "Deveriam ter oferecido uma proteção melhor a ele após o depoimento. Nós, na condição de fiscais, não podemos nos omitir", afirmou Randolfe. Segundo o senador, a conversa com o caseiro Rogério Pires é fundamental para determinar as circunstâncias da morte do ex-coronel Malhães. Wadih Damous, presidente da Comissão Estadual da Verdade, reforçou o pedido de participação da Polícia Federal no caso, e classificou a visita como "fundamental": "Trouxemos a visita para o Leblon porque em Belford Roxo, onde ele estava, não havia

LAUDO NECROLÓGICO A assessoria da Polícia Civil do Rio informou na quinta-feira que o laudo da necropsia de Malhães, assassinado no dia 25 de abril, em seu sítio em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, ainda não está pronto. De acordo com a polícia, ainda estão sendo recolhidas informações sobre o suposto roubo do disco rígido do computador do militar, citado em reportagem publicada no jornal O Dia. No dia 29, o caseiro Rogério Pires, que segundo a polícia confessou ter participado do crime que terminou com a morte do coronel, denunciou seus dois irmãos como sendo os homens que invadiram, no dia 25, o sítio do militar. Malhães foi encontrado morto na semana passada, no sítio em que morava, em Nova Iguaçu (Baixada Fluminense). Morreu enquanto o grupo estava em sua casa. O crime ocorre cerca de um mês depois de o militar ter admitido na Comissão Nacional da Verdade que participou de torturas e desaparecimentos durante a ditadura, inclusive o do ex-deputado Rubens Paiva. O local não tem câmeras, de acordo com o delegado Fábio Salvadoretti, que investiga o caso. A mulher e o caseiro não conseguiram reconhecer os criminosos, mas afirmam não ter sofrido violência física. Na época, o Clube Militar, associação que reúne militares da reserva do Exército, informou que não se pronunciaria sobre o caso por não conhecer as circunstâncias da morte do coronel. O chefe de gabinete da presidência da instituição, coronel Figueira Santos, afirmou que o Clube Militar só irá se manifestar se surgir algum "fato novo". O Comando Militar do Leste, no Rio, também informou que não vai comentar o caso, já que as investigações estão a cargo da Polícia Civil. (Agências)

DILMA PREMIA PTB COM CARGO NA CAIXA

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ara obter apoio do PTB à reeleição, a presidente Dilma Rousseff loteou uma das vicepresidências da Caixa ao partido, que já ocupava uma vaga na cúpula do Banco do Brasil desde junho passado. A nomeação como vice-presidente corporativo de Luiz Rondon Teixeira de Magalhães Filho, primeiro

tesoureiro do PTB, foi publicada na edição desta segunda-feira, 5, do Diário Oficial da União. O partido que já foi presidido pelo delator do Mensalão, o deputado cassado Roberto Jefferson, não ocupa ministérios na Esplanada, mas já fora contemplado em junho com o cargo de vice-presidente de

Governo do Banco do Brasil. A vaga era ocupada pelo atual presidente do PTB, Benito Gama. Ele assumiu o comando do PTB após Jefferson pedir licença do cargo, depois de ter sido condenado pelo Supremo Tribunal Federal no Mensalão. Ele esteve presente no encontro nacional do PT, em São Paulo.


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Tim Aubry/Reuters - 28/07/98

'Relação com Clinton foi consensual' ex-estagiária Monica Lewinsky, pivô de um dos maiores escândalos envolvendo um presidente dos Estados Unidos, rompeu o silêncio de mais de uma década para insistir que sua relação com Bill Clinton em 1998 foi "consensual", mas acrescentou que "lamenta profundamente o ocorrido". "Claro, meu chefe se aproveitou de mim, mas me manterei sempre firme neste ponto: foi uma relação consensual. Qualquer abuso foi posterior, quando me transformou em um bode expiatório para proteger sua poderosa posição", disse Lewinsky, que na época tinha 22 anos, em trechos do artigo publicados pela revista Vanity Fair ontem. O texto será publicado na íntegra no próximo dia 8. Lewinsky, hoje com 40 anos, ressaltou lamentar o episódio. "Deixe-me dizê-lo de novo. Eu. Mesma. Lamento Profundamente. O. Ocorrido", disse. A revelação da relação extraconjugal de Bill Clinton com uma estagiária na Casa Branca foi um dos maiores escândalos políticos recentes nos EUA e levou o então presidente norte-americano a ser submetido a um julgamento polí-

Maconha liberada no Uruguai Mercado nacional é inédito no mundo

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p re s i d e n t e d o U r uguai, José Mujica, promulgou ontem a lei que regulamenta o mercado de maconha no país. A iniciativa - originalmente marcada para segunda-feira, mas que acabou adiada para ontem tem efeito imediato. Com isso, o Uruguai transforma-se no primeiro país do mundo a estabelecer um mercado nacional com regras para o cultivo, a venda e o uso da maconha.

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Monica Lewinsky rompe silêncio para dizer que lamenta caso que quase provocou a queda de Clinton tico que quase provocou sua saída da presidência. Lewinsky, que guardou por anos um vestido com o sêmen de Clinton como recordação de que fez sexo oral nele, afirmou que quer se livrar da peça de roupa. "É hora de queimar a boina e enterrar o vestido azul", escreveu ela. Ela ainda respondeu aos comentários divulgados em fevereiro de que Hillary, esposa de Clinton, a teria chamado na década de 1990 de "louca narcisista". "A Sra. Clinton, pelo que li, supostamente confidenciou... que,

em parte, se sente culpada pela relação extraconjugal do marido (por ter sido emocionalmente negligente). Embora ela tenha considerado que Bill teve um 'comportamento inapropriado', o caso foi, no entanto, consensual (e não uma relação de poder)", afirmou. Após alguns anos de depressão, Lewinsky resolveu tirar proveito da publicidade recebida com o lançamento de uma linha de bolsas com seu nome e a aparição em vários programas televisivos. Em 2005 decidiu sair dos EUA para estudar na prestigia-

da London School of Economics, na Inglaterra, onde se graduou em psicologia social, e desde então refez a vida afastada dos meios de comunicação. Para ela, agora "já é hora de deixar de farejar" em seu passado "e no futuro de outras pessoas". Lewinsky, que ainda viveu em Nova York, Los Angeles e Portland (no Oregon), reconheceu ter "permanecido virtualmente reclusa apesar de ter sido inundada com solicitações de entrevistas" e de ter "rejeitado ofertas" que a teriam feito ganhar US$ 10 milhões. (Agências)

Segundo a nova regra, usuários registrados estarão autorizados a comprar sementes em farmácias e cultivar até seis mudas por famílias. Eles também poderão colher 480 gramas de maconha por ano em plantações caseiras ou aderir a clubes de cultivo que poderão ter até 45 membros e 99 plantas. Cada usuário registrado poderá comprar, no máximo, dez gramas de maconha por semana. (Estadão Conteúdo)

Jonathan Ernst/Reuters

RÚSSIA – Duas integrantes da banda punk russa Pussy Riot visitaram

ontem o Congresso dos EUA, onde pediram para que sejam ampliadas as sanções contra Moscou e a proteção aos direitos humanos. Gary Cameron/Reuters

Batalha na Ucrânia chega às urnas Kiev planeja eleições presidenciais no fim do mês, mas antes terá que enfrentar referendos separatistas. Konstantin Chernichkin/Reuters

o momento em que os dois lados do conflito ucraniano estão enterrando os seus mortos, a batalha se transfere para as urnas. O governo central em Kiev se prepara para realizar eleições presidenciais no fim do mês e pede a ajuda da comunidade internacional. No entanto, as autoridades terão que enfrentar um obstáculo já no dia 11: separatistas pró-russos em Donetsk e Luhansk, no leste do país, prometem realizar referendo sobre a independência semelhante àquele que antecedeu a anexação russa da Crimeia. Os Estados Unidos rejeitaram ontem os esforços dos militantes pró-russos de realizar um referendo "artificial e falso" no leste da Ucrânia. "Nós rejeitamos categoricamente esse esforço ilegal para dividir ainda mais a Ucrânia", disse o secretário de Estado norte-americano, John Kerry, acrescentando que planeja se reunir com colegas europeus na semana que vem para discutir os próximos passos em relação à crise ucraniana. A convocação de um referendo é prévia ao plano de rea-

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Embaixada da Nigéria em Washington é alvo de protestos

Outras oito meninas são sequestradas na Nigéria EUA farão 'tudo o que puderem' para ajudar

Homens fortemente armados protegem prédio do governo ocupado em Donetsk, no leste da Ucrânia. lizar eleições gerais na Ucrânia, em 25 de maio, para escolher um novo governo que substitua o provisório que foi eleito pelo parlamento após a saída do presidente pró-russo Viktor Yanukovich. Ontem, o chanceler interino ucraniano, Andriy Deshchytsia, afirmou que a Ucrânia está pronta para negociar a crise

política se a Rússia apoiar as eleições presidenciais. No entanto, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, demonstrou ceticismo com a legitimidade do pleito. "A situação é bizarra", disse Lavrov, nos bastidores de uma reunião em Viena, na Áustria. "Marcar eleições em períodos Nir Elias/Reuters

em que o Exército é usado contra partes da população não é convencional", afirmou. "Isso não é o Afeganistão." Ontem, o governo ucraniano divulgou que 30 separatistas pró-Rússia e quatro membros das forças do governo foram mortos durante operações para expulsar rebeldes do entorno de Slovyansk. (Agências)

Nuvens escuras no horizonte de Israel s israelenses comemoraram ontem o aniversário de 66 anos da criação de Israel pessimistas com o futuro do país. Apenas 29% deles consideram que o país está na direção certa, enquanto 52% acreditam que o Ocidente os odeia, segundo pesquisa do jornal local Yedioth Ahronoth. A pesquisa revela um desinteresse com a política, pois apenas 17% deles admitiram ter participado no ano passado de atividades desta natureza. Sobre religião, 53% dos israelenses se definiram como seculares, 26% como tradicionais ou praticantes e 21% como ultraortodoxos. (Agências)

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upostos militantes do grupo radical islâmico Boko Haram sequestraram outras oito meninas na cidade de Warabe, no nordeste da Nigéria, na noite de domingo, disseram a polícia e os moradores ontem. O rapto das meninas, com idades entre 12 a 15 anos, ocorre depois do sequestro de mais de 200 meninas de uma escola em Chibok, também no norte do país, no mês passado. "Eles eram muitos, e todos

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carregavam armas. Chegaram em dois veículos pintados na cor do Exército. Eles começaram a atirar na nossa aldeia", disse o morador Lazarus Musa à Reuters. Uma fonte da polícia disse que as meninas foram levadas em caminhões, junto a gado e aos alimentos saqueados. Ontem, o presidente norteamericano, Barack Obama, anunciou que os EUA farão "tudo o que puderem" para ajudar nas buscas. (Agências)

TRAPEZISTAS Brasileiras começam a melhorar s três acrobatas brasileiras que se feriram na queda do "candelabro humano" apresentado pelo circo Ringling Bros. and Barnum & Bailey no domingo, em Rhode Island, nos Estados Unidos, começaram a apresentar melhoras ontem. Segundo o boletim médico divulgado pelo hospital onde elas estão internadas - com cinco artistas que despencaram de uma altura de 12 metros -, o estado de Dayane Costa e Stefany Neves, que na segunda-

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feira era considerado "crítico", agora é "grave". Já Widny Alves, que já estava em "melhores condições" no dia seguinte ao acidente, teria proibido que novas informações sobre sua saúde fossem dadas à imprensa, mas aparece sorrindo e fazendo sinal de "o.k." numa foto publicada no Facebook. Em comunicado, a empresa responsável pelo circo afirma que a tragédia parece ter sido acarretada por uma falha num gancho. (AG)


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Crimes: Alckmin vai pagar por informações. Programa inédito de recompensa, que utiliza página na internet, pode dar até R$ 50 mil a quem ajudar a polícia nas suas investigações. governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciou, ontem, que vai pagar recompensas a quem fornecer informações que possam esclarecer crimes ou localizar bandidos foragidos. A decisão ocorre depois que o Estado de São Paulo registrou o recorde de assaltos em 19 anos no mês de março, O Programa Estadual de Recompensa prevê o pagamento de quantias de até R$ 50 mil a quem der informações, variando de acordo com o tipo de crime envolvido na denúncia. Ao contrário do "Procura-se" adotado no Velho Oeste norteamericano, com folhas espalhadas em prédios e árvores, o programa paulista recorre às facilidades da internet. Alckmin vai usar a estrutura do programa web-denúncia para colocar em prática o novo projeto. A ONG Instituto São Paulo Contra a Violência, responsável por administrar o disquedenúncia e o web-denúncia, fará a administração da nova ferramenta. As denúncias devem ser feitas no site webdenuncia.org.br. Se le çã o – O governo avisa que não serão recompensadas denúncias sobre qualquer crime. A secretaria vai selecionar em quais casos as denúncias poderão receber pagamentos. Ontem, foram divulgadas as primeiras resoluções que indicam dois latrocínios cujas informações podem render pagamento de até R$ 5 mil. O primeiro é o roubo seguido de morte que vitimou o professor Gomides Vaz de Lima

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Neto, 46, em abril, em frente a um supermercado na rua Abílio Soares. O segundo é o caso do aposentado Benedito Virgulino, 69 anos, que morreu durante um assalto em abril, na Avenida Líder, bairro Cidade Líder, zona leste da Capital. Na próxima semana, devem ser divulgados outros dez crimes. Anonimato – Segundo o secretário de Segurança Pública, Fernando Grella Vieira, a escolha pela ferramenta de denúncias via internet foi feita para garantir o anonimato das pessoas. "Todas as etapas do processo são criptografadas e não há qualquer possibilidade de identificação nem mesmo da localização do computador de onde a informação foi enviada", disse Grella. A criação da recompensa já havia sido proposta em decreto de janeiro de 2002, assinado pelo próprio Alckmin. Durante 12 anos, o decreto esperou por resolução da Secretaria da Segurança Pública que definiria as regras para os pagamentos. Segundo Alckmin, a demora ocorreu porque o decreto inicial previa que o pagamento ocorresse em casos de prisões e poderia influenciar a criação de milícias civis. "A lei aprovada anteriormente dizia que 'qualquer pessoa física ou jurídica poderá oferecer recompensa financeira para realização de prisão', a recompensa era pela prisão da pessoa, a lei sem querer estimulava uma milícia e não é isso que se deseja, quem vai prender é a polícia", disse Alckmin. (Agências) José Patrício/Estadão Conteúdo

Maria de Jesus, uma inocente linchada. enterro na manhã de ontem da dona de casa Fabiane Maria de Jesus, de 33 anos, vítima de linchamento no Guarujá, revela o risco que há quando comunidades decidem procurar bandidos e fazer justiça com as próprias mãos. Mãe de uma adolescente e de uma menina de 1 ano, casada, religiosa, Fabiane foi cercada no sábado nas ruas do bairro Morrinhos por uma turba violenta e foi agredida na rua, na luz do dia, a pauladas. Um vídeo mostra as cenas terríveis. Um jovem passou de bicicleta sobre ela. Fabiane tinha a Bíblia nas mãos. Depois, foi levada a um hospital. Mataram uma inocente. No Guarujá, corria o boato de que uma sequestradora estava agindo na comunidade. Fabiane foi acusada de ser essa criminosa que levava crianças para rituais de magia negra. Seu rosto teria sido confundido com o de suposta bandida apresentado em retrato falado no site Guarujá Alerta. A imagem no site selou o trágico destino dessa Maria de Jesus. Ontem, a Polícia prendeu um dos acusados de participar do linchamento, identificado como Valmir (ele aparece no vídeo). Alegou que tem filhos e que acreditou no boato.

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CANTAREIRA CAI PARA UM DÍGITO Nível de reserva de água do reservatório, ontem, era inferior a 10% Sebastião Moreira/EFE

ela primeira vez na história, o Sistema Cantareira atingiu um patamar menor do que 10% do seu nível de capacidade. Dados da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) revelam que, ontem, o reservatório que abastece boa parte da Grande São Paulo atingia apenas 9,8% da sua capacidade. O nível registrado na segunda-feira era de 10%. Uma semana atrás, o Cantareira continha 10,9% da água total que é capaz de armazenar, um nível que já é crítico. Para efeito de comparação da grave situação que acomete o sistema, há exatamente um ano, em 6 de maio de 2013, o reservatório tinha 62,1% do total de água capaz de armazenar. A Sabesp faz um serviço emergencial desde o dia 17 de março para retirar água do fundo dos reservatórios do Cantareira. Segundo a companhia, o "volume morto" poderá abastecer a Grande São Paulo por

Haddad libera a venda de comida na rua

P Nas vias expressas, velocidade média caiu para 7,9 km/h à tarde.

São Paulo está quase parando no horário de pico

velocidade média do corredor formado pelas avenidas Eusébio Matoso e Rebouças e a Rua da Consolação, um dos principais da cidade, caiu de 11,7 km/h, em 2012, para 7,9 km/h, no ano passado, entre 16h e 17h, horário que antecede o rodízio do fim da tarde. A piora é de 32,4% no período. Para se ter uma ideia, a velocidade média de uma pessoa a pé é de cerca de 5 km/h.

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Os números são da 16.ª avaliação da Operação Horário de Pico, relatório publicado anualmente pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Nas vias de trânsito rápido, como as Marginais do Tietê e do Pinheiros, a velocidade média no horário de pico da manhã passou de 42 km/h, em 2012, para 52 km/h, em 2013, melhora de 25%. À tarde, o trânsito ficou mais lento, passando de 22 km/h para 18 km/h. (EC)

Represa do Sistema Cantareira, que registrou nova baixa. quatro meses e deve começar a ser usado entre julho e agosto. A obra está orçada em R$ 80 milhões e vai tornar útil uma reserva de 300 bilhões de litros de água que fica abaixo do nível das comportas. Interior – Os rios que abastecem as regiões de Campinas e Piracicaba, no interior paulista, entram no período de estiagem com as vazões mais baixas dos últimos dez anos, segundo mo-

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rática comum em diversos pontos da cidade, a venda de comida de rua na Capital foi regulamentada ontem. Apenas pessoas jurídicas e microempreendedores individuais (MEI) poderão comercializar alimentos nas vias e terão de obedecer a uma série de regras que restringem os locais e as formas de comércio. A venda de bebidas alcoólicas em via pública, por exemplo, é proibida pela lei, com exceção de eventos públicos ou privados. Não há restrição para o tipo de alimento que será comercializado. Entretanto, a lei prevê a venda em apenas três tipos de equipamentos: Os chamados "food trucks", furgões móveis, que poderão ter no máximo 6,3 metros de comprimento, os carrinhos ou tabuleiros com 1 m² e as barracas desmontáveis com área máxima de 4m². (EC)

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nitoramento dos Comitês das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ). Dados da rede de telemetria mostravam que o Rio Atibaia, que abastece a cidade de Campinas, tinha vazão de 5,99 metros cúbicos por segundo no final da tarde de ontem. A cidade já tem um plano para o racionamento, embora a data de início não tenha sido confirmada. (Estadão Conteúdo)


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Acaba hoje o mistério de Felipão

Fotos: Renata Guarnieri/Prefeitura Itu/Divulgação

Às 11h30, técnico da Seleção anuncia os 23 jogadores que terão a missão de buscar o hexa.

m ano, três meses e um dia depois de ter reassumido a Seleção brasileira com a missão de levá-la ao hexacampeonato, Luiz Felipe Scolari anuncia hoje, às 11h30, os 23 jogadores que tentarão cumprir o objetivo. Diferentemente de outras ocasiões préCopa, desta vez a lista não apresentará surpresas, segundo o próprio treinador. Ele definiu a relação na última segunda, em uma reunião na sede da CBF que teve a participação do coordenador Carlos Alberto Parreira e do auxiliar técnico Flávio Murtosa. A rigor, o "mistério" da convocação fica por conta de qual será o terceiro goleiro (Diego Cavalieri ou Victor), quem ocupará a vaga restante na zaga (Henrique, Miranda ou Dedé) e se Felipão levará mais um meio-campista, Hernanes, ou um atacante, Robinho. N a lateral direita, Maicon e Rafinha disputaram a vaga restante até o fim, mas tudo indica que o jogador da Roma levou a melhor. E Fernandinho tomou a dianteira sobre Lucas Leiva no duelo entre os volantes. "Quem estiver seguindo a Seleção nos amistosos e nas convocações deverá ter um mínimo de acerto de 21, 22 nomes", disse o treinador. "É quase uma unanimidade essa convocação. Não vejo dificulda-

Marcos Arcoverde/Estadão Conteúdo

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Luiz Felipe Scolari chega ao estacionamento da CBF de". Jô estará entre os relacionados. O atacante do AtléticoMG vai ficar parado por 15 dias, consequência da entorse no joelho direito sofrida no último domingo na partida contra o Goiás. Os médicos do clube mineiro garantiram ontem que Jô estará apto para se apresentar no dia 26 para o início dos treinamentos na Granja Comary,

em Teresópolis (RJ). Felipão anunciará os convocados hoje, mas pelas regras da Fifa só precisará enviar uma lista à entidade, com 30 nomes, até o próximo dia 13. Depois, terá até 2 de junho para informar a relação definitiva (23 nomes). Uma vez entregue a lista final, alterações só poderão ser feitas até um dia antes da estreia,

em caso de contusão – e o substituto não precisará estar entre os 30 inicialmente designados. O técnico já avisou que, hoje, anunciará os 23 nomes. D E SC O N T R AÇ Ã O O n te m , véspera da convocação, Felipão passou um dia tranquilo. Pela manhã, deixou o hotel na Barra da Tijuca em que está hospedado ao lado de Murtosa para uma corrida de 10 km pela orla. Apesar do forte ritmo, parou algumas vezes para conversar com torcedores e recebeu aplausos e manifestações de apoio. Ao meio-dia, ele e Murtosa chegaram à sede da CBF, onde se encontraram com Parreira. Os três passaram boa parte da tarde reunidos. A última "atividade" do dia do trio da comissão técnica foi uma festinha, com direito a bolo, docinhos e salgadinhos, em comemoração aos 82 anos do presidente da CBF, José Maria Marin, completados ontem. O dirigente elogiou os líderes da comissão técnica. "Você, Felipão, devolveu o amor do povo à Seleção. Você, Parreira e os seus companheiros de comissão técnica são o melhor que uma seleção pode ter". Felipão retribuiu o elogio e disse que a partir de agora a bola está com ele. "Agora é que vem a parte mais difícil", afirmou. "Agora é que são elas", completou bemhumorado. (Estadão Conteúdo)

A Seleção dos internautas or mais de um mês, o Diário do Comércio permitiu que seus internautas enviassem a escalação da Seleção brasileira que consideram ideal para a Copa do Mundo de 2014. A promoção foi encerrada em 1º de maio e os mais votados aí estão. Aos participantes foram sorteados três exemplares autografados do livro Futebol – Uma Janela para o Brasil, de Felipe Dias Carrilho (Editora Espiral, 2013). Os contemplados foram: André Matheus Souza Torloni, Gabriel Antoniolli e Luiz Carlos de Souza Silva. Acompanhe o noticiário sobre a Copa no especial do www.dcomercio.com.br.

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Júlio César (36,8% dos votos)

Thiago Silva (68,4%)

David Luiz (68,4%)

Daniel Alves (63.1%)

Marcelo (73,6%)

Ramires (26,3%)

Luiz Gustavo (36,8%)

Paulinho (73.6%)

Oscar (68,4%)

Fred (31,5%)

Neymar (68,4%)

Estádio Municipal Dr Novelli Junior, a casa do Ituano.

Itu. Pequenina, mas resolve! José Maria Dos Santos

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e duas ou três semanas para cá, os papéis estão invertidos em Itu. Conhecida por ser uma espécie de Brobdingnag brasileira, celebrada pelo culto ao gigantismo, a cidade está demonstrando que tamanho não é documento. Esta mudança de parâmetros se deve ao futebol. Porém, antes de esclarecer a contradição, é conveniente lembrar que o nome citado acima se refere ao segundo dos quatro destinos nas expedições empreendidas pelo herói de Jonathan Swift (1667-1745) em As viagens de Gulliver . Era a terra dos gigantes, em contraposição à primeira parada, Liliput, reino dos pigmeus, que se tornou o mais popular deles porque, possivelmente, os seres humanos tenham mais facilidade em lidar com miniaturas. A inversão foi provocada pelo futebol. Na primeira quinzena de abril, o Ituano Futebol Clube, um time que tem o uniforme preto e vermelho, as cores de Exu, que sugerem travessura, sagrou-se campeão paulista. Embora o torneio não carregue o prestígio dos velhos tempos, a conquista tem lá o seu valor, pois o clube superou os papões do Estado – Corinthians, São Paulo, Palmeiras e Santos. A proeza – que repetiu a sempre sedutora vitória de David contra Golias – atraiu as atenções para a cidade e, por consequência, colocou-a novamente em destaque. Lá, diz a lenda, tudo é maior do que em outros lugares. Essa fantasia ingênua, que tem uma divertida levada caipira, foi habilmente explorada de modo a se transformar em atração turística. Hoje, a cidade exibe a Praça dos Exageros (à dir.), que ostenta equipamentos em dimensões espantosas: tabuleiro de xadrez, garrafa de Coca-Cola, orelhão... . Esse cenário de histórias infantis ajuda a vender uma série de produtos, como a enorme borracha escolar ou a caixa de fósforos de Itu. Tudo isso foi revigorado pela taça conquistada. "Esse turismo tornou-se uma renda interessante para a cidade", afirma a psicóloga Allie Marie Dias de Queiroz, secretária municipal da Cultura. "Além de dar-lhe uma imagem extremamente simpática." O dedo de Saint Hilaire – A fama tem uma pincelada erudita. Foi impulsionada pelo botânico e naturalista francês Auguste de Saint Hilaire (1779-1853). Ele esteve entre nós de 1816 a 1822, nos primeiros tempos como membro de missão europeia para arbitrar o contencioso de fronteira relativo ao Brasil e Guiana, disputado por França e Portugal. Depois andou pelo País fazendo pesquisas que renderam vários livros. Porém, naquilo que interessa a Itu, mostrou na sua obra Viagens através das pronvíncias de São Paulo e de Santa Catarina a admiração pela exuberância e tamanho dos seus frutos, principalmente romãs e cebolas, conforme assinala a secretária Allie Marie. A partir daí, a grandiosidade da cidade foi crescendo até ganhar corpo graças às apresentações do humorista ituano Simplício, aliás, Francisco Flaviano de Almeida (1916-2004) na tevê nos

anos 60 e 70. Além de vestir uma camisa do Ituano Futebol Clube, ele gostava de propagandear as virtudes descomunais da cidade natal. Certamente o sotaque interiorano, pródigo na letra R, contribuiu para o sucesso. Uma das esquetes mais cortejadas trazia o seguinte diálogo com a esposa Ofélia: – Vai, Ofélia. Diga pro homem de que tamanho é a abóbora lá de Itu. Ofélia abria os braços largamente fazendo um círculo: – É deste tamanho. Zangado, Simplício corrigia: – Não, Ofélia. Não é pitanga. É abóbora! Ele próprio se beneficiou com a fama ao montar em Itu uma pizzaria que servia pizzas por metro. O fato é que o comediante tornou Itu conhecida em todo Brasil. Não por acaso, quando morreu, os objetos desproporcionais – orelhão, semáforo, etc – foram cobertos com pano de luto em sua homenagem. Rumo à Copa – Na verdade, o futebol está redesenhando a grandiosidade de Itu. Ainda sob os estalos dos rojões alusivos à façanha do Ituano Futebol Clube, a cidade se prepara para dar boasvindas às seleções da Rússia e do Japão que lá ficarão alojadas durante a Copa. Os vermelhos estarão no San Raphael Country Hotel e os amarelos, no Spa Sport Resort. À primeira vista, parece algo banal. Mas um exame na geografia em que se distribuem as concentrações dos 32 países participantes do torneio revelará que Itu leva vantagem. É a única entre os locais de menor porte a abrigar a duas delegações. Isto se deve ao seu IDH de 0,858; à rede hoteleira; à proximidade da capital paulista

(100 km) e do aeroporto de Viracopos. Os hóspedes ilustres já trazem certa afinidade com Itu. A colônia japonesa começou com 170 imigrantes que vieram na primeira leva, a bordo do navio Kasato Maru, em 1908; a russa, naturalmente mais reduzida, com 40 refugiados, abrigados em um seminário durante a 2ª Guerra. Nas aventuras do cirurgião-viajante Lemuel Gulliver, o escritor Jonathan Swift sugere a terra dos gigantes como o melhor modelo de sociedade entre os quatro locais descritos no livro. Talvez o tenha feito em homenagem ao seu país, pois os irlandeses sempre se alinharam com os povos mais altos. Em todo caso, o livro é uma sátira à sociedade inglesa entre a segunda metade do século XVI e a primeira do XVII. Se for lembrado que o lugarejo de Itu foi berço de bandeirantes nos anos seiscentos; que, pequenina, tornou-se a cidade mais rica da província de São Paulo no século passado e o lugar onde começou a nascer nossa república com a célebre convenção de 18 de abril de 1873, seu gigantismo cenográfico também ganha ares de ironia.


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quarta-feira, 7 de maio de 2014

Uma ode sarcástica a Sampa.

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Fotos: reprodução

Revistas publicadas pela Circo: Chiclete com Banana (Angeli); Geraldo, Glauco; e Piratas do Tietê (Laerte).

POR ANGELI, LAERTE E AMIGOS.

Convite à leitura completa do livro...

Um certo travo de amargura: psicologia no recado (irônico) do personagem. O melhor do humor.

Ousados traços a nanquim, estilosos, irreverentes e personalíssimos marcaram o jeito de interpretar as aflições, manias, características da grande metrópole. Eram os anos 80. O livro Humor Paulistano sintetiza e ilustra o espírito daquela era. Que nasceu para ficar. Ana Barella

á 30 anos nascia um novo estilo de humor. Um humor sarcástico, anárquico, urbano, politicamente incorreto e paulistano. Os pais desse estilo são, nada mais, nada menos, que Angeli, Laerte, Glauco, Paulo e Chico Caruso e Alcy. A casa desses artistas do humor, e do nanquim, é a Circo Editorial (1984 – 1995), que tem toda a sua trajetória narrada, e ilustrada, no livro Humor Paulistano. Editado pela SESI-SP e organizado por Toninho Mendes, editor e idealizador da Circo, o livro conta como a mítica editora

H

dos anos 80 fez história com publicações com Chiclete com Banana, Piratas do Tietê e Geraldão -- e publicou mais de 100 revistas, 40 livros, além de vender mais de oito milhões de exemplares. Com 432 páginas, o livro resgata essa produção em seis capítulos ilustrados com diversos quadrinhos publicados pela Circo Editorial, e arrancam boas risadas. No encarte, o poemarevista A confissão para o Tietê, de autoria de Toninho Mendes, com ilustração de Jaca. Bob Cuspe, Geraldão, Mara Tara e O Casal Neura são apenas

alguns dos personagens que tiveram seus quadrinhos estampados nas páginas de revistas publicadas pela Circo. Já seus autores criaram uma nova categoria de humor, o paulistano. Se antes publicações eram predominantemente cariocas, com a verve de Sampa, passou a ser possível fazer rir com um personagem que trabalha como office boy, como Angeli fez com Bob Cuspe. Ou o Punk, que mora no esgoto e se alimenta dos detritos descartados pelos moradores da “superfície”. E as histórias não adquiriram

Toninho, Angeli e Laerte: criadores de uma visão bemhumorada da metrópole paulistana.

Ícone da Circo, traço elegante. Ao lado, a força do traçado: concepção estética no rigor e na transmissão da ideia.

A capa do livro: Humor Paulistano, um documento.

Em maio, museus ligados à Secretaria Estadual de Cultura de SP têm entrada gratuita aos sábados. Pinacoteca e Estação Pinacoteca estão entre eles.

Frank Zappa - A Pioneer of the Future of Music é o documentário que o Festival In-Edit exibe nesta quarta (7). O americano Frank Zappa (19401993) é cultuado pelo que realizou em várias áreas da cultura. Transitou no mundo da música como cantor e guitarrista; dirigiu filmes e videoclipes; projetou e desenhou capas de discos. Foi produtor discográfico.

Como instrumentista e autor, realizou experiências no rock, fusion, jazz, músicas eletrônica, concreta e erudita. O filme selecionado pelo Edit reúne depoimentos de artistas e estudiosos sobre a criatividade de Zappa. Cinesesc. Rua Vergueiro, 1000. Tel.: 3397-4002. Quarta (7). 21h. R$ 1. Programação: www.in-edit.brasil.com

só novos tipos de protagonistas, o ambiente era outro: em vez da praia, a boêmia paulistana. “Era um humor auto irônico, urbano, solitário. Ele não tratava do próprio umbigo, mas de assuntos que faziam parte da vida das pessoas. Elas se enxergavam nas páginas da Circo, sendo ridicularizadas, claro”, brinca Toninho. Ele também conta que a Circo tratava de assuntos que hoje estão mais em evidência “A questão da mulher foi discutida em todas as edições da Circo, de uma maneira muito contemporânea e verdadeira, isso era incrível. O Glauco, com o Casal Neura, o Angeli, com a Mara Tara. E as revistas com a Mara Tara na capa vendiam que nem água”, lembra. Tudo tem seu tempo. E aquele era o tempo perfeito da Circo Editorial, que nasceu em abril de 1984, o dia da votação pelas Diretas. “O timing foi perfeito, pois a Circo nasceu na pós-censura e no prépoliticamente correto. Só não sobreviveu à inflação. Que fechou as nossas portas”, explica.

MAM reúne 86 obras de seu acervo. O tema da exposição é levar os visitantes a refletirem sobre o poder. Parque do Ibirapuera, portão 3. Tel.: 5085-1300.

O GUITARRISTA, CANTOR E COMPOSITOR DE JAZZ JOHN PIZZARELLI SE APRESENTA QUINTA (14) NO BOURBON STREET.


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quarta-feira, 7 de maio de 2014 EFE

Coragem na pele

Tatuagens terapêuticas

Imagem de samurai nas costas de um homem. A foto integra uma exposição dedicada a tatuagens em cartaz no Museu de Quai Branly, em Paris, até outubro de 2015.

Henna Heals, projeto desenvolvido em Toronto, no Canadá, ajuda a elevar a autoestima de pacientes com câncer. Artistas especializados em tatuagens de henna criam belas coroas para o couro cabeludo de pessoas de todas as idades que perderam os cabelos por causa da quimioterapia. Quem pode, paga pela tatuagem e parte do valor financia o cuidado para quem não pode. www.hennaheals.ca

Anéis sonoros Produzidos em impressoras 3D, os anéis criados por Michiel Cornelissen, da Holanda, reproduzem o som do brasileiríssimo caxixi. http://goo.gl/gKwrXK

.L..IVROS

Para lembrar o nome do instrumento em que é inspirado, o anel recebeu o nome de KXX.

Censura a biografias? Câmara diz não. A

.V..ATICANO

deradas cabíveis pela pessoa que se julgar prejudicada. O projeto segue para aprovação do Senado. O tema chegou ao Congresso após um intenso debate no meio artísticos. Figuras públicas como Roberto Carlos, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Chico Buarque chegaram a se organizar em um grupo, o Procure Saber, para defender a necessidade de autorização

com o argumento de que as obras poderiam ferir o direito a privacidade Após divergências internas, Roberto Carlos acabou deixando o grupo. O relator da proposta, Alessandro Molon (PT-RJ) acredita que foi encontrado um equilíbrio entre os argumentos de defesa do direito à privacidade e à liberdade de expressão. "Esse acordo permitiu uma fórmula que equilibra esses di-

reitos em aparente oposição", disse o parlamentar. Uma das poucas vozes a se manifestar contra a proposta, o deputado Marcos Rogério (PDT-RO) argumentou que cabe ao Judiciário definir qual dos direitos deve prevalecer na análise individual de cada obra. "Não cabe à lei dar prevalência a um direito em relação ao outro", argumentou. (Estadão Conteúdo)

Jeon Heon-Kyun/EFE

Tony Gentile/Reuters

Câmara dos Deputados aprovou a liberação de publicação de biografias sem autorização prévia. O projeto cria a possibilidade de quem se sentir atingido em sua honra com a obra buscar um juizado especial em busca de uma decisão que retire da biografia o trecho questionado em edições futuras. Esse pedido andaria em paralelo a ações civis e criminais consi-

Recruta de elite Novo soldado da Guarda de Elite do Vaticano realiza sua primeira missão em cerimônia realizada ontem. A Guarda Suíça do Vaticano foi fundada em 1506 e é composta por cem soldados voluntários que devem, obrigatoriamente, ter nacionalidade Suíça e professarem o catolicismo.

Os soldados devem, ainda, ser solteiros, ter mais de 1,74m e não podem usar barba. Os novos membros da Guarda são integrados sempre no dia 6 de maio, para lembrar a data em que 147 soldados suíços morreram enquanto defendiam o papa Clemente VII durante o Saque de Roma, em 1527.

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MEMÓRIA - Sul-coreanos colocaram barcos de papel amarelo na praça da prefeitura de Seul ontem para homenagear as vítimas do naufrágio da balsa Sewol. O naufrágio ocorreu em 16 de abril no Mar Amarelo e 242 mortes foram confirmadas.

.M..ÚSICA

Perdida há 140 anos

Bicicleta dobrável Do tamanho de um guarda-chuva. É assim que a bicicleta Sada fica depois de dobrada. Segundo o fabricante italiano, a mágica é proporcionada pela ausência de aros nas rodas. Cabe na mochila. www.sadabike.it

.L..OTERIAS Concurso 1278 da DUPLA-SENA

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Primeiro sorteio

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Segundo sorteio

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Concurso 3481 da QUINA

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Partitura de 'O coração de um homem é como uma mina', de Felix Mendelssohn. Perdida há 140 anos, a partitura foi encontrada entre os pertences do neto de um músico nos EUA e será leiloada em Londres dia 21.

EFE

.C..ELEBRIDADES

O apê ecológico de Leonardo DiCapprio O ator Leonardo DiCaprio comprou um apartamento ecológico de US$ 10 milhões no Greenwich Village, Nova York, com duchas com infusão de vitamina C. O edifício tem ainda ar e água purificados, aromaterapia no circuito de refrigeração e iluminação que simula o amanhecer. A vaga no estacionamento vale US$ 1 milhão.


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quarta-feira, 7 de maio de 2014

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INFLAÇÃO PAULISTANA O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) de São Paulo teve alta de 0,53% em abril, depois de subir 0,74% em março, informou a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe).

OCDE reavalia crescimento brasileiro A perspectiva de expansão do PIB para 2014 foi revisada para 1,8%, segundo a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico. A previsão anterior era de 2,2%

Para Tombini, expansão ficará na faixa de 2,3%. s previsões do presidente do Banco Central (BC), Alexandre Tombini, são mais otimistas que as da OCDE: ele mantém a previsão de crescimento do PIB neste ano em torno dos 2,3%, mesmo patamar de 2013. Para ele, ainda há capacidade de geração de emprego e renda para manter equilibrada a demanda no mercado doméstico. Tombini assegurou ontem, durante evento em São Paulo, que o governo brasileiro está atento para manter a estabilidade econômica de forma a manter o ambiente favorável à expansão dos investimentos do setor privado. Ele advertiu que “não se deve confundir volatilidade com vulnerabilidade”. Na avaliação dele, o Brasil está preparado para enfrentar os desafios nesta fase de transição da economia internacional, graças à política de ajuste monetário e ao fato de ter um colchão de liquidez com as reservas internacionais em US$ 378 bilhões, além de um sistema financeiro capitalizado. O quadro internacional de uma forma geral, segundo Tombini, é liquidamente positivo, pois a economia global vai crescer no futuro e haverá mais comércio internacional. "Há perspectiva de que o comércio internacional crescerá em torno de 4% neste ano e de 5,5% em 2015", afirmou. O presidente do BC enfatizou o ambiente atípico que se processou paralelamente ao ajuste fiscal e à ocorrência da depreciação cambial. No entanto, destacou os resultados da solidez da economia e citou o fato de a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) ter ficado, em 2013, em torno de 4%. Perguntado se a inflação não estaria elevada demais, pois aparentemente o teto de 6,5% teria se tornado a meta, foi enfático. "Não há nada que nos leve a ter uma inflação no Brasil no teto da meta", disse. "Não há nenhuma predestinação a termos inflação mais alta que o centro da meta". A estimativa dele é que as elevações de preços dos últimos meses, principalmente, dos alimentos, causadas pelas adversidades climáticas, e mesmo o aumento do custo da energia não devem se prolongar por muito tempo. (Agências)

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Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) revisou para baixo as perspectivas de crescimento da economia brasileira em 2014, de 2,2% para 1,8%, e em 2015, de 2,8% para 2,5%. Causa apontada: a queda da demanda procedente de outros países emergentes e o endurecimento das condições monetárias com a inflação. Em seu relatório semestral Economic Outlook, divulgado ontem, a organização afirma que será a demanda externa, caso se confirme a recuperação global, o que estimulará a economia brasileira. Já o consumo será reprimido pela alta taxa de juros.

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Também as eleições presidenciais afetarão o investimento, que deverá ser menos dinâmico do que no ano passado, prevê o estudo. Os autores do relatório afirmam que a política monetária restritiva, que levou o Banco Central a subir as taxas de juros, terá que seguir se acentuando para manter a inflação dentro das taxas estipuladas. "Adiar a desinflação só teria custos em termos de crescimento e de perdas de emprego", advertem, além de aconselhar o BC a antecipar para antes de 2016 a volta da inflação ao seu objetivo. Segundo a OCDE, isso poderia contribuir para dar "plena inde-

pendência" ao BC, assim como diminuir as pressões da demanda. De acordo com o cenário de base da OCDE, a inflação média, que foi de 6,2% em 2013, ficará em 5,9% em 2014 e em 5,5% no próximo ano. A organização assinalou que o anúncio do governo de que espera aumentar o superávit fiscal, após o índice ter ficado em 1,9% d o Pro d u t o I n t e rn o B r u t o e m 2013 (o mais baixo desde 2009), deve ser "respaldado por um compromisso crível". Para isso sugeriu, por exemplo, a adoção de uma regra de despesa ou cortar o vínculo automático entre o salário mínimo que vive um "rápido aumento" e algumas

contribuições sociais. A OCDE alerta que o mercado de trabalho segue tenso diante das pressões de alta de salários, apesar ao lento aumento do emprego. Além disso, citou outros obstáculos para a expansão da demanda interna, como a lenta evolução do investimento, os "gargalos" na infraestrutura, as proteções comerciais, os impostos elevados com efeitos de distorção, assim como os baixos níveis de capital físico e humano. Embora o governo tenha desenhado um "ambicioso" plano de infraestrutura, a OCDE manifesta dúvidas sobre sua capacidade para cumprir o estipulado. (EFE)

Grandes têm o mando do jogo perspectiva para o crescimento da economia global neste ano também foi revisada pela OCDE, para 3,4%. No Economic Outlook de novembro do ano passado, eram previstos 3,6%. Para 2015, a alta aceleraria para 3,9%. Segundo a organização, a responsabilidade pelo crescimento é das economias avançadas, uma vez que os países em desenvolvimento que cresciam de forma rápida anteriormente perdem fôlego. "Ainda não saímos da fase crítica, porque o que estamos vendo são números melhores, mas os riscos ainda existem", comenta o secretário-geral da OCDE, Angel Gurria. “Cresci-

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mento baixo ainda existe, números muito altos de desemprego ainda existem." Além disso, economias emergentes como China e Rússia estão se tornando um peso sobre a economia global, embora não devam arruinar a recuperação que comandavam até recentemente, disse Gurria. A China, na perspectiva da OCDE, deve crescer 7,4%, ante projeção anterior de 8,2%, devido ao esfriamento do boom da construção e do aperto das condições de empréstimo. Para a Rússia a projeção de expansão é de apenas 0,5%. O país terá que lidar com a queda rápida da confiança e a volatilidade do mercado financeiro causada por

seu impasse com o Ocidente devido à Ucrânia. A OCDE estima que a economia dos Estados Unidos, a maior do mundo, crescerá 2,6% neste ano, ante perspectiva de avanço de 2,9% divulgada em novembro, depois que o clima desfavorável provocou danos no início do ano. Já a expectativa para a zona do euro é de expansão de 1,2% em 2014, melhor do que a perspectiva de crescimento de 1,0 por cento da OCDE em novembro. O cenário melhor coloca a zona do euro ao lado do Japão, cuja expectativa também é de crescimento de 1,2% neste ano. Mas essa perspectiva foi reduzida ante 1,5 por cento

Divulgação OCDE

Angel Gurria: "Ainda não saímos da fase crítica, porque o que estamos vendo são números melhores, mas os riscos ainda existem".

Votação do Simples ficou para hoje

Gabriela Korossy/Agência Câmara

Silvia Pimentel pós intensas negociações durante toda a tarde de ontem a Câmara dos Deputados adiou para hoje a votação da proposta que atualiza o Supersimples (PLP 221/12). O texto apenas foi discutido pelos parlamentares. A criação de uma nova tabela para a tributação de centenas de atividades a serem incluídas no Simples, com alíquotas que variam de 16% a 22%, foi o principal ponto de discórdia. Os deputados ligados ao DEM alegavam que, com os valores propostos, micro e pequenas empresas não teriam redução da carga tributária. A nova tabela é fruto de um acordo com o governo, que se

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Puty: “Houve um acordo para que as tabelas do Simples e também os valores dos sublimites adotados por alguns estados sejam revistos”.

anteriormente, após um aumento de imposto. Finalmente, a OCDE pede ao Banco Central Europeu (BCE) que adote medidas imediatas para conter a ameaça de deflação, que afeta a confiança do consumidor e das empresas. A organização sugere o corte da principal taxa de juros para zero pelo menos até o fim de 2015 e recomenda que o banco também leve sua taxa de depósito para território negativo. E com a recuperação dos Estados Unidos mais forte, a OCDE recomenda que o Federal Reserve, banco central norteamericano, encerre suas compras de ativos neste ano e comece a elevar os juros no próximo. (Reuters)

comprometeu a enviar ao Congresso, em 90 dias, um projeto de lei que traria a revisão das tabelas. Em troca, o relator Cláudio Puty (PT-PA) retirou do texto o reajuste de 20% no teto de faturamento, hoje de R$ 3,6 milhões. O compromisso foi assumido pelo ministro Guilherme Afif Domingos, da Secretaria da Micro e Pequena Empresa. De acordo com o ministro, já está acertado que as tabelas do Simples serão revisadas “a quatro mãos”, pelo Ministério da Fazenda, a Fipe-SP, a FGV-RJ e a Fundação Dom Cabral. O deputado Cláudio Puty (PTPA), relator do PLP 221/12, disse ter acatado o pedido do líder do PMDB, deputado Eduardo Cunha, e do ministro Guilherme Afif Domingos para retirar do relatório o reajuste dos sublimites esta-

duais do regime tributário. “Houve um acordo para que as tabelas do Simples, e também os valores dos sublimites adotados por alguns estados sejam revistos”, informou. A ideia inicial do relator era propor um reajuste nos valores, afetando os estados que podem adotar tetos diferenciados de faixas de receita bruta. A alteração nos valores é um dos pontos polêmicos do projeto. Pelo texto, fica eliminada a possibilidade de os Estados adotarem o limite de R$ 1,26 milhão. E o limite mínimo para os Estados com participação de 1% do PIB passa a ser de R$ 1,8 milhão. A cobrança do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) dos empreendedores individuais (MEIs) também gerou controvérsia nas reuniões de ontem. Hoje,

um empreendedor que formaliza o seu negócio e indica o endereço de sua residência corre o risco de ter aumento do IPTU, que passa de residencial para comercial. O texto proíbe o município de aumentar o imposto após a formalização. Mas as capitais querem negociar uma faixa menor de IPTU comercial para esses empreendedores. O ministro Afif destacou que a proposta desburocratizará a vida do pequeno empresário. "Há um avanço no processo de fechamento e abertura da empresa, estamos instituindo o cadastro único das empresas. Hoje, ela tem de ter um cadastro federal, municipal, estadual, no meio ambiente, no corpo de bombeiros e agora vai ter um número só: o CNPJ", disse.


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Famílias vulneráveis não podem arriscar a educação dos filhos enquanto estruturam um negócio Marcelo Cabral, do Ministério do Desenvolvimento

MEI é porta de saída do Bolsa Família Ex-beneficiários do programa de transferência de renda, que se tornaram MEIs, conseguiram ampliar os ganhos e deixaram de ser dependentes do auxílio federal. Rafael Hupsel/LUZ

ma porta de saída do Bolsa Família pode ser exatamente outra porta – a de entrada das famílias pobres no empreendedorismo formal. Dos 3,8 milhões de Microempreendedores Individuais (MEI) do País registrados até abril, 10% são beneficiários do programa de transferência de renda condicionada à comprovação de acesso à educação e à saúde, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS). Essa participação tem crescido: em 2011, o porcentual era de 7,3% de beneficiários com pequenos negócios formalizados. São, principalmente, mulheres nordestinas jovens com pouca escolaridade. Mães e chefes de família que trabalham como comerciantes de roupas, cabeleireiras, manicures, donas de mercearias, bares e vendedoras ambulantes. Dentre as pessoas que recebem Bolsa Família, mais de 70% trabalham, aponta o MDS. Mas, sem renda suficiente para garantir o sustento confortável da família, o benefício serve como proteção à situação de vulnerabilidade social, avalia o órgão. O progra-

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ma, que começou com 3,6 milhões de famílias em 2003, cresceu e em abril atingiu 14,1 milhões de beneficiários – 93% mulheres. O desembolso foi de R$ 2,1 bilhões. Dentre os que entram e os que saem do Bolsa Família ano a ano, o MDS afirma que a rotatividade é em torno de um milhão de beneficiários. Famílias com renda maior que R$ 140 por pessoa por mês estão além do limite para receber o benefício. A integração de políticas é a aposta do governo contra a pobreza "Temos pessoas que recebem Bolsa Família, são MEI e acessam o microcrédito via programa Crescer. As famílias vulneráveis não podem arriscar a educação dos filhos enquanto estruturam um negócio. É uma estratégia combinada", afirma o diretor de programas do MDS, Marcelo Cabral. Com a formalização dos negócios via MEI, os empreendedores têm acesso a direitos como aposentadoria e auxílio-maternidade. Pr o d u t i v o – O crédito para empreender, e não para consumir, é o objetivo do programa Crescer, de microcrédito produtivo orientado. Lançado em meados de 2011, baixou as taxas de juros da modalida-

Cabeleireiras estão entre a maioria dos MEIs. Sendo microempreendedores, elas têm acesso a microcrédito, podendo, assim, crescer. de de cerca de 60% para 8% ao ano e convocou os bancos públicos a expandir a sua atuação. Desde então, o saldo total dessa carteira saltou de R$ 1,2

Maratona de finanças Rejane Tamoto ma maratona de cursos, palestras e publicações sobre finanças pessoais termina na próxima sexta-feira, como parte da programação da primeira Semana Nacional de Educação Financeira. O evento é voltado para investidores, profissionais do setor e também crianças e adolescentes. A semana foi organizada pelo Comitê Nacional de Educação Financeira (Conef) – formado por Banco Central (BC), Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Previc, Susep, Anbima, BM&FBovespa, Febraban, Confederação Nacional das Empresas de Seguros (CNSeg) e os ministérios da Fazenda, Educação, Previdência Social e da Justiça. A programação completa está disponível no site w ww.s emanaenef.gov.br. Em São Paulo, quem quiser conhecer as instalações da bolsa de valores e saber

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como ela funciona terá a chance de fazer uma visita monitorada hoje na BM&FBovespa, no centro da Capital. Basta comparecer das 9h às 17h. Na quinta-feira, a Associação de Educação Financeira do Brasil (AEF-Brasil) l a n ç a r á u m a p l a t a f o rm a aberta de livros de educação financeira. Ao todo, nove publicações ficarão disponíveis no site www.edufin a nc e i ra n a es c o la . o rg. b r p ara professores de mais de 27 mil escolas públicas e particulares de ensino médio do País. O material trará 72 situações didáticas que permitirão ao professor desenvolver a capacidade do aluno de analisar o seu contexto financeiro e do mundo para tomar decisões de forma consciente. Em parceria com o Ministério da Educação, o projeto faz parte da Estratégia Nacional de Educação Financeira (ENEF), implementada em 2010. Na sexta, às 13h e às

1 6 h 3 0 , a s f i n a n ç a s p e ssoais serão abordadas em palestras na sede do Banco Central, na avenida Paulista. Para participar, é necessário fazer a inscrição no site oficial. Das 15h às 17h o educador financeiro André Massaro vai falar sobre o tema "Você e o Dinheiro", no Instituto Educacional BM&FBovespa e as inscrições terminam hoje. No ambiente virtual, a Febraban promove uma gincana de educação financeira no portal Meu Bolso em D i a ( w w w. m e u b o l s o e md i a. c o m . br ). Podem participar pessoas com idade superior a 14 anos, que devem responder em cinco etapas questões de múltipla escolha sobre as finanças em diferentes fases da vida. O objetivo é levar à reflexão sobre as mudanças das necessidades financeiras e da importância de controlar o orçamento. No final, haverá um vencedor por região do Pa í s , q u e s e r á p re m i a d o com um notebook.

Ações americanas, para brasileiros. Rejane Tamoto

investidor institucional e o qualificado – ou seja, que tem recursos livres para aplicações acima de R$ 1 milhão – estão passando pelo processo de olhar para além das fronteiras nacionais quando o assunto é a diversificação da carteira. E quem quer atender a esse filão é a gestora global de recursos BlackRock, que lançou ontem o primeiro ETF (Exchange Traded Fund, ou fundo de índice de ação) local com exposição a ações internacionais. O produto busca o retorno, em reais, do índice S&P 500, que reúne as ações de 500 empresas líderes em seus setores nos Estados Unidos. O investidor pode comprar e vender as cotas na bolsa de valores, em reais, sob o código IVVB11. Ontem, no fim do pregão, a cota do fundo valia R$ 42 e foram vendidas mil. A quantidade mínima de cotas para investimento é dez. O

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ETF investe em um fundo no exterior que, existente desde 2000, tem mais de R$ 53 bilhões em ativos sob gestão. Esse é o 9º ETF sob gestão da BlackRock no Brasil, que lançou os primeiros quatro produtos em 2008. Armando Senra, diretor responsável por América Latina e Ibéria da BlackRock, diz que outro público-alvo são os fundos de pensão, para o qual a gestora já oferece um outro produtos distribuído pelo Banco do Brasil. Na avaliação de Senra, o investidor brasileiro passa por um momento já vivido por outras nações. "Há 25 anos o investidor nos Estados Unidos investia em ações locais e em títulos do Tesouro, como faz o brasileiro hoje. Isso mudou lá e começa a mudar aqui. Em alguns mercados, esse processo de diversificação global foi mais rápido, como no México, Chile e Colômbia", afirma. Para Senra, o mercado de capitais brasileiro tem potencial de crescimento e ele vê a economia com

otimismo, por causa da visão de longo prazo. "Há um grande ruído sobre a economia brasileira no curto prazo. Mas para nós continua positivo porque o País tem uma grande economia, o crescimento da classe média e do consumo. É uma grande história a longo prazo", afirma o executivo. Bruno Stein, diretor da BlackRock no Brasil diz que o ETF iShares S&P 500 permite ao investidor diversificar geograficamente e em setores da economia. "Para se ter uma ideia, a participação de empresas de tecnologia da informação no índice é de 19%, e no Ibovespa é de 2,5%. As empresas de saúde tem peso de 14% no S&P 500 e de apenas 1% no Ibovespa", diz Stein. A gestora pretende lançar outros produtos atrelados a índices de ações internacionais, mas ainda depende dos reguladores. "Este não será o único produto que vamos lançar", diz Senra.

bilhão para R$ 5,1 bilhões em fevereiro deste ano, segundo o Banco Central. Segundo dado do MDS, 29% dos tomadores de crédito via programa Crescer também recebem Bolsa Família, o que representa um universo de 2,7 milhões de operações. Perfil empreendedor – No município de Anastácio, no Mato Grosso do Sul, Rosinete Ra m o s d o s S a n t o s , d e 3 8 anos, com dois filhos em idade escolar, de 7 e 8 anos, e um de 19 anos, recebe Bolsa Família

e complementa a renda vendendo roupas, acessórios e produtos de cama, mesa e banho de porta em porta. Antes do benefício, Rosinete vivia de bicos como diarista. "Não tive estudo, trabalhei desde pequena na fazenda", diz. Com o microcrédito do Crescer, fez um empréstimo de R$ 900, já quitado. O dinheiro foi usado para comprar mercadorias. "Meu sonho é ter uma loja. O que eu quero é poder devolver o cartãozinho do Bolsa Família e

ver que eu venci", conta. Para realizar esse plano, ela pensa em tomar um empréstimo maior, de R$ 10 mil. Na prevenção à inadimplência, a Caixa Econômica Federal diz que investe na qualificação dos projetos antes de conceder os empréstimos. Segundo o MDS, a inadimplência de quem recebe Bolsa Família é semelhante à geral do microcrédito. O valor médio emprestado é de R$ 1 mil, pago em sete parcelas de até R$ 150. (EC)


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Os investimentos previstos para cinco hotéis de luxo no Rio de Janeiro somam R$ 890 milhões

Passageiro Vip

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Tem urubu na pista

nagem, diz o consultor Paulo Roberto Afonso. A Infraero diz que foram realizadas obras para instalação de ranhuras (grooving) em 400 metros da pista para aperfeiçoar o escoamento em local de frenagem das aeronaves, mas falta aprovação da ANAC. Mas se em Belém chove quase todos os dias, por que providências foram tomadas só recentemente? Em

Seattle, sede da Boeing, chove diariamente, mas se dependesse das autoridades brasileiras a fábrica teria fechado as portas há tempos. Quanto aos urubus, o problema é crônico. A Infraero e ANAC mantêm o programa “Gestão do Perigo da Fauna em aeroportos” para minimizar a presença de aves em locais de pouso. A ANAC diz que realiza inspeções e exige

ações corretivas quando necessário. Mas a coisa não é tão simples. Por trás da questão estão depósitos de lixo nas proximidades das pistas. A eliminação depende das autoridades dos municípios, que em geral se omitem. As aéreas, por serem concessão pública, sentem-se pouco à vontade para liderar o assunto. Qual é o tamanho do prejuízo? “É preciso somar o combustível, maior custo da aviação no Brasil, e a hora da tripulação, entre outros fatore s ”. Quem responde é a ABEAR, associação das companhias aéreas, que promete informar em breve quanto custou este episódio. Eis aí um retrato da aviação no Brasil. O jogo de empurra-empurra de responsabilidades reflete a falta de articulação e um interlocutor que represente os interesses do viajante. Enquanto isto, um Estado com potencial turístico fantástico como o Pará se limita a ver aviões repletos de viajantes de lazer e negócios passarem por cima de suas cabeças. Eles vão em direção a lugares com melhores aeroportos, como o Caribe ou Miami.

Brasil tem alta de 10,3% na demanda por voos internos Taxa de ocupação dos voos domésticos das companhias brasileiras foi de 79,8%, segundo a IATA.

demanda por voos domésticos no Brasil cresceu 10,3% em março quando comparada a igual período de 2013, informou, em nota à imprensa, a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata). Esse resultado mais uma alta de 3,4% na oferta doméstica levou a uma taxa de ocupação dos voos domésticos das empresas brasileiras de 79,8%. De acordo com a Iata, o tráfego doméstico brasileiro aumentou no mês por conta das viagens de carnaval. A associação, no entanto, ainda vê preocupações relacionadas à fraca situação econômica do País que pressiona para baixo a demanda doméstica. No resultado mundial dos mercados domésticos a demanda – medida em passageiros-quilômetro transportados (RPK) – subiu 4% em março, ante crescimento de 5,8% verificado em fevereiro em comparação a um ano antes. Com alta de 4,9% na oferta de assentos, a taxa de ocupação das operações domésticas pelo mundo chegou a 80,5% em março.

Mister Shadow/Folhapress

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O tráfego no território brasileiro aumentou em março por causa das viagens de carnaval Em relação às operações internacionais, a América Latina foi a única região do globo que apresentou alta na taxa de ocupação (load factor) quando comparada a março de 2013. A taxa de ocupação das aeronaves das companhias da região passaram de 77% em março de 2013 para 78,8% em igual período deste ano. "A perspectiva para as

empresas da América Latina se mantêm positivas por conta da robusta performance de economias como Colômbia, Peru e Chile", afirmou a IATA. No geral, informou a associação, a demanda pelos voos internacionais cresceu 2,6% em março deste ano ante mesmo mês de 2013. O resultado representa uma

desaceleração ao crescimento de 5,4% registrado em fevereiro, ante um ano antes. A demanda mais uma alta de 5,5% na oferta resultou em taxa de ocupação dos voos internacionais de companhias de todos os continentes 2,3 pontos percentuais menor em março, para 78%. (Estadão Conteúdo)

Divulgação

uando sobrevoava Belém, o voo 3454 da TAM, que partiu lotado de São Paulo no dia 27 de abril, tinha tudo para cumprir o horário. Foi quando veio a má notícia pelo comandante Pa n d o l f o. A s c h u v a s q u e caíam sobre a cidade impediam o pouso, e por isto o avião sobrevoaria a região até que o tempo melhorasse. Uma hora depois, isto não aconteceu. A aeronave se dirigiu, então, para Marabá, 554 Km ao sul do Estado. “Sem grooving e com pista molhada, é realmente arriscado pousar em Belém”, diz o consultor Adalberto Febiliano. Outra surpresa desagradável aguardava na cabeceira da pista de pouso: uma pequena nuvem negra formada por urubus. O avião arremeteu para pousar pelo lado oposto. Já no aeroporto da cidade, os passageiros tiveram que aguardar por condições meteorológicas favoráveis em Belém. Oito horas depois, o avião chegou ao destino. O mesmo tempo que levaria para Miami. Afinal, o que aconteceu? Há uma somatória de incidentes que se tornaram triste rotina em diversos aerop o r t o s b r a s i l e i ro s , e d o s quais este caso emblemático que testemunhei é exemplo. Um aeroporto como o de Belém não deveria depender de bom tempo para operar. Ali formam-se perigosas poças d’água causadas por obras mal sucedidas na pista, capazes de provocar aquapla-

Paulo Neme

atural do municípo de Castelo, Espírito Santo, Paulo Neme, o fundador da Rede Brasil de locação de automóveis mudou-se ainda criança para Vitória, onde estudou e desenvolveu sua vida profissional. Formado em Economia, Neme trabalhou para as empresas do pai até abrir seu próprio negócio. Tornou-se franqueador de uma rede internacional de aluguel de veículos, até perceber que não tinha liberdade para criar diferenciais de mercado. “Foi aí que, juntamente com outros dois sócios, resolvi criar a Rede Brasil”, Neme conta.

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Passados dez anos, a iniciativa deu certo. Com 20 unidades, e planejando inaugurar mais oito em capitais brasileira ainda neste ano, é a única locadora que leva e traz o automóvel ao cliente, sem necessidade de ir à loja. Por não exigir pontos comerciais, os franqueados têm menores custos. Além disso, a empresa realiza entregas de encomendas como alternativa a táxis e transportadoras. “Somente oferecendo alternativas num mercado tão competitivo é que se pode alcançar o sucesso”, completa Neme.

Contatos com o autor pelo e-mail: fabio@steinberg.com.br

Hotelaria de luxo no Rio terá forte expansão até 2016 ordomo 24 horas, menu de travesseiros – alto, baixo, de pena de ganso, antialérgico, entre outros – e um hábil "concièrge" para atender os pedidos mais difíceis, de uma reserva num restaurante disputado a um espetáculo com ingressos lotados. Nas redes top em hotelaria de luxo, parece não haver limites para satisfazer o hóspede. Carente nesta área, o município do Rio de Janeiro está prestes a dar um salto em hotelaria classe A, com aumento de 45% na oferta de apartamentos até 2016, totalizando quase 4.600 quartos. Os números estão em pesquisa da consultoria Howarth HTL, que foi apresentada ontem no Brasil Hospitality Investment Conference, em São Paulo. A expansão – em quantidade e em qualidade – vem puxada principalmente pela chegada à cidade de verdadeiras grifes em hospedagem urbana de luxo como Hilton, Trump e Emiliano. A consultoria listou seis projetos com inauguração estimada para este par de anos. Quatro ficarão na Barra: Hilton Hotel Collection, Grand Hyatt Residence, Trump Hotel e Pestana Rio.

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Haverá ainda o Emiliano, em Copacabana, e o Hotel Glória, que promete marcar a chegada da estrelada Four Seasons à cidade. No total, de acordo com informações do mercado, os investimentos previstos para cinco dos empreendimentos chegam a R$ 890 milhões, sem contar o Pestana, pois a rede não divulgou dados sobre o projeto. O conceito de hotelaria de luxo, afirmou Mariano Carrizo, diretor da Howarth HTL no Brasil, vem mudando. Atualmente, ele está focado na experiência, no esforço para oferecer ao hóspede uma estada única, personalizada. Nos verdadeiros hotéis cinco estrelas, as suítes são arrumadas de acordo com as preferências do hóspede. Se já for cliente habitual, ele vai encontrar o travesseiro de sua preferência, frutas frescas e alimentos e bebidas que costuma requisitar, sugestões de programas que habitualmente procura, revistas e jornais previamente escolhidos, entre outros mimos. O serviço de mordomo e de concièrge funciona 24 horas e trabalha para tornar realidade cada desejo do hóspede. (AG)


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O dia é das mães, avós e sogras, diz BVS. Pesquisa da Boa Vista SCPC mostra que o público-alvo da segunda melhor data do varejo ficou mais amplo. Viagens, passeios e almoços são opções de presentes. Paula Cunha

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Atritos com los hermanos

intercâmbio comercial entre o Brasil e a Argentina teve redução de 24% em abril na comparação com o mesmo mês do ano passado, informou a consultoria econômica Abeceb. É o sétimo mês consecutivo de queda. Agora, o motivo foi a contração do comércio automotivo, além da desaceleração de ambas economias. O comércio de automóveis representa 45% do fluxo bilateral. Outro ingrediente que colabora há meses na diminuição das vendas para a Argentina são as diversas barreiras comerciais impostas pelo governo da presidente Cristina Kirchner. De quebra, afirma a consultoria, a escassez de divisas padecida pela Argentina "levou as autoridades a restringir o acesso ao mercado cambial dos importadores, solicitando que adiem os pagamentos de suas operações". Segundo a Abeceb, as exportações brasileiras para a Argentina em abril foram de US$ 1,3 bilhão, com queda de 27,3%; as vendas argentinas para o Brasil, também de US$ 1,3 bilhão, diminuíram 20,6%. O Brasil teve um superávit de US$ 20 milhões; isso indica uma queda de 88% em relação à vantagem comercial brasileira no mesmo mês de 2013. O governo Kirchner prome-

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teu diversas vezes, ao longo do último ano, flexibilizar as barreiras comerciais que aplica a diversos produtos brasileirps. Essa promessa foi feita em outubro ao chanceler brasileiro Luiz Alberto Figueiredo por seu colega argentino Héctor Timerman. O ministro da presidente Cristina havia afirmado que a administração Kirchner tinha a intenção de resolver o caso "prontamente". No entanto, três meses se passaram sem avanços. O mesmo se passa com as negociações do setor automotivo. Depois de um dia inteiro de reunião em Brasília com representantes dos dois governos e de montadoras brasileiras e argentinas, ontem, não houve uma solução para a atual queda do comércio bilateral. A Argentina insiste em discutir metas de integração produtiva que desagradam o lado brasileiro. Os argentinos querem a garantia de manutenção de fatia de mercado no Brasil nos mesmos patamares do ano passado e ações voltadas para o fortalecimento da indústria de autopeças local. A Anfavea não concorda com metas para aumentar as importações de autopeças do País vizinho. O argumento é que o mercado nacional está desaquecido. (Estadão Conteúdo)

do pela D (62%). Um terço (27%) disse que dispenderia de R$ 201 a R$ 600 e apenas 16% disseram que estão dispostos a desembolsar valores acima de R$ 600. O estudo apontou que as mulheres gastarão menos que os homens, pois 67% disseram que estão inclinadas a pagar até R$ 200 pelos itens escolhidos, enquanto os homens que apontaram que gastariam a mesma quantia somaram 47%. O levantamento mostrou que a classe social interfere significativamente nos gastos. Assim, 77% dos da classe E pretendem desembolsar até R$ 200. Na A, 41% pretendem gastar cifra superior a R$ 800. Na análise regional, 62% dos habitantes da região Sul gastarão até R$ 200, contra 58% no Sudeste, 51% no Centro-Oeste, 49% no Nordeste e 46% no Norte. Quanto aos meios de pagamento, 62% pagarão à vista. O estudo indica que 43% utilizarão dinheiro e 33% cartão de débito, o que indica que a maioria não tem intenção de contrair dívidas ou utilizar quaisquer mecanismos de financiamento. Isso ocorre, principalmente, nas classes C (75%), D (80%) e E (82%). Ou-

31.12.2013 31.12.2012 2.569.960,15 3.527.558,00

2.569.960,15 31.12.2012 31.12.2012 31.12.2012 31.12.2012 Passivo - 3.293.376,08 167.485,66 16.416,83 2.633.582,81 107.962,73 Circulante - 176.200,00 349,00 349,00 2.553.737,02 28.116,94 Fornecedores 57.981,92 75.903,18 11.065,83 27.807,61 27.807,61 Obrigações Sociais e Fiscais 51.399,19 91.233,48 5.002,00 2.525.766,08 146,00 Salários a Pagar 51.399,19 5.727.163,85 3.352.612,60 163,33 163,33 Patrimônio Social 2.518.560,96 3.527.558,00 79.845,79 79.845,79 Superavit-deficit acumulado 5.727.163,85 3.352.612,60 (144.009,71) (64.277,21) 79.845,79 79.845,79 Superavit-deficit do (41.802,10) (36.464,57) 3.352.612,60 94.659,30 3.261.066,70 3.261.066,70 exerc. anterior (101.269,93) (36.828,82) 2.374.551,25 3.257.953,30 3.253.769,61 3.253.769,61 Superavit-deficit do exercício 9.226,45 5.894.649,51 3.369.029,43 3.253.769,61 3.253.769,61 Total do passivo (937,68) (210,27) 7.297,09 7.297,09 2.997,90 2.997,90 - (205.327,49) superavit-deficit superavit-deficit 7.804,00 7.804,00 Ano - (176.200,00) do Exercício Acumulado 349,00 349,00 Deficit no ano de 2008 - (10.444,87) (4.453,16) (13.306,70) Superavit no ano de 2009 34.900,30 30.447,14 (1.357,33) (1.357,33) superavit no ano de 2010 (5.375,92) 62.032,57 92.479,71 2.374.551,25 3.257.953,30 superavit no ano de 2011 2.179,59 94.659,30 (2.496,48) (2.496,48) superavit no ano de 2012 3.257.953,30 3.352.612,60 5.894.649,51 3.369.029,43 superavit no ano de 2013 2.374.551,25 5.727.163,85 Fluxos de caixa das 31.12.2013 31.12.2012 atividades operacionais: 2.374.551,25 3.257.953,30 Nota 1. Contexto operacional: O Instituto Americano de e Equivalência de Caixa: Compostos de valores existentes Resultado do período Pesquisa, Medicina e Saúde Pública – IAPEMESP, com em contas correntes e aplicações financeiras acrescidos dos Ajustes p/ conciliar result. foro e sede na cidade de São Paulo/SP, é pessoa jurídica rendimentos apropriados até a data do Balanço, com base às disp. Ger. P/ ativ. Oper. de direito privado, constituída por tempo indeterminado, sem no regime de competência; b) Recuperação de Crédito Tribu- Despesas de Juros 690,13 fins lucrativos e econômicos, de caráter cultural, filantrópico, tário: Representado por impostos e contribuições retidos na Superavit bruto antes das assistencial, promocional, recreativo, educacional e esportivo, fonte a recuperar; c) Imobilizações: Estão demonstrados ao mud. No cap. De giro 2.374.551,25 3.258.643,43 sem cunho político ou partidário, com objetivo de ações volta- custo de aquisição ; d) Receita com Voluntariados: Calculada Var. nos ativos e passivos das à saúde pública, campanhas educativas, preventivas e de conforme o salário no mercado, de acordo com a atividade Aum. /red. de contas a rec. o outros - (41.342,32) atendimento médico à população. Nota 2. Apresentação das desenvolvida; e) Despesas com Voluntariados: Contempla Aum. Realizável a Longo Prazo - (3.253.769,61) demonstrações contábeis: Na elaboração das Demonstra- os valores de salários conforme o mercado, acrescidos Aum./redução em Fornecedores - (18.939,50) ções Contábeis de 2013 a entidade adotou a Lei nº 11.638/07 dos valores gastos com transporte, alimentação e outros Redução em contas a pagar que alterou a Lei nº 6.404/76 e legislação específicas aplica- gastos necessários para a atividade desenvolvida. Nota 4: e provisões (151.068,83) (2.695,52) das a entidades sem fins lucrativos, Lei 12101/09 e regula- concessão de gratuidades: Em cumprimento a Resolução Caixa prov. das operações 2.223.482,42 (58.103,52) mentação em relação aos aspectos relativos a elaboração e CFC nº 1409/12 a Entidade possui segregado (por área de Juros Pagos (690,13) divulgação das Demonstrações Financeiras. As Demonstra- atuação) as gratuidades concedidas,conforme apresentado IR. e Contribuição Social pagos ções Contábeis foram elaboradas em observância às práticas nas Demonstrações do Resultado do Período, e todos estes Fluxo de caixa antes dos contábeis adotadas no Brasil, características qualitativas da gastos são custeados com recursos próprios. Nota 5: do 2.223.482,42 (58.793,65) informação contábil Resolução CFC 1.374/1, que trata da cumprimento do art.14 do CTN: a) A Entidade aplica inte- itens extraordinários Estrutura Conceitual Para a Elaboração e Apresentação das gralmente o seu eventual resultado líquido na manutenção Receb. de indeniz. de seguros Demonstrações Contábeis, Resolução CFC 1.376/11 (NBC e desenvolvimento de seus objetivos institucionais, conforme Caixa líq. Proveniente das ativ. 2.223.482,42 (58.793,65) TG 26), que trata da apresentação das Demonstrações Con- previsto em seu Estatuto Social. b) Os dirigentes, Conselhei- operacionais tábeis e Resolução CFC nº 1409/12 que aprovou a ITG 2002 ros, Associados, Instituidores, Benfeitores ou equivalentes, Fluxos de caixa das ativ. de investimentos que revogou a Resolução CFC 877/2000–NBCT -10-19, para não recebem remuneração, vantagens ou benefícios por (3.939,00) as entidades sem finalidade lucrativa, que estabelece critérios qualquer forma ou título,em razão das competências, funções Compras do Imobilizado e procedimentos específicos de avaliação, de registros dos ou atividades que lhe são atribuídas e a Entidade não distribui Caixa líquido usado nas ativ. (3.939,00) componentes patrimoniais e de estruturação das Demons- lucros, dividendos ou bonificações,conforme previsto em seu de investimentos trações Contábeis, e as informações mínimas a serem Estatuto Social. c) A Entidade mantém escrituração de suas Fluxos de caixa das atividades divulgadas em nota explicativa das entidades sem finalidade receitas e despesas em livros revestidos das formalidades de financiamentos lucrativa. Nota 3 : principais práticas contábeis: a) Caixa legais que asseguram a sua exatidão. SP, 31/12/2013. Aumento nas disponib. 2.525.620,08 (62.732,65) Disponib.-no início do período 28.116,94 90.849,59 Rogerio de Souza Costa - Contador Maria Alzene Nogueira de Almeida Rosa - Presidente Disponib.-no final do período 2.553.737,02 28.116,94 CRC–1SP232953/O-2 - CPF: 191.835.568-18 CPF: 039.304.648-61 Ativo Circulante Disponibilidades Caixa Bancos Conta Movimento Bancos Conta Aplicação Financ. Créditos Impostos a Recuperar Não Circulante Realizável a Longo Prazo Títulos a Receber Imobilizado Máq. Aparelhos e Equipamentos Equip. Processamento Dados Móveis e Utensílios Depreciação Acumulada Maq. Ap. Equipamentos Depreciação Acumulada Eq. Proc. Dados Total do ativo

(43%). Por região, os habitantes do Norte preferem as lojas de departamentos e grandes redes varejistas (47%). No Sul, a maioria das compras ocorrerá em lojas de bairro e os shopping centers serão os estabelecimentos preferidos pela população das demais regiões.

15 horas, a sonora marca dos R$ 600 bilhões. Bastaram, assim, quatro meses para que os brasileiros reforçassem, assim, os cofres da União, Estados e municípios.

Ata da Reunião de Sócios Realizada em 30/04/2014 1. Data, Hora e Local: 30/04/2014, às 10hs, na sede social, localizada na Rua Fidalga, nº 471, Conj. 2, Pinheiros, CEP 05432-070, na cidade de São Paulo/SP. 2. Convocação: Os sócios foram devidamente convocados para a presente reunião mediante publicação, por três vezes, no DOESP e em jornal de grande circulação, realizadas nos dias 17, 18 e 23/04/2014, conforme determina o art. 1.152, § 3º, do Código Civil. 3. Presença: Presente o sócio Alexandre Machado de Sá, brasileiro, casado sob o regime de separação de bens, empresário, RG nº 23.120.530-2 SSP/SP e CPF/ MF nº 177.149.848-05, residente e domiciliado à R. Cristiano Viana, nº 279, apto 72, na cidade de São Paulo/SP, CEP 05411-000, representando 75% do capital social, ficando devidamente instalada a reunião nos termos da lei. 4. Composição da Mesa: Alexandre Machado de Sá na qualidade de Presidente e Mauro Takahashi Mori na qualidade de Secretário. 5. Ordem do Dia: examinar, discutir e votar a proposta dos sócios para (a) aumento do capital social da Sociedade no valor de R$ 12.750,00 e alteração da cláusula 3ª do Contrato Social; (b) alteração da cláusula 6ª do Contrato Social; (c) possibilidade de exclusão de sócios por justa causa; (d) definição de quorum de deliberação para aprovação de transformação de tipo societário; e (e) consolidação do contrato social. 6. Deliberações: O sócio aprovou: a) A lavratura desta ata em forma de sumário. b) O aumento do capital social, para fazer frente às necessidades de fluxo de caixa da Sociedade e despesas com projeto em andamento, passando dos atuais R$ 6.000,00 para R$ 18.750,00, sendo o aumento, no valor de R$ 12.750,00 realizado com a emissão de 12.750 quotas, com valor nominal de R$ 1,00 cada uma. c) Todas as 12.750 novas quotas são subscritas e integralizadas, nesta data, em moeda corrente nacional, pelo sócio Alexandre Machado de Sá. d) O sócio consigna que, nos termos do art. 1.081, § 1º, do Código Civil, a sócia da Sociedade não presente nesta reunião terá o prazo de 30 dias para exercer o direito de preferência na subscrição das quotas ora criadas, proporcionalmente à sua respectiva participação no capital social da Sociedade, de acordo com as seguintes condições: (i) o prazo para exercício do direito de preferência será contado a partir da presente data, sendo que o silêncio implicará renúncia do direito de preferência; (ii) o pagamento das quotas deverá ser efetuado à vista, em direito ou em cheque administrativo nominal ao sócio Alexandre Machado de Sá pelo mesmo preço de subscrição das quotas ora emitidas; e (iii) o sócio Alexandre Machado de Sá transferirá as correspondentes quotas ao sócio que exercer seu direito de preferência, comprometendo-se a providenciar, no prazo de 30 (trinta) dias contados do recebimento do pagamento mencionado no item (ii), o registro na JUCESP do competente instrumento particular de alteração do contrato social da Sociedade, de maneira a formalizar a transferência das quotas. e) Por força das deliberações referidas acima, aprovaram a alteração da Cláusula 3ª do Contrato Social da Sociedade, que passa a vigorar com a seguinte redação: “Cláusula 3ª: O capital social é de R$ 18.750,00, dividido em 18.750 quotas, totalmente integralizadas, no valor nominal de R$ 1,00 cada uma, assim distribuído entre os sócios: Sócio: Valor: Quotas: Porcentagem: Alexandre Machado de Sá: R$ 17.250,00; 17.250; 92%; Melina Maria Manasseh: R$ 1.500,00; 1.500; 8%. Total: R$ 18.750,00; 18.750; 100%. § 1º: A responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem solidariamente pela integralização do capital social. § 2º: O capital social no valor de R$ 18.750,00 está totalmente subscrito e integralizado pelos sócios, cada qual na proporção de suas quotas. f) A alteração da cláusula 6ª do contrato social, para fazer constar que os haveres do sócio falecido ou que desejar se retirar da Sociedade serão calculados com base no valor patrimonial das quotas, apurado através de balanço especialmente levantado para esse fim, no prazo de 30 dias contados do falecimento ou da comunicação da intenção de retirada, sendo que o pagamento dos haveres apurados será realizado em 12 prestações, atualizadas pelo IGP-M ou por outro índice oficial que venha a substituí-lo e acrescidas de juros de 1% ao mês, vencendo-se a primeira 60 dias após o falecimento ou a comunicação da intenção de desligamento. g) Por força da deliberação referida acima, aprovaram a alteração da Cláusula 6ª do Contrato Social da Sociedade, que passa a vigorar com a seguinte redação: Cláusula 6ª: Em caso de falecimento de sócio, não convindo ao seu Espólio continuar na Sociedade; ou no caso de retirada espontânea, facultada mediante noti cação escrita, com antecedência mínima de 90 dias; os haveres do sócio falecido ou retirante serão calculados com base no valor patrimonial das quotas, apurado através de balanço especialmente levantado para esse m, no prazo de 30 dias contados do falecimento ou da comunicação da intenção de retirada, sendo o valor apurado quitado em 12 prestações mensais, iguais e sucessivas, atualizadas pelo IGP-M ou por outro índice o cial que venha a substituí-lo e acrescidas de juros de 1% ao mês, vencendo-se a primeira prestação 60 dias após o falecimento ou a comunicação da intenção de desligamento, sempre pagos pelo(s) sócio(s) remanescente(s), obedecendo-se à proporcionalidade de participação de cada um deles. § Único: No caso de falecimento e não convindo ao espólio continuar na Sociedade, no caso de retirada, interdição ou incapacidade dos sócios, na hipótese do sócio remanescente permanecer sozinho na Sociedade, este se responsabilizará pela regularização da Sociedade, admitindo um novo(a) sócio(a) no prazo de 180 dias a partir da data do respectivo registro, nos termos do art. 1.033 do Código Civil, visto a Sociedade ter se transformado em UNIPESSOAL. h) A inclusão de disposição no contrato social, disciplinando a exclusão de sócio por justa causa, nos termos do art. 1.085 do Código Civil, sempre que um deles estiver prejudicando a Sociedade, por exemplo, mas não limitado a, impedindo ou dificultando a abertura ou movimentação de contas bancárias, impedindo ou dificultando a participação em editais e licitações públicas, em razão de ter o sócio pendências perante a Receita Federal ou quaisquer outros órgãos públicos, sofrer protestos por títulos não pagos, ações judiciais e outros motivos considerados graves nos termos de deliberação tomada pela maioria dos sócios e conforme disciplina a lei. i) Por força da deliberação referida acima, aprovaram a alteração inclusão da Cláusula 16ª ao Contrato Social da Sociedade, com a seguinte redação: Cláusula 16ª: É expressamente prevista a exclusão do sócio por justa causa, nos termos do art. 1.085 do Código Civil, sempre que um deles estiver prejudicando a Sociedade, por exemplo, mas não limitado a, impedindo ou di cultando a abertura ou movimentação de contas bancárias, impedindo ou di cultando a participação em editais e licitações públicas, em razão de ter o sócio pendências perante a Receita Federal ou quaisquer outros órgãos públicos, sofrer protestos por títulos não pagos, ações judiciais e outros motivos considerados graves nos termos de deliberação tomada pela maioria dos sócios e conforme disciplina a lei. j) A inclusão de dispositivo no contrato social da Sociedade para regular a transformação em outro tipo societário, cuja deliberação dependerá do voto de sócio(s) representando a maioria do capital social. k) Por força da deliberação referida acima, aprovou a alteração da Cláusula 13ª do Contrato Social da Sociedade, que passa a vigorar com a seguinte redação: Cláusula 13ª: O presente contrato constitutivo poderá ser modi cado de acordo com o Artigo 1.076 do Código Civil (que regula as sociedades simples limitadas) da qual têm os sócios pleno conhecimento, e a ela se sujeitam como se aqui fosse integralmente mencionada. § 1º: A deliberação dos sócios que dispuser sobre a transformação da Sociedade em outro tipo societário serão tomadas por sócio(s) representando a maioria do capital social. § Segundo - Dispensam-se de formalidades de convocações por publicações, quando todos os sócios comparecerem ou se declararem, por escrito, cientes do local, data, hora e ordem do dia. l) A alteração do contrato social da Sociedade, nos termos da 9ª Alteração do Contrato Social anexa à presente ata (anexo 1), decidindo, todavia, não consolidar o Contrato Social da Sociedade. 7. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, foram encerrados os trabalhos e lavrada a presente ata. SP, 30/04/2014. Alexandre Machado de Sá - Presidente da Mesa, Mauro Takahashi Mori - Secretário.

Receita operacional bruta Receita Bruta da Prestação de Serviços Doações Variação Patrimonial Voluntário Recuperação de Despesas (-) Deduções das Vendas Impostos e Contribuições Receita operacional líquida (-) Despesas operacionais Despesas Administrativas Despesas com Pessoal Rendimento Financeiro Líquido Despesas Tributárias (-) Assistência Social -Custos Gratuidade Serviços Médicos Voluntário Gastos com Transporte Gastos com Alimentação Outros Gastos = Superavit do exercício

compras serão as lojas físicas, para 79% dos pesquisados. Destes, 40% procurarão os shopping centers, principalmente as classes A (73%) e B (55%). Em segundo lugar estão as lojas de rua em bairros com um terço da preferência dos entrevistados da classe E

AS BURRAS DA VIÚVA Como estava previsto, o impostômetro da ACSP atingiu ontem, por volta das

44 Bico Largo Comercial Ltda - CNPJ/MF nº 01.287.007/0001-07 - NIRE 35.213.870.435

INSTITUTO AMERICANO DE PESQUISA, MEDICINA E SAÚDE PÚBLICA – IAPEMESP CNPJ: 09.501.484/0001-27 – Rua Tuiuti 2530 - Conj. 82-Tatuapé – São Paulo/SP CEP: 03307-005

tros 38% parcelarão o total gasto e, destes, 82% optarão pelo uso do cartão de crédito. Entre estes últimos, a maior incidência ocorre na classe B (100%), E (96%), D (93%) e A (88%). Onde comprar – Os locais preferidos para realizar as

Bruno Ulivieri/Estadão Conteúdo

á boas perspectivas para o varejo em relação ao Dia das Mães, que será comemorado neste domingo. Uma pesquisa eletrônica realizada pela Boa Vista SCPC (Serviço Central de Proteção ao Crédito) aponta que a maioria dos consumidores (86% dos entrevistados) planeja comp r a r p re s e n t e s p a r a s u a s mães, como seria de esperar. O importante é que 75% deles querem gastar mais ou o mesmo valor de 2013. Os itens mais citados são os de uso pessoal, como vestuário, calçados e cosméticos. Cerca de 73% disseram que escolherão estes itens (58% em 2013). Outro dado que se destacou no levantamento é que muitos entrevistados pretendem proporcionar às mães atividades ligadas ao entretenimento, como viagens, passeios e almoços ou jantares fora de casa. Estas opções foram as mais mencionadas por pessoas das classes A (57%) e B (40%). Este grupo representa 26% do total de pesquisados neste ano, contra 17% no ano passado.

Além disso, outra mudança de comportamento na população pode ser positiva para o varejo nesta data. O estudo apontou que o Dia das Mães está deixando de ser exclusivamente delas, pois 28% dos entrevistados declararam que comprarão presentes para suas sogras, 17% presentearão suas avós e 15% suas esposas. Outro dado interessante é que parte das mulheres pretende se autopresentear. Entre as mulheres que responderam à pesquisa, 69% disseram que comprariam seus próprios presentes. Para Fernando Cosenza, diretor de Sustentabilidade da Boa Vista SCPC, os consumidores brasileiros dão cada vez mais sinais de que estão no controle de seus gastos. "Este levantamento, nesta data tão representativa para o comércio, reforça a sinalização que já tivemos em outros levantamentos: o consumidor demonstra que está disposto a consumir, mas sem perder o controle de seus gastos, o que é muito positivo", afirmou. Va lore s – Mais da metade dos pesquisados (57%) declarou que pretende gastar até R$ 200. O porcentual ocorre mais na classe E (77%), segui-

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO

FDE AVISA: Pregão Eletrônico de Registro de Preços Nº 36/00368/13/05. OBJETO: AQUISIÇÃO DE KIT DE FERRAMENTAS PARA LABORATÓRIO DE CIENCIAS - CICLO II - ENSINO FUNDAMENTAL. A FUNDAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO - FDE comunica às empresas interessadas que se acha aberta licitação para: AQUISIÇÃO DE KIT DE FERRAMENTAS PARA LABORATÓRIO DE CIENCIAS - CICLO II - ENSINO FUNDAMENTAL. As empresas interessadas poderão obter informações e verificar o Edital a partir de 07/05/2014, no endereço eletrônico www.bec.sp.gov.br ou na sede da FDE, na Supervisão de Licitações, na Av. São Luís, 99 - República - CEP: 01046-001 - São Paulo/SP, de segunda a sexta-feira, no horário das 08:30 às 17:00 horas, ou verificar o edital na íntegra, através da Internet no endereço: http://www.fde.sp.gov.br. A sessão pública de processamento do Pregão Eletrônico será realizada no endereço eletrônico www.bec.sp.gov.br, no dia 20/05/2014, às 10:00 horas, e será conduzida pelo pregoeiro com o auxílio da equipe de apoio, designados nos autos do processo em epígrafe e indicados no sistema pela autoridade competente. Todas as propostas deverão obedecer, rigorosamente, ao estabelecido no edital e seus anexos e serão encaminhadas, por meio eletrônico, após o registro dos interessados em participar do certame e o credenciamento de seus representantes previamente cadastrados. A data do início do prazo para envio da proposta eletrônica será de 07/05/2014, até o momento anterior ao início da sessão pública. BARJAS NEGRI - Presidente.

BR Terminais e Logística S.A. CNPJ/MF nº 11.866.637/0001-81 – NIRE 35.3.0037797-4 Termo de Renúncia Eu, AGENOR XAVIER VALADARES, brasileiro, casado, advogado, portador da carteira de identidade RG nº 00921509-34 SSP/BA, inscrito no CPF/MF sob o nº 050.898.245-68, com domicílio para fins do §2º, do Art. 149 da LSA, na Avenida Angélica nº 2.364, 9º andar, Consolação, CEP 01228-200, São Paulo/SP, neste ato renuncio expressamente ao cargo de Diretor Jurídico da BRTERMINAIS E LOGÍSTICA S.A., sociedade anônima fechada, com sede na Cidade de São Paulo, Estado de São Paulo, na Avenida Angélica, nº 2.330/2.346/2.364, 9º andar, sala 914, bairro Consolação, CEP 01228-200, inscrita no CNPJ/MF sob o 11.866.637/0001-81, com seus atos constitutivos e demais documentos societários arquivados perante a Junta Comercial do Estado de São Paulo sob o NIRE 35.3.0037797-4 (“Companhia”), para o qual fui eleito na Assembleia Geral Extraordinária e Ordinária da Companhia, realizada em 30 de abril de 2013.Declaro, igualmente, que não existe qualquer obrigação pendente entre mim e a Companhia e afirmo, ainda, que não tenho nada a reclamar dela, a qualquer tempo, a qualquer título, com relação a todo e qualquer ato ou omissão durante o prazo que exerci o cargo para o qual fui eleito, pelo que dou à Companhia a mais plena, geral, ampla, rasa, irrevogável e irretratável quitação. São Paulo, 24 de fevereiro de 2014.Agenor XavierValadares. Jucesp nº 158.103/14-2 em 29/04/2014.Gisela Simiema Ceschin-Secretária Geral.

PREFEITURA MUNICIPAL DE TAUBATÉ/SP PREGÃO Nº 147/14 A Prefeitura Municipal de Taubaté informa que se acha aberto pregão presencial 147/14, Registro de Preços para eventual fornecimento e instalação de equipamentos de proteção (abrigos) e orientação (toten) aos munícipes, por um período de 12 (doze) meses, com encerramento dia 20.05.14, às 08h30, junto ao respectivo Departamento de Compras. Maiores informações pelo telefone (0xx12) 3621.6023, ou à Praça Felix Guisard, 11 – 1º andar – centro, mesma localidade, das 08h às 12h e das 14h às 17h, sendo R$ 26,50 (Vinte e Seis Reais e Cinquenta Centavos) o custo do edital, para retirada na Prefeitura. O edital também estará disponível pelo site www.taubate.sp.gov.br. Taubaté, 06 de maio de 2014. José Bernardo Ortiz Monteiro Júnior – Prefeito Municipal BR TERMINAIS E LOGÍSTICA S.A. CNPJ/MF nº 11.866.637/0001-81 – NIRE 35.3.0037797-4 Ata da AGE Realizada em 24 de Fevereiro de 2014 1. Data, hora e local: Realizada no dia 24/02/2014, às 9hs, na sede social da Cia., em SP/SP, na Av.Angélica, nº 2.330/2.346/2.364, 9º, s/ 914, Consolação. 2. Convocação e presença: Dispensada a publicação de editais de convocação, na forma do disposto no §4º do art. 124, da Lei nº 6.404/76 (“LSA”), por estar presente à assembleia a única acionista da Cia., representando a totalidade do capital social, conforme assinatura constante do Livro de Presença dos Acionistas. 3. Mesa: Assumiu a presidência dos trabalhos o Sr. Josedir Barreto dos Santos e convidou a Sra. Maria Beatriz Lira Gomes Ferraz para secretariá-lo. 4. Ordem do dia: Deliberar sobre renúncias e eleições de novos membros da Diretoria da Cia.. 5. Deliberações: A única acionista da Cia., sem quaisquer restrições, delibera e aprova o quanto segue: 5.1.Tomar conhecimento e aceitar os pedidos de renúncia dos Srs. Mateus Coutinho de Sá Oliveira e Agenor Xavier Valadares, respectivamente, aos cargos de Diretor Financeiro e Diretor Jurídico da Cia., conforme termos de renúncia que ficam arquivados na sede da Cia..Os Diretores ora renunciantes outorgaram à Cia.a mais ampla, plena, rasa, geral e irrevogável quitação com relação ao período em que atuaram como administradores da Cia.. 5.2. Em razão das renúncias acima, eleger, com mandato iniciando a partir da presente data e findando na Assembleia Geral Ordinária da Cia. a realizar-se em 2016, permitida a reeleição, para o cargo de Diretor Financeiro, o Sr. Josedir Barreto dos Santos, brasileiro, casado, advogado, portador da carteira de identidade RG nº 09074788-75, SSP/BA, inscrito no CPF/MF sob nº 837.873.725-04; e para o cargo de Diretora Jurídica, a Sra. Maria Beatriz Lira Gomes Ferraz, brasileira, casada, advogada, portadora da carteira de identidade RG nº 26.610.538-2, SSP/SP, inscrita no CPF/MF sob nº 272.376.328-50, ambos com domicílio, para fins do art. 149, §2º da LSA, na Avenida Angélica, 2.346, 9º andar, Consolação, São Paulo – SP, CEP 01228-200. 5.3. Os Diretores aceitaram os cargos para os quais foram eleitos, declarando, expressamente, para todos os fins e efeitos legais que não estão impedidos, por lei especial, de exercer administração de sociedade e nem foram condenados (ou encontram-se sob efeito de condenação) (i) a pena que vede, ainda que temporariamente, o acesso a cargos públicos; (ii) por crime falimentar, de prevaricação, peita ou suborno, concussão, peculato; ou (iii) por crime contra a economia popular, o sistema financeiro nacional, as normas de defesa da concorrência, as relações de consumo, a fé pública ou a propriedade. Os Diretores ora eleitos tomarão posse de seus respectivos cargos mediante a assinatura de termo de posse lavrado em livro próprio. 6. Encerramento: Nada mais havendo a ser tratado, foi encerrada a assembleia, da qual se lavrou a presente ata que, lida e achada conforme, foi assinada por todos. Mesa: Josedir Barreto dos Santos – Presidente; Maria Beatriz Lira Gomes Ferraz – Secretária.Acionista Presente:OAS S.A.SP, 24/02/2014.Jucesp nº 158.100/14-1 em 29/04/2014. Gisela Simiema Ceschin-Secretária Geral.

44 TOONS - Produções Artísticas Ltda. - CNPJ/MF nº 08.517.383/0001-81 - NIRE 35.221.105.319 Ata da Reunião de Sócios Realizada em 30 de Abril de 2014 1. Data, Hora e Local: 30/04/2014, às 09hs, na sede social, localizada na R. Fidalga, nº 471, A responsabilidade de cada sócio é restrita ao valor de suas quotas, mas todos respondem Apto 04,Vila Madalena,CEP 05432-070,na cidade de São Paulo/SP.2. Convocação: Os sócios solidariamente pela integralização do capital social.§ 2º:O capital social no valor de R$ 14.300,00 foram devidamente convocados para a presente reunião mediante publicação, por três vezes, está totalmente subscrito e integralizado pelos sócios, cada qual na proporção de suas quotas. no DOESP e em jornal de grande circulação, realizadas nos dias 17, 18 e 23/04/2014, conforme g) A alteração da cláusula 6ª do contrato social, para fazer constar que os haveres do sócio determina o art. 1.152, § 3º, do Código Civil, ficando devidamente instalada a reunião nos falecido ou que desejar se retirar da Sociedade serão calculados com base no valor patrimonial termos da lei. 3. Presença: Presentes os sócios representando 87% do capital social, a saber: das quotas, apurado através de balanço especialmente levantado para esse fim, no prazo de (a) Alexandre Machado de Sá, brasileiro, casado sob o regime de separação de bens, 30 dias contados do falecimento ou da comunicação da intenção de retirada, sendo que o empresário, RG nº 23.120.530-2 SSP/SP e CPF/MF nº 177.149.848-05, residente e domiciliado pagamento dos haveres apurados será realizado em 12 prestações, atualizadas pelo IGP-M ou à Rua CristianoViana,nº 279,apto 72,na cidade de São Paulo/SP,CEP 05411-000;(b) Carolina por outro índice oficial que venha a substituí-lo e acrescidas de juros de 1% ao mês, vencendoMalvezi Frattini, brasileira, solteira, diretora de produção, RG nº 25.885.713-4 SSP/SP e CPF/ se a primeira 60 dias após o falecimento ou a comunicação da intenção de desligamento. h) MF nº 337.692.918-16, residente e domiciliada à R. Ernesto Capelari, nº 251, apto 13, Bloco 1, Por força da deliberação referida acima, aprovaram a alteração da Cláusula 6ª do Contrato Parque Santos Dumont,na cidade deTaboão da Serra/SP,CEP 06754-060;e (c) Michelle Shieh Social da Sociedade, que passa a vigorar com a seguinte redação: Cláusula 6ª: Em caso de Shiah Tung Gabriel, brasileira, solteira, desenhista-animadora, RG nº 32.493.893-7 SSP/SP falecimento de sócio, não convindo ao seu Espólio continuar na Sociedade; ou no caso de e CPF/MF nº 292.845.858-13, residente e domiciliada à R. Pires da Mota, nº 44, apto 540-B, retirada espontânea, facultada mediante noti cação escrita, com antecedência mínima de 90 Aclimação, na cidade de São Paulo/SP, CEP 01529-000. 4. Composição da Mesa: Alexandre dias; os haveres do sócio falecido ou retirante serão calculados com base no valor patrimonial Machado de Sá na qualidade de Presidente e Carolina Malvezi Frattini na qualidade de das quotas, apurado através de balanço especialmente levantado para esse m, no prazo de Secretária. 5. Ordem do Dia: examinar, discutir e votar a proposta dos sócios para (a) 30 dias contados do falecimento ou da comunicação da intenção de retirada, sendo o valor aumento do capital social da Sociedade no valor de R$ 8.800,00 e alteração da cláusula 3ª do apurado quitado em 12 prestações mensais, iguais e sucessivas, atualizadas pelo IGP-M ou por Contrato Social; (b) alteração da cláusula 6ª do Contrato Social; (c) retificação da 5ª Alteração outro índice o cial que venha a substituí-lo e acrescidas de juros de 1% ao mês, vencendo-se e Consolidação do Contrato Social, registrada em 16/09/2011, tendo em vista a supressão a primeira prestação 60 dias após o falecimento ou a comunicação da intenção de desligamento, acidental da antiga cláusula 14ª, que constou até a 4ª Alteração e Consolidação do Contrato sempre pagos pelo(s) sócio(s) remanescente(s), obedecendo-se à proporcionalidade de Social; (d) definição de quorum de deliberação para aprovação de transformação de tipo participação de cada um deles. § Único: No caso de falecimento e não convindo ao espólio societário; e (e) consolidação do contrato social. 6. Deliberações: Os sócios presentes, por continuar na Sociedade, no caso de retirada, interdição ou incapacidade dos sócios, na hipótese unanimidade, aprovaram: a) A lavratura desta ata em forma de sumário. b) O aumento do do sócio remanescente permanecer sozinho na Sociedade, este se responsabilizará pela capital social, para fazer frente às necessidades de fluxo de caixa da Sociedade para atender regularização da Sociedade, admitindo um novo(a) sócio(a) no prazo de 180 dias a partir da aos investimentos necessários nos projetos em andamento, passando dos atuais R$ 5.500,00 data do respectivo registro, nos termos do art. 1.033 do Código Civil, visto a Sociedade ter se para R$ 14.300,00, sendo o aumento, no valor de R$ 8.800,00 realizado com a emissão de transformado em UNIPESSOAL. i) A retificação da 5ª Alteração e Consolidação do contrato 8.800 quotas, com valor nominal de R$ 1,00 (um real) cada uma. c) As 8.800 novas quotas são social, registrada em 16/09/2011, para que volte a constar na consolidação do contrato social subscritas pelos sócios presentes nas seguintes proporções: (i) o sócio Alexandre Machado de Sá, com a expressa renúncia das sócias Carolina Malvezi Frattini e Michelle Shieh Shiah Tung a cláusula 14ª nos termos em que constava na 4ª Alteração e Consolidação do contrato social, Gabriel ao seu direito de preferência, subscreve 8.360 quotas, no valor total de R$ 8.360,00; cláusula essa que disciplina a exclusão de sócio por justa causa, nos termos do art. 1.085 do (ii) a sócia Carolina Malvezi Frattini subscreve 176 quotas, no valor total de R$ 176,00; e (iii) a Código Civil, cuja redação segue abaixo, renumerando-se, por conseguinte, as posteriores sócia Michelle Shieh Shiah Tung Gabriel subscreve 264 quotas, no valor total de R$ 264,00. d) cláusulas do contrato social: Cláusula 14ª: É expressamente prevista a exclusão do sócio Todas as 8.800 novas quotas subscritas são nesta data integralizadas pelos sócios nas proporções por justa causa, nos termos do artigo 1.085 do Código Civil, sempre que um deles estiver subscritas por cada um, em moeda corrente nacional. e) Os sócios presentes consignam que, prejudicando a Sociedade, por exemplo, mas não limitado a, impedindo ou di cultando a nos termos do art. 1.081, § 1º, do Código Civil, os demais sócios da Sociedade não presentes abertura ou movimentação de contas bancárias, impedindo ou di cultando a participação nesta reunião terão o prazo de 30 dias para exercerem o direito de preferência na subscrição em editais e licitações públicas, em razão de ter o sócio pendências perante a Receita Federal das quotas ora criadas, proporcionalmente às suas respectivas participações no capital social ou quaisquer outros órgãos públicos, sofrer protestos por títulos não pagos, ações judiciais da Sociedade, de acordo com as seguintes condições: (i) o prazo para exercício do direito de e outros motivos considerados graves nos termos de deliberação tomada pela maioria dos preferência será contado a partir da presente data, sendo que o silêncio implicará renúncia do sócios e conforme disciplina a lei. j)A inclusão de dispositivo no contrato social da Sociedade direito de preferência; (ii) o pagamento das quotas deverá ser efetuado à vista, em direito ou para regular a transformação em outro tipo societário, cuja deliberação dependerá do voto em cheque administrativo nominal ao sócio Alexandre Machado de Sá pelo mesmo preço de de sócio(s) representando a maioria do capital social. k) Por força da deliberação referida subscrição das quotas ora emitidas; e (iii) o sócio Alexandre Machado de Sá transferirá as acima, aprovaram a alteração da Cláusula 13ª do Contrato Social da Sociedade, que passa a correspondentes quotas ao sócio que exercer seu direito de preferência, comprometendo-se, vigorar com a seguinte redação: Cláusula 13ª: O presente contrato constitutivo poderá ser juntamente com as sócias Carolina Malvezi Frattini e Michelle Shieh Shiah Tung Gabriel, a modi cado de acordo com o Art. 1.076 do Código Civil (que regula as sociedades simples providenciar, no prazo de 30 dias contados do recebimento do pagamento mencionado no item limitadas) da qual têm os sócios pleno conhecimento, e a ela se sujeitam como se aqui fosse (ii), o registro na Junta Comercial do Estado de São Paulo do competente instrumento particular integralmente mencionada. § 1º:A deliberação dos sócios que dispuser sobre a transformação de alteração do contrato social da Sociedade,de maneira a formalizar a transferência das quotas. da Sociedade em outro tipo societário serão tomadas por sócio(s) representando a maioria do f) Por força das deliberações referidas acima, aprovaram a alteração da Cláusula 3ª do Contrato capital social. § 2º: Dispensam-se de formalidades de convocações por publicações, quando Social da Sociedade,que passa a vigorar com a seguinte redação:“Cláusula 3ª: O capital social todos os sócios comparecerem ou se declararem,por escrito,cientes do local,data,hora e ordem é de R$ 14.300,00, dividido em 14.300 quotas, totalmente integralizadas, no valor nominal de do dia. l) A alteração do contrato social da Sociedade, nos termos da 6ª Alteração do Contrato R$ 1,00 cada uma,assim distribuído entre os sócios:Sócio - Valor - Quotas - Porcentagem: Social anexa à presente ata (anexo 1), decidindo, todavia, não consolidar o Contrato Social da Alexandre Machado de Sá: R$ 12.870,00 - 12.870 - 90%; Carolina Malvezi Frattini: Sociedade. 7. Encerramento: Nada mais havendo a tratar, foram encerrados os trabalhos e R$ 286,00 - 286 - 2%; Melina Maria Manasseh: R$ 715,00 - 715 - 5%; Michelle Shieh lavrada a presente ata. São Paulo, 30/04/2014. Alexandre Machado de Sá - Presidente da Shiah Tung Gabriel: R$ 429,00 - 429 - 3%; Total: R$ 14.300,00 - 14.300 - 100%. § 1º: Mesa, Carolina Malvezi Frattini - Secretária, Michelle Shieh Shiah Tung Gabriel.


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Salão de Milão cheio de O Salão de Móvel de Milão surpreendeu os visitantes e o mundo com inovações. Os tecidos têm sido utilizados como armas para as empresas criarem produtos com originalidade e de forma relativamente fácil. Fotos: Andrea Wyner/The New York Times

Julie Lasky New York Times News

o 53º Salão Internacional do Móvel de Milão, realizada no começo do mês de abril, o designer alemão Konstantin Grcic lançou uma cadeira para a empresa finlandesa Artek. Quando o encontrei, dei-lhe os parabéns pela peça. "Você fez contato com seu lado feminino", eu disse. Grcic fez cara de surpreso. Chamada Rival, a cadeira foi desenhada para o território de gênero neutro do escritório doméstico. Ela tem proporções elegantes para caber em espaços de tamanho modesto. E por ser uma cadeira de trabalho, ela gira. Porém, não dá para negar que a Rival é muito fofa. O assento estofado tem o molde de uma tigela de sopa, e as pernas de bétulas estão plantadas como as de uma animadora de torcida. Uma versão foi apresentada num tom de vermelhão. A afabilidade da Rival tinha muito a ver com sua agradável herança nórdica, que Grcic atualizou. Porém, ela também cabe no panorama do salão deste ano, onde os objetos tiveram a escala reduzida, foram aquecidos e se tornaram um deleite tátil e visual, geralmente pelo uso criativo dos tecidos. Até parecia que Milão inteiro se tornou escandinava.

traseiro. Se a explosão de rosa não era um símbolo de esperança, ela significava a praticidade. Ao vender cores delicadas, texturas elaboradas e o bemestar doméstico, as empresas de design estão demonstrando uma compreensão realista do que é vendável. Não existe prova melhor dessa estratégia do que "Boas-vindas Inesperadas", exposição da empresa holandesa Moooi. Na época do boom, oito anos atrás, a Moooi declarou seu ponto de vista com uma escultura de 2,3 metros de um cavalo preto com um abajur brotando de sua cabeça. Neste ano, a companhia encheu um espaço cavernoso no bairro Tortona com objetos, velhos e novos, querendo ganhar o afeto de um público muito mais amplo.

N

Humanidade Inspirando-se na moda, as empresas de design lançam coleções renovadas todo ano em Milão, mas graças à natureza durável de suas mercadorias e ao custo de criar novos produtos, é impossível fazer grandes gestos todos os anos. O que as empresas parecem ter aprendido é que os tecidos podem emprestar humanidade e originalidade a produtos de forma relativamente fácil. Também na Artek havia cadeiras de braço de Alvar Aalto com um novo estofamento arrebatador de Hella Jongerius. Jongerius, que também criou novas paletas para clássicos de meados do século passado para o novo proprietário da Artek, a Vitra, estava no estande da Danskina, tapeceira dinamarquesa da qual é diretora de design, exibindo um tapete de muitas cores feito com tiras coladas de cortiça e feltro. "Eu não quis usar o material tradicional", ela disse. Em outras partes do salão havia sofás belgas obesos, colchas holandesas feitas com sobras de gravatas de seda, recipientes para armazenamento suecos com o formato de carretéis de linha gigantes e painéis absorvedores de som italianos pendurados no teto como se fossem um bando de pássaros. Os tecidos eram humildes no caso dos sacos de nós no espaço de exposição do bairro Brera da empresa moveleira dinamarquesa Hay, e refinados como a cortina de um quarto palaciano feito com tecido da Hermès. No bairro de Tortona, a designer italiana Paola Navone exibiu seus assentos cobertos com divertidas estampas africanas para a empresa holandesa Linteloo. E no Palazzo Clerici, dourado e coberto de afrescos, um carpete do estú-

No salão, ora as cores estavam sutilmente em almofadas e luminárias (acima), ora cobrindo completamente móveis e ambientes (abaixo).

A designer Paola Navone exibiu assentos cobertos com divertidas estampas africanas para a empresa holandesa Linteloo (esq.)

dio londrino Raw Edges para a companhia milanesa Golran revelava padrões diferentes dependendo do ângulo em que era visto. "O design acordou para a cor e a textura", disse Nipa Doshi, designer londrina. Ela e o marido e sócio, Jonathan Levien, estavam lançando um tapete alegre e gestual para a Nanimarquina. Doshi acrescentou que fica-

ria aliviada em dizer adeus a uma era de plástico branco brilhante, mas alertou que o tecido também tem seus desafios. É "uma área na qual os designers não se sentem à vontade porque os tecidos fazem o que bem querem". Algodão-doce A cor pode ser mais fácil de gerenciar e uma em particular

tomou conta de Milão neste ano. Sofás ruborizados, abajures com cor de algodão-doce e poltronas pintadas com peônias floresciam nesta cidade cor de açafrão. Seriam esses os tons rosa do otimismo? Provavelmente não. O setor moveleiro europeu está assolado há tanto tempo pela recessão que seus líderes não conseguem nem sequer simular a animação. Por exemplo, ao ser questionado sobre o que o empolgava mais sobre o design hoje em dia, Alberto Alessi, líder hereditário da empresa de utensílios domésticos que leva seu sobrenome, respondeu que "no presente momento, nada me empolga".

Artesãos E você continua ouvindo os resmungos de que os artesãos que mantêm as tradições da refinada mão de obra italiana não conseguem mais enfrent a r a p ro d u ç ã o d a E u ro p a Oriental e da Ásia. Nas palavras de Paolo Moroni, da empresa de móveis Sawaya & Moroni, "eles agora são taxistas". Segundo ele, uma função importante de seu negócio hoje é "manter 60 artesãos vivos". Entre as peças que apresentou no salão estavam a Manta-Ray, grande poltrona dupla feita por Zaha Hadid que tem uma semelhança incontestável, embora possivelmente inconsciente, com um

Estampas Colocados contra um pano de fundo com fotografias de moda e viagem do tamanho da parede, tecidos com estampas luxuosas roubaram o show. Almofadas florais lembralndo Josef Frank estavam ao lado de madeira verde brilhante na cadeira treliçada Taffeta, de Alvin Tjitrowirjo; já os armários Tudor de madeira, de Joost van Bleiswijk e Kiki van Eijk, estavam recobertos com material com padrão folhoso formado por tiras finas de madeira. Com a ajuda da tecnologia moderna, até mesmo o mármore Carrara pode fluir como tecido. O formato mais virtuoso esculpido em pedra no salão – e foi um grande ano para o mármore – era uma versão e n o rm e d a p o l t ro n a 1 9 7 8 Proust, de Alessandro Mendini, criada pela italiana Robot City. Em meio a tanta riqueza visual, havia pontos brilhantes de simplicidade, como a cadeira de madeira Chiaro, de Leon Ransmeier, para a Mattiazzi. "A familiaridade da cadeira cria confiança, e na confiança encontramos o conforto", afirmou Ransmeier, um dos poucos norte-americanos a exibir em Milão. Brutalidade E com as estruturas de ferro transformadas em linhas nodosas, atenuadas, as mesas Officina, de Ronan e Erwan Bouroullec, para a Magis, pareciam esboços flutuantes. "Às vezes o design é educado demais", disse Erwan Bouroullec. "A brutalidade vem do processo: você martela o ferro sem dó. Pobre ferro!". Porém, um dos objetos de visual simples do salão talvez fosse o mais secreto: Boom Boom, um alto-falante com Bluetooth em formato de bola branca desenvolvido por Mathieu Lehanneur, de Paris, para a Binauric, jovem empresa de áudio. Capaz de fazer muito mais coisas além de difundir o som, o aparelho é uma plataforma aberta lotada de tecnologia que permite gravar som, atuar como instrumento musical, jogo ou assumir uma série de outras funções, sem a necessidade de componentes adicionais. E o mais importante, é muito fofo, veredito que Lehanneur aceitou com boa vontade. "Minha intenção era fazer um objeto como uma fruta. Assim que você o coloca numa mesa, dá vontade de pegar".


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