Sandra brown paixão explosiva

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Bestseller 06

PAIXÃO EXPLOSIVA

Sandra Brown

— Jenny! — A respiração de Cage estava acelerada. Ele demorou vários segundos para focalizar a vista novamente e recolocar o mundo no eixo. — Que aconteceu? Eu a machuquei? — Seu coração se contraiu de medo ao vê-la dar-lhe as costas e unir os joelhos ao peito em posição fetal. — Oh, meu Deus, alguma coisa está errada. O que houve? Conte-me! Nunca sentira tanto medo na vida. Segundos antes, Jenny estava fazendo amor com ele. Seu corpo reagia ao dele com avidez. Agora ela chorava e agia como se estivesse sentindo muita dor. Pousou a mão em seu ombro, e Jenny se encolheu ainda mais. — Que foi? Quer que eu chame um médico? — Só recebeu soluços por resposta. — Pelo amor de Deus, Jenny, diga pelo menos se está sentindo dor. — Não, não — gemeu ela. — Não é isso. — O que é então? — Ele passou a mão na cabeça, empurrando com impaciência os cabelos que lhe caíam na testa. — Que aconteceu? Por que você parou? — Eu senti o bebê se mexer. As palavras foram murmuradas no travesseiro, a voz lhe saiu abafada. Cage demorou um pouco a decifrá-las, porém, quando conseguiu entendê-las, relaxou aliviado. — Foi à primeira vez? Jenny fez que sim. — O médico disse que em breve eu começaria a senti-lo. Foi à primeira vez. Ele sorriu atrás dela. Seu filho tinha falado com ele, mas era evidente que Jenny ficara preocupada com isso. Ele tornou a lhe tocar o ombro e, dessa vez, não retirou a mão mesmo quando ela ficou tensa de aversão. Pelo contrário, deitou-se a seu lado e tentou abraçá-la. — Tudo bem, Jenny. Não vamos machucar o bebê se tomarmos cuidado. Ela se sentou abruptamente e o encarou. — Será que não entende? Cage fitou-a com incredulidade quando ela saltou da cama, puxou o lençol e o enrolou no corpo. Caminhou com passos apressados até a janela e ali ficou encostada, de costas para o quarto. Ele estava magoado e com raiva, coisa que se tornou evidente quando se levantou também, pegou o jeans e o vestiu com movimentos bruscos. — Acho que não entendi Jenny. Por que não me conta? Ela não ouvira seus passos no macio carpete e se assustou ao voltar-se e dar com ele tão perto. Estava carrancudo. O jeans ficara desabotoado. Seus cabelos estavam desfeitos das tantas vezes que ela mergulhara os dedos neles. Era a própria personificação da sexualidade masculina e tão atraente que foi difícil resistir. — Pode ser que você não tenha nenhuma restrição moral a esse comportamento de gato vira-lata, mas eu tenho. — Você acha que o que estávamos fazendo era comportamento de gato vira-lata? — perguntou ele, a voz trêmula de raiva. — Depois que senti meu filho se mexer, sim. — Pois eu acho isso lindo. Queria que tivesse compartilhado a sensação Projeto Revisoras 139


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