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NA INTERNET COM O AIR De carona na web 2.0, nova tecnologia da Adobe abre oportunidades para brasileiros POR FRANÇOISE TERZIAN

FABRICIO MANZI, 34 ANOS Diretor da Fmanzi Tecnologia, de Santa Rita do Passa Quatro (SP) CARREIRA Programador ActionScript, autor de dez livros sobre Dreamweaver e Flash, 34 certificações em Adobe, membro do Adobe Captivate Advisory Board e manager do FMUG (User Group Oficial Adobe)

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specialista em tecnologias da Adobe desde 2000 e autor de dez livros sobre Flash e Dreamweaver, Fabricio Manzi, 34 anos, tem uma pequena empresa de consultoria e desenvolvimento em Santa Rita do Passa Quatro, a 253 quilômetros da capital de São Paulo. A distância não foi um obstáculo para Manzi detectar rapidamente uma nova oportunidade de trabalho. Um ano e meio antes de a Adobe colocar no mercado a tecnologia AIR, ele já se inscreveu no programa público de beta. “Percebi a mudança de perfil do usuário de internet e decidi preparar minha empresa. O AIR é uma tecnologia avançada, que começa a ser demandada pelo mercado e tem pouquíssimos profissionais preparados”, afirma. Depois de se habilitar, ele mesmo treinou seus quatro funcionários em AIR. Entrosado com as tendências da web 2.0, o AIR (Adobe Integrated Runtime) cria RIAs, as aplicações ricas para internet, que podem ser instaladas no ambiente de desktop. Entre suas características mais marcantes estão os recursos de interatividade e a possibilidade de rodar em diferentes plataformas, um tremendo atrativo para os desenvolvedores. Manzi, por exemplo, diz que gasta muito tempo criando versões de cada aplicação que desenvolve para os mundos Mac OS, Windows e Linux. Como já era usuário do Flex e programador em ActionScript, a curva de aprendizado de AIR para Manzi foi rápida: ele estudou a documentação, participou de fóruns de desenvolvedores e saiu criando aplicações em AIR — inclusive para a própria Adobe. Com o knowhow acumulado em Adobe e a rápida chegada ao mercado numa tecnologia que poucos dominam, Manzi está surpreendido com a enorme demanda do mercado. “É o caminho certo para quem quer disparar profissionalmente”, diz

© FOTO LUIS USHIROBIRA

entusiasmado o programador, que foi levado para Porto Alegre, Goiânia, Brasília e São Paulo pelo AIR. Até novembro, ele já somava 15 aplicações desenvolvidas na tecnologia, e esse número não pára de crescer.

INTERAÇÃO EM ALTA Para as empresas especializadas em desenvolvimento web, o AIR traz a oportunidade de criar soluções desktop que interagem com sistemas online. “Isso vai gerar uma grande procura por especialistas em AIR”, afirma Lauro Santos, diretor da Br Multimídia (ex-Bahia Multimídia), pequena empresa de Salvador que oferece consultoria e desenvolvimento em tecnologias Adobe. Santos, 34 anos, participa do beta do AIR desde o início, quando era um projeto fechado e ainda chamava-se Apollo. “Pude ver a tecnologia crescendo. O que mais me chamou a atenção é a possibilidade de interagir com o sistema operacional”, diz. Ele destaca recursos como arrastar e soltar, transparências, acesso a dados remotos e suporte a PDF. “Eu e outros desenvolvedores ficamos entusiasmados.” A tecnologia também vem chamando a atenção das agências online. É o caso da paulista AgênciaClick. O diretor de tecnologia João Cabral acompanha de perto tanto a evolução do Adobe AIR como a do Windows Presentation Foundation (WPF). Ele dividiu sua equipe e enviou dois programadores à sede da Microsoft, em Redmond (EUA), para serem treinados em WPF, enquanto outro grupo, especializado em Flash, desenvolve em São Paulo provas de conceito, protótipos e pilotos internos em Adobe AIR.

CURSOS AINDA NO AR Para trabalhar com AIR, o profissional deve dominar ActionScript, Flex, XML,

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