Sandra brown corte súbito

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— Criminal. Isso chamou a atenção dela. Virando-se mais na direção dele, a ponta de seu sapato passou na perna da calça dele e subitamente a panturrilha dele passou a ser uma zona erógena. — Que lado? — perguntou ela. — Defesa. — Eu teria adivinhado. — Teria? — Ahã — murmurou ela, dando outro gole em seu drinque. Ela deu uma olhada nele. — Você se veste bem demais para um homem que ganha um salário de funcionário público. — Obrigado. — E como ela ainda o olhava, ele disse: — E? — E você não parece... — ela inclinou a cabeça para o lado, pensando — íntegro o suficiente para ser um promotor. Ele riu alto o bastante para fazer com que o homem do outro lado do corredor olhasse para eles e ajustasse o volume do fone de ouvido. Seguindo a dica, Derek aproximou-se mais, chegando o rosto apenas a alguns centímetros do dela. Ela não recuou. — Acho que ninguém usaria íntegro como um adjetivo para me descrever. — Então, as piadas depreciativas de advogado não o ofendem? — De jeito nenhum. Na verdade, sou a base da maioria. Atenta ao homem do outro lado do corredor, ela mordiscou o lábio inferior, para não rir. Dentes retos. Um lábio inferior suculento, com um ligeiro brilho. Uma boca sexy. — Por que direito criminal? — Ela estava remexendo no primeiro botão de sua blusa e, por um momento, o movimento de seus dedos o distraiu. — Direito criminal? É onde estão os caras malvados.


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