Livro donald a norman o design do dia a dia

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Shank escreveu a respeito do tema (em seu livro Dynamic Memory, 1982). Outra forma de lembrança se origina de sinais externos: por exemplo, como quando o fato de ver um relógio nos faz lembrar da hora e de uma tarefa que precisa ser feita (ou pior, que não pode mais ser feita). Outra forma de memória - o tipo que estive exa­ minando —é a deliberadamente induzida ou de roteiros organizados, como quando tentamos organizar sinais e lembretes físicos em um dia, para as tarefas a serem feitas durante outro dia. Tratamos algumas dessas questões nos capítulos de Cypher, e de Myata e Norman no livro de Norman & Daper (1986) User Centered System Design. C a p ít u l o

quatro

: Sa b e r o q ue fazer

1. Carta para a seção diária de aconselhamento da colunista EUie Rucker, publi­ cada no jornal Austin [Texas] American-Statesman de 31 de agosto de 1986. Reimpresso com autorização. 2. Os resultados de minhas experiências fazem lembrar os estudos feitos com os mestres de xadrez a quem se permitia que examinassem por apenas dez segundos um tabuleiro de xadrez com a configuração de um jogo de verdade já pela metade, antes de lhes pedir que reconstruíssem o tabuleiro de memória. Eles o faziam com muita precisão. Os noviços faziam reconstruções falhas do tabuleiro. Mas se fosse mostrada uma combinação ilegal (ou ilógica) daquelas mesmas peças de xadrez a um mestre e a um noviço, eles tinham um desempenho quase igualmente ruim. O especialista aprendeu tanto da estrutura do jogo que numerosas coerções naturais e artificiais entram em ação, automaticamente excluindo todo tipo de configurações e reduzin­ do o que tem de ser lembrado a um volume razoável. O noviço não tem conhecimen­ to interno suficiente para fazer uso dessas coerções. De maneira semelhante, quando confrontados com a configuração ilegal ou ilógica, o conhecimento prévio e as coer­ ções do especialista não são mais úteis (ver Chase & Simon, 1973). 3. Ver Shank & Abelson (1977) Scripts, Plans, Goals and Understanding ou o livro de Goffman Frame Analysis, sobre estruturas e convenções sociais. 4. Tivemos de superar vários problemas técnicos para melhorar o mapeamento. As luzes já estavam instaladas, e não era possível refazer a fiação elétrica. Modificamos alguns dimmers, de modo que pudessem ser usados como controles para luzes situa­ das em pontos distantes. A variedade de interruptores também era limitada. O ideal tería sido fazermos peças especialmente para atender às nossas necessidades. Mesmo assim, a experiência foi extraordinariamente bem-sucedida. Eu confiava muito na criatividade elétrica e mecânica de Dave Wargo, que fez o design, a construção e a instalação dos controles. 5. O motivo para a localização pouco prática do interruptor foi o custo. Um designer me escreveu: “Lutei para vencer a boa batalha em favor de trazer o controle de ligar/desligar para a parte da frente do terminal. Perdi o debate em duas frentes. Os engenheiros de equipamentos estimaram o preço de montar o controle na frente em cerca de $10 dólares (cerca de $30 para o consumidor), além do risco potencial 260

O D E S IG N DO D 1 A -A -D IA


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